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TOPICOS DESIGN DE INTERIORES

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Prévia do material em texto

Autora: Profa. Denise D. O. Morelli
Colaboradores: Profa. Patricia Scarabelli
 Prof. Mário Henrique de Castro Caldeira
Tópicos de Design 
de Interiores
Professora conteudista: Denise D. O. Morelli
Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Puccamp, especialista em Design de Interiores pelo Istituto Europeo di 
Design de Milão, mestre e doutora em Arquitetura, Tecnologia e Cidade pela Unicamp. Possui vinte anos de experiência 
na área de projetos arquitetônicos e de interiores e sete anos de experiência na área acadêmica. É professora da 
Universidade Paulista, unidade Campinas – Swift, do curso de Design de Interiores, Arquitetura e Urbanismo. 
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
M842t Morelli, Denise de Oliveira.
Tópicos de Design de Interiores. / Denise Damas de Oliveira 
Morelli. São Paulo: Editora Sol, 2021.
132 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Material de desenho. 2.Sistemas de projeto. 3. Cor. I. Título.
CDU 74
U510.14 – 21
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Deise Alcantara Carreiro – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Fabrícia Carpinelli
 Ana Fazzio
Sumário
Tópicos de Design de Interiores
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 MATERIAL DE DESENHO ..................................................................................................................................9
1.1 Instrumentos de desenho ....................................................................................................................9
1.2 Papel .......................................................................................................................................................... 13
2 PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O DESENHO ............................................................................................... 14
2.1 Formato do papel ................................................................................................................................. 14
2.2 Legenda .................................................................................................................................................... 16
2.3 Dobramento de cópia ......................................................................................................................... 18
2.4 Escrita ........................................................................................................................................................ 19
2.5 Linhas de representação .................................................................................................................... 23
Unidade II
3 ESCALA, COTA E INDICAÇÃO GRÁFICA ................................................................................................... 30
3.1 Escala ......................................................................................................................................................... 30
3.2 Cota ............................................................................................................................................................ 32
3.3 Indicação gráfica .................................................................................................................................. 34
4 DESENHO DE EDIFICAÇÃO ........................................................................................................................... 38
4.1 Planta de edificação ............................................................................................................................ 38
4.2 Planta de cobertura ............................................................................................................................. 39
4.3 Cortes ........................................................................................................................................................ 40
4.4 Fachadas................................................................................................................................................... 41
4.5 Elementos construtivos e sua representação ........................................................................... 42
4.5.1 Parede .......................................................................................................................................................... 43
4.5.2 Pisos.............................................................................................................................................................. 45
4.5.3 Portas e janelas ........................................................................................................................................ 46
4.5.4 Escada .......................................................................................................................................................... 47
4.5.5 Equipamento fixo ................................................................................................................................... 48
4.5.6 Processo de desenho técnico ............................................................................................................. 48
Unidade III
5 PROJEÇÃO ORTOGONAL ............................................................................................................................... 56
6 SISTEMAS DE PROJEÇÃO .............................................................................................................................. 69
6.1 Perspectiva de ambiente interno ................................................................................................... 83
Unidade IV
7 DESENHO DE OBSERVAÇÃO ......................................................................................................................104
7.1 Tonalidade e textura .........................................................................................................................108
7.2 A forma ...................................................................................................................................................109
8 A COR .................................................................................................................................................................115
7
APRESENTAÇÃO
A representação gráfica na área de Design de Interiores é uma forma de expressão e comunicação de 
ideias. O desenho é um processo de trabalho que resulta em um projeto, e sua linguagem é gráfica, ou 
seja, é a organização dos pensamentos para comunicar-se com todas as profissões de projetos.
O desenho tem a função de registrar o que existe, as especulações, os planos, as ideias e, para 
tanto, utiliza-se detodas as características do cérebro, acompanhado da percepção analítica, intuitiva e 
emotiva, de forma a criar uma consciência em que as técnicas gráficas sejam ferramentas fundamentais 
para o mundo visual.
Para o homem, o mundo visual envolve a percepção, a reflexão visual, a ação do ver e a realidade 
que representa o seu modo de viver. No processo de projetar, o desenho é a ferramenta desde o conceito 
até o projeto final com a representação de imagens, figuras e desenhos. O desenho é a representação 
do que vemos ou imaginamos acompanhado pelo conhecimento e a compreensão do ver, imaginar e 
representar (CHING; JUROSZEK, 2001).
Ver a realidade que está a nossa volta e descobrir tudo que existe no mundo. Ver com os olhos 
fechados é visualizar com a memória, com o passado, e imaginar o futuro. Portanto, desenhar é a 
representação que envolve a vivência, a imaginação e a construção do futuro.
O desenho arquitetônico utiliza-se de pontos, linhas, números, símbolos e identificação textual, que 
representa o espaço e a forma bidimensional, visualizando a tridimensional. O desenho técnico dispõe 
de uma metodologia normativa internacional que estabelece a sua linguagem em plantas, cortes e 
elevações. São desenhos padronizados que se dividem em três etapas: estudo preliminar, anteprojeto e 
projeto executivo. Todos eles possuem informações específicas e detalhadas para cada espécie de projeto 
e exigências para atender às normas, tipos de sistemas e detalhamentos construtivos. É necessário 
seguir a linguagem padronizada para que todos possam ter a mesma compreensão do projeto, como 
engenheiros, arquitetos, construtores, produtores e consumidores.
INTRODUÇÃO
A disciplina de Tópicos de Design de Interiores utiliza-se da linguagem gráfica – o desenho – para que 
o aluno possa identificar, observar e ter a percepção dos objetos, do lugar em que vive para se expressar 
de forma livre. Dará ao aluno conhecimento da linguagem visual de representação e interpretação do 
repertório técnico e cultural.
O desenho de observação deve ser realizado com dados de um modelo, objeto, e se expressar através 
das técnicas que possibilita a sua reprodução.
O desenho técnico utiliza-se de instrumentos e diferentes materiais que dão suporte a representação 
gráfica seguido de normas técnicas, ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, para que o desenho 
tenha uma linguagem universal.
8
O desenho técnico é um documento que identifica todas as partes que compõem um projeto de 
arquitetura, engenharia e design de interior.
A construção do desenho sempre será o resultado de uma ideia, de um conceito ou apenas de uma 
observação, mas são representações de tudo que existe ou do que se imagina.
9
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Unidade I
1 MATERIAL DE DESENHO
1.1 Instrumentos de desenho
Os instrumentos são importantes para que o desenho tenha qualidade, clareza e precisão em 
suas medidas. O aluno deve conhecê-los e dominá-los para o bom desempenho da linguagem 
gráfica. São eles:
• borracha branca e macia;
• lapiseira (grafite de espessura 0,3 mm; 0,5 mm; 0,7 mm e 0,9 mm);
• lápis (HB; B; 4B e 6B);
• caneta nanquim de espessura 0,3 mm; 0,5 mm; 0,7 mm e 0,9 mm;
• escalímetro n° 01;
• esquadro 45°/45°/90°;
• esquadro 30°/60°/90°;
• transferidor;
• mata-gato (opcional);
• compasso;
• estilete;
• escova para limpeza (bigode);
• rolo de fita crepe;
• gabarito (opcional);
• prancheta com régua paralela;
• papel: sulfite, fosco ou manteiga, vegetal e canson.
10
Unidade I
No mercado existem vários modelos e tamanhos de pranchetas, escolha o modelo que mais se 
adequa a você. Geralmente, elas possuem base metálica com tampo ajustável, réguas paralelas e uma 
camada de vinil para forração, o que neutraliza o impacto quando se está desenhando.
Todas as lapiseiras de ponta fina possuem dispositivo que avança o grafite conforme o uso. A ponta 
é metálica e protege o grafite, podendo ser utilizada para croquis ou esboços e desenhos técnicos. 
Não precisa de apontador.
Os lápis, muito utilizados para os desenhos de observação, croquis ou esboços, possuem uma variação 
de grafite desde o maior (macio 6B) até o menor (duro 9H) (veja quadro a seguir).
Quadro 1 – Graduação do grafite e especificação do lápis
Graduação Especificação do lápis
Muito duro 9H, 8H, 7H, 6H, 5H, 4H
Duro 3H, 2H e H
Médio F e HB
Macio B e 2B
Muito macio 3B, 4B, 5B, 6B
O código H é para o grafite mais duro e o B, mais macio. Os códigos H e F são mais utilizados para 
linhas finas e o código B, para desenhos à mão livre, croquis e texto. Para apontar um lápis, deve-se 
utilizar o estilete e manter 15 mm de cobertura de madeira depois do grafite. A ponta do grafite muito 
fina, tipo agulha, irá quebrar facilmente. É preciso produzir uma ponta cônica, levemente arredondada na 
extremidade do grafite. Hoje, as canetas nanquins são descartáveis e muito simples de serem utilizadas. 
Sua ponta tubular é longa o suficiente para o uso de equipamentos, como a régua paralela, os esquadros 
e gabaritos.
Lápis: 6H
0,1
HB
0,3
6B
0,5Nanquim:
Figura 1 – Exemplos de espessura e intensidade da linha com lápis e nanquim
11
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
O escalímetro é um instrumento de precisão de medidas em escala de redução ou ampliação. 
O objetivo do escalímetro é criar desenhos de representação de um objeto ou projeto em uma escala 
com medidas de redução para a representação gráfica conservando a medida real. Tem um formato 
triangular, com seis escalas, sendo duas sobre cada face. São elas: 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:125 
(figura a seguir).
Figura 2 – Exemplo de escalímetro n°1 de bolso
Os esquadros são utilizados para traçar linhas verticais, horizontais e ângulos específicos. 
Os esquadros são de plástico ou acrílico transparente, com forma triangular, com ângulos de 30°, 45°, 
60° e 90° e sem marcações de medidas (figuras na sequência).
90º 45º
Figura 3 – Esquadro de 45°/45°/90°
90º 60º
Figura 4 – Esquadro de 60°/30°/90°
12
Unidade I
90º 30º
Figura 5 – Esquadro de 60°/30°/90°
Os esquadros são utilizados para traçar linhas horizontais, verticais e inclinadas (ângulos). Para o 
desenho técnico, esse instrumento é fundamental para riscar retas paralelas e perpendiculares, obtendo 
a precisão necessária para o desenho. Um recurso para traçar linhas e ângulos diferentes são os esquadros 
que se apoiam um sobre o outro, ou lado a lado, em que um permanece fixo e o outro se movimenta, 
determinando a direção para alcançar o traço desejado (figuras a seguir).
75º
Figura 6 – Uso dos esquadros de 60°/30°/ 90° – 45°/45°/90°
15º
Figura 7 – Uso dos esquadros de 60°/30°/ 90° – 45°/45°/90°
13
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 8 – Uso dos esquadros (fixo e movimento)
O transferidor é um objeto de plástico ou acrílico com medidas de ângulos. Podem ser 
circulares ou semicirculares.
O mata-gato é uma placa de metal que protege o desenho enquanto se apagam linhas ou áreas 
indesejadas com a borracha.
O compasso desenha arcos e circunferências. Pode marcar um ponto para um segmento de reta ou 
outro segmento dado.
A escova de limpeza (bigode) é utilizada para manter a superfície do desenho sempre limpa dos 
resíduos de borracha ou grafite.
O gabarito é um quadro de plástico vazado para a reprodução do traçado com formas previamente 
definidas, padronizadas e com escala, sendo utilizado em desenhos com simbologias, formas geométricas, 
mobiliários entre outros.
1.2 Papel
Os principais papéis utilizados para o desenho são: sulfite, manteiga ou fosco, vegetal e canson.
O papel sulfite com gramatura de 74 g/m² é indicado para rascunho com lápis HB, 2B ou lapiseira 
de 0,5 mm. O sulfite de 90 e 120 g/m² pode ser utilizado com o lápis HB, 2B, 4B e 6B ou lapiseira de 
0,5 mm; 0,7 mm ou 0,9 mm.
14
Unidade I
O papel canson possui várias gramaturas e cores utilizadas para pintura em geral, como tintas à base 
de água e secagem rápida, lápis de cor e pastel seco.
Já o papel-manteiga oufosco é muito utilizado no design de interiores e arquitetura para croquis e 
desenhos técnicos. Esse papel é semitranslúcido de superfícies ásperas, indicado somente para grafite. 
O papel vegetal é também semitranslúcido de superfície lisa muito utilizado para o desenho final, 
juntamente com a caneta nanquim.
 Observação
A qualidade dos instrumentos ou equipamentos influencia na execução 
do desenho.
2 PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O DESENHO
2.1 Formato do papel
O desenho é uma representação gráfica, de forma simples e clara, por meio de pontos, linhas, curvas 
e dimensão. O desenho técnico segue um padrão para os projetos de design, arquitetura e engenharias. 
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e NBR (Norma Brasileira) fixam as condições gerais da 
linguagem gráfica nacional e internacional que devem ser observadas na execução dos desenhos técnicos.
A NBR 10068: folha de desenho – leiaute e dimensões padroniza as características dimensionais 
das folhas em branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. No item 3.1 
Formatos, a norma indica que se deve utilizar o original em menor formato possível para não prejudicar 
a sua reprodução e clareza. A folha pode ser utilizada na posição horizontal ou na vertical. O principal 
formato da folha recortada é o da série A (figura a seguir).
Figura 9 – Folha na posição vertical e horizontal
Por meio da forma original da série A, com sucessivos cortes, dividindo-se em duas partes iguais, 
obtêm-se os tamanhos menores da série (figura na sequência). Caso necessário, utiliza-se a folha fora 
15
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
dos padrões estabelecidos na norma, recomendando-se a escolha que corresponda ao múltiplo ou 
submúltiplo na largura ou comprimento do formato padrão.
A1 A2
A3 A4
A5
Designação Dimensões
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297
Figura 10 – Formato de folha - unidade em mm
 Lembrete
No caso de dúvidas, sempre utilize as normas antes de iniciar um desenho.
Toda folha de desenho tem margem e quadro: a margem é a linha de contorno externa da folha e o 
quadro é o limite do espaço para o desenho na folha. As margens da esquerda, direta, superior e inferior, 
bem como a espessura da linha, devem ter as dimensões constantes, conforme a tabela a seguir.
Tabela 1 – Formatos da série A - unidade em mm
Designação Dimensões
Margem Largura 
linha do 
quadro
Comprimento 
da legendaEsquerda Outras
AO 841 x 1189 25 10 1,4 175
AI 594 x 841 25 10 1,0 175
A2 420 x 594 25 7 0,7 178
A3 297 x 420 25 7 0,5 178
A4 210 x 297 25 7 0,5 178
Fonte: Montenegro, 2001.
As margens são limitadas pelo contorno externo da folha (figura na sequência).
16
Unidade I
Margem
Quadro
Limite 
do papel
Espaço 
para desenho
Figura 11 – Margem de folha
 Observação
Para cada tamanho de folha, observa-se o dimensionamento de margem 
e o uso da lapiseira, largura ou espessura da linha.
2.2 Legenda
Conforme a NBR 10582: apresentação da folha para desenho técnico, padronização, legenda ou 
carimbo sempre estará na parte inferior da margem direita da folha de desenho. Nela, deverá constar, 
no mínimo, as seguintes informações:
• título do desenho;
• nome do cliente ou empreendimento;
• nome do profissional responsável pelo projeto (autor);
• nome do profissional responsável técnico;
• indicação sequencial do projeto (número);
• escala;
• data;
• identificação de revisão;
• nome do desenhista.
17
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
A seguir, o exemplo de legenda em unidade de mm.
20 20
7
721
7
46 46
178
46
Figura 12 – Desenho de legenda ou carimbo
Os desenhos técnicos arquitetônicos são sempre organizados dentro das pranchas (folhas), 
seguindo-se uma ordem para a compreensão do projeto. O mínimo é:
• Primeira folha: texto com o conceito, partido do projeto, quadro de área e índices.
• Segunda folha: planta – situação.
• Terceira folha: localização.
• Quarta folha: edificação.
• Quinta folha: cobertura.
• Sexta folha: longitudinal e transversal.
• Sétima folha: fachadas – frontal, posterior, lateral direita e lateral esquerda.
• Oitava folha: perspectivas – interna e externa.
• Nona folha: detalhamento (quando houver).
Todas as pranchas (folhas), se possível, devem manter o mesmo tamanho, organizando os desenhos 
dentro delas de forma sequencial. O projetista deve ficar atento à distribuição do desenho na prancha 
com relação à escala do desenho e o tamanho da folha, pois o desenho não deve ficar muito próximo 
ou muito afastado da margem.
18
Unidade I
2.3 Dobramento de cópia
Na NBR 13142: desenho técnico – dobramento de cópia, todo projeto que utilizar folhas de desenho 
nos formatos A0, A1, A2 e A3, estas devem ser dobradas, seja o original ou cópias no formato A4. 
O dobramento das folhas deve seguir uma ordem para o seu arquivo. Essa ordem inicia-se da direita, 
em dobras verticais, de acordo com as medidas indicadas nas folhas de desenho (figuras na sequência).
Legenda
d
A1
841
59
4
105
185185130130210
29
7
29
7
Figura 13 – Sistema de dobra da folha A1
594
42
0
105
185969696121
29
7
12
3
Legenda
d
A2
Figura 14 – Sistema de dobra da folha A2
19
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
29
7
420
130 105 185
Legenda
A3
Figura 15 – Sistema de dobra da folha A3
 Saiba mais
Há exemplos para todos os tamanhos de folhas conforme a norma e a 
forma correta de dobradura para cada tipo. A saber:
MONTENEGRO, G. Desenho arquitetônico. 4 ed. São Paulo: Edgard 
Blucher, 2001. p. 28-29.
2.4 Escrita
A NBR 8402: execução de caracter para escrita em desenho técnico normaliza as condições para a 
escrita usada em desenhos técnicos e documentos (figura a seguir). A norma visa à padronização na 
legibilidade, uniformidade e a adequação à microfilmagem e ao processo de reprodução. A escrita pode 
ser vertical ou inclinada (ângulo 15°) para a direita em relação à vertical (tabela na sequência).
Figura 16 – Características de forma de escrita
20
Unidade I
Tabela 2 – Proporções e dimensões de símbolos gráficos
Características Relação Dimensões (mm)
Altura das letras maiúsculas h (10/10) h 2,5 3,5 5 7 10 14 20
Altura das letras minúsculas c (7/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14
Distância mínima entre caracteres (A) a (2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Distância mínima entre linhas de base b (14/10) h 3,5 5 7 10 14 20 28
Distância mínima entre palavras e (6(10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
Largura da linha d (1/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
(A) Para melhorar o efeito visual, a distância entre dois caracteres pode ser reduzida pela metade, 
como: LA, TV ou LT; neste caso, a distância corresponde à largura da linha “d”
Fonte: NBR 8402, 1994.
 Lembrete
A escolha do papel é importante para o bom desenvolvimento do 
projeto, bem como o uso do seu formato, que pode ser em paisagem ou 
retrato. A organização e a distribuição do desenho na folha mostrarão todo 
o processo do seu trabalho e o resultado final.
Nos dias de hoje, mesmo com a utilização de computadores, ainda é necessário a escrita manual do 
autor no desenvolvimento, elaboração de croquis ou em esboços do projeto com a indicação de detalhes 
ou conceito para melhor compreensão.
Devem-se utilizar as linhas auxiliares para que a letra e o número tenham um padrão de altura e 
tamanho, de preferência pequenos, para não impedir a visualização do desenho. A escrita precisa ser 
legível, e o texto ordenado para transmitir a informação correta. Para a escrita com altura de 10 mm, é 
usada a lapiseira 0,5mm e, caso ultrapasse essa medida, utilizar a lapiseira 0,7mm.
O conjunto de letras e números a seguir serve de ilustração para o desenvolvimento do traço. 
Primeiramente, deve-se praticar com as linhas auxiliares até o domínio dos movimentos básicos da 
vertical, horizontal e inclinado.
Outra maneira para adquirir habilidade da escrita manual é colocar uma folha vegetal sobre as letras 
e númerose traçar sobre elas. Repita quantas vezes forem necessárias até conseguir escrever sem a 
ajuda das linhas auxiliares, inclusive no tamanho de 0,3 mm e 0,6 mm.
21
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Exercícios
1) Preencha as linhas a seguir com letras e números na vertical.
Figura 17 
22
Unidade I
2) Preencha as linhas a seguir com letras e números com inclinação de 15°.
Figura 18 
23
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
3) Transcreva o parágrafo a seguir obedecendo às regras da norma ABNT – NBR 8402, caligrafia técnica.
“Se planejamos para um ano, plantamos arroz. Se planejamos para dez anos, plantamos árvores. 
Se planejamos para cem anos, preparamos pessoas”.
Antigo Ditado Chinês
 Saiba mais
A fim de desenvolver uma boa escrita de acordo com a norma NBR 8402, 
o aluno deve treinar de forma correta o dimensionamento e o espaçamento 
de letras e números. Para saber mais, leia:
SARAPKA, E. M. et al. Desenho arquitetônico básico. 1 ed. São Paulo: Pini, 2010.
2.5 Linhas de representação
No traçado de linhas, é fundamental desenhar com precisão e clareza para comunicar a ideia ou a 
observação no desenho. Espessura, densidade, contornos, pontos, uniformidade e extremidades definidas 
determinam a qualidade do desenho.
A NBR 8403: aplicação de linhas em desenhos – tipos de linhas – larguras das linhas fixa tipos 
e escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes 
(quadro a seguir).
Quadro 2 – Tipos de linhas e sua representação gráfica
Grafite ou nanquim Descrição Linha
0,7/0,9 mm
0,6 nanquim Linha de contorno em corte
0,5 mm
0,4 nanquim Linha contínua mais fina. Desenho em vista
0,5 mm
0,2 nanquim Linha tracejada. Linha situada além do plano do desenho
0,5 mm
0,2 nanquim Linha de traço e dois pontos. Linha de projeção
0,3 mm
0,2 nanquim
Linha de traço longo e ponto. Linha de eixo ou coordenada. 
Linha que demarca a simetria do desenho
0,3 mm
0,2 nanquim
Linha de cota. Linha contínua e utiliza para linhas de 
chamadas
0,3 mm
0,1 nanquim
Linha auxiliar. Linha contínua conhecida como linha de 
construção
0,3 mm
0,2 nanquim Linha de interrupção. Linha de corte do desenho
24
Unidade I
A linha e sua espessura é a expressão do desenho que irá representar o objeto ou o projeto. 
A qualidade da linha por meio da sua nitidez, continuidade e tonalidade são importantes para manter a 
compreensão do desenho. Com o treino, o aluno desenvolve sua habilidade e controla a intensidade do 
peso sobre o lápis ou nanquim.
Um bom desenho precisa ter um traço regular em toda a sua extensão. A escolha da espessura 
do grafite deve desempenhar a função correta para representar a textura, o volume e o contorno do 
objeto desenhado.
O conhecimento do uso da espessura e tipologia de linhas apresentará nos elementos do desenho a 
hierarquia visual, profundidade, forma e volume. O emprego da hierarquia da espessura da linha cria a 
ilusão de espaço e a percepção de profundidade no desenho (figura a seguir).
Figura 19 – Hierarquia de linhas
 Lembrete
Para uma representação clara e precisa, a escolha da largura e do tipo 
de linha é fundamental para a linguagem do desenho técnico.
25
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Exercícios
1) Preencha cada quadro com linhas contínuas, obedecendo o sentido da seta. O primeiro 
quadro da esquerda para direita, o segundo quadro da direita para esquerda, o terceiro 
quadro de baixo para cima e o quarto quadro de cima para baixo.
Figura 20
2) Preencha cada quadro com linhas tracejadas, obedecendo o sentido da seta. O primeiro 
quadro da esquerda para direita, o segundo quadro da direita para esquerda, o terceiro 
quadro de baixo para cima e o quarto quadro de cima para baixo.
Figura 21
26
Unidade I
 Saiba mais
As linhas de representação devem ser respeitadas para que o desenho 
tenha todas as informações necessárias para ser lido e compreendido por 
todos os profissionais da área. Para saber mais acerca do assunto, leia:
YEE, R. Desenho arquitetônico: um compêndio visual de tipos e métodos. 
3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. p. 32.
 Resumo
O desenho técnico é um procedimento de representação gráfica 
padronizada, elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, 
que regula um processo de trabalho com uma linguagem universal 
para os engenheiros, arquitetos, designers de interiores, empreiteiros, 
consumidores e clientes.
As principais normas da ABNT para representação do desenho técnico 
são aplicadas em todo território nacional. O procedimento para elaboração 
e execução dos desenhos técnicos é denominado e classificado em normas, 
de forma geral e específica. Seguem as principais:
NBR 8402: execução de caráter para escrita em desenho técnico. 1994. 
Indica o dimensionamento e altura e inclinação da letra e número para 
uniformidade e legibilidade na escrita.
NBR 8403: aplicação de linhas em desenhos. 1984. Normaliza o tipo, 
uso e espessura da linha no desenho.
NBR 10068: folha de desenho – leiaute e dimensões. 1987. 
Padronização e dimensões de folha, margem, legenda ou carimbo e o 
espaço para o desenho.
NBR 10582: apresentação da folha para o desenho técnico. 1988. 
Define a área para desenho, texto, legenda e sua distribuição e 
organização na folha.
NBR 13142: dobramento de cópias. 1999. Normaliza a forma de 
dobramento de todos os tamanhos de folha de desenho, para o processo 
de arquivo.
27
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
 Exercícios
Questão 1. Em um projeto de design de interiores para um escritório, você foi solicitado a escolher o 
tamanho de folha de papel mais adequada para colocar o desenho de uma planta de leiaute. A escala do 
desenho é 1:100, ou seja, um centímetro linear no desenho corresponde a um metro (100 centímetros) 
no tamanho real. O espaço onde será implantado o leiaute do escritório é retangular e mede 15 x 20 
metros, com um pé direito de 2,80 metros. Qual o menor tamanho de folha, dentro da série “A”, incluindo 
margens e carimbo, você indica para ser colocado o desenho do espaço com leiaute?
A) Tamanho A1.
B) Tamanho A4.
C) Tamanho A2.
D) Tamanho A3.
E) Tamanho A0.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a folha A1 é muito grande para o desenho, porque tem 59,4 x 84,1 cm.
B) Alternativa correta.
Justificativa: o desenho do espaço com leiaute tem 15 x 20 cm (convertido para escala 1:100), 
portanto a menor folha que cabe esse desenho é a de tamanho A4.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: a folha A2 é muito grande para o desenho, pois tem 42 x 59,4 cm.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: a folha A3 é muito grande para o desenho, já que tem 29,7 x 42 cm.
E) Alternativa incorreta.
28
Unidade I
Justificativa: a folha A0 é muito grande para o desenho, pois mede 84,1 x 118,9 cm.
Questão 2. Na planta do pavimento térreo de uma residência há uma indicação de um corte que 
mostra a parte interna da mesma. Nessa mesma indicação estão setas que indicam em qual direção, 
dentro da residência, o plano de corte está posicionado. A alternativa que contém o desenho que mostra 
corretamente o corte a que se refere a indicação na planta é
A) 
B) 
C) 
29
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
D) 
E) 
Resolução desta questão na plataforma
30
Unidade II
Unidade II
3 ESCALA, COTA E INDICAÇÃO GRÁFICA
3.1 Escala
A escala é a representação gráfica entre a dimensão do desenho e a dimensão real do objeto. A escala 
permite a correta informação do objeto representado pelo desenho. A escolha da escala é importante 
para demonstrar com clareza todos os detalhes do objeto ou projeto e definir o tamanho da folha 
(tabela a seguir).
Tabela 3 – Escalas, natural, ampliação e redução
Natural Ampliação Redução
1:1 10:1 1:10
50:1 1:50
75:1 1:75
100:1 1:100
A NBR 8196‑0 fixa as condições para o emprego de escalas e suas designações em desenhos 
técnicos. A denominação completa de uma escala deve consistir na palavra escala, seguida da 
indicação da relação:
a) escala 1:1 – escalanatural;
b) escala x:1 – escala de ampliação (x>1);
c) escala 1:x – escala de redução (x<1).
O instrumento de desenho para identificar a escala é o escalímetro, que é uma régua graduada na 
unidade de medida em metros, indicado ao lado de cada graduação. Na figura a seguir, a escala 1:100 
significa que cada 1 unidade do desenho corresponde a 100 unidades reais. Em medidas, 1 cm no 
desenho corresponde à medida real de 100 cm ou 1 metro.
31
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
1.00 m
1.00 m
1.00 m
Escala 1:100
Escala 1:50
Escala 1:20
Figura 22 – Medida de 1 metro reduzida nas escalas 1:100/1:50/1:20
As escalas mais utilizadas no design de interiores são 1:100; 1:50; 1:75 e 1:20, dependendo da 
complexidade do projeto ou objeto a ser representado. A seguir um exemplo em linha reta que representa 
a medida real de 1 m (metro) nas seguintes escalas.
Escala 1:100
Escala 1:75
Escala 1:50
Escala 1:25
Escala 1:20
Figura 23 – Escala de desenho técnico
Exercícios
1) Para iniciar os desenhos, primeiro escolha a folha A3. Conforme a norma NBR 10068, 
utilizando o escalímetro e a lapiseira correta, faça margem e legenda ou carimbo.
• Folha: A3.
• Escala: 1:100.
• Lapiseira: 0,5 mm.
• Margem da esquerda: 2,5 e margem da direita, inferior e superior: 0,7.
• Legenda ou carimbo: utilizar o exemplo desta edição.
2) Desenhe uma linha horizontal com 2 metros de comprimento nas seguintes escalas:
• Escala 1:100.
• Escala 1:75.
32
Unidade II
• Escala 1:50.
• Escala 1:20.
3) Desenhe um quadrado com dimensões de 2,0 x 2,0 nas seguintes escalas:
• Escala 1:100.
• Escala 1:75.
• Escala 1:50.
• Escala 1:20.
4) Desenhe um retângulo com dimensões de 1,0 x 2,50 na escala 1:20.
5) Desenhe um triângulo com dimensões de 1,0 x 2,0 na escala 1:50.
6) Desenhe um círculo com diâmetro de 4,0 na escala 1:75.
 Saiba mais
Todo desenho técnico possui escala de representação do objeto ou 
projeto real. Sugestão de leitura a seguir:
CHING, F. D. K.; JUROSZEK, S. P. Representação gráfica para desenho e 
projeto. Barcelona: GG, 2001.
3.2 Cota
Conforme a NBR 10126, o princípio geral de cotagem aplicado aos desenhos técnicos é uma 
representação gráfica do dimensionamento do elemento, com linhas, símbolos, nota e valor numérico. 
A representação dos limites da cota pode ter variações, como seta, ponto e ticks a 45°, mas deve‑se 
adotar um único estilo para todo desenho.
A cotagem descreve de forma clara e concisa o desenho. Ela deve ser utilizada com a mesma unidade 
para todas as cotas. Inicia‑se a cota de fora para dentro, para que as maiores dimensões fiquem mais 
distantes do desenho. Evite a duplicação de cotas e cotar o desenho de forma necessária.
É necessário evitar o cruzamento de linhas auxiliares com linhas de cotas e linhas de desenho. 
A cota pode ser indicada ao lado da linha de extensão quando for pequena. A linha auxiliar da cota não 
deve estar junto ao desenho, para não constar como continuidade deste. A cota nos desenhos de corte 
33
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
deve ser cotada somente na vertical. As linhas de cota precisam ter uma distância uniforme entre si 
(10 mm), como pode ser visto nas figuras a seguir. Os elementos gráficos para a representação da cota são:
• linha de cota;
• linha auxiliar;
• limite da linha de cota (traço oblíquo ou seta);
• valor numérico (em metros) da cota (cota).
1,0
1,0
1,01,0
1,
0
1,
0
Linha de cota Limite da linha de cotaCota Linha auxiliar
1,
0
1,
0
Figura 24 – Cotagem em objeto
2,001,003,00
Figura 25 – Cotagem de projeto
1,0 0,7
Figura 26 – Cotagem de janela e porta
34
Unidade II
A cota de nível é sempre em metros na planta baixa e no corte. A indicação do nível no corte sempre 
terá a marcação do nível em osso (N.O.) e nível acabado (N.A.). O nível em osso é o piso sem acabamento, 
no contrapiso ou concreto. Quando acabado, é o piso com a instalação do acabamento (exemplo: piso 
cerâmico, piso de madeira, piso de carpete, entre outros). Existe diferença de nível de piso, mesmo com 
acabamento no mesmo ambiente. Por exemplo, no banheiro: o piso do banheiro acabado é de + 15,00 
e dentro da área do chuveiro é de 
+ 12,00
 . Isso ocorre porque o piso da área do chuveiro é mais baixo, 
para que a água não corra em toda a extensão do piso do banheiro, mas seja direcionada para o ralo que 
existe na área do chuveiro (figura a seguir).
Figura 27 – Cota de nível – planta e corte
3.3 Indicação gráfica
O desenho técnico sempre terá indicações gráficas que são informações com representação de 
desenho e escrita, sendo que algumas são obrigatórias. Como exemplo, temos a representação do norte 
magnético em planta de um projeto arquitetônico.
N NM N
N – norte verdadeiro
NM – norte magnético
Figura 28 – Tipos de representação gráfica de norte
Também faz parte da indicação gráfica o título abaixo de cada desenho com a respectiva escala 
quando houver mais de um desenho, com escala igual ou diferente, na mesma folha (figura a seguir).
35
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Planta – Térreo
Escala 1:50
Figura 29 – Título do desenho
A seguir, temos a representação gráfica com indicação de texto (figuras na sequência).
Tinta acrílica fosca
Figura 30 – Linha de chamada – detalhe da construção
Acesso 
principal
Figura 31 – Indicação gráfica dos acessos – símbolos
Rampa 8%
Figura 32 – Indicação gráfica do sentido ascendente
Na sequência, a representação gráfica de figura humana e vegetação.
Planta
Vista frontal
Vista lateral
Figura 33 – Figura humana
36
Unidade II
Planta
Vista
Figura 34 – Figura de árvores
Hachuras são linhas e pontos utilizados no desenho, de forma sobreposta ou paralela, com direção e 
densidade, para representar uma superfície, tipo de material ou texturas (figuras a seguir).
Hachura 
paralela 
vertical
Hachura 
paralela 
horizontal
Hachura 
cruzada
Hachura 
pontilhismo
Figura 35 – Hachuras diversas
37
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Concreto em vista
Concreto em corte
Mármore / Granito em vista
Mármore / Granito em corte
Madeira em vista
Madeira em corte
Textura
Compensado de madeira em corte
Aço em corte
Pedra irregular em vista
Filete de pedra em vista
Lasca de madeira em vista
Textura
Textura
Figura 36 – Hachuras diversas
Exercícios
1) Desenhe um quadrado com dimensões de 2,5 x 2,5 na escala 1:50 e faça cotas.
2) Desenhe um retângulo com dimensões de 1,30 x 3,70 na escala 1:75 e faça cotas.
3) Desenhe um triângulo com dimensões 5,0 x 7,0 na escala 1:100 e faça cotas.
4) Desenhe um círculo com diâmetro de 1,50 na escala 1:20 e faça cotas do círculo e do raio.
5) Desenhe um quadro 1,00 x 1,00 na escala 1:25 e faça hachura paralela na vertical.
6) Desenhe um quadro 1,00 x 1,00 na escala 1:25 e faça hachura paralela na horizontal.
7) Desenhe um quadro 1,00 x 1,00 na escala 1:25 e faça hachura paralela cruzada.
8) Desenhe um quadro 1,00 x 1,00 na escala 1:25 e faça hachura pontilhismo.
9) Desenhe uma forma humana em planta e vista, sem escala.
10) Desenhe uma árvore da sua rua em planta e vista, sem escala.
38
Unidade II
 Saiba mais
Todo desenho técnico possui informações e indicações para melhor 
compreensão do projeto ou objeto. Para mais informações acerca do 
assunto, leia:
SARAPKA, E. M. et al. Desenho arquitetônico básico. 1. ed. São Paulo: 
Pini, 2010.
4 DESENHO DE EDIFICAÇÃO
4.1 Planta de edificação
A representação gráfica de uma edificação é descrita por meio do sistema ortogonal (ângulo reto), 
método bidimensional. A terminologia arquitetônica é a planta, mas a representação é desenhada 
ortogonalmente na escala 1:100 ou 1:50 em projeto residencial (YEE, 2009).
A NBR 6492 define a planta como um corte horizontal a uma altura de 1,50 metros do piso como 
referência, passando por todos os ambientes que compõem o projeto e que identificam os vãos, 
como porta, janela e elementos de estruturas como pilares ou colunas e paredes. A altura do plano 
de corte para a planta pode variar entre 1,20 e 1,80 metros a partir do piso conformea importância 
dos elementos construtivos a serem mostrados no desenho. Na edificação que possui mais de um 
pavimento é necessário desenhar a planta de cada pavimento distinto, como a planta do subsolo, do 
térreo, do pavimento tipo e de cobertura. A planta do pavimento tipo será representada apenas uma 
única vez, porque se entende que os outros pavimentos serão iguais. Outro ponto importante é a 
utilização da denominação correta no projeto, como piso e pavimento, não podendo ser empregada 
a terminologia andar. O correto será sempre planta do pavimento térreo (1º pavimento) ou planta da 
sobreloja ou também se pode utilizar a denominação do número – nos subsolos 1, 2, 3, 4 no sentido 
de quem desce.
Para melhor entendimento, segue o desenho da edificação residencial em perspectiva 
isométrica explodida e uma seção horizontal com altura de 1,50 metros. A planta é a vista 
inferior do desenho.
39
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Planta de cobertura
Perspectiva isométrica explodida
Planta
Figura 37 – Planta residencial sem escala e cotas
4.2 Planta de cobertura
A planta de cobertura é representada por um plano horizontal, bidimensional, e é a vista superior 
do telhado. A indicação gráfica e a porcentagem de inclinação devem estar presentes no desenho para 
indicar o tipo de fechamento da cobertura, que pode ser laje, telhas cerâmica, de concreto, de alumínio, 
entre outros.
O desenho da planta de cobertura é efetuado com linhas cheias e contínuas, e a linha tracejada 
indica a projeção do limite da edificação residencial (figura a seguir).
40
Unidade II
Telhado 
incl. 30%
Laje 
incl. 5%
Telhado 
incl. 30%
Figura 38 – Planta de cobertura sem escala e cotas
 Lembrete
O desenho arquitetônico técnico utiliza‑se de indicação gráfica, como 
setas, para identificar o sentido do elemento arquitetônico e o sentido da 
vista que o desenho está representando.
4.3 Cortes
Os cortes são resultados de um plano vertical, seccionando a construção de forma longitudinal e 
transversal, dividindo‑a em duas partes. O corte revela a estrutura como paredes, piso, laje e cobertura 
(em escala 1:100, pode ser representado com linha cheia, sólida, mas caso utilize escalas, como 
1:50/1:75 ou 1:20, terá que ser desenhado com linhas de contorno e acabamento para identificação 
dos diferentes materiais).
As linhas visíveis mostram os elementos construtivos, como portas, janelas e equipamentos fixos 
(sanitários, lavatórios, bancadas de cozinha, tanque, entre outros).
O posicionamento do corte na planta possui variações e quantidades que são determinadas pelo 
projetista e pela complexidade do projeto (figuras a seguir).
41
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Corte transversal
Figura 39 – Corte transversal sem escala e cotas
Corte longitudinal
Figura 40 – Corte longitudinal sem escala e cotas
4.4 Fachadas
As fachadas ou vistas externas da construção são imagens projetadas sobre um plano vertical. 
Sua representação apresenta as relações entre os elementos da edificação, como volume, escala, 
proporção e dimensionamento de portas, janelas pilares ou colunas, além de materiais de acabamento 
ou textura da construção, como madeira, pedra e tijolo.
A NBR 6492 define que as fachadas são os quatro lados da edificação, os quais são identificados 
como fachadas frontal, posterior, lateral direita e lateral esquerda (figuras a seguir).
42
Unidade II
Fachada frontal
Figura 41 – Fachada frontal sem escala
Fachada lateral esquerda
Figura 42 – Fachada lateral esquerda sem escala
4.5 Elementos construtivos e sua representação
Os elementos construtivos são todos os materiais e equipamentos existentes em uma construção. 
Paredes, telhado e elementos estruturais (porta, janela, portão, pilar, viga etc.); piso e componentes 
(escada, rampa, tipos de acabamentos); equipamentos fixos (sanitário, bidê, lavatório, ducha higiênica, 
chuveiro, bancada de cozinha, pia, tanque, lareira, armário embutido etc.); elementos que fazem parte 
da construção que não se vê (tubulação de água e esgoto, conduites, fios e cabos elétricos, dutos de 
ventilação, caixa d´água etc.).
43
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
4.5.1 Parede
A parede é o fechamento de uma edificação, geralmente em alvenaria, e sua representação na planta 
e no corte são com linhas paralelas na escala 1:50 e 1:20. Também podem ser preenchidas de cor sólida 
(preta) em escala 1:100, 1:125, por exemplo (figura a seguir).
Figura 43 – Representações gráficas de parede
Na planta, pode aparecer uma mureta com tamanho menor que 1,50 metros de altura; 
consequentemente, será representada em vista, com linha de espessura mais fina (figura na sequência).
Parede
Mureta
Linha 0,5
Linha 0,5
Linha 0,7
Figura 44 – Representação de espessura de linha para planta e vista
A parede pode ser realizada com diversos materiais de fechamento ou de acabamento (figura a seguir).
44
Unidade II
Concreto 
com borda
Tijolo 
aparente
Concreto 
ou estuque
Tábua com 
sarrafo aparente 
ou invertida
Bloco de 
concreto
Tábua 
vertical
Pedra com 
forte irregular
Placa de 
compensado
Pedra com 
forte acabado
Tábua opaca
Pedra com 
forte uniforme
Tábua 
sobreposta
Figura 45 – Tipos de representação em vista de parede
As cores cinza, vermelha e amarela são utilizadas em projetos de reforma em uma edificação, 
conforme a NBR 16280: reforma em edificações – sistema de gestão de reformas – requisitos.
As edificações cumprem funções de serviço definidas em projeto. Contudo, ao longo do tempo de 
serviço, existirão necessidades de ajustes, adequações a novas demandas e até mesmo recuperação de 
suas propriedades técnicas.
Na representação gráfica de um projeto de reforma e/ou ampliação de uma edificação, é muito 
importante diferenciar o que é existente, o que será demolido e o que será construído. A representação 
gráfica ou convenção utilizando cores para indicar no projeto de uma edificação existente que esta terá 
modificações ou ampliações de um projeto de reforma sempre será indicada no desenho arquitetônico 
técnico e com legendas da representação utilizada (figura a seguir).
a permanecer (projeção)
a construir (projeção)
a demolir (projeção)
a permanecer
a construir
a demolir
a permanecer (vista)
a construir (vista)
a demolir (vista)
a construir (laje ou mureta)
a demolir (laje ou mureta)
Figura 46 – Representação gráfica para projeto de reforma
45
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
 Saiba mais
MONTEIRO, G. A. Desenho arquitetônico. 4 ed. São Paulo. São Paulo: 
Edgard Blucher Ltda, 2001. p. 139‑140.
4.5.2 Pisos
Em uma edificação existem ambientes com funções específicas, como área social, íntima, de serviço, 
de circulação e de lazer. Os pisos seguem a função do ambiente e o estilo da decoração. Na representação 
de pisos deve ser observado o início e o término, porque é preciso ter o cuidado de iniciar um ambiente 
com o piso inteiro e os recortes sempre em área que possui equipamentos fixos para ter um bom 
acabamento. No desenho de paginação de piso é importante ter o símbolo, a seta, que indicará o início 
e o sentido do piso que será instalado. O elemento de acabamento de porta, a soleira, sempre estará na 
porta de entrada e saída da edificação. O filete, quando utilizado dentro da edificação, será na mudança 
de tipo de piso (figura a seguir).
Piso cerâmica: pode ser 
utilizado em todas as 
áreas da edificação
Piso cerâmica: instalação 
na diagonal, muito 
utilizado em ambientes 
com dimensões variadas.
Piso com tipos de materiais: 
a borda pode ser de pedra 
(granito ou mármore), madeira, 
cimento queimado e no centro 
ser cerâmica ou pedra.
Piso cerâmica: dimensão 
pequena ou pastilha, pode ser 
utilizado em ambientes pequenos 
ou específicos, como piscina, 
sauna, faixa ou em detalhes.
Piso de madeira: geralmente 
sua instalação é de macho/
fêmea, para o melhor 
travamento.
Figura 47 – Desenho de piso
46
Unidade II
 Observação
O desenho da paginação de piso deve seguir o tamanho correto do piso 
especificado e coma indicação da instalação.
4.5.3 Portas e janelas
No desenho técnico, as portas e janelas são representadas com nível de detalhamento compatível 
com a escala do desenho. A representação na escala 1:50 é na planta, com corte e vistas ou fachadas, 
e deve ter marcos e folhas (porta: batente, guarnição e folha; janela: caixilho e folhas). No desenho de 
vista é indicado o sentido de abertura da janela e da porta (figuras a seguir).
Planta — Porta de abrir
— Pivotante
— Correr com trilho
— Vai‑e‑vem
— Correr
— Sanfonada
Planta
Planta
Planta
Planta
Planta
Folha da porta
Parede Batente
Projeção da abertura
Planta — Porta de abrir Vista – Porta de correr
Vista – Porta sanfonada
Vista – Porta de abrir
Figura 48 – Desenho de porta – planta e vista sem escala
47
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Planta
Basculante
1 folha fixa / 1 folha da correr
Planta
1 folha fixa / 2 folhas da correr
Planta
Janela de abrir
Planta
Vista
basculante
Vista
1 folha fixa / 1 folha de correr
Vista
Janela de abrir 
folha externa veneziana
Vista
1folha fixa / 
2 folhas de correr
Figura 49 – Desenho de janela – planta e vista sem escala
4.5.4 Escada
As escadas são sequências de degraus que interligam dois pavimentos de uma edificação. A escada 
é definida por degraus (piso – superfície horizontal) e a diferença de altura entre os pisos (espelho – 
superfície vertical). No desenho da planta de uma escada, sempre haverá a indicação de uma seta e o 
sentido de uso (sobe ou desce).
Sobe
Sobe
Sobe
Planta 
Vista 
Figura 50 – Desenho de escada – planta e vista sem escala
48
Unidade II
4.5.5 Equipamento fixo
Os equipamentos fixos são representados na planta, corte e vista interna na escala 1:50 sem maiores 
detalhes. Caso seja necessário o desenho estar na escala 1:20, deve‑se desenhá‑lo com todos os detalhes 
que existem no objeto.
Bacia sanitária
Planta Vista Corte
Lavatório de banheiro
Planta Vista Corte
Tanque
Vista CortePlanta
Figura 51 – Desenho de equipamentos fixos – planta, vista e corte sem escala
4.5.6 Processo de desenho técnico
Para o desenho técnico, é importante seguir um método de trabalho que tenha qualidade e clareza. 
Para a apresentação de um desenho técnico arquitetônico, é necessário conhecer as normas técnicas, 
as convenções usadas e os símbolos gráficos. Todo o processo de desenho para a planta é indicado aos 
demais desenhos técnicos arquitetônicos.
O melhor procedimento para iniciar um desenho técnico de uma planta é utilizar a lapiseira 0,3 e 
começar com linhas paralelas na vertical e depois na horizontal, sempre da esquerda para direta e de 
cima para baixo na escala desejada (figura a seguir).
49
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 52 – Início de desenho técnico
Na sequência, deve‑se acrescentar a espessura das paredes internas e externas com a lapiseira 0,5 e 
identificar as portas e janelas com a lapiseira 0,3 (veja na sequência).
Figura 53 – Planta
50
Unidade II
A seguir, o próximo passo é cotar a planta, identificar o nível com símbolos conforme a norma 
técnica e utilizar a legenda para portas, janelas e um quadro com medidas.
7,40
P1
P1
P1 P1
P2
J1
J2
J3
J5
J4
9,
00
 
Legenda
P1 ‑ Porta de abrir: 0,80 x 2,10
P2 ‑ Porta de abrir: 0,70 x 2,10
J1 ‑ Janela de correr: 1,50 x 1,00 x 1,10
J2 ‑ Janela max‑ar: 1,00 x 0,60 x 1,50
J3 ‑ Janela max‑ar: 1,20 x 0,60 x 1,50
J4 ‑ Janela de correr: 2,50 x 1,00 x 1,10
J5 ‑ Janela de correr com veneziana: 1,50 x 1,00 x 1,10
Figura 54 – Planta com legenda
A escolha da escala é muito importante, porque é ela que define o grau de detalhamento. Caso a 
escolha for 1:100/1:200, é recomendada a representação da parede na cor preta sólida, para aumentar 
a legibilidade entre os elementos construtivos. Nessa planta também devem estar desenhados os 
equipamentos fixos (banheiro, cozinha e lavanderia) com a lapiseira 0,3 (figura seguinte).
51
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
+0,15
‑ 0,13
‑ 0,11
Figura 55 – Planta com nível
Na planta com desenho de leiaute (mobiliário), o principal objetivo é identificar a escala e a 
funcionalidade de cada ambiente para uma leitura exata do projeto.
Figura 56 – Planta com leiaute
52
Unidade II
 Observação
Para realizar um desenho técnico correto, é importante seguir a norma 
da ABNT 8403 que especifica a espessura correta de cada linha e traço.
Todo o processo de desenho para a planta é indicado para os demais desenhos técnicos arquitetônicos.
Exercício
1) Para iniciar um desenho arquitetônico, comece medindo e desenhando o seu dormitório.
2) Desenhe uma planta do seu dormitório na escala 1:50 com cotas.
3) Desenhe dois cortes, transversal e longitudinal, na escala 1:20 com cotas do seu dormitório.
4) Para iniciar um desenho arquitetônico, comece medindo e desenhando a sua lavanderia.
5) Desenhe uma planta da sua lavanderia na escala 1:50 com cotas.
6) Desenhe dois cortes, transversal e longitudinal, na escala 1:20 com cotas da sua lavanderia.
 Saiba mais
Para se aprofundar mais no assunto, leia as seguintes bibliografias:
SARAPKA, E. M. et al. Desenho arquitetônico básico. 1 ed. São Paulo: 
Pini, 2010.
CHING, F. D. K.; JUROSZEK, S. P. Representação gráfica para desenho e 
projeto. Barcelona: GG, 2001.
 Resumo
O escalímetro é um instrumento para desenho técnico que representa 
escalas de redução na unidade de medida em metro. As principais escalas 
são 1:100/1:75/1:50/1:25 e 1:20. As mais utilizadas no design de interiores 
são as escalas 1:50/1:75/1:20.
A cotagem segue a NBR 10126, que fixa os princípios gerais de 
cotagem em desenhos técnicos. Todos os desenhos técnicos são ilustrados 
53
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
em escala, mas é necessária a representação das dimensões reais 
utilizando‑se de linhas, símbolos e valores numéricos de uma unidade de 
medida. Geralmente, nos projetos arquitetônicos e design de interiores, a 
unidade de medida está em metros.
As indicações gráficas ou símbolos são elementos importantes que 
complementam o desenho com informações que auxiliam no entendimento 
do projeto.
O desenho técnico de uma edificação inicia‑se com a planta, que com o 
método bidimensional representa toda a configuração de dimensionamento 
e elementos construtivos existentes na construção, como paredes, portas, 
janelas e equipamentos fixos que demostram a sua forma, ambientes e 
função. O desenho de uma construção compõe‑se das plantas do pavimento 
térreo, do pavimento superior, do pavimento tipo, da cobertura, do subsolo 
e do leiaute (a palavra inglesa layout).
O desenho de corte longitudinal e transversal identifica o 
dimensionamento de largura e altura da construção, os elementos 
existentes (paredes, janelas, portas, cobertura nível de piso diferente entre 
a área externa e interna, bem como a diferença entre o nível de piso dentro 
do mesmo ambiente).
Os elementos construtivos são partes de um conjunto necessário da 
composição do desenho para comunicar e informar o uso do ambiente, 
contexto, estrutura, forma e escala, complementando o desenho técnico.
 Exercícios
Questão 1. (ENADE 2015) A perspectiva é uma representação gráfica de extrema utilidade para a 
visão espacial de qualquer objeto. É particularmente usada em folhetos de divulgação de produtos e 
em publicidade. Atualmente, o uso de sistemas de CAD 3D facilita a obtenção da perspectiva, que deve 
acompanhar os desenhos em vistas múltiplas, pois sua inclusão facilita a compreensão da peça.
SILVA, A. Desenho técnico moderno. Rio de Janeiro: LTC, 2006 (adaptado).
Nesse contexto, a perspectiva ortogonal isométrica é
A) a perspectiva que mais se aproxima do modo como se “vê” o objeto real e, em sua representação, 
utilizam‑se dois coeficientes de redução.
B) uma projeção oblíqua em que a face do objeto paralelo ao plano de projeção aparece sempre em 
verdadeira grandeza, qualquer que seja a direção das projetantes.
54
Unidade II
C) a perspectiva que apresenta a vantagem de mostrar objetos conforme ele aparece aos olhos do 
observador ea desvantagem de não informar suas dimensões em verdadeira grandeza.
D) a perspectiva que apresenta eixos que formam entre si ângulos de valor variável conforme a 
projeção e uma aresta em verdadeira grandeza que corresponde a uma das direções dos eixos.
E) uma perspectiva simplificada em que os objetos são representados em escala real, o que faz 
parecer ser o objeto, nessa perspectiva, ligeiramente maior que se fosse representado em vistas 
múltiplas.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a perspectiva que mais se aproxima do modo como se “vê” o objeto real é a perspectiva 
cônica, também chamada de projeção em perspectiva ou perspectiva com ponto de fuga.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: essa descrição corresponde à perspectiva cavaleira.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: essa descrição corresponde à perspectiva cônica.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: essa descrição corresponde à perspectiva axonométrica – dimétrica.
E) Alternativa correta.
Justificativa: essa é a descrição correta da perspectiva ortogonal isométrica. É a mais usada 
entre os profissionais.
Questão 2. (ENADE 2015) Os modelos geométricos podem ser definidos como construções teóricas 
implementadas em ambiente computacional, com as quais se visa representar a forma de objetos 
existentes ou projetados, simulando elemento ou sistema representado para uma dada finalidade.
A partir de um modelo geométrico, é possível a obtenção de modelos geométricos wireframe 
(estrutura de arame), modelos com aplicação de texturas, assim como elevações, cortes e seções, 
perspectivas ilustrativas e modelos virtuais de móveis, objetos, ambientes, edificações.
55
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura
Em relação às imagens A, B e C na figura anterior, avalie as afirmações a seguir.
I. A imagem A corresponde a uma vista lateral.
II. A imagem B corresponde a uma perspectiva cônica.
III. A imagem C corresponde a um corte transversal.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II apenas.
D) II e III apenas.
E) I, II e III.
Resolução desta questão na plataforma.
56
Unidade III
Unidade III
5 PROJEÇÃO ORTOGONAL
Para o estudante de Design que realizará projetos de ambientes, é muito importante que ele 
desenvolva a leitura, a interpretação e a habilidade de visualizar as formas, os espaços em três dimensões 
e expressar graficamente o desenho.
Inicialmente, o processo do desenho pode ser um croqui de forma tridimensional; se for bidimensional, 
serão desenhos de projeção. Para o aluno ter o domínio do desenho que representará a forma ou 
ambiente, é necessário o conhecimento de projeções, as quais permitem a compreensão dos elementos 
construídos ao seu redor. Necessita de treino para que entenda as relações de forma, proporção e escala 
do projeto. Desenvolver essa habilidade torna‑se importante ao olhar um objeto e associá‑lo com as 
vistas ortogonais e, ao mesmo tempo, ler um projeto com vista ortogonal e reconstruir mentalmente o 
objeto tridimensional.
O sistema de projeção ortogonal da geometria descritiva, base do desenho técnico, desenvolvido 
pelo matemático francês Gaspard Monge, utilizou‑se de dois planos perpendiculares, o horizontal 
(π‘) e o vertical (π‘‘). Sobrepondo as linhas vertical e horizontal, subdividiu o espaço em quatro partes 
denominadas diedros. Sempre que um objeto for colocado em qualquer diedro, será possível desenhar 
suas projeções na horizontal e na vertical, com o objetivo de visualizar o objeto num só plano (RIBEIRO; 
PERES; IZIDORO, 2011).
π"
π'LT
 
π"
π'LT
2º diedro 1º diedro
4º diedro3º diedro
Figura 57 – Projeção ortogonal e indicação de diedros
57
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
O desenho bidimensional ou planificado no diedro é denominado épura, que significa que o desenho 
no plano horizontal (π‘) coincide com a parte inferior de (π‘), mas o plano vertical do 1º e 3º diedro 
permanece igual.
 Lembrete
Os desenhos técnicos são todos bidimensionais ou planificado para 
melhor entendimento do projeto e das cotas.
π"
π'LT
1º diedro
3º diedro
Projeção no 1º diedro Projeção no 3º diedro
Figura 58 – Projeção ortogonal no 1º e 3º diedro
58
Unidade III
Para caracterizar um objeto na representação da geometria descritiva, duas projeções são o suficiente, 
mas, em desenho técnico, utilizam‑se no mínimo três projeções, e para não haver nenhuma dúvida no 
projeto, devem‑se desenhar as seis vistas ortogonais.
A NBR 10067: princípios gerais de representação em desenho técnico recomenda a representação 
por diedros à projeção ortogonal no 1º e 3º diedro. No 1º diedro, o objeto está entre o observador e 
o plano de projeção; no 3º diedro, o plano de projeção está entre o objeto e o observador. Também 
existe a NBR ISO 10209‑2, documentação técnica de produto – vocabulário. parte 2: termos relativos 
aos métodos de projeção, a qual estabelece que as vistas de um objeto estão sobre três planos, um 
horizontal, um vertical e de perfil, que definem um triedro – trirretângulo como sistema de referência, 
de modo que as posições das vistas do objeto sejam relacionadas entre si.
Na representação do 1° diedro utilizado no Brasil, observam‑se as três vistas ortográficas que estão 
dispostas de paralelismo de duas faces com os três planos do triedro. Para cada vista ortográfica, com o 
intuito de não haver erro da representação do objeto, são denominadas: VF – vista frontal, que é a vista 
principal do objeto e desenha‑se no plano vertical; VS – vista superior, a qual é desenhada no plano 
horizontal; e VLE – vista lateral esquerda, que é ilustrada no plano de perfil (figura a seguir).
Figura 59 – Projeção ortogonal no 1º diedro
59
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Para projeto ou objeto mais elaborado, recomenda‑se o uso de mais planos de projeção de referência 
(Triedro – trirretângulo), com as seguintes vistas: VP – vista posterior; VI – vista inferior; e VLD – vista 
lateral direita (figura na sequência).
Figura 60 – Projeção ortogonal no 1º diedro com as seis vistas ortogonais
O projeto realizado com as seis vistas ortogonais possibilita o entendimento de todas as partes que 
compõem o objeto, principalmente na projeção horizontal com vista superior e vista inferior, as quais 
fornecem as medidas de largura e profundidade. A projeção vertical da vista frontal e vista posterior, as 
medidas de largura e altura, a projeção de perfil com a vista lateral esquerda e vista lateral direita são as 
medidas de profundidade e altura.
A representação no 3° diedro, utilizado no Brasil e nos Estados Unidos, desenvolve o mesmo 
sistema de formação de vistas ortogonais, mas com sequência de desenho específico. A vista principal 
do objeto permanece a vista frontal (VF), desenhada no plano vertical; a vista superior (VS) é mostrada 
no plano horizontal acima; a vista inferior (VI) no plano abaixo; a vista lateral esquerda (VLE) no plano 
de perfil; e a vista posterior (VP) e a vista lateral direita (VLD) na mesma sequência do plano de perfil 
(figura a seguir).
60
Unidade III
Plano de perfil Plan
o ve
rtic
al
Plan
o h
oriz
ont
al
VLE VF
VS
Figura 61 – Projeção ortogonal no 3º diedro
A projeção das seis vistas ortogonais no 3º diedro segue o mesmo sistema de ordem de desenho do 
1º, 2º e 4º diedro (figura na sequência).
Figura 62 – Projeção ortogonal no 3º diedro com as seis vistas ortogonais
61
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
O processo do desenho de vistas ortogonais é regido pela vista principal do objeto, vista frontal (VF), 
sendo muito importante a escolha da melhor posição do objeto que identifica a vista frontal, porque 
esta comanda a posição das demais. A vista frontal (VF) mostra as principais características do objeto, 
identifica a sua forma isoladamente ou em conjunto e possibilita identificar a maior dimensão e o 
menor número de linhas invisíveis nas outras vistas.
No desenho técnico, é importante identificar as dimensões de largura, alturae profundidade para 
a escolha do tamanho da folha e sua posição de paisagem ou retrato do papel. Na representação das 
vistas ortogonais, os contornos e arestas visíveis são desenhados com linhas contínuas, e as arestas e 
contornos que não podem ser vistos, ocultos para o observador, devem ser representados com linhas 
tracejadas. Exemplo de um objeto com cotagem no 1° diedro (figura a seguir).
 Lembrete
Em todo projeto de móvel ou objeto, sua representação segue conforme 
a norma da ABNT 10067, com em seis vistas ortogonais.
Figura 63 – Objeto no 1º diedro com cotas
A NBR 10067 indica a utilização do 1º diedro para objetos simples às vistas ortogonais, as quais são 
vista frontal (VF), vista superior (VS) e vista lateral esquerda (VLE), e para objetos complexos utiliza‑se o 
1º diedro com as seis vistas ortogonais, ou seja, vista frontal (VF), vista superior (VS), vista inferior (VI), 
vista lateral esquerda (VLE), vista lateral direita (VLD) e vista posterior (VP).
Outro ponto importante antes de iniciar‑se o desenho de vistas ortogonais é analisar o objeto e 
identificar se é uma forma geométrica sólida simples ou uma forma geométrica que possui elementos 
de adição (positivo) ou subtração (negativo) (figuras na sequência).
62
Unidade III
Figura 64 – Exemplo de forma geométrica com adição
Figura 65 – Exemplo de forma geométrica com subtração
Para a melhor compreensão de um desenho de vista ortogonal, é necessário utilizar linhas auxiliares 
que manterão o alinhamento das projeções em um conjunto de coordenadas (figura a seguir).
Figura 66 – Exemplo de linhas auxiliares para o desenho de vista ortogonal
 Observação
Para o bom desenvolvimento do desenho de vista ortogonal, deve‑se 
ter o entendimento do uso dos esquadros e do escalímetro.
O desenho de vista ortogonal é muito importante no design, principalmente na elaboração de um 
objeto. Para não ter dúvida dos elementos que compõem o objeto, a indicação é o uso das seis vistas 
ortogonais, que pode ser observada no exemplo a seguir.
63
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 67 – Projeção ortogonal no 3º diedro
 Saiba mais
Para se aprofundar no assunto, leia as seguintes bibliografias:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: princípios 
gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 10209‑2: 
documentação técnica de produto – vocabulário. Parte 2: termos relativos 
aos métodos de projeção. Rio de Janeiro, 2005.
 Observação
No Brasil, utiliza‑se do 3º diedro para desenhos ortogonais de móveis 
e objetos.
64
Unidade III
Exercícios
1) Identifique as projeções ortogonais com cada objeto em perspectiva correspondente correta.
Figura 68 
Figura 69 
2) Observe as formas desenhadas em perspectiva e identifique a vista frontal (VF), vista superior 
(VS), vista lateral esquerda (VLE) e vista lateral direta (VLD).
65
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 70 
Figura 71 
Figura 72 
Figura 73 
3) Observe a forma geométrica em perspectiva e assinale a vista frontal correta.
Figura 74 
66
Unidade III
Figura 75 
4) Desenhe as vistas ortogonais (VF, VS e VLE) no 1º diedro das formas geométricas em perspectiva 
a seguir, na escala 1:20, na proporção de um quadrado de 1,00 x 1,00 x 1,00.
Figura 76 Figura 77 
Figura 78 Figura 79 
67
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 80 Figura 81 
Figura 82 Figura 83 
Figura 84 Figura 85 
68
Unidade III
5) Desenhe as seis vistas ortogonais (VF, VS, VI, VLE, VLD e VP) no 1º diedro dos objetos na 
escala 1:20.
A)
Altura: 0,50 m
Largura: 0,60 m
Profundidade: 0,50 m
Espessura da chapa: 0,12 cm
Figura 86 
B)
Altura do assento: 0,45 m
Altura do apoio das costas: 0,40 m
Largura: 0,60 m
Profundidade: 0,50 m
Espessura da chapa: 1,2 cm ou 0,12 mm
Figura 87 
 Saiba mais
Para mais informações acerca do assunto, assista ao filme:
DONALD no país da matemágica. Dir. Hamilton Luske, 1959. 27 minutos.
69
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
6 SISTEMAS DE PROJEÇÃO
Atualmente, o meio de comunicação de um projeto é tridimensional, uma representação volumétrica 
do que vemos ou imaginamos. Há vários sistemas de projeção ou técnica de representação com o 
objetivo de determinar o posicionamento de pontos, retas, direção e dimensionamento de um projeto. 
A perspectiva realizada como croqui ou rascunho é muito importante para o profissional, pois é a 
expressão genuína de uma ideia, do início da elaboração de um projeto. Ela também estará no final do 
projeto para demonstrar o resultado final para melhor compreensão do cliente. Por meio do método de 
representação perspectiva, o cliente experimenta com o processo da visualização as posições distintas 
de volume, distância, conjunto e proporção. Quando o aluno domina a técnica do desenho realizado à 
mão livre, fica muito fácil a construção do desenho em programas computacionais usados atualmente, 
uma vez que eles possibilitam a construção da perspectiva com exatidão da forma, dimensionamento e 
material de acabamento.
Os principais tipos de sistemas de projeção são a ortogonal, a oblíqua e a em perspectiva (figuras 
a seguir). A escolha do sistema de projeção dará para cada tipo de desenho uma relação de diferentes 
ângulos que incidem no plano do desenho, definindo uma linguagem que permite a sua leitura.
Figura 88 – Projeção ortogonal
Figura 89 – Projeção oblíqua
70
Unidade III
Figura 90 – Projeção em perspectiva
É importante entender e aprender os tipos de projeções para escolher de forma correta a sua 
utilização como representação gráfica. Cada sistema de desenho possui uma característica essencial 
para representar o objeto, que influenciará de forma única o observador. Todo método de projeção 
revela as exigências de comunicação que o projeto necessita mostrar.
O método de projeção ortogonal representa seu sistema em linhas paralelas umas às outras e 
perpendicular ao plano do desenho. Ele contempla as seis vistas ortogonais, as quais, relacionadas entre 
si, descrevem o objeto ou o projeto com clareza. A construção de todas as partes transfere a imagem 
tridimensional (figura a seguir).
cubo
Vista frontal Vista inferiorVista superior Vista lateral 
direita
Vista lateral 
esquerda
Vista posterior
Figura 91 – Projeção ortogonal
71
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
As perspectivas de linhas paralelas são projeções axonométricas. Esse método se apresenta com 
linhas paralelas entre si e linhas perpendiculares ao plano. Isso significa que as linhas na vertical, na 
projeção do plano e na projeção frontal não se convergem. Entende‑se que as projeções axonométricas 
estão subdivididas em três sistemas: o isométrico, o dimétrico e o trimétrico.
O sistema de projeção axonométrica – isométrica utiliza‑se de linhas paralelas com ângulos iguais 
ao plano do desenho. Esse sistema mostra todas as medidas reais nos eixos X, Y e Z, e a soma dos 
ângulos é de 120° entre si. Os eixos em Z utilizam‑se dos ângulos de 30° em relação a linha do horizonte. 
Com a perspectiva isométrica, o desenho não possibilita a visualização de todos os detalhes, mas é a 
perspectiva mais usada entre os profissionais por ser a mais fácil e simples de desenhar.
Figura 92 – Projeção axonométrica – isométrica
A projeção axonométrica – dimétrica possui dois eixos principais e ângulos diferentes em relação 
ao plano do desenho. A escolha do uso da perspectiva dimétrica possibilita uma maior visibilidade 
ao observador quando o projeto possui um dimensionamento em largura e altura de uma edificação. 
Por exemplo, numa construção com vários pavimentos, o desenho se mostra com mais detalhes porque 
proporcionar mais pontos. A perspectiva promove a visualização, mesmo com desenhos mais complexos, 
a flexibilidade da vista por cima ou por baixo, com uma qualidade espacial do projeto mais legível. 
No projeto de design de interiores, esse método é recomendado para a demonstração de todos os 
elementos existentes do ambiente, possibilita o desenhoem planta baixa e a compreensão das relações 
entre os espaços na projeção axonométrica – dimétrica (figura a seguir).
Figura 93 – Projeção axonométrica – dimétrica
72
Unidade III
A projeção axonométrica – trimétrica faz ângulos diferentes ao plano do desenho com base nos 
três eixos principais do desenho. Com a projeção trimétrica, o observador entenderá que existem várias 
vistas por diferentes pontos com a mesma altura; por isso, é necessário ter atenção, devido à quantidade 
de detalhes no desenho (figura a seguir).
Figura 94 – Projeção axonométrica – trimétrica
Outro método de perspectiva que se utiliza de linhas paralelas é a projeção oblíqua, que permite 
o sistema de elevação oblíqua ou cavaleira e planta oblíqua. O desenho da elevação oblíqua inicia 
com a face vertical como base principal da sua projeção em relação ao plano do desenho e a 
planta oblíqua segue o mesmo processo de desenho, porém como base principal a face horizontal. 
O desenho da vista frontal apresenta‑se sempre de forma plana e as linhas laterais em paralelo 
nunca se convergem (figura a seguir).
Figura 95 – Projeção oblíqua – cavaleira
O desenho realizado com projeção oblíqua constitui‑se de forma mais fácil, devido à face principal do 
objeto estar paralela ao plano do desenho e manter as dimensões reais, principalmente para representar 
objetos curvilíneos, irregulares ou complexos (figura na sequência).
73
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 96 – Processo do desenho – projeção oblíqua
Os desenhos em perspectivas terão uma distorção do objeto real quando o observador estiver em 
uma posição com ângulos diferentes ao objeto. O desenho poderá retratar o objeto de forma frontal, 
74
Unidade III
inferior, superior e dos lados, todos em ângulos, porque a linha do nível dos olhos do observador está 
sempre perpendicular à linha de plano do objeto (figura a seguir).
Figura 97 – Processo do desenho – objeto em perspectiva
A projeção em perspectiva ou perspectiva cônica utiliza‑se de linhas convergentes a um ou mais 
pontos como referência que identifiquem o lugar ou os olhos do observador em relação ao plano do 
desenho ou linha do horizonte. Esse método configura, em perspectiva com um ponto de fuga, dois 
pontos de fuga e três pontos de fuga, apresentando projeções com vários ângulos em relação ao plano 
do desenho, e todas as linhas laterais se convergem para o ponto de fuga ou o ponto do observador.
A perspectiva com um ponto de fuga tem como característica as linhas paralelas na horizontal e 
vertical ao plano do desenho. A perspectiva com um ponto de fuga com vista aérea para ambientes 
internos é muito utilizada por designers de interiores para representar ambientes com dimensões 
pequenas e melhor compreensão da planta arquitetônica. As linhas de altura geralmente terminam onde 
foi realizado o corte, por exemplo, um projeto de banheiro, lavabo, dispensa ou depósito. O observador 
terá uma vista do ambiente com todos os detalhes de baixo para cima. Também é preciso ficar atento 
com o desenho de escada, do ponto em que se está olhando, isto é, declive ou aclive. As linhas na 
horizontal, onde o observador está de frente para a escada, desaparecem em um ponto sobre uma falsa 
linha horizontal. Isso significa que se o observador estiver na parte de cima da escada, irá contemplar 
apenas a parte superior do degrau (piso), e quando estiver na parte inferior da escada, verá a parte da 
altura do degrau (frontão ou espelho). O posicionamento do ponto de fuga é muito importante para 
determinar o que deve ser visto no projeto de interiores. É indicado que o ponto de fuga fique o mais 
próximo do centro, para que todas as partes e componentes possam ser contemplados. Caso a escolha 
75
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
seja em um ponto alto, não mostrará quase nada do teto e terá uma proporção maior do piso; caso seja 
o contrário, o ponto de fuga próximo ao piso mostrará mais o que está próximo do teto, e não do piso. 
Um método simples de perspectiva de um ponto é a utilização de grade ou de um quadro, em que as 
partes são subdivididas em partes iguais e as linhas se convergem ao ponto de fuga (figuras a seguir).
Figura 98 – Perspectiva com um ponto de fuga
Figura 99 – Perspectiva com um ponto de fuga – vista inferior
76
Unidade III
Figura 100 – Perspectiva com um ponto de fuga – vista superior
Na perspectiva com dois pontos de fuga, o eixo na vertical se mantém com linhas paralelas e o 
eixo horizontal é oblíquo ao plano do desenho. O processo de desenho com dois pontos de fuga é o 
mesmo do método de um ponto de fuga, porém terá o ponto de fuga da direita e um ponto de fuga na 
esquerda. É importante observar que as linhas paralelas da construção do desenho seguem a trajetória 
de convergência para os pontos de fuga. O efeito ótico das linhas paralelas que se convergem para o 
ponto de fuga irá desaparecendo (figuras a seguir).
Figura 101 – Perspectiva com dois pontos de fuga
77
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 102 – Perspectiva com dois pontos de fuga – vista inferior
Figura 103 – Perspectiva com dois pontos de fuga – vista superior
A perspectiva com três pontos de fuga tem como principal característica que todas as linhas sejam 
oblíquas em relação ao plano do desenho. A perspectiva de três pontos possui o ponto de fuga da direita, 
o ponto de fuga da esquerda e o ponto de fuga que pode ser acima ou abaixo da linha do horizonte. 
As linhas horizontais convergem para os pontos sobre a linha do horizonte e as linhas verticais para o 
terceiro ponto acima ou abaixo da linha do horizonte. Observe uma fotografia e verá os três pontos de 
fuga. O efeito de uma fotografia possui as mesmas características de uma perspectiva de três pontos 
(figuras na sequência).
78
Unidade III
Figura 104 – Perspectiva com três pontos de fuga
Figura 105 – Perspectiva com três pontos de fuga – vista inferior
79
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 106 – Perspectiva com três pontos de fuga – vista superior
A perspectiva explodida consiste em desenhar e mostrar todas as partes que compõem o objeto. 
Demonstra toda sequência de elementos que caracteriza o conjunto, a forma e o projeto (figura a seguir).
Figura 107 – Perspectiva explodida
80
Unidade III
A perspectiva é uma imagem construída com linhas horizontais, verticais e diagonais com um 
referencial, a linha do horizonte (LH), que define o ponto de vista do observador. Todos os planos 
consistem em linhas horizontais (X) que projetam pontos de fuga; os planos verticais são linhas 
perpendiculares (Y), que contribuem para a convergência da figura; e a linha diagonal (Z) a forma, 
o volume e a profundidade. A perspectiva realizada em um plano de grade demonstra uma direção e 
comprimento verdadeiro em uma escala do plano do desenho (figura a seguir).
Figura 108 – Plano com linhas L; H; X; Y e Z
O processo de desenho que utiliza como base a estrutura de grade é muito usado para estudos 
de desenvolvimento de ambientes de interiores. Esse método facilita a posição exata dos itens, como 
móveis, tapetes, quadros e elementos decorativos sobre um plano quadriculado. Também permite 
que o projetista inicie um projeto com perspectiva através das medidas reais do ambiente (largura, 
profundidade e altura).
O objetivo é dividir uma linha em partes iguais ou desiguais em perspectiva com base em um ponto 
(Ponto de Vista) na linha do horizonte. Observe que toda linha paralela que inicia no ponto sobre a linha 
do horizonte é traçada com dimensão, estabelecida nas linhas X (linha da terra) e Y (altura), as quais 
proporcionam medidas variáveis nas linhas verticais e horizontais, e na profundidade da perspectiva 
sobre o plano do desenho (figura a seguir).
81
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 109 – Plano com linhas X, Y, LH e dimensão na linha Z
Sempre na linha do horizonte será indicado o ponto de vista (PV). A medida de profundidade é 
apresentada baseando‑se na observação do objeto. Significa que, conforme a aproximação

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