Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Parte histórica O primeiro órgão de solução de conflitos foi o conselho de homens prudentes, criado em Paris em 1426. Não confundir o Direito do Trabalho Individual, nascido na Revolução Industrial, com o Direito Processual do Trabalho, surgido antes para a mediação dos conflitos entre os senhores feudais e seus servos. Com o declínio da idade média com a formação das cidades, nascem as corporações de ofício, que possuem a ideia de trabalho livre. Com o trabalho livre surge então os conflitos. Os reis nomeavam os homens da sociedade para solucionar tais conflitos. Na França atual o conselho permanece com os mesmo nome. Parte Histórica – Brasil No Brasil a primeira experiência que tivemos foi em 1911 com o patronato agrícola e em 1922 com o tribunal rural. Foram criadas apenas em São Paulo e eram órgãos voltados para os conflitos rurais. O tribunal rural funcionava como uma segunda instância do patronato. Em 1923 surge o conselho nacional do trabalho que era um órgão consultivo do Ministério da Agricultura, Industria e Comércio. Só São Paulo possuía um sistema de solução de conflitos até então. Antes de 1930 não havia qualquer preocupação social. Getúlio buscaria os grupos desfavorecidos, como as mulheres e os trabalhadores para evitar o contra golpe que se desenhava. Em 1930, Getulio Vargas cria o Ministério do Trabalho. Getulio cria uma relação promíscua com os sindicatos, inspirado na Carta Del Lavoro de Mussolini. Essa relação possui um tripé: I. Carta Sindical (a autorização do Estado para a criação dos sindicatos), II. Contribuição Sindical (imposto compulsório) III. Cargos políticos para os sindicalistas (os cargos biônicos e os juízes classistas) Em 1932, Getulio cria as Comissões Mistas de Conciliação para os conflitos coletivos e as Juntas de Conciliação e Julgamento para os conflitos individuais. São vinculadas ao executivo e a Justiça do Trabalho surge como uma instância administrativa. A conciliação é a solução política para os conflitos. Comissões Mistas de Conciliação – Ainda é o modelo mais usado no mundo, menos aqui no Brasil. Diante do conflito coletivo é destinada a audiência de conciliação. Se não houver a conciliação, manda-se para a arbitragem. Caso as partes queiram a arbitragem, o Estado se retira do conflito. A judicialização é exceção. No Brasil a judicialização é plena. A OIT considera nosso modelo anti democrático. Juntas de Conciliação e Julgamento – Foram criadas para os conflitos individuais. Havia um presidente que necessariamente deveria possuir formação jurídica e que seria auxiliado pelos juízes classistas, que não possuíam tal formação. A ideia inicial é que o classista traria sua experiência para o tribunal. Com o passar dos anos o Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante processo ficou mais técnico. Nos anos 80 os togados não queriam mais a presença dos classistas. Na segunda instância os classistas eram os relatores. A CF/37 prevê a justiça do trabalho como parte do executivo. Mas ela só será instaurada no Brasil em 1 de maio de 1941. Possui 3 instâncias: Primeira instância – Juntas de conciliação e julgamento Segunda instância – Conselhos regionais do trabalho Terceira instância – Conselho nacional do trabalho Em 1/05/1943 a CLT nasce, sendo promulgada. É um decreto lei, ou seja, não foi discutida pelo congresso. Não é um código, é uma consolidação. Ou seja, veio para harmonizar. A CLT possui direito individual, coletivo,, fiscalização do trabalho (direito administrativo), processo do trabalho. Em 1946 surge a nova CF. A Justiça do Trabalho veio para p o poder judiciário sendo o fim da fase administrativa, com suas três instâncias: JCJ, TRT E TST. Na época da CLT, pensava-se como processo administrativo. Houveram institutos criados na fase administrativa e permanecem até hoje. Se chamam postulados. Jus postulandi – Capacidade postulatória das partes. Na Justiça do Trabalho não é necessária a presença de um advogado para entrar com uma reclamação trabalhista. Regra válida apenas para as primeira e segunda instâncias. Para ações no TST é necessária a sua presença, assim como nas ações rescisórias. Súmula 425 do TST: JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. Conciliação - É obrigatória esta fase. O juiz precisa perguntar antes da instrução se há acordo entre as partes, sujeito a anulação do processo caso não respeitada. Audiência Una – A ideia é que se resolva no mesmo dia. É a concentração dos atos. Poder normativo – É a possibilidade da Justiça do Trabalho julgar o conflito coletivo, criar normas que se mostrem necessárias e adequadas para a solução do conflito. Em editado o decreto lei 779/69, que disciplina as prerrogativas da Fazenda Pública. Em 1970 é editada a Lei 5584/70, que prevê o procedimento sumário trabalhista no caso, dois salários mínimos. Prevê a assistência jurídica gratuita pelo sindicato. Assistência gratuita pelo sindicato é a única hipótese de honorários de sucumbência. Os honorários recaem em 30% sobre o valor da sentença. Súmula nº 219 do TST HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar- se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI- I). II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º). VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil. Súmula nº 329 do TST HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 133 DA CF/1988 (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Mesmo após a promulgação da CF/1988, permanece válido o entendimentoconsubstanciado na Súmula nº 219 do Tribunal Superior do Trabalho. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Em 1982 o STF declara a inconstitucionalidade dos pré julgados do TST. Pré julgados eram as súmulas vinculantes. A maior parte dos pré julgados viraram as súmulas do TST. Em 1988, com a nova Constituição, é ampliada a competência da Justiça do Trabalho. A lei 7701/89 que disciplina internamente o TST é editada. Em 1999 a Emenda 24 põe fim aos classistas.Em 2000 é editada a lei 9957/00 que cria o procedimento sumaríssimo de até 40 salários mínimos como valor de alçada. A lei 9958/00 cria as comissões de conciliação prévia que são órgãos extra judiciais de soluçãode conflitos individuais. Em 2004 a emenda 45 amplia a competência da Justiça do Trabalho Em 2014 a lei 14015 altera o sistema recursal. Em 2015 surge o novo CPC. Conceito de processo do Trabalho Conjunto de princípios e normas jurídicas destinadas a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais do Estado nas soluções dos dissídios individuais ou coletivos entre empregadores e empregado. A finalidade do processo é solucionar o dissídio. Processo e os ramos do Direito Internacional – Tratados internacionais que traem princípios, como o Pacto de San Jose e Declaração dos Direitos Humanos. Pontualmente sobre processo teremos a Convenção Interamericana sobre cartas rogatórias e o Protocola de Las Leñas (protocolo de cooperação judiciária do MERCOSUL em matéria covil, trabalhista e comercial). Também há o reconhecimento das decisões judiciárias no MERCOSUL Constitucional – Artigo 22 prevê que a competência privativa da União para legislar em matéria processual e procedimental. Artigo 5 falará sobre os princípios processuais e o artigo 93 reitera o principio da motivação das decisões judiciais. No artigo 5 teremos os remédios constitucionais (habeas corpus e mandado de segurança). No artigo 129 a ação civil pública, pode ser ajuizada pelo sindicato e pelo Ministério Público do Trabalho. A partir do artigo 91, a Justiça dará garantias para o poder judiciário. No artigo 111 a Justiça do Trabalho é discutida, com ênfase no artigo 114 que falará sobre sua competência material. No artigo 128, o Ministério Público da União é composto por 4 ministérios, incluindo o ministério público do trabalho. Administrativo – Disciplina as relações jurídicas com o Estado. Poder Judiciário faz parte do Estado e pratica atos administrativos. Esses atos se conectam ao processo. O regimento intero dos tribunais organizam internamente os tribunais regionais. Também definirá a competência destes. E há os recursos. Ex: agravo regimental que é um recurso de agravo previsto nos regimentos internos dos tribunais, cabível da decisão monocrática do tribunal, com o fim de levar o recurso ou pedido ao colegiado. O TST edita as instruções normativas que determinam a forma e o processo para o ato processual. Exemplo: Instrução Normativa n° 39, que dispõe sobre as normas do Código de Processo Civil de 2015 aplicáveis e inaplicáveis ao Processo do Trabalho, de forma não exaustiva e Instrução Normativa nº 20 - Dispõe sobre os procedimentos para o recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito da Justiça do Trabalho. O Juiz Corregedor – Pode ser o Ministro ou o Desembargador. O Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Corregedor é um papel administrativo, que fiscaliza o funcionamento da justiça. No processo do trabalho o corregedor julga apenas um recurso chamado de correição parcial, que serve para corrigir erros derivados de ação ou omissão do juiz. Penal – No Código Penal há os crimes contra a administração Pública. A Justiça do Trabalho faz parte da administração pública. Há o desacato e os crimes contra a justiça, como a falsa testemunha. Há também, os crimes contra a organização do trabalho. Processo Penal – art 40 – Comunicação a autoridade e expedição de ofícios para o INSS,. Se há indicio de crimes tem que mandar para o delegado da PF/MP. O efeito da coisa julgada penal – a decisão penal projeta efeitos no contrato de trabalho. São aceitas 3 hipóteses: I. Se a decisão penal foi condenatória, há coisa julgada. No processo do trabalho não pode mais se discutir isso. II. Se for absolutória por negativa de autoria ou por inexistência do fato, também há coisa julgada. III. Não há coisa julgada quando a sentença for absolutória por atipicidade penal ou falta de provas O correto é o juiz do trabalho produzir a prova e aguardar a sentença penal. Processo Civil – A CLT possui um mecanismo para preencher suas lacunas através dos artigos. Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Direito Comum é o Direito Civil. Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Para o processo de conhecimento aplica-se subsidiariamente o CPC no processo do trabalho de forma supletiva quando preenchidos dois requisitos: I. Objetivo – omissão. A CLT não possui uma regra específica para omissão. Exemplo: perícia médica. Não há na CLT qualquer menção a solicitação no processo da realização da perícia médica. Logo, busca-se de forma supletiva no CPC tal pedido. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante II. Subjetivo – compatibilidade. A regra importada do CPC tem que ser compatível com o processo do trabalho. É avaliado caso a caso. Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. Na execução trabalhista, havendo omissão, aplica-se a lei de execução fiscal (6830/80). A lei remete ao NCPC. Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. O processo civil assume o macro sistema processual. Há uma Regra Geral: O CPC reconhece os micros sistemas – eleitoral, trabalhista, por exemplo. O administrativo é um processo não judicializado. Aplicação subsidiária do CPC é no caso de omissão. A supletiva é quando se torna possível levar novos institutos ao processo do trabalho. Avançar no processo do trabalho com os novos institutos do processo civil. O TST editou a instrução normativa 39 onde o artigo 15 do CPC deve ser interpretado com os artigos 769 e 88 da CLT. Princípios O processo do trabalho tem a questão principiológica controvertida, alguns afirmam que não há, e outros indicam vários. Quatro serão tratados os quais há um consenso. Oralidade Vários atos podem ser orais- Reclamação trabalhista, contestação, concentração de atos orais. É um principio processual, comum dos ramos processuais Conciliaçãonão é princípio, é meio de solução de conflito, a natureza jurídica foi modificada. Poderia reconhecê-la como uma ideia de postulado, inerente na lógica do processo do trabalho – é um principio, mas no sentido de ser essencial, mas não do meio jurídico Audiência Uma é uma regra procedimental, não princípio, que pode inclusive terminar. Primazia da Realidade Não importa a forma, a aparência, mas sim os fatos reais. Ex: trabalha como auxiliar de secretaria, o professor falta e começa a substituir o professor – é irrelevante a forma que está no carteira de trabalho, mas o que de fato ocorre. É principio de direito material, não processual. In dubio pro operário Havendo uma norma, com várias interpretações possíveis há de se adotar a interpretação mais benéfica ao trabalhador. Alguns doutrinadores mais antigos afirmam que se aplica ao processo. Os mais atuais, afirmam que não, é principio de direito material não processual. Norma mais favorável: havendo conflito de normas, aplica-se a mais favorável ao trabalhador, sendo irrelevante a hierarquia da norma – ex: cláusula verbal se sobrepondo a CF. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Relações de trabalho e conflitos. Como é possível distinguir as duas relações? Utiliza-se de dois critérios: Sujeitos: em uma relação individual terá empregado e empregador. Em uma relação coletiva terá as categorias (representadas pelos sindicatos dos trabalhadores) ou empregadores (representados pelos sindicatos patronais). Interesses: em uma relação individual, o interesse é individual, nas coletivas necessariamente, os interesses são coletivas, de todo o grupo ou de parte. Essas relações coexistem, havendo a relação individual, juntamente com a coletiva, por automaticamente estar em uma categoria. Essas relações são conflitantes pois não há harmonia entre o capital e o trabalho. Sobre conflitos diz Liebaman que “é uma pretensão resistida”, a doutrina entende como interesses antagônicos. Na justiça do trabalho encontraremos: 1. Conflitos próprios são aqueles que decorrem da relação do direito material. Teremos o individual e o Coletivo, este se subdivide-se em: 1. Conflito de natureza jurídica: Já existe a norma e o empregador não a aplica. Ex: CLT, sentenças normativas. CCT e ACT. 2. Conflito de natureza econômica: É um conflito em busca de novos direitos. Aplica- se o poder normativo da justiça do trabalho. Ex: protetor solar para garis ou estabilidade pré aposentadoria. 2. Conflitos Impróprios: São considerados conflitos de segunda dimensão. Pressupõe a existência da relação de direito material mas não envolve os sujeitos ou interesses 1. Categoria X Sindicato – Um conflito comum nessa relação é a respeito da contribuição assistencial. 2. Sindicato X Sindicato – Teremos dois conflitos comuns: Sindicato contra Sindicato, ambos da mesma categoria, por território ou desmembramento e Sindicato dos trabalhadores X Sindicato patronal em época de dissídio coletivo. 3. Intersindical – Conflito que ocorre dentro do sindicato. Ex: Eleição da diretoria do sindicato e eventuais impugnações das chapas. 4. Empregado X Empregado – Assédio moral ou sexual de forma horizontal. A justiça do Trabalho só possuía competência para julgar os conflitos próprios. A partir da EM 45 ela passou a julgar os impróprios também. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Formas de solução de conflitos Há 3 formas de solução. 1. Autotutela ou autodefesa: elemento característico é a força física. Nos estados modernos não é mais admitido. Há um tipo penal e um abuso de direitos. Na doutrina trabalhista teremos como exemplos a greve e o lock out. O Brasil proíbe o lock out. A greve não é um meio de solução, mas sim um meio de pressão. 2. Autocomposição: Sua característica principal é a vontade das partes: as partes que decidem sobre a solução. Ex: negociação no conflito coletivo ou individual. Alteração de contrato, artigo 468 da CLT é um exemplo de negociação individual. Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. Pra a OIT a negociação coletiva é um princípio a partir da declaração de princípios e direitos fundamentais de 98. Pode ter um terceiro para auxiliar, o que torna uma conciliação. Conciliação Conciliação extra judicial no conflito individual: CCP (Comissões de conciliação prévia) Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. Conciliação extra judicial no conflito coletivo – Não há regramento específico. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Conciliação judicial – Tanto para os conflitos individuais quanto para os coletivos é considerado o primeiro ato judicial. Caso se trate de conflito em serviços essenciais (judiciário, metrô, ônibus, ex.) a conciliação deverá se dar no mesmo dia do ajuizamento da reclamação. Mediação – Para os conflitos individuais não há regramento específico. Para os coletivos é feito no Ministério do Trabalho, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. No Ministério se chamará de mesa redonda de negociação e é presidida pelo auditor fiscal do trabalho. É requisito para ajuizar o dissídio. A diferença entre a conciliação e a mediação é que na mediação o terceiro não decidirá nada. São colaboradores. O conciliador é leigo no assunto, mas possui credibilidade junto as partes. O mediador é um técnico da área no conflito, ele conhece as questões do conflito e sugere soluções e faz as ofertas. No processo civil é o contrário, mediador é conciliador e conciliador é mediador. Resultados frutíferos da autocomposição Conflito Individual – posa pela alteração do contrato de trabalho, observa-se os limites firmados no art 468, caso o contrato esteja vigendo. A solução altera o contrato. Se o contrato acabou o resultado será patrimonial. Conflito coletivo – a celebração dos instrumentos normativos (ACT e CCT) 3. Heterocomposição – O elemento característico é a existência de um terceiro que decide o conflito. Arbitragem – Lei 9307/96 – Para os conflitos coletivos usa se o art 114 da CF/88 O TST não admite a arbitragem para o conflito individual, pois na própria lei de arbitragem possui o seu foco em direito patrimonial e direito disponível. No direito do trabalho, esse direito é indisponível. E teremos a clausula arbitral que tem vício de consentimento. Para optar pela arbitragem existem duas formas: o pacto seria após o conflito e a cláusula é antes (nota da Vanessa: essa clausula em questão é a imposta nos contratos antes de sua celebração, onde se especifica que todo o conflito que existir durante o contrato, deverá ser levado antes para a arbitragem). Imposta a arbitragem judicial,sua jurisdição será no poder judiciário. Jurisdição: prestação da tutela pelo Estado pelo Poder Judiciário. Para os conflitos individuais a regra serão as varas. Para os conflitos coletivos, a regra serão os tribunais. Comissões de Conciliação Prévia – CCP Foram criadas pela lei 9958/2000, a qual inseriu na CLT os artigos 625 A, 877 A e alterou o 876. Tem por finalidade promover a conciliação (solução de conflitos) em conflitos extrajudiciais de natureza individual. Nessas comissões há uma regra comum a todas, qual seja, que ela tenham composição paritária, ou seja, com representantes dos empregados e empregadores. Há três espécies de comissões: Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 1. Comissão por empresas ou grupo de empresas: pode atuar em uma empresa específica ou em um grupo. A criação não é obrigatória – é facultativo como as demais – Entende-se que a criação é por ato unilateral do empregador (prof. discorda pois entende que deveria ter uma negociação com o sindicato – só ele) Haverá no mínimo 2 membros e no máximo 10 – sempre paritário empregador/empregado. E para cada titular haverá o suplente com mandatos de 1 ano, permitida uma única recondução. Os representantes do empregador, serão indicados por ele, e o dos trabalhadores serão eleitos, em uma votação secreta, fiscalizada pelo sindicato.Os representantes eleitos titulares e suplentes tem estabilidade até 1 ano após o término do mandato, só podendo ser dispensados na ocorrência de falta grave. Obs: alguns entendem que é necessário um inquérito de apuração de falta grave. O tempo destinado ao trabalho na CCP são horas remuneradas, fazem parte da jornada de trabalho, se ficar até tarde – horas extras. 2. Comissão por sindicato: busca conciliar conflitos individuais em uma categoria especifica. 3. Intersindical: pode atender várias categorias diferentes, motoboys/engenheiros. Ambas deve ter composição paritária, e serão criadas por acordos ou convenção coletiva de trabalho, se é remunerado ou não estará na convenção. Procedimentos das CCPs Art. 625 D: tem duas regras: Tem que usar a CCP do lugar onde presta serviços. Ex: empresa Osasco, mora em SP, trabalha em Guarulhos, a CCP é de Guarulhos. Passagem obrigatória pela CCP: todo conflito deve ser submetido pela CCP – para o TST obrigatoriamente tem que ir a CCP antes de ir ao judiciário, caso a parte não fosse resultaria em falta de interesse de agir. O Tribunal de São Paulo sempre entendeu que não era obrigatório ir a CCP, isso porque restringiria o direito de ação – obstáculo judicial. Chegava depois no TST de que depois de anos dizendo que era obrigatório. A matéria chegou ao STF, e este entendeu que a passagem é FACULTATIVA a CCP – isso acabou com os meios alternativos de solução de conflitos. A parte interessada vai a CCP e faz um requerimento, esse pode ser escrito ou verbal, não sendo necessário advogado. Com isso a parte contrária é convidada para uma audiência. Nessa audiência pode: a parte contrária não ir (não sofre sanção); as partes comparecerem e não se conciliarem – termo de conciliação infrutífera (para provar a passagem, antes precisava); as partes comparecerem e se conciliarem – termo de conciliação perante a CCP. Esse termo conciliatório é título executivo extrajudicial – se não cumprir pode promover uma ação de execução. Além disso, ele tem eficácia liberatória (instituto) Obs: Só há 2 títulos executivos na justiça do trabalho Termo na CCP e o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – perante o MP. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Se recebe um cheque, atrás está escrito verbas rescisórias do trabalho – não pode executar na justiça do trabalho – provavelmente o empregador vai alegar a incompetência da justiça comum – afasta pelo principio da autonomia da cartula (a relação de direito material fica desprendido ao título, não há mais relação), mas a discussão vai até o STF, atualmente o STF iria remeter para a Justiça do Trabalho, e este extingue o feito por falta de interesse Promover uma ação de cobrança ou monitória na Justiça do Trabalho, pois não considera como título executivo o cheque na Justiça do Trabalho. Correntes da eficácia liberatória (instituto): 1. Entende que eficácia liberatória significa quitação plena/total do contrato de trabalho. Ex: reclama horas extras, pede 10 mil, o empregador sugere pagar 6 mil em 6 parcelas, chegam a um acordo, o empregado esqueceu das férias, não tem mais jeito. 50% dos tribunais. 2. Entende que a quitação é dos títulos (verbas pleiteadas). Ex: pede as horas extras, chega a um acordo. Se esqueceu das férias ainda pode pleitear, pois é outro título. 50% dos tribunais. 3. Quitação dos valores pagos. Ex: pede 10 mil, concorda em 6 mil, para essa corrente o empregado pode pleitear os 4 mil restantes – não é uma solução de conflito, é muito criticada, excepcionalmente é usada, empregado (vulnerabilidade) tem menor ideia dos seus direitos, e há uma diferença muito grande do que foi conciliado e do que tem direito. A CCPs tem um prazo para atuar, de no máximo 10 dias, ultrapassado esse prazo, qualquer das partes pode declinar do procedimento, então lavra-se o termo de Conciliação Infrutífera por decurso de prazo – facultativo. No período que estiver na CCP a prescrição trabalhista está suspensa. Organização judiciária Primeira Instância – As varas de trabalho Onde não há vara do trabalho, quem prestará a jurisdição é o juiz estadual. As varas tem competência para conflitos individuais. E a lei 6947/81 trás os critérios para a criação das varas. Vara é criada por Lei federal e por iniciativa do poder judiciário, por sugestão do TST. O TST avalia a cada dois anos a possibilidade da criação. A competência territorial é de 100 km. Há os critérios para a criação da primeira vara: a cidade precisa ter 24 mil trabalhadores ou média de 240 ações sido ajuizadas por ano no ultimo triênio. Para a ampliação da vara serão necessários 1.500 ações por ano. Lei 10770/03 – essa lei permite que os TRTs desloquem Varas dentro da sua competência - se o número de ações diminuir – todo o processo iria demorar – com essa lei o tribunal pode deslocar a Vara para uma localidade que precise mais. Segunda instância – Tribunais Regionais do Trabalho Em determinadas circunstâncias, também poderão ser a primeira instância. A constituição determina que haja um para cada Estado e para o DF. São Paulo possui dois: TRT-2 e TRT-15 (Campinas e região).. Os tribunais possuem competência recursal. Em sua competência Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante originária, serão as ações ajuizadas diretamente na segunda instância, seguindo os trâmites da primeira instância. Exemplos: Mandado de segurança, ação rescisória, habeas corpus e dissídio coletivo. É dividida em: 1. Tribunal Pleno – Composto por 93 desembargadores. É um órgão especial no TRT em que compartilham matérias administrativas como punições de servidores e questões judiciais, precatórios. Também fazem o controle difuso da constituição – art 97 da CF/88. Clausula de reserva de plenário – o controle de normas é feito pelo pleno ou o especial. Em 2014 os tribunais são obrigados a editar súmulas. 2. SDI – Sessão de dissídios individuais: Existem 8 SDI no TRT 2. Possuem a competência originária individual – os mandados de segurança caem no SDI. 3. SDC – Sessão de dissídios coletivos – lá as votações são por cláusula por clausula dos dissídios.SDI E SDC fazem o papel da primeira instância. A competência recursal é das turmas. 4. Turmas: Competência para questões recursais – aqueles que sobem da 1º instancia, e possíveis ações incidentais – ação cautelar 5. Desembargador corregedor: função administrativa, bom funcionamento da justiça, se está abrindo no horário, juízes estão cumprindo pauta. Terceira instância - Tribunal Superior do Trabalho A competência é recursal dos recursos provenientes do TRT. É segunda instância quando os processos se iniciam no TRT. A competência é originária em ações individuais como o habeas corpus, ação rescisória e dissídio coletivo. Habeas Corpus ou Mandado de segurança – a autoridade coautora deverá ser o juiz da vara ou o desembargador Ação rescisória do TST – impetra no TST Ação rescisória do TRT – Impetra no Tribunal. O critério para definir a competência do Tribunal em dissídio coletivo é a extensão territorial do conflito. Ex: Problema em MG com os metroviários – TRT de MG julga. Agora se houver um conflito que envolva bases de vários tribunais distintos – carteiros de MG e RJ – competência é do TST. Exceção em SP: SP tem 2 Tribunais – a 2º Região e a 15º Região – problema em SP, o Tribunal de SP, se for em Ribeirão Preto, é 15º - se envolver RP e SP – quem julga é a 2º Região, apesar de ser dois tribunais É dividido em: 1. Tribunal Pleno: é o Orgão Especial, que possui competência administrativa: precatórias, controle de constitucionalidade, edição de súmulas 2. Sessão de Dissidios Individuais SDI- 1(competência recursal interna, da decisão da turma, pode ter recurso para a SDI II) e SDI-2 (competência individual originária – MS, HC, AR) Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante 3. Sessão de Dissídios Coletivos: competência originária coletiva (DC), mas também tem competência recursal coletiva. 8 Turmas: Competência recursal individual, quando o processo começa na 1º Instancia (Vara – TRT – TST) – cabe recurso para a SDI I 4. Ministro Corregedor: bom funcionamento da justiça nacionalmente O TST tem aproximadamente 443 Súmulas, mas internamente o TST edita os chamados OJ (Orientações Jurisprudenciais), que na prática tem o mesmo peso de Súmula. A diferença formal é que a Súmula é votada pelos 27 ministros, a OJ só discute com os Ministros o vinculo ao SDI e SDC, sendo mais rápida a discussão. As OJ são editadas pelo Tribunal Pleno, os SDI I e SDC II editam as OJ transitórias, que são temas superados pela lei, no caso, os processos que ainda correm com o antigo código de processo civil. A SDC II também edita os Precedentes Normativos (aplicação do poder normativo da justiça do trabalho – 95 cancelados) Quarta Instância - STF Em matéria constitucional o STF é a última instância – Recurso Extraordinário. Competência da Justiça do Trabalho. Segundo Liebman “Competência é a É a quantidade de jurisdição que se atribui a um órgão ou conjunto de órgãos do Poder Judiciário. A repartição da jurisdição é a competência” No Brasil tudo pode ser levado ao judiciário. Critério 1. Absolutos – pode ser alegado em contestação – preliminar, a qualquer tempo – 1º e 2º instâncias – e pode ser conhecido de ofício. Se transitar em julgado cabe ação rescisória. Material: Hierárquico/ Funcional: quando uma ação entra na 1º, 2º instancia (originariamente) 2. Relativos: se não for alegado em contestação há preclusão, havendo prorrogação da competência. Territorial: As regras para a competência territorial estão no artigo 651 da CLT Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. A regra geral é no local de prestação do serviço. a) Lugares simultâneos – É em qualquer lugar onde se prestou o serviço b) Lugares sucessivos – É sempre no último local da prestação do serviço. Exceções à regra geral. 1. Para o agente ou viajante comercial (prática atos de comércio – vende, assina contratos, demonstra produtos pelo empregador): Há duas regras: Se estiver vinculado a uma filial a competência é do local desta filial. Ex.: Ticio visita vários clientes em SP, depois vai para RJ onde é a filial da qual foi contratado diretamente, volta a SP e resolve, vai para BH, mais problemas se reporta RJ, sua filial; Não há vínculo especifico de filiais, nesse caso a competência é a do domicilio do trabalhador. Caso que caiu em prova: Ticio estava em SP, pegou as mercadorias e foi até BH, deixou lá e seguiu vazio até o RJ, lá pegou outras mercadorias e foi até salvador, descarregou, pegou outras e voltou para SP. Ticio não pratica atos de comércio só leva e traz, não é agente para levar negócios. Como ele fazia habitualmente, são locais simultâneos, então pode propor em cada um, se era só às vezes, em SP. 2. Brasileiros no exterior: todo país tem regra de proteção aos seus cidadãos, ela só não será aplicada se houver Tratado em sentido contrário. a. É possível que o empregado seja transferido para uma filial no exterior Quando chegar no Brasil pode propor a ação em território brasileiro, sendo competente por todo o período do contrato. Quanto à lei que será aplicada deve adotar o princípio da norma mais favorável pela Teoria Conglobamento Mitigado/ ou por Instituto Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Ex: Ticio foi transferido para o Japão, ficou 3 anos, entra com ação trabalhista e pede férias de 30d, e que no Brasil era 5d, bem como horas extras (jornada 6h por dia e 6d por semana) – Aplica-se a mais favorável por bloco conforme for mais favorável – a brasileira para férias, e a jornada aplica-se a japonesa a. Pode ainda o contrato ser exclusivamente no exterior, ex. vai trabalhar em um restaurante – começa, e termina no exterior – exclusivo no exterior. Nesse caso, há muito dificuldade inclusive para citar – não aceita jurisdição externa em relação que foi apenas no local, seria possível apenas se houvesse uma filial no Brasil, então poderia processar a filial daqui. Nesse caso tem que trazer a lei local traduzida para o processo e aplica-se aqui. 3. Empregadores que promovem atividades fora do local do contrato: prevalece que isso significa atividades itinerantes do empregado, ex: circo, shows – quando desloca, é toda a atividade empresarial que desloca. Neste caso, a competência é do local da celebração do contrato ou qualquer um dos locais da prestação de serviços. EX: Contratado na Itália 3m, depois Grécia 6m, Rio 3m, Sp 5m, Buenos Aires 6m – e contrato é extinto.Pode processar no Brasil? Se for brasileiro, valesse da 2º regra, tanto no Rio quanto em SP. Se não for brasileiro também pode propor aqui, mas só o período em que prestou a atividade aqui, e pode ser em qualquer um dos locais, pois a atividade é itinerante. Se não passou no Brasil e for brasileiro pode, o problema é qual será o direito material utilizado, terá que trazer todos os códigos dos países passados. E se fosse uma multinacional qualquer e for brasileiro, aplica-se o último local – SP - regra do caput, porque o empregador não é itinerante. Se não passou no Brasil, em qualquer lugar do Brasil Se for estrangeiro em multinacional o último local, só do tempo que passou no Brasil. Observações I. No processo do trabalho não existe agravo de instrumento – não existe recurso contra decisão interlocutória, essa Sumula permite o Recurso Ordinário (apelação no Processo Civil) quando o juiz acolhe uma exceção de incompetência territorial e determina a remessa dos autos para uma Vara vinculada a outro Tribunal. Se o juiz rejeitar cabe mero protesto (parecido com a. retido). Só cabe processo se remeter para outro Tribunal (TRT). Ex: para Santos ainda é SP, mas se for mG ou RJ pode. Súmula nº 214 do TST DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005 Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante II. As regras de competência territorial podem ser afastadas se inviabilizar o direito de ação. Ex: A está há 10 anos na empresa, surge vaga de gerente em outro local, muda de local, 6m sai da empresa e entra com ação, no dia da ação a empresa pede exceção de incompetência para mandar para Manaus, pois trabalhou lá, estando em SP – inviabilizaria o direito de ação, por isso o juiz poderia afastar as regras de incompetência, ás vezes pode deslocar mesmo se o local for mais perto. O direito de ação deve prevalecer. III. Cláusula de foro de eleição – todo contrato cível geralmente tem essa cláusula – no contrato de trabalho não é possível, pois este contrato geralmente é quase de adesão, e haveria um vício de consentimento. Só seria possível se a cláusula fosse mais benéfica (raro) IV. Com o novo CPC, a incompetência territorial virou preliminar de contestação – apresentada a exceção suspende a contestação, alguns juízes não recebem, tem que fazer constar em ata - incidente – mas estas deviam ser apresentadas em primeira audiência, algum juiz pode entender que não deva receber e estaria precluso, por isso deve estar contido em ata se for excepcionado – TODA DEFESA DEVE SER APRESENTADA NA PRIMEIRA AUDIÊNCIA. V. Se a incompetência territorial for peça apartada – apresentada a exceção, suspende o processo para solucionar o incidente e não recebe a peça. Se o juiz não aceitar a contestação, registra-se em ata para não haver preclusão na próxima audiência. Competência Material Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Relação de Trabalho – trabalho humano é gênero Relação de emprego – contrato de trabalho. Outras relações: 1. Relação de emprego: individual ou coletiva Competência Justiça do Trabalho 2. Outras relações de trabalho: existe trabalho humano, é protegido juridicamente, só que essa proteção é incidental, secundária, p. ex: trabalho do preso, trabalho voluntário, trabalho do cônjuge que fica em casa – dona de casa; Competência Justiça Comum – pois é incidental 3. Trabalho proibido: varia muito de momento histórico e local – esta pode envolver o sujeito, no Brasil há uma idade mínima 16, e aprendiz 14, alguns países proíbem trabalho de Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante mulheres. Mas a maior parte está relacionada ao objeto, cassino, bingo, rufianismo, tráfico de drogas, comércio de armas, trabalho escravo. Este pode ter uma questão penal – trabalho escravo Justiça Comum Segundo o STF, o trabalho escravo é de competência federal. Competência da Justiça do Trabalho – relação de emprego. Pode ter uma questão trabalhista, e mesmo de responsabilidade civil (perdeu uma perna), bem como problema administrativo (autua a fazenda por ter trabalho escravo). As demais, Competência Justiça do Trabalho. 4. Relações de trabalho com o Estado: a. Estatutário: regimes próprios de trabalho Justiça Comum, depende do empregador se federal, federal, se munc/estad comum. b. Empregado público: contrata pela CLT Justiça do Trabalho 5. Trabalho do CC e CDC (relações consumeristas): nos contratos – contratar dentista, a clínica não, pois seria prestação de serviço Justiça Comum Lei de greve cuida da greve típica – a paralisação dos trabalhadores. Greve atípica: ato de não colaboração dos trabalhadores. há várias figurar, como a greve de ritmo lento – operação tartaruga, greve de rigor excessivo – operação padrão (PF- nos aeroportos fiscalizar quem entra e sai, geralmente é por amostragem, ou por informação prévia, nesses casos verificam todos – faz o trabalho com rigor além. O metro tem um sistema de operação para checar a segurança, nesse caso checam em cada estação), greve de superprodução – produz além do que deve, greve de ocupação (os trabalhadores acampam no local e não trabalham) Greve de ocupação: trabalhadores ocupam a empresa. Greve ambiente – consta apenas na CF/SP – visa a melhoria do ambiente do trabalho. Greve geral – greve de cunho político. Não há no Brasil As típicas e atípica a Competência Justiça do Trabalho Para retirar o trabalhador pode utilizar ação possessória – reintegração de posse – bem jurídico é o direito real, ou abuso do direito de greve - SV 25 STF decidiu que a competência é da Justiça do trabalho Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Súmula Vinculante 23 - STF A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. É possível ainda alguma responsabilidade civil, por ofensa, danos, e essas condutas ilícitas podem ter desdobramentos penais, e nesse caso não é competência da Justiça do Trabalho. Quanto a responsabilidade civil, dos trabalhadores, empregador e sindicato, bem como desdobramentos trabalhistas, esses sim são de competência da justiça do trabalho. Ex: 3 trabalhadores queimam carro da empresa, e câmera grava, gera justa causa, fora desdobramentos penais Isso está relacionada ao Movimento Paredista: se o empregador quebra essas garantias, ele responde por isso. Durante a greve o empregador não pode contratar, só se for para evitar grave prejuízo. Ex: fornos de siderúrgicas que precisam estar ligados 24h, e precisam haver manutenção ou pode explodir. Lockout: é a paralização do empregador – proibida no Brasil – caso haja a competência éda justiça do trabalho, isso é justificado pois é um ato coletivo do empregador, e o lockout e a greve é o mesmo fenômeno, com a inversão dos sujeito – e a CF prevê que a greve é competência da justiça do trabalho. Conflitos Impróprios Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. O HC é um remédio constitucional que visa proteger o direito de locomoção – e esta pode estar na ótica do direito penal e no comum. Na civil atualmente só a de alimentos, a que tinha antes era a prisão do depositário infiel na execução do bem, hoje não há mais – Sum 25 STF. MS visa segurar direito liquido e certo, na justiça do trabalho é uma ação corriqueira, pois não há recurso contra decisão interlocutória, e por isso é comum. usar a via mandamental – contra juiz, alguns acham possível contra diretor de Vara, e há uma nova hipótese é contra atos da fiscalização do trabalho. HD protege o direito a informação do impetrante que conste em banco de dados da administração pública, ou banco de dados de acesso público – o direito a informação pode ser desdobrado em conhecer a informação, retificá-la e complementar a informação. Não cabe contra ao empregador – STF já afirmou. Pode-se pensar em duas hipóteses: contra a fiscalização do trabalho, por exemplo, o auditor fiscal solicita uma série de documentos, e programa para voltar e não volta, na superintendência pergunta e afirmam que tem um procedimento e negam por afirmar que é sigiloso, cabe HD para ter acesso. Um banco de dados de recolocação profissional de acesso público gerido pelo sindicato, por exemplo, portal para professores que quiserem enviar currículo, inserido este currículo, estas informações estão erradas, e estas não são Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante modificadas, pode impetrar HD para retificar. A lei e a jurisprudência exigem um requerimento prévio, negado ou não respondido em 10d, não pode ir direto ao judiciário. Os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I; Pode ter um conflito entre: 1. Juízes de trabalho da mesma região = o TRT julga 2. Juiz do trabalho e Estadual investido em jurisdição trabalhista = o TRT julga 3. Juízes de trabalho de tribunais diferentes = o TST julga 4. Entre dois TRTs = TST julga 5. Juiz do Trabalho e Juiz Estadual ou Federal: STJ julga 6. TRT e TJ/TRF = STJ 7. TST e STJ = STF O juiz estadual investido a jurisdição trabalhista, ele se torna juiz de trabalho, inclusive para aspectos disciplinares, se for da sua jurisdição nata vai para o STJ. Discussão de competência entre juiz do trabalho e TRT – não há conflito, pois é uma questão hierárquica, o TRT determinou, o juiz deve cumprir. Ações indenizatórias por dano moral, patrimonial, e não citou o extrapatrimonial. As espécies de dano material: lucro cessante (deixou de ganhar) dano emergente (efetivo prejuízo) Espécies de dano extrapatrimonial: dano estético (reconhece como extrapatrimonial e não moral), dano moral, há ainda o dano moral coletivo (STJ tende a não aceitar) – interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos -, dano psíquico (posição majoritária entende que está dentro do dano moral, prof. não – é aquele causado na psique, não afeta a honra, imagem, nome, mas afeta no comportamento, reação, cria um transtorno psíquico na pessoa) – ex: avião decolou em Congonhas e a porta foi arrancada, algumas pessoas provavelmente jamais entrariam no avião. A doutrina criou também o dano social (controvertido) este tem sido reconhecido ex officio, está relacionado a uma prática socialmente reprovável, ex: contrato de convenio, reiteradamente considerava a cláusula abusiva, e indenizou a coletividade por essa cláusula. Greve no metro, e que trabalhadores e metro não cumpriu a ordem, condenou o metro e o sindicato a dar cestas básicas, na justiça do trabalho tem sido dado quando envolve meio ambiente do trabalho – falta de IPI, reiteradamente, dá um dano moral coletivo. Meio ambiente: para fiscalização do trabalho, do convenio para informativos - a sociedade seja reparada nesse sentido estrito. Essa questão do dano cresceu muito na justiça do trabalho – dano moral porque não foi registrado, não atualizou, não teve intervalo, férias, chefe xingou, uniforme vexatório. O dano existencial (desdobramento do moral) trabalha na empresa 6 dias da semana 10h, não pode tirar férias, e empregador paga 3 vezes, do ponto de vista do trabalho o empregador pagou tudo, mas do ponto vista existencial ele foi privado. Também é comum hoje o atraso de salário, restrição ao toalet, falta de água potável no local. Há ainda o assédio mora, que é diferente do dano (que é um ato só), o assédio é uma prática reiterada, como fixação de metas reiteradas – colocando em um quadro quem não atingiu. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Esse assédio também pode ser sexual, e em abos pode ter em várias linhas de hierarquia. Art. 206A – assedio sexual, é um tipo penal da relação do trabalho, este tipo exige a subordinação, não existe por isso, o assédio do inferior para o superior, é necessário que o superior busque se favorecer – Justiça comum - testemunha. Doenças e acidentes de trabalho: tendinite, perdeu um braço- danos morais, pensão vitalícia. Esses são danos com o contrato, mas pode ocorrer de ser antes do contrato – em uma dinâmica, por exemplo em que pediram para que a mulher simulasse um strip-tease. Essa fase é um pré-contrato, acessório, por ser trabalhista, então é de competência da Justiça do Trabalho. Há ainda os danos pós contratuais, depois que o empregado saiu da empresa. Ex: ligam no local para pedir informações, afirma que era ruim dando aula – relacionado ao trabalho competência justiça do trabalho, usuário de crack- justiça comum. As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; Suspensão da atividade, multa – é qualquer ato abusivo da fiscalização do trabalho, e não somente penalidade – exige algo que não está previsto na lei, é abusivo. Fiscalização do Trabalho: firmou-se que é Ministério do Trabalho – auditor – o que significa dizer que fiscalização do FGTS e INSSS, não é fiscalização do trabalho, tendo a priori natureza tributária – justiça federal. Sistema de cotas: art. 93 da 8213/91 – 5% dos empregados com deficiência, se não tiver é autuado. Alguns tem impetrado mandado de segurança preventivo – ato ilegal ou abusivo (muitas vezes na justiça federal – com o argumento de que a autoridade coatora é o Superintendente Regional do Trabalho – mas seria um equivoco face ao 114, VII – pois apesar dessa autoridade ser federal, a competência é deslocada em razão da matéria). Mas é melhor na justiça federal, pois este está mais familiarizado, estando mais sensível aos requisitos, além disso, um juiz do trabalho não vai dar uma liminar para não cumprir uma determinação da justiça do trabalho. Contribuições sociais decorrentes das decisões trabalhistas – emenda constitucional 20/98: A justiça do trabalho passou a ter competência tributária. Lei 10035 determina que todo processo trabalhista em que a sentença determinar o pagamento de quantia certa, a Justiça do Trabalho deverá intimar o INSS. Deverá intimar a união para fiscalizar o recolhimento previdenciário e o imposto de renda. Súmula nº 368 do TST DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO (redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012)- Res. 181/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012 I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998 ) Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010. III - Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição. (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001) Súmula Vinculante 53 -STF A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. A competência da Justiça do Trabalho pode ser ampliada através de lei. Art. 652, a, III – CLT: a JT tem competência para o operário artífice – chamada de pequena empreitada pela doutrina – controvérsia envolvendo contrato de pequena empreitada é da Justiça do Trabalho a competência. Empreitada é obra, seriam pequenas obras, se der algum problema é JT, não é JEC. Critérios: 1. Temporal – no máximo 3 meses 2. Quantitativo: máximo 4 trabalhadores. Pequena empreitada: Justiça do Trabalho. Prescrição e Decadência Decadência é a extinção do direito. A prescrição é a extinção da ação. Teoria do Agnelo Amorim Filho – CC/02 adota em sua maioria Decadência e prescrição se relaciona a natureza da pretensão. Teoria dos diretos potestativos de Chiovenda – uma das partes faz prevalecer a sua vontade sobre a parte contrária, ex: A trabalha tarde e a esposa pede divórcio, A não pode fazer nada contra a essa vontade, bem como a demissão pelo empregador/empregado, não há como se opor a sua vontade. Prof Agnelo conclui que se a pretensão for condenatória, nós estamos falando de prescrição, se a pretensão for constitutiva (ou Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante desconstitutiva) com prazo estabelecido em lei (ou pela vontade das partes) estamos falando de decadência. Se for declaratória, ou constitutiva (desconstitutiva) sem prazo, estamos falando de ações imprescritíveis. Ação rescisória prazo 2 anos – decadência – a pretensão tem que ter natureza constitutiva ou desconstitutiva, que é o caso, desconstituir a coisa julgada e anular ou proferir nova decisão; MS – 120 dias – decadência – muitas vezes os juiz desconstitui um ato administrativo; Ação declaratória (reconhecer um estado, algo que já existe) é imprescritível. Decadência no Processo do Trabalho Há 3 hipóteses, duas já vistas, a. MS b. Ação Rescisória c. Inquérito de apuração de falta grave – 494 e 853 CLT. Essa ação no processo do trabalho, é uma ação judicial apesar do nome inquérito – dirigente sindical eleito tem estabilidade, não pode mandar embora, e esta só pode ser rompida via ação judicial, antes era a estabilidade, estável decenal (não existe mais) – fica 10 anos na empresa e não pode ser mandado embora. Se quer demitir tem duas opções: afastar este e tem 30 dias para ajuizar o inquérito, esse prazo é decadencial; Se não afastar tem que promover a ação (inquérito) imediatamente – nesse caso, NÃO tem decadência. Se não entrar imediatamente tem perdão tácito. Essa ação tem uma natureza desconstitutiva (visa promover um vínculo obrigacional, e a desconstitutiva visa romper esse vinculo), pois só o juiz pode mandar embora o empregado. O dirigente sindical tem que ter uma proteção diferenciada pois representa o trabalhador – proteção máxima. Regras da prescrição 1. Na vigência do contrato, proposta a ação, discute-se os últimos 5 anos – patrimonial. 2. Extinção do contrato – prescrição de 2 anos para entrar com a ação. Do dia em que propor a ação – só os últimos 5 anos – só em questões patrimoniais. Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve [...] Il - em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural § 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. Ex: Tício entrou em 1980 e é registrado em 1985. O vínculo de emprego não possui prescrição. 3. FGTS: 5 anos. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Suspensão / Interrupção/ Impedimento Suspensão da Prescrição: quando o direito for lesado, essa lesão é chamada de actio nata e a partir disso díspara a prescrição. Se passado um ano e um fato previsto em lei (artigos 197 e 198 CC) ocorre – por exemplo ficou em coma – estando em estado de incapacidade civil, a prescrição pára de ser contada. Dois anos depois a pessoa sai do coma, retomando sua capacidade, então volta a contar a prescrição de onde tinha parado, desconsiderando o período que estava incapacitado. Art. 197. Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. Impedimento: são as mesmas hipóteses dos artigos 197 e 198. No impedimento há o fato/hipótese legal, e depois há o action nata. Ex: incapacidade absoluta do menor de 14 anos. Lesam o seu direito de imagem e aos 16 anos, quando cessa a incapacidade absoluta, a prescrição começa. A causa legal para, dispara a prescrição. A diferença é que na segunda já existe a causa legal, e depois a lesão, na primeira existe a lesão, e a causa legal virá. Ex: Contrata secretária, e depois casa com ela e continua sendo secretária, 20 anos depois o casamento acaba. Vai na Justiça comum e fica com 50% do patrimônio, e continua como secretária, 6 meses depois o contrato de trabalho acaba. Então vai na justiça do trabalho e entra com reclamação trabalhista – prescrição de 5 anos. Como durante o casamento não conta a prescrição, pode pedir a hora extra de 22 anos.- Nesse caso é suspensão, pois o fato legal veio depois. Ex: Justa causa por furto, enquanto tiver a questão penal, não tem a prescrição trabalhista. Suspensão http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art3 Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa CavalcanteArt. 200 do CC. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. Justa Causa ---- Inquérito (ainda está correndo ) --- Ação penal (para prescrição) – foi absolvido – a partir daqui tem os 2 anos para ação trabalhista – reversão da justa causa e horas extras e equiparação salarial, só a justa causa estará sob o judice penal e não prescreverá, as outras questões do contrato tem prescrição. Há 2 hipóteses trabalhista de suspensão e impedimento. 1. Comissão de conciliação Prévia, nesses dias a prescrição está suspensa – pode ficar até 10 dias na CCP Contrato de trabalho, vai com o advogado no dia 10 de julho vai na CCP, e marca até 20 julho – não conta esse período, depois volta - suspensão. 2. Art. 440 CLT – não há prescrição para o trabalhador menor de 18 anos. Ex. Aprendiz com contrato extinto, não conta a prescrição, só a partir dos 18, é mais protetiva que o CC. Se estende ao menor herdeiro. Entra com ação trabalhista, e a prescrição começa aos 16a – TST reviu posição e segue o CC – impedimento. Interrupção da prescrição: Houve a lesão, a prescrição vem correndo, então corre um fato previsto em lei – 202 CC, interrompe a prescrição, e essa quando retornar volta do zero. Ex: protesto cambial– fica com o cheque sem fundo, e não promove ação, 5 meses e 20 dias depois protesta, zera o prazo, e tem mais 6 meses para entrar com ação. Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Prescrição ex-oficio: O juiz do trabalho não pode determinar de ofício a prescrição (art 240 CPC). O TST firmou entendimento recente de que esta conduta é incompatível com o processo do trabalho, pois a Justiça do trabalho existe para garantir os direitos trabalhistas. A regra civilista entra em choque com vários princípios constitucionais, como o da valorização do trabalho e do emprego, o da norma mais favorável e o da submissão da propriedade à sua função socioambiental, além do próprio princípio da proteção. Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Art. 240 CPC. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). No Processo do Trabalho aplicam-se a Sumula 268 e a OJ 392 DA SDI-1. Súmula nº 268 do TST PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. Orientação Jurisprudencial SDI-1 nº 392 PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AJUIZAMENTO DE PROTESTO JUDICIAL. MARCO INICIAL. (republicada em razão de erro material) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por força do art. 769 da CLT e do art. 15 do CPC de 2015. O ajuizamento da ação, por si só, interrompe o prazo prescricional, em razão da inaplicabilidade do § 2º do art. 240 do CPC de 2015 (§ 2º do art. 219 do CPC de 1973), incompatível com o disposto no art. 841 da CLT. Exemplo: Tício trabalha de 1990 a 2013 em uma empresa, mas só em 1993 é registrado. De 10/03/13 a 10/04/13 ele é levado a discutir seus direitos em uma CCP. Em 10/06/13 ele entra com uma ação trabalhista referente às horas extras. A reclamação tramita, mas no dia da audiência ele não comparece e a reclamação é arquivada (extinção sem resolução do mérito). Em 10/03/2016 ele entra com uma nova ação, pedindo horas extras, equiparação salarial e vinculo de 1990 a 1993. 1. Vinculo: não há prescrição 2. Horas extras: prescrição bienal a partir da extinção da ação. 3. Equiparação: prescrição a partir da extinção do contrato de trabalho. A prescrição bienal refere-se ao prazo em que o empregado pode ingressar com a reclamação trabalhista após a rescisão do contrato de trabalho. Assim, o empregado terá dois anos (bienal) para ingressar com ação, a contar da cessação do contrato de trabalho. Já a prescrição quinquenal refere- se ao prazo em que o empregado pode reclamar as verbas trabalhistas que fizeram parte do seu contrato de trabalho, a contar do ajuizamento da ação. Assim, o empregado poderá reclamar os últimos cinco anos trabalhados (quinquenal), contados da propositura da demanda trabalhista. Portanto, o cômputo de dois anos para ingressar com a reclamação trabalhista terá início a partir da http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397 Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante rescisão do contrato de trabalho, e o prazo de cinco anos para reclamar as verbas trabalhistas será computado a partir do ajuizamento da demanda. Desta forma, a partir do momento em que o autor propõe ação trabalhista, independente de haver citação válida ou não do réu, há interrupção da prescrição dos direitos trabalhistas. A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. O aviso prévio trabalhado ou indenizado projeta o contrato de trabalho, faz parte, então consequentemente projeta o inicio da prescrição. Quando era trabalhado não havia dúvida, agora o indenizado não. Faz parte os 30 dias, que se projetam no tempo o inicio da prescrição. (obs: lembrar da regra do aviso prévio para a contagem) Orientação Jurisprudencial nº 82: AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS (inserida em 28.04.1997) A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. Orientação Jurisprudencial nº 83. AVISO PRÉVIO. INDENIZADO. PRESCRIÇÃO (inserida em 28.04.1997) A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio. Art. 487, § 1º, da CLT. Alteração ilícita do contrato – é inválida, exceto quando a parcela questionada esteja prescrita em lei. Súmula nº 294 do TST PRESCRIÇÃO. ALTERAÇÃO CONTRATUAL. TRABALHADOR URBANO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. Ex:Tício em 1990 é contratado e em seu contrato há a previsão de um salário fixo e 10% de comissão. Em 2010, Tício ao vender certo produto, ganha 10% sobre sua venda, um valor considerável que assusta seu patrão. Este então, altera a sua comissão para 5% em março de 2010. Desde então, Tício terá prejuízo pois houve uma alteração ilícita em seu contrato. O contrato se encerra em janeiro/2016. Tício ajuíza uma reclamação trabalhista exigindo os prejuízos desde março de 2010. Neste caso, Tício só poderá se valer da prescrição quinquenal (a partir de janeiro/2011) de seus Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida JoubertoQuadros de Pessoa Cavalcante direitos, com exceção do prejuízo relacionado a alteração contratual. Caso houvesse lei prevendo 10% de comissão, seu prejuízo não prescreveria. Prescrição por doença: A prescrição começa a partir do conhecimento inequívoco da doença. SÚMULA 230 STF A prescrição da ação de acidente do trabalho conta-se do exame pericial que comprovar a enfermidade ou verificar a natureza da incapacidade. SÚMULA N. 278 STJ O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral. Procedimentos No processo do Trabalho, os 3 procedimentos existentes são fixados no valor da causa. Ordinário: Acima de 40 salários mínimos. Regra da CLT Citação: A Reclamação trabalhista poderá ser verbal ou escrita. Há o Jus Postulandi. Após feita, o distribuidor a encaminhará para a vara, que citará a reclamada. Em regra, o juiz só verá a RT na audiência. Exceção: tutela de urgência. A citação é sempre por correio. Há a presunção de citação de 48h entre a postagem e o recebimento. A Justiça do trabalho adota a teoria da aparência em citação pelo correio, ou seja: citação de alguém que representa a empresa. Ex: secretaria da empresa recebe a carta: empresa é representada pela secretária pois esta trabalha para ela. Ex: Empresa que está no 7º andar de um prédio da qual aluga, a carta é recebida pelo porteiro deste. Empresa não é citada pois não há vínculo entre o porteiro do prédio e a empresa. STJ fixou o entendimento de que a citação de pessoa natural pelo correio deve ser sempre pessoal. Do dia da citação ao dia da audiência o prazo fixado é de 5 dias. Na JT não há a necessidade da juntada de AR pois não há prazo para a contestação, já que esta só será apresentada no dia da audiência. O AR somente será juntado nos casos em que a empresa não compareceu à audiência. Audiência Uma: É divida em três fases. Em tese, é unificada, todavia tem sido desmembrada ao longo dos anos. Primeira fase é conhecida como inicial, onde a conciliação poderá ocorrer, a segunda como instrutória onde as provas serão feitas e a terceira fase é a do julgamento. Na audiência inicial é necessária a presença das partes. Caso o reclamante falte, a reclamação é arquivada, ou seja, a ação será extinta sem resolução do mérito. Na ausência do reclamante, este poderá ser representado por um http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=230.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante colega de trabalho ou pelo representante do sindicato de sua categoria, mas só para fins de adiamento da audiência. Se a reclamada falte, será considerada revel quanto a matéria de fato e não será intimada dos demais atos processuais, apenas da sentença. Quem representa a reclamada é o preposto. Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. § 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. Para ser preposto, há a exigência de 4 requisitos. 1. Jurisprudencial: Súmula nº 377 do TST PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO (nova redação) - Res. 146/2008, DJ 28.04.2008, 02 e 05.05.2008 Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 2. Carta de preposição: Segundo o conselho de Ética da OAB, o advogado da empresa não poderá ser preposto. Mas a Justiça do Trabalho tem aceito. 3. Legal: O preposto da empresa tem que ter conhecimento dos fatos. Não é necessário que ele seja testemunha do ocorrido, mas precisa ter o total conhecimento. O que ele não souber será considerado confissão ficta. 4. Confissão expressa: Tudo o que o preposto declarar em juízo será vinculado ao empregador. Fases da Audiência – Rito Ordinário Primeira fase – Inicial – Conciliação: O juiz é obrigado a tentar a conciliação na primeira audiência. Caso haja, ele homologa o acordo que terá força de sentença e só poderá ser atacado com a ação rescisória. Caso não haja o acordo, a reclamada entrega a defesa (contestação), que pode ser escrita ou oral, esta no prazo de 20 minutos. O juiz lê primeiro a inicial (antes ou depois da tentativa de acordo) e depois a defesa. Haverá a réplica, decorrente do principio do contraditório. Há uma omissão da CLT nisso. A réplica deverá ser entregue no Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante prazo de 10 dias após a audiência ou na audiência de instrução (no caso de audiência fracionada). Se for na mesma audiência, o prazo para apresentação é de 5 minutos. Segunda fase – Instrutória: A ausência de ambas as partes implica em confissão (súmula 74 TST). Essa fase é para produzir provas, como depoimentos pessoais, destituir testemunhas e apresentação de laudos periciais. Só pode juntar documentos fora da inicial/contestação quando for fato novo ou superveniente (súmula 8 TST). Documento superveniente surge durante o processo (ex: prova emprestada). O documento novo já existia na época da propositura da ação, mas não se conhecia a época. A Fase instrutória termina com as alegações finais que são orais no prazo de 10 minutos. Se for julgar depois, pode se levar por escrito no prazo de 10 dias. Súmula nº 74 do TST CONFISSÃO. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978) II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. Súmula nº 8 do TST JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença. Terceira fase – julgamento – Há uma nova tentativa de conciliação. O que importa nessa tentativa será a verdade contida nos autos. Se houver o acordo, será homologado. Se não, será pronunciada a sentença. Essa audiência é uma ficção. Se quiser conciliar tem que peticionar antes. O prazo recursal ocorre de duas formas: súmula 197 ou pela imprensa oficial (a forma como serão intimadas as partes sai na segunda fase da audiência) Processo do Trabalho Vanessa Ferreira de Almeida Jouberto Quadros de Pessoa Cavalcante Súmula nº 197 do TST PRAZO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação.
Compartilhar