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UNIVERSIDADE PAULISTA –UNIP ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO (MECATRÔNICA) ELETRÔNICA ANALÓGICA Manaus 2022 ISABELLA SILVA E SILVA - F062422 AVALIAÇÃO Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina de Eletrônica Analógica, ministrada pelo professor Williams de Lima Manaus 2022 1. CAPACITOR Os capacitores são componentes muito utilizados para o desenvolvimento de circuitos eletrônicos com diversas funcionalidades, variando principalmente o seu tipo, a sua capacidade de carga e a sua disposição no circuito. Independentemente de ser um circuito simples ou um circuito mais complexo, a grande maioria dos circuitos possui um capacitor em seu esquema. Ou seja, o capacitor é um componente essencial para a grande maioria dos circuitos, e é um componente que deve ser conhecido por todos os iniciantes da área da eletrônica. 1.1. CONCEITO Um capacitor é um componente elétrico passivo capaz de armazenar energia elétrica em um campo elétrico. O capacitor é definido pela sua capacitância, em Farads, medida entre seus terminais condutores. Esses terminais são constituídos de dois materiais condutores, normalmente metálicos, que são separados por um material dielétrico, sendo, entre outros, semicondutores, papel, vidro e ar. 1.2. POLARIZAÇÃO A maioria dos capacitores eletrolíticos têm polaridade e essa informação vem descrita no corpo do capacitor. Nesta imagem a seguir é possível ver os traços que indicam o lado negativo do capacitor, então basta ligar o negativo e o positivo nos terminais corretos. Caso sua a polaridade for invertida, o capacitor eletrolítico que tem polaridade, certamente irá vazar ou explodir. 1.3. APLICAÇÕES Os capacitores são muito populares em circuitos elétricos, já que eles podem ser utilizados em diversas disposições e atuar de diversas maneiras. Dentre os mais utilizados, estão os filtros capacitivos, coupling e decoupling, armazenamento de energia, entre outros. 1.4. TIPOS https://en.wikipedia.org/wiki/Dielectric Existem diversos tipos de capacitores. Dentre os mais utilizados, estão o eletrolítico, o cerâmico e o de poliéster. É importante saber que todos os capacitores possuem uma limitação de tensão de alimentação e, caso haja uma sobretensão em sua alimentação, o componente será permanentemente danificado, além de provavelmente comprometer o resto do circuito. • Capacitor Eletrolítico Capacitores eletrolíticos são utilizados normalmente quando há a necessidade de uma grande capacitância no circuito. Eles possuem polaridade, ou seja, um terminal para alimentação positiva e um terminal para alimentação negativa, o que os tornam desprotegidos de polaridade reversa em sua alimentação, levando à destruição do material dielétrico, portanto são usados apenas em circuitos de corrente contínua. Capacitores Eletrolíticos • Capacitor Cerâmico Diferentemente de capacitores eletrolíticos, capacitores cerâmicos são utilizados para baixas necessidades de capacitância e podem ser alimentados com altos valores de tensão e em corrente alternada, pois não possuem polaridade. Além disso, são geralmente usados em circuitos com frequências elevadas. Capacitores Cerâmicos • Capacitor de Poliéster Os capacitores de poliéster possuem um comportamento similar ao dos capacitores cerâmicos, já que eles também não possuem polaridade. Entretanto, eles possuem uma grande abrangência em seu valor de capacitância em um encapsulamento pequeno, sendo muito utilizados para circuitos de alta potência. Capacitores de Poliéster • Capacitores de Tântalo Capacitores de tântalo são construídos da mesma maneira que capacitores eletrolíticos, porém eles são consideravelmente raros no mercado, já que a extração/mineração de tântalo é limitada e há muitos problemas com extrações ilegais deste minério. As poucas empresas que os fabricam e os vendem têm de emitir uma certificação especial afirmando que o mesmo teve uma extração legal. Capacitores de Tântalo • Capacitores Variáveis Os trimmers, como são comumente conhecidos os capacitores variáveis, são capacitores que possuem uma capacitância variável ou pré-configurada através de um eixo que é movido. Capacitores Variáveis 1.5. EQUAÇÕES • Cálculo de Capacitância A capacitância é medida em Farads, como visto acima. Entretanto, como é calculado o valor para cada capacitor? A capacitância "C" (expressa em Farads, F) é igual à razão entre a carga elétrica armazenada "q" (expressa em Coulombs, C) e a diferença de potencial "V" (tensão, expressa em Volts, V), portanto temos a equação a seguir. Ou seja, como visto anteriormente, para termos 1 Farad de capacitância, o componente deve ser capaz de armazenar 1 Coulomb com uma tensão de 1 Volt. • Relação de Tensão e Corrente A relação entre tensão e corrente para resistores é um velho conhecido dos amantes da eletrônica, sendo ele o famoso "URI", onde temos a tensão "U" ou "V" (V), sendo igual à multiplicação da resistência "R" (Ohm) pela corrente do circuito "I" (A). Portanto temos U=R*I. Agora a relação de tensão e corrente para capacitores é um pouco mais complexa, envolvendo integrais e derivadas para deduzir a fórmula de cálculo. • Dedução da Corrente A corrente ("I") é dada pelo produto da capacitância ("C") em relação à derivada da tensão ("dV") em função do tempo ("dt"). Deste modo temos a seguinte equação. • Dedução da Tensão A tensão é uma função deduzida através da corrente do capacitor, ou seja, se colocarmos a derivada da tensão em evidência, teremos: Como queremos descobrir o valor de tensão do capacitor, temos que integrar a função. Deste modo temos: Portanto, a tensão "V" é igual ao produto do inverso da capacitância "C" e da corrente "I" em função do tempo. • Carga e Descarga A curva característica de um capacitor é a sua relação de tensão em função do tempo para a sua carga. Essa equação é deduzida de um circuito "RC", que é a ligação em série de um resistor com um capacitor, como na imagem abaixo. Circuito "RC" Na carga, a equação da tensão do capacitor "Vc(t)" é igual à tensão máxima "Vcc" relacionada à resposta ao degrau unitário em função do tempo em relação ao valor do resistor "R" com a capacitância "C", como pode ser visto abaixo. Já a curva de descarga é algo semelhante à fórmula da carga do capacitor, e segue a equação abaixo. As respectivas curvas de tensão em função do tempo podem ser vistas na imagem abaixo. 2. RESISTOR Resistores são dispositivos usados para controlar a passagem de corrente elétrica em circuitos elétricos por meio do efeito Joule, que converte energia elétrica em energia térmica 2.1. CONCEITO São componentes eletrônicos que resistem à passagem de corrente elétrica. Quando inserimos um resistor em um circuito elétrico, ocorre uma diminuição na intensidade da corrente elétrica, além disso, a presença dele ao longo de um fio acarreta redução ou queda do potencial elétrico. Alguns resistores conseguem manter sua resistência elétrica constante, mesmo em um grande intervalo de tensões elétricas, eles são conhecidos como resistores ôhmicos.O resistor é um componente com a função básica de limitar a passagem de corrente de um circuito. 2.2. POLARIZAÇÃO Resistores não possuem polaridade, logo podem ser usados em corrente alternada ou contínua. Em circuitos e esquemas elétricos, eles são simbolizados como na imagem abaixo. Símbolos do Resistor 2.3. APLICAÇÕES Cada resistor em cada circuito exerce uma função única, onde ele atua de uma maneira específica para aquele circuito. Abaixo seguem as aplicações mais comuns em circuitos eletrônicos. • Limitador de Corrente Como a corrente que flui pelocircuito está diretamente ligada à resistência imposta ao mesmo, quanto maior a resistência, menor a corrente, e vice-versa. Essa é a aplicação mais simples e popular para este componente, limitar a corrente que flui por um circuito. A imagem abaixo ilustra como é a diminuição da corrente elétrica de acordo com a resistência imposta em seu circuito. Limitação de Corrente 2.4. TIPOS Os resistores são comumente conhecidos em todo mundo devido ao seu formato característico. Entretanto, existem diversos modelos de resistores, com características distintas para aplicações distintas. • Resistores Axiais O resistor axial, mais conhecido como resistor through-hole, é o modelo de resistor mais famoso e utilizado em circuitos prototipados, e pode ser encontrado com uma certa frequência em circuitos de produtos mais antigos, como rádios, e ainda podendo ser encontrado em alguns circuitos mais modernos. Como seu próprio nome já diz, eles são construídos axialmente sobre dois terminais metálicos. O material semicondutor da fabricação do resistor pode ser o carbono ou a cerâmica envolvida por sulcos espirais, como nas imagens abaixo, respectivamente. Construção do Resistor de Carbono Construção do Resistor Cerâmico • Resistores SMD Resistor SMD, ou SMT, conhecido como resistor de surface-mount, é o modelo de resistor muito comum em circuitos eletrônicos mais modernos e menores, como a BlackBoard UNO e outras placas de nossa loja virtual. Essa popularidade não é à toa, já que este modelo é muito menor, mais leve e mais barato, o que facilita o desenvolvimento do circuito das placas, assim como a fabricação da mesma. Construção de Resistor SMD • Resistores Variáveis Existem diversos modelos de resistores variáveis no mercado, porém todos possuem o mesmo propósito, definir a resistência de acordo com sua posição. Dentre os mais utilizados estão o trimpot, o potenciômetro, o slider (também conhecido como potenciômetro linear), o potenciômetro com retorno por mola (como o módulo joystick) e até mesmo os resistores flexíveis, utilizados para realizar leituras de forças. Modelos de Resistores Variáveis 2.5. EQUAÇÕES Resistores são medidos em Ohms, porém como eles são calculados para obter esse valor de resistência? Como mencionado anteriormente, a resistência "R" é equivalente à razão entre a tensão ("V" ou "U") e a corrente ("A"). Portanto, a tensão elétrica (medida em Volts - V) é igual ao produto da resistência elétrica (medida em Ohms - Ώ) em função da corrente elétrica "I" (medida em Ampere - A). Deste modo temos a equação abaixo. A famosa fórmula popular e informalmente conhecida como "URI" pode ser vista acima e, com ela, podemos derivar e realizar o cálculo da resistência em função da tensão e da corrente, assim como calcular a corrente em função da tensão e da resistência. Outra fórmula famosa e que está diretamente relacionada à resistência do circuito é a denominada "PUI", onde a potência elétrica "P" (medida em Watts - W), é igual ao produto da tensão e da corrente, como é possível observar abaixo. Com a fórmula acima, é possível derivá-la para calcular a potência em função da resistência e da tensão ou da corrente. O cálculo da potência é importante no dimensionamento do resistor, pois ele pode indicar se o modelo escolhido corre o risco de queimar durante o uso. 3. DIODO Diodos, embora pouco conhecidos, são componentes eletrônicos fundamentais para a criação de circuitos, principalmente quando o projeto irá trabalhar com alta potência. 3.1. CONCEITO Um diodo é um componente eletrônico que permite a passagem da corrente elétrica somente em um sentido. Uma analogia simples que podemos fazer é comparar um diodo a uma válvula que só deixa a água fluir em um sentido, ou seja, o diodo faz a mesma coisa com a corrente elétrica. 3.2. POLARIZAÇÃO O funcionamento básico de um diodo é permitir que a corrente flua no circuito em apenas um sentido. Os diodos possuem polaridade (como é possível observar na primeira imagem abaixo), portanto a passagem de corrente será de acordo com a sua polaridade no circuito. Ou seja, caso o diodo seja polarizado corretamente, ele irá permitir a passagem de corrente, porém, caso ele seja polarizado inversamente, ele atuará abrindo o circuito, como na segunda imagem abaixo. Polaridade de um Diodo Polaridade de um Diodo no Circuito 3.3. APLICAÇÕES Grande parte dos diodos pode ser encontrada em drivers de motores DC, como o Shield Motor Driver 2x2A e a Julieta V1.0 • Diodo de Flyback Diodos de flyback, ou freewheeling, como são conhecidos, são muito utilizados para acionamento de cargas indutivas, como, por exemplo, motores. Eles são utilizados em paralelo com a carga acionada, como na imagem primeira abaixo. O diodo de flyback é utilizado para evitar picos de corrente e corrente reversa durante a reversão ou desacoplamento da carga indutiva, como na segunda imagem abaixo. Circuito do Diodo de Flyeback Circuito do Diodo de Flyeback em Desacionamento 3.4. TIPOS Existem diversos modelos de diodos que são utilizados para aplicações distintintas. Dentre os mais utilizados e que serão abordados, os diodos retificadores, diodos Zener, diodos emissores de luz e fotodiodos. • Diodos Retificadores Os diodos retificadores, como são conhecidos, são o modelo mais comum de diodos utilizados para PCBs, como, por exemplo, o diodo 1N4007. Eles são chamados assim pelo fato de serem capazes de conduzir uma corrente superior à dos outros modelos. Diodo 1N4007 • Diodos Zener Diodos Zener possuem um funcionamento e propósito um pouco diferente de outros modelos, já que eles foram feitos para trabalhar em polarização reversa para alcançar o quadrante de quebra, que é denominada tensão Zener. Diodos Zener • Light-Emitting Diode Diodos emissores de luz, mais conhecidos como Light-Emitting Diodes, os famosos LEDs, são um dos, senão o modelo de diodo mais conhecido na eletrônica Modelos de LEDs • LEDs RGB LEDs RGB são diodos emissores de luz com 3 LEDs comuns internos, nas cores vermelha (Red - R), verde (Green - G) e azul (Blue - B). Assim como os LEDs comuns, o LED RGB possui polaridade, sendo ele ânodo ou cátodo comum, como na imagem abaixo. Circuitos de LEDs RGB • Fotodiodos Fotodiodos trabalham com o mesmo princípio de diodos emissores de luz, entretanto, de maneira inversa, onde eles são polarizados de acordo com a entrada de sinal luminoso. Normalmente são utilizados sinais infravermelhos para poder enviar sinais modulados. Um exemplo muito comum de um fotodiodo é o receptor IR. 4. DISSIPADOR DE CALOR Dissipador de calor é basicamente conhecido como kit de dissipação térmica. O produto é constituído por ventoinha e pelo dissipador, que é uma base de metal, geralmente fabricada com diferentes materiais metálicos 4.1.CONCEITO Um dissipador térmico, dissipador de energia térmica ou promotor de calor, mais conhecido - de forma pouco adequada - por dissipador de calor, é um objeto de metal geralmente feito de cobre ou alumínio, que, pelo fenômeno da condução térmica, busca maximizar, via presença de uma maior área por onde um fluxo térmico possa ocorrer, a taxa de dissipação térmica - ou seja, de calor - entre qualquer superfície com a qual esteja em contato térmico e o ambiente externo. Dissipadores térmicos têm por objetivo garantir a integridade de equipamentos que podem se danificar caso a expressiva quantidade de energia térmica gerada durante seus funcionamentos não seja deles removida e dissipada em tempo hábil. 4.2. APLICAÇÕES Um dissipador térmico é essencialmente usado nos casos em que a fonte de energia térmica implique por si só uma elevada irradiância térmica, a exemplo em circuitos eletrônicoscom elevado grau de integração ou em componentes de hardware de equipamentos que satisfazem o requisito, como as unidades centrais de processamento de computadores e video games, processadores gráficos, e outros. Em essência, o dissipador busca estabelecer uma maior condutividade térmica entre os sistemas integrados e o ambiente externo de forma que a taxa de dissipação de energia térmica requisitada ao componente não implique, entre o ambiente externo e o interno, uma diferença de temperaturas que possa comprometer a estrutura interna do componente. 4.3. TIPOS • Dissipadores passivos Os dissipadores passivos não são dotados de ventoinhas e por isso não tem a capacidade de resfriar superfícies que gerem grande quantidade de calor. Em equipamentos de hardware são usados em chips que geram pouco calor, como chipsets e controladoras. Os mesmos possuem vantagens como não gerar ruído e não consumir eletricidade • Dissipadores ativos Dissipadores ativos ou coolers tem uma capacidade de refrigeração muito melhor que o dissipador passivo, já que combinando uma maior área de dissipação e uma corrente de ar passando por essa área, é possível o calor a uma taxa maior. O fluxo intenso de ar junto às lâminas impõe temperaturas mais baixas em suas superfícies e por tal gradientes de temperatura e taxas de calor mais acentuadas do que as obtidas nos dissipadores passivos, que contam apenas com o fluxo de ar induzido pelo fenômeno de convecção térmica para tal propósito. Tem seu uso destinado a componentes que exigem grandes taxas de calor, como os processadores. BIBLIOGRAFIAS CASTRO Giovanni de. Introdução ao Capacitor. Disponível em; https://www.robocore.net/tutoriais/introducao-ao-capacitor. Acesso em 3 de abril de 2022. CASTRO Giovanni de. Introdução ao Diodo. Disponível em; https://www.robocore.net/tutoriais/introducao-ao-capacitor. Acesso em 3 de abril de 2022. CASTRO Giovanni de. Introdução ao Resistor. Disponível em; https://www.robocore.net/tutoriais/introducao-ao-capacitor. Acesso em 3 de abril de 2022. CUNHA, Daniel de Oliveira. Seminário sobre Dissipadores em UFRJ. https://pt.wikipedia.org/wiki/Dissipador_de_energia_t%C3%A9rmica#Tipos_de_Dissipadore s. Acesso em 3 de abril de 2022. HELERBROCK, Rafael. "Resistores"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/resistores.htm. Acesso em 03 de abril de 2022.
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