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Síndrome de Burnout e a Qualidade de vida - ARTIGO

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MESTRADO EM CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO – NILTON LINS – Manaus, AM, Brasil, Março/2014. 
Síndrome de Burnout e a Qualidade de vida
Maria Laura N. Campos (NILTON LINS/UFAM) laurynhacampos@gmail.com.
Psicologia Ocupacional (UFAM) Prof. DR. DeusamirPereira@hotmail.com
Resumo
O presente artigo propõe-se a refletir sobre a correlação existente entre Síndrome de Burnout e a qualidade de vida, relação esta, cuja causa está intimamente ligada à vida profissional por se tratar de um estado de esgotamento físico e mental do ser humano. O objetivo é analisar a Síndrome de Burnout correlacionando com os diferentes aspectos que fomentam essa questão, tais como causas, consequências, sintomas e interferência na qualidade de vida. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, observacional, com análise documental por intermédio da abordagem qualitativa. Neste sentido a importância deste estudo servirá como informações que possam suscitar o debate, desvelando mecanismos que possam subsidiar o encontro de alternativas para amenizar a incidência dessa problemática na sociedade. Palavras-Chave: Síndrome de Burnout, Qualidade de Vida, Pessoas. 
1. Introdução 
O presente artigo faz uma abordagem sobre a Síndrome de Burnout, doença característica do trabalho, que atinge com maior incidência os profissionais que estão diretamente ligados as relações humanas, função esta que exige do trabalhador a afetividade. O Burnout (esgotamento profissional) é uma síndrome psicológica decorrente da tensão emocional crônica no trabalho. É considerada por França e Rodrigues (1997) como uma resposta emocional a situações de estresse crônico em função de relações intensas em situações de trabalho com outras pessoas. Favorecer o desenvolvimento de um perfil humano condizente com os padrões do paradigma imergente consiste em construir os alicerces para uma organização inteligente e inovadora. Respeitar o trabalhador como “ser humano” significa contribuir para a construção de um mundo mais humano e para um desenvolvimento sustentável. Investimento em qualidade de vida significa investimento no progresso da sociedade e da economia global. Define-se como qualidade de vida o método usado para medir as condições de vida de um ser humano, envolvendo o bem-estar físico, psíquico, mental e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e também a saúde, educação, profissão, alimentação e outras circunstâncias da vida. Muito se tem falado sobre qualidade de vida, mas a satisfação no trabalho não pode estar isolada da vida do indivíduo como um todo. Segundo Rodrigues (1994, p.93), “Os empregados que possuem uma vida familiar insatisfatória tem o trabalho como o único ou maior meio para obter a satisfação de muitas de suas necessidades, principalmente, as sociais”. Assim, o trabalho assume dimensões enormes na vida do homem. 
2. Síndrome de Burnout 
A Síndrome de Burnout, considerada uma reação ao estresse crônico, também chamado de síndrome do esgotamento profissional, foi descoberta em 1974, nos Estados Unidos, pelo pesquisador Freunderberger, após constatá-la em si mesmo, a partir da observação de desgaste no humor e na motivação de profissionais de saúde com os quais trabalha. Não há dados sobre a incidência da Síndrome de Burnout no Brasil, mas os consultórios médicos e psicológicos registram um constante aumento do número de pacientes com relatos de sintomas típicos da Síndrome. O termo Síndrome de Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço. Várias são as definições abordadas por diversos autores, como podemos ver a seguir: A Síndrome de Burnout é definida como um resultado do trabalho intenso sem a preocupação em atender as necessidades do individuo que leva a um esgotamento tanto físico como emocional (BENEVIDES- PEREIRA, 2002). Maslach (1999) define a referida síndrome como: “uma reação a tensão emocional crônica por tratar excessivamente com outros seres humanos, particularmente quando eles estão preocupados ou com problemas”. Para Gazzoti e Vasques-Menezes (1999), Burnout consiste na síndrome da desistência, pois o individuo deixa de investir em seu trabalho e nas relações afetivas que dele decorrem, podendo se tornar incapaz de se envolver emocionalmente com o mesmo. Segundo Codo (Org. 1993) Burnout é uma forma de adaptação que pode resultar em efeitos negativos tanto para a própria pessoa quanto para seu local de trabalho. Portanto, é consequência de uma tentativa de adaptação própria das pessoas que não dispõem de recursos para lidar com o estresse no trabalho. Essa falta de habilidade para enfrentar o estresse é determinada tanto por fatores pessoais como por variáveis relativas ao trabalho em si e a organização. França (1997) considera que essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantém uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda, como professores, médicos, enfermeiros, policiais e outras. Embora profissionais que lidam diretamente com outras pessoas são mais vulneráveis ao desencadeamento da síndrome, qualquer profissional de outra área pode desenvolver o Burnout. Maslach (1999) reafirma que para desencadear o Burnout, basta o trabalhador apresentar reações negativas prolongadas as fontes estressoras interpessoais crônicas. A síndrome possui características individuais associadas as do ambiente e as do trabalho e propiciaram o aparecimento dos três fatores multidimensionais: exaustão emocional, despersonalização ou cinismo e diminuição da realização pessoal ou ineficácia (MASLACH, 1999). Os autores afirmam que: 1. Exaustão emocional – Refere-se a sentimentos de fadiga e a redução dos recursos emocionais para lidar com a situação estressora. Compreende a perda progressiva de energia, seguida de esgotamento físico e mental. O individuo já utilizou várias estratégias para lidar com os estressores, e todas falharam. O individuo não consegue mais despender energia, gerando conflito pessoal. 
Acontece, devido às excessivas demandas psicológicas e emocionais advindas do contato com pessoas que necessitam de cuidados. A necessidade de disponibilidade afetiva para vinculação e o consequente desenvolvimento do trabalho e a impossibilidade de concretizá-las, levam a um desgaste e um sentimento de exaustão emocional. 2 – Despersonalização ou cinismo – Referem-se a atitudes negativas, ceticismo e a insensibilidade com respeito a outras pessoas, especialmente os usuários dos serviços prestados pelo profissional. O individuo passa a tratar as outras pessoas com estrema frieza, insensibilidade, irritabilidade, chegando ao cinismo e atitudes negativas e não se importa mais com as relações pessoais, agindo como se aqueles que estão a sua volta fossem coisas, como um objeto e não um ser humano. Não há comprometimento com os resultados, nem com as metas. Tem a tendência de não ver a individualidade e de despersonalizar colegas e usuários que necessitam de seu atendimento, tratando-os como se fossem objetos ou números. 3 – Baixa realização pessoal ou ineficácia – Refere-se à percepção de deterioração da competência em resolver os problemas e da satisfação com a realização do trabalho. Compreendem a falta de motivação e insatisfação com o trabalho, ambas ocasionadas pela sensação de insuficiência. O individuo se julga incapaz de cumprir demandas de sua função. Torna-se presente uma sensação de menor rendimento, insatisfação com seu desenvolvimento profissional e um sentimento de inadequação e falta de envolvimento com o trabalho. A auto- estima e autoconfiança desaparecem. Observa-se um distanciamento do profissional com seu cliente ou paciente, que se torna uma relação fria e impessoal. 
Segundo Wilheim & Déak, apud Cardoso (2005): 
O trabalho ocupa um papel central na vida das pessoas e é um fator relevantena formação da identidade e responsável pela inserção social do ser humano. Nesse contexto, considera-se que o bem-estar adquirido pelo equilíbrio, entre as expectativas em relação à atividade profissional e à sua concretização, é um dos fatores que constituem a qualidade de vida, que é alcançada pela satisfação de condições objetivas como, emprego, renda, habitação, de condições subjetivas como segurança, privacidade e afeto, bem como pelo estabelecimento de relações de auto- estima, de apoio e reconhecimento social. 
É de fundamental importância para o desenvolvimento nas diferentes áreas da vida humana o estabelecimento de uma relação satisfatória com a atividade laboral. Esse relacionamento dependerá, em grande escala, dos suportes afetivos e sociais que os indivíduos recebem durante seu percurso profissional. O suporte afetivo advém do relacionamento com pessoas com as quais é possível compartilhar as preocupações, as amarguras e as esperanças, oportunizando o estabelecimento de sentimentos de segurança, de conforto e de confiança. O suporte social aplica-se ao quadro das relações, em geral, que se estabelecem entre os colegas de trabalho, os vizinhos e os conhecidos e também pode favorecer o aprofundamento de relacionamentos que, mais tarde, venham a fazer parte do suporte afetivo. Para Gazzoti e Vasques-Menezes (1999): 
A fragilidade emocional provocada pela falta dos suportes afetivo e social traz grande sofrimento, uma vez que é reflexo dessa situação não ficando restrita à vida privada, mas sim ampliando-se para o campo das relações de trabalho. O trabalhador, ao sentir-se sem alternativa para compartilhar suas dificuldades, seus anseios e suas preocupações, tem aumentada sua tensão emocional, o que pode levar ao surgimento do estresse (pág.264). As condições laborais, portanto, são extremamente importantes para o estabelecimento de sentimentos de reconhecimento e de gratificação e interferem na execução das atividades diárias. 
2.1 O estresse O termo estresse foi usado por Selye (1976) com um sentido neutro - nem positivo nem negativo. Ele o definiu como "reação não-específica do corpo a qualquer tipo de exigência". A partir dessa definição Selye diferencia dois tipos de estresse: o "eustresse" (eustress), que indica a situação em que o indivíduo possui meios (físicos, psíquicos) de lidar com a situação, e o "distresse" (distress), que indica a situação em que a exigência é maior do que os meios para enfrentá-la. Apesar de ainda ser usado em inglês, o termo "distresse" caiu quase em desuso, sendo substituído pelo próprio termo estresse, que passou a ter o sentido (atual) negativo de desgaste físico e emocional. Segundo Andrews (2003) a definição geralmente mais aceita para estresse é “a resposta do corpo a qualquer demanda, quando forçado a adaptar-se à mudança”. Conviver no cotidiano com pessoas de temperamentos diferentes torna-se um desafio à sobrevivência do modo de ser, de pensar e de manter o nosso bem-estar. Ele está presente na maioria dos indivíduos e é um dos grandes responsáveis pela baixa qualidade de vida e pela infelicidade das pessoas. O estresse pode ser dividido em dois tipos básicos: o estresse crônico e o agudo. O estresse crônico é aquele que afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia, mas de uma forma mais suave. O estresse agudo é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas, mas passageiras como a depressão na morte de um parente. De acordo com Selye (1976) o processo de estresse desencadeia-se em três fases, que se sucedem quando os agentes estressores continuam de forma não interrompida em sua ação: 
· A Fase Aguda: Esta é a fase em que os estímulos estressores começam a agir. Nosso cérebro e hormônios reagem rapidamente, e nós podemos perceber os seus efeitos, mas somos geralmente incapazes de notar o trabalho silencioso do estresse crônico nesta fase. 
· A fase de resistência: Se o estresse persiste, é nesta fase que começam a aparecer às primeiras consequências mentais, emocionais e físicas do estresse crônico. Perda de concentração mental, instabilidade emocional, depressão, palpitações cardíacas, suores frios, dores musculares ou dores de cabeça frequentes são os sinais evidentes, mas muitas pessoas ainda não conseguem relacioná-los ao estresse, e a síndrome pode prosseguir até a sua fase final e mais perigosa: 
· A fase de exaustão: Esta é a fase em que o organismo capitula aos efeitos do estresse, levando à instalação de doenças físicas ou psíquicas. Trata-se de um esforço extra a que o organismo é submetido ao ter que adaptar-se a uma situação diferente do que está acostumado e que lhe provoca sofrimento. 
2.2. Sintomas do estresse 
É possível relacionar a causa do alto nível de estresse à alienação em termos de pensamentos, de sentimentos, de comportamentos e em suas relações sociais. O problema surge quando a pessoa não consegue se desligar da situação de conflito, impedindo o organismo de voltar ao estágio de relaxamento inicial. Exatamente por não ser uma doença propriamente, os sintomas do estresse são indefinidos e ao mesmo tempo abrangentes e específicos para cada indivíduo. Seus sintomas variam entre: aumento do suor, palidez da pele, aceleração do coração e da respiração, contração do estômago, aumento do metabolismo, alteração no humor, insônia, dor de cabeça, perda de memória, tremores nos braços e pernas, distúrbios do sono, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração ou tensão muscular, dificuldades respiratórias, dificuldade de memória, problemas digestivos, pressão alta, problemas cardíacos, além de outros problemas que podem ocorrer nos níveis mais elevados de estresse como: síndromes, depressão, pânico e suicídio, se a pessoa não receber assistência psicológica e/ou psiquiátrica. A repetição desses sintomas, segundo Silva (1994), pode, com o passar do tempo, agravar-se e resultar em doenças mais graves, como a gastrite, as úlceras, a hipertensão, e doenças da tireoide. O estresse é um aviso para o organismo de que algo não está bem e é necessário, portanto, tomar consciência da necessidade de ajuda. A mensagem de perigo é sempre renovada; o organismo permanece em estado de alerta até entrar em fadiga.
 2.3 Qualidade de Vida Relacionado com a síndrome do esgotamento profissional (Burnout), a qualidade de vida hoje pode ser definida como uma forma de pensamento envolvendo pessoas, trabalho e organizações, onde se destacam dois aspectos importantes: a preocupação com o bem-estar do trabalhador e com a eficácia organizacional; e a participação dos trabalhadores nas decisões e problemas do trabalho. Para abordar o assunto Qualidade de Vida, destacamos, inicialmente, os conceitos de Lipp (1994:13): 
Qualidade de vida significa muito mais do que apenas viver (...) Por qualidade de vida entendemos o viver que é bom e compensador em pelo menos quatro áreas: social, afetiva, profissional e a que se refere à saúde(...) O viver bem refere-se a ter uma vida bem equilibrada em todas as áreas. 
Segundo o autor, a qualidade de vida está relacionada com o bem-estar através de dimensões como: saúde, nível de educação, situação econômica, relações sociais e familiares, moradia, atividades recreativas, autoestima, crenças religiosas, autonomia, domínio ambiental, metas na vida e grau de desenvolvimento pessoal. Ele considera que o estudo da qualidade de vida, na Psicologia, se traduz na promoção da saúde e na prevenção do sofrimento humano. A qualidade de vida no trabalho, de acordo com Chiavenato (1999, 391) “representa em que graus os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através do seu trabalho na organização”. O mesmo autor destaca os fatores envolvidos, que são: "a satisfação com o trabalho executado; as possibilidades de futuro na organização; o reconhecimento pelos resultados alcançados; o salário recebido; os benefícios auferidos; o relacionamento humano dentro do grupo e da organização; o ambiente psicológico e físico do trabalho; a liberdadee responsabilidade de decidir e as possibilidades de participar”. Com o intuito da melhoria de qualidade de vida dos trabalhadores, muitas empresas hoje adotam programas específicos como uma estratégia competitiva de diferencial de mercado, tendo como objetivo aumentar a satisfação dos colaboradores e consequentemente obter uma alta lucratividade na empresa. 
Conforme Mazzeu; Demarco; & Kalil (2007) esses programas denominam-se como: Programa Nacional de Prevenção a LER/DORT: A LER / DOR é a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil. Geralmente atingem o trabalhador no auge de sua produtividade e experiência profissional, havendo maior incidência na faixa etária de 30 a 40 anos, e as mulheres são as mais atingidas. Esse Programa tem como objetivo conscientizar a sociedade brasileira para a importância dessas doenças e promover o tratamento criando condições para o seu retorno ao trabalho. Programa de Atividade Física: visa contribuir para diminuição do número de afastamentos nas empresas, pois ajuda a reduzir a incidência de doenças ocupacionais, causadas por atividades repetitivas que exigem os mesmos grupos musculares e a utilização da mesma postura, possibilitando dessa forma a uma intensa sobrecarga física, cognitiva e psíquica. Como forma de prevenir ou minimizar a fadiga muscular e outros problemas que futuramente podem afetar a saúde do trabalhador. Muitas empresas adotam a prática de ginástica laboral ou exercício especiais para promover relaxamento muscular que proporciona ganhos psicológicos, diminuição do estresse, aumento no poder de concentração, motivação, moral e consequentemente pode aumentar a produtividade dos funcionários. Programa dos 5 "S" : Hoje, é considerado o principal instrumento de gestão da qualidade e produtividade nas empresas. Foi desenvolvido com o objetivo de transformar o ambiente das organizações e a atitude das pessoas, melhorando a qualidade de vida dos funcionários, diminuindo desperdícios, reduzindo custos e aumentando a produtividade das instituições. O Programa 5S" ganhou esse nome devido às iniciais das cinco palavras japonesas que sintetizam as cinco etapas do programa. Essas palavras e suas versões para o português são apresentadas abaixo: Seiri- DESCARTE: Separar o necessário do desnecessário. Seiton- ARRUMAÇÃO: Colocar cada coisa em seu devido lugar. Seisso- LIMPEZA: Limpar e cuidar do ambiente de trabalho. Seiketsu- SAÚDE: Tornar saudável o ambiente de trabalho. Shitsuke- DISCIPLINA: Rotinizar e padronizar a aplicação dos "S" anteriores. 
Programa da CIPA: a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é composta por membros da empresa, representantes do empregado e do empregador, sendo que o empregador indica os componentes e o empregado deve escolher por meio de eleição. Seu objetivo é identificar os riscos existentes no processo de trabalho e elaborar meios de eliminar ou minimizar os mesmos. É promover o esclarecimento dentro da empresa, de que a segurança é fundamental para realização da tarefa e que ninguém poderá realizar bem e com segurança se não estiver preparado para isso, então é certo que a Saúde e Segurança do trabalho têm que ser prioridade dentro de uma organização. Prevenir acidentes e doenças ocupacionais, melhorar a qualidade de vida no trabalho são metas que podem ser conquistadas através de treinamentos. Trabalhador bem treinado também significa economia nos custos para empresa, buscar melhoria continua em uma organização, sempre lembrando de valorizar o colaborador para que tenha vontade de seguir as normas é ponto fundamental para um trabalho de qualidade e segurança Programa de assistência ao empregado (PAE): consiste em o empregador manter assiduidade no acompanhamento dos problemas pessoais de seus empregados. São programas apoiados pelas organizações que ajudam os funcionários a lidar com seus problemas pessoais que interferem no desempenho de seu trabalho, normalmente realizado por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos e assistentes sociais. Programa de Ergonomia: a fim de aperfeiçoar o bem estar humano e o desempenho global do sistema, a ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como, a iluminação, os ruídos e a temperatura, que geralmente são conhecidas como agentes causadores de males na área de saúde física e mental, mas que o estudo procura traçar os caminhos para a correção. O seu objetivo é aumentar a eficiência humana, através de dados que permitam que se tomem decisões lógicas. O custo individual é minimizado através da ergonomia, que remove aspectos do trabalho, que em longo prazo, possam provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades físicas. 
3. Metodologia Toda pesquisa que busca compreender melhor as causas e consequências de um determinado problema, bem como a produção de conhecimentos, exige uma organização prévia de um projeto incluindo a metodologia de execução. Segundo MINAYO ‘’metodologia é o caminho do pensamento e a prática exercida, na abordagem da realidade’’ (2008, p.14). Portanto, vale ressaltar a sua importância, pois é o método que nos serve de parâmetros para construir o conhecimento. O presente estudo constitui-se de uma pesquisa bibliográfica, tendo como base para pesquisa referências de livros, artigos, documentários, entre outros por intermédio da abordagem qualitativa que de acordo com Minayo (2008, p.21) “trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes”. 
4. Conclusão A qualidade de vida não está relacionada apenas a questão do uso de equipamentos de proteção individual e prevenção de doenças ocupacionais, mais que isso, envolve a saúde e o meio ambiente de forma mais ampla e contextualizada. É importante que as empresas adotem os programas para melhoria de qualidade de vida dos trabalhadores, assim, os problemas não interferem no desempenho de seu trabalho e aumentam a satisfação dos mesmos. Com isso, haveria maior diminuição nos índices de trabalhadores com a Síndrome de Burnout. Sendo assim, espera-se que o funcionário motivado possa causar grandes e profundas mudanças na empresa em que trabalha, pois este irá propor estratégias para melhorar o ambiente de trabalho e, assim, propiciará um ambiente que permita aos outros funcionários a continuar a efetivar o trabalho com dedicação e motivação. O referido estudo consiste em grande relevância e contribuição acadêmica e socialmente para o conhecimento a cerca dessa problemática tão crescente na atualidade, contribuindo de forma positiva para outros que tenham interesse em buscar conhecimento a cerca da questão pertinente supracitada, assim dando continuidade para outros trabalhos a serem realizados. 
5. Referências 
ANDREWS, Susan. Stresse a seu favor: como gerenciar sua vida em tempos de crise. São Paulo: Agora, 2003. 
BENEVIDES-PEREIRA, A. M. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. CARDOSO, W. L. C. D. & GUIMARÃES, L. A. M. Atualizações sobre a Síndrome de Burnout. 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas; o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. CODO, W. (Org.). Indivíduo trabalho e sofrimento: Uma abordagem interdisciplinar. São Paulo, São Paulo, 1993. FRANÇA, A. C.L.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática. Sao Paulo: Atlas, 1997 GAZZOTI,A. A., & VASQUES-MENEZES. Suporte afetivo e o sofrimento psíquico em Burnout. Em W. Codo (Org.) Educação: Carinho e trabalho. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. LIPP, M. N. Stress, Hipertensão Arterial e Qualidade de Vida: Um guia de tratamento para o hipertenso. Campinas: Papirus. 1994. MASLACH,, C. P.; & Leiter, P. M. Trabalho: fonte de prazer ou desgaste? Guia para vencer o estresse na empresa. Campinas: Papirus, 1999. MAZZEU, Francisco José Carvalho; DEMARCO, Diogo Joel; & KALIL, Luna. Segurança e saúde no trabalho. São Paulo : Unitrabalho- Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho; Brasília, DF: Ministérioda Educação. SECAD- Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2007, -- (Coleção Cadernos de EJA) MINAYO, M.C.S.

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