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1ª Questão: As questões sobre direitos humanos e racismo são diferentes no Brasil e nos EUA? Justifique sua resposta, considerando o artigo 5 da Constituição Federal. O Artigo 5 da Constituição Federal do Brasil, o qual aborda o princípio de isonomia formal, ou seja, a igualdade de todos os indivíduos perante à lei, princípio indispensável para um Estado Democrático de Direito, cita diversos direitos e garantias que são inerentes ao povo brasileiro. Uma dessas garantias é a de que " a prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei" (Constituição Federal do Brasil, Artigo 5, inciso XLII). Como a Constituição dos EUA não é prolixa tal qual a do Brasil, além de ter sido criada na época em que o país ainda era escravagista, e permanecido com sua base inalterada desde então, a questão do racismo é abordada apenas na 13ª emenda constitucional, a qual declara que “Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito à sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado” (The Thirteenth Amendment to the United States Constitution). Além do mais, a Primeira Emenda da Constituição norte-americana resguarda o direito à liberdade de expressão, que protege até mesmo os discursos mais ofensivos e controversos da repressão governamental, até mesmo afirmações de cunho racistas. Sendo assim, é possível verificar que, no Brasil, a questão do racismo é abordada juntamente à dos direitos humanos, em um artigo unicamente composto por tais direitos. Já nos Estados Unidos, por ter sido um direito adquirido muito posteriormente à criação da constituição, é abordado apenas em uma emenda destinada à escravidão, na época em que a mesma foi abolida, porém, não é tratada em um artigo destinado aos direitos humanos, já que, no país, os direitos humanos considerados são apenas os direitos individuais, não sociais, tal como prevê o liberalismo. 2ª Questão: Como podemos entender a diferença entre a teoria e a prática dos Direitos Humanos? O Mundo pode resolver essa questão? Em 1948 a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou um documento intitulado como Declaração Universal dos Direitos Humanos. Tal documento apresenta direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, etnia, nacionalidade, idioma, religião ou qualquer outra condição. Esses direitos estão expressos em tratados, no direito internacional e em outras modalidades do Direito. A legislação de direitos humanos obriga os Estados a agir de uma determinada maneira e proíbe os Estados de se envolverem em atividades específicas. No entanto, a legislação não estabelece os direitos humanos. Os direitos humanos são direitos inerentes a cada pessoa simplesmente por ela ser um humano. Na prática, os Direitos Humanos enfrentam diversos problemas com o seu cumprimento. Isso é demonstrado nos altos índices de violência policial, violência contra as mulheres, homicídio da população negra e entre outros. O mundo, se a questão dos direitos humanos começar a ser tratada com o desprezo e a indiferença tal qual atualmente, não alterará essa dicotomia entre teoria e prática. Entretanto, se as populações, governos e a comunidade internacional passarem a abordar o tema com a devida seriedade e fortalecerem as legislações em favor da defesa dos direitos humanos, esse quadro poderá ser revertido em algum tempo.
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