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APLICAÇÕES DO DIREITO TRIBUTÁRIO

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RESENHA UNIBF 
NOME: GIULIANE CRISTINA CABRAL DE SOUZA CÓD.: 734703 
CURSO: DIREITO TRIBUTÁRIO EM CONTABILIDADE 
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
APLICAÇÕES DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
Cada país precisa definir um sistema tributário que tem por finalidade a 
arrecadação de tributos e manutenção dos cofres públicos, respeitando o direito dos 
contribuintes. Durante muito tempo, a base da arrecadação estava atrelada ao direito 
financeiro, que sempre se manteve ativo no recebimento, administração e distribuição 
de receitas públicas. 
Quanto a isso as receitas públicas podem se classificar de duas formas, sendo 
originária, que surgem através de atividades econômicas praticadas pelo Estado, e 
ainda derivadas, que surgem de natureza tributária. Assim, como as regras tributárias 
tem por objetivo retirar parcelas do patrimônio das pessoas e transformá-las em 
recursos nos cofres públicos, e as pessoas possuem o desejo de adquirir negócios de 
esfera privada, porém sem abrir mão de uma parte do seu negócio, surgiu a 
necessidade de uma subordinação jurídica, além da financeira. 
No geral, podemos conceituar o direito tributário como o conjunto de regras que 
disciplina as relações entre o Estado e as pessoas, com o objetivo de criar, arrecadar 
e fiscalizar tributos. Trabalhando sempre lado a lado ao direito financeiro que prevê e 
regula a aplicação dos recursos obtidos pelo Estado. 
Podemos afirmar que a ciência do direito desempenha um papel de extrema 
importância por ordenar o esquema tático dos seres humanos para a comunidade, 
por meio de uma linguagem descritiva, fazendo a interpretação e a descrição do 
enredo normativo, bem como transmitindo conteúdos de significação. 
E ainda, o processo jurídico e formal descreve o direito de forma otimista, 
levando em conta o processo de positivação, quando as normas atualizadas utilizam 
como fundamento de validade a história e o estudo de outras regras. 
A criação de obrigações e a exigência de prestações pressupõe a existência 
prévia de normas regulando estas situações, decorrência lógica extraída do artigo 5º, 
II, da Constituição da República, que diz: 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade(...)” 
Segundo Vittorio Cassone, em seu livro Direito Tributário, dispõe que: 
“O direito tributário é parte do direito financeiro que 
estuda as relações jurídicas entre o Estado (fisco) e os 
particulares (contribuintes), no que concerne a instituição, 
arrecadação, fiscalização e extinção do tributo. É direito 
autônomo, pois se rege por princípios e normas próprias.” 
Seguindo o raciocínio, o direito tributário se trata de um ramo do direito público 
e é regulamentado pelo Código Tributário Nacional (CTN) e por diversas leis 
esparsas. Acontece que há situações em que há lacunas na lei, assim como há 
situações em que aparentemente há mais de uma norma aplicável ao caso concreto, 
momento em que deve o operário do direito se valer das regras principiológicas para 
solucionar o conflito. 
Dessa forma, o artigo Art. 3º do Código Tributário Nacional dispõe que: 
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua 
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada”. 
O direito tributário, como todo ramo do direito, também é regulado por leis, 
entretanto, nos casos em que estas inexistirem, podemos nos valer dos princípios 
tributários. 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, princípio é: 
…mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro 
alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre 
diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de 
critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente 
por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no 
que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico. 
Vale lembrar que estes princípios servem também como proteção à ganância 
da arrecadação fazendária na medida em que impõe inúmeras regras para que as leis 
tributárias possam criar obrigações, e mais, do mesmo modo, para que sejam 
exigidas. 
Levando em consideração todo o exposto, se entende que direito tributário é 
um ramo autônomo do direito, o que não se confunde com autonomia científica, a qual 
põe em risco o princípio fundamental da unidade do sistema jurídico. Possui também 
um vínculo à todas as regras jurídicas em vigor, ganhando grande destaque o direito 
constitucional e o direito administrativo para a sua construção. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente; Direito tributário na constituição e no 
STF. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 13ª edição, 2007. 
CASSONE, Vittorio. Direito Tributário: fundamentos constitucionais da 
tributação, classificação dos tributos, interpretação da legislação tributária, 
doutrina, prática e jurisprudência, 15. ed. Atlas, 2003. 
MEDINA, José. Constituição Federal Comentada - Ed 2021. São Paulo (SP): 
Editora Revista dos Tribunais. 2021. Disponível em: 
https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/1196976589/constituição-federal-
comentada-ed-2021. Acesso em 06 de Março de 2022. 
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. São Paulo: 
Malheiros editores, 20ª edição, 2005. 
https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/1196976589/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-comentada-ed-2021
https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/1196976589/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-comentada-ed-2021

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