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Processo penal II

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ll 
 Processo em uma visão ideal, olhando para a teoria
geral da prova: processo poderia ser uma reconstrução
história de um determinado fato para que seja extraído as
devidas consequências dessa reconstrução
 
Quais seriam as consequências ?
Se estiver provado autoria e materialidade irá condenar,
se não estiver provado autoria e/ou materialidade irá
absorver o acusado.
 
Processo é uma sequência de atos concatenados que no
final, sendo possível, o juiz irá absorver ou condenar a
pessoa
 
 Prova é tudo aquilo que contribui para formação do livre
convencimento do magistrado.
 
A prova é um Poder/Dever ou um Direito?
Prova é um Direito público subjetivo da parte que é
conferida do Estado ao Particular ou do Estado para o
próprio Estado. É um direito público subjetivo porque é o
Estado que concede ao particular ( para as partes: pública
ou privada)
A finalidade de dizer que é o direito público subjetivo
concedido para as partes: é a garantia constitucional do
contraditório e ampla defesa
 
A finalidade da prova é o convencimento do magistrado
 
 Art. 155 do CPP
O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da
prova produzida em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
 
De acordo com o STJ: perguntar se confirma uma prova
produzida no inquérito não é produzir prova em
contraditório, isso viola o art. 155 do CPP. Isto estará
reafirmando o que foi produzido no inquérito
 
TeoriaTeoriaTeoria GeralGeralGeral dasdasdas ProvasProvasProvas
A prova é uma fase: deve ser olhada como um ato
de provar, ou seja, processo pelo qual se comprova 
a verdade de algo alegado pela parte. 
A prova é uma fase probatória e um
meio/instrumento que pode demonstrar a verdade
de algo.
Além de ser um resultado da ação de provar.
Produto extraído daquele instrumento de prova:
convencimento do magistrado
O juiz deverá reproduzir as provas produzidas no
inquérito sob pena de serem ilícitas.
 
Visão de prova segundo Nucci:
 
 Art. 156 do CPP
A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo,
porém, facultado ao juiz de ofício: 
 
 I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a
produção antecipada de provas consideradas
urgentes e relevantes, observando a necessidade,
adequação e proporcionalidade da medida; 
 
 II – determinar, no curso da instrução, ou antes de
proferir sentença, a realização de diligências para
dirimir dúvida sobre ponto relevante.
 
 DOUTRINA X STF
A Doutrina entende que o art. 156 do CPP é
inconstitucional, porque ele viola o sistema acusatório
ilícito. 
O juiz de ofício produzindo prova antes de iniciar o
processo viola o sistema acusatório
 
O STF entende que o art.156 do CPP é constitucional, o
que acontece é que alguns dispositivos do código
penal tem resquícios inquisitórias. O art. 156, I é
exemplo de resquícios inquisitorial.
Mesmo que faça de ofício não viola nenhum direito
fundamental do acusado MAJORITARIO 
processo Penal IIp l processo Penalprocesso Penal IIIIppprocesso Penal IIp l 
O mero decurso do tempo para os policias, tendo em
vista, a atividade que eles exercem é suficiente para
antecipar a prova (exceção da súmula 455 do STJ)
Fatos incontroversos precisam ser provados. Porque
envolve a liberdade, direito esse indisponível 
'''Fatos públicos e notórios assim como fatos
incontroversos não precisam de provas" ERRADO
 
Provas cautelares são provas que precisam de uma certa
urgência: corpo de delito
Nas provas cautelares não repetíveis há de se falar em
contraditório deferido no inquérito
 
Via de regra não há contraditório no inquérito, mas em
algumas situações existe o contraditório deferido: provas
cautelares, nas antecipadas e não repetíveis 
 
 Art. 167 do CPP
Não sendo possível o exame de corpo de delito, por
haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal
poderá suprir-lhe a falta. 
 
Prova testemunha não é confissão
 
Pode aplicar o art.167 do CPP na lei de drogas?
Não pode ser aplicado por conta do princípio da
especialidade. A lei de drogas diz que precisa ser feito o
exame prévio e o exame definitivo para condenar.
Precisa dos dois exames!!
A jurisprudência do STJ entende que se o exame
preliminar foi feito idêntico ao exame definitivo pode ser
dispensado o exame o definitivo e o magistrado pode
condenar apenas com o preliminar.
 
 Art. 225 do CPP. 
Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por
enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao
tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá,
de ofício ou a requerimento de qualquer das partes,
tomar-lhe antecipadamente o depoimento
 
Súmula 455 do STJ
A decisão que determina a produção antecipada de
provas com base no art. 366 do CPP deve ser
concretamente fundamentada, não a justificando
unicamente o mero decurso do tempo.
 
 
 Trata-se de uma norma infraconstitucional que
precisa ser filtrada a luz da Constituição e do
sistema penal democrático 
Só denúncia tiver indícios de autoria e
materialidade e para que tenhamos os indícios de
autoria e materialidade precisa haver um crime.
Ou seja, cabe ao Ministério Público provar o crime 
Inversão do Ônus da Prova
Existe dois entendimentos:
 
 1.A doutrina entende que não cabe a inversão do
ônus da prova no processo penal. Porque inverter o
ônus da prova seria presumir que a pessoa é culpada,
condenando-a sem provas. Violando o princípio da
presunção de inocência.
 
 Na dúvida para julgar aplica-se o in dubio pro reo.
dúvida interpreta-se em favor do acusado.
Obs: O Ministério Público ao oferecer denúncia ou o
querelante, se a ação penal for privada, ele tem o
dever de narrar o fato criminoso com todas as
circunstâncias. Baseado nisso, o ônus da prova deve
ser pensado a luz do princípio da presunção de
inocência, e como avaliação, como base no in dubio
pro reo.
 
 2. A jurisprudência entende que cabe a inversão do
Ônus da prova, diante do que dispõe o art.129, I da
CRFB/88, art.156 do CPP
 
 Art. 156 do CPP. A prova da alegação incumbirá a
quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: 
(Para uma teoria mais moderna, chamada de teoria da
carga dinâmica das provas permite a mudança dessas
provas para o ônus de quem cabe a que. A teoria da
carga estática vai dizer que o autor sempre vai ter o
direito de provar sem modificação)
 
ATENÇÃO!! Então, no processo penal não conseguimos
inverter o ônus da prova porque ele pertence
inteiramente ao Ministério Público ou o querelante
 
 Art. 129 da CRFB/88. São funções institucionais do
Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na
forma da lei;
Define-se prova indiciária como sendo aquela na qual
o magistrado se utiliza de indícios, para chegar-se ao
fato probando. Nesse compasso, o magistrado
nortear-se-á por indícios, pressupostos, por meio de
ilações de que o fato probando ocorrera. Daí chamar-
se de indiciária (prova).
(fato típico, ilícito e culpável ). Contudo, a defesa pode usar
a inversão do ônus para querer provar algo.
 ex: incapaz, doenças mentais e etc...
 
Prova indiciária 
A prova indiciária consiste em meios de provas, ou seja,
argumentos e arguições lógicos jurídicos aptos a
demonstração ilícita da existência de elementos
suscetível de sensibilização ou compreensão ao um fato
 
 Art. 239 do CPP. Considera-se indício a circunstância
conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou
outras circunstâncias.
A prova pública de conhecimento de todos precisa ser
provada?
Os fatos públicos e notórios não precisam ser provados
Princípios Relativos a Prova
Comunhão de Provas
A prova uma vez produzida pertence ao processo e não
das partes
 
Do Contraditório da prova
Toda prova deve ser submetida ao perigo do
contraditório. Não há como eu produzir algo e não
permitir que a parte contrária fale sobre aquilo que eu
estou produzindo.Da busca da verdade real 
se fundamenta em uma busca com relação a
conformidade com aquilo que estar no processo. 
 
Liberdade das provas
é possível a produção de meios de provas inominados.
As partes são livres para produzirem quaisquer espécies
de provas, desde que lícita. Este princípio possibilita às
partes toda e qualquer produção de prova, não só
aquelas dispostas no ordenamento penal.
 
A acusação precisa trazer as provas que tem para
produzir no momento da queixa/denúncia. 
A defesa precisa produzir as provas no momento
de resposta a acusação, de acordo com o art.396 -
A do CPP.
O entendimento da Jurisprudência dominante é
que a acusação, caso haja deferimento da prova,
pode se valer de mandado de segurança, porque é
um direito liquido e certo. 
A defesa pode se valer do Habeas Corpus, uma vez
que a prova não for admitida a consequência é
não conseguir comprovar sua inocência, podendo
ficar preso. Logo, caso haja risco de liberdade
futura há a possibilidade de impetrar habeas
corpus (Habeas Corpus Liberatório)
 Fase da produção probatória 
1° Fase da produção de provas é a Propositura:
Consiste no momento da produção de prova.
 
 Art. 396-A do CPP. Na resposta, o acusado poderá
argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua
defesa, oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua
intimação, quando necessário. 
 
2° Fase da produção de provas é a Admissão
Da decisão que não admite prova não cabe recurso.
O Habeas Corpus é considerado liberatório e não
preventivo porque a partir do momento que o réu é
citado no processo penal, ele já sofre a liberdade de
locomoção.
 
2° Fase da produção de provas é a Execução
É onde se executa a prova, na audiência de instrução
e julgamento, de acordo com o art. 400 do CPP
 
 Art. 400 do CPP. Na audiência de instrução e
julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de
declarações do ofendido, à inquirição das
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa,
nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste
Código , bem como aos esclarecimentos dos peritos,
às acareações e ao reconhecimento de pessoas e
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art222
A ordem de produção será feita primeiro pela acusação,
depois pela defesa. Não há possibilidade como regra de
se inverter a ordem, ainda que haja concordância das
partes. Porque isso compromete o direito de defesa do réu
e a lógica do sistema.
 
Nulidade do interrogatório por inversão da
ordem é relativa e exige prova de prejuízo
para o réu
 A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
reafirmou o entendimento de que a nulidade decorrente
da inversão da ordem do interrogatório – prevista no
artigo 400 do Código de Processo Penal (CPP) – é relativa,
sujeita à preclusão e demanda a demonstração do
prejuízo sofrido pelo réu.
O colegiado negou o pedido de revisão criminal de
acórdão da Sexta Turma que, por não observar nenhuma
nulidade, manteve em 12 anos de reclusão a condenação
de um réu acusado de abuso sexual contra sua sobrinha
de nove anos.
Para a defesa, houve nulidade absoluta na condenação,
uma vez que o réu foi interrogado antes da vítima e das
testemunhas de acusação.
STF
O relator, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, ressaltou
que o STJ, acompanhando o entendimento do plenário do
Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do HC
127.900, estabeleceu que o rito processual para o
interrogatório, previsto no artigo 400 do CPP, deve ser
aplicado a todos os procedimentos regidos por leis
especiais.
Segundo o magistrado, a Quinta Turma do STJ tem
precedentes no sentido de que, para se reconhecer
nulidade pela inversão da ordem de interrogatório, "é
necessário que o inconformismo da defesa tenha sido
manifestado tempestivamente, ou seja, na própria
audiência em que realizado o ato, sob pena de preclusão.
Além disso, é necessária a comprovação do prejuízo que o
réu teria sofrido com a citada inversão".
No entanto, ele lembrou que a Sexta Turma já se
posicionou pela desnecessidade da demonstração do
prejuízo decorrente da inversão da ordem do
interrogatório do réu, em processo no qual foi condenado,
visto que a condenação já corresponderia ao prejuízo. No
mesmo julgado, os ministros consideraram que, por se
tratar de prejuízo implícito (ou presumido), não haveria 
Em todas as partes do processo tem que provar o
prejuízo, na audiência de instrução e julgamento o
prejuízo é presumido, salvo se for testemunha de
caráter que vai dizer o mesmo depoimento e a
inversão deles não vai gerar prejuízo nenhum.
preclusão para a arguição da nulidade referente à
inobservância do artigo 400 do CPP.
 
 
4°Fase da produção de provas é a Valoração
Toda prova precisa ser obrigatoriamente
fundamentada pelo magistrado. 
Sentença sem fundamentação é sentença inexistente.
 
Sistema de Valoração da Prova
 
1° Sistema é o Livre convencimento motivado do
magistrado
Todas as provas estão a par de igualdade. Deve se
utilizar a prova que traz certeza sobre os autos.
(sistema usado)
 
 2° Sistema é o Tarifado de provas
Coloca hierarquias sobre as provas. A prova melhor de
todas seria a confissão e a pior seria a testemunha.
(não se utiliza esse sistema)
 
3° Sistema é Intima convicção
Em especificamente uma hipótese pode haver uma
decisão sem que haja fundamentação (exceção ao
art.93, IX da CRFB/88. Essa exceção seria os jurados
do juri
 
Suponha que no processo o Ministério Público resolva
pedir para o juiz a prova antecipada do depoimento de
uma senhora de idade, com fundamento de
futuramente com o decorrer do tempo, por ser idosa,
esquecer dos fatos. O juiz deferiu a prova, agiu certo
ou errado?
Errado, porque o mero decurso do tempo não é
suficiente para antecipar a prova. Súmula 455 do STJ
"A decisão que determina a produção antecipada de
provas com base no art. 366 do CPP deve ser
concretamente fundamentada, não a justificando
unicamente o mero decurso do tempo".
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art400
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=11451173
Classificação da Prova
As provas podem ser diretas e indiretas, pessoais e reais,
plena e não plena, e, quanto ao objeto, podem ser
testemunhal, documental e material. 
 
Quanto ao objeto:
DIRETA - Refere-se diretamente ao fato probando, por si o
demonstrando. EX: testemunha diz que viu o agente
matando.
 
INDIRETA – Refere-se a um outro fato indiretamente, que,
influencia no fato direto. O exemplo é quando o agente
prova que estava na hora do fato criminoso na casa do
seu amigo tomando cerveja. Tem o fito de negar o fato a
partir de outro fato, sendo incompatível com a acusação. 
 
Quanto ao efeito:
PLENA – É a que se faz fundamental para a condenação. A
que traz um juízo de certeza quanto ao fato praticado.
 
NÃO PLENA/INDICIÁRIA – É aquela em há uma limitação
quanto a profundidade, como por exemplo a busca e
apreensão na medida cautelar quando determina quais
objetos podem ser apreendidos. 
 
Quanto ao sujeito:
REAL- É a que decorre do fato e não da pessoa. Ex: fotos,
perícia, pegadas etc.
 
PESSOAL - É a obtida por intermédio dos humanos e não
coisas, ou seja, a que decorre do conhecimento de
pessoas. Como exemplo, citamos a prova testemunhal,
confissão, declaração da vítima etc.
 
Quanto à forma :
TESTEMUNHAL - Decorre da afirmação de uma pessoa.
Temos como exemplo o depoimento de uma pessoa que
presidiu um crime, outro exemplo é o interrogatório do
acusado. 
 
DOCUMENTAL – É um elemento (documento) que irá
condensar graficamente a manifestação de um
pensamento. EX: contrato. 
 
MATERIAL – Simboliza qualquer elemento que corporifica
a demonstração do fato. EX: perícia (corpo de delito, 
 
instrumento do crime) etc. 
 
Quanto à possibilidade de renovação em juízo:
REPETÍVEL - 
É a prova que pode ser reproduzida em juízo sem que
haja perda do seu valor, tal como ocorre com aprova
testemunhal, salvo a exceção da súmula 455 STJ. 
 
IRREPETÍVEL – É a prova que é produzida a partir de
sua fonte, mas essa fonte é perecível ou deteriorável,
ou seja, passível de desaparecimento ou destruição.
Existem provas que se exaurem rapidamente e mesmo
que possam ser renovadas, não são aptas a constatar
detalhes que seriam possíveis à época. EX: exame de
corpo de delito nos crimes de lesão corporal. 
 
Quanto à previsão legal:
NOMINAIS - São provas que estão previstas na lei. Ex:
documental, pericial e material.
 
INOMINADAS – São provas que, quando produzidas,
não há previsão legal no ordenamento jurídico. Vale
ressaltar que, o fato de não terem previsão, não podem
violar direitos e garantias, sob pena de serem
declaradas ilícitas, que são na verdade provas
disfarçadas.
Não pode condenar com base em reconhecimento por
foto, para condenar precisa de mais outras provas.
Não é inconstitucional, deve obedecer o art.226 do CPP
 
 Limitações as Provas
Há limitações nas provas ?
 Art. 5°, LVI da CFRB/88 - são inadmissíveis, no
processo, as provas obtidas por meios ilícitos
 
 Art.157 do CPP- São inadmissíveis, devendo ser
desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim
entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais. 
 
Mecanismos para frear os arbritos do estado quando
colidem determinadas provas por meios que
desrespeitem as regras de determinados jogos.
Provas Ilícitas são provas que violam disposições de
preceitos de regra de direito material ou de direito
processual, ou até mesmo princípios.
teoria da fonte independente 
Teoria da descoberta inevitavel 
Teoria da mancha purgada ou da tinta diluida 
O efeito da prova ilícita é a retirada dessa prova do
processo, ou seja, o seu desentranhamento
Prova ilícita não é anulidade. 
 
Há diferença entre prova ilicita para prova ilegitima ?
Na doutrina entende que não. A jurisprudência entende
que as provas ilicitas são violadoras de direito mateiral,
as provas ilegitimas de direito processual.
 
Teoria dos frutos da Arvore envenenada 
Prova obtida por meio ilícito, gerarem subprovas, todas as
subprovas serão consideradas ilícitas. 
exceção:
 
se tiverem outras provas no processo, independente de
uma determinada prova ilícita produzida, não há o que se
falar em contaminação, ou seja, não há o que se falar em
teoria dos frutos da arvore envenenada
 § 1° do art. 157 CPP- São também inadmissíveis as
provas derivadas das ilícitas, salvo quando não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras,
ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma
fonte independente das primeiras. 
 
se a prova circunstanciamente deriva da prova ilicita
seria conseguida de qualquer maneira por atos de
investigação válidos, será aproveitado e eliminado essa
contaminação
 § 2 ° do Art.157 CPP- Considera-se fonte independente
aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de
praxe, próprios da investigação ou instrução criminal,
seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
 
O ato de se considerar uma prova ilícita inicialmente, mas
por uma questão tão tenúa/inpespectivel, por um decurso
de tempo a prova que era ilícita passa a ser licita.
Não é aplicada no ordenamento jurídico
 
Prova ilícita como o último meio para comprovar a
inocência
 
Document DUMP: é a juntada excessiva de documentos
para dificultar a defesa, viola a boa fé e a ampla defesa
 
SERENDIPIDADE de 1 ° grau 
SERENDIPIDADE de 2 ° grau 
Serendipidade
É um encontro fortuito de provas, as provas são
encontradas casualmente. 
“Estava investigando algo e encontrei outra coisa” 
 
Essa outra coisa achada que nada tem a ver com a
investigação pode ser usada para abrir ou instaurar
inquérito? 
A jurisprudência entende que sim. 
 
Crime achado não há violação. Se o judiciário permitiu
que fosse gravado/escutado a gravação, a sua
violação/intimidade/privacidade já está excepcionada
Essa prova é licita e totalmente legal/permitida no
ordenamento. 
 
É quando há conexão com a coisa achada e a coisa
investigada. 
Ex: o Agente A matou uma pessoa porque essa pessoa
não tinha pagado a droga que ela vende. 
 
 Tem relação a morte com tráfico? 
Tem, pois ela só matou porque a pessoa não pagou o
tráfico. 
 
É quando não há conexão com a coisa achada e a
coisa investigada. 
 
INFORMATIVO 869 
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por
maioria, indeferiu ordem de “habeas corpus” em que
se discutia a ilicitude de provas colhidas mediante
interceptação telefônica durante investigação voltada
a apurar delito de tráfico internacional de drogas. 
 
No caso, o juízo de origem determinou a prisão
preventiva do paciente em razão da suposta prática
de homicídio qualificado. O impetrante sustentou a
ilicitude das provas colhidas, a inépcia da denúncia e
a falta de justa causa para o prosseguimento da ação
penal. 
 
O Colegiado afirmou que a hipótese dos autos é de
crime achado, ou seja, infração penal desconhecida e 
não investigada até o momento em que se descobre o
delito. A interceptação telefônica, apesar de investigar
tráfico de drogas, acabou por revelar crime de homicídio.
Assentou que, presentes os requisitos constitucionais e
legais, a prova deve ser considerada lícita. Ressaltou,
ainda, que a interceptação telefônica foi autorizada pela
justiça, o crime é apenado com reclusão e inexistiu o
desvio de finalidade. 
 
No que se refere à justa causa, considerou presente o
trinômio que a caracteriza: tipicidade, punibilidade e
viabilidade. A tipicidade é observada em razão de a
conduta ser típica. A punibilidade, em face da ausência
de prescrição. E a viabilidade, ante a materialidade,
comprovada com o evento morte, e a autoria, que deve ser
apreciada pelo tribunal do júri. 
 
Vencido o ministro Marco Aurélio, que deferiu a ordem.
Pontuou não haver justa causa e reputou deficiente a
denúncia ante a narração do que seria a participação do
paciente no crime. 
HC 129678/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Min. Alexandre de Moraes, 13.6.2017. (HC-129678) 
 
O Juiz que já sabe por meio de prova ilícita que foi o
agente A que cometeu o crime, tentará condenar o agente
por meio de outras provas ou vai absorver? 
O André Nicolitt sustenta o argumento que o juiz deverá se
declarar suspeito, porque vai violar a imparcialidade. No
momento que o juiz descobriu a realidade dos fatos como
foi, mas aquela prova é ilícita, é obvio que ele vai ser
parcial, vai procurar outras provas para condenar.
Contudo, isso acarretaria em um juiz acusador, violando o
sistema acusatório. 
Se o juiz reconheceu a ilegalidade ele deveria se julgar
como suspeito.
 
 Art. 157 do CPP. São inadmissíveis, devendo ser
desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim
entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais 
 
 § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova
declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou
acórdão (esta suspenso) 
Mas, toda decisão não é fundamentada? 
Se o juiz for condenar, tem que juntar o fundamento 
.As partes devem ser as mesmas 
Os fatos devem ser ao menos semelhantes 
E respeitar o contraditório e a ampla defesa 
daquela decisão, que é outra prova, ou seja, o juiz não
está julgando conforte ele quer parcialmente, ele está
julgando de acordo com as provas. Então não tem para
onde fugir mais que ele queira as vezes condenar
alguém, ele não vai conseguir se não tiver prova,
porque toda decisão é fundamentada, ele teria que
fundamentar com outras provas do porquê da
condenação, ele está sendo imparcial pois existe
outras provas que lhe servem para condenar. 
 
A jurisprudência entende que o juiz não precisa se
declarar suspeito. Não há essa possibilidade do
impedimento para o julgamento.
 
Prova Emprestada 
Prova produzida no processo e posteriormente
emprestada para outro processo. 
 
A prova emprestada tem 3 requisitos: 
 
1.
2.
3.
 
A jurisprudência entende que basta respeitar o
contraditório e a ampla defesa no processo de origem
para emprestar a prova. 
Se a prova for ilícita não é emprestada.O que são provas anômalas? 
São meios de produção de provas.
 
Prova anômala é aquela utilizada para fins diversos
daqueles que lhe são próprios, com características de
outra prova nominada. Em outras palavras, existe meio
de prova legalmente previsto para a colheita da prova.
Todavia, deixa-se de lado esse meio de prova
nominado, valendo-se de outro meio de prova. 
 
[…] Por sua vez, tem-se como prova irritual a prova
típica colhida sem a observância do modelo previsto
em lei. Como essa prova irritual é produzida sem
obediência ao modelo legal previsto em lei, trata-se de
prova ilegítima, passível de declaração de nulidade 
 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=129678&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=129678&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
https://www.instagram.com/andrenicolitt/
Interceptação telefônica 
Escuta Telefônica 
 Gravação Clandestina 
Quebra de sigilo telefônico
Lei 9296/1996 
Sigilo das Comunicações telefônicas 
nenhum dos dois sabem que a conversa está sendo
gravada por um terceiro. 
 
Precisa de autorização judicial pois está violando o direito
fundamental das partes envolvidas. Sob pena de violar a
intimidade/ privacidade daquelas pessoas envolvidas. 
 
tem dois interlocutores e estão sendo gravados por um
terceiro, só que um dos interlocutores sabe que está
sendo gravado. 
 
Precisa de autorização judicial. 
 
um dois interlocutores grava a conversa, não tem um
terceiro.
 
Não precisa de autorização judicial, pois a mesma se
expõe de vontade Própria. 
 
 não escuta a conversa, acessa o histórico da chamada. 
 
Enquanto houver necessidade pode ficar prorrogando. 
E se tiver foro por prerrogativa de função? 
Deve parar as interceptações telefônicas e pedir
solicitação para o órgão responsável para que faça suprir
a necessidade sob pena de considerar as provas ilícitas.
 
O PRAZO DE 15 DIAS SE INICIA A PARTIR DO DIA QUE DE
FATO COMEÇOU A INTERCIPTAR 
O prazo máximo de manifestação do magistrado é de 24
horas. 
 Degravação 
Transcrição da integra do que foi escutado.
Não é razoável pedir a integra do que foi escutado 
 
Cadeia de custódia da prova é o registro documentado de
toda aquela prova desde a sua posse. 
 
 
 Art. 158-A do CPP. Considera-se cadeia de custódia
o conjunto de todos os procedimentos utilizados para
manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes,
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte 
 § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a
preservação do local de crime ou com procedimentos
policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio.
 
 § 2º O agente público que reconhecer um elemento
como de potencial interesse para a produção da prova
pericial fica responsável por sua preservação. 
 
 § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível
ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à
infração penal 
 
 Art. 158-B do CPP. A cadeia de custódia compreende
o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: 
 
 I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento
como de potencial interesse para a produção da prova
pericial; 
 
 II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado
das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente
imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime; 
 
 III - fixação: descrição detalhada do vestígio
conforme se encontra no local de crime ou no corpo de
delito, e a sua posição na área de exames, podendo
ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui,
sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial
produzido pelo perito responsável pelo atendimento; 
 
 IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será
submetido à análise pericial, respeitando suas
características e natureza; 
 V - acondicionamento: procedimento por meio do
qual cada vestígio coletado é embalado de forma
individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise,
com anotação da data, hora e nome de quem realizou
a coleta e o acondicionamento; 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
 VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local
para o outro, utilizando as condições adequadas
(embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de
modo a garantir a manutenção de suas características
originais, bem como o controle de sua posse; 
 
 VII - recebimento: ato formal de transferência da posse
do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo,
informações referentes ao número de procedimento e
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem,
nome de quem transportou o vestígio, código de
rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio,
protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; 
 
 VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação
do vestígio de acordo com a metodologia adequada às
suas características biológicas, físicas e químicas, a fim
de se obter o resultado desejado, que deverá ser
formalizado em laudo produzido por perito; 
 
 IX - armazenamento: procedimento referente à guarda,
em condições adequadas, do material a ser processado,
guardado para realização de contraperícia, descartado
ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; 
 
 X - descarte: procedimento referente à liberação do
vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando
pertinente, mediante autorização judicial. 
 
 Art. 158-C do CPP. A coleta dos vestígios deverá ser
realizada preferencialmente por perito oficial, que dará o
encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames
complementares. 
 
 § 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito
ou processo devem ser tratados como descrito nesta Lei,
ficando órgão central de perícia oficial de natureza
criminal responsável por detalhar a forma do seu
cumprimento. 
 
 § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como
a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime
antes da liberação por parte do perito responsável, sendo
tipificada como fraude processual a sua realização. 
 
 
 
 Art. 158-D do CPP. O recipiente para
acondicionamento do vestígio será determinado pela
natureza do material. 
 
 § 1º Todos os recipientes deverão ser selados com
lacres, com numeração individualizada, de forma a
garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte. 
 
 § 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio,
preservar suas características, impedir contaminação
e vazamento, ter grau de resistência adequado e
espaço para registro de informações sobre seu
conteúdo. 
 
 § 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito
que vai proceder à análise e, motivadamente, por
pessoa autorizada.
 
 § 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer
constar na ficha de acompanhamento de vestígio o
nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a
finalidade, bem como as informações referentes ao
novo lacre utilizado.
 
 § 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no
interior do novo recipiente. 
 
 Art. 158-E do CPP. Todos os Institutos de
Criminalística deverão ter uma central de custódia
destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua
gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão
central de perícia oficial de natureza criminal. 
 
 § 1º Toda central de custódia deve possuir os
serviços de protocolo, com local para conferência,
recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a
distribuição de materiais, devendo ser um espaço
seguro e apresentar condições ambientais que não
interfiram nas características do vestígio. 
 
 § 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de
vestígio deverão ser protocoladas, consignando-se
informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam.
 § 3ºTodas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio 
 
armazenado deverão ser identificadas e deverão ser
registradas a data e a hora do acesso. 
 
 § 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado,
todas as ações deverão ser registradas, consignando-se
a identificação do responsável pela tramitação, a
destinação, a data e horário da ação
 
 Art. 158-F do CPP. Após a realização da perícia, o
material deverá ser devolvido à central de custódia,
devendo nela permanecer. 
 
 Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua
espaço ou condições de armazenar determinado material,
deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as
condições de depósito do referido material em local
diverso, mediante requerimento do diretor do órgão
central de perícia oficial de natureza criminal.
 
 1. Cabe interceptação telefônica com base em denúncia
anônima? 
A doutrina, com base no artigo 2, II da lei 9296/96
entende que não, somente em ultimo caso. O STF e STJ
entendem que é ilegal se determinada apenas com base
na denuncia anônima. A lei 9296 diz que deve haver
indícios razoáveis, pois além de tudo é uma grave
interferência na vida privada da pessoa sem que haja
justificativa idônea para tal. 
 
 
2. Pode o juiz condenar com base em provas produzidas
exclusivamente no I.P? 
O Art. 155, em regra não, salvo as NÃO repetíveis, as
cautelares e as antecipadas, pois o I.P não é submetido
ao crivo do princípio do contraditório, uma vez que o
sistema do I.P é inquisitorial. I.P tem função meramente
informativa, daí necessidade de se repetir tais provas no
curso do processo penal. HC, STJ 222.302/RJ. 
 
3. Fatos intuitivos precisam ser provados? 
Não, pois são fatos que saltam aos olhos. Exemplo dado é
o de uma pessoa morta, que não apresenta nenhuma
outra causa a não ser o fato de ter sido carbonizada ou
decapitada. 
 
4. Uma senhora de idade, com medo e com indícios de
que naturalmente com tempo irá esquecer os detalhes do 
 
1ª corrente – Aplicação da sumula 455 do STJ – O
mero decurso de tempo não é suficiente para
autorizar a produção de prova antecipada. Deve
ser bem fundamentada na forma do Art. 366 e a
real necessidade de se antecipar aquela prova
concretamente. A idade deve ser relacionada a
outras coisas, tais como padecimento, e condições
das testemunhas, por exemplo. 
2ª corrente – pode, STF, HC 135.386 - 2ª Turma do
STF – verdade real. 
1ª corrente - (LFG) A expressão ultimo caso, se
refere somente à comunicação de telefônica e esta
deve ser compreendida como tudo aquilo feito via
cabo telefônico. 
2ª corrente - (ADA PELLEGRINI) a expressão ultimo
caso se refere somente à comunicação telefônica e
esta deve ser entendida como a conversa
realizada pelo telefone (VOZ), pois de todas as
formas de comunicação, esta é a única que se não
for captada no momento da conversa, não poderá
ser recuperada. 
3ª corrente – (Tourinho e STF) A expressão ultimo
caso, se refere a comunicação de dados e
telefônica (tudo que está entre vírgulas). Por isso, o
Art. 1º, §ú da Lei 9296/96 é válido. 
crime, estando o réu em local incerto e não sendo
encontrado, resolve o MP, pedir ao juiz a prova
antecipada do depoimento dessa senhora. O juiz
defere. Foi correta a decisão do Magistrado?
Fundamente. 
 
 
5. Em que consiste a teoria da tinta diluída ou macha
purgada? 
Essa teoria entende ser possível que o vínculo entre a
prova ilícita e a derivada seja tão tênue ou superficial,
que acabe não havendo contaminação; o vínculo é
muito superficial. A doutrina traz como exemplo seria o
decurso de tempo na produção de prova ilícita entre a
prova “raiz” e a decorrente dela. 
 
6. É possível a interceptação a interceptação de dados
em movimento? 
 
 
 
 
Corpo de delito indireto
7. “A” ao avistar policiais militares em patrulhamento de
rotina, em local conhecido como ponto de drogas, correu
para dentro de casa. O agente público ao perceber a
atitude do agente, persegue o acusado e adentra na sua
residência contra sua vontade. Após busca no interior da
residência, os policiais encontraram, no banheiro, 8
pedras de crack e no quarto 10 pedras. 
“A” foi denunciado na forma do Art. 33 da lei 11.343/06,
tendo sido condenado na 1ª instancia em 4 anos em
regime semiaberto. 
O TJ reformou a decisão, absolvendo o réu. O MP
recorreu, por meio de REsp, ao STJ. Perguntase: Merece
reforma a decisão do TJ? Quais os princípios que podem
ser alegados? A prova é ilícita ou lícita? A casa, nesse
caso, é asilo inviolável? 
Segundo o entendimento do STJ, no contexto fático
anterior ao ingresso na residência, não permitia a
conclusão lógica de ocorrência de crime no interior da
residência que justificasse o ingresso dos agentes. Mera
intuição de traficância não autoriza a justa causa para o
ingresso na residência, sem o conhecimento do morador,
inteligência do Art. 5º, X e XI da CRFB e Art. 243, 302 e 303
ambos do CPP. 
O que se pretende resguardar é a inviolabilidade do
domicílio, privacidade, intimidade e dignidade da pessoa
humana. Isso significa preservar minimamente alguns
direitos fundamentais
 
 Provas em espécie 
Na visão do Guilherme Nucci e Andre o exame de corpo
de delito indireto é uma perícia feita com base em uma
prova testemunhal, pois não há corpo
 
Uma segunda corrente encabeçada por Tourinho vai
dizer que não precisa fazer uma prova testemunhal com
base no perito porque basta o próprio depoimento Art.158
cc 564.
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
 
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam
vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
 
Nos crimes da lei de droga eu tenho laudo prévio e
laudo definitivo. A lei 11343 me obriga quando eu
pego alguém com drogas faça um exame prévio e
consta que aquilo é droga. Antes de coordenar eu
tenho que ter um laudo definitivo para prosseguir
na audiência: 
Não se usa mais a súmula 361 do STF
Autópsia ou necropsia
Exumação
O artigo 564 tarifou o exame De corpo de delito
quando ele disse que os crimes que deixam vestígios
tem que fazer perícia? A perícia é mais importante do
que qualquer outra prova?
Não, o que ele quis dizer é que se tem perícia e a
pessoa confessou eu não vou dispensar a perícia por
causa da confissão, porque a confissão não é a rainha
das provas.
 
Isso é condição de prosseguibilidade: condição de
prosseguir na ação penal (laudo definitivo)
Condição de procedibilidade: condição para iniciar a
ação penal ( laudo prévio)
a jurisprudência do STJ não aplica nulidade na
ausência de laudo definitivo, quando o laudo prévio
tem as mesmas características do laudo definitivo
 
Posso aplicar o artigo 167 na lei de drogas ?
 
Polastri e Nucci entendem que pode ser aplicado se
desaparecer os vestígios ou se for impossível fazer o
exame pericial naquela droga.
 
A doutrina majoritária entende que não pode ser
aplicado o artigo 167 na lei das drogas por que vigora
o princípio da especialidade, a lei 11343 quis ter a
prova da materialidade tanto no exame prévio e do
exame definitivo, precisa especificamente do exame
pericial na droga
 
Tipos de exame de corpo de delito
 Art. 162. do CPP. A autópsia será feita pelo menos
seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser
feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Identifica a causa da morte
 Art. 163 do CPP Em caso de exumação para exame 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art167
Exame complementar
Exame de local
Exame laboratorial
 Exame grafotécnico 
cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia
e hora previamente marcados, se realize a diligência, da
qual se lavrará auto circunstanciado.
O corpo foi enterrado sem autopsia tem que exumar para
descobrir a causa da morte
 
 Art. 168 do CPP. Em caso de lesões corporais, se o
primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-
se-áa exame complementar por determinação da
autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a
requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do
acusado, ou de seu defensor
Pode ser feito de oficio 
 
 Art. 169 do CPP. Para o efeito de exame do local onde
houver sido praticada a infração, a autoridade
providenciará imediatamente para que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos, que
poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos
ou esquemas elucidativos. 
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as
alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório,
as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos
fatos
Exame para a colheita de Fonte de provas
 
 Art. 170 do CPP. Nas perícias de laboratório, os peritos
guardarão material suficiente para a eventualidade de
nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão
ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas,
desenhos ou esquemas.
 
 Art. 174 do CPP. No exame para o reconhecimento de
escritos, por comparação de letra, observar-se-á o
seguinte:
 I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o
escrito será intimada para o ato, se for encontrada;
 
 II - para a comparação, poderão servir quaisquer
documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem
sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou
sobre cuja autenticidade não houver dúvida;
 III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para
o 
 
Prova invasiva
Prova não invasiva 
Provas que exigem cooperação ativa do acusado
Provas que exigem cooperação passiva do
acusado
exame, os documentos que existirem em arquivos ou
estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a
diligência, se daí não puderem ser retirados;
 
 IV - quando não houver escritos para a comparação
ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade
mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado.
Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta
última diligência poderá ser feita por precatória, em
que se consignarão as palavras que a pessoa será
intimada a escrever.
 
 
Intervenção corporal
Se baseia no princípio da não autoincriminação
a prova invasiva é aquela que há a penetração no
corpo do acusado.
Pode se recusar a fazer
 
são obtidas na superfície do corpo do acusado
 
É aquela que não está na superfície nem entra no
corpo do acusado, mas ele tem que fazer alguma
coisa.
Ex: bafomico, acareação, reconstituição do crime
Pode invocar a não autoincriminação
 
Que ele é obrigado a só ir ao local, mas sem obrigação
de fazer algo.
Ex; reconhecimento
 
Interrogatório
É o ato pelo qual ô juiz indaga o réu sobre a acusação
que lhe é feita
Viola o sistema presidencialista.
 
 Art. 185 do CPP. O acusado que comparecer perante
a autoridade judiciária, no curso do processo penal,
será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado. 
 
 
 § 1° O interrogatório do réu preso será realizado, em
sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido,
desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do
membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como
a presença do defensor e a publicidade do ato.
 
 § 2° Excepcionalmente, o juiz, por decisão
fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes,
poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema
de videoconferência ou outro recurso tecnológico de
transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que
a medida seja necessária para atender a uma das
seguintes finalidades: 
 
 I - prevenir risco à segurança pública, quando exista
fundada suspeita de que o preso integre organização
criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante
o deslocamento;
 
 II - viabilizar a participação do réu no referido ato
processual, quando haja relevante dificuldade para seu
comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra
circunstância pessoal; 
 
 III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha
ou da vítima, desde que não seja possível colher o
depoimento destas por videoconferência, nos termos do
art. 217 deste Código;
 
 IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. 
 
Fases do interrogatório 
 Art. 187 do CPP. O interrogatório será constituído de
duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. 
 
 § 1° Na primeira parte o interrogando será perguntado
sobre a residência, meios de vida ou profissão,
oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade,
vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado
alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do
processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros
dados familiares e sociais. 
 
 § 2° Na segunda parte será perguntado sobre: 
 
 
 I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; 
 
 II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum
motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa
ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da
prática da infração ou depois dela;
 
 III - onde estava ao tempo em que foi cometida a
infração e se teve notícia desta;
 
 IV - as provas já apuradas;
 
 V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas
ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar
contra elas;
 
 VI - se conhece o instrumento com que foi praticada
a infração, ou qualquer objeto que com esta se
relacione e tenha sido apreendido; 
 
 VII - todos os demais fatos e pormenores que
conduzam à elucidação dos antecedentes e
circunstâncias da infração; 
 
 VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa
 
 Confissão
 É a admissão por parte do suposto autor da infração
sob fatos que lhe são atribuídos e desfavoráveis 
 
 Art. 197 do CPP. O valor da confissão se aferirá pelos
critérios adotados para os outros elementos de prova,
e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com
as demais provas do processo, verificando se entre ela
e estas existe compatibilidade ou concordância.
 
A confissão requer como elementar que a pessoa seja
pelo menos parte daquele processo ou indiciado no
inquérito policial, se uma pessoa se auto incriminar
sem apresentar esse elementar ele não está
confessando e sim se auto incriminando
 
 Art. 198 do CPP. O silêncio do acusado não importará
confissão, mas poderá constituir elemento para a
formação do convencimento do juiz.
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art217.
O réu apenas confessa uma prática delituosa.
O réu reconhece a prática de diversos atos delituoso. 
O réu reconhece a prática do ilícito, mas o faz
invocando causa excludente de ilicitude ou de
culpabilidade.
 Art. 199 do CPP. A confissão, quando feita fora do
interrogatório, será tomada por termo nos autos,
observado o disposto no art. 195.
 
Características
 Art. 200 do CPP. A confissão será divisível e retratável,
sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.
1. Retratabilidade: o reu pode requerer a retratação da
sua confissão, desfazer aquilo que foi falado, confessado.
 
O juiz pode usar como fundamento a confissão retratada?
Súmula 545-STJ: Quando a confissão for utilizada para a
formação do convencimento do julgador, o réu fará jus à
atenuante prevista no artigo 65, III, d, do Código Penal.
(todo tipo de confissão)
 
A confissão pode ser simples, complexa ou qualificada. 
 
2. Divisibilidade 
É o ato pela qual o juiz aceita ou recursa apenas uma
parte da confissão desde que seja fundamentado.
A confissão isolada sem nenhuma outra prova não pode
possível de condenação, obrigatoriamente tenho que
absorver. Porque por si só ela não é prova cabal de
autoria e/ ou materialidade.
 
Testemunha
Sistema Cross examination – perguntas diretas. 
Toda pessoa poderá ser testemunha. Fará sob palavra de
honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe
for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade,
seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde
exerce sua atividade,se é parente, e em que grau, de
alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer
delas, e relatar o que souber, explicando sempre as
razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais
possa avaliar-se de sua credibilidade (Arts. 202 e 203 do
CPP).
 
 
 Art. 206 do CPP. A testemunha não poderá eximir-se
da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-
se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em
linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e
o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo
quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
 
 Art. 207 do CPP. São proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, devam guardar segredo, salvo se,
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o
seu testemunho.
 
Testemunha pode invocar o direito ao silêncio?
Em regra, não, pois ele tem o dever legal de dizer a
verdade Art. 203 do CPP. Porém, a jurisprudência é no
sentido de se admitir a invocação do direito a não
autoincriminação, permitindo, ainda que na condição
de testemunha, o direito ao silencio, sob pena de ser
considerada aquela prova ilícita. (HC 330559/SC –
05/08/2018 - STJ e Inq. 3983/DF). 
 
RECUSA A TESTEMUNHAR – Art, 206 e 207 do CPP. Ela
não pode se recusar quando for o único meio de prova.
Assistente de acusação pode arrolar testemunhas, Art.
271, CPP.
 
Posso condenar com base em 1 testemunha?
SIM 
1.Súmula 70 do TJ/RJ?
"O fato de restringir-se a prova oral a depoimentos de
autoridades policiais e seus agentes não desautoriza
a condenação."
Referência: Súmula da Jurisprudência Predominante
(Art. 122 RI) nº 2002.146.00001 (Enunciado Criminal nº
02, do TJRJ) - Julgamento em 04/08/2003 - Votação:
unânime - Relator: Des. J. C. Murta Ribeiro - Registro
de Acórdão em 05/03/2004 - fls. 565/572.
 
É valida a condenação do acusado com base no
depoimento de autoridades policiais, pois se trata de
agentes públicos e se presume a legalidade do ato.
 
Súmula 07 do STJ?
"A PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO
ENSEJA RECURSO ESPECIAL."
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art195.
Cross Examination: nesse sistema, as perguntas são
formuladas pelas partes diretamente à testemunha
(vide art. 212 do CPP).
Presidencialista: após proceder ao interrogatório, o
juiz indagará das partes se restou algum fato para ser
esclarecido, formulando as perguntas
correspondentes se o entender pertinente e relevante
(ato privativo do juiz - vide art. 188 do CPP). 
Objetividade
Oralidade
Retrospectividade
.Sistema - art. 212 e 188 do CPP
 
Características 
A testemunha tem que ser clara e objetiva no que vai falar,
Art. 213 do CPP. 
 
 Art. 213 do CPP. O juiz não permitirá que a testemunha
manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando
inseparáveis da narrativa do fato.
 
Não se pode levar por escrito, prevalece a oralidade, Art.
204 do CPP, exceto nos casos dos arts. 192, MUDO, e 221,
§1º do CPP. 
 
 Art. 204 do CPP. O depoimento será prestado
oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por
escrito
 
A testemunha não pode testemunhar sobre fatos futuros. 
A prova testemunhal é uma prova complexa, pois 
 depende do relato oral, e também da credibilidade das
informações apresentadas. Assim, não se mostra lícita a
mera leitura pelo magistrado (interrogatório) das
informações prestadas no IP, com consequente
ratificação da parte (a ideia é reproduzir e não apenas
ratificar), (HC 183.696 do STJ).
Artigo 203 do CPP: se mentir comete crime (Regra geral)
há exceções, conforme exposto acima.
 
 Artigo 218 e 219 do CPP: testemunha recalcitrante ou
faltante:
 Art. 218 do CPP. Se, regularmente intimada, a
testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado,
o juiz poderá 
 
Ordinário: poderão ser inquiridas na instrução até
08 testemunhas, art. 401 CPP e júri também,
inteligência do Art. 406, §2º do CPP (primeira fase). 
requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou
determinar seja conduzida por oficial de justiça, que
poderá solicitar o auxílio da força pública.
 
 Art. 219 do CPP. O juiz poderá aplicar à testemunha
faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo do
processo penal por crime de desobediência, e
condená-la ao pagamento das custas da diligência.
Aplica de forma inteira
 
1.condução coercitiva (debaixo de vara);
2.multa;
3.crime de desobediência;
4.pagamento de custas da diligência, da intimação e
condução coercitiva. 
 
OBS 1: nos casos de inquérito policial só é cabível a
aplicação dos incisos I e III (vide HC 107.644/SP).
 
O ministro Celso de Mello, ressaltou na ADPF 395 e 444
que a condução coercitiva para interrogatório é
inadmissível sob o ponto de vista constitucional, com
base na garantia do devido processo penal e da
prerrogativa quanto à autoincriminação. Ele explicou
ainda que, para ser validamente efetivado, o mandato
de condução coercitiva, nas hipóteses de testemunhas
e peritos, por exemplo, é necessário o cumprimento
dos seguintes pressupostos: prévia e regular
intimação pessoal do convocado para comparecer
perante a autoridade competente, não
comparecimento ao ato processual designado e
inexistência de causa legítima que justifique a
ausência ao ato processual que motivou a
convocação.
 
OBS 2: o tribunal ou o juiz pode interrogar a qualquer
momento.
 
OBS 3: aplica-se o disposto no art. 342 do CP ao
informante?
 
Quantidade de Testemunhas 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art453
Sumário: até 05 testemunhas, júri também, Art.422,
CPP, (fase de plenário).
Juizado Especial Criminal: até 03 testemunhas.
 
Tipos de Testemunhas 
1.Testemunha direta: é a que presencia o fato. 
2.Testemunha indireta: é a que não presencia o fato, mas
comprova que a pessoa não é o autor do fato pois estava
com ela ou com terceiros. 
3.Testemunha referida: "Se ao juiz parecer conveniente,
serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas se
referirem" (vide art. 209, §1º do CPP).
4.Testemunha do juízo: "O juiz, quando julgar necessário,
poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas
pelas partes" (vide art. 209 do CPP c/c Art.212, §ú do CPP).
É aquela testemunha determinada de ofício pelo juiz,
também conhecida como FILHA DE DEUS. O entendimento
se divide em 03 correntes: 
 
1.O art. 156 do CPP diz que é inconstitucional;
2.Pode, só se for para a defesa do acusado;
3.Defendida pelo STF, diz que é autorizada pois o juiz está
aclarando o que já foi dito.
 
Momento de Arrolar Testemunha 
Deve ser feito no momento exato, sob pena de preclusão.
Para a acusação, o momento de oferecer testemunha é no
oferecimento da denúncia ou queixa, enquanto que o
momento processual adequado para a defesa é na
resposta preliminar, Art. 396-A do CPP. 
Lei 11.343 o momento para defesa arrolar é na resposta
escrita.
Lei 9099 o momento para arrolar é em AIJ. 
 
Inversão da Testemunha de Caráter - art. 400 do CPP
 Art. 400-A. Na audiência de instrução e julgamento, e, em
especial, nas que apurem crimes contra a dignidade
sexual, todas as partes e demais sujeitos processuais
presentes no ato deverão zelar pela integridade física e
psicológica da vítima, sob pena de responsabilização
civil, penal e administrativa, cabendo ao juiz garantir o
cumprimento do disposto neste artigo, vedadas: 
 I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos
alheios aos fatos objeto de apuração nos autos; 
 
 
Art. 222 e 222-A do CPP
Art. 217 e 185 do CPP
II - a utilização de linguagem, de informações ou de
material que ofendam a dignidade da vítima ou de
testemunhas. 
 
O STF entende que se invertida a ordem da acusação
e defesa, mas a testemunha for de caráter, não há
nulidade pois não há prejuízo para a defesa na
medida que o seu depoimento não vai de encontro
com a aquele dado para a testemunha de acusação. 
A regra é que não cabe a substituição da testemunha
em AIJ, sendo possível somente por doença, morte ou
falta de intimação, e desde que não haja indícios de
má-fé (videAP 520 STF).
 
Contradita - art. 214 do CPP
"Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão
contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou
defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou
indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou
argüição e a resposta da testemunha, mas só excluirá
a testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos
casos previstos nos arts. 207 e 208." 
 
Contraditar a testemunha significa opor-se a quem
sirva de testemunha em processo, a totalidade de
alegações das partes contra a testemunha, baseadas
em circunstâncias que comprovem a sua suspeição ou
a sua proibição legal de depor.
 
A inquirição é direta, com base no art. 212 do CPP.
 
OBS 1: tecnicamente não é propriamente dito Cross
Examination, porque ainda há a possibilidade de
reperguntas. 
OBS 2: o juiz pode complementar a inquirição sobre
pontos não esclarecidos, a não observância pelo juiz é
causa de nulidade absoluta, dando ou demonstrando
o prejuízo (HC 102.525 PE/STF).
 
Se não ouvir a testemunha no juízo deprecado terá
nulidade? 
Em regra, não existe nulidade no não deslocamento do
réu preso ao juízo deprecado para que participe da
oitiva de testemunha (vide RE 602.543 RJ). 
 
alteração da identidade;
mudança de residência, seguro pessoal;
sigilo de dados pessoais.
1ª corrente: não, somente no caso de flagrante próprio
pois viola os direitos e garantias fundamentais,
devendo sua interpretação ser restrita, ou seja,
apenas no flagrante próprio (tese da DP). 
2ª corrente: a Constituição não fez restrições, então,
em qualquer modalidade do flagrante é legal (tese do
STJ e STF).
O conceito para ausência do réu é a leitura dos artigos.
Programa de Proteção a Testemunha - Lei 9807/99
Toda testemunha ameaçada pode ser inserida no
programa de proteção a testemunha. São 03 as hipóteses
oferecidas pelo programa, quais sejam: 
A duração do programa é de 02 anos prorrogável por
mais 02 anos. 
 
Acareação - art. 229 do CPP
O conceito é a leitura do artigo, vejamos:
"Art. 229. A acareação será admitida entre acusados,
entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre
acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as
pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes."
 
Reconhecimento de pessoas e coisas - art. 226 do CPP
Não acarreta nenhuma nulidade a inobservância desses
procedimentos, pois o reconhecimento feito na presença
do juiz e defensor, garantem a ampla defesa e
contraditório (HC 77576 - RS/STF). Já falei em sala do
reconhecimento de pessoas por foto, que o STJ na admite
como regra, salvo se tiver junto com esse reconhecimento
outras provas que sirvam de base para condenar.
 
Busca Domiciliar - art. 5º, X, XI, CFRB/88 
Ele não precisa ter certeza do sucesso da medida, deve-
se então, ter fundadas razões (exclui a denúncia
anônima), deve haver uma certa segurança antes de
entrar.
 
Art. 302 do CPP - Qualquer flagrante? 
 
É importante ressaltar que não se pode invadir o domicílio 
 
 
1ª corrente: segundo Geraldo Prado, não pode,
pois deve ser cumprida nos exatos limites do
mandado, sob pena de violar a garantia
constitucional do art. 5º, X, XI da CF e o art. 243 do
CPP. 
2ª corrente: segundo Eugênio Pacelli, devemos
analisar se a diligência foi ou não de forma regular
para que a apreensão seja ou não regular. 
3ª corrente: segundo o Supremo Tribunal Federal,
é possível a apreensão uma vez que a garantia já
foi violada.
se o agente público tem fundadas razões. Dessa forma,
exclui-se a ideia de que o policial poderia invadir o
domicilio do acusado com base meramente denúncia
anônima. Info. 623 STJ.
 
HOJE, EM 2021, CONFORME INFORMATIVO 694, Não
existe exigência legal de que o mandado de busca e
apreensão detalhe o tipo de documento a ser
apreendido, ainda que de natureza sigilosa. Logo, o
mandado não precisa especificar quais objetos serão
apreendidos. STJ. 6ª Turma. RHC 141.737/PR, Rel. Min.
Sebastião Reis Junior, julgado em 27/04/2021 (Info
694).
 
 
Mas se estiver especificado, é possível apreender
outros objetos que não estavam na ordem de
apreensão? 
 
 
 
É possível busca e apreensão genéricos em
comunidade?
Em regra não, salvo se for para situações
excepcionais, quando a medida tiver por objeto
proteger os moradores daquela região ameaçados
pelo crime.

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