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CIVIL I - anotações da aula e resumo - Prof Rosângela Lira - 2GQ

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Da Pessoa Jurídica (Art. 40-69) 
Conceito: “é a entidade diversa da pessoa natural (por isso é chamada de Pessoa Moral), 
solenemente constituída pela vontade de outras pessoas, físicas ou jurídicas, com personalidade ou 
patrimônio próprios e distintos dos de seus constituintes, e determinada finalidade prevista na sua 
ata constitutiva” 
Elementos constitutivos: 1) Vontade humana criadora 
 2) Licitude de seus propósitos 
3) Observância das condições legais de sua formação 
Características: 1) tem personalidade e patrimônio próprio  princípio da separação da PN e PJ 
 2) tem limitações: por ser abstrata precisa de representação; direitos de família 
 não podem recair sobre ela. 
Classificação: 
a) Quanto ao âmbito de atuação (função e capacidade): 
Pessoa jurídica de Direito Público: Externo (estados estrangeiros = países e organizações 
internacionais – art. 42, CC; Interno (União) – Art. 41, CC) 
Pessoa jurídica de Direito Privado – Art. 44, CC 
OBS: Art. 41 – Pessoa Jurídica de Direito Público interno: 
1. Administração Direto (união; município; DF) 
2. Administração Indireta (autarquia federal, ex: UFPE) 
2.1 Empresa pública: caixa econômica federa (100% patrimônio da união; não é uma 
sociedade anônima; entes públicos; natureza jurídica PRIVADA porque se organiza 
como SOCIEDADE ANÔNIMA. 
2.2 Sociedade mista: banco do Brasil (Natureza jurídica privada; se organiza como 
sociedade anônima. 
b) Quanto a Estrutura: 
Universitas Personarium: universidade de pessoas (um conjunto de pessoas). 
 Ex: corporações (pessoas que se associam e formam uma entidade) 
 Corporações: Associações ou Sociedade (finalidade lucrativa) 
Universitas Bonorum: universalidade de bens (patrimônio distinto a uma finalidade). 
 Ex fundações. 
c) Quanto a nacionalidade: nacional ou estrangeira 
Início da Personalidade jurídica (aquisição da Personalidade Jurídica) 
Público: leis 
Privado: Registro (documento – ato constitutivo) 
Art, 114-126, Lei nº6015 
 
 
A Teoria da Desconsideração (Art. 50, CC) 
Pessoa Jurídica utilizada de forma indevida: coloca como seu patrimônio um que seria da Pessoa 
Jurídica 
Origem na Inglaterra: “Disgard of Legal Entity Doutrine” 
Confusão patrimonial: 
Desvio da finalidade da pessoa jurídica 
O juiz permite que o patrimônio particular seja tocado 
Desconsiderar não significa expulsão e sim que existe um processo contra a pessoa jurídica, 
na qual ela é devedora e o credor constata que ela não tem bem e os seus sócios estão ricos 
demais 
OBS 1: a teoria adotada no Código Civil em 2002 para justificar a existência da pessoa 
Jurídica é a teoria da realidade técnica. 
OBS 2: Entre os associados não há direitos e obrigações recíprocos. 
 Desconsideração da Personalidade Jurídica: é o instituto que permite a responsabilidade 
do administrador, gerente ou representante legal da pessoa jurídica que, ao agir em seu nome 
pratica ato lesivo aos interesses de terceiro, em abuso de poder ou desvio de finalidade. 
Grupos despersonalizados (ou ente anômalo) uma coletividade de seres humanos ou de bens 
que não possuem personalidade jurídica própria, também conhecidos como grupos com 
personificação anômala. Ex: Sociedades irregulares e sociedades de fato; massa falida; espólio ou 
massa hereditária. 
Herança inocente e vacante: 
- Não são pessoas jurídicas porque não possuem personalidade, visto que, não há registro; 
- Sociedade de fato: existe de fato, mas não possui registro, vivendo as margens da lei. 
Sociedade irregular: seu registro não gera efeito, visto que possui uma falha. 
Massa falida: conjunto de bens da sociedade que faliu. 
OBS: lei de recuperação de empresas  extinguiu a “concordada”  acordo para 
evitar a declaração de falência. 
Sociedades irregulares não podem ser demandantes nos processos judiciais, já que elas não 
existem, apenas ré (possuem capacidade processual passiva) 
Massa falida pode ser autora (ativa) ou ré (passiva) na ação judicial: conjunto de bens 
administrados para pagar credores e, por fim, deixar de existir. 
Espólio: existe até o momento da partilha. 
 Herança jacente: aquela que não há sucessor. 
 Conjunto de direito e obrigações (abstrato) – representante = inventariante. 
Massa hereditária: bens em si. 
Condomínio: grupo de pessoas que divide o direito de propriedade sobre algum bem. 
 OBS: condomínio edilício = exemplo do volume de Jorge Miranda 
 Pode ter capacidade ativa e passiva 
Pessoa Jurídica de Direito Privado 
1) Fundações: Art. 62 a 69. 
Podem ser de Direito Público ou Privado (ex: fundação Joaquim Nabuco); 
Fundação particular pode ser criada por ato inter vivos ou mortis causa. 
Quem cria = instituidor 
Documento = estatuto 
Não possuem fins lucrativos 
Se o instituidor cria em vida, faz em escritura pública. Em morte, ocorre pelo testamento. 
Bens livres: quando não há nenhum “ônus” (usufruto, penhora, hipoteca) sobre ele. 
Se ele estiver vivo, poderá se “arrepender” até o transito final da fundação. 
O MP, antes de haver o registro (momento em que a fundação passa a existir) da fundação, 
deve aprovar 
Instituidor (que criam as fundações), MP (quando os sucessores não o fazem. 
Elaboração fiduciária (confiança) 
A finalidade é a única coisa que não pode ser alterada 
 
 Teorias da Natureza Jurídica da Pessoa Jurídica: 
Teoria Negativista (nega a existência e a autonomia da pessoa jurídica) 
Teorias Afirmativas (dá existência e autonomia) 
Teoria da Ficção (não tem existência real, mas existe como uma ficção humana) 
Teoria da Realidade Objetiva (existe, mas sua existência se confunde com a da PN) 
Teoria da Realidade Técnica (existe, mas sua realidade é distinta da pessoa natural) 
Teorias das Instituições Jurídicas 
2) Sociedades: visa lucro! 
As simples são registradas nos Registros civis de Pessoa jurídica; paga INSS (diferença de 
tributação) 
As empresariais são registradas no Registro Público das Empresas Mercantis; paga ICMS. 
 
As pessoas hoje em dia não optam muito por fazeres a sociedade em nome coletivo por essas 
serem solidarias ilimitadamente. (entram com o seu patrimônio pessoal) 
Sociedade = solidariedade (affectio societatis): liga os sócios no ativo e no passivo. 
Pro labore: participação que é dada a quem está gerenciando de forma correta. Participando 
ativamente 
Sociedades complexas: 3 órgãos = administrador; assembleia geral; conselho fiscal. 
Sociedade anônima: precisa ter autorização governamental; forma o capital social baseada 
nas ações 
Associações: Diretoria; assembleia geral (reunião de todos para tomar uma decisão); 
conselho fiscal. 
Extinção da associação (Art. 66) 
Universalidade de pensar. 
3) Partidos Políticos (lei 9096): Uma pessoa jurídica de direito privado (ou seja, não precisa 
de autorização governamental) marcada pela união voluntária de cidadãos de afinidades 
ideológicas e políticas organizadas e com disciplina visando a disputa de poder político. 
a. Possui 2 registros: 
1- Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Capital Federal (dá 
personalidade). 
2- Tribunal Superior Eleitoral: possibilita acesso ao fundo partidário; horário gratuito 
na rádio e na televisão; exclusividade de denominação. Siglas e símbolos (CF, Art. 17, 
parágrafo 2º) 
 A ideologia do partido deve ser compatível com o regime democrático 
 Não pode ter caráter paramilitar 
 Deve ter autonomia 
4) Organizações religiosas: Tipo de pessoa jurídica do Direito Privado destinada a abrigar as 
instituições de cunho religioso 
Criada sobre um manto professional 
Isenção fiscal 
OBS: A Igreja Católica é um ente internacional público (dotada de personalidade 
internacional); não há um registro de direito privado; não pode ser colocada como uma 
organização religiosa. 
 
5) EIRELI (Lei 12441): Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. 
É uma pessoa jurídica de Direito Privado que pode ser constituída de apenas 1 sócio 
Função: evitar a informalidadeÉ preciso declarar, numa EIRELI, um capital social de no mínimo 100 salários mínimos 
Objetivo: regularizar o comerciante 
Local de registro: cartório de pessoa jurídica 
Alteração e Extinção da Pessoa Jurídica 
Ocorre com a baixa de registro 
Formas de alteração (sociedades): 
Transformação: é a adoção de outra forma societária pela pessoa jurídica de fins lucrativos. 
Não precisa passar pela extinção. 
Incorporação: é o ato por meio do qual uma pessoa jurídica é formalmente absolvida por 
outra deixando de existir. 
Fusão: é a união formal de pessoas jurídicas para a constituição de outra deixando as 
anteriores de existir. 
Cisão: é o destaque de parcela patrimonial da pessoa jurídica que é parcialmente absolvida 
por outra 
Processo de extinção: 
 Dissolução: aquele momento em que se decide acabar com uma pessoa jurídica. 
a. Voluntária ou convencional 
b. Oficial ou governamental 
c. Legal ou judicial (precisa de decreto lei) 
Quando a dissolução é decretada, se dá início a fase de liquidação. 
 Liquidação: é a apuração dos haveres da entidade moral para o pagamento de suas dívidas 
  elabora-se o balanço (é a descrição por escrito, do ativo e passivo da pessoa jurídica 
Parte geral do Código Civil – Livro II Dos Bens 
Como objeto das relações jurídicas que se formam entre os referidos sujeitos. 
Todo direito tem o seu objeto, como o direito subjetivo é poder outorgado a um titular, requer um 
objeto 
Sobre o objeto desenvolve-se o poder de fruição da pessoa. 
Objeto da relação jurídica: é tudo o que se pode submeter ao poder dos sujeitos de direito como 
instrumento de realização de suas finalidades jurídicas. 
Bens: 
Sentido estrito: compreende os bens objetos dos direitos reais e também ações humanas 
denominadas prestações. 
Sentido amplo: coisas; ações humanas (prestações, nas relações obrigacionais); certos 
atributos ou direitos da personalidade; determinados direitos, como cessão de crédito, o poder 
familiar, etc. 
Sentido filosófico: tudo o que satisfizer uma necessidade humana 
Juridicamente: “toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo” (Pablo 
Stalze) 
Classificação: I, II e III do CC 
I – Dos bens considerados em si mesmos 
Móveis X Imóveis 
Fungíveis X Infungíveis 
Consumíveis X Inconsumíveis 
Divisíveis X Indivisíveis 
Singulares X Coletivos 
Imóvel: (não pode ser transportado de um lugar para outro) 
1. Por natureza 
2. Por determinação legal. 
 OBS: direito à sucessão aberta (direito de herança) 
Móvel: (pode ser transportado) 
1. Por natureza (precisa de força maior) 
2. Semoventes (tem força própria) 
3. Por determinação legal 
4. Por antecipação (Art. 95) 
Diferenças entre bens móveis e imóveis: 
1) Complexidade dos direitos de propriedade, requer ato formal (imóvel). Já o bem móvel, é 
informal. 
2) Direito real de garantia: Penhor (móvel); hipoteca (imóvel) 
3) Outorga uxória (imóvel) 
4) Procedimento de ausência, são alienados com a autorização do juiz (imóvel) 
OBS: quando houver imóvel na massa hereditária, a preferência é do incapaz (a lei protege 
o menor, o pródigo, etc) 
Fungíveis (bem substituível por outro, da mesma espécie, quantidade ou qualidade) 
Infungíveis (não pode ser substituído por outro, da mesma espécie, quantidade ou qualidade) 
Consumíveis (são destruídos na sua substância pelo uso normal) 
Inconsumíveis (a utilização não atinge a sua integridade) 
Divisível (pode ser fracionado) 
Indivisível (não pode ser fracionado) 
Singulares 
Coletivo (universalidade de fato e de direito) De fato – conjunto de elementos homogêneos 
 De direito – conjunto de elementos heterogêneos) 
II – Dos bens reciprocamente considerados 
Tipos: 1. Principal 
 2. Acessório (tem uma dependência do bem principal). Tipos: 
2.1 Fruto: são utilidades renováveis que a coisa principal periodicamente produz e cuja percepção 
não diminui a sua substância. 
Classificação: 
 Quanto a sua natureza: 
a) Naturais: são aqueles gerados pelo bem principal sem a necessidade da intervenção 
humana direta. 
b) Industriais: são aqueles decorrentes da atividade industrial humana 
c) Civis (= rendimentos): são utilidades que a coisa frugífera periodicamente produz 
viabilizando a percepção de uma renda. 
Quanto à ligação do fruto com a coisa principal: 
a) Colhidos: aqueles já destacado da coisa principal (também chamado de percebidos), 
mas ainda existente. 
b) Pendentes: aqueles que ainda se encontram ligados a coisa principal. 
c) Percipiendos: aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não foram. 
d) Estantes: são frutos já destacados que se encontram armazenados para venda. 
e) Consumidos: são os frutos que não mais existem. 
2.2 Produtos: são utilidades não renováveis cuja percepção diminui a substância da coisa principal. 
2.3 Pertenças: são coisas que, sem integrarem a coisa principal, facilitam a sua utilização (o que 
deixa mais bonito, mais confortável, agradável, etc) 
2.4 Benfeitorias: são obras realizadas pelo homem na estrutura de uma coisa com propósito de 
conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. Tipos: 
 a) Voluptuárias: aquelas que embelezam o bem. 
 b) Uteis: melhora a utilidade do bem. 
 c) Necessárias: tem propósito de conservação. 
2.5 Partes integrantes: são coisas que integram o bem principal de maneira que a sua separação 
prejudicará a fruição do todo (a utilização do bem principal) 
Dos Bens Públicos (art. 98-103, CC): 
Classificação: de uso comum; de uso especial; os dominicais 
Do Bem de Família: proteção especial dada a um bem especial. 
Teoria do patrimônio mínimo: 
 Fundamentos: mínima patrimonial para assegurar o exercício pleno da dignidade. 
 Origem: Honestead Act. 
Conceito: é uma forma de afetação de bem a um destino especial que é ser a residência da 
família e enquanto for é impenhorável. 
Tipos: 
- Voluntário (Art. 1711-1712, CC) – móvel ∕ imóvel: as pessoas vão dizer qual bem querem proteger) 
- Legal (Lei nº8009∕90) – imóvel (impenhorável): automático. 
Impenhorabilidade e inalienabilidade 
Bem de Família e contrato de fiança: Súmula STJ – 549 
Livro III – Dos Fatos Jurídicos: 
Fatos Jurídicos “stricto sensu” (fatos naturais): ordinários e extraordinários 
Atos Humanos de vontade: lícitos (negócio jurídico; atos jurídicos stricto sensu) e ilícitos. 
Fundamento (dos dois): vontade humana 
 Teoria da autonomia privada (ou teoria objetiva de Oscar Von Bullon: os sujeitos de 
direito podem autorregular, nos limites legais, seus interesses. 
Da Representação (Art 115 – 120) 
É a prática de ato jurídico no lugar de outra pessoa que a vincula aos seus efeitos. 
Quando alguém pratica um ato em nome de outro. 
Representante e representado (concede os poderes) são as partes. 
Procuração: instrumento da representação 
Natureza Jurídica da Representação: é um poder 
Elementos ou requisitos: 
1) Outorga de poderes (concessão) a uma pessoa para a defesa dos interesses de outra 
pessoa. 
2) Aceitação do representante. 
3) Realização dos atos da representação. 
Tipos: 
1) Voluntária ou consensual: escolha de uma pessoa de confiança 
2) Legal ou judicial: decorre da sentença judicial (ex: pai e mãe); o juiz escolhe. 
a. Representação de proteção (incapazes) 
b. Representação imprópria (entes despersonalizados) 
Núncio: apenas expressa uma vontade; não há outorga de poderes. 
Preposto: representante que tem vínculo profissional com o representado. 
OBS: representação ativa (emissão de representação de vontade ou declaração); representação 
passiva (quando não emite declaração). 
Procuração e contrato de mandato = representação voluntária! 
Representação voluntária: pode ser revogada 
1. Revogação expressa: quando o representado comunica o representante. 
2. Revogação tácida: quando nomeia um novo procurador com as mesmas funções. 
Excesso de poder: ocorre quando o representante excede os poderes a ele atribuídos. 
Abuso de poder: ocorre quando o representante agede forma contrária aos interesses do 
representado (a pessoa age com desconformidade com o que tem ∕sabe que tem que fazer). 
Representação Direta: quando uma pessoa atua em nome e por conta de outra, produzindo uma 
relação direta e imediata entre o representado e terceiros. 
Representação Indireta: quando uma pessoa atua em nome próprio e por conta de outro adquirindo 
para si os direitos e obrigações do representado em frente a terceiros (ex: advogados). 
Situações de extinção de poder de representação: 
1. Quando for concluída sua finalidade; 
2. Pelo termo final do prazo fixado na procuração; 
3. Pela cessação da capacidade absoluta ou relativa; 
4. Pela superveniência da impossibilidade do exercício; 
5. Pela morte do representante ou representado; 
6. Pela revogação da representação convencional. 
Da Invalidade (Art. 166-184, CC) 
Nulidade Absoluta: (Art. 166-170) 
 Interesse público e coletivo; 
 Punição grave; 
 Efeitos Ex tunc e erga omnes; 
 Juiz age de ofício; 
 É imprescritível; 
Não pode ser convalidado nem 
ratificado; 
 Ação declaratória de Nulidade 
Nulidade Relativa: (Art. 171-184) 
 Interesse particular; 
 Punição branda; 
 Efeitos: ex tunc e inter partes; 
 Juiz não age de ofício; 
 É decadencial; 
 Pode ser convalidado e ratificado; 
 Ação de Anulação. 
 
Ratificação: Expressa: correção de negócio jurídico pelas partes. 
Tácita: você não procura a outra parte, mas age de maneira que infere-se que você 
quer manter o negócio jurídico. 
 De terceiros: exemplo: assistência; menor que celebra um negócio jurídico. 
Dos Vícios (ou defeitos) do Negócio Jurídico (Art. 138-165, CC) 
1) Do consentimento ou vontade: vão ocorrer quando uns sujeitos mantem uma relação jurídica 
com outro e um deles é prejudicado 
2) Sociais: aqueles em que as partes que participam da relação jurídica não sofrem mal algum 
(fraude contra credor; simulação) 
1) Dos Erros: é a ideia falsa da realidade. 
Substancial: o que anula 
 Acidental: Error in negatio (sobre o negócio) 
 Error in corpore 
 Erro in substantia 
 Erro in Persona (sobre a pessoa) 
2) Do Dolo: é o emprego de um artifício ou expediente malicioso para induzir alguém a prática de 
um ato que o prejudicado e aproveita ao autor do dolo. 
Dolo principal (dolo causum): anula o negócio jurídico; sempre mal (dolus malus); traz 
benefício para o indutor do dolo ou outrem. 
 Dolo acidental (dolus incidens): não anula; perda e danos. 
Dolus bobus: artifício utilizado, havendo engano, mas não há prejuízo. Ex: mídia (você lembra do 
produto e acaba comprando). 
Dolo positivo (comissivo) e dolo negativo (omissivo) 
3) Da Coação (Art. 151-155, CC): qualquer pressão, física ou moral, exercida sob a pessoa, sua 
família ou bens para obriga-lo ou induzi-lo a negócio jurídico. 
Tipos: - Moral ou psicológica (ex: chantagem) 
 - Física (vis corpolis ∕ vis absoluta) 
Vis absoluta: desconsiderada por não gerar efeitos no mundo jurídico. 
A coação não é personalíssima (diz respeito aquela pessoa) 
4) Estado de Perigo: (Art. 156, CC) 
Algo permanente = situação de urgência (você não pode esperar) 
A desproporção é maior e excessiva 
Ex: você está morrendo e oferece a alguém toda a sua fortuna. 
5) Lesão: (Art. 157, CC) 
Inexperiência 
Ex: o carro vale 70 mil e você paga 90 mil, sem saber; 
Associado ao tempo em eu se realizou o negócio jurídico. 
OBS: Estado de perigo é diferente de estado de necessidade. 
Ato ilícito é inválido 
 
6) Simulação: (Art. 167, CC) 
É uma falsa declaração de vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente desejado. 
Divide-se em absoluta e relativa (objetiva e subjetiva) 
Características: aparecerá em negócios bilaterais; a vítima é “estranha”; visa enganar um terceiro e 
burlar a lei. 
Absoluta: as partes não realizam negócio jurídico algum, apenas fingem para criar uma aparência. 
Exemplo: José é casado com Maria e quer se divorciar então, sem que ela saiba, ele quer tirar os 
bens dela. Ai ele chama pessoas da confiança dele e assina títulos de crédito; os amigos entram 
com ação contra José e isso leva à penhora dos bens de patrimônio: na partilha do divórcio, Maria 
não terá acesso a nada.  Pode ser causa de nulidade absoluta. 
Relativa: compõe-se de dois negócios, sendo um o negócio simulado e outro dissimulado oculta-se 
o que é verdadeiro). 
7) Fraude contra credor: 
Ação pauliana ou revogatória (ação que faz com que se anule a fraude); é a prática maliciosa, pelo 
devedor, de atos que desfalcam o seu patrimônio com o objetivo de colocá-lo a salvo de uma 
execução por dívidas em detrimento dos direitos creditórios alheios” 
Execução por dívidas: ação de execução que o credor move quando o devedor não paga. 
Elementos: subjetivo (cosiluim fraudis) e objetivo (eventus damni) 
Negócios jurídicos suscetíveis de fraude: 
 - A título oneroso (objetivo e subjetivo) 
 - A título gratuito (doação) ou por remissão de dívidas = caso você esteja devendo e perdoe 
a dívida de alguém, será visto como fraude. 
OBS: art. 163 – presunção absoluta. 
Art. 158: credor sem garantia = credor quirografário (só possui a prova de que é um credor) 
Insolvência civil: patrimônio pequeno e dívidas superiores. 
OBS: fraude contra credores ocorre antes do processo de execução. 
Art. 161: ação pauliana atinge a todos – você entra com ação contra a pessoa com mais patrimônio. 
Art. 162: você paga a dívida ao credor mais recente – errado, já que deve ser respeitado o concurso 
de credores. 
Art. 164: presunção absoluta; mercadoria – as vendas não serão fraudes, já que é base familiar. 
 
 
Da Prescrição e da Decadência 
Da Prescrição (Art. 189 a 206, CC) 
Extingue a pretensão (o que quero obter ao exercer o direito de ação) 
Prazos somente estabelecidos em lei 
A parte não pode alega-la. Pode ser renunciada pelo devedor após a consumação 
Não corre contra determinadas pessoas (pois há regras que impedem). 
Previsão de casos de impedimento ou suspensão e interrupção. 
Atinge ações condenatórias. 
Prazo geral: 10 anos (Art. 205, CC) 
Prazos especiais: previstos no art. 206, CC 
Tipos: Extintiva – parte geral do CC 
 Aquisitiva (usucapião) – parte especial 
Ambos são institutos do direito civil que fazem parte de outros direitos  estudo com foco no 
tempo  no direito, a regra é que haja tempo para cada coisa. 
Da Decadência 
Pode ser de lei (legal) ou ajustada pelas partes (contrato – convencional) 
Extingue o direito 
Prazos estabelecidos em lei ou por convenção das partes – Miguel Reale afirma que devem ser 
explícitos quando se tratar de prazo decadencial, ex: Art. 178, CC) 
A decadência legal não pode ser renunciada, em qualquer hipótese. A comercial pode ser 
renunciada após a consumação. 
Corre contra todas as pessoas, com exceção dos absolutamente incapazes (art. 3, CC) 
Não pode ser impedida ou suspensa ou interrompida. 
Atinge ações constitutivas (ex: ação anulatória) 
Não há prazo geral 
Prazos especiais 
 
OBS: ações condenatórias = de cobrança; indenização. 
 
OBS: Da prescrição - 1ª tese: Clóvis Beviláqua 
 2ª tese: Agnelos Amorim (pretensão exclui o direito de ação) 
 
Prescrição e decadência – pontos em comum: 
O tempo corre (decurso do tempo) 
Uma pessoa que é negligente (inércia do titular de direito) – você não usa o instrumento certo no 
tempo certo 
 
Prescrição: aparece como instrumento de defesa. No processo há 3 meios de defesa do réu: 
1. Contestação 
2. Reconvenção: juiz julga 1º a reconvenção para depois julgar o pedido principal 
3. Exceção: você pode alegar prescrição, incompetência do juiz, etc; consegue parar o 
processo. 
Art. 206, parágrafo 5, II, CC: prazo para o advogado cobrar é de 5 anos. 
 
Impedimento ou suspensão: para o prazo e, caso volte, continua onde estava 
Interrupção: só pode ocorrer uma vez; o prazo começa do zero novamente 
Elementos acidentais do negócio jurídico 
 
Art. 121 a 137, CC: Condição: evento futuro e incerto.Termo: evento futuro e certo 
 Encargo: gera obrigação de fazer 
 
OBS: suspensiva é diferente de resolutiva 
 
Planos: existência  validade  eficácia 
 
Elementos modais têm o poder de colocar a eficácia para o futuro. 
 
Condição: limitações da eficácia do negócio jurídico, sujeitando-a quanto ao início ou fim a um 
acontecimento futuro e incerto. 
 
Condição potestativa: ilícita (proibida em lei) 
 
Condição suspensiva: é a que impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro 
e incerto. 
Ex: irei doar um carro para você se você passar na OAB – não há exercício e nem aquisição de 
direito; ela tem efeito declarativo; ex tunc (retroage ao momento de declaração da vontade). 
 
Condição resolutiva: extingue o direito transferido pelo ato, ocorrendo o evento futuro e incerto. 
Ex: venda a contento – alguém sempre compra um vinho X, ai o vendedor oferece outro vinho Y 
para ele provar. Caso ele não goste, ele devolve  o negócio foi feito  já há direito e resolução 
de direito. 
Há aquisição e exercício do direito desde o momento da realização do negócio jurídico. 
“Condição estabelecida” – LINDB, Art, 6, parágrafo 2 
 
Termo: o momento em que começa ou termina a eficácia do negócio jurídico; 
O limite que é colocado no prazo  tempo entre o termo inicial e o final  você não pode exercitar, 
já que é futuro  impede o exercício, mas não a aquisição de direitos. 
Termo não retroage 
OBS: contagem de prazo (concurso)  exclui o dia do começo. 
Se, no último dia do prazo, cair em feriado ou fim de semana, pula 
 
Encargo: é uma cláusula acessória as liberalidades (doação e herança) pela qual se impõe uma 
obrigação ou financiado. Também ocorre em declaração unilaterais de vontade (ex: promessa de 
recompensa). 
O encargo não suspende a aquisição e nem o exercício do direito (quando ele aparece sozinho) 
É um ônus: o beneficiário (quem recebe) terá que fazer algo. 
Pode aparecer com a condição suspensiva (não tem aquisição nem exercício do direito; 
normalmente, coloca a condição suspensiva para garantir a segurança jurídica)

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