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Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
 
Parte histórica 
O primeiro órgão de solução de conflitos foi o conselho de homens prudentes, criado em Paris em 
1426. Não confundir o Direito do Trabalho Individual, nascido na Revolução Industrial, com o Direito 
Processual do Trabalho, surgido antes para a mediação dos conflitos entre os senhores feudais e seus 
servos. 
Com o declínio da idade média com a formação das cidades, nascem as corporações de ofício, que 
possuem a ideia de trabalho livre. Com o trabalho livre surge então os conflitos. Os reis nomeavam os 
homens da sociedade para solucionar tais conflitos. Na França atual o conselho permanece com os 
mesmo nome. 
Parte Histórica – Brasil 
No Brasil a primeira experiência que tivemos foi em 1911 com o patronato agrícola e em 1922 com o 
tribunal rural. Foram criadas apenas em São Paulo e eram órgãos voltados para os conflitos rurais. O 
tribunal rural funcionava como uma segunda instância do patronato. Em 1923 surge o conselho 
nacional do trabalho que era um órgão consultivo do Ministério da Agricultura, Industria e Comércio. 
Só São Paulo possuía um sistema de solução de conflitos até então. Antes de 1930 não havia 
qualquer preocupação social. Getúlio buscaria os grupos desfavorecidos, como as mulheres e os 
trabalhadores para evitar o contra golpe que se desenhava. Em 1930, Getulio Vargas cria o Ministério 
do Trabalho. Getulio cria uma relação promíscua com os sindicatos, inspirado na Carta Del Lavoro de 
Mussolini. Essa relação possui um tripé: 
I. Carta Sindical (a autorização do Estado para a criação dos sindicatos), 
II. Contribuição Sindical (imposto compulsório) 
III. Cargos políticos para os sindicalistas (os cargos biônicos e os juízes classistas) 
 
Em 1932, Getulio cria as Comissões Mistas de Conciliação para os conflitos coletivos e as Juntas de 
Conciliação e Julgamento para os conflitos individuais. São vinculadas ao executivo e a Justiça do 
Trabalho surge como uma instância administrativa. A conciliação é a solução política para os 
conflitos. 
 Comissões Mistas de Conciliação – Ainda é o modelo mais usado no mundo, 
menos aqui no Brasil. Diante do conflito coletivo é destinada a audiência de 
conciliação. Se não houver a conciliação, manda-se para a arbitragem. Caso as 
partes queiram a arbitragem, o Estado se retira do conflito. A judicialização é 
exceção. No Brasil a judicialização é plena. A OIT considera nosso modelo anti 
democrático. 
 
 Juntas de Conciliação e Julgamento – Foram criadas para os conflitos individuais. 
Havia um presidente que necessariamente deveria possuir formação jurídica e que 
seria auxiliado pelos juízes classistas, que não possuíam tal formação. A ideia inicial 
é que o classista traria sua experiência para o tribunal. Com o passar dos anos o 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
processo ficou mais técnico. Nos anos 80 os togados não queriam mais a presença 
dos classistas. Na segunda instância os classistas eram os relatores. 
 
A CF/37 prevê a justiça do trabalho como parte do executivo. Mas ela só será instaurada no Brasil em 
1 de maio de 1941. Possui 3 instâncias: 
 Primeira instância – Juntas de conciliação e julgamento 
 Segunda instância – Conselhos regionais do trabalho 
 Terceira instância – Conselho nacional do trabalho 
 
Em 1/05/1943 a CLT nasce, sendo promulgada. É um decreto lei, ou seja, não foi discutida pelo 
congresso. Não é um código, é uma consolidação. Ou seja, veio para harmonizar. A CLT possui direito 
individual, coletivo,, fiscalização do trabalho (direito administrativo), processo do trabalho. Em 1946 
surge a nova CF. A Justiça do Trabalho veio para p o poder judiciário sendo o fim da fase 
administrativa, com suas três instâncias: JCJ, TRT E TST. Na época da CLT, pensava-se como processo 
administrativo. Houveram institutos criados na fase administrativa e permanecem até hoje. Se 
chamam postulados. 
 Jus postulandi – Capacidade postulatória das partes. Na Justiça do Trabalho não é necessária 
a presença de um advogado para entrar com uma reclamação trabalhista. Regra válida apenas 
para as primeira e segunda instâncias. Para ações no TST é necessária a sua presença, assim 
como nas ações rescisórias. 
Súmula 425 do TST: 
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. 
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da 
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais 
Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, 
a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos 
de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
 Conciliação - É obrigatória esta fase. O juiz precisa perguntar antes da instrução se há acordo 
entre as partes, sujeito a anulação do processo caso não respeitada. 
 Audiência Una – A ideia é que se resolva no mesmo dia. É a concentração dos atos. 
 Poder normativo – É a possibilidade da Justiça do Trabalho julgar o conflito coletivo, criar 
normas que se mostrem necessárias e adequadas para a solução do conflito. 
 
Em editado o decreto lei 779/69, que disciplina as prerrogativas da Fazenda Pública. Em 1970 é 
editada a Lei 5584/70, que prevê o procedimento sumário trabalhista no caso, dois salários mínimos. 
Prevê a assistência jurídica gratuita pelo sindicato. Assistência gratuita pelo sindicato é a única 
hipótese de honorários de sucumbência. Os honorários recaem em 30% sobre o valor da sentença. 
 
 Súmula nº 219 do TST 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a 
redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT 
divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento 
de honorários advocatícios não decorre pura e 
simplesmente da sucumbência, devendo a parte, 
concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da 
categoria profissional; b) comprovar a percepção de 
salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-
se em situação econômica que não lhe permita demandar 
sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. 
(art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-
I). 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários 
advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. 
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em 
que o ente sindical figure como substituto processual e 
nas lides que não derivem da relação de emprego. 
IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de 
relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento 
dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se 
à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 
90). 
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de 
substituição processual sindical, excetuados os processos 
em que a Fazenda Pública for parte, os honorários 
advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o 
máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, 
do proveito econômico obtido ou, não sendo possível 
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 
2015, art. 85, § 2º). 
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, 
aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários 
advocatícios contemplados no Código de Processo Civil. 
 
Súmula nº 329 do TST 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 133 DA CF/1988 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Mesmo após a promulgação da CF/1988, permanece 
válido o entendimentoconsubstanciado na Súmula nº 219 
do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
Em 1982 o STF declara a inconstitucionalidade dos pré julgados do TST. Pré julgados eram as súmulas 
vinculantes. A maior parte dos pré julgados viraram as súmulas do TST. Em 1988, com a nova 
Constituição, é ampliada a competência da Justiça do Trabalho. A lei 7701/89 que disciplina 
internamente o TST é editada. Em 1999 a Emenda 24 põe fim aos classistas.Em 2000 é editada a lei 
9957/00 que cria o procedimento sumaríssimo de até 40 salários mínimos como valor de alçada. A lei 
9958/00 cria as comissões de conciliação prévia que são órgãos extra judiciais de soluçãode conflitos 
individuais. Em 2004 a emenda 45 amplia a competência da Justiça do Trabalho Em 2014 a lei 14015 
altera o sistema recursal. Em 2015 surge o novo CPC. 
 
Conceito de processo do Trabalho 
 
Conjunto de princípios e normas jurídicas destinadas a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais 
do Estado nas soluções dos dissídios individuais ou coletivos entre empregadores e empregado. A 
finalidade do processo é solucionar o dissídio. 
 
Processo e os ramos do Direito 
 
 Internacional – Tratados internacionais que traem princípios, como o Pacto de San Jose e 
Declaração dos Direitos Humanos. Pontualmente sobre processo teremos a Convenção 
Interamericana sobre cartas rogatórias e o Protocola de Las Leñas (protocolo de cooperação 
judiciária do MERCOSUL em matéria covil, trabalhista e comercial). Também há o 
reconhecimento das decisões judiciárias no MERCOSUL 
 Constitucional – Artigo 22 prevê que a competência privativa da União para legislar em 
matéria processual e procedimental. Artigo 5 falará sobre os princípios processuais e o artigo 
93 reitera o principio da motivação das decisões judiciais. No artigo 5 teremos os remédios 
constitucionais (habeas corpus e mandado de segurança). No artigo 129 a ação civil pública, 
pode ser ajuizada pelo sindicato e pelo Ministério Público do Trabalho. A partir do artigo 91, a 
Justiça dará garantias para o poder judiciário. No artigo 111 a Justiça do Trabalho é discutida, 
com ênfase no artigo 114 que falará sobre sua competência material. No artigo 128, o 
Ministério Público da União é composto por 4 ministérios, incluindo o ministério público do 
trabalho. 
 Administrativo – Disciplina as relações jurídicas com o Estado. Poder Judiciário faz parte do 
Estado e pratica atos administrativos. Esses atos se conectam ao processo. O regimento intero 
dos tribunais organizam internamente os tribunais regionais. Também definirá a competência 
destes. E há os recursos. Ex: agravo regimental que é um recurso de agravo previsto nos 
regimentos internos dos tribunais, cabível da decisão monocrática do tribunal, com o fim de 
levar o recurso ou pedido ao colegiado. O TST edita as instruções normativas que determinam 
a forma e o processo para o ato processual. Exemplo: Instrução Normativa n° 39, que dispõe 
sobre as normas do Código de Processo Civil de 2015 aplicáveis e inaplicáveis ao Processo do 
Trabalho, de forma não exaustiva e Instrução Normativa nº 20 - Dispõe sobre os 
procedimentos para o recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito da 
Justiça do Trabalho. O Juiz Corregedor – Pode ser o Ministro ou o Desembargador. O 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
Corregedor é um papel administrativo, que fiscaliza o funcionamento da justiça. No processo 
do trabalho o corregedor julga apenas um recurso chamado de correição parcial, que serve 
para corrigir erros derivados de ação ou omissão do juiz. 
 Penal – No Código Penal há os crimes contra a administração Pública. A Justiça do Trabalho 
faz parte da administração pública. Há o desacato e os crimes contra a justiça, como a falsa 
testemunha. Há também, os crimes contra a organização do trabalho. 
 Processo Penal – art 40 – Comunicação a autoridade e expedição de ofícios para o INSS,. Se 
há indicio de crimes tem que mandar para o delegado da PF/MP. O efeito da coisa julgada 
penal – a decisão penal projeta efeitos no contrato de trabalho. São aceitas 3 hipóteses: 
I. Se a decisão penal foi condenatória, há coisa julgada. No processo 
do trabalho não pode mais se discutir isso. 
II. Se for absolutória por negativa de autoria ou por inexistência do 
fato, também há coisa julgada. 
III. Não há coisa julgada quando a sentença for absolutória por 
atipicidade penal ou falta de provas 
 
 O correto é o juiz do trabalho produzir a prova e aguardar a sentença penal. 
 
 Processo Civil – A CLT possui um mecanismo para preencher suas lacunas através dos artigos. 
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de 
disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela 
jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais 
de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os 
usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum 
interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. 
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do 
trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais 
deste. 
Direito Comum é o Direito Civil. 
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária 
do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com 
as normas deste Título. 
 
Para o processo de conhecimento aplica-se subsidiariamente o CPC no processo do trabalho de 
forma supletiva quando preenchidos dois requisitos: 
I. Objetivo – omissão. A CLT não possui uma regra específica para 
omissão. Exemplo: perícia médica. Não há na CLT qualquer menção 
a solicitação no processo da realização da perícia médica. Logo, 
busca-se de forma supletiva no CPC tal pedido. 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
II. Subjetivo – compatibilidade. A regra importada do CPC tem que ser 
compatível com o processo do trabalho. É avaliado caso a caso. 
 
 
Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em 
que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos 
executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. 
 
Na execução trabalhista, havendo omissão, aplica-se a lei de execução fiscal (6830/80). A lei remete 
ao NCPC. 
 
Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou 
administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e 
subsidiariamente. 
 
O processo civil assume o macro sistema processual. Há uma Regra Geral: O CPC reconhece os micros 
sistemas – eleitoral, trabalhista, por exemplo. O administrativo é um processo não judicializado. 
Aplicação subsidiária do CPC é no caso de omissão. A supletiva é quando se torna possível levar novos 
institutos ao processo do trabalho. Avançar no processo do trabalho com os novos institutos do 
processo civil. O TST editou a instrução normativa 39 onde o artigo 15 do CPC deve ser interpretado 
com os artigos 769 e 88 da CLT. 
 
Princípios 
 
O processo do trabalho tem a questão principiológica controvertida, alguns afirmam que não há, e 
outros indicam vários. Quatro serão tratados os quais há um consenso. 
Oralidade 
Vários atos podem ser orais- Reclamação trabalhista, contestação, concentração de atos orais. É um 
principio processual, comum dos ramos processuais 
 Conciliaçãonão é princípio, é meio de solução de conflito, a natureza jurídica foi modificada. 
Poderia reconhecê-la como uma ideia de postulado, inerente na lógica do processo do 
trabalho – é um principio, mas no sentido de ser essencial, mas não do meio jurídico 
 Audiência Uma é uma regra procedimental, não princípio, que pode inclusive terminar. 
 Primazia da Realidade Não importa a forma, a aparência, mas sim os fatos reais. Ex: trabalha 
como auxiliar de secretaria, o professor falta e começa a substituir o professor – é irrelevante 
a forma que está no carteira de trabalho, mas o que de fato ocorre. É principio de direito 
material, não processual. 
 In dubio pro operário Havendo uma norma, com várias interpretações possíveis há de se 
adotar a interpretação mais benéfica ao trabalhador. Alguns doutrinadores mais antigos 
afirmam que se aplica ao processo. Os mais atuais, afirmam que não, é principio de direito 
material não processual. 
 Norma mais favorável: havendo conflito de normas, aplica-se a mais favorável ao 
trabalhador, sendo irrelevante a hierarquia da norma – ex: cláusula verbal se sobrepondo a 
CF. 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
 
 
Relações de trabalho e conflitos. 
 
Como é possível distinguir as duas relações? Utiliza-se de dois critérios: 
 Sujeitos: em uma relação individual terá empregado e empregador. Em uma relação 
coletiva terá as categorias (representadas pelos sindicatos dos trabalhadores) ou 
empregadores (representados pelos sindicatos patronais). 
 Interesses: em uma relação individual, o interesse é individual, nas coletivas 
necessariamente, os interesses são coletivas, de todo o grupo ou de parte. Essas relações 
coexistem, havendo a relação individual, juntamente com a coletiva, por 
automaticamente estar em uma categoria. 
 
Essas relações são conflitantes pois não há harmonia entre o capital e o trabalho. Sobre conflitos diz 
Liebaman que “é uma pretensão resistida”, a doutrina entende como interesses antagônicos. 
 
Na justiça do trabalho encontraremos: 
 
1. Conflitos próprios são aqueles que decorrem da relação do direito material. Teremos o 
individual e o Coletivo, este se subdivide-se em: 
1. Conflito de natureza jurídica: Já existe a norma e o empregador não a aplica. Ex: 
CLT, sentenças normativas. CCT e ACT. 
2. Conflito de natureza econômica: É um conflito em busca de novos direitos. Aplica-
se o poder normativo da justiça do trabalho. Ex: protetor solar para garis ou 
estabilidade pré aposentadoria. 
 
2. Conflitos Impróprios: São considerados conflitos de segunda dimensão. Pressupõe a 
existência da relação de direito material mas não envolve os sujeitos ou interesses 
1. Categoria X Sindicato – Um conflito comum nessa relação é a respeito da 
contribuição assistencial. 
2. Sindicato X Sindicato – Teremos dois conflitos comuns: Sindicato contra Sindicato, 
ambos da mesma categoria, por território ou desmembramento e Sindicato dos 
trabalhadores X Sindicato patronal em época de dissídio coletivo. 
3. Intersindical – Conflito que ocorre dentro do sindicato. Ex: Eleição da diretoria do 
sindicato e eventuais impugnações das chapas. 
4. Empregado X Empregado – Assédio moral ou sexual de forma horizontal. 
 
A justiça do Trabalho só possuía competência para julgar os conflitos próprios. A partir da EM 45 ela 
passou a julgar os impróprios também. 
 
 
 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
Formas de solução de conflitos 
 
Há 3 formas de solução. 
 
1. Autotutela ou autodefesa: elemento característico é a força física. Nos estados modernos 
não é mais admitido. Há um tipo penal e um abuso de direitos. Na doutrina trabalhista 
teremos como exemplos a greve e o lock out. O Brasil proíbe o lock out. A greve não é um 
meio de solução, mas sim um meio de pressão. 
 
2. Autocomposição: Sua característica principal é a vontade das partes: as partes que decidem 
sobre a solução. Ex: negociação no conflito coletivo ou individual. Alteração de contrato, 
artigo 468 da CLT é um exemplo de negociação individual. 
 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só 
é lícita a alteração das respectivas condições por 
mútuo consentimento, e ainda assim desde que 
não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos 
ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula 
infringente desta garantia. 
Parágrafo único - Não se considera alteração 
unilateral a determinação do empregador para 
que o respectivo empregado reverta ao cargo 
efetivo, anteriormente ocupado, deixando o 
exercício de função de confiança. 
 
Pra a OIT a negociação coletiva é um princípio a partir da declaração de princípios e direitos 
fundamentais de 98. Pode ter um terceiro para auxiliar, o que torna uma conciliação. 
Conciliação 
 Conciliação extra judicial no conflito individual: CCP (Comissões de conciliação 
prévia) 
 
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem 
instituir Comissões de Conciliação Prévia, de 
composição paritária, com representante dos 
empregados e dos empregadores, com a 
atribuição de tentar conciliar os conflitos 
individuais do trabalho. Parágrafo único. As 
Comissões referidas no caput deste artigo poderão 
ser constituídas por grupos de empresas ou ter 
caráter intersindical. 
 
 Conciliação extra judicial no conflito coletivo – Não há regramento específico. 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
 Conciliação judicial – Tanto para os conflitos individuais quanto para os coletivos é 
considerado o primeiro ato judicial. Caso se trate de conflito em serviços essenciais 
(judiciário, metrô, ônibus, ex.) a conciliação deverá se dar no mesmo dia do 
ajuizamento da reclamação. 
 
 Mediação – Para os conflitos individuais não há regramento específico. Para os 
coletivos é feito no Ministério do Trabalho, na Superintendência Regional do 
Trabalho e Emprego. No Ministério se chamará de mesa redonda de negociação e é 
presidida pelo auditor fiscal do trabalho. É requisito para ajuizar o dissídio. A 
diferença entre a conciliação e a mediação é que na mediação o terceiro não 
decidirá nada. São colaboradores. O conciliador é leigo no assunto, mas possui 
credibilidade junto as partes. O mediador é um técnico da área no conflito, ele 
conhece as questões do conflito e sugere soluções e faz as ofertas. No processo 
civil é o contrário, mediador é conciliador e conciliador é mediador. 
 
Resultados frutíferos da autocomposição 
 
Conflito Individual – posa pela alteração do contrato de trabalho, observa-se os 
limites firmados no art 468, caso o contrato esteja vigendo. A solução altera o 
contrato. Se o contrato acabou o resultado será patrimonial. 
Conflito coletivo – a celebração dos instrumentos normativos (ACT e CCT) 
 
3. Heterocomposição – O elemento característico é a existência de um terceiro que decide o 
conflito. 
Arbitragem – Lei 9307/96 – Para os conflitos coletivos usa se o art 114 da CF/88 
O TST não admite a arbitragem para o conflito individual, pois na própria lei de arbitragem 
possui o seu foco em direito patrimonial e direito disponível. No direito do trabalho, esse 
direito é indisponível. E teremos a clausula arbitral que tem vício de consentimento. Para 
optar pela arbitragem existem duas formas: o pacto seria após o conflito e a cláusula é antes 
(nota da Vanessa: essa clausula em questão é a imposta nos contratos antes de sua 
celebração, onde se especifica que todo o conflito que existir durante o contrato, deverá ser 
levado antes para a arbitragem). Imposta a arbitragem judicial,sua jurisdição será no poder 
judiciário. Jurisdição: prestação da tutela pelo Estado pelo Poder Judiciário. Para os conflitos 
individuais a regra serão as varas. Para os conflitos coletivos, a regra serão os tribunais. 
 
Comissões de Conciliação Prévia – CCP 
 
Foram criadas pela lei 9958/2000, a qual inseriu na CLT os artigos 625 A, 877 A e alterou o 876. Tem 
por finalidade promover a conciliação (solução de conflitos) em conflitos extrajudiciais de natureza 
individual. Nessas comissões há uma regra comum a todas, qual seja, que ela tenham composição 
paritária, ou seja, com representantes dos empregados e empregadores. 
Há três espécies de comissões: 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
1. Comissão por empresas ou grupo de empresas: pode atuar em uma empresa específica ou 
em um grupo. A criação não é obrigatória – é facultativo como as demais – Entende-se 
que a criação é por ato unilateral do empregador (prof. discorda pois entende que deveria 
ter uma negociação com o sindicato – só ele) 
 
Haverá no mínimo 2 membros e no máximo 10 – sempre paritário empregador/empregado. E para 
cada titular haverá o suplente com mandatos de 1 ano, permitida uma única recondução. 
Os representantes do empregador, serão indicados por ele, e o dos trabalhadores serão eleitos, em 
uma votação secreta, fiscalizada pelo sindicato.Os representantes eleitos titulares e suplentes tem 
estabilidade até 1 ano após o término do mandato, só podendo ser dispensados na ocorrência de 
falta grave. Obs: alguns entendem que é necessário um inquérito de apuração de falta grave. 
O tempo destinado ao trabalho na CCP são horas remuneradas, fazem parte da jornada de trabalho, 
se ficar até tarde – horas extras. 
 
2. Comissão por sindicato: busca conciliar conflitos individuais em uma categoria especifica. 
 
3. Intersindical: pode atender várias categorias diferentes, motoboys/engenheiros. 
 
Ambas deve ter composição paritária, e serão criadas por acordos ou convenção coletiva de trabalho, 
se é remunerado ou não estará na convenção. 
Procedimentos das CCPs 
Art. 625 D: tem duas regras: 
 
 Tem que usar a CCP do lugar onde presta serviços. Ex: empresa Osasco, mora em SP, 
trabalha em Guarulhos, a CCP é de Guarulhos. 
 Passagem obrigatória pela CCP: todo conflito deve ser submetido pela CCP – para o 
TST obrigatoriamente tem que ir a CCP antes de ir ao judiciário, caso a parte não fosse 
resultaria em falta de interesse de agir. 
 
O Tribunal de São Paulo sempre entendeu que não era obrigatório ir a CCP, isso porque restringiria o 
direito de ação – obstáculo judicial. Chegava depois no TST de que depois de anos dizendo que era 
obrigatório. A matéria chegou ao STF, e este entendeu que a passagem é FACULTATIVA a CCP – isso 
acabou com os meios alternativos de solução de conflitos. A parte interessada vai a CCP e faz um 
requerimento, esse pode ser escrito ou verbal, não sendo necessário advogado. Com isso a parte 
contrária é convidada para uma audiência. Nessa audiência pode: a parte contrária não ir (não sofre 
sanção); as partes comparecerem e não se conciliarem – termo de conciliação infrutífera (para provar 
a passagem, antes precisava); as partes comparecerem e se conciliarem – termo de conciliação 
perante a CCP. Esse termo conciliatório é título executivo extrajudicial – se não cumprir pode 
promover uma ação de execução. Além disso, ele tem eficácia liberatória (instituto) Obs: Só há 2 
títulos executivos na justiça do trabalho Termo na CCP e o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – 
perante o MP. 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
Se recebe um cheque, atrás está escrito verbas rescisórias do trabalho – não pode executar na justiça 
do trabalho – provavelmente o empregador vai alegar a incompetência da justiça comum – afasta 
pelo principio da autonomia da cartula (a relação de direito material fica desprendido ao título, não 
há mais relação), mas a discussão vai até o STF, atualmente o STF iria remeter para a Justiça do 
Trabalho, e este extingue o feito por falta de interesse Promover uma ação de cobrança ou monitória 
na Justiça do Trabalho, pois não considera como título executivo o cheque na Justiça do Trabalho. 
Correntes da eficácia liberatória (instituto): 
 
1. Entende que eficácia liberatória significa quitação plena/total do contrato de trabalho. Ex: 
reclama horas extras, pede 10 mil, o empregador sugere pagar 6 mil em 6 parcelas, 
chegam a um acordo, o empregado esqueceu das férias, não tem mais jeito. 50% dos 
tribunais. 
2. Entende que a quitação é dos títulos (verbas pleiteadas). Ex: pede as horas extras, chega a 
um acordo. Se esqueceu das férias ainda pode pleitear, pois é outro título. 50% dos 
tribunais. 
3. Quitação dos valores pagos. Ex: pede 10 mil, concorda em 6 mil, para essa corrente o 
empregado pode pleitear os 4 mil restantes – não é uma solução de conflito, é muito 
criticada, excepcionalmente é usada, empregado (vulnerabilidade) tem menor ideia dos 
seus direitos, e há uma diferença muito grande do que foi conciliado e do que tem direito. 
A CCPs tem um prazo para atuar, de no máximo 10 dias, ultrapassado esse prazo, qualquer das partes 
pode declinar do procedimento, então lavra-se o termo de Conciliação Infrutífera por decurso de 
prazo – facultativo. No período que estiver na CCP a prescrição trabalhista está suspensa. 
 
 
 
Organização judiciária 
 
 Primeira Instância – As varas de trabalho 
Onde não há vara do trabalho, quem prestará a jurisdição é o juiz estadual. As varas tem 
competência para conflitos individuais. E a lei 6947/81 trás os critérios para a criação das 
varas. Vara é criada por Lei federal e por iniciativa do poder judiciário, por sugestão do TST. O 
TST avalia a cada dois anos a possibilidade da criação. A competência territorial é de 100 km. 
Há os critérios para a criação da primeira vara: a cidade precisa ter 24 mil trabalhadores ou 
média de 240 ações sido ajuizadas por ano no ultimo triênio. Para a ampliação da vara serão 
necessários 1.500 ações por ano. Lei 10770/03 – essa lei permite que os TRTs desloquem 
Varas dentro da sua competência - se o número de ações diminuir – todo o processo iria 
demorar – com essa lei o tribunal pode deslocar a Vara para uma localidade que precise mais. 
 
 Segunda instância – Tribunais Regionais do Trabalho 
Em determinadas circunstâncias, também poderão ser a primeira instância. A constituição 
determina que haja um para cada Estado e para o DF. São Paulo possui dois: TRT-2 e TRT-15 
(Campinas e região).. Os tribunais possuem competência recursal. Em sua competência 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
originária, serão as ações ajuizadas diretamente na segunda instância, seguindo os trâmites 
da primeira instância. Exemplos: Mandado de segurança, ação rescisória, habeas corpus e 
dissídio coletivo. É dividida em: 
1. Tribunal Pleno – Composto por 93 desembargadores. É um órgão especial no TRT em 
que compartilham matérias administrativas como punições de servidores e questões 
judiciais, precatórios. Também fazem o controle difuso da constituição – art 97 da 
CF/88. Clausula de reserva de plenário – o controle de normas é feito pelo pleno ou o 
especial. Em 2014 os tribunais são obrigados a editar súmulas. 
2. SDI – Sessão de dissídios individuais: Existem 8 SDI no TRT 2. Possuem a competência 
originária individual – os mandados de segurança caem no SDI. 
3. SDC – Sessão de dissídios coletivos – lá as votações são por cláusula por clausula dos 
dissídios.SDI E SDC fazem o papel da primeira instância. A competência recursal é das turmas. 
 
4. Turmas: Competência para questões recursais – aqueles que sobem da 1º instancia, e 
possíveis ações incidentais – ação cautelar 
5. Desembargador corregedor: função administrativa, bom funcionamento da justiça, se 
está abrindo no horário, juízes estão cumprindo pauta. 
 
 Terceira instância - Tribunal Superior do Trabalho 
A competência é recursal dos recursos provenientes do TRT. É segunda instância quando os 
processos se iniciam no TRT. A competência é originária em ações individuais como o habeas 
corpus, ação rescisória e dissídio coletivo. 
Habeas Corpus ou Mandado de segurança – a autoridade coautora deverá ser o juiz da vara 
ou o desembargador 
Ação rescisória do TST – impetra no TST 
Ação rescisória do TRT – Impetra no Tribunal. 
O critério para definir a competência do Tribunal em dissídio coletivo é a extensão territorial 
do conflito. Ex: Problema em MG com os metroviários – TRT de MG julga. Agora se houver um 
conflito que envolva bases de vários tribunais distintos – carteiros de MG e RJ – competência 
é do TST. 
Exceção em SP: SP tem 2 Tribunais – a 2º Região e a 15º Região – problema em SP, o Tribunal 
de SP, se for em Ribeirão Preto, é 15º - se envolver RP e SP – quem julga é a 2º Região, apesar 
de ser dois tribunais 
É dividido em: 
1. Tribunal Pleno: é o Orgão Especial, que possui competência administrativa: 
precatórias, controle de constitucionalidade, edição de súmulas 
2. Sessão de Dissidios Individuais SDI- 1(competência recursal interna, da decisão da 
turma, pode ter recurso para a SDI II) e SDI-2 (competência individual originária – MS, 
HC, AR) 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
3. Sessão de Dissídios Coletivos: competência originária coletiva (DC), mas também tem 
competência recursal coletiva. 8 Turmas: Competência recursal individual, quando o 
processo começa na 1º Instancia (Vara – TRT – TST) – cabe recurso para a SDI I 
4. Ministro Corregedor: bom funcionamento da justiça nacionalmente 
 
O TST tem aproximadamente 443 Súmulas, mas internamente o TST edita os chamados OJ 
(Orientações Jurisprudenciais), que na prática tem o mesmo peso de Súmula. A diferença 
formal é que a Súmula é votada pelos 27 ministros, a OJ só discute com os Ministros o vinculo 
ao SDI e SDC, sendo mais rápida a discussão. As OJ são editadas pelo Tribunal Pleno, os SDI I e 
SDC II editam as OJ transitórias, que são temas superados pela lei, no caso, os processos que 
ainda correm com o antigo código de processo civil. A SDC II também edita os Precedentes 
Normativos (aplicação do poder normativo da justiça do trabalho – 95 cancelados) 
 Quarta Instância - STF 
Em matéria constitucional o STF é a última instância – Recurso Extraordinário. 
 
Competência da Justiça do Trabalho. 
Segundo Liebman “Competência é a É a quantidade de jurisdição que se atribui a um órgão ou 
conjunto de órgãos do Poder Judiciário. A repartição da jurisdição é a competência” 
No Brasil tudo pode ser levado ao judiciário. 
Critério 
1. Absolutos – pode ser alegado em contestação – preliminar, a qualquer tempo – 1º e 2º 
instâncias – e pode ser conhecido de ofício. Se transitar em julgado cabe ação rescisória. 
 Material: 
 Hierárquico/ Funcional: quando uma ação entra na 1º, 2º instancia 
(originariamente) 
2. Relativos: se não for alegado em contestação há preclusão, havendo prorrogação da 
competência. 
 Territorial: As regras para a competência territorial estão no artigo 651 da CLT 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local 
ou no estrangeiro. 
 § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a 
Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade 
mais próxima. 
 § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário 
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades 
fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar 
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos 
respectivos serviços. 
A regra geral é no local de prestação do serviço. 
a) Lugares simultâneos – É em qualquer lugar onde se prestou o serviço 
b) Lugares sucessivos – É sempre no último local da prestação do serviço. 
Exceções à regra geral. 
1. Para o agente ou viajante comercial (prática atos de comércio – vende, assina contratos, 
demonstra produtos pelo empregador): Há duas regras: 
 Se estiver vinculado a uma filial a competência é do local desta filial. Ex.: Ticio 
visita vários clientes em SP, depois vai para RJ onde é a filial da qual foi contratado 
diretamente, volta a SP e resolve, vai para BH, mais problemas se reporta RJ, sua 
filial; 
 Não há vínculo especifico de filiais, nesse caso a competência é a do domicilio do 
trabalhador. 
Caso que caiu em prova: Ticio estava em SP, pegou as mercadorias e foi até 
BH, deixou lá e seguiu vazio até o RJ, lá pegou outras mercadorias e foi até 
salvador, descarregou, pegou outras e voltou para SP. Ticio não pratica atos de 
comércio só leva e traz, não é agente para levar negócios. Como ele fazia 
habitualmente, são locais simultâneos, então pode propor em cada um, se era só 
às vezes, em SP. 
2. Brasileiros no exterior: todo país tem regra de proteção aos seus cidadãos, ela só não será 
aplicada se houver Tratado em sentido contrário. 
a. É possível que o empregado seja transferido para uma filial no exterior 
Quando chegar no Brasil pode propor a ação em território brasileiro, sendo 
competente por todo o período do contrato. Quanto à lei que será aplicada deve 
adotar o princípio da norma mais favorável pela Teoria Conglobamento 
Mitigado/ ou por Instituto 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
Ex: Ticio foi transferido para o Japão, ficou 3 anos, entra com ação trabalhista e 
pede férias de 30d, e que no Brasil era 5d, bem como horas extras (jornada 6h 
por dia e 6d por semana) – Aplica-se a mais favorável por bloco conforme for 
mais favorável – a brasileira para férias, e a jornada aplica-se a japonesa 
a. Pode ainda o contrato ser exclusivamente no exterior, ex. vai trabalhar em um 
restaurante – começa, e termina no exterior – exclusivo no exterior. 
Nesse caso, há muito dificuldade inclusive para citar – não aceita jurisdição externa 
em relação que foi apenas no local, seria possível apenas se houvesse uma filial no 
Brasil, então poderia processar a filial daqui. Nesse caso tem que trazer a lei local 
traduzida para o processo e aplica-se aqui. 
 
3. Empregadores que promovem atividades fora do local do contrato: prevalece que isso 
significa atividades itinerantes do empregado, ex: circo, shows – quando desloca, é toda a 
atividade empresarial que desloca. 
Neste caso, a competência é do local da celebração do contrato ou qualquer um dos locais da 
prestação de serviços. 
EX: Contratado na Itália 3m, depois Grécia 6m, Rio 3m, Sp 5m, Buenos Aires 6m – e contrato é 
extinto.Pode processar no Brasil? Se for brasileiro, valesse da 2º regra, tanto no Rio quanto 
em SP. Se não for brasileiro também pode propor aqui, mas só o período em que prestou a 
atividade aqui, e pode ser em qualquer um dos locais, pois a atividade é itinerante. 
Se não passou no Brasil e for brasileiro pode, o problema é qual será o direito material 
utilizado, terá que trazer todos os códigos dos países passados. E se fosse uma multinacional 
qualquer e for brasileiro, aplica-se o último local – SP - regra do caput, porque o empregador 
não é itinerante. Se não passou no Brasil, em qualquer lugar do Brasil Se for estrangeiro em 
multinacional o último local, só do tempo que passou no Brasil. 
 
Observações 
I. No processo do trabalho não existe agravo de instrumento – não existe recurso contra 
decisão interlocutória, essa Sumula permite o Recurso Ordinário (apelação no Processo Civil) 
quando o juiz acolhe uma exceção de incompetência territorial e determina a remessa dos 
autos para uma Vara vinculada a outro Tribunal. Se o juiz rejeitar cabe mero protesto 
(parecido com a. retido). Só cabe processo se remeter para outro Tribunal (TRT). Ex: para 
Santos ainda é SP, mas se for mG ou RJ pode. 
Súmula nº 214 do TST 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 
14, 15 e 16.03.2005 
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias 
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional 
do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do 
Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) 
que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para 
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o 
disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
 
II. As regras de competência territorial podem ser afastadas se inviabilizar o direito de ação. Ex: 
A está há 10 anos na empresa, surge vaga de gerente em outro local, muda de local, 6m sai da 
empresa e entra com ação, no dia da ação a empresa pede exceção de incompetência para 
mandar para Manaus, pois trabalhou lá, estando em SP – inviabilizaria o direito de ação, por 
isso o juiz poderia afastar as regras de incompetência, ás vezes pode deslocar mesmo se o 
local for mais perto. O direito de ação deve prevalecer. 
III. Cláusula de foro de eleição – todo contrato cível geralmente tem essa cláusula – no contrato 
de trabalho não é possível, pois este contrato geralmente é quase de adesão, e haveria um 
vício de consentimento. Só seria possível se a cláusula fosse mais benéfica (raro) 
IV. Com o novo CPC, a incompetência territorial virou preliminar de contestação – apresentada a 
exceção suspende a contestação, alguns juízes não recebem, tem que fazer constar em ata - 
incidente – mas estas deviam ser apresentadas em primeira audiência, algum juiz pode 
entender que não deva receber e estaria precluso, por isso deve estar contido em ata se for 
excepcionado – TODA DEFESA DEVE SER APRESENTADA NA PRIMEIRA AUDIÊNCIA. 
V. Se a incompetência territorial for peça apartada – apresentada a exceção, suspende o 
processo para solucionar o incidente e não recebe a peça. Se o juiz não aceitar a contestação, 
registra-se em ata para não haver preclusão na próxima audiência. 
Competência Material 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 
Relação de Trabalho – trabalho humano é gênero 
Relação de emprego – contrato de trabalho. 
Outras relações: 
1. Relação de emprego: individual ou coletiva 
Competência Justiça do Trabalho 
2. Outras relações de trabalho: existe trabalho humano, é protegido juridicamente, só que 
essa proteção é incidental, secundária, p. ex: trabalho do preso, trabalho voluntário, 
trabalho do cônjuge que fica em casa – dona de casa; 
Competência Justiça Comum – pois é incidental 
3. Trabalho proibido: varia muito de momento histórico e local – esta pode envolver o sujeito, 
no Brasil há uma idade mínima 16, e aprendiz 14, alguns países proíbem trabalho de 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
mulheres. Mas a maior parte está relacionada ao objeto, cassino, bingo, rufianismo, tráfico 
de drogas, comércio de armas, trabalho escravo. 
Este pode ter uma questão penal – trabalho escravo 
 Justiça Comum 
 
Segundo o STF, o trabalho escravo é de competência federal. Competência da Justiça do Trabalho – 
relação de emprego. 
Pode ter uma questão trabalhista, e mesmo de responsabilidade civil (perdeu uma perna), bem como 
problema administrativo (autua a fazenda por ter trabalho escravo). 
As demais, Competência Justiça do Trabalho. 
4. Relações de trabalho com o Estado: 
a. Estatutário: regimes próprios de trabalho 
Justiça Comum, depende do empregador se federal, federal, se munc/estad comum. 
b. Empregado público: contrata pela CLT 
Justiça do Trabalho 
5. Trabalho do CC e CDC (relações consumeristas): nos contratos – contratar dentista, a clínica 
não, pois seria prestação de serviço 
Justiça Comum 
 
Lei de greve cuida da greve típica – a paralisação dos trabalhadores. Greve atípica: ato de não 
colaboração dos trabalhadores. há várias figurar, como a greve de ritmo lento – operação tartaruga, 
greve de rigor excessivo – operação padrão (PF- nos aeroportos fiscalizar quem entra e sai, 
geralmente é por amostragem, ou por informação prévia, nesses casos verificam todos – faz o 
trabalho com rigor além. O metro tem um sistema de operação para checar a segurança, nesse caso 
checam em cada estação), greve de superprodução – produz além do que deve, greve de ocupação 
(os trabalhadores acampam no local e não trabalham) 
 Greve de ocupação: trabalhadores ocupam a empresa. Greve ambiente – consta apenas na CF/SP – 
visa a melhoria do ambiente do trabalho. Greve geral – greve de cunho político. Não há no Brasil 
As típicas e atípica a Competência Justiça do Trabalho 
Para retirar o trabalhador pode utilizar ação possessória – reintegração de posse – bem jurídico é o 
direito real, ou abuso do direito de greve - SV 25 STF decidiu que a competência é da Justiça do 
trabalho 
 
 
 
 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
Súmula Vinculante 23 - STF 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação 
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de 
greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
 
É possível ainda alguma responsabilidade civil, por ofensa, danos, e essas condutas ilícitas podem ter 
desdobramentos penais, e nesse caso não é competência da Justiça do Trabalho. 
Quanto a responsabilidade civil, dos trabalhadores, empregador e sindicato, bem como 
desdobramentos trabalhistas, esses sim são de competência da justiça do trabalho. 
Ex: 3 trabalhadores queimam carro da empresa, e câmera grava, gera justa causa, fora 
desdobramentos penais 
Isso está relacionada ao Movimento Paredista: se o empregador quebra essas garantias, ele responde 
por isso. Durante a greve o empregador não pode contratar, só se for para evitar grave prejuízo. Ex: 
fornos de siderúrgicas que precisam estar ligados 24h, e precisam haver manutenção ou pode 
explodir. 
Lockout: é a paralização do empregador – proibida no Brasil – caso haja a competência éda justiça do 
trabalho, isso é justificado pois é um ato coletivo do empregador, e o lockout e a greve é o mesmo 
fenômeno, com a inversão dos sujeito – e a CF prevê que a greve é competência da justiça do 
trabalho. 
 
Conflitos Impróprios 
 
 Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado 
envolver matéria sujeita à sua jurisdição. O HC é um remédio constitucional que visa proteger 
o direito de locomoção – e esta pode estar na ótica do direito penal e no comum. Na civil 
atualmente só a de alimentos, a que tinha antes era a prisão do depositário infiel na execução 
do bem, hoje não há mais – Sum 25 STF. MS visa segurar direito liquido e certo, na justiça do 
trabalho é uma ação corriqueira, pois não há recurso contra decisão interlocutória, e por isso 
é comum. usar a via mandamental – contra juiz, alguns acham possível contra diretor de Vara, 
e há uma nova hipótese é contra atos da fiscalização do trabalho. HD protege o direito a 
informação do impetrante que conste em banco de dados da administração pública, ou banco 
de dados de acesso público – o direito a informação pode ser desdobrado em conhecer a 
informação, retificá-la e complementar a informação. Não cabe contra ao empregador – STF 
já afirmou. Pode-se pensar em duas hipóteses: contra a fiscalização do trabalho, por exemplo, 
o auditor fiscal solicita uma série de documentos, e programa para voltar e não volta, na 
superintendência pergunta e afirmam que tem um procedimento e negam por afirmar que é 
sigiloso, cabe HD para ter acesso. Um banco de dados de recolocação profissional de acesso 
público gerido pelo sindicato, por exemplo, portal para professores que quiserem enviar 
currículo, inserido este currículo, estas informações estão erradas, e estas não são 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
modificadas, pode impetrar HD para retificar. A lei e a jurisprudência exigem um 
requerimento prévio, negado ou não respondido em 10d, não pode ir direto ao judiciário. 
 
 Os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no 
art. 102, I; Pode ter um conflito entre: 
1. Juízes de trabalho da mesma região = o TRT julga 
2. Juiz do trabalho e Estadual investido em jurisdição trabalhista = o TRT julga 
3. Juízes de trabalho de tribunais diferentes = o TST julga 
4. Entre dois TRTs = TST julga 
5. Juiz do Trabalho e Juiz Estadual ou Federal: STJ julga 
6. TRT e TJ/TRF = STJ 
7. TST e STJ = STF 
 
O juiz estadual investido a jurisdição trabalhista, ele se torna juiz de trabalho, inclusive para aspectos 
disciplinares, se for da sua jurisdição nata vai para o STJ. Discussão de competência entre juiz do 
trabalho e TRT – não há conflito, pois é uma questão hierárquica, o TRT determinou, o juiz deve 
cumprir. 
 Ações indenizatórias por dano moral, patrimonial, e não citou o extrapatrimonial. As espécies 
de dano material: lucro cessante (deixou de ganhar) dano emergente (efetivo prejuízo) 
Espécies de dano extrapatrimonial: dano estético (reconhece como extrapatrimonial e não 
moral), dano moral, há ainda o dano moral coletivo (STJ tende a não aceitar) – interesses 
difusos, coletivos e individuais homogêneos -, dano psíquico (posição majoritária entende que 
está dentro do dano moral, prof. não – é aquele causado na psique, não afeta a honra, 
imagem, nome, mas afeta no comportamento, reação, cria um transtorno psíquico na pessoa) 
– ex: avião decolou em Congonhas e a porta foi arrancada, algumas pessoas provavelmente 
jamais entrariam no avião. A doutrina criou também o dano social (controvertido) este tem 
sido reconhecido ex officio, está relacionado a uma prática socialmente reprovável, ex: 
contrato de convenio, reiteradamente considerava a cláusula abusiva, e indenizou a 
coletividade por essa cláusula. Greve no metro, e que trabalhadores e metro não cumpriu a 
ordem, condenou o metro e o sindicato a dar cestas básicas, na justiça do trabalho tem sido 
dado quando envolve meio ambiente do trabalho – falta de IPI, reiteradamente, dá um dano 
moral coletivo. Meio ambiente: para fiscalização do trabalho, do convenio para informativos - 
a sociedade seja reparada nesse sentido estrito. Essa questão do dano cresceu muito na 
justiça do trabalho – dano moral porque não foi registrado, não atualizou, não teve intervalo, 
férias, chefe xingou, uniforme vexatório. O dano existencial (desdobramento do moral) 
trabalha na empresa 6 dias da semana 10h, não pode tirar férias, e empregador paga 3 vezes, 
do ponto de vista do trabalho o empregador pagou tudo, mas do ponto vista existencial ele 
foi privado. Também é comum hoje o atraso de salário, restrição ao toalet, falta de água 
potável no local. Há ainda o assédio mora, que é diferente do dano (que é um ato só), o 
assédio é uma prática reiterada, como fixação de metas reiteradas – colocando em um 
quadro quem não atingiu. 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
Esse assédio também pode ser sexual, e em abos pode ter em várias linhas de hierarquia. Art. 
206A – assedio sexual, é um tipo penal da relação do trabalho, este tipo exige a subordinação, 
não existe por isso, o assédio do inferior para o superior, é necessário que o superior busque 
se favorecer – Justiça comum - testemunha. Doenças e acidentes de trabalho: tendinite, 
perdeu um braço- danos morais, pensão vitalícia. Esses são danos com o contrato, mas pode 
ocorrer de ser antes do contrato – em uma dinâmica, por exemplo em que pediram para que 
a mulher simulasse um strip-tease. Essa fase é um pré-contrato, acessório, por ser trabalhista, 
então é de competência da Justiça do Trabalho. Há ainda os danos pós contratuais, depois que 
o empregado saiu da empresa. Ex: ligam no local para pedir informações, afirma que era ruim 
dando aula – relacionado ao trabalho competência justiça do trabalho, usuário de crack- 
justiça comum. 
 As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho; Suspensão da atividade, multa – é qualquer ato abusivo 
da fiscalização do trabalho, e não somente penalidade – exige algo que não está previsto na 
lei, é abusivo. Fiscalização do Trabalho: firmou-se que é Ministério do Trabalho – auditor – o 
que significa dizer que fiscalização do FGTS e INSSS, não é fiscalização do trabalho, tendo a 
priori natureza tributária – justiça federal. Sistema de cotas: art. 93 da 8213/91 – 5% dos 
empregados com deficiência, se não tiver é autuado. Alguns tem impetrado mandado de 
segurança preventivo – ato ilegal ou abusivo (muitas vezes na justiça federal – com o 
argumento de que a autoridade coatora é o Superintendente Regional do Trabalho – mas 
seria um equivoco face ao 114, VII – pois apesar dessa autoridade ser federal, a competência 
é deslocada em razão da matéria). Mas é melhor na justiça federal, pois este está mais 
familiarizado, estando mais sensível aos requisitos, além disso, um juiz do trabalho não vai dar 
uma liminar para não cumprir uma determinação da justiça do trabalho. 
 
 Contribuições sociais decorrentes das decisões trabalhistas – emenda constitucional 20/98: A 
justiça do trabalho passou a ter competência tributária. Lei 10035 determina que todo 
processo trabalhista em que a sentença determinar o pagamento de quantia certa, a Justiça 
do Trabalho deverá intimar o INSS. Deverá intimar a união para fiscalizar o recolhimento 
previdenciário e o imposto de renda. 
 
Súmula nº 368 do TST 
DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. 
RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO (redação 
do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 
16.04.2012)- Res. 181/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento 
das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto 
à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças 
condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo 
homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da 
SBDI-1 - inserida em 27.11.1998 ) 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das 
contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do 
empregado oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas, em 
relação à incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 
12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988, com a redação dada pela Lei nº 
12.350/2010. 
III - Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração 
encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 
que regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição 
do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, 
aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite 
máximo do salário de contribuição. (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – 
inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001) 
 
Súmula Vinculante 53 -STF 
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da 
Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições 
previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das 
sentenças que proferir e acordos por ela homologados. 
 
 A competência da Justiça do Trabalho pode ser ampliada através de lei. Art. 652, a, III – CLT: a 
JT tem competência para o operário artífice – chamada de pequena empreitada pela doutrina 
– controvérsia envolvendo contrato de pequena empreitada é da Justiça do Trabalho a 
competência. Empreitada é obra, seriam pequenas obras, se der algum problema é JT, não é 
JEC. Critérios: 
1. Temporal – no máximo 3 meses 
2. Quantitativo: máximo 4 trabalhadores. 
 
Pequena empreitada: Justiça do Trabalho. 
 
Prescrição e Decadência 
Decadência é a extinção do direito. A prescrição é a extinção da ação. 
Teoria do Agnelo Amorim Filho – CC/02 adota em sua maioria 
Decadência e prescrição se relaciona a natureza da pretensão. Teoria dos diretos potestativos de 
Chiovenda – uma das partes faz prevalecer a sua vontade sobre a parte contrária, ex: A trabalha 
tarde e a esposa pede divórcio, A não pode fazer nada contra a essa vontade, bem como a demissão 
pelo empregador/empregado, não há como se opor a sua vontade. Prof Agnelo conclui que se a 
pretensão for condenatória, nós estamos falando de prescrição, se a pretensão for constitutiva (ou 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
desconstitutiva) com prazo estabelecido em lei (ou pela vontade das partes) estamos falando de 
decadência. Se for declaratória, ou constitutiva (desconstitutiva) sem prazo, estamos falando de 
ações imprescritíveis. 
Ação rescisória prazo 2 anos – decadência – a pretensão tem que ter natureza constitutiva ou 
desconstitutiva, que é o caso, desconstituir a coisa julgada e anular ou proferir nova decisão; 
MS – 120 dias – decadência – muitas vezes os juiz desconstitui um ato administrativo; 
Ação declaratória (reconhecer um estado, algo que já existe) é imprescritível. 
Decadência no Processo do Trabalho 
Há 3 hipóteses, duas já vistas, 
a. MS 
b. Ação Rescisória 
c. Inquérito de apuração de falta grave – 494 e 853 CLT. 
Essa ação no processo do trabalho, é uma ação judicial apesar do nome inquérito – dirigente sindical 
eleito tem estabilidade, não pode mandar embora, e esta só pode ser rompida via ação judicial, antes 
era a estabilidade, estável decenal (não existe mais) – fica 10 anos na empresa e não pode ser 
mandado embora. Se quer demitir tem duas opções: 
 afastar este e tem 30 dias para ajuizar o inquérito, esse prazo é decadencial; 
 Se não afastar tem que promover a ação (inquérito) imediatamente – nesse caso, NÃO tem 
decadência. Se não entrar imediatamente tem perdão tácito. 
Essa ação tem uma natureza desconstitutiva (visa promover um vínculo obrigacional, e a 
desconstitutiva visa romper esse vinculo), pois só o juiz pode mandar embora o empregado. O 
dirigente sindical tem que ter uma proteção diferenciada pois representa o trabalhador – proteção 
máxima. 
Regras da prescrição 
1. Na vigência do contrato, proposta a ação, discute-se os últimos 5 anos – patrimonial. 
2. Extinção do contrato – prescrição de 2 anos para entrar com a ação. Do dia em que propor a 
ação – só os últimos 5 anos – só em questões patrimoniais. 
Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de 
trabalho prescreve [...] 
Il - em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador 
rural 
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto 
anotações para fins de prova junto à Previdência Social. 
 
Ex: Tício entrou em 1980 e é registrado em 1985. O vínculo de emprego não possui 
prescrição. 
 
3. FGTS: 5 anos. 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
Suspensão / Interrupção/ Impedimento 
 
 Suspensão da Prescrição: quando o direito for lesado, essa lesão é chamada de actio nata 
e a partir disso díspara a prescrição. Se passado um ano e um fato previsto em lei (artigos 
197 e 198 CC) ocorre – por exemplo ficou em coma – estando em estado de incapacidade 
civil, a prescrição pára de ser contada. Dois anos depois a pessoa sai do coma, retomando 
sua capacidade, então volta a contar a prescrição de onde tinha parado, desconsiderando 
o período que estava incapacitado. 
Art. 197. Não corre a prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade 
conjugal; 
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder 
familiar; 
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou 
curadores, durante a tutela ou curatela. 
Art. 198. Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; 
II - contra os ausentes do País em serviço público da 
União, dos Estados ou dos Municípios; 
III - contra os que se acharem servindo nas Forças 
Armadas, em tempo de guerra. 
 
 Impedimento: são as mesmas hipóteses dos artigos 197 e 198. No impedimento há o 
fato/hipótese legal, e depois há o action nata. Ex: incapacidade absoluta do menor de 14 
anos. Lesam o seu direito de imagem e aos 16 anos, quando cessa a incapacidade 
absoluta, a prescrição começa. A causa legal para, dispara a prescrição. 
 
A diferença é que na segunda já existe a causa legal, e depois a lesão, na primeira existe a 
lesão, e a causa legal virá. 
 
Ex: Contrata secretária, e depois casa com ela e continua sendo secretária, 20 anos depois 
o casamento acaba. Vai na Justiça comum e fica com 50% do patrimônio, e continua como 
secretária, 6 meses depois o contrato de trabalho acaba. Então vai na justiça do trabalho e 
entra com reclamação trabalhista – prescrição de 5 anos. Como durante o casamento não 
conta a prescrição, pode pedir a hora extra de 22 anos.- Nesse caso é suspensão, pois o 
fato legal veio depois. 
 
Ex: Justa causa por furto, enquanto tiver a questão penal, não tem a prescrição 
trabalhista. Suspensão 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art3
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa CavalcanteArt. 200 do CC. 
Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não 
correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. 
 
Justa Causa ---- Inquérito (ainda está correndo ) --- Ação penal (para prescrição) – foi absolvido 
– a partir daqui tem os 2 anos para ação trabalhista – reversão da justa causa e horas extras e 
equiparação salarial, só a justa causa estará sob o judice penal e não prescreverá, as outras 
questões do contrato tem prescrição. 
 
Há 2 hipóteses trabalhista de suspensão e impedimento. 
1. Comissão de conciliação Prévia, nesses dias a prescrição está suspensa – pode ficar até 10 
dias na CCP 
 Contrato de trabalho, vai com o advogado no dia 10 de julho vai na CCP, e marca até 20 
julho – não conta esse período, depois volta - suspensão. 
 
2. Art. 440 CLT – não há prescrição para o trabalhador menor de 18 anos. 
Ex. Aprendiz com contrato extinto, não conta a prescrição, só a partir dos 18, é mais protetiva 
que o CC. Se estende ao menor herdeiro. Entra com ação trabalhista, e a prescrição começa 
aos 16a – TST reviu posição e segue o CC – impedimento. 
 
 Interrupção da prescrição: Houve a lesão, a prescrição vem correndo, então corre um fato 
previsto em lei – 202 CC, interrompe a prescrição, e essa quando retornar volta do zero. 
Ex: protesto cambial– fica com o cheque sem fundo, e não promove ação, 5 meses e 20 
dias depois protesta, zera o prazo, e tem mais 6 meses para entrar com ação. 
 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer 
uma vez, dar-se-á: 
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, 
se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; 
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III - por protesto cambial; 
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou 
em concurso de credores; 
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe 
reconhecimento do direito pelo devedor. 
 
Prescrição ex-oficio: O juiz do trabalho não pode determinar de ofício a prescrição (art 240 CPC). O 
TST firmou entendimento recente de que esta conduta é incompatível com o processo do trabalho, 
pois a Justiça do trabalho existe para garantir os direitos trabalhistas. A regra civilista entra em 
choque com vários princípios constitucionais, como o da valorização do trabalho e do emprego, o da 
norma mais favorável e o da submissão da propriedade à sua função socioambiental, além do próprio 
princípio da proteção. 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
 
Art. 240 CPC. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo 
incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e 
constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 
e 398 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). 
 
No Processo do Trabalho aplicam-se a Sumula 268 e a OJ 392 DA SDI-1. 
 
Súmula nº 268 do TST 
PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA (nova 
redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição 
somente em relação aos pedidos idênticos. 
 
Orientação Jurisprudencial SDI-1 nº 392 
PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AJUIZAMENTO DE PROTESTO JUDICIAL. 
MARCO INICIAL. (republicada em razão de erro material) - Res. 
209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 
O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por 
força do art. 769 da CLT e do art. 15 do CPC de 2015. O ajuizamento da 
ação, por si só, interrompe o prazo prescricional, em razão da 
inaplicabilidade do § 2º do art. 240 do CPC de 2015 (§ 2º do art. 219 do 
CPC de 1973), incompatível com o disposto no art. 841 da CLT. 
 
Exemplo: Tício trabalha de 1990 a 2013 em uma empresa, mas só em 1993 é registrado. De 10/03/13 
a 10/04/13 ele é levado a discutir seus direitos em uma CCP. Em 10/06/13 ele entra com uma ação 
trabalhista referente às horas extras. A reclamação tramita, mas no dia da audiência ele não 
comparece e a reclamação é arquivada (extinção sem resolução do mérito). Em 10/03/2016 ele entra 
com uma nova ação, pedindo horas extras, equiparação salarial e vinculo de 1990 a 1993. 
1. Vinculo: não há prescrição 
2. Horas extras: prescrição bienal a partir da extinção da ação. 
3. Equiparação: prescrição a partir da extinção do contrato de trabalho. 
 
A prescrição bienal refere-se ao prazo em que o empregado pode ingressar com a reclamação 
trabalhista após a rescisão do contrato de trabalho. Assim, o empregado terá dois anos (bienal) para 
ingressar com ação, a contar da cessação do contrato de trabalho. Já a prescrição quinquenal refere-
se ao prazo em que o empregado pode reclamar as verbas trabalhistas que fizeram parte do seu 
contrato de trabalho, a contar do ajuizamento da ação. Assim, o empregado poderá reclamar os 
últimos cinco anos trabalhados (quinquenal), contados da propositura da demanda trabalhista. 
Portanto, o cômputo de dois anos para ingressar com a reclamação trabalhista terá início a partir da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
rescisão do contrato de trabalho, e o prazo de cinco anos para reclamar as verbas trabalhistas será 
computado a partir do ajuizamento da demanda. 
 
Desta forma, a partir do momento em que o autor propõe ação trabalhista, independente de haver 
citação válida ou não do réu, há interrupção da prescrição dos direitos trabalhistas. A ação 
trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. 
 
O aviso prévio trabalhado ou indenizado projeta o contrato de trabalho, faz parte, então 
consequentemente projeta o inicio da prescrição. Quando era trabalhado não havia dúvida, agora o 
indenizado não. Faz parte os 30 dias, que se projetam no tempo o inicio da prescrição. (obs: lembrar 
da regra do aviso prévio para a contagem) 
 
Orientação Jurisprudencial nº 82: AVISO PRÉVIO. BAIXA 
NA CTPS (inserida em 28.04.1997) 
A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder 
à do término do prazo do aviso prévio, ainda que 
indenizado. 
 
Orientação Jurisprudencial nº 83. AVISO PRÉVIO. 
INDENIZADO. PRESCRIÇÃO (inserida em 28.04.1997) 
A prescrição começa a fluir no final da data do término do 
aviso prévio. Art. 487, § 1º, da CLT. 
 
 
Alteração ilícita do contrato – é inválida, exceto quando a parcela questionada esteja prescrita em 
lei. 
Súmula nº 294 do TST 
PRESCRIÇÃO. ALTERAÇÃO CONTRATUAL. 
TRABALHADOR URBANO (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações 
sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a 
prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja 
também assegurado por preceito de lei. 
Ex:Tício em 1990 é contratado e em seu contrato há a previsão de um salário fixo e 10% de comissão. 
Em 2010, Tício ao vender certo produto, ganha 10% sobre sua venda, um valor considerável que 
assusta seu patrão. Este então, altera a sua comissão para 5% em março de 2010. Desde então, Tício 
terá prejuízo pois houve uma alteração ilícita em seu contrato. O contrato se encerra em 
janeiro/2016. Tício ajuíza uma reclamação trabalhista exigindo os prejuízos desde março de 2010. 
Neste caso, Tício só poderá se valer da prescrição quinquenal (a partir de janeiro/2011) de seus 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
JoubertoQuadros de Pessoa Cavalcante 
direitos, com exceção do prejuízo relacionado a alteração contratual. Caso houvesse lei prevendo 
10% de comissão, seu prejuízo não prescreveria. 
Prescrição por doença: A prescrição começa a partir do conhecimento inequívoco da doença. 
SÚMULA 230 STF 
A prescrição da ação de acidente do trabalho conta-se do 
exame pericial que comprovar a enfermidade ou verificar 
a natureza da incapacidade. 
SÚMULA N. 278 STJ 
O termo inicial do prazo prescricional, na ação de 
indenização, é a data em que o segurado teve ciência 
inequívoca da incapacidade laboral. 
 
Procedimentos 
No processo do Trabalho, os 3 procedimentos existentes são fixados no valor da causa. 
Ordinário: Acima de 40 salários mínimos. 
Regra da CLT 
 Citação: A Reclamação trabalhista poderá ser verbal ou escrita. Há o Jus Postulandi. Após 
feita, o distribuidor a encaminhará para a vara, que citará a reclamada. Em regra, o juiz só 
verá a RT na audiência. Exceção: tutela de urgência. A citação é sempre por correio. Há a 
presunção de citação de 48h entre a postagem e o recebimento. A Justiça do trabalho adota 
a teoria da aparência em citação pelo correio, ou seja: citação de alguém que representa a 
empresa. Ex: secretaria da empresa recebe a carta: empresa é representada pela secretária 
pois esta trabalha para ela. Ex: Empresa que está no 7º andar de um prédio da qual aluga, a 
carta é recebida pelo porteiro deste. Empresa não é citada pois não há vínculo entre o 
porteiro do prédio e a empresa. STJ fixou o entendimento de que a citação de pessoa 
natural pelo correio deve ser sempre pessoal. Do dia da citação ao dia da audiência o prazo 
fixado é de 5 dias. Na JT não há a necessidade da juntada de AR pois não há prazo para a 
contestação, já que esta só será apresentada no dia da audiência. O AR somente será 
juntado nos casos em que a empresa não compareceu à audiência. 
 
 Audiência Uma: É divida em três fases. Em tese, é unificada, todavia tem sido 
desmembrada ao longo dos anos. Primeira fase é conhecida como inicial, onde a 
conciliação poderá ocorrer, a segunda como instrutória onde as provas serão feitas e a 
terceira fase é a do julgamento. Na audiência inicial é necessária a presença das partes. 
Caso o reclamante falte, a reclamação é arquivada, ou seja, a ação será extinta sem 
resolução do mérito. Na ausência do reclamante, este poderá ser representado por um 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=230.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
colega de trabalho ou pelo representante do sindicato de sua categoria, mas só para fins de 
adiamento da audiência. Se a reclamada falte, será considerada revel quanto a matéria de 
fato e não será intimada dos demais atos processuais, apenas da sentença. Quem representa 
a reclamada é o preposto. 
 
Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, 
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias 
Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo 
Sindicato de sua categoria. 
 § 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que 
tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. 
Para ser preposto, há a exigência de 4 requisitos. 
1. Jurisprudencial: 
Súmula nº 377 do TST 
PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO 
(nova redação) - Res. 146/2008, DJ 28.04.2008, 02 e 
05.05.2008 
Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou 
contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve 
ser necessariamente empregado do reclamado. 
Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
2. Carta de preposição: Segundo o conselho de Ética da OAB, o advogado da empresa 
não poderá ser preposto. Mas a Justiça do Trabalho tem aceito. 
 
3. Legal: O preposto da empresa tem que ter conhecimento dos fatos. Não é 
necessário que ele seja testemunha do ocorrido, mas precisa ter o total 
conhecimento. O que ele não souber será considerado confissão ficta. 
 
4. Confissão expressa: Tudo o que o preposto declarar em juízo será vinculado ao 
empregador. 
 
 
Fases da Audiência – Rito Ordinário 
 
 
 Primeira fase – Inicial – Conciliação: O juiz é obrigado a tentar a conciliação na primeira 
audiência. Caso haja, ele homologa o acordo que terá força de sentença e só poderá ser 
atacado com a ação rescisória. Caso não haja o acordo, a reclamada entrega a defesa 
(contestação), que pode ser escrita ou oral, esta no prazo de 20 minutos. O juiz lê primeiro a 
inicial (antes ou depois da tentativa de acordo) e depois a defesa. Haverá a réplica, decorrente 
do principio do contraditório. Há uma omissão da CLT nisso. A réplica deverá ser entregue no 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
prazo de 10 dias após a audiência ou na audiência de instrução (no caso de audiência 
fracionada). Se for na mesma audiência, o prazo para apresentação é de 5 minutos. 
 
 Segunda fase – Instrutória: A ausência de ambas as partes implica em confissão (súmula 74 
TST). Essa fase é para produzir provas, como depoimentos pessoais, destituir testemunhas e 
apresentação de laudos periciais. Só pode juntar documentos fora da inicial/contestação 
quando for fato novo ou superveniente (súmula 8 TST). Documento superveniente surge 
durante o processo (ex: prova emprestada). O documento novo já existia na época da 
propositura da ação, mas não se conhecia a época. A Fase instrutória termina com as 
alegações finais que são orais no prazo de 10 minutos. Se for julgar depois, pode se levar por 
escrito no prazo de 10 dias. 
 
Súmula nº 74 do TST 
CONFISSÃO. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) 
– Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada 
com aquela cominação, não comparecer à audiência em 
prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 
69/1978, DJ 26.09.1978) 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada 
em conta para confronto com a confissão ficta (arts. 
442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 
1973), não implicando cerceamento de defesa o 
indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da 
SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte 
confessa somente a ela se aplica, não afetando o 
exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir 
o processo. 
 
Súmula nº 8 do TST 
JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, 
DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A juntada de documentos na fase recursal só se justifica 
quando provado o justo impedimento para sua oportuna 
apresentação ou se referir a fato posterior à sentença. 
 
 
 Terceira fase – julgamento – Há uma nova tentativa de conciliação. O que importa nessa 
tentativa será a verdade contida nos autos. Se houver o acordo, será homologado. Se não, 
será pronunciada a sentença. Essa audiência é uma ficção. Se quiser conciliar tem que 
peticionar antes. O prazo recursal ocorre de duas formas: súmula 197 ou pela imprensa oficial 
(a forma como serão intimadas as partes sai na segunda fase da audiência) 
 
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida 
Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 
Súmula nº 197 do TST 
PRAZO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
O prazo para recurso da parte que, intimada, não 
comparecer à audiência em prosseguimento para a 
prolação da sentença conta-se de sua publicação.

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