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DANILO FERREIRA DE ALMEIDA - CIBERCRIMES E ESTELIONATO VIRTUAL TCC - Concluido (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE 
 
 
 
 
 
 
 
DANILO FERREIRA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIBERCRIMINALIDADE: ESTELIONATO VIRTUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021
2 
 
 
 
 
 
DANILO FERREIRA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
CIBERCRIMINALIDADE ESTELIONATO VIRTUAL 
 
 
 
 
 
 
 
MONOGRAFIA apresentada ao núcleo de 
trabalho da Faculdade como exigência 
parcial para a conclusão do curso de 
bacharelado em Direito. 
 
Orientador Professor Doutor: Luciano V. 
Schiappacassa. 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2021 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D1 Danilo, 
Ferreira de Almeida / Danilo - São Paulo, 2021. 40 fls. 
Orientador(a): Luciano v. schiappacassa 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) () – Centro Universitário 
Carlos Drummond de Andrade, São Paulo, 2021. 
1. CIBERCRIMINALIDADE 2. ESTELIONATO 
VIRTUAL 
CDD 
4 
 
 
 
 
DANILO FERREIRA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
CIBERCRIMINALIDADE ESTELIONATO VIRTUAL 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao curso de Direito do centro 
universitário Carlos Drummond de 
Andrade como porte dos requisitos para 
aprovação 
 
 
Aprovado em____________ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
________________________________________ 
 
________________________________________ 
 
________________________________________ 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2021 
5 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Agradeço a Deus pela graça em minha vida, pelo amor supremo que tem 
comigo, que tem sido meu refúgio em cada detalhe. 
Agradeço à minha mãe e vó, que sem medir esforços, tem me dado às 
condições necessárias de nunca desistir dos meus objetivos. 
Agradeço a minha irmã, que mesmo indiretamente, contribuiu na realização 
deste. 
Muito obrigado a minha namorada, que compartilhou comigo esse momento, 
pelas palavras de incentivo, apoio e ainda mais, pelos momentos de alegria 
que me proporciona. 
Agradeço os meus amigos, que torcem pelo meu sucesso e que me 
acompanharam nessa trajetória, na qual não é necessário citá-los, pois sabem 
de quais estou falando. 
Sou grato ao meu orientador, pelo suporte e pelas opiniões e disposição na 
correção do trabalho, e ainda mais por estimular minha capacidade de escrita. 
Agradeço a esta Instituição, ao corpo docente por cada conhecimento 
repassado. Aos representantes das escolas participantes envolvidas, pelo 
espaço e oportunidade da realização deste trabalho. 
Enfim, tenho muito que agradecer a cada um de vocês, que Deus abençoe a 
todos pela contribuição na minha carreira. Um forte abraço e muito obrigado! 
 
 
 
6 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Com a evolução e a consequente necessidade de comunicação surgiu a internet 
esse meio de comunicação veio em meio a guerra fria entre o estados unidos e a 
união soviética, ao passar do tempo notasse que esse instrumento de comunicação 
poderia ser utilizado e aperfeiçoado , porém com os avanços tecnológicos também 
surgiram os crimes virtuais ,no chamado cyberespaço , neste trabalho será 
apresentando um pouco deste problema mundial, que é a criminalidade no ambiente 
virtual, a globalização acelerada que colabora aos avanços de pesquisas e 
desenvolvimento de tecnologias eficiente e revolucionarias , como a internet, 
entretanto, neste espaço existem algum usuários que utilizam essa ferramenta para 
cometer seus crimes, como por exemplo o crime que será tratado neste trabalho que 
é o estelionato virtual ,além do crime tipificado como tema deste trabalho será 
abordado outro tipos de crime que são cometidos dentro do espaço cibernético 
crimes em geral, além de demonstrar o que foi feito através de leis para tentar coibir 
esses delitos e punir os infratores a margem da lei. 
 
Palavras-chave: Globalização. Cyberespaço. Crimes em geral. Estelionato virtual. 
Regulamentação Internet. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
With the evolution and the consequent need for communication, the internet 
emerged. This means of communication came in the midst of the cold war between 
the united states and the soviet union, over time it was noted that this instrument of 
communication could be used and improved, but with the Technological advances 
also emerged in virtual crimes, in the so-called cyberspace, this work will present a 
little of this global problem, which is crime in the virtual environment, accelerated 
globalization that contributes to advances in research and development of efficient 
and revolutionary technologies, such as the internet , however, in this space there 
are some users who use this tool to commit their crimes, such as the crime that will 
be dealt with in this work, which is virtual embezzlement, in addition to the crime 
typified as the theme of this work, other types of crime that are committed will be 
addressed within cyberspace crimes in general, in addition to demonstrating what 
was done through laws to try to curb these offenses and punish offenders outside the 
law. 
 
Keywords: Globalization, Cyberspace, Crimes in general, Virtual embezzlement, 
Regulation, Internet. 
 
 
8 
 
 
 
 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 9 
2 PANORAMA HISTÓRICO E CONCEITUAL .....................................................................................10 
2.1 INTERNET ..................................................................................................................................10 
3 DOS CRIMES CIBERNÉTICOS .......................................................................................................14 
4 CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES CIBERNETICOS ..............................................................................17 
5 AS PRINCIPAIS CONDUTAS CRIMINOSAS ATRAVÉS DO CYBERESPAÇO .......................................18 
5.1 DOS CRIMES CONTRA A HONRA .....................................................................................................18 
5.2 DO CRIME DE PORNOGRAFIA INFANTIL E PEDOFILIA ............................................................................19 
5.3 DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL ...........................................................................21 
5.4 DO CRIME DE INVASÃO DE PRIVACIDADE E ESPIONAGEM ELETRÔNICA ....................................................23 
6 CONCEITO DE ESTELIONATO ......................................................................................................26 
6.1 CONCEITO DO CRIME DE ESTELIONATO VIRTUAL ................................................................................26 
7 DO CRIME DE ESTELIONATO VIRTUAL ........................................................................................31 
8 DO CRIME DE ESTELIONATO VIRTUAL NO ORDENAMENTO JURIDICO BRASILEIRO .....................34 
9 CONCIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................38 
10 REFERÊNCIAS .........................................................................................................................39 
 
 
9 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Se tratando do início da internet podemos perceber que foi devido a guerra 
fria entre a Ex – União soviética e os Estados Unidos, havia a necessidade da 
transmissão de dados e compartilhamento de informações entre pontos com uma 
grande distância de um para o outro ao final da guerra, a internet ficou sendo 
utilizada por universidades tornando-se popular, com o decorrer do tempo a internet 
foi tomando popularidade e se torando um meio de comunicação fundamental para o 
mundo. 
A partir deste momento começou a notar as utilidades que poderia trazer com 
o uso dessa tecnologia, a internet passa ter mais ferramentas de acesso além da 
comunicação, os meios eletrônicos passam ter maior utilidadeno dia a dia. 
Porém, será visto que junto com o crescimento da internet veio os crimes 
cibernéticos, os problemas gerados por diversos tipos de delitos cometidos no 
âmbito digital, destacando se o crime com maior número de vítimas, que é o 
estelionato virtual, este trabalho busca demostra alguns pontos sobre este assunto, 
demonstrando o conceito de estelionato as leis que foram criadas para tentar coibir 
estas práticas delitosas no ciberespaço, e os problemas enfrentados pela legislação 
em acompanhar o acelerado processo de transformação da sociedade. 
10 
 
 
 
 
2 PANORAMA HISTÓRICO E CONCEITUAL 
 
Com os avanços das pesquisas tecnológicas trouxe o desenvolvimento e 
melhoria da internet, ao passar do tempo denominada de “Era da informação” “com 
esse marco da revolução” tecnológica transformou a internet em um meio de 
comunicação mais popular e instável, influenciando diretamente nas relações 
economias sócias e políticas, porém notasse que todo o avanço traz algumas 
desvantagens não poderiam ser diferente na esfera digital, acarretando inúmeros 
crimes conhecidos como crimes cibernéticos. 
Segundo a pesquisa do Âmbito jurídico (2021) 
 
Os avanços do fenômeno da globalização trouxeram consigo a internet, 
desenvolvida e otimizada nas últimas décadas. Um sistema com o poder de 
interligar computadores, celulares e, consequentemente, pessoas, 
fortalecendo e facilitando a comunicação. A então denominada ‘’Era da 
Informação’’ elevou a internet ao patamar de meio de comunicação mais 
popular e efetivo de todos os tempos, tendo em vista sua influência massiva 
nas relações sociais, econômicas e políticas. Entretanto, todo avanço traz 
em seu bojo algumas desvantagens, não sendo diferente com a internet: a 
rapidez nos meios de comunicação possibilitou a ocorrência dos chamados 
crimes cibernética. 
 
2.1 Internet 
 
Percebe que a internet teve sua origem durante a guerra fria juntamente com 
o surgimento da NASA em torno dos anos 60, segundo a pesquisa no site Copel 
(2021) teve como seu principal objetivo ser um meio de comunicação rápido e 
seguro, e que suportasse ataques a bombardeio nuclear e que conseguisse atingir 
grandes distancias, 
A internet surgiu lá na época da Guerra Fria (1947 – 1991). Foi desenvolvida 
pelos norte-americanos com o intuito de se comunicarem com seu exército durante a 
guerra caso os meios de comunicação tradicionais da época fossem destruídos em 
ataque (Copel. 2021). 
Pesquisas do departamento de Telecomunicações dos Estados Unidos 
apontavam que este meio de comunicação foi eficaz em suportar todos os tipos de 
ataques após certo período. 
 
11 
 
 
 
 
O departamento de defesa dos EUA apoiou uma pesquisa sobre 
comunicações e redes que poderiam sobreviver a uma destruição parcial, 
em caso de guerra nuclear. A intenção era difundi-la de tal forma que, se os 
EUA viessem a sofrer bombardeiros, tal rede permaneceria ativa, pois não 
existiria um central sistema e as informações poderiam trafegar por 
caminhos alternativos até chegar o destinatário. Assim, em 1962, a ARPA 
encarregou a Randcorporatino (um conselho formado em 1948) de tal 
mister, que foi apresentar seu primeiro plano em 1967. Em 1969, a rede da 
comunicação militares foi batizada de ARPANET (rede da agencia de 
projetos avançados de pesquisa). No fim de 1972, Ray Tomlinson inventa o 
correio eletrônico, até hoje a aplicação mais utilizada na NET. Em 1973, a 
Inglaterra e a Noruega foram ligadas à rede, tornando-se, com isso, um 
fenômeno mundial. Foi quando no mesmo ano veio a público a 
especificação do protocolo para transferência de arquivos, o FTP, outra 
aplicação fundamental na internet. Portanto, nesse ano, quem tivesse ligado 
a ARPANET já podia se logar. Como terminal em um servidor remoto, 
copiar arquivos e trocar mensagens. Devido ao rápido crescimento da 
ARPANET, Vinton Cerf e Bob Kahn propuseram o (Transmisson Control 
Protocol/internet Protocol– TCO/IP), um novo sistema que utilizava uma 
arquitetura de comunicação em camadas, com protocolos distintos, 
cuidando de tarefas distintas. Ao TCP cabia quebrar mensagens. Ao IP 
cabia descobrir o caminho adequado entre o remetente e o destinatário e 
enviar os pacotes. (Âmbito jurídico 2021) 
 
Tempos depois, do surgimento da internet foi colocada à disposição de 
empresas, ainda que a ARPANET financiasse todo o projeto, o que ocorreu até o 
surgimento do World Wide Web o famoso (www), em 1989, segundo o (Tecmundo 
2021) na cidade de Genebra. A partir desse marco, Tim Berbers-Lee foi o 
responsável por elevar a internet oficialmente como uma ferramenta mundial apta a 
interligar nações e minimizar as distâncias geográficas. 
Ao decorrer dos últimos tempos a o crescimento da internet se destacou pela 
discada em banda larga se difundiu e maneira expressiva, aumentando e otimizando 
a velocidade de navegação, possibilitando aos usuários a execução de mais ações 
em um período de tempo bem menor. 
Segundo a Copel. 2021 no começo o uso da internet era através de cabos de 
cobre o que deixa trazia instabilidade na conexão, além de certos serviços não 
serem capaz de ser utilizado ainda. 
 
Antigamente, o meio mais utilizado para fornecer internet era o cabo de 
cobre. Porém, esse recurso não oferece para o sinal de internet a proteção 
necessária contra as interferências de outras redes. Isso faz com que a 
conexão de internet sofra bastantes oscilações de sinal e velocidade de 
conexão. (Copel. 2021) 
De lá pra cá, com o avanço da tecnologia, as empresas que fornecem 
internet descobriram um novo meio para oferecer seus serviços, a fibra 
óptica. Esse recurso é composto por um material dielétrico, ou seja, imune a 
ondas eletromagnéticas de outras redes que podem causar interferências 
12 
 
 
 
 
no seu sinal de internet. Dessa forma, a fibra óptica oferece estabilidade e 
mais qualidade de conexão e velocidade para a sua internet. (Copel .2021) 
 
A denominação de internet nada mais é que uma rede de computadores, 
ligadas por redes menores, portanto, comunica-se entre si, assim através de um 
endereço IP, onde variadas informações é trocada, é quando surge o problema, 
existe uma quantidade enorme de informações pessoais disponíveis na rede, 
ficando a mercê de milhares de pessoas que possuem acesso à internet, e quando 
não é disponibilizada pelo próprio usuário, são procuradas por outros usuários que 
busquem na rede o cometimento de crimes, os denominado Crimes Cibernéticos. 
Nos tempos de hoje a navegação na internet pode ser compreendida como o 
mais abrangente sistema de comunicação global, em vista das infinidades de 
recursos que oferece a fim de descomplicar a vida de seus usuários. No 
ciberespaço, é possível realizar buscas sobre os mais variados tipos de assuntos, 
entretenimento, estudo, além de facilitar e aperfeiçoar o tempo das relações 
comerciais. O problema se dá quando usuário mal intencionado a utilizam de 
maneira ardia, configurando a prática dos chamados crimes cibernéticos. 
Nesse sentido, Rossini. (2004 p.78) ensina: 
 
O conceito de ‘delito informático’ poderia ser talhado como aquela conduta 
típica e ilícita, constitutiva de crime ou contravenção, dolosa ou culposa, 
comissiva ou omissiva, praticada por pessoa física ou jurídica, com o uso da 
informática, em ambiente de rede ou fora dele, e que ofenda, direta ou 
indiretamente, a segurança informática, que tem por elementos a 
integridade, a disponibilidade e a confidencialidade. 
Com os cybercrimes, verifica-se a existência de dois sujeitos: o hacker e 
o cracker. Comumente, o vocábulo hacker está relacionado a crimes 
virtuais, mas os verdadeiros criminosos são os crackers. A distinção entre 
essas duas figuras reside na maneira como fazem uso do know-
how tecnológico. Enquanto os primeiros são programadores detentores de 
grande conhecimento sobre tecnologia e internet desprovidos de intenções 
criminosas, os crackers, de acordo com Cassanti[7] “…derivado verbo em 
inglês “to crack”, que significa quebrar. Entre as ações, estão a prática de 
quebra de sistemas de segurança, códigos de criptografia e senhas de 
acesso a redes, de forma ilegal e com a intenção de invadir e sabotar para 
fins criminosos”. 
O surgimento da internet levou a humanidade a se sentir confortável diante 
da possibilidade de se comunicar sem fronteiras, e, nos dias de hoje, se 
encontra ligada às necessidades básicas de empresas, casas, escolas. 
(Rossini 2004. P.78) 
 
Percebesse, a Internet revolucionou os meios de comunicação e se tornou um 
dos principais para ser usado em grandes distâncias, e servindo como meio de 
13 
 
 
 
 
trabalho pesquisa informação, entretenimento e dentre outras inúmeras utilidades 
que se possa ser usada neste meio de navegação. 
Em vista doque que era a internet ao que se existe nos tempos de hoje 
notasse um grande avanço de informatização os meios de acesso se tornaram mais 
fácil e rápido a tecnologia utilizada nessa era denominada de fibra óptica tornou a 
velocidade de transferência de dados e recebimento primordial para o 
aprimoramento e desenvolvimento de meios para o uso virtual. 
Como destaca o autor a Internet se tornou um meio básico de comunicação, 
faz parte do cotidiano de grande parte da população Brasileira, é comum muitas 
pessoas se utilizar como meio de comunicação por exemplo aplicativos de envio e 
recebimento de mensagens, o uso destes meios já estão enraizados no cotidiano 
que quando existe uma queda de sistema muitos se desesperam, como aconteceu a 
pouco tempo com a queda do sistema do aplicativo WhatsApp em que milhares de 
usuários passaram o dia sem comunicação virtual como mostra a matéria . 
 
A instabilidade ocorrida no WhatsApp, Instagram e Facebook, registrada 
pelos usuários no início da tarde desta segunda-feira (4), gerou uma série 
de prejuízos para donos de lojas virtuais que usam as plataformas para 
comercialização de produtos no Ceará. 
Entre os principais problemas relatados pelos empreendedores ouvidos 
pelo g1 estão impossibilidade no acesso às páginas das lojas, falhas no 
envio de mensagens e no carregamento de postagens (G1.2021) 
 
Portanto, além dos prejuízos aqui destacados em um dia sem acesso a 
plataforma digital citada como exemplo ainda existe o medo de diversos usuários 
inclusive da própria empresa dona do aplicativo, de vazamentos de toda grande 
parte dos usuários utilizam este, meio de comunicação para trabalho, algumas 
pessoas correm o risco que se alguma informação seja divulgada pode causa um 
dano incalculável, que pode ser causado por um ataque de hacker em posse desses 
dados os criminosos podem vir a negociar com as próprias vítimas ou até mesmo 
vende-los para concorrentes 
 
14 
 
 
 
 
3 DOS CRIMES CIBERNÉTICOS 
 
Percebe-se, que com o surgimento da internet houve a criação de novos 
crimes, os crimes virtuais, a internet é uma janela para o mundo e ao mesmo tempo 
se torna uma porta para estranhos adentrarem a vida intima dos usuários segundo 
SPINIELI (2018), as pessoas perderam parcialmente a sua privacidade com o uso 
desta tecnologia. 
Com o advento da rede mundial de computadores a pessoa humana perdeu 
parcialmente sua privacidade, ficando sujeita a riscos decorrentes da exposição 
excessiva, ou até mesmo de danos a sua moral, embora seja inegável os pontos 
benéficos, como a integração cibernética, o armazenamento e coordenação de 
dados e a facilitação de atividades e processos. Ocorre que, a internet tem 
contribuído consideravelmente para o aumento do que se chama de delitos 
informáticos, visto que serve de instrumento para a pratica delitiva (SPINIELI, 2018). 
Com essa popularização da internet, o ser humano, como bem destacado 
pelo autor, perdeu parcialmente sua privacidade, e mesmo que tenha trago consigo 
uma série de benefícios, como a integração de pessoas, o armazenamento e 
coordenação de dados e a facilitação das atividades diárias, ela tem contribuído 
consideravelmente com o aumento de número de crimes, servindo como um 
verdadeiro instrumento da prática delitiva. 
A exposição dos usuários em meio a este mundo digital tem atraído muitos 
criminosos para a pratica de delitos se utilizando desta ferramenta, se por um lado a 
tecnologia dá aos usuários ampla liberdade e máxima igualdade individual, por outro 
lado ela lhes retira a habilidade de distinguir as pessoas com as quais se 
relacionavam virtualmente, além de lhes restringir a capacidade de diferenciar a 
sensação de segurança da ideia de segurança como realidade. 
O Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos, da Procuradoria da República 
no Estado de São Paulo (BRASIL, 2006), acrescenta que muitas coisas podem ser 
feitas com o auxílio da Internet, é possível pagar contas, trocar mensagens, 
participar de conversas em salas de bate-papo, fazer downloads de arquivos, 
comprar produtos, solicitar a realização de serviços, acessar informações de 
interesse. Mas todas essas atividades oferecem riscos ao usuário, pois em algum 
15 
 
 
 
 
momento podem se deparar com alguém mal-intencionado que se aproveita da 
velocidade e da escala em que a troca de informações ocorre para cometer crimes. 
Destacasse que se a internet promove facilidade praticidade em inúmeras 
tarefas do dia a dia, ela pode também trazer sérios problemas para quem a usa sem 
o devido cuidado. 
Complementa Maues et. al (2018) que a internet trouxe para o mundo 
inúmeros benéficos em todos os aspectos político econômico social e cultural, 
porém venho no mesmo pacote diversos crimes como por exemplo, a proliferação 
dos chamados crimes cibernéticos, tais como, a pornografia infantil, práticas de 
racismo, fraudes em contratos eletrônicos, crimes contra a honra, furtos, dentre 
outros crimes virtuais. Ratificam os autores que a internet tem sido o instrumento 
utilizado para a prática e proliferação dos chamados crimes cibernético, ou cibe 
crimes. 
Em uma busca na doutrina não é possível identificar uma nomenclatura 
correta acerca dos crimes praticado no âmbito cibernético, contudo, mesmo não 
havendo tal classificação nominal é unanime o entendimento doutrinário que os 
crimes relacionados ao meio virtual são praticados por meio de computadores, 
celulares, eletrônicos de informática e a utilização de uma rede de transmissão de 
dados, para pratica do delito. 
 
Não há na doutrina uma nomenclatura sedimentada acerca dos crimes 
cometidos na internet, contudo, independentemente do nome utilizado, há 
uma caracterização única, posto que para esses crimes será observado o 
uso de dispositivos informáticos, a utilização de rede de transmissão de 
dados para delinquir, e o bem jurídico lesado deverá ser uma conduta típica, 
antijurídica e culpável (SILVA, 2015). 
 
Embora não exista uma corrente determinante a respeito desta nomenclatura 
dos crimes praticados na internet, porém é unanime o entendimento de que os 
infratores se utilizam de meios dos meios tecnológicos para a pratica delituosa. 
Pensando na esfera de crimes tratasse por crime qualquer ato praticado que 
vai contra as normas e os bons costumes, em se tratando de crimes virtuais a 
simples pratica de invasão de um dispositivo eletrônico ou de dados de outrem sem 
o seu consentimento já se trata como uma infração penal, para Rossini (2004) trata 
se de crime qualquer ação ou omissão pratica por pessoa física ou jurídica, com a 
utilização dos meios de informática, em ambiente conectado à rede ou fora dela e 
16 
 
 
 
 
que ofenda direta ou indiretamente, a segurança da informática, que tem os 
seguintes elementos: integridade, disponibilidade e confidencialidade. 
É Imprescindível em razão deste crescimento desenfreado da tecnologia e 
nos sistemas de armazenamento de dados, grande parte dos usuários atuais a 
utilização dos meios de armazenamento digitais as chamadas “nuvens” para o 
arquivamento de dados pessoais e profissionais de extremaimportância em 
decorrência destes acentuado aumento da violação de dados foi necessário a 
criação de uma leia para garantir normas de uso e proteção de dados a conhecida 
lei LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que trouxe normas e parâmetros para a 
utilização compartilhamento e arquivamento de dados pessoais. 
 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos 
meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público 
ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade 
e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa 
natural. 
Parágrafo único. As normas gerais contidas nesta Lei são de interesse 
nacional e devem ser observadas pela União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. (Brasil.2018) 
 
Porém notasse a falta de uma punição com maior vigor dos invasores e dos 
que praticam os demais delitos, que ocorrem no espaço cibernético, para que 
garanta os direitos fundamentais que prevê a Constituição Federal. 
 
5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação. 
 
Diante disso, é necessário que o ordenamento jurídico acompanhe a 
sociedade por isso houve a criação da lei LGPD e também a criação da lei de 2014 
a lei 12.965 que trata do marco Civil da Internet. 
Essa segunda lei trata-se de ser uma lei principiológica, ou seja, tem como 
principal função estabelecer os princípios, garantias, direitos e deveres para o uso 
da Internet no Brasil. 
 
17 
 
 
 
 
4 CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES CIBERNETICOS 
 
Em estudos ao tema notasse que os crimes cibernéticos existem inúmeras 
classificações, porém, existem duas classificações destacadas pela doutrina, uma 
faz referência a crimes cibernéticos puros, mistos e comuns, e a outra classifica as 
infrações em próprios e impróprios (MATSUYAMA e LIMA, 2016). 
Entendendo um pouco cada uma a primeira classificação os crimes 
cibernéticos podem ser puros ou mistos, ou seja, puro quando o objeto do infrator é 
invadir o sistema ou o computador da vítima ou a sua rede objetivo direto de ataque 
ao sistema e aos dados, exemplo uma invasão ao banco de dados de uma 
determinada empresa. 
 
O crime cibernético misto, por seu turno, se consolida pela ação criminosa 
essencialmente condicionada ao uso da Internet para atingir o intento 
delituoso. O agente não dirige sua conduta ao sistema computacional nem a 
seus componentes, mas a tecnologia é a ferramenta para atingir seu 
intento. Cita-se como exemplo, a retirada de valores monetários em contas 
bancárias via home banking. Os comuns são aqueles em que a internet é 
apenas o instrumento para a consumação de crimes já tipificados no Código 
Penal, como os crimes contra a honra praticados na internet (MATSUYAMA 
e LIMA, 2016). 
 
Na segunda classificação os crimes cibernéticos podem se determinar como 
próprios ou impróprios, os próprios são reconhecidos pela sua autonomia, e 
distinção das condutas já consolidadas no Código Penal, daí a dificuldade ou 
impossibilidade na criminalização de tais ações. 
Os impróprios são aqueles em que é possível a aplicação da norma penal às 
condutas, pois o agente se vale de recursos informáticos como instrumento para a 
consumação de crimes já previstos no Código Penal (Matsuyama E Lima, 2016). 
Podemos entender que os crimes próprios são difíceis de aplicar as 
penalidades legislativas, pois não existe na legislação de maneira clara a 
punibilidade do delito, visto que, em alguns casos não se tem a presença do agente 
física causando o delito de fato. 
Para Ramalho Terceiro (2006): 
 
Os crimes praticados neste ambiente se consumam pela ausência física do 
agente ativo, por isso ficaram claramente definidos como sendo crimes 
virtuais, ou seja, os delitos praticados por meio da internet são denominados 
de crimes virtuais, por motivo da ausência física de seus autores. 
 
18 
 
 
 
 
5 AS PRINCIPAIS CONDUTAS CRIMINOSAS ATRAVÉS DO 
CYBERESPAÇO 
 
Em vista aos crimes praticados no meio virtual podemos perceber que não é 
só o crime de estelionato existem outros delitos que prejudica as vítimas não só 
apenas na parte financeira, mas também existem crimes que atinge a honra a 
moralidade em alguns casos trazem danos psicológicos irreversíveis, A seguir, far-
se-á uma explanação acerca dos principais tipos de crimes. 
 
5.1 Dos Crimes Contra a Honra 
 
Ao analisar o conceito de honra em uma breve visão percebe que honra é a 
visão que a sociedade tem a cerca de um indivíduo, ou seja, a honra pode classificar 
com a identidade de uma pessoa, a sua dignidade seus princípios, em visão ao meio 
virtual a pratica de discriminação ou ofensas a certo indivíduo sem provas podem 
ser caracterizados com ofensa a sua honra. 
 
A honra, compreendida a partir de uma ótica objetiva, constitui a imagem 
pela qual o indivíduo é visto perante uma sociedade. Em âmbito subjetivo, 
pode ser entendida como o sentimento que a pessoa possui, refletido em 
sua dignidade. De forma geral, a honra compõe-se de atributos morais, 
físicos e intelectivos, determinando se um indivíduo será respeitado ou não 
dentro da sociedade. (Âmbito jurídico) 
 
De acordo com o Código Penal os crimes contra honra estão elencados nos 
artigos 138, 139 e 140, e podem ser aplicados em crime virtual quanto ao crime 
ocorrido em situação do cotidiano. 
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como 
crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. § 1º - Na 
mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou 
divulga. 
Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - 
detenção, de um a seis meses, ou multa. (Brasil.1940) 
 
Em luz ao artigo 139 do disposto legal se ocorrer de difamar alguém 
ofendendo diretamente a sua reputação esta delito trata diretamente de ofensa 
contra a honra do indivíduo, ocorrendo por este fato a difamação da imagem da 
vítima no meio cibernético por um terceiro, isso pode gerar responsabilidade a todos 
19 
 
 
 
 
que compartilhar a mesma informação falsa, em certos casos a ofensa não 
necessariamente necessita ser falsa basta apenas ter o efeito de denegrir a imagem 
da vítima perante a sociedade ,e então a consumação se obtém a partir do 
momento em que o primeiro acesso as informações públicas é visualizada . 
O artigo 138 do Código Penal referisse ao imputa mento de falso fato 
determinado como um crime trata-se de calunia direta contra a honra de alguém. 
Já o artigo 140 trata da exposição por um terceiro de uma característica 
negativa de um passivo, essa exposição está relacionada em qualquer condição em 
que a vítima se encontra algo que interfira diretamente a sua honra. 
 
5.2 Do Crime de Pornografia Infantil e Pedofilia 
 
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) A pedofilia é tratada como 
um problema público uma doença, a pedofilia é uma perversão sexual que o 
indivíduo começa a apresentar a partir da puberdade, o que ocorre é atração por 
crianças, pode se ocorrer também antes ou depois da puberdade. 
 A pedofilia, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é uma 
doença; um transtorno psicológico onde o indivíduo possui atração sexual 
por crianças e adolescentes pré-púberes (até 13 anos). 
Questão que surge quando tratamos desse tema é: se pedofilia não é crime, 
como punir os pedófilos? Pedófilo é o sujeito (homem ou mulher) que 
padece de pedofilia – doença. 
Há de se ficar bem claro que ninguémpode ser punido criminalmente por 
ter alguma doença, porém, quando o pedófilo (quem tem pedofilia) 
exterioriza a sua patologia e sua conduta se amolda em alguma tipicidade 
penal, estará caracterizado o crime (da tipicidade incorrida e não de 
pedofilia). 
Não existe cura para a pedofilia e, por este motivo, o tratamento deve ser 
constante para que ela seja e se mantenha controlada. Deve-se ficar muito 
bem cristalino que nem todo pedófilo é um criminoso sexual, pois, como já 
dito, a pedofilia é uma doença e enquanto ela não for exteriorizada não há 
de se falar em crime e nem em criminoso. (jusBrasil.2021) 
 
Em um artigo da Oms no item 10 trata a pedofilia como uma perversão que o 
indivíduo tem uma falha em seu psicológico que o faz sentir atração por crianças 
O site âmbito jurídico (2021) relata alguns dos crimes em que a lei prevê 
sansão aos crimes praticados 
 
A legislação pátria faz previsão e tipifica uma gama de crimes que podem 
estar ligados à pedofilia. Vale salientar que deve ocorrer uma conduta 
criminosa juntamente com a doença, de modo que mera cogitação ou atos 
20 
 
 
 
 
preparatórios não são passiveis de punição, consoante as disposições 
básicas do Código Penal. 
O art. 234 do diploma legal supra mencionado prevê as possibilidades em 
que a pornografia infantil se configura quando o agente fizer, importar, 
exportar e adquirir ou ter sob guarda, para fim de comércio ou de exposição 
pública, inclusive por escrito, qualquer objeto relacionado ao assunto. A 
pena é de detenção, de seis meses a 2 anos, ou multa. O parágrafo único 
fixa a mesma pena para aquele que vender, distribuir ou expor a venda ou 
ao público, exibição de cinematografia de caráter obsceno, em local público 
Vale informar que os termos pedofilia e pornografia infantil não são 
sinônimos, apresentando distinções entre si. Enquanto o primeiro faz alusão 
à perversão de cunho sexual em que o indivíduo adulto força situações com 
crianças e/ou adolescentes, a pornografia infantil não exige esse contato, 
bastando a comercialização de materiais fotográficos e visuais com 
conteúdo erótico contendo em seu teor crianças e adolescentes. (Âmbito 
Jurídico 2021) 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90, institui algumas 
penalidades para quem pratica pedofilia ou pornografia infantil, conforme se 
depreende a seguir: 
Art. 240 – Produzir ou dirigir representação teatral, televisiva ou película 
cinematográfica, utilizando se de criança ou adolescente em cena de sexo 
explícito ou pornográfica: Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e 
multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena que, nas condições 
referidas neste artigo, contracena com criança ou adolescente. 
Art. 241 – Fotografar ou publicar cena e sexo explícito ou pornográfica 
envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos. 
Faz-se mister destacar que a norma que criminaliza o disposto no art. 241 
do ECA é uma norma aberta, ao passo que o Supremo Tribunal Federal 
estende sua aplicabilidade a condutas ocorridas no cyberespaço. Eis o 
posicionamento da Primeira Turma deste Tribunal. 
Art. 241 – Inserção de cenas de sexo explícito em rede de computadores 
(Internet) – Crime caracterizado – Prova pericial necessária para apuração 
da autoria. “Crime de computador”; publicação de cena de sexo infanto-
juvenil (E.C.A., art. 241), mediante inserção em rede BBS/Internet de 
computadores atribuída a menores – Tipicidade – Prova pericial necessária 
à demonstração da autoria – Habeas Corpus deferido em parte. 1. O tipo 
cogitado – na modalidade de “publicar cena de sexo explícito ou 
pornográfica envolvendo criança ou adolescente” – ao contrário do que 
sucede, por exemplo, aos da Lei de Imprensa, no tocante ao processo da 
publicação incriminada é uma normal aberta: basta-lhe à realização do 
núcleo da ação punível a idoneidade técnica do veículo utilizado à difusão 
da imagem para número indeterminado de pessoas, que parece indiscutível 
na inserção de fotos obscenas em rede BBS/Internet de computador. 
 
Grande parte dos delitos deste tipo se da devido a vulnerabilidade da criança 
e do adolescente, a sociedade cobra as autoridades respostas mais duras contra 
essa pratica, porém, é necessário que para evitar que esse delito aconteça é 
necessário que os pais das crianças e dos adolescentes ensinem alertem sobre os 
riscos que existe durante o acesso ao meio virtual, além disso a presença de um 
21 
 
 
 
 
adulto acompanhando as crianças no âmbito cibernético é fundamental para inibir e 
bloquear a tempo antes que ocorra este tipo de crime, porém mesmo nos caos em 
que existe o crime para reconhecer e capturar o indivíduo criminoso, não é uma 
tarefa tão fácil para a polícia, pois em grande parte existem inúmeros IPs falsos que 
os criminosos se utilizam para a pratica delituosa, além disso, grande parte dos 
pedófilos são estrangeiros e navegam em redes socias de outros países . 
 
Outra característica visível nos crimes informáticos é que esses não 
delimitam fronteiras, ou seja, eles não se restringem a determinada região 
geográfica. Os autores do fato podem estar em um país, o objeto tutelado 
em outro e o resultado ser produzido em um terceiro país. Essa natureza 
peculiar dos crimes informáticos, são extremamente interessantes no 
âmbito jurídico, tendo em vista a necessidade de se delimitar fronteiras para 
o processamento adequado do delito (MOTEIRO, 2010). 
 
Por estes fatos que tornasse difícil a captura do criminoso, em alguns casos a 
investigação demora meses ou anos, pois é necessário um mapeamento virtual para 
determinar de onde o indivíduo está acessando a rede para a pratica delituosa. 
 
5.3 Dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual 
 
A propriedade intelectual ou propriedade imaterial é um bem do cidadão 
intangível faz parte do direito da personalidade de cada um, em se tratando do meio 
digital o processamento de informações aceleradas e copias constante tornam-se os 
meios de fiscalização cada vez mais difícil, o que acaba ocorrendo a violação dos 
direitos do autor sobre a propriedade intelectual. 
 
O art. 184 do CP trata sobre a violação de direitos: 
Art. 184 – Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – 
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
1º – Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de 
lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, 
interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, 
do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de 
quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
2º – Na mesma pena do § 1º incorre quem, com o intuito de lucro direto ou 
indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, 
oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma 
reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete 
ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga 
original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa 
autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. 
22 
 
 
 
 
3º – Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra 
ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário 
realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar 
previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de 
lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do 
autor, do artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de 
quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Apesar de ser bastante extenso, as disposições do CP não fazem qualquer 
menção a programas de computadores, resguardando somente obras de 
cunho fonográfico e intelectual. Nesse diapasão, o art. 12 da Lei n. 9.609/98expõe: 
Art. 12. Violar direitos de autor de programa de computador: Pena – 
Detenção de seis meses a dois anos ou multa. 
1º Se a violação consistir na reprodução, por qualquer meio, de programa 
de computador, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem 
autorização expressa do autor ou de quem o represente: Pena – Reclusão 
de um a quatro anos e multa. 
2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à 
venda, introduz no País, adquire, oculta ou tem em depósito, para fins de 
comércio, original ou cópia de programa de computador, produzido com 
violação de direito autoral. 
3º Nos crimes previstos neste artigo, somente se procede mediante queixa, 
salvo: I – quando praticados em prejuízo de entidade de direito público, 
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação 
instituída pelo poder público; II – quando, em decorrência de ato delituoso, 
resultar sonegação fiscal, perda de arrecadação tributária ou prática de 
quaisquer dos crimes contra a ordem tributária ou contra as relações de 
consumo. 
 
Compreende se, assim, que a propriedade intelectual possui grande valor e 
importância, sobretudo para o autor e, por conseguinte, deve ser devidamente 
protegida, em face das constantes replicações e reproduções de obras sem 
autorização e sequer conhecimento dos detentores dos direitos. 
Na tecnologia a reprodução de conteúdo em serie, passou a serem 
comercializados virtualmente, livros, filmes fotos, cursos, dentre outros, porém para 
tanto a simples cópia de um produto e comercialização do mesmo sem a devida 
autorização do inventor ou fabricante torna-se crime. 
 
Diante das exposições supra, resta provado que o direito de propriedade 
intelectual é assegurado por lei àquele que produziu uma obra de caráter 
intelectual, sendo direito deste o gozo das vantagens advindas dessa 
criação. Logo, deve-se ter em mente que, não é porque determinada obra 
(seja um livro, filme, vídeo ou software) está na internet que esta é pública. 
(âmbito jurídico.2021) 
 
Este meio de fraude ao passar do tempo estar cada vez maior o que ocorrer é 
um furto mediante a fraude o artigo 155 do Código Penal prevê que as fraudes no 
espaço cibernético geram um ato prejudicial em bancos de dados de pessoa jurídica 
23 
 
 
 
 
e física quem pratica este delito busca prover de benefícios financeiros ou 
psicológicos até mesmo materiais. 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - 
reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Brasil.2021). 
 
5.4 Do Crime de Invasão de Privacidade e Espionagem Eletrônica 
 
Em razão da desenfreada evolução tecnológica em todo o mundo o aceso a 
internet faz a todo segundo uma enorme quantidade de dados seja em redes socias 
sites de pesquisa e outros, esses dados possuem valor inestimável e existem 
inúmeros criminosos a fim de se utilizar dessas informações indevidamente. 
Segundo o site Âmbito jurídico (2021) 
 
A intensa e crescente quantidade de acessos na internet ao redor do mundo 
inteiro gera um fluxo de informações e dados, tanto em redes sociais quanto 
em sites, mediante cadastros, que podem ser usurpadas e utilizadas 
indevidamente por criminosos. 
Tratar desta situação exige observância às convenções internacionais, que 
exigem que o acesso seja revestido de intenção ilegítima. Assim, o Brasil 
atribuiu um tipo penal a essa situação, com o advento da Lei n. 
12.737/2012, apesar da doutrina mais conservadora defender a punição 
com base no art. 154-A do Código Penal, contemplando somente a invasão 
Independente do posicionamento, o objetivo é assegurar a proteção dos 
dados que os internautas disponibilizam na net e, portanto, cabe ao Estado 
resguardar esses direitos, bem como a identidade dos usuários. Igualmente, 
é dever destes cobrar e incumbir no tocante à segurança dessas 
informações. 
Em relação à espionagem eletrônica, inexista uma tipificação penal própria. 
No entanto, o Código Penal descreve uma situação análoga e, então, é 
passível de aplicação quando da ocorrência deste delito, de modo que, no 
final das contas, espionagem eletrônica constitui violação de segredo 
profissional/autoral (Âmbito Jurídico 2021) 
 
Percebesse que os artigos 154 e 184 do Código penal preveem como crime a 
propagação de informações sigilosas em que possa trazer dano a outrem ou a 
violação do autor a quem lê reserva direitos. 
 
Art. 154 – Falar a alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em 
razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa 
produzir dano a outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou 
multa. 
Art. 184 – violar direitos de autor e os que lhe são conexos: pena de 
detenção, de três meses a um ano, ou multa. (Brasil.1940) 
 
24 
 
 
 
 
Em vista deste artigo citado que trata violação em meio profissional ou como 
prover o artigo 154 em pronunciar para terceiros segredos ou algo confidencial que 
foi confiado em segredo sem autorização de quem lhe deu ciência dos fatos. 
Contudo, o texto expresso da lei trata apenas em mateira de tratamento de 
qualquer dispositivo daí a problemática do legislador trazer essa equiparação da lei 
para âmbito digital. Que com tempo veio a lei de casos de invasão a dispositivos 
eletrônicos em 2011 por conta do famoso caso da atriz Carolina Dickmann em que 
na época teve o seu dispositivo invadido por um criminoso que utilizou- se de fotos 
intimas da modelo, para exigir a quantia de 10 Mil reais para que não publicasse as 
imagens. 
segundo o site FMP (2021) 
caso ocorrido com a atriz Carolina Dieckmann. Em maio de 2011, um hacker 
(criminoso virtual) invadiu o computador pessoal da atriz, possibilitando que ele 
tivesse acesso a 36 fotos pessoais de cunho íntimo. 
De acordo com a denúncia, o invasor exigiu R$ 10 mil para não publicar as 
fotos. Como a atriz recusou a exigência, acabou tendo suas fotos divulgadas na 
internet. Isso criou uma grande discussão popular sobre a criminalização desse tipo 
de prática, que ainda foi excessivamente fomentada pela mídia. 
 Alei A Lei Nº 12.737/12 conhecida como lei Carolina Dieckmann trouxe a 
inclusão dos artigos 154-A e 154-B ao Código Penal, trouxe a mudança em que o 
texto da lei trata da invasão a qualquer dispositivo de informática, celulares, 
notebooks, computadores, tablets, dentre outros estando conectados a internet ou 
não 
 
“Invasão de dispositivo informático 
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede 
de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança 
e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem 
autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar 
vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. 
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede 
mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a 
administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, 
Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias 
de serviços públicos. (Brasil.2012) 
 
Entende-se, que o dispositivo legal veio para tentar coibir os crimes de 
invasão de privacidade e espionagem através dos meios virtuais e eletrônicos, 
25 
 
 
 
 
porém os delitos desta esfera continuam sendo praticados, isso pode ser devido aos 
infratores não se sentirem intimados com essa lei, devido a sanção ser muito branda 
quase não existir. 
 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
§ 1º Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou 
difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a 
prática da conduta definida no caput. 
§ 2º Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta 
prejuízo econômico. 
§ 3º Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações 
eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações 
sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado dodispositivo invadido: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta 
não constitui crime mais grave. 
§ 4º Na hipótese do § 3º, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver 
divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos 
dados ou informações obtidas. 
§ 5º Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado 
contra: 
I - Presidente da República, governadores e prefeitos; 
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de 
Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal 
ou de Câmara Municipal; ou 
IV - Dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, 
municipal ou do Distrito Federal.” (Brasil.2012) 
 
Portanto, notasse que talvez o problema esteja na legislação que precisa ser 
altera para uma pena mais punitiva talvez assim seja capaz de coibir este tipo de 
crime virtual. 
 
26 
 
 
 
 
6 CONCEITO DE ESTELIONATO 
 
Apalavra estelionato tem origem do latim stellionatus (fraude enganar 
embuste) de uma forma mais simples toda especial de fraude ou engano introduzida 
nos contratos ou convenções com o intuito de realizar um determinado negócio 
jurídico, a que se esta incapaz, a ceder o objeto, que não possa ser cedido ou tirar 
ou obter proveito ou vantagem que se considere ilícita. 
Segundo o (Plantullo 2013 p.60) 
O estelionato, assim, gera- se de qualquer espécie de fraude, em virtude da 
qual se induza alguém em erro, que é falsa percepção da realidade, de sorte que o 
agente consiga a vantagem ilícita que tem em mente. 
 
Pode objetivar -se na venda de coisa alheia como própria, na venda ou 
hipoteca de coisa já vendida a outrem ou já hipotecada, ou de outro meio 
ardil, embuste, engodo ou engano a respeito de certo vetor produto ou coisa 
que vai ser prestação do contrato, quando é inevitável, ou quando for de 
outrem ou ainda quando possua qualidade que é oculta á outra pessoa tudo 
isto realizado de forma intencional e dolosamente, de sorte a prejudicar a 
vítima. (Plantullo 2013 p.60) 
 
Percebesse que pode se dar de qualquer forma em que o indivíduo tem a 
intenção em obter vantagem de outrem de forma ilícita, estará praticando o delito de 
estelionato. 
 
Porém, e isto é fundamental, distingue-se das outras fraudes ou artifícios, 
porque vem se qualquer violência ou coação, consistindo, por isso, no 
inteligente intentado para a obtenção dolosa do consentiment0 de outrem á 
realizar do contrato ou da convenção, bom é lembrar que a emissão de 
cheque sem a suficiente provisão de fundos configura também o crime de 
estelionato. 
Alei penal qualifica o estelionato como crime, e impõe penalidades a sua 
prática. A lei é clara ao afirmar que os condenados pelo crime de estelionato 
não podem ser tutores. (Plantullo 2013 p.60). 
 
6.1 Conceito do Crime de Estelionato Virtual 
 
Para adentrar ao tema de estelionato virtual precisamos entender alguns 
pontos como o sujeito que pratica o crime virtual alguns fatos históricos tipos de 
delito algumas considerações introdutórias que leva a entender um pouco melhor 
sobre este delito. 
27 
 
 
 
 
Ao mesmo tempo em que o comercio virtual facilitou a vida de inúmeras 
pessoas, trouxe também a atuação de criminosos que buscam fisgar esses usuários 
vulneráveis. 
 
Ao mesmo tempo em que o e-commerce (comércio virtual) facilitou 
imensamente as transações e a vida do consumidor, abriu espaço para a 
atuação de criminosos. Infelizmente não há uma ferramenta que assegure 
proteção aos consumidores no momento da compra online. 
 
Consoante o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a venda 
fraudulenta dentro do ciberespaço configura o crime de fraude, ao passo que a 
compra e venda revestida de fraude caracteriza estelionato. Ainda assim, não é uma 
tarefa fácil definir critérios exatos quando se trata de condutas criminosas virtuais, 
principalmente relacionadas ao comércio. (Âmbito jurídico 2021) 
O Código Penal, em seu art. 171, define o estelionato como “obter, para si ou 
para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém 
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena – 
reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo 
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou 
qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e 
multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. (Brasil 2021) 
 
Andréucci (2014) Afirma que o estelionato nada mais é que obtenção de 
vantagem ilícita, para si ou para outrem, decorrente da indução ou manutenção de 
alguém em erro, utilizando-se de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento. 
Nessa perspectiva, o estelionatário, garante vantagem ilícita para si ou outra pessoa, 
mediante quaisquer atos que induzam a vítima a erro. 
 
Sabendo que a fraude é o ponto central do delito de estelionato, é possível 
se identificar os seguintes elementos que integram a figura típica: a conduta 
do agente ser direcionada a obtenção de vantagem ilícita em prejuízo de 
outrem; a vantagem pode ser dirigida ao autor ou a terceiro; a vítima é 
mantida ou colocada em erro; o agente se vale de um artificio, ardil ou 
qualquer outro meio fraudulento para atingir o fim pretendido (GRECO, 
2011). 
Não há diferenças entre a fraude cível e a fraude penal, depende apenas da 
existência de uma fraude. Se trata de uma questão de qualidade e grau de 
prejuízo determinada pelas circunstancias do caso. Com a análise da 
dimensão avaliar-se-á se a possível vítima, passou apenas por um mal 
negócio ou se estão presentes os requisitos para a consumação do crime 
de estelionato, caso em que deverá ser punido criminalmente (GRECO, 
2011). 
28 
 
 
 
 
 
Entende-se, para que se obtenha a constatação do crime não importa se é 
um ato da esfera civil ou penal, basta que seja confirmado que houve um fato, há 
apenas um dimensionamento da qualidade e grau da fraude, quesitos que serão 
verificados caso a caso. É por meio, da avaliação do caso concreto que se verificará, 
se a vítima foi prejudicada pelo fato de ter feito uma má negociação, ou se 
realmente foi induzida ou mantida em erro, por ato fraudulento daquele com quem 
negociou. 
 
O bem jurídico tutelado é a inviolabilidade do patrimônio, especialmente em 
relação a atentados praticados mediante fraude. Tutela-se tanto o interesse 
social, relacionado a confiança reciproca entre as partes, o qual deve 
presidir nas relações patrimoniais individuais ou comerciais, quanto o 
interesse público representado pela necessidade de reprimir a fraude 
causadora de dano a terceiro. Atente-se para o fato de que é vedado o 
cometimento de fraude para a obtenção de vantagem ilícita em prejuízo 
alheio. O estelionatário é tido como criminoso em todos os casos, mesmo 
que tenha cometido a fraude em relações que por sua própria natureza não 
precisam de proteção jurídica, porque em todo caso sua conduta é moral e 
juridicamente ilícita (BITENCOURT, 2012). 
 
Para o autor o bem jurídico aqui é a inviolabilidade do patrimônio, tratando se 
como o interesse social, em confiança entre as partes da relação jurídica, qual se 
tratando do interesse público é visto em foque a repressão da fraude que causou o 
prejuízo alheio, ressalta que o estelionatário deve ser visto como um criminoso, 
ainda que tenha seja simples o ato cometido não terá a proteção jurídica, pois essa 
ação será um crime. 
Em se tratando dos autores do crime, ressalta Andreucci (2014) que, o sujeito 
passivo é a pessoa que sofreu o prejuízo patrimonial, o sujeito ativo, é aquele que 
induz ou mantém determinada pessoa em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer 
meio fraudulento. Então o sujeito ativo será a pessoa que induz ou mantém a vítima 
em erro, mediante qualquer recurso fraudulento,e o sujeito passivo, será aquele que 
tem reduzido seu patrimônio, pela ação do sujeito ativo. 
 
O estelionato é um crime doloso que se consuma com a efetiva obtenção da 
vantagem ilícita pelo autor, em prejuízo da vítima. Admite-se a tentativa. 
Não se confunde com furto mediante fraude, pois nesse caso ocorre a 
subtração da coisa com o emprego de fraude que desvie a vigilância e 
atenção da vítima. No estelionato, por seu turno, ocorre a entrega voluntaria 
da coisa, em decorrência da fraude empregada pelo autor do delito. O 
estelionato também se difere na apropriação indébita, pois no estelionato o 
dolo do agente é anterior a posse ou detenção da vantagem ilícita, sendo 
que se utiliza de fraude para apropriar-se do bem. Na apropriação indébita 
29 
 
 
 
 
ocorre o contrário, o agente recebe o bem de boa-fé, e após resolve 
apropriar-se dela. (ANDREUCCI, 2014). 
 
Em vista ao dolo no crime de estelionato, para Campos (2016) quando o dolo 
no crime de estelionato se trata de fraude em contrato, a indução ou manutenção da 
vítima em erro, deve ser inicial, ou seja, o ato lesivo deve ter no início da execução 
contratual, não se caracterizando o crime de estelionato a intensão de pratica de o 
crime ser posterior, na busca de parâmetros, não visado anteriormente, situação em 
que se caracteriza mero cumprimento contratual. Da mesma maneira, só haverá 
crime de estelionato acaso o dolo esteja presente no ato da elaboração do contrato, 
porque a fraude contratual só ofende a esfera civil, passando longe da parte penal. 
Na verdade, a fraude penal tem por objeto o lucro ilícito e não o objeto do contrato. 
Percebesse que o bem jurídico qualificado pela tipificação do ato é a 
inviolabilidade do patrimônio. O sujeito ativo é aquele que emprega a fraude, e com 
isso recebe a vantagem ilícita, o sujeito passivo, a vítima por sua vez, são todos os 
que sofrem o prejuízo patrimonial e todos os que foram enganados pelo 
estelionatário. É crime doloso, pois é necessária a vontade de auferir vantagem 
indevida, admite tentativa e dar-se-á por consumado no local em que se deu a 
obtenção da vantagem ilícita. 
A grande mudança que ocorreu foi com a nova lei 13.964 de 2019 que inseriu 
o inciso §5° no artigo 171 do Código penal que agora o crime de estelionato não é 
mais de ação penal pública incondicionada, ou seja, até então não dependia da 
representação da vítima para que fosse oferecido a denúncia, passou a ser 
condicionada a representação da vítima o ministério público só poderá oferecer a 
denúncia se a vítima representar, 
Segundo o doutrinador Lima (2019) a representação do crime não precisa 
seguir todo o formalismo basta apenas que a vítima ou seu representante legal 
demostre a intenção em que o autor do delito seja processado. 
Em alguns casos foi levantada a seguinte discussão se a lei poderá retroagir 
em casos já julgados em favor do réu, o que houve foi que a magistratura intimou as 
vítimas de processos que estavam em curso para saber se havia a intenção de 
representação. 
Segundo o site Claudia seixas (2020) 
30 
 
 
 
 
Diante dessa nova condição de procedibilidade do procedimento criminal – 
e ainda sem um entendimento pacificado sobre se a representação passaria 
a ser exigida apenas para novos procedimentos, ou se iria retroagir para 
procedimentos criminais já em curso – diversos foram os casos em que 
Magistrados determinaram a intimação da vítima para que informassem se 
desejariam ou não representar contra o acusado em ações penais já 
iniciadas. 
De igual modo, após condenação em Primeira Instância pela prática do 
crime de estelionato, também ocorreram casos onde 
Desembargadores determinaram a baixa de Apelações Criminais em 
diligência para a origem intimar a vítima. 
Contudo, recentemente, a e. Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça 
proferiu decisão no Habeas Corpus nº. 573.093[6], onde entendeu que a 
regra que exige a representação da vítima como pré-requisito para o 
desencadeamento da ação penal pelo crime de estelionato não pode ser 
aplicada retroativamente com a finalidade de beneficiar réu em processo já 
em curso, uma vez que não fora previsto pelo legislador. 
 
Para o relator, Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, caso fosse permitido a 
retroatividades para casos que estavam em curso deveria estar prevista na lei que 
modificou o artigo o que não ocorreu, portanto não poderia ser aplicado a 
retroatividade em favor do réu. 
 
a regra – que exige a representação da vítima como pré-requisito para a 
ação penal por estelionato – não pode ser aplicada retroativamente para 
beneficiar o réu nos processos em curso, pois isso não foi previsto pelo 
legislador ao alterar a redação do artigo 171 no Pacote Anticrime. 
 
Segundo o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, relator, a Lei 
13.964/2019 transformou a natureza da ação penal no crime de estelionato, 
de pública incondicionada para pública condicionada à representação do 
ofendido (salvo algumas exceções) – mudança que só pode afetar os 
processos ainda na fase policial. (STJ.2020) 
 
O breve conceito aqui abordado auxiliar na identificação do problema do 
crime de estelionato virtual, já que traçou noções introdutórias de suma importância 
para a compreensão futura do que se trata o estelionato virtual, que é um 
desdobramento do estelionato fundamental que aqui se analisou. Dito isto, o 
próximo capítulo pretende fazer uma observação mais aprofundada do tema. 
 
31 
 
 
 
 
7 DO CRIME DE ESTELIONATO VIRTUAL 
 
Em vista do presente trabalho restou demonstrar que objetivo de quem pratica 
o crime de estelionato e o momento em que se consuma quando com o intuito de 
obter vantagem ilícita para si ou para outrem se utilizada de artificio, ardil ou 
qualquer outro meio fraudulento, para induzir a vítima ou mantê-la em erro, 
causando-lhe prejuízo. Os crimes virtuais, por seu turno, são aqueles praticados em 
ambiente virtual, com a utilização de equipamentos eletrônicos e acesso à rede. 
Percebesse que podemos compreender que o estelionato virtual é aquele 
basicamente o meio que o individuou utiliza para a pratica do crime, as ferramentas 
tecnológicas da rede, praticando o ato no meio cibernético induzindo ou, mantendo a 
vítima em erro 
Diante do disposto, pode se entender preliminarmente que o estelionato 
virtual é aquele em que o indivíduo se servindo de equipamentos tecnológicos e 
acesso à rede, pratica em benefício próprio ou de outrem e em prejuízo alheio, o ato 
de induzir ou manter a vítima em erro, utilizando-se quaisquer meios fraudulentos e 
almejando vantagem ilícita. 
Desse modo alguns aspectos acerca do crime de estelionato virtual, 
propriamente dito, frisando especialmente a ausência de norma especifica que 
regulamente atualmente em 27 de maio de 2021 o presidente Jair Bolsonaro assinou 
a lei 14.155 que prever aumento na pena de estelionato virtual se o crime for 
praticado contra idosos. 
 
Estelionato contra idoso ou vulnerável 
§ 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime for cometido 
contra idoso ou vulnerável, considerada a relevância do resultado gravoso. 
(Brasil .2021) 
 
Segundo Feitosa (2012) os estelionatários virtuais utilizam a forma mais 
rápida e simples para obter dados principalmente de idosos que não sabem muito 
bem os sites que são falos, então, os criminosos se utilizam desta fragilidade para 
criar links falsos e disparam em E-mails, com isso, é possível que eles obtenham 
acesso a todos os arquivos e dados das vítimas. 
 
32 
 
 
 
 
Uma das formas mais frequentes de estelionato virtual é a invasão do 
correio eletrônico da vítima, especialmente aquelas que tem o costume de 
consultar saldos e extratos bancários pelo computador. Nesse caso em 
especifico, o estelionatário encontra uma maneira de clonar a página da 
internet banking e fazer com que a vítima tente fazer o acesso a conta, sem 
saber que os danos inseridos na dita pagina serãointerceptados por um 
terceiro de má-fé. Outro tipo bem comum é praticado por pessoas de menor 
saber informático, os quais se utilizam de crenças populares ou correntes 
de sorte, para que ao final a vítima deposite determinada importância em 
dinheiro para que obtenha aquilo que foi veiculado, sendo garantido a esta 
que ao adquirir o almejado a importância lhe será devolvida, fato que não 
ocorre (FEITOZA, 2012). 
 
Notasse que a pratica deste delito em grande parte é praticada por hackers 
pessoas que tem um grande domino de informáticas e conhece vários meios de 
burlar sistemas, sites, invadir contas dentre outras artimanhas para ludibriar e 
conseguir obter vantagens ilícitas. 
 
A pratica do crime de estelionato em ambiente virtual é na maioria das 
vezes praticada por pessoas de notável conhecimento em informática, e 
que embora possam agir de maneira diversa, preferem se arriscar no 
mundo dos crimes virtuais, iludindo e prejudicando pessoas reais, de modo 
a obter alguma vantagem ilícita com essa técnica. A única diferença 
existente entre o estelionato real e o virtual consiste no modus operandi 
empregado, tendo em vista que o primeiro se realiza em meio físico e o 
segundo em ambiente virtual (FEITOZA, 2012). 
São os conhecidos hackers em grande parte que atuam no sub mundo da 
internet procurando invadir sistemas e roubar dados de computadores, em 
posse dessas informações eles em grande parte roubam dinheiros em 
contas vende os dados de vítimas buscando obter vantagem para si ou para 
outrem. 
Hacking são as atividades que procuram comprometer dispositivos digitais 
como computadores, smartphones, tablets e até mesmo redes inteiras. 
Embora o hacking possa não ser sempre malicioso, atualmente, muitas 
referências a hacking e hackers os caracterizam como uma atividade ilegal 
de criminosos cibernéticos motivados por ganhos financeiros, protestos, 
coleta de informações (espionagem) e, mesmo que seja apenas pela 
"emoção" do desafio. 
Muitos pensam que “hacker” é apenas um jovem prodígio autodidata ou um 
programador desonesto com a habilidade de modificar o hardware ou o 
software dos computadores para que possa usá-lo de maneira diferente da 
pretendida pelos desenvolvedores originais. Porém, esse é um ponto de 
vista limitado que não abrange uma ampla gama de razões pelas quais 
alguém resolver praticar hacking. (Para uma análise mais aprofundada 
sobre hackers, leia Under the hoodie: why money, power, and ego drive 
hackers to cybercrime” de Wendy Zamora), 
Normalmente, hacking é uma técnica comum (como criar uma propaganda 
maliciosa que deposita um malware para atacar um drive sem precisar de 
interação do usuário). Porém, os hackers também podem usar psicologia 
para induzir o usuário a clicar em um anexo malicioso ou fornecer dados 
pessoais. Essas táticas são conhecidas como “engenharia social”. (BR. 
WLAEBYTES. 2020) 
 
33 
 
 
 
 
Portanto, notasse que em grande maioria os criminosos do ciberespaço são 
pessoas que domina o meio virtual e sabem todos os mecanismos que podem usar 
para não serem identificados. 
 
34 
 
 
 
 
8 DO CRIME DE ESTELIONATO VIRTUAL NO ORDENAMENTO 
JURIDICO BRASILEIRO 
 
Atualmente, percebesse que com o aumento dos números de crimes virtuais 
houve a necessidade de ser altera algumas normas do ordenamento jurídico que diz 
respeito a tal fato, em fase deste tema neste capitulo será descrito algumas normas 
que foram alteradas. 
Em 27 de maio de 2021 o presidente Jair Bolsonaro assinou a lei 14.155 que 
modificou alguns artigos do Código Penal e Do Código De Processo Penal 
Brasileiro, 
Segundo o site Âmbito jurídico (2021) 
 
A Lei 14. 155, de 27 de maio de 2021, produziu importantes alterações no 
Código Penal e no Código de Processo Penal, tornando “mais graves os 
crimes de violação de dispositivo informático, furto e estelionato cometidos 
de forma eletrônica ou pela internet”. No plano processual, mudou a regra 
de competência para algumas modalidades do crime previsto no art. 171 do 
CP. 
A nova Lei surge em um contexto de profundas modificações da esfera 
pública a partir da reestruturação dos meios de comunicação e da 
existência de um novo processo, materializado por intermédio da 
proliferação das mídias sociais, potencializadas pelo avanço da tecnologia e 
da cultura digital. (Âmbito Jurídico 2021) 
 
Essas mudanças se fizeram essências, pois muitas pessoas acreditavam em 
uma cera impunidade do crime, em razão da ausência de previsão normativa, pois 
só a norma contida no código penal não bastava para se punir os infratores 
cibernéticos. 
maioria das vantagens econômicas indevidas obtidas mediante fraudes 
levadas adiante através de dispositivos eletrônicos, aplicativos ou 
programas de informática já caracterizavam o estelionato. Mostra-se 
oportuna, portanto, a tipificação específica da “fraude eletrônica”, 
diferentemente do que se passa com as duas alterações comentadas 
anteriormente, totalmente dispensáveis. Assim está redigida a previsão 
legal da infração:§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, 
e multa, se a fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas 
pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, 
contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por 
qualquer outro meio fraudulento análogo. (Âmbito Jurídico 2021) 
 
Devido ao aumento dos números de casos de crimes cibernéticos dentre eles 
o estelionato, e os infratores terem certa certeza de impunibilidade se fez a 
necessidade de aumentar a pena para os crimes desta espécie. 
35 
 
 
 
 
 
Se a tipificação específica é medida político-criminal bem-vinda, o exagero 
nas penas não o é. Não há qualquer justificativa plausível para que a 
obtenção de vantagem indevida mediante envio de um e-mail fraudulento 
seja considerada tão mais grave do que uma eu se processo por meio de 
uso de documento impresso falsificado. A sanção mínima é 400% mais 
elevada e quase inviabiliza a substituição das penas privativas da liberdade 
pelas restritivas de direito (art. 44, CP). Uma das mais louváveis alterações 
legislativas dos últimos tempos foi a exigência da representação criminal do 
ofendido para o processamento do crime de estelionato simples (art. 171, § 
5º, introduzido pela Lei nº 13.964/19, apelidada de “Lei Anticrime” [sic]). O 
legislador brasileiro, em um show de inconstâncias, descarrega toda a fúria 
punitivista sobre a fraude eletrônica, que, tendo em vista a realidade 
empírica do mundo moderno, informatizado, cibernético, não tem nada de 
mais grave ou reprovável do que qualquer outra fraude que se leve adiante 
por meio de engodos que não envolvam internet, aplicativos ou dispositivos 
informáticos. Já vimos essa alternância de políticas criminais minimalistas e 
maximalistas acontecer antes: o hiato temporal entre a Lei de Crimes 
Hediondos (8.072/90) e a dos Juizados Especiais Criminais (9.099/95) é de 
apenas 5 anos. (Âmbito jurídico.2021) 
 
Porém, é necessário haver uma dosimetria da aplicação da pena, segundo o 
autor acima citado, o legislador ir aos extremos a pena não pode ser muito branda 
ao ponto de quase não ser uma punição e sim apenas um puxão de orelha, mas 
também por outro lado a pena não pode ser tão pesada ao ponto de inviabilizar a 
substituição da pena de restrição de liberdade. 
Segundo o site empório do direito (2021) 
 
Além de criar a figura da fraude processual, a Lei 14.155/2021 também 
alterou o art. 70 do Código de Processo Penal para tratar da competência 
para processar e julgar algumas modalidades previstas no art. 171 do CP, 
passando a vigorar com o seguinte § 4º: “Nos crimes previstos no 
art. 171 do (...) Código Penal, quando praticados mediante depósito, 
mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder 
do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de 
valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima e, em 
caso de pluralidadede vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção”. 
 
Em se tratando do disposto do artigo 171 do código penal sobre a fraude de 
cheques houve a regulamentação da definição do local do crime, em se tratando de 
mais de uma vítima a competência se fara pela prevenção, e que o local passa a ser 
a onde a vítima mora. 
 
A nova previsão é importante e conduz à superação das súmulas 244 do 
STJ e 521 do STF. Está claro, portanto, que em algumas modalidades do 
art. 171 do CP, o critério para definição da competência passa a ser o local 
de domicílio da vítima e não mais o foro de onde se deu a recusa do cheque 
36 
 
 
 
 
sem provisão de fundos. Na hipótese de crime praticado contra diversas 
vítimas com domicílios diferentes, a prevenção determinará o juízo 
competente. Exemplo: A aplica o mesmo “golpe” do empréstimo em B e C 
(ambos domiciliados em Vitória/ES), em D (domiciliado em Belo 
Horizonte/MG) e em E (domiciliado em Salvador/BA). A competência se 
definirá pela prevenção, isto é, será competente para julgar todas as 
condutas o juízo do domicilio da vítima que praticar o primeiro ato 
processual ou medida relativa ao processo, conforme o art. 83 do CPP. 
(Empório do direito 2021) 
 
O que faz com que o juiz utilize o disposto no artigo 70 do Código de 
Processo Civil (perpetuação da jurisdição), ou seja, a partir do momento em que o 
magistrado recebe a denúncia as demais modificações não será capaz de mudar a 
competência. 
 
Nesse caso, é fundamental mencionar que o novo § 4º do art. 70 do CPP 
impõe ao juízo a observação do princípio da perpetuatio jurisdictionis 
(perpetuação da jurisdição), previsto no art. 43 do CPC/2015 e que deve ser 
aplicado no processo penal com base no art. 3º do CPP. Ou seja, iniciado o 
processo penal perante juízo específico, neste irá prosseguir até o 
julgamento. Uma vez recebida a denúncia pelo magistrado, as eventuais 
modificações legais são consideradas, em regra, irrelevantes para fins de 
determinação de competência. (Empório do direito 2021) 
 
Diante do exposto, para Andrenucci (2020) O crime de estelionato vem 
previsto no art. 171 do Código Penal, tendo sido recentemente alterado pela Lei n. 
14.155, de 27 de maio de 2021, que introduziu, nos §§ 2º-A e 2º-B, a figura da 
“fraude eletrônica” 
Fez-se necessário a mudança do dispositivo legal aumentando a pena de 
reclusão ainda mais nos tempos em meio a obrigatoriedade de todos manterem o 
distanciamento social por conta da pandemia causada pelo novo corona vírus, com 
o aumento do teletrabalho veio também o crescente número de casos de crimes 
cibernéticos. 
A inovação legislativa veio em boa hora, já que o número de fraudes virtuais 
aumentou assustadoramente no Brasil, tendo o distanciamento social e a 
maior utilização de meios digitais para a realização de atividades pessoais e 
profissionais contribuído sobremaneira para o incremento desse resultado. 
Entretanto, mesmo antes da pandemia, o Brasil já ocupava o terceiro lugar 
no ranking mundial em registros de fraudes eletrônicas. (Migalhas.2021) 
A pesquisa “2019 Global Identity and Fraud Report” realizada pela empresa 
“Experian”, revelou que o Brasil aparece como o terceiro colocado entre os 
países em que a apuração foi feita – atrás somente dos Estados Unidos e 
do Reino Unido. O Brasil ficou 17 (dezessete) pontos percentuais à frente 
da média global (55%) do levantamento realizado em 21 (vinte e um) países 
que constataram aumento de perdas relacionadas a crimes virtuais no 
período analisado. (Migalhas.2021) 
37 
 
 
 
 
Merece total credibilidade a pesquisa mencionada, já que a empresa 
“Experian”, como se sabe, é líder global em serviços de “marketing” e 
relatórios de crédito para consumidores e empresas, integrante do índice 
FTSE 100 do Reino Unido. A “Experian” oferecemos suporte a clientes em 
mais de 100 (cem) países e emprega milhares de pessoas em 45 (quarenta 
e cinco) países. (Migalhas.2021) 
 
Portanto, o direito busca acompanha evolução da sociedade através de leis 
decretos, princípios e costumes, porém em alguns pontos a elaboração de uma lei 
em grande parte não acompanha as mudanças da sociedade, neste caso, o crime 
cibernético demorou a ter uma resposta mais dura do poder legislativo e ainda 
percebesse que as lei que estão em virgo seja a LGPD criada para garantia a 
proteção dos dados na internet, ou LEI Nº 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014 criada 
para regulamentar o uso da internet no Brasil, se fizeram insuficiente para coibir a 
pratica dos delitos praticados no ambiente virtual, a última lei que está em virgo 
assinada pelo Presidente Jair Bolsonaro que a lei 14.155/21, que veio para 
aumentar a punibilidade dos artigos do Código Penal e do Código de processo penal 
e Processo Cível, não ofereceu grandes avanços ,só houve a modificação do 
período de recluso ao regime fechado e especificou em alguns crime trazendo para 
esfera de crimes hediondos, 
 
Neste momento existe o projeto de lei esperando aprovação para incluir no 
texto da Constituição Federal no artigo 5° os direitos dos dados pessoais como 
direito fundamental, 
 
A PEC 17/2019 – Tem a proposta de inclusão dos dados pessoais como 
garantias individuais. Acrescenta o Inciso XII-A, ao artigo 5°, e o Inciso XXX, 
ao Artigo 22, da Constituição Federal para incluir a proteção de dados 
pessoais entre os direitos Fundamentais do Cidadão e fixar a competência 
privativa da união para legislar sobre a matéria. (Câmera. 2021) 
 
Contudo, percebe que há a necessidade não só da modificação da lei para a 
maior punibilidade, mas também as maiores necessidades talvez estejam em 
investimentos em tecnologia e estudos para a identificação rápida dos infratores e 
maior proteção dos usuários do sistema virtual nacional, assim será possível inibir a 
pratica do delito, pois o infrator terá mais receio de pratica-los em vista de correr o 
risco de serem descobertos. 
 
38 
 
 
 
 
9 CONCIDERAÇÕES FINAIS 
 
Percebesse, que a Internet é uma ferramenta essencial, desde seu início 
como meio de comunicação, ao passar do tempo sua evolução tornou-se um dos 
principais meios de comunicação do mundo, encurtando distâncias entre países , 
com as mudanças e aprimoramento o meio virtual venho ganhando mais 
funcionalidades e hoje faz parte da economia da política educação e cultura de 
grande parte do mundo, atras da evolução deste instrumento de comunicação se 
obtém a praticidade e a agilidade de diversas atividades. 
Porém, foi visto que além das vantagens que a internet trouxe, existe também 
os problemas que como se destacou em matéria deste trabalho os chamados crimes 
cibernéticos, em busca para tratar um pouco deste assunto foram abordados os 
tipos de crimes cometidos no ciberespaço e em destaque ao crime de estelionato 
virtual. 
Os problemas relacionados aos delitos foram elencados demostrando o 
conceito do crime, o tipo de crime cometido, e o direito que vem norteando-se desta 
evolução traçando leis que ampare as vítimas destes crimes virtuais através da 
legislação punitiva e educativa para tentar coibir a pratica dessas ações. 
Conclui-se que, para que se alcance uma medida coercitiva eficaz contra os 
crimes praticados no ciberespaço é necessário além de alterações da legislação 
atual, é preciso investir em tecnologia de ponta capaz de mapear de forma precisa 
os usuários do âmbito virtual, sendo possível a identificação exata dos infratores, 
para que possam ser punidos como medida de justiça e inibindo possíveis futuros 
crimes. 
 
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10 REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, J. et al. Crimes Cibernéticos. 2015, 22 fls. Curso de Direito Universidade 
Tiradentes – UNIT. Disponível em: 
 https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernohumanas/article/viewFile/2013/1217> 
Acesso em 18 out 2021 
ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Manual de Direito Penal. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 
2014. 
ALMEIDA Thabata Clezar de. - Estelionato Digital no E-COMMERCE

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