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NBR 5629 TIRANTES ANCORADOS NO TERRENO - PROJETO E EXECUÇÃO

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edição
ABNT NBRNORMA 
BRASILEIRA
ICS ISBN 978-85-07-
Número de referência 
38 páginas
5629
Terceira
25.10.2018
Tirantes ancorados no terreno — Projeto e 
execução
Ties anchored in soil — Design and execution
93.020 07722-0
ABNT NBR 5629:2018
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Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser 
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por 
escrito da ABNT.
ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
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www.abnt.org.br
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Prefácio ..............................................................................................................................................vii
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referência normativa .........................................................................................................1
3	 Termos	e	definições ...........................................................................................................1
4 Projeto do tirante ................................................................................................................3
4.1 Generalidades .....................................................................................................................3
4.2 Planejamento dos trabalhos .............................................................................................4
4.2.1 Dados para elaboração do projeto ...................................................................................4
4.2.2	 Informações	relativas	aos	elementos	interferentes ........................................................4
4.2.3	 Interações	entre	as	edificações	próximas .......................................................................4
4.3 Cálculo dos esforços .........................................................................................................4
4.4 Materiais ..............................................................................................................................5
4.4.1 Elementos de tração ..........................................................................................................5
4.4.2 Aglutinante ..........................................................................................................................5
4.4.3 Calda de cimento ................................................................................................................5
4.5 Dimensionamento ..............................................................................................................5
4.5.1 Generalidades .....................................................................................................................5
4.5.2 Elementos de tração ..........................................................................................................5
4.5.3 Comprimento do trecho ancorado ...................................................................................6
4.5.4 Comprimento do trecho livre ............................................................................................6
4.5.5 Cabeça do tirante ...............................................................................................................6
5 Execução .............................................................................................................................6
5.1 Requisitos de contorno .....................................................................................................6
5.2 Montagem ...........................................................................................................................6
5.3 Perfuração ...........................................................................................................................6
5.3.1 Sistema de perfuração .......................................................................................................6
5.3.2 Locação ...............................................................................................................................7
5.3.3 Recobrimento mínimo do terreno .....................................................................................7
5.4 Diâmetro da perfuração .....................................................................................................7
5.5 Instalação ............................................................................................................................7
5.5.1	 Verificações	prévias ...........................................................................................................7
5.5.2 Colocação do tirante no furo ............................................................................................8
5.5.3 Preenchimento do furo ......................................................................................................8
5.5.4 Uso de revestimento ..........................................................................................................8
5.6 Injeção ................................................................................................................................8
5.6.1 Generalidades .....................................................................................................................8
5.6.2 Tipos de injeção .................................................................................................................8
5.6.3 Calda ....................................................................................................................................8
5.7 Registros dos dados ..........................................................................................................9
6	 Ensaios	de	qualificação	e	recebimento ...........................................................................9
7 Incorporação de carga .......................................................................................................9
iii
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Sumário Página
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8	 Serviços	finais	para	tirantes	permanentes ......................................................................9
8.1 Preenchimento do trecho livre ..........................................................................................9
8.2 Proteção da cabeça do tirante permanente ...................................................................10
9	 Manutenção	e	inspeção	periódica ..................................................................................10
10	 Gráficos	para	interpretação	dos	resultados ..................................................................10
Anexo A (normativo) Figuras características dos tirantes ............................................................. 11
Anexo B (normativo) Requisitos	de	projeto	para	aplicações	de	ancoragem	em	situações	
específicas........................................................................................................................13
B.1 Introdução .........................................................................................................................13
B.2	 Situações	de	contenções ................................................................................................13
B.2.1 Modelo de cálculo ............................................................................................................13
B.2.2 Cálculo da estabilidade geral ..........................................................................................13
B.2.3 Tempo de utilização .........................................................................................................15
B.2.4 Esforços ............................................................................................................................15
B.2.4.1 Carga de trabalho do tirante ...........................................................................................15
B.2.4.2 Cargas de trabalho dos tirantes nas fases executivas ................................................15
B.2.5 Dimensionamento do elemento resistente à tração .....................................................15
B.2.6 Interferência do comprimento do trecho ancorado (bulbo) .........................................15
B.2.7 Comprimento do trecho livre ..........................................................................................15
B.3 Situação de prova de carga .............................................................................................15
B.3.1 Modelo de cálculo ............................................................................................................15
B.3.2 Dimensionamento estrutural ...........................................................................................16
B.3.3	 Carga	de	ensaio	–	Verificação	geotécnica	do	bulbo .....................................................16
B.4 Situação de laje de subpressão ......................................................................................16
B.4.1 Modelo de cálculo ............................................................................................................16
B.4.1.1 Nível de água ....................................................................................................................16
B.4.1.2 Comprimento do trecho ancorado ou bulbo .................................................................16
B.4.1.3 Comprimento total do tirante (comprimento do trecho livre mais bulbo) ..................16
B.4.1.4 Peso do terreno solidário entre tirantes .......................................................................17
B.4.2 Requisitos de projeto .......................................................................................................17
B.4.3 Tempo de utilização .........................................................................................................18
B.5	 Requisitos	para	outras	situações ...................................................................................18
Anexo C (normativo) Sistemas de proteção contra a corrosão .....................................................19
C.1 Introdução .........................................................................................................................19
C.2	 Sistema	de	proteções	contra	a	corrosão .......................................................................19
C.3 Requisitos para sistemas de proteção contra a corrosão ...........................................20
C.3.1 Gerais ...............................................................................................................................20
C.3.2 Estanqueidade ..................................................................................................................20
C.4 Tipos de barreiras anticorrosivas ...................................................................................20
Anexo D (normativo) Métodos	de	ensaios	de	qualificação	e	de	recebimento ..............................22
D.1	 Princípio	dos	métodos .....................................................................................................22
D.2 Aparelhagem .....................................................................................................................22
D.3 Procedimentos gerais ......................................................................................................22
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D.3.1 Segurança .........................................................................................................................22
D.3.2 Prazo ..................................................................................................................................22
D.3.3 Reação ...............................................................................................................................23
D.3.4 Cargas ...............................................................................................................................23
D.3.5 Sistema de aplicação de cargas .....................................................................................23
D.3.6 Medição das cargas .........................................................................................................23
D.3.7 Tolerâncias nos estágios de carga .................................................................................23
D.3.8 Carga inicial [F0] ...............................................................................................................23
D.3.9	 Medições	dos	deslocamentos	da	cabeça	do	tirante .....................................................23
D.4 Procedimentos para a execução dos ensaios ...............................................................23
D.4.1 Execução de ensaio de recebimento (desempenho) ....................................................23
D.4.2	 Execução	de	ensaio	de	qualificação	(comportamento) ...............................................24
D.4.3	 Execução	de	ensaio	de	qualificação	(comportamento),	com	medição	de	fluência ...26
D.4.3.1 Aplicação do ensaio .........................................................................................................26
D.4.3.2 Procedimento executivo ..................................................................................................26
D.5 Apresentação dos resultados .........................................................................................26
D.5.1 Ensaios de recebimento ou desempenho .....................................................................26
D.5.1.1 Forma de representação ..................................................................................................26
D.5.1.2	 Traçado	dos	gráficos .......................................................................................................26
D.5.1.3 Representação do comportamento do tirante ...............................................................27
D.5.2	 Ensaios	de	qualificação	(comportamento) ....................................................................27
D.5.2.1 Forma de representação ..................................................................................................27
D.5.2.2	 Traçado	dos	gráficos .......................................................................................................27
D.5.2.3 Representação do comportamento do tirante ...............................................................29
D.5.3	 Apresentação	dos	ensaios	de	qualificação	(comportamento),	com	medição	de	
fluência ..............................................................................................................................29D.5.3.1 Forma de representação ..................................................................................................29
D.5.3.2	 Traçado	dos	gráficos .......................................................................................................29
D.5.3.3 Representação do comportamento do tirante ...............................................................30
D.6 Interpretação dos ensaios ...............................................................................................30
D.6.1 Ensaio de recebimento (desempenho) ..........................................................................30
D.6.2	 Ensaio	de	qualificação	(comportamento) ......................................................................30
D.6.3	 Ensaio	de	qualificação	(comportamento),	com	medição	de	fluência .........................31
Anexo E (normativo) Gráficos	dos	ensaios	de	qualificação	(comportamento)	e	de	recebimento	
(desempenho) ...................................................................................................................32
Anexo F (normativo) Requisitos para assegurar o desempenho dos tirantes ao longo do 
tempo (vida útil de projeto) .............................................................................................38
F.1 Objetivo .............................................................................................................................38
F.2 Manutenção ......................................................................................................................38
F.2.1 Manual do proprietário ....................................................................................................38
F.2.2	 Inspeções	periódicas .......................................................................................................38
F.2.3 Providências adicionais ..................................................................................................38
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Figuras
Figura A.1 – Elementos básicos do tirante ..................................................................................... 11
Figura A.2 – Características do tirante ............................................................................................12
Figura	B.1	–	Esquema	para	verificação	da	estabilidade	geral	quanto	à	subpressão	da	
estrutura com laje atirantada ..........................................................................................17
Figura C.1 – Proteção da cabeça do tirante permanente ..............................................................20
Figura E.1 – Ensaio de recebimento tipo A (ao menos 10% dos tirantes) ...................................32
Figura E.2 – Ensaio de recebimento tipo B (ao menos 10% dos tirantes) ...................................33
Figura E.3 – Ensaio de recebimento tipo C.....................................................................................34
Figura E.4 – Ensaio de recebimento tipo D.....................................................................................35
Figura	E.5	–	Ensaio	de	qualificação ................................................................................................36
Figura	E.6	–	Ensaio	de	qualificação	com	medida	de	fluência.......................................................37
Tabelas
Tabela B.1 – Nível de segurança desejado contra a perda de vidas humanas ...........................14
Tabela B.2 – Nível de segurança desejado contra danos materiais e ambientais ......................14
Tabela B.3 – Fatores de segurança mínimos para ruptura global de tirantes permanentes .....14
Tabela C.1 – Sistema de Proteção em função do meio e local .....................................................19
Tabela D.1 – Cargas para leitura em ensaios de recebimento (desempenho) ............................24
Tabela	D.2	–	Cargas	para	leitura	em	ensaios	de	qualificação	(comportamento) ........................25
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Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas 
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos 
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são 
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto 
da normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos 
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT 
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes 
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para 
exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 5629 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-002), pela 
Comissão de Estudo de Execução de Tirantes (CE-002:152.010). O Projeto circulou em Consulta 
Nacional conforme Edital nº 08, de 09.08.2017 a 10.09.2017.
Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 5629:2006), a qual foi tecnica-
mente revisada.
O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:
Scope
This Standard establishes the requirements that rules the design and construction of ground anchors.
NOTE The designation of ground is applied to soils and rocks.
This Standard is not applied to traction piles or to passives previous buried structures of anchorage.
NOTE Considering that Geotechnical Engineering is not an exact science and risks are part of any activity 
involving phenomena or materials of Nature this Standard’s criteria and procedures are intended to balance 
the technical, economical and security requirements usually accepted by society nowadays. Civil engineer 
with notorious competence is able to give numerical treatment to problems concerning to the science of soil 
and rock mechanics.
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Tirantes ancorados no terreno — Projeto e execução
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para projeto e a execução de tirantes ancorados no terreno.
NOTA A designação de terreno aplica-se a solos e rochas.
Esta Norma se aplica para os requisitos para projeto para aplicações em sitiações especificas 
estabelecidas no Anexo B.
Esta Norma não se aplica às estacas de tração ou às estruturas passivas de ancoragem previamente 
enterradas.
NOTA Reconhecendo que a engenharia geotécnica não é uma ciência exata e que riscos são inerentes 
a toda e qualquer atividade queenvolva fenômenos ou materiais da Natureza, os critérios e procedimentos 
constantes desta Norma procuram traduzir o equilíbrio entre condicionantes técnicos, econômicos e de 
segurança usualmente aceitos pela sociedade na data de sua publicação, e que o profissional habilitado com 
notória competência está capacitado a dar tratamento numérico a problemas relacionados à mecânica dos 
solos e das rochas
2 Referência normativa
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências 
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições 
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 12131, Estacas Prova de carga estática – Método de ensaio
3 Termos	e	definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1 
bainha
espaço anelar entre o elemento de tração e a parede da perfuração
3.2 
cabeça do tirante
dispositivo de transferência da carga do tirante
3.3 
calda de injeção
aglutinante responsável pela aderência do tirante ao terreno 
3.4 
carga aplicada ao tirante
carga que, aplicada à cabeça do tirante, é transmitida ao terreno pelo trecho ancorado (bulbo)
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3.5 
carga de trabalho 
Ft
carga do tirante prevista em projeto
3.6 
carga de incorporação 
Fi
fração da carga de trabalho do tirante estabelecida em projeto na qual o tirante é fixado
3.7 
comprimento do trecho livre 
comprimento livre 
Ll
distância (trecho) entre o ponto de aplicação da carga até o início do comprimento ancorado, (ver 
Figura A.2)
3.8 
comprimento ancorado efetivo 
Lae
comprimento do trecho de transferência de carga ao solo estimado por meio de ensaio
3.9 
comprimento do trecho ancorado 
comprimento ancorado 
comprimento do bulbo 
La
comprimento do trecho do tirante, projetado para transmitir a carga aplicada ao terreno (ver Figuras 
A.1 e A.2)
3.10 
comprimento livre efetivo 
Lle
comprimento do trecho de alongamento livre sob aplicação de carga estimado por meio de ensaio
3.11 
ensaio de tirante
procedimento executado para verificação do comportamento e do desempenho de um tirante, classi-
ficado em recebimento ou qualificação
3.11.1 
ensaio	de	qualificação 
ensaio de comportamento
ensaio executado em tirante para verificação do seu comportamento em um determinado tipo de 
terreno
3.11.2 
ensaio de recebimento 
ensaio de desempenho
ensaio executado para controlar a carga definida em projeto e o desempenho dos tirantes de uma obra
2
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3.12 
tirante
dispositivo capaz de transmitir esforços ativos de tração distribuídos a uma região estável do terreno, 
sendo constituído de cabeça, trecho livre e trecho ancorado ou bulbo
3.12.1 
tirante	provisório
tirante com prazo previsto de utilização inferior a dois anos, a partir de sua instalação
3.12.2 
tirante permanente
tirante com prazo previsto de utilização superior a dois anos
3.12.3 
tirante reinjetável
tirante que permite injeções adicionais após a sua instalação
3.12.4 
tirante não reinjetável
tirante que não permite injeções adicionais após a sua instalação
3.12.5 
tirante autoperfurante
tirante não reinjetável, constituído de elemento monobarra vazado, cuja perfuração é realizada com 
sua própria barra e acessórios, ficando todos incorporados na perfuração, e injetado simultaneamente 
com calda de cimento ou outro fluido aglutinante
4 Projeto do tirante
4.1 Generalidades
4.1.1 Antes do início do projeto devem-se ter dados suficientes indicados em 4.2 para permitir o 
cálculo e a execução dos tirantes, e de mantê-los à disposição durante a execução propriamente dita.
4.1.2 O projeto do tirante deve possuir desenhos e relatório técnico.
4.1.3 O relatório técnico faz parte do projeto e deve estar disponível, quando solicitado. Este deve 
abordar, as premissas adotadas, bem como indicar no projeto as informações descritas a seguir:
 a) seções mínimas e características dos materiais de todos os elementos de tração do tirante;
 b) comprimentos dos trechos livres e ancorados;
 c) ângulo de inclinação da perfuração destinada a receber os tirantes ancorados;
 d) tolerâncias das dimensões, da inclinação e da implantação dos tirantes ancorados;
 e) cargas de trabalho, de incorporação e máxima de ensaios, bem como seus planos de aplicação; e
 f) locação dos tirantes em vista, corte e planta.
4.1.4 Os seguintes aspectos do projeto influenciam no desempenho dos tirantes e devem constar 
no relatório técnico:
 a) espaçamento;
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 b) características geotécnicas do solo;
 c) sobrecargas;
 d) posição do nível d’água;
 e) sequência executiva da obra.
Toda alteração no projeto deve ser submetida ao responsável pelo projeto.
4.2 Planejamento dos trabalhos
4.2.1 Dados para elaboração do projeto
Os seguintes dados devem estar disponíveis para a elaboração do projeto:
 a) relatório de investigação geológico-geotécnica;
 b) levantamento planialtimétrico cadastral;
 c) informações relativas aos elementos interferentes (ver 4.2.2);
 d) interações entre as construções próximas (ver 4.2.3); e
 e) condições na época do projeto em relação à legislação vigente relativa à implantação e execução 
devem ser fornecidas previamente ao projetista.
4.2.2 Informações	relativas	aos	elementos	interferentes
4.2.2.1 Deve ser feito o levantamento das tubulações subterrâneas, das fundações existentes e das 
especificações relativas à implantação e ao funcionamento dos tirantes ancorados no terreno.
4.2.2.2 O levantamento das interferências à execução dos tirantes deve ser fornecida ao projetista, 
antes da laboração do projeto.
4.2.3 Interações	entre	as	edificações	próximas
O projeto deve considerar:
 a) as sobrecargas nas áreas de influência;
 b) as escavações nas imediações;
 c) o estabelecimento dos prazos previstos para a utilização dos tirantes (ver B2.3.1 e B2.3.2); e 
 d) a sequência executiva.
4.3 Cálculo dos esforços
O cálculo dos esforços nos tirantes deve levar em conta a carga máxima que pode ocorrer durante 
sua utilização nas fases de execução e situação de trabalho.
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4.4 Materiais
4.4.1 Elementos de tração
As especificações dos elementos de tração devem constar no projeto. 
4.4.2 Aglutinante
O cimento empregado como aglutinante, na preparação da calda para injeção dos tirantes, deve 
assegurar o desempenho estabelecido em D.4.1
4.4.3 Calda de cimento
A calda para injeção deve apresentar resistência mínima à compressão de 15 MPa aos 28 dias.
A água utilizada na calda deve ser adequada ao cimento e isenta de matériaorgânica.
Pode ser utilizado outro tipo de aglutinante desde que comprovada sua resistência e durabilidade.
Não é permitido o uso de aditivos que contenham quaisquer agentes agressivos ao elemento de tração.
4.5 Dimensionamento
4.5.1 Generalidades
O dimensionamento do tirante como elemento individual consta do estabelecimento dos seus elemen-
tos básicos (cabeça, trecho livre e trecho ancorado) para resistir aos esforços previstos em projeto.
4.5.2 Elementos de tração
4.5.2.1 Seção da armadura de aço
A seção de aço dos tirantes deve ser calculada a partir do esforço máximo a que são submetidos os 
tirantes, tomando-se conforme o caso as seguintes tensões admissíveis:
 a) no caso de tirantes permanentes:
yk
adm 0 91 75
f
,
,
= ×σ
 b) no caso de tirantes provisórios:
yk
adm 0 91 50
f
,
,
= ×σ
 c) no caso de prova de carga ou cargas de curta duração:
yk
adm 0 91 20
f
,
,
= ×σ
onde
σadm é igual à tensão admissível no aço expresso em MPa;
fyk é igual à resistência característica do aço ao escoamento expresso em MPa;
4.5.2.2 Outros elementos de tração
Qualquer outro material utilizado como elemento de tração deve ter comprovada sua resistência 
característica e obedecer ao disposto em 4.5.2.1.
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4.5.3 Comprimento do trecho ancorado
4.5.3.1 O comprimento do trecho ancorado do tirante deve ser estabelecido em projeto, cujo desem-
penho deve ser verificado por meio de ensaios e ajustado conforme necessidade. Esse comprimento 
deve ser calculado por método teórico ou semi-empírico constante em publicações técnicas que refle-
tem o estado da arte na Mecânica dos Solos.
4.5.3.2 O recobrimento de terra sobre o trecho ancorado do tirante deve ser suficiente para asse-
gurar o processo de ancoragem previsto.
4.5.3.3 Devem ser justificados recobrimentos inferiores a 5 m sobre o centro do trecho ancorado.
4.5.4 Comprimento do trecho livre
O comprimento do trecho livre do tirante deve ser estabelecido em projeto.
4.5.5 Cabeça do tirante
A cabeça do tirante deve ser dimensionada para permitir a aplicação dos esforços ao tirante e distribuir 
as tensões aos elementos ancorados.
5 Execução
5.1 Requisitos de contorno
Antes do início da execução devem ser verificadas se os requisitos para projeto correspondem à 
situação atual de campo, principalmente em relação à topografia, construções, interferências, 
vizinhanças, nível d’água e sobrecargas.
Qualquer alteração deve ser comunicada ao projetista para os devidos ajustes.
5.2 Montagem
O comprimento dos tirantes deve atender às especificações do projeto, além de ter o comprimento 
adicional necessário para a operação de protensão e seus ensaios.
Os tirantes devem ter dispositivos que assegurem o cobrimento mínimo de calda de cimento especi-
ficado em projeto.
Podem ser utilizadas emendas desde que assegurada a resistência destas às cargas máximas de 
ensaios.
Os tirantes devem ter proteção anticorrosiva constantes em projeto e de acordo com Anexo C.
5.3 Perfuração
5.3.1 Sistema de perfuração
O sistema adotado para a perfuração dos tirantes deve ser estabelecido de modo a minimizar os efei-
tos no comportamento das estruturas vizinhas (ver 5.3.3).
5.3.1.1 Alinhamento da perfuração
O sistema de perfuração empregado deve assegurar o alinhamento previsto em projeto.
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5.3.1.2 Estabilidade da perfuração
O sistema de perfuração, a ser verificado na execução, deve assegurar que o furo permaneça aberto 
até que ocorra a injeção do aglutinante.
Pode ser utilizado fluido estabilizante desde que:
 a) não altere a capacidade de carga do tirante prevista no projeto;
 b) não contenha produtos agressivos aos elementos do tirante; e 
 c) não interfira na cura e/ou pega do aglutinante.
5.3.2 Locação
A locação da perfuração deve atender à posição prevista em projeto, dentro das tolerâncias indicadas.
Qualquer alteração deve ser autorizada pelo projetista.
5.3.3 Recobrimento mínimo do terreno
Antes da execução, deve ser verificado se o recobrimento mínimo do terreno sobre o trecho ancorado 
(bulbo) indicado no projeto se encontram asseguradas.
5.4 Diâmetro da perfuração
5.4.1 O diâmetro da perfuração deve assegurar o cobrimento mínimo do aglutinante sobre o elemento 
resistente à tração no comprimento ancorado, de modo a atender a sua carga de trabalho, bem como 
a proteção contra corrosão prevista no projeto.
5.4.2 Em qualquer elemento de aço, os aglutinantes compostos por argamassa ou nata de cimento, 
devem garantir o cobrimento mínimo de 1,0 cm. Este recobrimento pode ser garantido pelo espaçador 
adotado e verificado quando da sua montagem.
5.5 Instalação
5.5.1 Verificações	prévias
Antes da instalação de cada tirante, deve ser verificado o seguinte:
 a) se o comprimento de perfuração indicado no projeto é atendido; entretanto, em nenhum caso, 
o início do bulbo deve distar menos de 3,0 m da superfície do terreno de início de perfuração ou 
da face interna do paramento;
 b) se os comprimentos livres e ancorados estão em conformidade com o especificado no projeto;
 c) se a proteção anticorrosiva não apresenta falhas no instante da instalação do tirante no furo, par-
ticularmente nos locais de emendas, que devem ser inspecionadas e corrigidas, se necessário;
 d) se os valores de locação indicados no projeto são atendidos; e
 e) se os dispositivos de fixação da cabeça correspondem às necessidades estruturais, além de 
estarem de acordo com a inclinação do tirante em relação à estrutura a ser ancorada.
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5.5.2 Colocação do tirante no furo
O tirante provisório pode ser instalado antes ou após o preenchimento do furo com calda de cimento 
ou aglutinante.
No caso de tirante permanente a remoção do revestimento deve ser posterior à instalação do tirante 
e ao preenchimento total do furo com aglutinante.
5.5.3 Preenchimento do furo
O furo deve ser preenchido com aglutinante do fundo para a boca. Não ocorrendo o extravasamento 
pela boca, o fato deve ser registrado em boletim apropriado.
5.5.4 Uso de revestimento
As paredes das perfurações devem se apresentar estáveis, caso contrário, os furos devem ser prote-
gidos com revestimento ao longo do trecho instável ou pelo uso de fluido estabilizante.
No caso de tirantes permanentes a perfuração deve ser totalmente revestida, salvo disposição em 
contrário, de comum acordo entre executor e contratante.
5.6 Injeção 
5.6.1 Generalidades
A injeção da bainha fica a critério do executor, desde que seja assegurado o preenchimento ascen-
dente total do furo aberto no terreno e a capacidade de carga do tirante.
A injeção do tirante pode ser feita por calda de cimento ou outro aglutinante qualquer, podendo ser 
em fase única ou em fases múltiplas. 
O processo de injeção dos tirantes deve ser estabelecido de modo a minimizar os efeitos no compor-
tamento das estruturas vizinhas.
5.6.2 Tipos de injeção
Existem dois tipos de injeções, podendo ser em fase única ou em fases múltiplas:a) injeção em fase única: injeção executada pelo preenchimento ascendente do furo aberto no solo; 
 b) injeção em fases múltiplas: injeção complementar à anterior, executada por meio de válvulas, 
que permite reinjeção de calda ou de outro aglutinante em uma ou mais fases.
A injeção em fases múltiplas deve ser executada com controle individual, por meio da válvula da pres-
são de abertura, da pressão de injeção e do volume de aglutinante injetado.
5.6.3 Calda
Para injeção, deve ser utilizada calda de cimento, com as seguintes dosagens em massa, referidas 
ao fator água/cimento (a/c):
 a) a/c igual a 0,5 para o preenchimento da execução da bainha;
 b) 0,5 ≤ a/c ≤ 0,7 para execução de reinjeção.
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Outro produto aglutinante pode ser utilizado para a injeção desde que atenda às características 
e condições especificadas em projeto.
5.7 Registros dos dados
Os principais dados da perfuração e injeção executados devem ser registrados em boletins apropria-
dos com pelo menos as seguintes informações:
 a) tipo de equipamento e sistema de perfuração;
 b) identificação, diâmetro e inclinação do furo;
 c) diâmetro e comprimento do revestimento (quando usado); 
 d) tipo de fluido de estabilização (quando usado);
 e) espessura e tipo de solo das camadas atravessadas;
 f) datas de início e término do furo;
 g) volume de calda injetado na bainha;
 h) volume adicional de calda na boca do furo, para eventual complementação da bainha após a 
pega desta;
 i) tipo de injeção, pressões de abertura e pressão estabilizada, bem como volumes injetados por 
manchete (por fase e por manchete no caso de injeções múltiplas); e
 j) informações adicionais (perda de água e/ou ar, obstáculos encontrados etc.).
6 Ensaios	de	qualificação	e	recebimento
O Anexo D descreve as interpretações, os relatórios e os métodos de ensaios de qualificação (3.11.1) 
e os de recebimento (3.11.2).
7 Incorporação de carga
7.1 A carga de incorporação deve ser definida no projeto, coerentemente com as fases de execução 
e níveis de deslocamentos esperados e aceitos.
7.2 Incorporações provisórias podem ser feitas em qualquer tempo na obra.
7.3 A incorporação somente pode ser considerada definitiva depois de executado e aceito o tirante 
por meio do ensaio de recebimento.
8 Serviços	finais	para	tirantes	permanentes
8.1 Preenchimento do trecho livre
Após o resultado do ensaio do tirante permanente, descrito em D.4.1, ser analisado e aceito, o seu 
trecho livre deve ter a totalidade dos espaços vazios preenchidos. 
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Este preenchimento deve ser feito por meio de injeção de calda de cimento, ou outro material especi-
ficado em projeto, e que não seja agressivo ao elemento resistente à tração, de modo a não permitir 
que infiltrações possam atingir o elemento resistente à tração.
8.2 Proteção da cabeça do tirante permanente
Deve ser feita uma cabeça de revestimento em concreto, argamassa ou outro elemento especificado 
em projeto, assegurando um recobrimento de 5,0 cm de todas as partes metálicas.
Convém instalar, previamente à execução da cabeça de proteção do tirante, um tubo de injeção 
e outro de respiro ou retorno que permita por meio de injeção de cimento ou outro material especificado 
em projeto, o preenchimento adequado dos vazios da cabeça, evitando o surgimento ou percolação 
de água.
9 Manutenção	e	inspeção	periódica
No Anexo F, constam os requisitos para assegurar o desempenho dos tirantes ao longo do tempo (vida 
útil de projeto).
10 Gráficos	para	interpretação	dos	resultados
No Anexo E, constam os modelos de gráficos para a interpretação dos resultados dos ensaios descri-
tos na seção 6.
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Anexo A 
(normativo) 
 
Figuras características dos tirantes
estrutura 
de contenção
tubo de proteção
do trecho livre
perfuração
elemento
resistente à tração
bulbo
bainha
(trecho livre)
(trecho ancorado ou bulbo)
Ll
La
Tubo de 
proteção
da cabeça
cabeça do 
tirante
trecho necessário
para protensão
Legenda
Ll comprimento do trecho livre ou comprimento livre
La comprimento do trecho ancorado ou comprimento ancorado ou do bulbo
Figura A.1 – Elementos básicos do tirante
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Lle < Ll
Lle > Ll
Lle = Ll
Lae < La
Lae > La
Lae = La
1
1c
1b
1a
2
3
4
5
6
7
8
Legenda
1 cabeça do tirante
1a placa de apoio
1b cunha de grau
1c porca ou clavete
2 estrutura ancorada
3 perfuração do terreno
4 bainha
5 elemento resistente à tração
6 trecho ancorado ou bulbo
7 tubo de proteção do trecho livre
8 tubo de proteção da cabeça
La comprimento do techo ancorado, comprimento ancorado ou do bulbo, projetado
Lae comprimento ancorado efetivo, estimado em ensaio
Ll comprimento do techo livre ou comprimento livre, projetado
Lle comprimento livre efetivo, estimado em ensaio
Figura A.2 – Características do tirante
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Anexo B 
(normativo) 
 
Requisitos	de	projeto	para	aplicações	de	ancoragem	em	situações	
específicas
B.1 Introdução
Este Anexo aborda requisitos específicos para projeto nas situações de contenções, prova de carga, 
lajes de subpressão e outras situações.
B.2 Situações	de	contenções
Os tirantes utilizados para assegurar a estabilibade de um talude natural ou escavado, tanto em solo 
como em rocha devem atender as condicionantes mínimas de cálculos, descritos abaixo:
B.2.1 Modelo de cálculo
A modelo de cálculo deve abordar os aspectos de geometria da implantação e todos os condicionan-
tes e interferências conforme a Seção 4 desta Norma e qualquer alteração deve ser aprovada pelo 
responsável do projeto.
Os condicionantes não considerados na memória de cálculo devem estar justificados.
B.2.2 Cálculo da estabilidade geral
A contenção ancorada deve ser estável para as superfícies potenciais de ruptura com fator de segu-
rança (FS) mínimo. 
No caso de obras provisórias, o fator de segurança mínimo é de 1,2. 
No caso de obras permanentes, o projeto deve definir o limite inferior do fator de segurança (FS) utili-
zado, dependendo dos riscos envolvidos.
Deve-se inicialmente enquadrar o projeto em uma das classificações de nível de segurança, definidas 
a partir da possibilidade de perdas de vidas humanas, conforme a Tabela B.1, e de danos materiais 
e ambientais,conforme a Tabela B.2. 
O fator de segurança das superfícies calculadas no projeto para obras permanentes deve ser superior 
aos valores apresentados na Tabela B.3.
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Tabela B.1 – Nível de segurança desejado contra a perda de vidas humanas
Nível de 
segurança Critérios
Alto
Áreas com intensa movimentação e permanência de pessoas, como edifica-
ções públicas, residenciais ou industriais, estádios, praças e demais locais, 
urbanos ou não, com possibilidade de elevada concentração de pessoas
Ferrovias e rodovias de tráfego intenso
Médio
Áreas e edificações com movimentação e permanência restrita de pessoas
Ferrovias e rodovias de tráfego moderado
Baixo
Áreas e edificações com movimentação e permanência eventual de pessoas
Ferrovias e rodovias de tráfego reduzido
Tabela B.2 – Nível de segurança desejado contra danos materiais e ambientais
Nível de 
segurança Critérios
Alto
Danos materiais: locais próximos a propriedades de alto valor histórico, 
social ou patrimonial, obras de grande porte e áreas que afetem serviços 
essenciais
Danos ambientais: locais sujeitos a acidentes ambientais graves, como nas 
proximidades de oleodutos, barragens de rejeito e fábricas de produtos 
tóxicos
Médio
Danos materiais: locais próximos a propriedades de valor moderado
Danos ambientais: locais sujeitos a acidentes ambientais moderados
Baixo
Danos materiais: locais próximos a propriedades de valor reduzido
Danos ambientais: locais sujeitos a acidentes ambientais reduzidos
Tabela B.3 – Fatores de segurança mínimos para ruptura global de tirantes permanentes
Nível de segurança contra danos 
materiais e ambientais
Nível de segurança contra danos a vidas 
humanas
Alto Médio Baixo
Alto 1,5 1,5 1,4
Médio 1,5 1,4 1,3
Baixo 1,4 1,3 1,2
O projeto, para o cálculo do fator de segurança das superfícies potenciais de ruptura, deve escolher 
um método de cálculo, dentre os métodos consagrados em mecânica dos solos levando-se em conta 
o estado da arte e os condicionantes geológicos e geotécnicos envolvidos.
A carga do tirante a ser considerada no cálculo do fator de segurança deve ser a carga de trabalho 
do tirante como uma das parcelas do esforço atuante.
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B.2.3 Tempo de utilização
O tempo de utilização do tirante provisório ou permanente deve atender as seguintes condições:
B.2.3.1 Tirante com prazo previsto de utilização inferior a dois anos, a partir de sua instalação.
B.2.3.2 O tirante com prazo previsto de utilização superior a dois anos.
B.2.4 Esforços
B.2.4.1 Carga de trabalho do tirante
Cada tirante deve ter seu comprimento ancorado (bulbo) dimensionado para resistir a uma carga 
correspondente à carga de trabalho multiplicada por fator de segurança de:
 a) 1,75 para tirantes permanentes; ou
 b) 1,50 para tirantes provisórios.
B.2.4.2 Cargas de trabalho dos tirantes nas fases executivas 
O projeto deve apresentar as cargas de incorporação previstas nos tirantes para cada fase de execução.
B.2.5 Dimensionamento do elemento resistente à tração
O dimensionamento deve atender a 4.5.2.
B.2.6 Interferência do comprimento do trecho ancorado (bulbo)
Deve ser considerada no projeto a interferência entre trechos ancorados (bulbos) no comportamento 
e estabilidade no conjunto da obra.
B.2.7 Comprimento do trecho livre
O comprimento mínimo do trecho livre deve ser tal que permita que o alongamento assegure a fixação 
da cabeça quando da aplicação da carga de protensão (ver 4.5.5).
O comprimento mínimo do trecho livre deve ser:
 a) no caso de fixação por rosca, de 3,0 m, ou
 b) no caso de fixação por clavetes, de 5,0 m.
B.3 Situação de prova de carga
Tirantes para aplicações em provas de carga devem permitir a aplicação das cargas estabelecidas no 
projeto do ensaio conforme a ABNT NBR 12131, destinados a suportar um sistema de reação.
B.3.1 Modelo de cálculo
Deve-se dispor de um projeto que aborde a geometria da implantação dos tirantes e eventuais 
interferências.
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A distância mínima entre o ponto mais próximo do bulbo e o eixo da estaca deve ser de no mínimo três 
vezes o diâmetro (caso de seção circular) ou três vezes a dimensão do maior lado (caso de seção 
quadrada ou retangular) e nunca inferior a 1,5 m.
Todos os tirantes de uma mesma prova de carga devem ser calculados de forma a assegurar o 
mesmo deslocamento na cabeça. Caso isso não possa ser assegurado, devem ser utilizados macacos 
hidráulicos individuais nos tirantes, de modo a compensar as diferenças dos deslocamentos.
B.3.2 Dimensionamento estrutural
O dimensionamento estrutural deve atender a 4.5.2, e podendo ser adotado o mesmo critério de tiran-
tes provisórios.
B.3.3 Carga	de	ensaio	–	Verificação	geotécnica	do	bulbo
Quando estes tirantes forem ensaiados antes da realização da prova de carga, o fator de segurança 
deve ser no mínimo 1,2 vez a carga máxima atuante neles. 
Na impossibilidade da execução de ensaio prévio, os tirantes devem ser projetados para suportar, 
no mínimo, duas vezes a carga máxima prevista na execução da prova de carga.
B.4 Situação de laje de subpressão
Para lajes de subpressão os tirantes devem ser projetados para ancorar lajes submetidas ao empuxo 
hidrostático, evitando sua flutuação.
B.4.1 Modelo de cálculo
B.4.1.1 Nível de água
O modelo de cálculo deve considerar no mínimo o nível de água mais alto observado ou conhecido 
no local de interesse.
B.4.1.2 Comprimento do trecho ancorado ou bulbo
O comprimento do trecho ancorado ou bulbo deve ser calculado conforme 4.5.3.
B.4.1.3 Comprimento total do tirante (comprimento do trecho livre mais bulbo)
O comprimento deve ser calculado de forma que o peso do terreno solidário entre tirantes, calculado 
espacialmente, somado ao peso da estrutura, assegure um FS ≥ 1,1 contra a flutuação, não podendo ser 
considerados outros esforços favoráveis sem a devida justificativa, como o atrito nas paredes da cava.
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B.4.1.4 Peso do terreno solidário entre tirantes 
Deve ser calculado como sendo correspondente ao peso submerso do volume de terreno limitado por:
 a) base da laje de fundo;
 b) bordos da laje de fundo; e
 c) uma figura geométrica espacial, composta por cones com vértices partindo do centro de cada 
bulbo, com semiângulo de abertura igual ao ângulo de atrito do terreno, e nunca superior a 45°. 
A Figura B.3 apresenta o esquema para verificação da estabilidade em corte. 
L
estrutura
N.A.
h
tirantes
trecho ancorado
ou bulbo
massa do terreno
considerada no cálculo
N.A.
La
La
2
β
Legenda
L dimensão da cava
h nível d’água máximo a partir do fundo da escavaçãoLa comprimento do bulbo
β semiângulo do vértice do cone
N.A. nível d’água
Figura	B.1	–	Esquema	para	verificação	da	estabilidade	geral	quanto	à	subpressão	da	
estrutura com laje atirantada
B.4.2 Requisitos de projeto
B.4.2.1 Os tirantes devem ser projetados consistentemente com o projeto do sistema de imperme-
abilização, sendo que este último não é objeto desta Norma.
B.4.2.2 O comprimento do trecho livre deve ser tal que permita um alongamento necessário para 
a incorporação da carga de projeto.
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B.4.2.3 Os tirantes devem ser incorporados, com a carga de trabalho, antes da atuação dos esfor-
ços hidrostáticos.
NOTA 1 Este procedimento pode evitar o deslocamento da estrutura devido ao alongamento dos tirantes.
NOTA 2 Durante a fase do desligamento do rebaixamento as cargas, inicialmente aplicadas ao terreno, 
pelas ancoragens dos tirantes, são transferidas hidrostaticamente para a laje de fundo.
B.4.3 Tempo de utilização
Estes tirantes devem ser dimensionados e considerados permanentes.
B.5 Requisitos	para	outras	situações
Para aquelas situações particulares, não contempladas neste Anexo, como esforços de tração em 
fundações, estais, cais, barreiras de proteção, túneis e outras, devem ser adotados os conceitos e 
critérios desta Norma. Caso o projetista utilize na elaboração do projeto outras normas que considere 
relevante, estas devem ser devidamente mencionadas na memória de cálculo.
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Anexo C 
(normativo) 
 
Sistemas de proteção contra a corrosão
C.1 Introdução
Os sistemas de proteção orientam a proteção contra a corrosão dos elementos de aço, a fim de assegu-
rar o desempenho da ancoragem ao longo de sua vida útil de projeto a partir da sua instalação, sendo:
 — até dois anos para tirantes provisórios;
 — mais do que dois anos para tirantes permanentes.
C.2 Sistema	de	proteções	contra	a	corrosão
A caracterização dos sistemas de proteção contra a corrosão deve ser estabelecida no projeto. Os sis-
temas de proteções contra a corrosão a serem aplicados em todos os elementos dos tirantes devem 
seguir a Tabela C.1:
Tabela C.1 – Sistema de Proteção em função do meio e local
Vida útil de 
projeto Meio 
a
Proteção
Cabeça Trecho livre Trecho ancorado
Provisório
Não 
agressivo Calda de cimento Calda de cimento Calda de cimento
Agressivo
Calda de cimento 
+ 1 barreira
Calda de cimento 
+ 1 barreira
Calda de cimento
Permanente
Não 
agressivo
Calda de cimento 
+ 2 barreiras 
+ Tubo protetor
Calda de cimento 
+ 2 barreiras
Calda de cimento 
+ 1 barreira
Agressivo
Calda de cimento 
+ 3 barreiras 
+ Tubo protetor
Calda de cimento 
+ 3 barreiras
Calda de cimento 
+ 1 barreira
a A referência de meio não agressivo é o critério pH > 6, podendo ser necessários outros critérios e ensaios, 
devidamente a ser prescritos no projeto.
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C.3 Requisitos para sistemas de proteção contra a corrosão
C.3.1 Gerais 
Os sistemas de proteção devem atender aos seguintes requisitos:
 a) ter vida útil de projeto igual ou superior a do prescrita para o tirante;
 b) não reagir quimicamente com o solo;
 c) não restringir o movimento do trecho livre;
 d) ser composto de material com deformação compatível com o tirante; e
 e) ser resistente às operações de montagem, transporte, instalação e protensão do tirante.
C.3.2 Estanqueidade
O processo executivo deve assegurar a total estanqueidade da cabeça no tirante permanente.
A Figura C.1 indica esquematicamente uma forma de proteção para a cabeça do tirante.
O tubo protetor deve avançar no mínimo 30 cm para o terreno, além da parede de contenção.
Estrutura
Injeção da cabeça
Injeção da bainha
Tubo protetor
(para tirantes definitivas)
Mínimo
30 cm
Mínimo
5 cm
Tubo para
injeção da 
cabeça
Suspiro
Argamassa 1:3
(A/C)
Figura C.1 – Proteção da cabeça do tirante permanente
C.4 Tipos de barreiras anticorrosivas
Para efeitos da Tabela C.1, os seguintes produtos ou tratamentos são considerados barreiras:
 a) calda de cimento, que deve assegurar cobrimento mínimo de 10 mm por meio de centralizadores 
espaçados a cada 2,0 m, no máximo; ou
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 b) tubo de polietileno, PVC, poliéster ou outro material não degradável; para encapsulamento do tre-
cho livre, devendo ter espessura mínima de 1 mm para proteção individual e 2 mm para proteção 
coletiva; ou
 c) tubo metálico ou plástico corrugado; ou
 d) galvanização a fogo; ou
 e) pintura específica para proteção anticorrosiva com deformação mínima igual ou superior à defor-
mação elástica do aço; ou
 f) graxa grafitada; ou
 g) a critério do projetista, podem ser utilizados outros tipos de barreira de proteção, desde que pre-
vistos em projeto e devidamente justificados.
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Anexo D 
(normativo) 
 
Métodos	de	ensaios	de	qualificação	e	de	recebimento
D.1 Princípio	dos	métodos
Os métodos de ensaio para qualificação (comportamento), bem como recebimento (desempenho), 
avaliam as cargas nos tirantes, baseados na aplicação de carga axial de tração e medição dos deslo-
camentos na cabeça do tirante.
D.2 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução dos ensaios consiste em:
 a) conjunto macaco e manômetro, com respectiva curva de aferição, com resolução máxima de 
2,0 MPa (20 kg/ cm2);
 b) bomba de óleo manual ou elétrica;
 c) célula de carga (opcional); 
 d) dispositivo para medição de deslocamentos: régua graduada em milímetros; relógio comparador 
(extensômetro) com leitura de 0,01 mm ou dispositivo equivalente elétrico/digital, conforme o tipo 
do ensaio;
 e) grade de apoio para o macaco, no caso deste não se apoiar diretamente na placa de distribuição 
de cargas da cabeça do tirante;
 f) outros acessórios para distribuição de cargas ou fixação de instrumentos e referência indeslocável.
O certificado de aferição da aparelhagem mencionada nas alíneas a, c e d deve ter data inferior a um 
ano, contada do início da obra.
D.3 Procedimentos gerais
D.3.1 Segurança
Por ocasião dos ensaios e da protensão (incorporação de carga), o espaço na frente da cabeça 
de ancoragem deve ser protegido e mantido livre de pessoas.
D.3.2 Prazo
Os ensaios devem ser executados após um tempo de cura coerente com as características do cimento 
ou outro aglutinanteinjetado no bulbo.
Usualmente o prazo para ensaio após a injeção, para a maioria dos cimentos Portland comum, é de 
sete dias e, para o tipo cimento Portland de alta de resistência Inicial, é de três dias.
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D.3.3 Reação
Os ensaios podem ser executados reagindo contra estruturas ou diretamente sobre o terreno. 
Em qualquer caso devem ser acompanhados os deslocamentos da superfície de reação para que não 
influenciem a interpretação do ensaio, nem comprometam a estrutura.
D.3.4 Cargas
A carga máxima a ser aplicada em qualquer ensaio não pode ultrapassar 90 % da resistência ao 
escoamento do elemento resistente à tração.
As forças aplicadas devem ser coincidentes com o eixo do tirante, ao longo de todo o ensaio.
As cargas máximas de ensaio, de trabalho e de incorporação devem constar no projeto.
D.3.5 Sistema de aplicação de cargas
As cargas devem ser aplicadas por meio do conjunto macaco, manômetro e bomba hidráulica, 
conforme indicado em D.2.
D.3.6 Medição das cargas
A medição das cargas aplicadas é feita pela relação entre a pressão de óleo do manômetro e a carga 
atuante no macaco ou por meio da célula de carga, atendendo à aparelhagem descrita em D.2.
D.3.7 Tolerâncias nos estágios de carga
Todos os valores para leitura das cargas indicadas nas Tabelas D.1 e D.2 podem sofrer ajustes de até 
10 % dos valores indicados, com exceção da carga máxima do ensaio.
D.3.8 Carga inicial [F0]
Todos os ensaios indicados nesta Norma devem ser iniciados a partir de uma carga inicial da ordem 
de 10 % da carga máxima prevista no ensaio.
D.3.9 Medições	dos	deslocamentos	da	cabeça	do	tirante
Devem sempre ser obtidos no alinhamento do eixo do tirante e seguir os procedimentos específicos 
indicados em D.4.
Os deslocamentos que ocorrem em cargas menores que F0 não são medidos.
D.4 Procedimentos para a execução dos ensaios
D.4.1 Execução de ensaio de recebimento (desempenho)
D.4.1.1 Todos os ensaios devem partir da carga F0, ir até a carga máxima prevista para o ensaio, 
retornar à carga F0 e recarregar até a carga de incorporação. 
Outros procedimentos podem ser utilizados para incorporação, desde que indicados no projeto.
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D.4.1.2 Devem ser feitas medições de deslocamento da cabeça, tanto na fase de carga, como 
de descarga em todos os valores indicados na Tabela D.1.
Os deslocamentos da cabeça do tirante devem ser medidos com régua graduada em milímetros 
ou instrumento com menor unidade de medida, em relação a uma referência indeslocável no sentido 
da tração aplicada. 
A medição pode ser feita no êmbolo do macaco, desde que também seja medido o deslocamento 
da estrutura de reação do macaco.
D.4.1.3 Um estágio de carregamento somente pode ser iniciado após a estabilização dos desloca-
mentos da cabeça do tirante no estágio anterior, dentro da resolução de 1 mm.
D.4.1.4 Na carga máxima, os deslocamentos da cabeça devem ser menores que 1 mm, após 5 min.
D.4.1.5 A Tabela D.1 indica os estágios de carga para ensaios de recebimento ou desempenho, 
onde devem ser efetuadas medições de deslocamento, na carga e na descarga.
Tabela D.1 – Cargas para leitura em ensaios de recebimento (desempenho)
Estágios de carga F0 0,3.Ft 0,6.Ft 0,8.Ft 1,0.Ft 1,2.Ft 1,4.Ft 1,5.Ft 1,6.Ft 1,75.Ft
Em pelo 
menos 
10 % dos 
tirantes
Permanente
(tipo A)
Provisório
(tipo C)
Nos 
demais
Permanente
(tipo B)
Provisório
(tipo D)
Legenda
 Cargas para leitura
Ft = carga de trabalho prevista
F0 = carga inicial
D.4.2 Execução	de	ensaio	de	qualificação	(comportamento)
D.4.2.1 Aplicado para investigação ou adequação de um determinado tirante em um determinado 
terreno. 
Deve ser executado em pelo menos 1 % da quantidade, arredondada para cima, dos tirantes perma-
nentes e em um dos primeiros tirantes da obra.
D.4.2.2 Neste ensaio, a partir dos deslocamentos observados, são medidos:
 a) a capacidade de carga;
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 b) os deslocamentos sob carga constante;
 c) o comprimento livre equivalente;
 d) o atrito ao longo do comprimento livre; e
 e) o comportamento sob carga de longa duração (no caso de ensaio com medição de fluência).
D.4.2.3 O ensaio é realizado em ciclos de carga e descarga. 
Todos os ensaios devem partir da carga F0, ir até a carga do primeiro estágio e voltar à carga F0. 
Depois seguir até o estágio seguinte e voltar a carga F0, sucessivamente, em todos os estágios 
indicados na Tabela D.2, até a carga máxima prevista.
D.4.2.4 Devem ser feitas medições de deslocamento da cabeça, tanto na fase de carga como na 
de descarga, sempre que as cargas passarem pelos valores indicados na Tabela D.2.
D.4.2.5 Os deslocamentos da cabeça do tirante devem ser medidos a partir da carga inicial (F0), 
com relógio comparador (extensômetro) ou outro instrumento com resolução de 0,01 mm, em relação 
a uma referência indeslocável no sentido da tração aplicada. A medição pode ser feita no êmbolo 
do macaco, desde que também seja medido o deslocamento na estrutura de reação do macaco.
D.4.2.6 Na carga máxima de cada estágio, antes do descarregamento, os deslocamentos da cabeça 
do tirante, sob carga constante, devem ser medidos até a estabilização, de acordo com os seguintes 
critérios:
 a) para cargas menores ou iguais a 0,75 Ft – menores que 0,1 mm em intervalo de 5 min
 b) para cargas de 0,75 Ft a 1,0 Ft – menores que 0,1 mm em intervalo de 15 min
 c) para cargas superiores a 1,0 Ft – menores que 0,1 mm para intervalo de 60 min em qualquer solo.
D.4.2.7 A Tabela D.2 indica os estágios de carga para ensaios de qualificação, onde devem ser 
efetuadas medições de deslocamento, na carga e na descarga.
Tabela	D.2	–	Cargas	para	leitura	em	ensaios	de	qualificação	(comportamento)
Estágio de carga F0 0,4.Ft 0,75.Ft 1,0. Ft 1,25.Ft 1,5. Ft 1,75.Ft
Tirantes permanentes
Observação da fluência a
a ver Anexo E
Legenda
 Cargas para leitura
Ft = carga de trabalho prevista
F0 = carga inicial
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D.4.3 Execução	de	ensaio	de	qualificação	(comportamento),	com	medição	de	fluência
D.4.3.1 Aplicação do ensaio
Este ensaio é aplicado para avaliação da perda de carga do tirante ao longo do tempo.
Deve ser executado em pelo menos 0,5 % da quantidade dos tirantes permanentes, em obras com 
mais de 100 tirantes, podendo também ser executado em obras com menor número de tirantes, desde 
que indicado pelo projetista, em comum acordo com o executor e o contratante.
D.4.3.2 Procedimento executivo
Utilizar o procedimento de D.4.2, acrescido das seguintes etapas:
 a) os deslocamentos da cabeça devem ser medidos com dois extensômetros, instalados diametral-mente opostos em relação ao eixo do tirante;
 b) manter a carga constante para os estágios indicados na Tabela D.2 e medir, no mínimo, os desloca-
mentos nos seguintes tempos, em cada estágio: 10 min, 20 min, 30 min, 40 min, 50 min e 60 min;
 c) a partir de 60 min, as medições podem ser consideradas concluída até que o deslocamento nos 
últimos 30 min seja inferior a 5 % do deslocamento total do ensaio; caso contrário, devem ser 
procedidas medições a cada 30 min; e
 d) as cargas devem ser mantidas as mais estáveis possíveis, pois a qualidade do ensaio e interpre-
tação são diretamente dependentes da estabilização da carga em cada estágio.
D.5 Apresentação dos resultados
D.5.1 Ensaios de recebimento ou desempenho
D.5.1.1 Forma de representação
Os resultados devem ser apresentados por meio da tabela de leituras e pelos gráficos indicados nas 
Figuras E.1 a E.4 para cada tipo de ensaio indicado na Tabela D.1.
D.5.1.2 Traçado	dos	gráficos
Todos os gráficos devem ter como origem o ponto correspondente a F0.
Os Gráficos denominados “Grafico de cargas × deslocamentos totais” devem possuir o eixo horizontal 
das forças (F), representando todos os ciclos de carga e descarga, conforme indicado nos Anexo E, 
Figuras E.1 a E.4.
Os Gráficos denominados “Graficos de deslocamento elástico e permanentes”, correspondes à ava-
liação da repartição do comportamento dos deslocamentos elásticos e permanentes em função do 
carregamento (F × de e F × dp), como representado no Anexo E, Figuras E.1, E.2, E.3 e E.4, deve 
possuir as linhas conforme descrito a seguir:
 a) linha “a” ou linha limite superior, correspondente ao deslocamento elástico da cabeça para um 
tirante com o comprimento livre (Ll) mais metade do bulbo (La), cuja equação é dada por:
( )( )0 l a
ea
F F L L 2d
E.S
− +=
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 b) linha “b” ou limite inferior, correspondente ao deslocamento da cabeça para um tirante com 
o comprimento livre (Ll) diminuído de 20 %, cuja equação é dada a seguir:
( )0 l
eb
0 8 F F Ld
E.S
, −=
 c) Linha “c” ou comportamento teórico, corresponde ao deslocamento da cabeça para um tirante 
com o comprimento livre (Ll) igual ao de projeto, cuja equação é dada a seguir:
( )0 l
ec
F F Ld
E.S
−=
onde
F0 é a carga inicial;
Ll é o comprimento do trecho livre;
La é o comprimento do trecho ancorado;
E é o módulo de elasticidade do material do elemento resistente à tração;
S é a área da seção do elemento resistente a tração.
D.5.1.3 Representação do comportamento do tirante
A representação do comportamento do tirante deve ser traçada a partir dos dados “de” e “dp” obtidos 
no gráfico correspondente de “Cargas × Deslocamentos totais” para a carga máxima do ensaio. 
A reta ligando F0 ao ponto representativo de de para a carga máxima é considerada como representativa 
do comportamento elástico.
A partir desta reta são marcados os pontos representativos do comportamento plástico obtido a partir 
da subtração do valor correspondente ao deslocamento total medido no ciclo de carga, para cada 
estágio de leitura. 
Na parte inferior do gráfico uma linha ligando estes pontos representa o comportamento permanente 
do tirante ao longo do carregamento.
D.5.2 Ensaios	de	qualificação	(comportamento)
D.5.2.1 Forma de representação
Os resultados devem ser apresentados por tabela de leituras e por dois gráficos de interpretação 
indicados na Figura E.5, como descrito no item D.5.2.2:
D.5.2.2 Traçado	dos	gráficos
O gráfico denominado “Grafico de carga × deslocamento total” da Figura E.5.a deve possuir o eixo 
horizontal das forças (F), representando todos os ciclos de carga e descarga, conforme indicado na 
Figura E.5.
O gráfico denominado “Grafico de carga × deslocamento elástico e permanente” da Figura E.5.b, 
corresponde à repartição do comportamento dos deslocamentos elásticos e permanentes em função 
do carregamento (F × de e F × dp), como representado na Figura E.5.
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O gráfico deve possuir as linhas conforme descrito a seguir:
 a) linha “a” ou linha limite superior, correspondente ao deslocamento elástico da cabeça para um 
tirante com o comprimento livre (Ll) mais metade do bulbo (La), cuja equação é dada por:
( )( )0 l a
ea
F F L L 2d
E.S
− +=
 b) linha “b” ou limite inferior, correspondente ao deslocamento da cabeça para um tirante com o 
comprimento livre (Ll) diminuído de 20 %, cuja equação é dada a seguir, com um trecho inicial RS 
defletido, onde os pontos R e S são definidos por coordenadas:
( )0 l
eb
0 8 F F Ld
E.S
, −=
 c) linha “c” ou comportamento teórico, corresponde entre deslocamento da cabeça para um tirante 
com o comprimento livre (Ll) igual ao de projeto, cuja equação é dada a seguir:
( )0 l
ec
F F Ld
E.S
−=
 d) Linha “RS” com as seguintes coordenadas:
 — ponto R: d = 0; F = F0 + 0,15 Flim
 — ponto S: d = [0,5 Flim] Ll / E.S; F = F0 + 0,75 Flim
onde
Flim é a carga máxima de ensaio;
F é a carga;
F0 é a carga inicial;
Ll é o comprimento do trecho livre;
La é o comprimento do trecho ancorado;
E é o módulo de elasticidade do material do elemento resistente à tração;
S é a área da seção do elemento resistente à tração.
O traçado de 0R-RS considera a diminuição no alongamento devido à existência de maiores perdas 
por atrito nos carregamentos iniciais.
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D.5.2.3 Representação do comportamento do tirante
A representação do comportamento do tirante é feita considerando os itens geométricos a seguir 
indicados:
 a) o comprimento livre efetivo do tirante (Lle) resulta da inclinação do trecho aproximadamente reto 
da curva dos deslocamentos elásticos obtido no gráfico (F × de), cuja equação pode ser escrita 
como:
e
le
dL E.S
F
∆=
∆
onde
∆de é igual à variação de deslocamento em dois pontos quaisquer do trecho reto;
∆F é igual à variação de força correspondente a ∆de;
E é igual ao módulo de elasticidade do material do elemento resistente à tração;
S é igual à seção do elemento resistente à tração.
 b) a interseção do prolongamento da reta definida em a com o eixo das forças, determina aproxima-
damente a perda de carga por atrito (Pa), no trecho livre por ocasião da protensão.
D.5.3 Apresentação	dos	ensaios	de	qualificação	(comportamento),	com	medição	de	
fluência
D.5.3.1 Forma de representação
Os resultados devem ser apresentados como no ensaio de qualificação (comportamento), acrescido 
dos traçados dos gráficos indicados e representados na Figura E.6.c.
D.5.3.2 Traçado	dos	gráficos
O gráfico denominado “Tempo × deslocamento” da Figura E.6.a deve possuir o eixo horizontal dos 
tempos em minutos, representando o deslocamento total em milimitro, dentro de cada estágio de carga, 
conforme indicado na Figura E.5.
No gráfico denominado “Log (tempo) × deslocamento” da Figura E.6.b, são determinados os coeficien-
tes de fluência obtidos graficamente para cada estágio, assumindo como representativo do comporta-
mento do tirante uma reta interpolada pelos pontos medidos.

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