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SISTEMA DE ENSINO
CONSTITUIÇÃO 
DO ESTADO DE 
RORAIMA
Poder Judiciário
Livro Eletrônico
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Poder Judiciário
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
Diogo Surdi
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Poder Judiciário ............................................................................................................................... 4
1. Sistemas de Jurisdição ............................................................................................................... 4
1.1. Unicidade de Jurisdição ........................................................................................................... 4
1.2. Dualidade de Jurisdição .......................................................................................................... 6
2. Estrutura do Poder Judiciário Estadual .................................................................................. 7
2.1. Autonomia do Poder Judiciário .............................................................................................. 8
2.2. Regime dos Precatórios ......................................................................................................... 9
3. Tribunal de Justiça ...................................................................................................................... 9
3.1. Composição e Competências ................................................................................................. 9
3.2. Controle de Constitucionalidade .........................................................................................13
4. Juízes de Direito e Juízes Substitutos ...................................................................................15
4.1. Ingresso na Carreira e Promoção ........................................................................................15
4.2. Garantias e Vedações ............................................................................................................19
5. Justiça Militar ............................................................................................................................ 22
6. Juizados Especiais, Justiça de Paz e Juizados de Pequenas Causas .............................. 22
7. Tribunal de Júri ...........................................................................................................................24
Questões de Concurso ................................................................................................................. 27
Gabarito ...........................................................................................................................................38
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Poder Judiciário
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
Diogo Surdi
ApresentAção
Olá, aluno(a), tudo bem? Acredito e espero que sim!!
Na aula de hoje, estudaremos as disposições constitucionais relacionadas com o Poder 
Judiciário Estadual. Para isso, faremos uso das regras expressamente previstas no texto da 
Constituição do Estado de Roraima.
Forte abraço a todos e bons estudos!
Diogo
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Poder Judiciário
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
Diogo Surdi
PODER JUDICIÁRIO
1. sistemAs de Jurisdição
Para uma correta compreensão acerca do Poder Judiciário, devemos conhecer, inicialmen-
te, os sistemas de jurisdição que podem ser utilizados no ordenamento jurídico. Neste sentido, 
a doutrina identifica a existência de dois modelos ou sistemas de controle da atividade admi-
nistrativa, sendo eles:
a) sistema da unicidade de jurisdição;
b) sistema da dualidade de jurisdição.
1.1. unicidAde de Jurisdição
De acordo com a unicidade jurisdicional, todas as causas e conflitos podem ser levadas 
à análise do Poder Judiciário, que é o Poder que possui a função típica de dizer o direito com 
o caráter de definitividade. Neste sistema, todas as lesões e ameaças de lesões podem ser 
levadas ao crivo do Poder Judiciário, que apenas pode manifestar-se quando provocado por 
um dos interessados na tomada da decisão.
Trata-se a unicidade de jurisdição de um sistema inglês, uma vez que foi desenvolvido, ini-
cialmente, na Inglaterra, como forma de controlar todas as atividades do Poder Público.
Em nosso ordenamento, encontra fundamento no artigo 5º XXXV, da Constituição Federal, 
que apresenta a seguinte redação:
Art. 5º, XXXV, A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Nota-se, com base no mencionado artigo, que não são apenas as lesões já configuradas 
que podem suscitar a manifestação do Poder Judiciário, mas sim também as meras ameaças 
de sua efetiva ocorrência.
Trata-se o Judiciário do único Poder, em nosso ordenamento, que possui a capacidade de 
tomar decisões com o caráter de definitividade. Em outras palavras, significa afirmar que ape-
nas as decisões do Poder Judiciário transitam em julgado, não podendo, após o esgotamento 
de instâncias, ser objeto de recurso ou contestação.
Da mesma forma, ainda que um pedido tenha transitado por diversas instâncias adminis-
trativas, pode o interessado, a qualquer momento, protocolar ação junto ao Poder Judiciário. 
Com a decisão judicial, as eventuais decisões administrativas anteriormente proferidas dei-
xam de prevalecer ante a manifestação do juiz ou do tribunal.
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Poder Judiciário
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
Diogo Surdi
Carlos, servidor público, protocolou pedido administrativo solicitando a concessão de uma 
licença que entendia ser seu direito. Tendo sido o pedido indeferido, Carlos protocolou pedido 
de reconsideração, que, conforme previsão no seu estatuto funcional, deve ser decidido pela 
mesma autoridade.
Obtendo nova negativa, Carlos interpôs recurso administrativo, solicitando que uma autorida-
de de hierarquia superior resolvesse a demanda. Não obtendo sucesso, Carlos interpôs novo 
recurso, dessa vez para a autoridade de maior hierarquia na esfera administrativa. Com a nega-
tiva do pedido, temos que o pedido não mais pode ser objeto de recurso no âmbito adminis-
trativo.
Nada impede, contudo, que Carlos ajuíze uma ação judicial solicitando o deferimento da licen-
ça que entende ser um direito seu.
Caso assim o faça, o pedido judicial será julgado, inicialmente, pela primeira instância. Em 
caso de negativa, poderá ser objeto de recurso para a instância superior, e assim sucessiva-
mente até a última instância do Poder Judiciário competente para processar e julgar a matéria.
Não havendo mais possibilidade de recurso no âmbito judicial, diz-se que a decisão transitou 
em julgado, não podendo mais ser contestada.
Importante frisar que a regra vigente em nosso ordenamento é a de que não há a necessi-
dade de esgotamento da esfera administrativa para que o interessado possa acionar o Poder 
Judiciário. Se tomarmos o exemplo acima descrito, observa-se que Carlospoderia, já no mo-
mento do indeferimento do pedido administrativo em primeira instância, protocolar ação junto 
ao Poder Judiciário.
Em caráter de exceção, no entanto, certas matérias apenas podem ser objeto de aprecia-
ção judicial após o esgotamento da esfera administrativa. Como exemplo, podemos citar:
• Ações relativas às competições desportivas;
• Habeas data;
• Reclamação referente ao descumprimento de Súmula Vinculante.
Nestas situações, o particular, caso tenha interesse na manifestação do Poder Judiciário, 
deve antes protocolar pedido administrativo. Caso o pedido seja deferido na esfera adminis-
trativa, não haverá necessidade de acionamento do Judiciário. Em caso de indeferimento, po-
derá ele propor uma ação judicial para ter o seu pedido deferido.
Em nosso ordenamento jurídico, adota-se o sistema da unicidade de jurisdição, sendo que 
todas as lesões ou ameaças de lesões podem ser levadas à análise do Poder Judiciário, sen-
do este o único Poder com a prerrogativa de tomar decisões com a característica do trânsito 
em julgado, ou seja, que não podem mais ser objeto de contestação.
Já o sistema da dualidade de jurisdição, também conhecido como o contencioso adminis-
trativo, é aquele que afirma que os conflitos são divididos, a depender da matéria, entre o Poder 
Judiciário e os tribunais administrativos.
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Poder Judiciário
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
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Desta forma, as causas que forem objeto de decisão por parte de um tribunal administra-
tivo não podem ser, posteriormente, analisadas pelo Poder Judiciário. Em sentido oposto, as 
decisões do Poder Judiciário não podem ser levadas ao crivo de um tribunal administrativo.
O sistema do contencioso administrativo teve origem na França, como resultado da Revo-
lução Francesa. Salienta-se que é neste país que tivermos a origem da teoria da Tripartição dos 
Poderes, proposta por Montesquieu.
De acordo com esta teoria, cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) de-
sempenha uma função típica, não podendo as suas decisões ser alvo de contestação pelos 
demais Poderes, que apenas exercem a fiscalização e o controle sobre as decisões tomadas.
1.2. duAlidAde de Jurisdição
Com a dualidade de jurisdição, as causas envolvendo a administração pública apenas po-
dem ser julgadas pelos tribunais administrativos, uma vez que tais órgãos são compostos por 
agentes especializados nos assuntos em litígio.
Ao Poder Judiciário cabem as decisões envolvendo conflitos entre particulares, desde 
que a administração não seja uma das partes envolvidas.
Ambas as cortes (administrativa e judicial) possuem a prerrogativa de fazer suas deci-
sões transitar em julgado, não podendo ser objeto de nova contestação em nenhum a das 
duas cortes.
A França adota o sistema da dualidade de jurisdição. Lá, as causas envolvendo particulares 
e a administração pública são julgadas pelos tribunais administrativos, podendo, em caso de 
recurso, chegar ao crivo do Conselho de Estado, que é o órgão máximo da esfera administra-
tiva.
Já para as causas que não envolvam a administração, é competente o Poder Judiciário, pos-
suindo uma estrutura própria.
Em caso de conflito de competência, ou seja, nas situações em que surgem dúvidas acerca 
de qual sistema é o competente para julgar a demanda, cabe ao Tribunal de Conflitos, que fica 
localizado acima das duas justiças, decidir qual a jurisdição competente.
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Poder Judiciário
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Tribunal de Conflitos
Localizado acima das duas justiças, 
decidindo os conflitos de 
competência
Poder Judiciário
Julga os conflitos que não 
envolvam a administração pública
Conselho de Estado
Julga as causas em que a 
administração pública seja uma 
das partes
DICA
Agora que conhecemos os dois sistemas de jurisdição, temos 
que memorizar que o nosso ordenamento jurídico adota o sis-
tema da unicidade de jurisdição. Logo, apenas o Poder Judi-
ciário possui competência para tomar decisões com a força 
do trânsito em julgado, ou seja, sem a possibilidade de serem 
objeto de novo recurso.
2. estruturA do poder Judiciário estAduAl
No âmbito do Estado de Roraima, o Poder Judiciário é composto pelos órgãos elencados 
no artigo 68:
Art. 68. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Tribunal de Justiça;
II – os Tribunais do Júri;
III – os Juízes de Direito e Juízes Substitutos;
IV – a Justiça Militar;
V – os Juizados Especiais;
VI – os Juizados de Pequenas Causas; e
VII – os Juizados de Paz;
Estes órgãos são os responsáveis por exercer, tipicamente, a função jurisdicional, mate-
rializada na possibilidade de tomar decisões (julgar) e de, em outros termos, “dizer o direito” 
sobre as questões que a ele são submetidas.
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Poder Judiciário
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Entretanto, os órgãos do Poder Judiciário do Estado de Roraima desempenham também, 
ainda que em caráter atípico, as funções de legislar e de administrar.
2.1. AutonomiA do poder Judiciário
Quando falamos em autonomia, temos que compreender que a palavra em questão deriva 
do grego autós (por si) + nomos (lei).
Logo, a autonomia está relacionada com a capacidade de autogestão interna que um ór-
gão, uma entidade, uma instituição ou um Poder possui para adotar as decisões e medidas 
que entender mais adequadas.
Não podemos confundir a autonomia com a soberania. Enquanto a autonomia está rela-
cionada com a liberdade interna de atuação, a soberania trata-se de fundamento que apenas 
a República Federativa do Brasil possui, implicando na supremacia que o Estado possui tanto 
internamente quanto externamente.
Nos termos da Constituição Estadual, ao Poder Judiciário é assegurada a autonomia ad-
ministrativa e financeira.
Art. 69. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1º O Tribunal de Justiça elaborará proposta orçamentária do Poder Judiciário dentro dos limites 
estipulados, conjuntamente com os demais Poderes, na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
§ 2º Quando o regular exercício do Poder Judiciário for tolhido pela não-satisfação oportuna das 
dotações que lhe correspondam, caberá ao Tribunal de Justiça, pela maioria absoluta de seus mem-
bros, solicitar ao Supremo Tribunal Federal intervenção da União no Estado.
A autonomia administrativa, como o próprio nome sugere, confere ao Poder Judiciário a 
possibilidade de praticar todos os atos administrativos necessários para que a atividade admi-
nistrativa interna (atividade-meio) transcorra de forma correta.
A autonomia administrativa está relacionada com a organização interna, com a aquisi-
ção de materiais, com a realização de licitações, com a organização de concursos públicos 
para a admissão de pessoal e, dentre tantas outras atividades, com a estruturação dos cargos 
e funções.
Consequentemente, não precisa o Poder Judiciário, por exemplo, de autorização do Poder 
Executivo para a realização de concurso público,ou então para a realização de licitação com o 
objetivo de adquirir materiais ou contratar serviços.
A exercer atividades administrativas, está o Poder Judiciário fazendo uso de sua função 
atípica de administrar e executar.
A autonomia financeira, por sua vez, consiste na possibilidade do Judiciário elaborar 
sua própria proposta orçamentária (desde que observados os limites legais) e aplicar e gerir 
tais recursos.
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Para isso, o Tribunal de Justiça elaborará proposta orçamentária do Poder Judiciário den-
tro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na Lei de Diretrizes Or-
çamentárias.
2.2. regime dos precAtórios
Em razão da indisponibilidade orçamentária, as condenações do Poder Público não podem 
ser pagas imediatamente. Devem elas, em sentido oposto, ser incluídas no orçamento para 
pagamento em momento posterior, evitando com isso que a utilização de um grande volume 
de recursos possa fazer com que as políticas públicas e demais atividades do Poder Público 
fiquem comprometidas.
Neste sentido, a Constituição Estadual estabelece que os pagamentos devidos em razão 
das condenações da Fazenda Pública serão feitos por meio de precatórios. Em linhas gerais, 
os precatórios podem ser conceituados como os documentos que materializam um direito do 
particular de receber valores do Estado.
Neste ponto da matéria, é suficiente a leitura atenta dos artigos relacionados com os pre-
catórios, haja vista que poucas são as questões exigidas e, quando ocorrem, costumam se 
limitar à literalidade dos dispositivos.
Art. 70. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Esta-
dual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, serão feitos exclusivamente na ordem crono-
lógica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação 
de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais.
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária 
ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de pre-
catórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício 
seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 2º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados ao Poder Judiciário, reco-
lhendo-se as importâncias respectivas à repartição competente, cabendo ao Presidente do Tribunal 
de Justiça determinar o pagamento segundo as possibilidades do depósito e autorizar, a reque-
rimento do credor e exclusivamente para o caso de preterição de seu direito de precedência, o 
sequestro da quantia necessária à satisfação do débito.
3. tribunAl de JustiçA
3.1. composição e competênciAs
O Tribunal de Justiça, com sede na capital e jurisdição em todo o território do Estado, 
compõe-se de, no mínimo, 7 Desembargadores, que, por sua vez, serão nomeados dentre os 
magistrados de carreira, os membros do Ministério Público e os advogados.
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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
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Importante salientar que um quinto dos lugares do Tribunal de Justiça será composto de 
membros do Ministério Público (com mais de dez anos de carreira) e de advogados de notório 
saber jurídico e de reputação ilibada (com mais de dez anos de efetiva atividade profissional).
Tais membros serão indicados em lista sêxtupla pelo órgão oficial de representação das 
respectivas classes. A indicação será remetida ao Tribunal de Justiça, que formará uma lista 
tríplice e encaminhará ao Chefe do Poder Executivo. Após o envio, o Governador, nos 20 dias 
subsequentes, escolherá um dos integrantes para nomeação.
•Formam uma lista 
sêxtupla
•Remetem a lista ao 
TJ-RR
Órgãos de 
Representação
•Recebe a lista 
sêxtupla e forma 
uma lista tríplice
•Encaminha a nova 
lista ao Governador
TJ-RR
•Recebe a lista 
tríplice
•Nos 20 dias 
subsequentes, 
escolhe um dos 
integrantes para a 
nomeação
Governador
Tal previsão consta, inclusive, no texto do artigo 75, que apresenta a seguinte redação:
Art. 75. O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado com-
põe-se de, no mínimo 7 (sete) Desembargadores nomeados dentre os magistrados de carreira, 
membros do Ministério Público e Advogados, nos termos desta Constituição, e com as atribuições 
que a Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado estabelecer.
§ 1º Um quinto das vagas do Tribunal de Justiça será composto de membros do Ministério Público, 
com mais de 10 (dez) anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação 
ilibada, com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla 
pelo órgão oficial de representação das respectivas classes.
§ 2º O Tribunal de Justiça, recebidas as indicações em lista sêxtupla do Ministério Público e dos 
advogados, formará lista tríplice, enviando-a ao Chefe do Poder Executivo, que, nos 20 (vinte) dias 
subsequentes, escolherá um dos integrantes para nomeação.
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Poder Judiciário
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
Diogo Surdi
Tribunal de Justiça de Roraima
Sede na Capital e jurisdição em 
todo o Estado
Composto por no mínimo 7 
Desembargadores 
1/5 dos lugares será composto por:
a) Advogados de notório saber 
jurídico e reputação ilibada que 
contem com mais de 10 anos de 
efetivo exercício
b) Membros do Ministério Público 
com mais de 10 anos de carreira
É importante destacar que, em sintonia com o princípio da publicidade, o Tribunal de Jus-
tiça fará publicar anualmente, no 1º mês do ano seguinte ao respectivo exercício, inventário 
circunstanciado dos processos em tramitação e sentenciados.
Ainda com relação às disposições iniciais do Tribunal de Justiça, duas informações mere-
cem ser destacadas para fins de prova:
a) os Defensores Públicos gozarão do mesmo tratamento e das mesmas prerrogativas 
dispensadas aos membros dos Tribunais perante os quais oficiem.
b) os vencimentos dos Desembargadores serão apreciados pela Assembleia Legislativa, 
ficando sujeitos a impostos gerais, inclusive o de renda e os extraordinários.
Veremos agora a lista de competências estabelecidas pela Constituição Estadual para o 
mais importante dos órgãos do Poder Judiciário do Estado, ou seja, o Tribunal de Justiça:
Art. 77. Compete ao Tribunal de Justiça do Estado:
I – eleger seus órgãos diretivos e elaborar seu Regimento Interno, com observância das normas de 
processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento 
dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
II – organizar sua secretaria e serviços auxiliares, velando pelo exercício da atividade correcional 
respectiva;
III – conceder licença, férias e outros afastamentos aos Desembargadores, Juízes e seus servidores;
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IV – prover, por concurso público de provas e de provas e títulos, obedecidas as disposições orça-
mentárias desta Constituição, os cargos dos seus serviços auxiliares, exceto os de confiança assim 
definidos em Lei;
V – propor à Assembleia Legislativa, observada as disposições orçamentárias e esta Constituição:
a) a alteração do número de membros dos Tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a fixação de vencimentos dos Desembargadores, dos Juízes, 
inclusive dos Tribunais inferiores, onde houver, dos servidores auxiliares e os dos Juízos que lhes 
forem subordinados;
c) a criação ou extinção de Tribunais inferiores; e
d) a criação de novos Juízos, Comarcas, bem como a alteração da Organização e da Divisão Judi-
ciárias.
VI – solicitar a intervenção no Estado para garantir o livre exercício do Poder Judiciário, nos termos 
da Constituição Federal e desta Constituição;
VII – nomear, prover, promover, remover, aposentar e colocar em disponibilidade seus magistrados, 
na forma prevista nesta Constituição e na Constituição Federal;
VIII – expedir decisão normativa em matéria administrativa de economia interna do Poder Judiciá-
rio, ressalvada a autonomia administrativa dos Tribunais inferiores;
IX – decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças, com esta-
bilidade assegurada, da Polícia Militar do Estado e do Corpo de Bombeiros Militar; e
X – processar e julgar originariamente:
a) nos crimes comuns, o Vice-Governador do Estado, os Secretários de Estado e os agentes públicos 
a eles equiparados, o Reitor da Universidade Estadual, os Juízes Estaduais, os membros do Ministé-
rio Público, os membros do Ministério Público de Contas e os Prefeitos Municipais e os Vereadores, 
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
b) nos crimes comuns, os Deputados Estaduais e os Diretores-Presidentes das entidades da Admi-
nistração Estadual Indireta;
c) os conflitos de competência entre órgãos do próprio Tribunal;
d) os conflitos de atribuições entre autoridades judiciárias e administrativas, quando forem inte-
ressados o Governador, os Prefeitos Municipais, a Mesa da Assembleia Legislativa, o Tribunal de 
Contas do Estado, o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador-Geral de Contas;
e) a ação direta de inconstitucionalidade de Lei ou ato normativo estadual ou municipal contestado 
em face desta Constituição;
f) os pedidos de medida cautelar nas ações diretas de inconstitucionalidade de Lei ou ato normativo 
estadual ou municipal contestado em face desta Constituição;
g) as representações para intervenção em Municípios;
h) as reclamações para preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
i) a execução de sentença nas causas de sua competência, facultada a delegação de atribuições 
para a prática de atos processuais;
j) os recursos de Primeira Instância, inclusive os da Justiça Militar;
l) as ações rescisórias e as revisões criminais de seus julgados;
m) mandados de segurança e de injunção e os habeas data contra atos e omissões do Governador 
do Estado, da Mesa e da Presidência da Assembleia Legislativa, dos Secretários de Estado, do Rei-
tor da Universidade Estadual, do Presidente do Tribunal de Contas, do Procurador-Geral de Contas, 
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do Procurador Geral de Justiça, do Procurador Geral do Estado, do Procurador-Geral da Assembleia 
Legislativa, do Corregedor-Geral de Justiça, do titular da Defensoria Pública, do Conselho da Ma-
gistratura, dos Juízes de Direito e Juízes Substitutos, do próprio Tribunal, inclusive seu Presidente;
n) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for autoridade ou funcionário, cujos atos estejam 
sujeitos diretamente à sua jurisdição ou se trate de crime cuja ação penal seja de sua competência 
originária; e
o) julgar, em grau de recurso, as causas decididas em Primeira Instância no âmbito de sua compe-
tência.
Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especiali-
zadas, com competência exclusiva para questões agrárias. Sempre que necessário à eficiente 
prestação jurisdicional, o juiz deverá fazer-se presente no local do litígio.
3.2. controle de constitucionAlidAde
Em linhas gerais, o controle de constitucionalidade pode ser definido como o processo por 
meio do qual determinada norma é contestada em face da Constituição. Quando a norma que 
servir de paradigma for a Constituição Estadual, caberá ao Tribunal de Justiça, como regra ge-
ral, o exercício deste controle.
Desta forma, o texto constitucional elenca uma lista taxativa de autoridades que possuem 
competência para propor ao Tribunal de Justiça a ação direta de inconstitucionalidade e a 
ação declaratória de constitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais 
em face da Constituição Estadual.
Art. 79. Têm legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade de Lei ou de ato norma-
tivo estadual ou municipal contestado em face desta Constituição:
I – o Governador do Estado;
II – a Mesa da Assembleia Legislativa;
III – o Procurador-Geral de Justiça;
IV – o Conselho Secional da Ordem dos Advogados do Brasil;
V – os partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa;
VI – as federações sindicais e entidades de classe de âmbito nacional ou estadual;
VII – os Prefeitos e as Mesas das Câmaras Municipais; e
VIII – o Defensor Público-Geral.
Obs.: � O Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de inconstitu-
cionalidade.
Quando o Tribunal de Justiça apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou 
ato normativo estadual ou municipal, citará previamente o Procurador-Geral do Estado, o Pro-
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Poder Judiciário
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curador-Geral da Assembleia Legislativa, o Procurador-Geral do Município ou o Procurador-
-Geral da Câmara Municipal, conforme o caso, a quem compete a defesa do texto impugnado.
No curso do julgamento, deve o Tribunal de Justiça observar a denominada “cláusula de 
reserva de plenário”, que estabelece que somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderá o tribunal declarar a inconsti-
tucionalidade de lei ou de ato normativo estadual ou municipal.
Art. 78. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo 
órgão especial poderá o Tribunal declarar a inconstitucionalidade de Lei ou de ato normativo esta-
dual ou municipal.
Neste sentido, viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de 
tribunal (como uma Turma ou Seção) que, ainda que não declare expressamente a inconstitu-
cionalidade, afaste a sua incidência no todo ou em parte.
Súmula Vinculante n. 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão 
de órgão fracionário de tribunalque, embora não declare expressamente a inconstitucio-
nalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em 
parte.
As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Tribunal de Justiça nas ações diretas 
de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia 
contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e indireta, nas esferas estadual e municipal.
DICA
Observe que o efeito vinculante é em relação aos demais ór-
gãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Estadual e 
Municipal. Em sentido oposto, o efeito vinculante não alcança 
o próprio Tribunal de Justiça e o Poder Legislativo.
Nas ações diretas de inconstitucionalidade, a decisão será comunicada à Assembleia Le-
gislativa ou à Câmara Municipal, quando declarada a inconstitucionalidade, para suspensão 
da execução da lei ou do ato impugnado.
Importante destacar que a inconstitucionalidade também poderá ser conhecida por omis-
são de medida para tornar efetiva norma constitucional. Nesta situação, a decisão será comu-
nicada ao Poder competente para adoção das providências necessárias à pratica do ato ou 
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início do processo legislativo. Em se tratando de órgão administrativo, a emissão do ato deverá 
ocorrer no prazo de 30 dias, sob pena de responsabilidade.
Art. 79, § 3º Reconhecida a inconstitucionalidade por omissão de medida, para tornar efetiva norma 
desta Constituição, a decisão será comunicada ao Poder competente para adoção das providências 
necessárias à pratica do ato ou início do processo legislativo e em se tratando de órgão administra-
tivo, para emiti-lo em 30 (trinta) dias, sob pena de responsabilidade.
4. Juízes de direito e Juízes substitutos
Os Juízes de Direito e os Juízes Substitutos são os responsáveis por exercer a jurisdição 
comum de primeiro grau nas comarcas e juízos, nos termos da lei de organização e divisão 
judiciárias.
Art. 81, Os Juízes de Direito e Juízes Substitutos, na jurisdição comum estadual de primeiro grau, 
integram a carreira da Magistratura nas Comarcas e Juízos e com a competência que a Lei de Orga-
nização e Divisão Judiciárias determinar.
Parágrafo único. O Tribunal de Justiça poderá prover cargo de Juiz Especial na Comarca ou Vara 
que tenha ultrapassado determinado limite de processos, na forma em que vier, a ser disciplinada 
na Lei de Organização e Divisão Judiciárias.
4.1. ingresso nA cArreirA e promoção
O ingresso na carreira ocorre por meio de concurso público de provas e títulos.
Art. 71. Lei de iniciativa do Tribunal de Justiça disporá sobre a estrutura e funcionamento do Po-
der Judiciário, disciplinando a organização e a Divisão Judiciária do Estado, criando e provendo os 
cargos de carreira da Magistratura e dos seus serviços auxiliares, verificando-se esse provimento 
mediante Concurso Público de provas e de provas e títulos, segundo os princípios da Constituição 
Federal.
Observe que a Constituição Estadual faz menção aos princípios da Constituição Federal. 
Neste sentido, para uma preparação completa, iremos relacionar as regras constitucionais re-
lacionadas com o ingresso e promoção na carreira dos magistrados.
Obs.: � Ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso 
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em 
todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade 
jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
Com relação ao ingresso, temos a previsão constitucional da realização de concurso pú-
blico como critério de seleção. Dessa forma, o concurso público pode ser entendido como o 
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procedimento administrativo instaurado pelo Poder Público com o objetivo de selecionar os 
candidatos mais aptos para o exercício de cargos e empregos públicos.
O fundamento para a realização do concurso está na vedação às contratações pautadas 
em critérios subjetivos, tal como o apadrinhamento e a nomeação de pessoas conhecidas em 
troca de benefícios escusos. Identifica-se, assim, que a realização de concurso público está 
pautada na observância dos princípios da impessoalidade, da moralidade, da isonomia e da 
legalidade.
A regra geral é que todas as pessoas possam participar do concurso público, que deverá 
ser amplamente divulgado como forma de encontrar interessados. Neste ponto, merece des-
taque o fato da publicidade oficial do edital de concurso público ser condição imprescindível 
para a produção de efeitos perante terceiros.
Da mesma forma, o concurso público deve sempre ser pautado em critérios objetivos de 
escolha, ainda que algumas fases do certame, eventualmente, sejam constituídas por exame 
de títulos ou por experiência profissional comprovada. Consequentemente, pode-se afirmar 
que jamais poderemos ter um concurso público realizado apenas com a fase da análise de 
títulos, uma vez que tal procedimento colocaria em risco a objetividade e a lisura da seleção.
O ingresso na carreira do Poder Judiciário ocorre no cargo de Juiz Substituto. Para isso, 
deverá o candidato ser aprovado em concurso públicos de provas e de títulos.
Como forma de conferir legitimidade ao procedimento, a OAB deverá participar, obriga-
toriamente, de todas as fases do concurso. Além disso, para poder ingressar na carreira, o 
candidato deve ser bacharel em Direito e contar com, pelo menos, 3 anos de atividade jurídica.
E como estamos diante do ingresso realizado por meio de concurso público, nada mais 
natural do que a obrigação prevista no texto constitucional de que as nomeações devem ob-
servar a ordem exata de classificação no certame.
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Ingresso na carreira 
Realizado por meio de concurso 
público de provas e títulos 
Participação da OAB em todas as 
etapas
Necesário que o candidato seja 
bacharel em Direito e conte com 
pelo menos 3 anos de atividade 
jurídica
Ingresso no cargo de Juiz 
Substituto
Obs.: � Promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimen-
to, atendidas as seguintes normas:
 � a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco 
alternadas em lista de merecimento;
 � b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrân-
cia e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não 
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
 � c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de pro-
dutividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em 
cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
 � d) naapuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo 
pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento 
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
 � e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além 
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou deci-
são;
O candidato aprovado ingressa na magistratura no cargo de Juiz Substituto, exercendo 
suas atribuições em uma comarca. As comarcas, por sua vez, são classificadas em entrâncias 
(normalmente, 1ª entrância, 2ª entrância e entrância final).
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Assim, ao entrar em exercício, o Juiz Substituto passa a desempenhar as atividades da 
magistratura em uma comarca de 1ª entrância. Posteriormente, desde que atendidos os re-
quisitos necessários, poderá o membro ser promovido, por antiguidade e merecimento, para 
comarca de 2ª entrância e de entrância final.
DICA
As promoções, no âmbito da magistratura, ocorrerão alterna-
damente por antiguidade e merecimento.
A promoção por merecimento será realizada conforme o desempenho do magistrado, bem 
como pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela 
frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. Obser-
va-se, desta forma, que ainda que o merecimento possa dar a entender tratar-se de um critério 
subjetivo, constitui ele, na verdade, uma avaliação objetiva.
Prova disso é que a própria Constituição Federal estabelece que a promoção por mereci-
mento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quin-
ta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o 
lugar vago.
E como forma de evitar que as regras relacionadas com a promoção por merecimento se-
jam violadas, o texto constitucional acrescenta que será obrigatória a promoção do juiz que 
figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento.
Já na promoção por antiguidade, o critério a ser observado, como o próprio nome sugere, 
é o tempo de atividade dos magistrados. Logo, a regra geral é a de que o Juiz mais antigo seja 
o promovido.
Entretanto, poderá o tribunal, desde que pelo voto fundamentado de 2/3 de seus membros, 
conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, recusar o Juiz mais antigo para a 
promoção. Nesta situação, a votação será repetida até que seja fixada a indicação.
Em ambas as modalidades de promoção (antiguidade e merecimento) não será promovido 
o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo 
devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.
Promoção por Merecimento Promoção por Antiguidade
É obrigatória a promoção do juiz que 
figure por 3 vezes consecutivas ou 5 
alternadas em lista de merecimento
Como regra geral, o Juiz mais antigo é 
o que deve ser promovido.
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Pressupõe 2 anos de exercício na 
respectiva entrância e integrar o 
juiz a primeira quinta parte da lista 
de antiguidade desta, salvo se não 
houver com tais requisitos quem aceite 
o lugar vago
O tribunal somente poderá recusar 
o juiz mais antigo pelo voto 
fundamentado de 2/3 de seus 
membros, conforme procedimento 
próprio, e assegurada ampla defesa, 
repetindo-se a votação até fixar-se a 
indicação
Não será promovido o juiz que, 
injustificadamente, retiver autos 
em seu poder além do prazo legal, 
não podendo devolvê-los ao cartório 
sem o devido despacho ou decisão
Não será promovido o juiz que, 
injustificadamente, retiver autos 
em seu poder além do prazo legal, 
não podendo devolvê-los ao cartório 
sem o devido despacho ou decisão
Obs.: � O acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alter-
nadamente, apurados na última ou única entrância;
De forma semelhante ao que ocorre nas primeiras entrâncias, o magistrado, ao chegar na 
última entrância da estrutura do respectivo órgão judiciário, poderá ser promovido para um 
“tribunal de segundo grau”.
Os tribunais de segundo grau, em linhas gerais, são aqueles responsáveis por julgar, em 
grau de recurso, as causas decididas inicialmente pelos magistrados.
Se tomarmos como exemplo a estrutura de um Tribunal de Justiça, veremos que ele é forma-
do, no primeiro grau, por diversas comarcas classificadas em entrância inicial, intermediária e 
final. Após chegar, por meio de promoções, à entrância final, o magistrado não tem mais para 
onde ser promovido no primeiro grau. Logo, a possibilidade de promoção ocorre para o segun-
do grau, que, no caso, é para o próprio Tribunal de Justiça.
No primeiro grau, teremos comarcas ou varas, sendo que a decisão do magistrado é tomada 
de forma monocrática. No segundo grau, o magistrado passa a compor um órgão colegiado, 
sendo que as decisões são tomadas por maioria de votos.
E a promoção para os tribunais de segundo grau, de acordo com a Constituição Federal, 
deverá observar, assim como ocorre no primeiro grau, os critérios alternados de antiguidade e 
de merecimento.
4.2. gArAntiAs e VedAções
Três são as garantias estabelecidas pelo texto da Constituição Estadual para os magistra-
dos, conforme previsão do artigo 72:
Art. 72. Os Juízes gozam das seguintes garantias:
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I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 (dois) anos de exercício, dependen-
do a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça e, nos demais casos, de 
sentença judicial transitada em julgado;
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do inciso VIII do art. 93 da 
Constituição Federal; e
III – irredutibilidade de vencimentos, observado o disposto na Constituição Federal.
A vitaliciedade trata-se de garantia que se assemelha, com as devidas dimensões, à esta-
bilidade assegurada aos servidores públicos.
Contudo, ao contrário do que acontece com a estabilidade, os magistrados, após adquiri-
rem a vitaliciedade (que, no primeiro grau, ocorre após 2 anos de exercício) apenas podem per-
der o cargo mediante decisão judicial transitada em julgado, ou seja, decisão que não possa 
ser objeto de recurso.
Com os servidores públicos, a demissão poderá ocorrer tanto por meio de processo admi-
nistrativo quanto mediante ação judicial. Para os magistrados vitalícios, diversamente, não há a 
possibilidade de demissão com base exclusivamente em processo administrativo disciplinar.
Assim sendo, os magistrados poderão perder o cargo, antes dos 2 anos necessários para 
a aquisição da vitaliciedade, mediante deliberação do Tribunal de Justiça. Após se tornarem 
vitalícios, conforme já afirmado, a perda do cargo apenas ocorrerámediante sentença transi-
tada em julgado.
Perda do cargo 
pelos Magistrados
Antes da 
vitaliciedade
Mediante 
deliberação do 
Tribunal de Justiça
Após a vitaliciedade
Mediante Sentença 
Judicial transitada 
em julgado
A inamovibilidade também se trata de garantia por meio da qual os magistrados não po-
dem ser transferidos da localidade onde exercem suas atribuições, salvo por motivo de inte-
resse público e, ainda assim, desde que mediante decisão pelo voto da maioria absoluta do 
Tribunal de Justiça ou do Conselho Nacional de Justiça.
Destaca-se que, na visão do STF, a inamovibilidade trata-se de garantia que é assegurada 
não apenas aos Juízes Titulares, mas sim também aos respectivos Juízes Substitutos.
(MS 27.958, rel. min. Ricardo Lewandowski) A inamovibilidade é, nos termos do art. 95, 
II, da CF, garantia de toda a magistratura, alcançando não apenas o juiz titular como 
também o substituto. O magistrado só poderá ser removido por designação, para respon-
der por determinada vara ou comarca ou para prestar auxílio, com o seu consentimento, 
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ou, ainda, se o interesse público o exigir, nos termos do inciso VIII do art. 93 do Texto 
Constitucional.
A irredutibilidade de subsídios, por sua vez, trata-se de garantia que possui a finalidade de 
evitar uma possível redução dos valores recebidos pelos magistrados. Importante salientar 
que a garantia em questão não é absoluta, de forma que a Constituição Federal apresenta al-
gumas exceções, ou seja, situações em que poderá haver redução dos valores recebidos.
Em sentido oposto às garantias, que se revestem de prerrogativas de caráter positivo, de-
vem os magistrados observar, também, certas vedações do texto da Constituição Estadual:
Art. 73. Aos Juízes é vedado:
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo um de magistério;
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processos; e
III – dedicar-se à atividade político-partidária.
Em sintonia com as disposições constitucionais aplicáveis aos agentes públicos, os ma-
gistrados não podem, como regra geral, exercer, ainda que estejam em disponibilidade, outro 
cargo ou função pública. A única exceção fica por conta do exercício da função de magistério, 
que poderá ser acumulada com as atividades da magistratura quando houver compatibilidade 
de horário.
Também não podem os magistrados receber custas ou participações em processos. Isso 
não impede, contudo, que o órgão (e não os membros) receba honorários pela participação em 
processos.
Como forma de assegurar a imparcialidade no exercício da função, não podem os juízes 
dedicar-se à atividade político partidária.
Garantias dos Magistrados Vedações dos Magistrados
a) vitaliciedade, que, no primeiro 
grau, só será adquirida após dois anos 
de exercício, dependendo a perda do 
cargo, nesse período, de deliberação do 
tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, 
nos demais casos, de sentença judicial 
transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de 
interesse público (mediante decisão da 
maioria absoluta do Tribunal de Justiça ou 
do CNJ)
c) irredutibilidade de subsídio, 
ressalvadas as exceções constitucionais.
a) exercer, ainda que em 
disponibilidade, outro cargo ou função, 
salvo uma de magistério;
b) receber, a qualquer título ou 
pretexto, custas ou participação em 
processo;
c) dedicar-se à atividade político-
partidária.
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Importante frisar que a magistratura estadual terá seu regime jurídico estabelecido no Es-
tatuto da Magistratura, instituído por Lei Complementar Federal.
5. JustiçA militAr
A Justiça Militar é constituída, em primeiro grau, pelos Conselhos de Justiça Militar, consti-
tuídos paritariamente por Juízes Oficiais de cada Corporação e Juiz Auditor e, no segundo grau 
ou instância, pelo Tribunal de Justiça.
Art. 83. A Justiça Militar, constituída na forma da Lei de Organização e Divisão Judiciárias, tem 
como Órgão de Primeira Instância os Conselhos de Justiça Militar, constituídos paritariamente por 
Juízes Oficiais de cada Corporação e Juiz Auditor e, de Segunda Instância, o Tribunal de Justiça.
Justiça Militar
1º Grau Conselhos de Justiça Militar 
2º Grau Tribunal de Justiça
No âmbito da Justiça Militar, temos a figura jurídica do Juiz Auditor, que, nos termos da 
Constituição Estadual, goza das mesmas garantias, prerrogativas, vencimentos e impedimen-
tos dos magistrados estaduais da última entrância.
Em relação às competências da Justiça Militar, temos que fazer uso das disposições do § 
1º do artigo 83, de seguinte redação:
Art. 83, § 1º Compete ao Conselho de Justiça Militar julgar os crimes militares definidos em Lei e ao 
Tribunal de Justiça do Estado, decidir sobre a perda do posto e da patente de oficial e da graduação 
e permanência na corporação militar.
Conselho de Justiça 
Militar Julgar os crimes militares definidos em lei.
Tribunal de Justiça
Decidir sobre a perda do posto e da patente 
de oficial e da graduação e permanência na 
corporação militar.
6. JuizAdos especiAis, JustiçA de pAz e JuizAdos de pequenAs cAusAs
O texto da Constituição Estadual estabelece a competência e a composição dos Juizados 
Especiais, inclusive dos órgãos de julgamento de seus recursos, serão determinadas na Lei 
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de Organização e Divisão Judiciárias, devendo observar as regras estabelecidas no texto da 
Constituição Federal.
Art. 84. A competência e a composição dos Juizados Especiais, inclusive dos órgãos de julgamento 
de seus recursos, serão determinadas na Lei de Organização e Divisão Judiciárias, observado o 
disposto no art. 98, inciso I, da Constituição Federal.
Fazendo uso da Constituição Federal, chegamos à seguinte previsão:
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I – juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conci-
liação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de 
menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóte-
ses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
Juizados Especiais
São providos por juízes togados ou togados e leigos
Juizados Especiais Cíveis: competência para a conciliação, 
o julgamento e a execução de causas cíveis de menor 
complexidade
Juizados Especiais Criminais: competência para a 
conciliação, o julgamento e a execução de infrações penais de 
menor potencial ofensivo
Adoção dos procedimentos oral e sumaríssimo
Permitida a transação e o julgamento de recursos por turmas 
de juízes de primeiro grau
Já com relação à Justiça de Paz, devemos fazer uso das disposições do artigo86, de se-
guinte redação:
Art. 86. A Lei disporá sobre a Justiça de Paz remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto 
direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para celebrar casamen-
tos, verificar, de ofício, ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação, exercer 
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação própria.
De acordo com o entendimento do STF, os juízes de paz são uma espécie do gênero agen-
tes públicos, integram o Poder Judiciário e não podem receber, a qualquer título ou pretexto, 
custas ou participação em processos.
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[ADI 954, rel. min. Gilmar Mendes, 24-2-2011] Os juízes de paz, na qualidade de agentes 
públicos, ocupam cargo cuja remuneração deve ocorrer com base em valor fixo e prede-
terminado, e não por participação no que é recolhido aos cofres públicos. Além disso, os 
juízes de paz integram o Poder Judiciário e a eles se impõe a vedação prevista no art. 95, 
parágrafo único, II, da Constituição, a qual proíbe a percepção, a qualquer título ou pre-
texto, de custas ou participação em processo pelos membros do Judiciário.
Justiça de Paz
Remunerada
Composta de cidadãos 
eleitos pelo voto direto, 
universal e secreto 
Mandato de 4 anos
DICA
Ainda que o Juiz de Paz integre o Poder Judiciário, não exerce 
ele a função jurisdicional, ou seja, a função de julgar com força 
de trânsito em julgado.
Em relação ao juizado de pequenas causas, o artigo 85 estabelece que:
A competência e a composição dos Juizados de Pequenas Causas, inclusive os órgãos de julga-
mento de seus recursos, serão determinados na Lei de Organização e Divisão Judiciárias.
7. tribunAl de Júri
Estabelece o artigo 80 que:
Em cada Comarca funcionará pelo menos um Tribunal do Júri, com competência para julgar os 
crimes dolosos contra a vida, cuja composição e organização serão determinadas em Lei, assegu-
rados os sigilos das votações, a plenitude da defesa e a soberania dos veredictos.
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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
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De acordo com as regras da Constituição Federal, temos o seguinte direito fundamental:
Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegura-
dos:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
O tribunal do júri é um tribunal popular, composto por um juiz togado e por vinte e cinco 
jurados, que serão escolhidos dentre cidadãos do respectivo município e pertencentes a todas 
as classes sociais.
Como verificado da leitura do inciso, a competência do tribunal do júri é para o julgamento 
de crimes dolosos contra a vida.
Crime doloso é o praticado com a intenção de alcançar um determinado resultado, de for-
ma que o criminoso já sabe, antes da sua prática, o resultado que irá alcançar. Como exem-
plo, cita-se uma pessoa que se dirige até o local onde outra está presente com a finalidade 
de matá-la.
Contudo, importante ressaltar que a competência do tribunal do júri não é absoluta, não 
prevalecendo, por exemplo, sobre as “prerrogativas de foro” conferidas pela própria Constitui-
ção Federal. Nestes casos, ainda que uma autoridade com “prerrogativa de foro” tenha pra-
ticado um crime doloso contra a vida, não será ela julgada pelo tribunal do júri, mas sim pela 
autoridade com competência prevista na Constituição Federal.
Caso o foro privilegiado tenha sido instituído exclusivamente pela Constituição Estadual 
(não encontrando simetria com a Constituição Federal), a competência do tribunal do júri deve 
prevalecer sobre o foro privilegiado. E isso ocorre na medida em que apenas a Constituição 
Federal é competente para estabelecer prerrogativas de foro.
Merece destaque, no âmbito deste entendimento, o teor da Súmula 721 do STF:
Súmula 721 - STF: A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro 
por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
Outra súmula bastante exigida pelas bancas é a de n. 603, de autoria do STF, que de-
termina que:
A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tri-
bunal do Júri.
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Para entendermos a importância desta súmula, devemos compreender que o latrocínio é 
considerado um crime complexo, uma vez que abrange um roubo e um homicídio.
De acordo com a doutrina, o latrocínio é classificado como “crime contra o patrimônio”, e 
não como “crime contra a vida”. Por isso mesmo, deve ser julgado por um juiz singular, e não 
pelo tribunal do júri, que é competente para o julgamento de crimes dolosos contra a vida.
Vejamos cada uma das garantias asseguradas ao tribunal do júri:
a) Plenitude de defesa: Assegura que o réu possui a garantia de se defender de todas as 
acusações que estão sendo feitas contra a sua pessoa. Para isso, a possibilidade de defesa 
deve ser plena, sem nenhum tipo de óbice à sua concretização.
b) Sigilo das votações: No âmbito do tribunal do júri, cada um dos jurados toma a sua 
decisão de forma secreta. Posteriormente, os votos são somados e chega-se a um resultado, 
que é comunicado ao juiz presidente. Com o sigilo das votações, possibilita-se que os jurados 
decidam de forma imparcial, não levando em conta situações externas aos fatos apresentados 
no tribunal.
c) Soberania dos vereditos: Determina que as decisões tomadas pelos jurados que com-
põem o tribunal do júri não podem, como regra, ser modificadas. Contudo, quando o julgamen-
to se mostrar expressamente contrário às provas dos autos, entende o STF que é possível a 
impetração de recurso das referidas decisões, oportunidade em que outro tribunal do júri será 
constituído.
d) Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida: Como já afirmado, os 
crimes dolosos contra a vida são aqueles praticados com o prévio conhecimento do seu resul-
tado. Trata-se esta, desta forma, da principal competência do tribunal do júri.
De acordo com o STF, no entanto, a competência do tribunal do júri pode ser ampliada pelo 
legislador ordinário. Neste sentido é o teor do julgamento proferido pelo tribunal no âmbito do 
HC 101542, de seguinte teor:
I – A competência do Tribunal do Júri, fixada no art. 5º, XXXVIII, d, da CF, quanto ao julgamento de 
crimes dolosos contra a vida é passível de ampliação pelo legislador ordinário.
Tribunal 
do Júri
Plenitude da 
defesa
Sigilo das 
votações
Soberania dos 
vereditos
Competência 
para o 
julgamento de 
crimes dolosos 
contra a vida
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FUNRIO/CAD/PM GO/2017/ADAPTADA) O Tribunal de Justiça do Estado de Roraima é 
composto por, no mínimo, trinta Desembargadores.
O TJ-RR é composto por, no mínimo, 7 Desembargadores, diferente do que afirma o enunciado 
da questão.
Art. 75. O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado com-
põe-se de, no mínimo 7 (sete) Desembargadores nomeados dentre os magistrados de carreira, 
membros do Ministério Público e Advogados, nos termos desta Constituição, e com as atribuições 
que a Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado estabelecer.
Errado.
002. (FUNRIO/CAD/PM GO/2017/ADAPTADA) O juiz pode exercer cargo ou função cumula-
da de magistério, bem como dedicar-se à atividade político-partidária.
Os juízes não podem dedicar-se à atividade político-partidária.
Art. 73. Aos Juízes é vedado:
III – dedicar-se à atividade político-partidária;
Errado.
003. (COM. EXAM./PJ/MPE GO/2012/ADAPTADA) São órgãos do Poder Judiciário Estadual 
de Roraima, dentre outros, o Tribunal de Justiça, os Juízes de Direito, o Tribunal de Justiça Mili-
tar, os Conselhos de Justiça Militar, os Juizados Especiais e as Turmas Recursais dos Juizados 
Especiais, a Justiça de Paz e os Tribunais do Júri.
As Turmas Recursais dos Juizados Especiais não fazem parte dos órgãos do Poder Judiciá-
rio Estadual.
Art. 68. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Tribunal de Justiça;
II – os Tribunais do Júri;
III – os Juízes de Direito e Juízes Substitutos;
IV – a Justiça Militar;
V – os Juizados Especiais;
VI – os Juizados de Pequenas Causas; e
VII – os Juizados de Paz.
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Errado.
004. (AOCP/ESC POL/PC ES/2019/ADAPTADA) Quanto ao Poder Judiciário, a Constituição 
Estadual prevê que ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa, porém não é 
assegurada autonomia financeira.
O Poder Judiciário goza tanto de autonomia administrativa quanto de autonomia financeira.
Art. 69. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
Errado.
005. (VUNESP/ADM JUD/TJ SP/2019/ADAPTADA) A Constituição Estadual determina que a 
magistratura deverá observar, dentre outros, o princípio que determina que o ato de remoção, 
disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão 
por voto de um terço do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada 
ampla defesa.
A Constituição Estadual determina que, como exceção ao princípio da inamovibilidade, tere-
mos o motivo de interesse público, estabelecido na Constituição Federal. E fazendo uso desta 
norma é que chegamos à previsão de que a remoção, na situação mencionada, depende de 
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justi-
ça, assegurada ampla defesa.
Art. 93, VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-
-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de 
Justiça, assegurada ampla defesa;
Errado.
006. (VUNESP/ADM JUD/TJ SP/2019/ADAPTADA) A Constituição Estadual determina que a 
magistratura deverá observar, dentre outros, o princípio que determina que a promoção por me-
recimento pressupõe três anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira 
metade da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o 
lugar vago.
Como regra geral, a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respecti-
va entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta.
Errado.
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007. (INAZ DO PARÁ/FISC/CORE SP/2019/ADAPTADA) Sobre o Poder Judiciário, pode-se 
dizer que os juízes gozam de inamovibilidade, salvo por interesse público.
A inamovibilidade, importante garantia assegurada aos magistrados, não é absoluta, tendo 
como exceção o interesse público.
Art. 72. Os Juízes gozam das seguintes garantias:
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do inciso VIII do art.
93 da Constituição Federal; e
Certo.
008. (INAZ DO PARÁ/FISC/CORE SP/2019/ADAPTADA) Pode-se dizer que ao Poder Judiciá-
rio é assegurada autonomia financeira, mas não administrativa.
Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia financeira e administrativa.
Art. 69. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
Errado.
009. (INAZ DO PARÁ/FISC/CORE SP/2019/ADAPTADA) Sobre o Poder Judiciário, pode-se 
dizer que é permitido ao juiz receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação 
em processo.
No caso, estamos justamente diante de uma vedação estabelecida para os magistrados.
Art. 73. Aos Juízes é vedado:
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processos; e
Errado.
010. (NUCEPE UESPI/GCM/PREF CAP DE CAMPOS/2019/ADAPTADA) De acordo com a 
Constituição Estadual, é vedado aos juízes exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo 
ou função, ainda que de magistério.
Ainda que a regra geral seja a impossibilidade de acumulação, poderá o juiz exercer, cumulati-
vamente, uma função de magistério.
Art. 73. Aos Juízes é vedado:
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo um de magistério;
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Certo.
011. (NUCEPE UESPI/GCM/PREF CAP DE CAMPOS/2019/ADAPTADA) De acordo com a 
Constituição Estadual, é vedado aos juízes receber, salvo em circunstâncias excepcionais, cus-
tas ou participação em processo.
A vedação ao recebimento de custas ou participação em processo é geral, independente de 
circunstâncias excepcionais.
Art. 73. Aos Juízes é vedado:
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processos; e
Errado.
012. (NUCEPE UESPI/GCM/PREF CAP DE CAMPOS/2019/ADAPTADA) De acordo com a 
Constituição Estadual, é vedado aos juízes dedicar-se à atividade político-partidária.
Conforme afirmado, os juízes não podem dedicar-se à atividade político-partidária.
Art. 73. Aos Juízes é vedado:
III – dedicar-se à atividade político-partidária;
Certo.
013. (FUNRIO/PROC/ALERR/2018/ADAPTADA) Os magistrados, preenchidos os requisitos 
próprios da carreira, não se submeterão à remoção, salvo por motivo de interesse público. Essa 
garantia, conferida aos magistrados, recebe o nome de
a) inamovibilidade.
b) irredutibilidade.
c) imperatividade.
d) não circulação.
A garantia que impede que os magistrados sejam removidos, exceto, desde que atendido os 
requisitos constitucionais, por interesse público, é a inamovibilidade.Letra a.
014. (DÉDALUS/PJ/CM PIRATININGA/2018) O ingresso na carreira de juiz substituto se dá 
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados 
do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, dois anos de ativi-
dade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
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O ingresso na carreira de juiz substituto se dá mediante concurso público de provas e títulos, 
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases. Contudo, é exigido 
do bacharel em direito, no mínimo, 3 anos de atividade jurídica.
Errado.
015. (DÉDALUS/PJ/CM PIRATININGA/2018) Os juízes gozam apenas de irredutibilidade do 
subsídio e da inamovibilidade, sendo a vitaliciedade atributo exclusivo dos membros do Minis-
tério Público.
A vitaliciedade também é assegurada aos magistrados, conforme previsão da Constitui-
ção Estadual.
Art. 72. Os Juízes gozam das seguintes garantias:
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 (dois) anos de exercício, dependen-
do a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça e, nos demais casos, de 
sentença judicial transitada em julgado;
Errado.
016. (FGV/TMD/DPE RJ/2019) Determinado Prefeito Municipal, insatisfeito com a atuação 
do Juiz de Direito da Comarca, que já contava com dez anos de efetivo exercício na magistratu-
ra, solicitou ao Presidente do Tribunal de Justiça que o “demitisse” por decisão administrativa.
À luz da sistemática constitucional, o referido pedido é incompatível com a garantia consti-
tucional da:
a) inamovibilidade;
b) vitaliciedade;
c) irredutibilidade;
d) indisponibilidade;
e) inelegibilidade.
De acordo com a garantia da vitaliciedade, a perda do cargo, por parte dos magistrados, deve 
observar uma série de requisitos. Logo, não é possível a demissão solicitada pelo Prefeito 
Municipal.
Art. 72. Os Juízes gozam das seguintes garantias:
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I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 (dois) anos de exercício, dependen-
do a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça e, nos demais casos, de 
sentença judicial transitada em julgado;
Letra b.
017. (CEBRASPE-CESPE/AJ/TJ AM/DIREITO/2019) Julgue o item que se segue, relativo ao 
Poder Judiciário.
Um terço das vagas nos tribunais de justiça é reservado a advogados de notório saber jurídico 
e reputação ilibada com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e a membros do 
Ministério Público com mais de dez anos de carreira.
Não é 1/3, mas sim 1/5 das vagas dos Tribunais de Justiça que serão reservadas para advo-
gados de notório saber jurídico e reputação ilibada com mais de 10 anos de efetiva atividade 
profissional e membros do Ministério Público com mais de dez anos de carreira.
Art. 75, § 1º Um quinto das vagas do Tribunal de Justiça será composto de membros do Ministério 
Público, com mais de 10 (dez) anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputa-
ção ilibada, com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla 
pelo órgão oficial de representação das respectivas classes.
Errado.
018. (CEBRASPE-CESPE/ANA PORT I/EMAP/ADMINISTRATIVA/2018) Julgue o próximo 
item, relativo à organização dos poderes.
A inamovibilidade dos juízes é uma garantia não absoluta.
A inamovibilidade não se trata de uma garantia de caráter absoluta. De acordo com a Constitui-
ção Estadual, o magistrado poderá ser removido, por exemplo, por motivos de interesse público.
Art. 72. Os Juízes gozam das seguintes garantias:
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do inciso VIII do art. 93 da 
Constituição Federal;
Certo.
019. (CEBRASPE-CESPE/ASS PORT/EMAP/ADMINISTRATIVA/2018) No que se refere à or-
ganização dos poderes, julgue o item que se segue.
Aos juízes, ainda que em disponibilidade, é vedado o exercício de qualquer outro cargo ou fun-
ção pública.
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Ainda que os juízes não possam, como regra geral, exercer outro cargo ou função pública, a 
Constituição Estadual admite, em caráter de exceção, o exercício da atividade de magistério.
Art. 73. Aos Juízes é vedado:
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo um de magistério;
Errado.
020. (CEBRASPE-CESPE/AJ TRF1/TRF 1/APOIO ESPECIALIZADO/TAQUIGRAFIA/2017) A 
respeito do Poder Judiciário e das funções essenciais à justiça, julgue o item que se segue.
Os juízes adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício; esse direito não depende de 
participação em curso oficial ou em curso reconhecido por escola nacional de formação e 
aperfeiçoamento de magistrados.
Os juízes realmente adquirem a vitaliciedade após 2 anos de efetivo exercício. No entanto, 
diferente do que informa a questão, o direito à vitaliciedade depende da participação em cur-
so oficial ou em curso reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de 
magistrados.
Chegamos a esta conclusão com base nas disposições da Constituição Estadual e Federal.
CE- Art. 72. Os Juízes gozam das seguintes garantias:
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 (dois) anos de exercício, dependen-
do a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal de Justiça e, nos demais casos, de 
sentença judicial transitada em julgado;
CF - Art. 93, IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistra-
dos, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou 
reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
Errado.
021. (FCC/AG FRT/ARTESP/”SEM ÁREA”/2017) Trata-se de função típica do Poder Judiciário
a) a jurisdicional.
b) a edição de normas regimentais.
c) a concessão de férias aos seus membros e serventuários.
d) promover, na forma prevista na Constituição Federal, os cargos de juiz de carreira.
e) a edição de portarias e decretos.
Cada um dos Poderes da República possui uma função típica, desempenhando também, ati-
picamente, as funções dos demais Poderes. No caso do Poder Judiciário, a função típica é a 
jurisdicional, ou seja, a de julgar e dizer o direito com força de trânsito em julgado.
Letra a.
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