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ll Processo em uma visão ideal, olhando para a teoria geral da prova: processo poderia ser uma reconstrução história de um determinado fato para que seja extraído as devidas consequências dessa reconstrução Quais seriam as consequências ? Se estiver provado autoria e materialidade irá condenar, se não estiver provado autoria e/ou materialidade irá absorver o acusado. Processo é uma sequência de atos concatenados que no final, sendo possível, o juiz irá absorver ou condenar a pessoa Prova é tudo aquilo que contribui para formação do livre convencimento do magistrado. A prova é um Poder/Dever ou um Direito? Prova é um Direito público subjetivo da parte que é conferida do Estado ao Particular ou do Estado para o próprio Estado. É um direito público subjetivo porque é o Estado que concede ao particular ( para as partes: pública ou privada) A finalidade de dizer que é o direito público subjetivo concedido para as partes: é a garantia constitucional do contraditório e ampla defesa A finalidade da prova é o convencimento do magistrado Art. 155 do CPP O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. De acordo com o STJ: perguntar se confirma uma prova produzida no inquérito não é produzir prova em contraditório, isso viola o art. 155 do CPP. Isto estará reafirmando o que foi produzido no inquérito TeoriaTeoriaTeoria GeralGeralGeral dasdasdas ProvasProvasProvas A prova é uma fase: deve ser olhada como um ato de provar, ou seja, processo pelo qual se comprova a verdade de algo alegado pela parte. A prova é uma fase probatória e um meio/instrumento que pode demonstrar a verdade de algo. Além de ser um resultado da ação de provar. Produto extraído daquele instrumento de prova: convencimento do magistrado O juiz deverá reproduzir as provas produzidas no inquérito sob pena de serem ilícitas. Visão de prova segundo Nucci: Art. 156 do CPP A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. DOUTRINA X STF A Doutrina entende que o art. 156 do CPP é inconstitucional, porque ele viola o sistema acusatório ilícito. O juiz de ofício produzindo prova antes de iniciar o processo viola o sistema acusatório O STF entende que o art.156 do CPP é constitucional, o que acontece é que alguns dispositivos do código penal tem resquícios inquisitórias. O art. 156, I é exemplo de resquícios inquisitorial. Mesmo que faça de ofício não viola nenhum direito fundamental do acusado MAJORITARIO processo Penal IIp l processo Penalprocesso Penal IIIIppprocesso Penal IIp l O mero decurso do tempo para os policias, tendo em vista, a atividade que eles exercem é suficiente para antecipar a prova (exceção da súmula 455 do STJ) Fatos incontroversos precisam ser provados. Porque envolve a liberdade, direito esse indisponível '''Fatos públicos e notórios assim como fatos incontroversos não precisam de provas" ERRADO Provas cautelares são provas que precisam de uma certa urgência: corpo de delito Nas provas cautelares não repetíveis há de se falar em contraditório deferido no inquérito Via de regra não há contraditório no inquérito, mas em algumas situações existe o contraditório deferido: provas cautelares, nas antecipadas e não repetíveis Art. 167 do CPP Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. Prova testemunha não é confissão Pode aplicar o art.167 do CPP na lei de drogas? Não pode ser aplicado por conta do princípio da especialidade. A lei de drogas diz que precisa ser feito o exame prévio e o exame definitivo para condenar. Precisa dos dois exames!! A jurisprudência do STJ entende que se o exame preliminar foi feito idêntico ao exame definitivo pode ser dispensado o exame o definitivo e o magistrado pode condenar apenas com o preliminar. Art. 225 do CPP. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento Súmula 455 do STJ A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo. Trata-se de uma norma infraconstitucional que precisa ser filtrada a luz da Constituição e do sistema penal democrático Só denúncia tiver indícios de autoria e materialidade e para que tenhamos os indícios de autoria e materialidade precisa haver um crime. Ou seja, cabe ao Ministério Público provar o crime Inversão do Ônus da Prova Existe dois entendimentos: 1.A doutrina entende que não cabe a inversão do ônus da prova no processo penal. Porque inverter o ônus da prova seria presumir que a pessoa é culpada, condenando-a sem provas. Violando o princípio da presunção de inocência. Na dúvida para julgar aplica-se o in dubio pro reo. dúvida interpreta-se em favor do acusado. Obs: O Ministério Público ao oferecer denúncia ou o querelante, se a ação penal for privada, ele tem o dever de narrar o fato criminoso com todas as circunstâncias. Baseado nisso, o ônus da prova deve ser pensado a luz do princípio da presunção de inocência, e como avaliação, como base no in dubio pro reo. 2. A jurisprudência entende que cabe a inversão do Ônus da prova, diante do que dispõe o art.129, I da CRFB/88, art.156 do CPP Art. 156 do CPP. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Para uma teoria mais moderna, chamada de teoria da carga dinâmica das provas permite a mudança dessas provas para o ônus de quem cabe a que. A teoria da carga estática vai dizer que o autor sempre vai ter o direito de provar sem modificação) ATENÇÃO!! Então, no processo penal não conseguimos inverter o ônus da prova porque ele pertence inteiramente ao Ministério Público ou o querelante Art. 129 da CRFB/88. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; Define-se prova indiciária como sendo aquela na qual o magistrado se utiliza de indícios, para chegar-se ao fato probando. Nesse compasso, o magistrado nortear-se-á por indícios, pressupostos, por meio de ilações de que o fato probando ocorrera. Daí chamar- se de indiciária (prova). (fato típico, ilícito e culpável ). Contudo, a defesa pode usar a inversão do ônus para querer provar algo. ex: incapaz, doenças mentais e etc... Prova indiciária A prova indiciária consiste em meios de provas, ou seja, argumentos e arguições lógicos jurídicos aptos a demonstração ilícita da existência de elementos suscetível de sensibilização ou compreensão ao um fato Art. 239 do CPP. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. A prova pública de conhecimento de todos precisa ser provada? Os fatos públicos e notórios não precisam ser provados Princípios Relativos a Prova Comunhão de Provas A prova uma vez produzida pertence ao processo e não das partes Do Contraditório da prova Toda prova deve ser submetida ao perigo do contraditório. Não há como eu produzir algo e não permitir que a parte contrária fale sobre aquilo que eu estou produzindo.Da busca da verdade real se fundamenta em uma busca com relação a conformidade com aquilo que estar no processo. Liberdade das provas é possível a produção de meios de provas inominados. As partes são livres para produzirem quaisquer espécies de provas, desde que lícita. Este princípio possibilita às partes toda e qualquer produção de prova, não só aquelas dispostas no ordenamento penal. A acusação precisa trazer as provas que tem para produzir no momento da queixa/denúncia. A defesa precisa produzir as provas no momento de resposta a acusação, de acordo com o art.396 - A do CPP. O entendimento da Jurisprudência dominante é que a acusação, caso haja deferimento da prova, pode se valer de mandado de segurança, porque é um direito liquido e certo. A defesa pode se valer do Habeas Corpus, uma vez que a prova não for admitida a consequência é não conseguir comprovar sua inocência, podendo ficar preso. Logo, caso haja risco de liberdade futura há a possibilidade de impetrar habeas corpus (Habeas Corpus Liberatório) Fase da produção probatória 1° Fase da produção de provas é a Propositura: Consiste no momento da produção de prova. Art. 396-A do CPP. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 2° Fase da produção de provas é a Admissão Da decisão que não admite prova não cabe recurso. O Habeas Corpus é considerado liberatório e não preventivo porque a partir do momento que o réu é citado no processo penal, ele já sofre a liberdade de locomoção. 2° Fase da produção de provas é a Execução É onde se executa a prova, na audiência de instrução e julgamento, de acordo com o art. 400 do CPP Art. 400 do CPP. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código , bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art222 A ordem de produção será feita primeiro pela acusação, depois pela defesa. Não há possibilidade como regra de se inverter a ordem, ainda que haja concordância das partes. Porque isso compromete o direito de defesa do réu e a lógica do sistema. Nulidade do interrogatório por inversão da ordem é relativa e exige prova de prejuízo para o réu A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou o entendimento de que a nulidade decorrente da inversão da ordem do interrogatório – prevista no artigo 400 do Código de Processo Penal (CPP) – é relativa, sujeita à preclusão e demanda a demonstração do prejuízo sofrido pelo réu. O colegiado negou o pedido de revisão criminal de acórdão da Sexta Turma que, por não observar nenhuma nulidade, manteve em 12 anos de reclusão a condenação de um réu acusado de abuso sexual contra sua sobrinha de nove anos. Para a defesa, houve nulidade absoluta na condenação, uma vez que o réu foi interrogado antes da vítima e das testemunhas de acusação. STF O relator, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, ressaltou que o STJ, acompanhando o entendimento do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do HC 127.900, estabeleceu que o rito processual para o interrogatório, previsto no artigo 400 do CPP, deve ser aplicado a todos os procedimentos regidos por leis especiais. Segundo o magistrado, a Quinta Turma do STJ tem precedentes no sentido de que, para se reconhecer nulidade pela inversão da ordem de interrogatório, "é necessário que o inconformismo da defesa tenha sido manifestado tempestivamente, ou seja, na própria audiência em que realizado o ato, sob pena de preclusão. Além disso, é necessária a comprovação do prejuízo que o réu teria sofrido com a citada inversão". No entanto, ele lembrou que a Sexta Turma já se posicionou pela desnecessidade da demonstração do prejuízo decorrente da inversão da ordem do interrogatório do réu, em processo no qual foi condenado, visto que a condenação já corresponderia ao prejuízo. No mesmo julgado, os ministros consideraram que, por se tratar de prejuízo implícito (ou presumido), não haveria Em todas as partes do processo tem que provar o prejuízo, na audiência de instrução e julgamento o prejuízo é presumido, salvo se for testemunha de caráter que vai dizer o mesmo depoimento e a inversão deles não vai gerar prejuízo nenhum. preclusão para a arguição da nulidade referente à inobservância do artigo 400 do CPP. 4°Fase da produção de provas é a Valoração Toda prova precisa ser obrigatoriamente fundamentada pelo magistrado. Sentença sem fundamentação é sentença inexistente. Sistema de Valoração da Prova 1° Sistema é o Livre convencimento motivado do magistrado Todas as provas estão a par de igualdade. Deve se utilizar a prova que traz certeza sobre os autos. (sistema usado) 2° Sistema é o Tarifado de provas Coloca hierarquias sobre as provas. A prova melhor de todas seria a confissão e a pior seria a testemunha. (não se utiliza esse sistema) 3° Sistema é Intima convicção Em especificamente uma hipótese pode haver uma decisão sem que haja fundamentação (exceção ao art.93, IX da CRFB/88. Essa exceção seria os jurados do juri Suponha que no processo o Ministério Público resolva pedir para o juiz a prova antecipada do depoimento de uma senhora de idade, com fundamento de futuramente com o decorrer do tempo, por ser idosa, esquecer dos fatos. O juiz deferiu a prova, agiu certo ou errado? Errado, porque o mero decurso do tempo não é suficiente para antecipar a prova. Súmula 455 do STJ "A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo". http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art400 https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=11451173 Classificação da Prova As provas podem ser diretas e indiretas, pessoais e reais, plena e não plena, e, quanto ao objeto, podem ser testemunhal, documental e material. Quanto ao objeto: DIRETA - Refere-se diretamente ao fato probando, por si o demonstrando. EX: testemunha diz que viu o agente matando. INDIRETA – Refere-se a um outro fato indiretamente, que, influencia no fato direto. O exemplo é quando o agente prova que estava na hora do fato criminoso na casa do seu amigo tomando cerveja. Tem o fito de negar o fato a partir de outro fato, sendo incompatível com a acusação. Quanto ao efeito: PLENA – É a que se faz fundamental para a condenação. A que traz um juízo de certeza quanto ao fato praticado. NÃO PLENA/INDICIÁRIA – É aquela em há uma limitação quanto a profundidade, como por exemplo a busca e apreensão na medida cautelar quando determina quais objetos podem ser apreendidos. Quanto ao sujeito: REAL- É a que decorre do fato e não da pessoa. Ex: fotos, perícia, pegadas etc. PESSOAL - É a obtida por intermédio dos humanos e não coisas, ou seja, a que decorre do conhecimento de pessoas. Como exemplo, citamos a prova testemunhal, confissão, declaração da vítima etc. Quanto à forma : TESTEMUNHAL - Decorre da afirmação de uma pessoa. Temos como exemplo o depoimento de uma pessoa que presidiu um crime, outro exemplo é o interrogatório do acusado. DOCUMENTAL – É um elemento (documento) que irá condensar graficamente a manifestação de um pensamento. EX: contrato. MATERIAL – Simboliza qualquer elemento que corporifica a demonstração do fato. EX: perícia (corpo de delito, instrumento do crime) etc. Quanto à possibilidade de renovação em juízo: REPETÍVEL - É a prova que pode ser reproduzida em juízo sem que haja perda do seu valor, tal como ocorre com aprova testemunhal, salvo a exceção da súmula 455 STJ. IRREPETÍVEL – É a prova que é produzida a partir de sua fonte, mas essa fonte é perecível ou deteriorável, ou seja, passível de desaparecimento ou destruição. Existem provas que se exaurem rapidamente e mesmo que possam ser renovadas, não são aptas a constatar detalhes que seriam possíveis à época. EX: exame de corpo de delito nos crimes de lesão corporal. Quanto à previsão legal: NOMINAIS - São provas que estão previstas na lei. Ex: documental, pericial e material. INOMINADAS – São provas que, quando produzidas, não há previsão legal no ordenamento jurídico. Vale ressaltar que, o fato de não terem previsão, não podem violar direitos e garantias, sob pena de serem declaradas ilícitas, que são na verdade provas disfarçadas. Não pode condenar com base em reconhecimento por foto, para condenar precisa de mais outras provas. Não é inconstitucional, deve obedecer o art.226 do CPP Limitações as Provas Há limitações nas provas ? Art. 5°, LVI da CFRB/88 - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos Art.157 do CPP- São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. Mecanismos para frear os arbritos do estado quando colidem determinadas provas por meios que desrespeitem as regras de determinados jogos. Provas Ilícitas são provas que violam disposições de preceitos de regra de direito material ou de direito processual, ou até mesmo princípios. teoria da fonte independente Teoria da descoberta inevitavel Teoria da mancha purgada ou da tinta diluida O efeito da prova ilícita é a retirada dessa prova do processo, ou seja, o seu desentranhamento Prova ilícita não é anulidade. Há diferença entre prova ilicita para prova ilegitima ? Na doutrina entende que não. A jurisprudência entende que as provas ilicitas são violadoras de direito mateiral, as provas ilegitimas de direito processual. Teoria dos frutos da Arvore envenenada Prova obtida por meio ilícito, gerarem subprovas, todas as subprovas serão consideradas ilícitas. exceção: se tiverem outras provas no processo, independente de uma determinada prova ilícita produzida, não há o que se falar em contaminação, ou seja, não há o que se falar em teoria dos frutos da arvore envenenada § 1° do art. 157 CPP- São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. se a prova circunstanciamente deriva da prova ilicita seria conseguida de qualquer maneira por atos de investigação válidos, será aproveitado e eliminado essa contaminação § 2 ° do Art.157 CPP- Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. O ato de se considerar uma prova ilícita inicialmente, mas por uma questão tão tenúa/inpespectivel, por um decurso de tempo a prova que era ilícita passa a ser licita. Não é aplicada no ordenamento jurídico Prova ilícita como o último meio para comprovar a inocência Document DUMP: é a juntada excessiva de documentos para dificultar a defesa, viola a boa fé e a ampla defesa SERENDIPIDADE de 1 ° grau SERENDIPIDADE de 2 ° grau Serendipidade É um encontro fortuito de provas, as provas são encontradas casualmente. “Estava investigando algo e encontrei outra coisa” Essa outra coisa achada que nada tem a ver com a investigação pode ser usada para abrir ou instaurar inquérito? A jurisprudência entende que sim. Crime achado não há violação. Se o judiciário permitiu que fosse gravado/escutado a gravação, a sua violação/intimidade/privacidade já está excepcionada Essa prova é licita e totalmente legal/permitida no ordenamento. É quando há conexão com a coisa achada e a coisa investigada. Ex: o Agente A matou uma pessoa porque essa pessoa não tinha pagado a droga que ela vende. Tem relação a morte com tráfico? Tem, pois ela só matou porque a pessoa não pagou o tráfico. É quando não há conexão com a coisa achada e a coisa investigada. INFORMATIVO 869 A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por maioria, indeferiu ordem de “habeas corpus” em que se discutia a ilicitude de provas colhidas mediante interceptação telefônica durante investigação voltada a apurar delito de tráfico internacional de drogas. No caso, o juízo de origem determinou a prisão preventiva do paciente em razão da suposta prática de homicídio qualificado. O impetrante sustentou a ilicitude das provas colhidas, a inépcia da denúncia e a falta de justa causa para o prosseguimento da ação penal. O Colegiado afirmou que a hipótese dos autos é de crime achado, ou seja, infração penal desconhecida e não investigada até o momento em que se descobre o delito. A interceptação telefônica, apesar de investigar tráfico de drogas, acabou por revelar crime de homicídio. Assentou que, presentes os requisitos constitucionais e legais, a prova deve ser considerada lícita. Ressaltou, ainda, que a interceptação telefônica foi autorizada pela justiça, o crime é apenado com reclusão e inexistiu o desvio de finalidade. No que se refere à justa causa, considerou presente o trinômio que a caracteriza: tipicidade, punibilidade e viabilidade. A tipicidade é observada em razão de a conduta ser típica. A punibilidade, em face da ausência de prescrição. E a viabilidade, ante a materialidade, comprovada com o evento morte, e a autoria, que deve ser apreciada pelo tribunal do júri. Vencido o ministro Marco Aurélio, que deferiu a ordem. Pontuou não haver justa causa e reputou deficiente a denúncia ante a narração do que seria a participação do paciente no crime. HC 129678/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 13.6.2017. (HC-129678) O Juiz que já sabe por meio de prova ilícita que foi o agente A que cometeu o crime, tentará condenar o agente por meio de outras provas ou vai absorver? O André Nicolitt sustenta o argumento que o juiz deverá se declarar suspeito, porque vai violar a imparcialidade. No momento que o juiz descobriu a realidade dos fatos como foi, mas aquela prova é ilícita, é obvio que ele vai ser parcial, vai procurar outras provas para condenar. Contudo, isso acarretaria em um juiz acusador, violando o sistema acusatório. Se o juiz reconheceu a ilegalidade ele deveria se julgar como suspeito. Art. 157 do CPP. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão (esta suspenso) Mas, toda decisão não é fundamentada? Se o juiz for condenar, tem que juntar o fundamento .As partes devem ser as mesmas Os fatos devem ser ao menos semelhantes E respeitar o contraditório e a ampla defesa daquela decisão, que é outra prova, ou seja, o juiz não está julgando conforte ele quer parcialmente, ele está julgando de acordo com as provas. Então não tem para onde fugir mais que ele queira as vezes condenar alguém, ele não vai conseguir se não tiver prova, porque toda decisão é fundamentada, ele teria que fundamentar com outras provas do porquê da condenação, ele está sendo imparcial pois existe outras provas que lhe servem para condenar. A jurisprudência entende que o juiz não precisa se declarar suspeito. Não há essa possibilidade do impedimento para o julgamento. Prova Emprestada Prova produzida no processo e posteriormente emprestada para outro processo. A prova emprestada tem 3 requisitos: 1. 2. 3. A jurisprudência entende que basta respeitar o contraditório e a ampla defesa no processo de origem para emprestar a prova. Se a prova for ilícita não é emprestada.O que são provas anômalas? São meios de produção de provas. Prova anômala é aquela utilizada para fins diversos daqueles que lhe são próprios, com características de outra prova nominada. Em outras palavras, existe meio de prova legalmente previsto para a colheita da prova. Todavia, deixa-se de lado esse meio de prova nominado, valendo-se de outro meio de prova. […] Por sua vez, tem-se como prova irritual a prova típica colhida sem a observância do modelo previsto em lei. Como essa prova irritual é produzida sem obediência ao modelo legal previsto em lei, trata-se de prova ilegítima, passível de declaração de nulidade http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=129678&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=129678&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M https://www.instagram.com/andrenicolitt/ Interceptação telefônica Escuta Telefônica Gravação Clandestina Quebra de sigilo telefônico Lei 9296/1996 Sigilo das Comunicações telefônicas nenhum dos dois sabem que a conversa está sendo gravada por um terceiro. Precisa de autorização judicial pois está violando o direito fundamental das partes envolvidas. Sob pena de violar a intimidade/ privacidade daquelas pessoas envolvidas. tem dois interlocutores e estão sendo gravados por um terceiro, só que um dos interlocutores sabe que está sendo gravado. Precisa de autorização judicial. um dois interlocutores grava a conversa, não tem um terceiro. Não precisa de autorização judicial, pois a mesma se expõe de vontade Própria. não escuta a conversa, acessa o histórico da chamada. Enquanto houver necessidade pode ficar prorrogando. E se tiver foro por prerrogativa de função? Deve parar as interceptações telefônicas e pedir solicitação para o órgão responsável para que faça suprir a necessidade sob pena de considerar as provas ilícitas. O PRAZO DE 15 DIAS SE INICIA A PARTIR DO DIA QUE DE FATO COMEÇOU A INTERCIPTAR O prazo máximo de manifestação do magistrado é de 24 horas. Degravação Transcrição da integra do que foi escutado. Não é razoável pedir a integra do que foi escutado Cadeia de custódia da prova é o registro documentado de toda aquela prova desde a sua posse. Art. 158-A do CPP. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação. § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal Art. 158-B do CPP. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial; II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza; V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse; VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente; X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial. Art. 158-C do CPP. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realização de exames complementares. § 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento. § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. Art. 158-D do CPP. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material. § 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. § 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. § 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, motivadamente, por pessoa autorizada. § 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado. § 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. Art. 158-E do CPP. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal. § 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio. § 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam. § 3ºTodas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. § 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e horário da ação Art. 158-F do CPP. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo nela permanecer. Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as condições de depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminal. 1. Cabe interceptação telefônica com base em denúncia anônima? A doutrina, com base no artigo 2, II da lei 9296/96 entende que não, somente em ultimo caso. O STF e STJ entendem que é ilegal se determinada apenas com base na denuncia anônima. A lei 9296 diz que deve haver indícios razoáveis, pois além de tudo é uma grave interferência na vida privada da pessoa sem que haja justificativa idônea para tal. 2. Pode o juiz condenar com base em provas produzidas exclusivamente no I.P? O Art. 155, em regra não, salvo as NÃO repetíveis, as cautelares e as antecipadas, pois o I.P não é submetido ao crivo do princípio do contraditório, uma vez que o sistema do I.P é inquisitorial. I.P tem função meramente informativa, daí necessidade de se repetir tais provas no curso do processo penal. HC, STJ 222.302/RJ. 3. Fatos intuitivos precisam ser provados? Não, pois são fatos que saltam aos olhos. Exemplo dado é o de uma pessoa morta, que não apresenta nenhuma outra causa a não ser o fato de ter sido carbonizada ou decapitada. 4. Uma senhora de idade, com medo e com indícios de que naturalmente com tempo irá esquecer os detalhes do 1ª corrente – Aplicação da sumula 455 do STJ – O mero decurso de tempo não é suficiente para autorizar a produção de prova antecipada. Deve ser bem fundamentada na forma do Art. 366 e a real necessidade de se antecipar aquela prova concretamente. A idade deve ser relacionada a outras coisas, tais como padecimento, e condições das testemunhas, por exemplo. 2ª corrente – pode, STF, HC 135.386 - 2ª Turma do STF – verdade real. 1ª corrente - (LFG) A expressão ultimo caso, se refere somente à comunicação de telefônica e esta deve ser compreendida como tudo aquilo feito via cabo telefônico. 2ª corrente - (ADA PELLEGRINI) a expressão ultimo caso se refere somente à comunicação telefônica e esta deve ser entendida como a conversa realizada pelo telefone (VOZ), pois de todas as formas de comunicação, esta é a única que se não for captada no momento da conversa, não poderá ser recuperada. 3ª corrente – (Tourinho e STF) A expressão ultimo caso, se refere a comunicação de dados e telefônica (tudo que está entre vírgulas). Por isso, o Art. 1º, §ú da Lei 9296/96 é válido. crime, estando o réu em local incerto e não sendo encontrado, resolve o MP, pedir ao juiz a prova antecipada do depoimento dessa senhora. O juiz defere. Foi correta a decisão do Magistrado? Fundamente. 5. Em que consiste a teoria da tinta diluída ou macha purgada? Essa teoria entende ser possível que o vínculo entre a prova ilícita e a derivada seja tão tênue ou superficial, que acabe não havendo contaminação; o vínculo é muito superficial. A doutrina traz como exemplo seria o decurso de tempo na produção de prova ilícita entre a prova “raiz” e a decorrente dela. 6. É possível a interceptação a interceptação de dados em movimento? Corpo de delito indireto 7. “A” ao avistar policiais militares em patrulhamento de rotina, em local conhecido como ponto de drogas, correu para dentro de casa. O agente público ao perceber a atitude do agente, persegue o acusado e adentra na sua residência contra sua vontade. Após busca no interior da residência, os policiais encontraram, no banheiro, 8 pedras de crack e no quarto 10 pedras. “A” foi denunciado na forma do Art. 33 da lei 11.343/06, tendo sido condenado na 1ª instancia em 4 anos em regime semiaberto. O TJ reformou a decisão, absolvendo o réu. O MP recorreu, por meio de REsp, ao STJ. Perguntase: Merece reforma a decisão do TJ? Quais os princípios que podem ser alegados? A prova é ilícita ou lícita? A casa, nesse caso, é asilo inviolável? Segundo o entendimento do STJ, no contexto fático anterior ao ingresso na residência, não permitia a conclusão lógica de ocorrência de crime no interior da residência que justificasse o ingresso dos agentes. Mera intuição de traficância não autoriza a justa causa para o ingresso na residência, sem o conhecimento do morador, inteligência do Art. 5º, X e XI da CRFB e Art. 243, 302 e 303 ambos do CPP. O que se pretende resguardar é a inviolabilidade do domicílio, privacidade, intimidade e dignidade da pessoa humana. Isso significa preservar minimamente alguns direitos fundamentais Provas em espécie Na visão do Guilherme Nucci e Andre o exame de corpo de delito indireto é uma perícia feita com base em uma prova testemunhal, pois não há corpo Uma segunda corrente encabeçada por Tourinho vai dizer que não precisa fazer uma prova testemunhal com base no perito porque basta o próprio depoimento Art.158 cc 564. Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; Nos crimes da lei de droga eu tenho laudo prévio e laudo definitivo. A lei 11343 me obriga quando eu pego alguém com drogas faça um exame prévio e consta que aquilo é droga. Antes de coordenar eu tenho que ter um laudo definitivo para prosseguir na audiência: Não se usa mais a súmula 361 do STF Autópsia ou necropsia Exumação O artigo 564 tarifou o exame De corpo de delito quando ele disse que os crimes que deixam vestígios tem que fazer perícia? A perícia é mais importante do que qualquer outra prova? Não, o que ele quis dizer é que se tem perícia e a pessoa confessou eu não vou dispensar a perícia por causa da confissão, porque a confissão não é a rainha das provas. Isso é condição de prosseguibilidade: condição de prosseguir na ação penal (laudo definitivo) Condição de procedibilidade: condição para iniciar a ação penal ( laudo prévio) a jurisprudência do STJ não aplica nulidade na ausência de laudo definitivo, quando o laudo prévio tem as mesmas características do laudo definitivo Posso aplicar o artigo 167 na lei de drogas ? Polastri e Nucci entendem que pode ser aplicado se desaparecer os vestígios ou se for impossível fazer o exame pericial naquela droga. A doutrina majoritária entende que não pode ser aplicado o artigo 167 na lei das drogas por que vigora o princípio da especialidade, a lei 11343 quis ter a prova da materialidade tanto no exame prévio e do exame definitivo, precisa especificamente do exame pericial na droga Tipos de exame de corpo de delito Art. 162. do CPP. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Identifica a causa da morte Art. 163 do CPP Em caso de exumação para exame http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art167 Exame complementar Exame de local Exame laboratorial Exame grafotécnico cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. O corpo foi enterrado sem autopsia tem que exumar para descobrir a causa da morte Art. 168 do CPP. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder- se-áa exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor Pode ser feito de oficio Art. 169 do CPP. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos Exame para a colheita de Fonte de provas Art. 170 do CPP. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. Art. 174 do CPP. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á o seguinte: I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada; II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida; III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o Prova invasiva Prova não invasiva Provas que exigem cooperação ativa do acusado Provas que exigem cooperação passiva do acusado exame, os documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados; IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever. Intervenção corporal Se baseia no princípio da não autoincriminação a prova invasiva é aquela que há a penetração no corpo do acusado. Pode se recusar a fazer são obtidas na superfície do corpo do acusado É aquela que não está na superfície nem entra no corpo do acusado, mas ele tem que fazer alguma coisa. Ex: bafomico, acareação, reconstituição do crime Pode invocar a não autoincriminação Que ele é obrigado a só ir ao local, mas sem obrigação de fazer algo. Ex; reconhecimento Interrogatório É o ato pelo qual ô juiz indaga o réu sobre a acusação que lhe é feita Viola o sistema presidencialista. Art. 185 do CPP. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. § 1° O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. § 2° Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código; IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. Fases do interrogatório Art. 187 do CPP. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. § 1° Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. § 2° Na segunda parte será perguntado sobre: I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela; III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta; IV - as provas já apuradas; V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido; VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração; VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa Confissão É a admissão por parte do suposto autor da infração sob fatos que lhe são atribuídos e desfavoráveis Art. 197 do CPP. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. A confissão requer como elementar que a pessoa seja pelo menos parte daquele processo ou indiciado no inquérito policial, se uma pessoa se auto incriminar sem apresentar esse elementar ele não está confessando e sim se auto incriminando Art. 198 do CPP. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento do juiz. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art217. O réu apenas confessa uma prática delituosa. O réu reconhece a prática de diversos atos delituoso. O réu reconhece a prática do ilícito, mas o faz invocando causa excludente de ilicitude ou de culpabilidade. Art. 199 do CPP. A confissão, quando feita fora do interrogatório, será tomada por termo nos autos, observado o disposto no art. 195. Características Art. 200 do CPP. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto. 1. Retratabilidade: o reu pode requerer a retratação da sua confissão, desfazer aquilo que foi falado, confessado. O juiz pode usar como fundamento a confissão retratada? Súmula 545-STJ: Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no artigo 65, III, d, do Código Penal. (todo tipo de confissão) A confissão pode ser simples, complexa ou qualificada. 2. Divisibilidade É o ato pela qual o juiz aceita ou recursa apenas uma parte da confissão desde que seja fundamentado. A confissão isolada sem nenhuma outra prova não pode possível de condenação, obrigatoriamente tenho que absorver. Porque por si só ela não é prova cabal de autoria e/ ou materialidade. Testemunha Sistema Cross examination – perguntas diretas. Toda pessoa poderá ser testemunha. Fará sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade,se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade (Arts. 202 e 203 do CPP). Art. 206 do CPP. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar- se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias. Art. 207 do CPP. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Testemunha pode invocar o direito ao silêncio? Em regra, não, pois ele tem o dever legal de dizer a verdade Art. 203 do CPP. Porém, a jurisprudência é no sentido de se admitir a invocação do direito a não autoincriminação, permitindo, ainda que na condição de testemunha, o direito ao silencio, sob pena de ser considerada aquela prova ilícita. (HC 330559/SC – 05/08/2018 - STJ e Inq. 3983/DF). RECUSA A TESTEMUNHAR – Art, 206 e 207 do CPP. Ela não pode se recusar quando for o único meio de prova. Assistente de acusação pode arrolar testemunhas, Art. 271, CPP. Posso condenar com base em 1 testemunha? SIM 1.Súmula 70 do TJ/RJ? "O fato de restringir-se a prova oral a depoimentos de autoridades policiais e seus agentes não desautoriza a condenação." Referência: Súmula da Jurisprudência Predominante (Art. 122 RI) nº 2002.146.00001 (Enunciado Criminal nº 02, do TJRJ) - Julgamento em 04/08/2003 - Votação: unânime - Relator: Des. J. C. Murta Ribeiro - Registro de Acórdão em 05/03/2004 - fls. 565/572. É valida a condenação do acusado com base no depoimento de autoridades policiais, pois se trata de agentes públicos e se presume a legalidade do ato. Súmula 07 do STJ? "A PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL." http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art195. Cross Examination: nesse sistema, as perguntas são formuladas pelas partes diretamente à testemunha (vide art. 212 do CPP). Presidencialista: após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante (ato privativo do juiz - vide art. 188 do CPP). Objetividade Oralidade Retrospectividade .Sistema - art. 212 e 188 do CPP Características A testemunha tem que ser clara e objetiva no que vai falar, Art. 213 do CPP. Art. 213 do CPP. O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato. Não se pode levar por escrito, prevalece a oralidade, Art. 204 do CPP, exceto nos casos dos arts. 192, MUDO, e 221, §1º do CPP. Art. 204 do CPP. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito A testemunha não pode testemunhar sobre fatos futuros. A prova testemunhal é uma prova complexa, pois depende do relato oral, e também da credibilidade das informações apresentadas. Assim, não se mostra lícita a mera leitura pelo magistrado (interrogatório) das informações prestadas no IP, com consequente ratificação da parte (a ideia é reproduzir e não apenas ratificar), (HC 183.696 do STJ). Artigo 203 do CPP: se mentir comete crime (Regra geral) há exceções, conforme exposto acima. Artigo 218 e 219 do CPP: testemunha recalcitrante ou faltante: Art. 218 do CPP. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá Ordinário: poderão ser inquiridas na instrução até 08 testemunhas, art. 401 CPP e júri também, inteligência do Art. 406, §2º do CPP (primeira fase). requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública. Art. 219 do CPP. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das custas da diligência. Aplica de forma inteira 1.condução coercitiva (debaixo de vara); 2.multa; 3.crime de desobediência; 4.pagamento de custas da diligência, da intimação e condução coercitiva. OBS 1: nos casos de inquérito policial só é cabível a aplicação dos incisos I e III (vide HC 107.644/SP). O ministro Celso de Mello, ressaltou na ADPF 395 e 444 que a condução coercitiva para interrogatório é inadmissível sob o ponto de vista constitucional, com base na garantia do devido processo penal e da prerrogativa quanto à autoincriminação. Ele explicou ainda que, para ser validamente efetivado, o mandato de condução coercitiva, nas hipóteses de testemunhas e peritos, por exemplo, é necessário o cumprimento dos seguintes pressupostos: prévia e regular intimação pessoal do convocado para comparecer perante a autoridade competente, não comparecimento ao ato processual designado e inexistência de causa legítima que justifique a ausência ao ato processual que motivou a convocação. OBS 2: o tribunal ou o juiz pode interrogar a qualquer momento. OBS 3: aplica-se o disposto no art. 342 do CP ao informante? Quantidade de Testemunhas http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art453 Sumário: até 05 testemunhas, júri também, Art.422, CPP, (fase de plenário). Juizado Especial Criminal: até 03 testemunhas. Tipos de Testemunhas 1.Testemunha direta: é a que presencia o fato. 2.Testemunha indireta: é a que não presencia o fato, mas comprova que a pessoa não é o autor do fato pois estava com ela ou com terceiros. 3.Testemunha referida: "Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas se referirem" (vide art. 209, §1º do CPP). 4.Testemunha do juízo: "O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes" (vide art. 209 do CPP c/c Art.212, §ú do CPP). É aquela testemunha determinada de ofício pelo juiz, também conhecida como FILHA DE DEUS. O entendimento se divide em 03 correntes: 1.O art. 156 do CPP diz que é inconstitucional; 2.Pode, só se for para a defesa do acusado; 3.Defendida pelo STF, diz que é autorizada pois o juiz está aclarando o que já foi dito. Momento de Arrolar Testemunha Deve ser feito no momento exato, sob pena de preclusão. Para a acusação, o momento de oferecer testemunha é no oferecimento da denúncia ou queixa, enquanto que o momento processual adequado para a defesa é na resposta preliminar, Art. 396-A do CPP. Lei 11.343 o momento para defesa arrolar é na resposta escrita. Lei 9099 o momento para arrolar é em AIJ. Inversão da Testemunha de Caráter - art. 400 do CPP Art. 400-A. Na audiência de instrução e julgamento, e, em especial, nas que apurem crimes contra a dignidade sexual, todas as partes e demais sujeitos processuais presentes no ato deverão zelar pela integridade física e psicológica da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal e administrativa, cabendo ao juiz garantir o cumprimento do disposto neste artigo, vedadas: I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos fatos objeto de apuração nos autos; Art. 222 e 222-A do CPP Art. 217 e 185 do CPP II - a utilização de linguagem, de informações ou de material que ofendam a dignidade da vítima ou de testemunhas. O STF entende que se invertida a ordem da acusação e defesa, mas a testemunha for de caráter, não há nulidade pois não há prejuízo para a defesa na medida que o seu depoimento não vai de encontro com a aquele dado para a testemunha de acusação. A regra é que não cabe a substituição da testemunha em AIJ, sendo possível somente por doença, morte ou falta de intimação, e desde que não haja indícios de má-fé (videAP 520 STF). Contradita - art. 214 do CPP "Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e a resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e 208." Contraditar a testemunha significa opor-se a quem sirva de testemunha em processo, a totalidade de alegações das partes contra a testemunha, baseadas em circunstâncias que comprovem a sua suspeição ou a sua proibição legal de depor. A inquirição é direta, com base no art. 212 do CPP. OBS 1: tecnicamente não é propriamente dito Cross Examination, porque ainda há a possibilidade de reperguntas. OBS 2: o juiz pode complementar a inquirição sobre pontos não esclarecidos, a não observância pelo juiz é causa de nulidade absoluta, dando ou demonstrando o prejuízo (HC 102.525 PE/STF). Se não ouvir a testemunha no juízo deprecado terá nulidade? Em regra, não existe nulidade no não deslocamento do réu preso ao juízo deprecado para que participe da oitiva de testemunha (vide RE 602.543 RJ). alteração da identidade; mudança de residência, seguro pessoal; sigilo de dados pessoais. 1ª corrente: não, somente no caso de flagrante próprio pois viola os direitos e garantias fundamentais, devendo sua interpretação ser restrita, ou seja, apenas no flagrante próprio (tese da DP). 2ª corrente: a Constituição não fez restrições, então, em qualquer modalidade do flagrante é legal (tese do STJ e STF). O conceito para ausência do réu é a leitura dos artigos. Programa de Proteção a Testemunha - Lei 9807/99 Toda testemunha ameaçada pode ser inserida no programa de proteção a testemunha. São 03 as hipóteses oferecidas pelo programa, quais sejam: A duração do programa é de 02 anos prorrogável por mais 02 anos. Acareação - art. 229 do CPP O conceito é a leitura do artigo, vejamos: "Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes." Reconhecimento de pessoas e coisas - art. 226 do CPP Não acarreta nenhuma nulidade a inobservância desses procedimentos, pois o reconhecimento feito na presença do juiz e defensor, garantem a ampla defesa e contraditório (HC 77576 - RS/STF). Já falei em sala do reconhecimento de pessoas por foto, que o STJ na admite como regra, salvo se tiver junto com esse reconhecimento outras provas que sirvam de base para condenar. Busca Domiciliar - art. 5º, X, XI, CFRB/88 Ele não precisa ter certeza do sucesso da medida, deve- se então, ter fundadas razões (exclui a denúncia anônima), deve haver uma certa segurança antes de entrar. Art. 302 do CPP - Qualquer flagrante? É importante ressaltar que não se pode invadir o domicílio 1ª corrente: segundo Geraldo Prado, não pode, pois deve ser cumprida nos exatos limites do mandado, sob pena de violar a garantia constitucional do art. 5º, X, XI da CF e o art. 243 do CPP. 2ª corrente: segundo Eugênio Pacelli, devemos analisar se a diligência foi ou não de forma regular para que a apreensão seja ou não regular. 3ª corrente: segundo o Supremo Tribunal Federal, é possível a apreensão uma vez que a garantia já foi violada. se o agente público tem fundadas razões. Dessa forma, exclui-se a ideia de que o policial poderia invadir o domicilio do acusado com base meramente denúncia anônima. Info. 623 STJ. HOJE, EM 2021, CONFORME INFORMATIVO 694, Não existe exigência legal de que o mandado de busca e apreensão detalhe o tipo de documento a ser apreendido, ainda que de natureza sigilosa. Logo, o mandado não precisa especificar quais objetos serão apreendidos. STJ. 6ª Turma. RHC 141.737/PR, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 27/04/2021 (Info 694). Mas se estiver especificado, é possível apreender outros objetos que não estavam na ordem de apreensão? É possível busca e apreensão genéricos em comunidade? Em regra não, salvo se for para situações excepcionais, quando a medida tiver por objeto proteger os moradores daquela região ameaçados pelo crime.
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