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Distúrbios Respiratórios do Recém-Nascido

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1 DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 
Gizelle Felinto 
INTRODUÇÃO 
➢ OBJETIVOS: 
• Realizar o diagnóstico diferencial entre as principais 
doenças respiratórias do período neonatal 
• Conhecer os mecanismos fisiopatológicos nas principais 
causas de desconforto respiratório no período neonatal 
• Reconhecer as manifestações clínicas, identificar as 
modalidades diagnósticas e definir a melhor opção 
terapêutica baseada nas melhores evidências 
➢ Crianças que nascem com desconforto respiratório, geralmente, 
são encaminhadas para a UTI neonatal, onde serão tratadas 
➢ Quando o bebê nasce com desconforto respiratório, além da 
abordagem para melhoria do quadro, o médico deve obter os 
dados maternos, dados do pré-natal e as condições de 
nascimento do recém-nascido 
FISIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO PULMONAR 
➢ ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO PULMONAR (Embriogênese): 
 
• 3 a 6 semanas → Fase Embriônico 
▪ Forma-se o broto pulmonar 
• 5 a 16 semanas → Fase Pseudoglandular 
▪ Formam-se os túbulos bronquiais 
• 16 a 26 semanas → Fase Canalicular 
▪ Formam-se os túbulos acinares 
• 24 a 38 semanas → Fase Sacular 
▪ Formam-se os sáculos terminais 
▪ A maioria dos recém-nascidos nascem nessa fase 
▪ Começa a aparecer a superfície de troca gasosa, 
havendo surgimento do bronquíolo respiratório, do 
ducto alveolar e do alvéolo 
▪ Diferenciação dos pneumócitos: 
✓ Pneumócito tipo I 
✓ Pneumócito tipo II → produz o surfactante 
• Adulto Jovem → Alveolar 
▪ Alvéolos formados 
• Diversos fatores influenciam no desenvolvimento pulmonar, 
como: 
▪ Fatores protetores: 
✓ Exemplo: uso de corticoides → são responsáveis 
por induzir a maturação pulmonar 
▪ Lesão pulmonar secundária a ventilação mecânica 
▪ Insulina → atrasa a maturação pulmonar 
▪ Cortisol → acelera a maturação pulmonar 
➢ INÍCIO DA RESPIRAÇÃO AO NASCIMENTO: 
• A troca gasosa do bebê dentro do útero é feita pela placenta, 
pois, na vida intraútero, o pulmão é cheio de líquido 
• Próximo ao termo, o epitélio pulmonar passa reabsorver 
sódio, promovendo um drive de líquido nos alvéolos em 
direção ao interstício, onde será absorvido pelos vasos 
sanguíneos 
▪ Corticoide → acelera a reabsorção de líquidos 
• As compressões sobre a caixa torácica durante a passagem 
do bebê pelo canal de parto auxiliam na remoção de líquido 
de dentro do pulmão 
➢ CIRCULAÇÃO FETAL: 
• A circulação fetal acontece a partir das trocas feitas pela 
placenta 
• Pulmão: 
▪ Pouco sangue circula pelo pulmão na vida intraútero 
▪ Na vida uterina, o pulmão apresenta elevada 
resistência vascular periférica 
• Circulação fetal: 
▪ A maioria do sangue do átrio direito se direciona para 
o átrio esquerdo e, posteriormente, para o ventrículo 
esquerdo 
▪ Pouco sangue do átrio direto vai para o ventrículo 
direito para chegar aos pulmões 
▪ A circulação sistêmica tem baixa resistência e a 
pulmonar tem alta resistência 
▪ Toda essa circulação fetal só será revertida no 
momento em que se faz o clampeamento do cordão 
umbilical, onde haverá a vasodilatação pulmonar 
• Após o clampeamento do cordão umbilical → com a 
vasodilatação pulmonar ocorre o aumento do fluxo 
pulmonar, seguido pelo fechamento gradual dos shunts 
fetais (comunicação atrial e forame oval). Inicialmente, esse 
fechamento é funcional e em seguida é anatômico 
ETIOLOGIA 
➢ Tem-se diversas causas de distúrbios respiratórios no recém-
nascido 
➢ CAUSAS RESPIRATÓRIAS: 
• Vias aéreas superiores: 
▪ Obstrução nasal 
▪ Atresia de coanas 
▪ Anel vascular 
▪ Traqueomalácia 
• Vias aéreas inferiores → são as causas mais comuns de 
desconforto respiratório: 
▪ Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) 
▪ Taquipneia Transitória do Recém-Nascido (TTRN) 
▪ Síndrome de Aspiração Meconial (SAM) 
▪ Pneumonias 
▪ Malformações Pulmonares 
➢ CAUSAS CARDIOVASCULARES: 
• Cardiopatias 
• Hipertensão Pulmonar Persistente do Recém-Nascido 
(HPPRN) 
• Anemia 
• Policitemia 
• Hipovolemia 
➢ CAUSAS NEUROMUSCULARES: 
• Hipóxia 
 
2 DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 
Gizelle Felinto 
• Edema cerebral 
• Hemorragia cerebral 
• Doenças neuromusculares 
• Lesões nervosas 
• Lesões medulares 
• Drogas → mãe fez uso de drogas durante a gestação 
➢ CAUSAS METABÓLICAS E INFECÇÕES: 
• Sepse 
• Hipoglicemia 
• Acidose 
• Hipotermia 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NEONATAL 
➢ ANAMNESE: 
• Sempre buscar saber sobre: 
▪ Dados maternos 
▪ Dados do pré-natal 
▪ Condições do nascimento 
• Essas informações são úteis no direcionamento sobre a 
possível causa do distúrbio respiratório do bebê 
➢ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E EVOLUÇÃO DO QUADRO: 
• As características e gravidade das manifestações clínicas e 
a evolução do quadro do paciente também auxiliam na 
diferenciação das possíveis causas do desconforto 
respiratório 
➢ EXAMES COMPLEMENTARES: 
• Raio-x de Tórax 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DOS DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS 
➢ Taquipneia: 
• Frequência Respiratória (FR) > 60irpm 
➢ Retrações Torácicas: 
 
• Intercostais: 
▪ Entre as costelas 
• Supraesternal: 
▪ Na margem superior do esterno 
• Subcostal: 
▪ Nas últimas costelas inferiores 
• Xifoide: 
▪ Na região inferior do esterno 
➢ Batimentos de Asas do Nariz (BAN) 
➢ Cianose central: 
• Considera-se a cianose de mucosas (ex: perioral) 
➢ Gemidos 
CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO 
➢ ESCORE RESPIRATÓRIO EM RECÉM-NASCIDO COM RESPIRAÇÃO 
ESPONTÂNEA: 
ESCORE 0 (LEVE) 1 (MODERADO) 2 (GRAVE) 
Frequência 
Respiratória 
40 a 60 irpm 60 a 80 irpm > 80irpm 
Necessidade de 
O2 
Nenhuma ≤ 50% > 50% 
Retração 
Intercostal 
Nenhuma Leve* ou 
Moderada** 
Grave*** 
Gemidos Nenhum Quando 
estimulado 
Contínuo 
Murmúrio 
Vesicular 
Audível 
facilmente 
Diminuído Quase inaudível 
Prematuridade > 34 semanas 30 a 34 
semanas 
< 30 semanas 
• Leve* → perceptível apenas nos espaços intercostais 
• Moderada** → perceptível nos espaços intercostais e 
região subcostal 
• Grave*** → perceptível nos espaços intercostais, região 
subcostal e esterno 
DISPOSITIVOS PARA OFERTA DE OXIGÊNIO 
➢ DISPOSITIVOS DISPONÍVEIS: 
• CATETER NASAL 
• HOOD: 
 
• CPAP (Continuous Positive Airway Pressure): 
▪ Dispositivo de pressão positiva contínua nas vias 
aéreas 
▪ É o tipo de oferta de Oxigênio menos agressiva e 
propicia um bom efeito 
▪ Pode-se escolher qual FiO2 (Fração Inspirada de 
Oxigênio) que se deseja 
▪ O sistema CPAP está composto, basicamente, por três 
elementos: 
✓ Pronga nasal 
✓ Circuito inspiratório 
 
3 DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 
Gizelle Felinto 
✓ Circuito expiratório → o ar exalado vai para a 
coluna de água (selo d’água) 
▪ Bubble CPAP → o nível de pressão é determinado pela 
força aplicada para vencer a coluna de água deslocada 
▪ Se for aplicada uma Pressão Expiratória Final Positiva 
(PEEP) de 5cmH2O, consegue-se reter volume de ar 
residual, aumentando a Capacidade Residual Funcional 
(CRF) e a pressão para manter a ventilação adequada 
será menor → o CPAP evita que o pulmão colabe 
▪ Quando mais precocemente utilizado, melhor será, pois 
haverá um maior recrutamento alveolar, com menos 
áreas de atelectasias 
• CÂNULA NASAL DE ALTO FLUXO (CNAF) 
• VENTILAÇÃO MECÂNICA (Entubação): 
➢ A escolha do dispositivo deve ser baseada na história clínica do 
paciente, no exame físico e nas alterações radiológicas 
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR) 
➢ INTRODUÇÃO: 
• Antes era chamada de Doença da Membrada Hialina → hoje 
em dia se chama de SDR, pois a membrana hialina é um 
achado patológico 
• É decorrente da insuficiência de surfactante, que é 
produzido pelos Pneumócitos tipo II na fase sacular 
➢ FISIOPATOLOGIA: 
 
• Surfactante: 
▪ É produzido pelos Pneumócitos tipo II, sendo 
fundamental para manter os alvéolos abertos 
• A deficiência de surfactante faz comque não se consiga 
manter os alvéolos abertos, causando atelectasias 
progressivas e, consequentemente, tem-se o 
comprometimento da ventilação. Com isso, tem-se lesão 
epitelial e aumento da permeabilidade, que evolui para a 
fibrina que reveste os alvéolos, que é chamada de membrana 
hialina 
 
 
➢ EXAMES COMPLEMENTARES: 
• Radiografia de Tórax: 
▪ Alterações que podem ser encontradas: 
✓ Radiculogranular difuso ou Vidro Moído → pelas 
microatelectasias com volume pulmonar 
diminuído 
✓ Opacificação completa dos campos pulmonares 
✓ Imagem cardíaca não visualizada 
✓ Broncogramas aéreos 
▪ As alterações radiográficas decorrem dos seguintes 
fatores: 
✓ Pulmão repleto de líquido 
✓ Deficiência de Surfactante 
✓ Caixa torácica complacente 
✓ Pulmão pouco complacente 
✓ Músculos pouco eficientes 
✓ Leito capilar incompleto 
✓ Pouca septação e menor superfície de troca 
gasosa 
▪ Alterações Radiológicas da Síndrome do Desconforto 
Respiratório: 
 
 
 
 
 
 
 
Radiografia de tórax de um 
bebê com Síndrome do 
Desconforto Respiratório 
 
4 DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 
Gizelle Felinto 
▪ As alterações encontradas na radiografia e a gravidade 
do quadro clínico tem relação com o grau de 
prematuridade o bebê → quando mais prematuro, pior 
o quadro, pois menor será sua maturidade pulmonar 
➢ FATORES DE RISCO: 
• Prematuridade 
• Sexo masculino 
• Não uso de Corticoide para maturação pulmonar durante a 
gestação → o seu uso é indicado naquelas mulheres que 
tem risco de parto prematuro, sendo iniciado antes de 34 
semanas de gestação 
➢ TRATAMENTO: 
• Medidas gerais: 
▪ Ambiente Térmico Neutro 
▪ Manuseio Mínimo do Recém-nascido 
▪ Suporte Nutricional Enteral e Parenteral: 
✓ A criança deve ser alimentada o mais 
precocemente possível 
✓ Faz-se uma alimentação enteral mínima, com 
colostroterapia → inicialmente com gotas de 
colostro e depois utiliza-se um volume pequeno 
✓ A nutrição enteral deve ser complementada com a 
parenteral, caso contrário não se propiciará um 
crescimento adequado para o bebê 
▪ Monitorização da Pressão Arterial (PA) 
▪ Sedação (apenas se necessário) 
• Suporte Hidroeletrolítico 
• Correção dos Distúrbios Acidobásicos 
• Suporte Respiratório não Invasivo → exemplos: 
▪ CPAP 
▪ HOOD 
▪ Cateter Nasal de Alto Fluxo (CNAF) 
• Suporte Respiratório Invasivo (Ventilação Mecânica) 
• Uso criterioso de Antibiótico: 
▪ Geralmente, não há necessidade de fazer uso de 
antibiótico para pacientes com Síndrome do 
Desconforto Respiratório 
▪ Só se faz uso de antibiótico quando há uma infecção 
associada 
• Cafeína: 
▪ É usada no tratamento da apneia em recém-nascidos 
prematuros, sendo um potente estimulador do centro 
respiratório 
▪ Facilita o desmame da ventilação mecânica e também 
nos pacientes tratados com apoio respiratório não 
invasivo 
• Reposição de Surfactante: 
▪ Intubação → a administração do surfactante é feita 
pelo tubo, sendo necessário entubar o recém-nascido, 
colocando-o em ventilação mecânica 
✓ Assim, esse processo, em um pulmão imaturo, 
pode levar a uma Displasia Broncopulmonar 
(DBP), que é caracterizada por Edema, Inflamação 
e Fibrose Pulmonar 
✓ Consequências dessa forma de administração: 
o Tem efeito lesivo para as vias aéreas e o 
parênquima pulmonar 
o Causa danos alveolares estruturais 
✓ Dessa forma, em recém-nascidos que respiram 
espontaneamente, a administração de 
Surfactante minimamente invasiva está sendo 
recomendada pelos guidelines atuais 
▪ Reposição segundo os novos guidelines: 
✓ Avaliação clínica do trabalho respiratório precoce 
e necessidade crescente de O2 → nessas 
crianças que necessitam cada vez mais de 
oxigênio, faz-se o surfactante 
✓ A administração do surfactante deve ser, 
preferencialmente, com métodos minimamente 
invasivos 
✓ Método Mini-Insure → intuba-se o paciente e 
administra-se o surfactante, com posterior 
extubação, o mais rápido possível 
✓ Método LISA → é o método preferido de 
administração de surfactante para o recém-
nascido em CPAP com respiração espontânea 
COMPLICAÇÕES DA PREMATURIDADE 
➢ Hemorragia Intracraniana (HIC) 
➢ Retinopatia da Prematuridade (ROP) 
➢ Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) 
➢ Displasia Broncopulmonar (DBP) → é a mais temida 
➢ Infecções e Sepse 
➢ Enterocolite Necrotizante (ECN) 
➢ Persistência do Canal Arterial (PCA): 
• Ocorre em 30% dos recém-nascidos com idade gestacional 
< 30 semanas 
• Pode haver: 
▪ Imaturidade intestinal 
▪ Desequilíbrio do tônus vascular 
▪ Colonização anormal 
▪ Fatores imunológicos 
➢ Distúrbios metabólicos... 
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO (TTRN) 
➢ DEFINIÇÃO: 
• Trata-se de um desconforto respiratório leve a moderado de 
evolução benigna, decorrente de retardo da absorção do 
líquido pulmonar após o nascimento 
➢ FISIOPATOLOGIA: 
 
• Esse quadro decorre da não reabsorção do líquido pulmonar 
para que seja iniciada a troca gasosa pulmonar, havendo 
estase desse líquido nos pulmões 
 
5 DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 
Gizelle Felinto 
• Há um quadro de congestão hilar bilateral → os vasos estão 
ingurgitados e reabsorvendo líquido 
• Geralmente, ocorre em crianças que nasceram antes da 
hora (Ex: cesáreas eletivas) → essas crianças já 
apresentam certa maturidade pulmonar, fazendo com que 
elas não desenvolvam a Síndrome do Desconforto 
Respiratório. Ou seja, o problema é apenas a presença de 
líquido no pulmão 
• O líquido será reabsorvido após 24 a 48 horas, por isso que 
é transitório 
➢ EXAMES COMPLEMENTARES: 
• Radiografia de Tórax → pode-se encontrar: 
 
▪ Congestão hilar bilateral 
▪ Hiperinsuflação pulmonar → devido ao edema das 
pequenas vias aéreas 
SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO MECONIAL (SAM) 
➢ INTRODUÇÃO: 
• O mecônio é composto de líquido amniótico, muco, 
bilirrubina, enzimas, vérnix, lanugo e células de descamação 
do epitélio intestinal e só é encontrado no reto próximo ao 
termo, por isso que é uma doença mais características de 
bebês próximos ao termo ou pós-termo 
▪ Os bebês prematuros ainda não apresentam o mecônio 
e os hormônios que fazem a liberação do esfíncter 
• O mecônio é expelido pelo bebê após o nascimento. Se, no 
útero, por algum motivo, o bebê começar a entrar em 
sofrimento fetal, haverá uma priorização dos órgãos nobres 
(coração, adrenal e cérebro) e um relaxamento dos 
esfíncteres (com estímulo da peristalse), fazendo com que 
haja a eliminação do mecônio, que vai se misturar com o 
líquido amniótico, que ficará meconial 
• Caso o bebê seja submetido a uma hipóxia ou asfixia 
intraútero → ocorre o aumento da frequência cardíaca e o 
bebê aspira o líquido amniótico 
➢ FISIOPATOLOGIA: 
 
• O bebê aspira o mecônio, que pode levar à fenômenos 
obstrutivos e, consequentemente, à síndrome do escape 
aéreo (pneumotórax e pneumomediastino). Além disso, 
também podem ocorrer fenômenos inflamatórios e 
inativação do surfactante 
• Tem-se um quadro de vasoconstrição arterial pulmonar que, 
provavelmente, levará à manutenção da resistência vascular 
pulmonar que está aumentada na vida intraútero, levando a 
uma hipertensão pulmonar persistente 
➢ FATORES DE RISCO: 
• Idade gestacional → próximo ao termo ou pós-termo 
• Macrossomia fetal 
• Sofrimento fetal (asfixia) 
• Hipertensão gestacional 
• Pré-eclâmpsia 
• Diabetes gestacional... 
➢ EXAMES COMPLEMENTARES: 
• Radiografia de Tórax: 
 
▪ Pode-se encontrar as seguintes alterações: 
✓ Hipotransparências alveolares algodonosas e 
difusas, alternando com zonas hiperinsufladas e 
atelectasias segmentares 
✓ Hiperinsuflação pulmonar com horizontalização 
das cúpulas diafragmáticas 
✓ Pneumomediastino ou Pneumotórax: 
o Como a árvore respiratória do bebê é fina, o 
mecônio, quanto mais espesso for, pode 
obstruir a passagem do ar. Dessa forma, o ar 
pode entrar, mas não sair, o que faz com quese vá acumulando ar na cavidade, podendo 
causar pneumotórax e pneumomediastino 
➢ HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE NEONATAL (HPPN): 
• Introdução: 
▪ Na HPPN o pulmão mantém uma resistência vascular 
mesmo após o clampeamento do cordão umbilical 
• Classificação: 
▪ Primária 
▪ Secundária → possíveis causas: 
✓ Síndrome da Aspiração Meconial (SAM) 
✓ Hipoplasia Pulmonar → principalmente quando 
se tem malformações torácicas e pulmonares 
✓ Cardiopatias Congênitas 
✓ Sepse 
✓ Pneumonia 
✓ Asfixia Perinatal 
• Diagnóstico: 
▪ Se dá pela história clínica, associada à: 
✓ Hipoxemia grave sem doença parenquimatosa 
pulmonar 
 
6 DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 
Gizelle Felinto 
✓ Labilidade da oxigenação do recém-nascido → 
piora em períodos de agitação e demora a 
responder à administração de oxigênio 
▪ O diagnóstico é sugerido pela presença de uma 
diferença de saturação de oxigênio pré-ductal e pós-
ductal ≥ 15%, confirmada pela Ecografia 
• Tratamento: 
▪ Óxido Nítrico (NO): 
✓ É um vasodilatador pulmonar 
✓ É a única opção terapêutica disponível e concreta 
na prática clínica até o momento 
✓ Deve-se ter muito cuidado! → hoje em dia, 
mesmo sendo a única opção disponível no 
momento, sabe-se que o óxido nítrico não é uma 
boa opção, devendo-se ter muito cuidado no 
manuseio da hipertensão pulmonar persistente 
➢ ESTRATÉGIAS EFICAZES PARA PREVENÇÃO DA SAM: 
• São as medidas preventivas anteparto, como: 
▪ Indução eletiva do trabalho de parto em gestações ≥ 41 
semanas 
▪ Monitoramento fetal intraparto por meio de 
Cardiotocografia Contínua 
PNEUMONIA E SEPSE NEONATAL 
➢ INTRODUÇÃO: 
• Sepse precoce → quando ocorre antes de 48 horas de vida 
▪ Envolve bactérias do trato genital feminino 
▪ A contaminação do bebê ocorre por via ascendente, no 
momento intraparto 
• Sepse tardia → depois das primeiras 48 horas de vida 
▪ É nosocomial ou comunitária 
▪ Relacionada à assistência → Ex: bebê que desenvolveu 
uma pneumonia em decorrência de contaminação 
dentro da UTI neonatal 
➢ ETIOLOGIA: 
• Bactérias do Trato Genital Feminino → são as mais 
envolvidas 
▪ Sepse precoce: 
✓ Streptococcus do grupo B - SGB (é o mais 
frequente) → Streptococcus agalactiae 
✓ Diplococo gram positivo 
✓ Enterobactérias 
▪ Sepse tardia: 
✓ Estafilococos → coagulase negativo e S. aureus 
✓ Outros gram negativos 
➢ FATORES DE RISCO: 
• Ruptura prolongada de membranas (> 18h) → Bolsa rota 
• Corioamnionite 
• Colonização materna (Ex: Infecção do Trato Urinário-ITU) 
• Prematuridade 
➢ EXAMES COMPLEMENTARES: 
• Hemograma 
• Proteína C Reativa (PCR) 
• Hemocultura → é o padrão-ouro para identificação do 
agente etiológico 
• Cultura do Líquido Cefalorraquidiano (LCR) → a depender 
do período em que o bebê apresenta a infecção 
• Radiografia de Tórax → pode-
se encontrar as seguintes 
alterações: 
▪ Infiltrado reticulogranular 
difuso 
▪ Condensações 
➢ TRATAMENTO: 
• Antibioticoterapia: 
 AMPICILINA + GENTAMICINA → é o esquema que é 
geralmente utilizada nos casos de septicemia 
➢ PREVENÇÃO DO STREPTOCOCCUS DO GRUPO B: 
• Depende da realização ou não da profilaxia primária 
• Profilaxia secundária → depende da idade gestacional, do 
tempo de bolsa rota e da presença de corioamnionite 
MALFORMAÇÕES PULMONARES 
➢ HIPOPLASIA PULMONAR DECORRENTE DE HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA: 
• Durante a embriogênese, por algum motivo, pode ocorrer a 
formação de uma hérnia diafragmática que acaba fazendo 
com que as alças intestinais de desloquem para a caixa 
torácica, ocupando o espaço destinado aos pulmões. Isso 
acaba limitando o crescimento pulmonar, gerando uma 
hipoplasia pulmonar. Em decorrência dessa hipoplasia 
pulmonar, após o nascimento, pode ocorrer um aumento da 
resistência vascular pulmonar, com consequente 
Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal (HPPB) 
• Tratamento cirúrgico → deve-se fazer a cirurgia para 
correção da hérnia o mais precocemente possível, para que 
se mantenha uma ventilação adequada 
➢ MALFORMAÇÃO ADENOMATÓIDE CÍSTICA (MAC): 
• Atualmente, a classificação da Malformação Adenomatóide 
Cística (MAC) utilizada é a proposta por Stocker et al., que 
subdividiram a doença em três tipos morfologicamente 
distintos: 
▪ Tipo I (Macrocística) → mais frequente e de melhor 
prognóstico 
✓ É caracterizado por cistos maiores que 2cm de 
diâmetro, tendo alvéolos normais de permeio 
▪ Tipo II (Mista) → tem cistos menores mesclados com 
áreas adenomatosas 
▪ Tipo III (Microcística) → é o mais raro e caracteriza-
se por lesão compacta, inteiramente adenomatosa. 
• Tomografia Computadorizada (TC): 
 
▪ Imagens parecidas com “cachos de uva” 
• Tratamento → deve ser feita a retirada cirúrgica das 
partes do pulmão comprometidas 
 
 
7 DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 
Gizelle Felinto 
RESUMINDO AS PATOLOGIAS QUE CAUSAM DISTÚRBIO RESPIRATÓRIO 
 
➢ Prematuros → estão mais relacionados a Síndrome do 
Desconforto Respiratório (SDR) 
• Quando mais prematuro, maior a gravidade do quadro, pois 
menor é a maturação pulmonar 
➢ Recém-nascido próximo ao termo → mais associados a 
Taquipneia Transitória do Recém-Nascido (TTRN) 
➢ Próximo ao termo ou pós-termo + líquido amniótico meconial → 
fala a favor da Síndrome de Aspiração Meconial (SAM) 
ALTERAÇÕES RADIOLÓGICAS 
 
 
 
RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES 
➢ CUIDADOS NO PRÉ-NATAL E PROTEÇÃO PULMONAR: 
• Na rotura prematura de membranas: 
▪ Os antibióticos retardam o parto prematuro, reduzindo 
a morbidade neonatal e a necessidade de surfactante 
(evitar Amoxacilina-Clavulanato, devido ao risco de 
Enterocolite Necrosante) 
• Sulfato de magnésio: 
▪ Reduz paralisia cerebral e hemorragia cerebelar 
• Corticosteróides pré-natais 
▪ Reduz o risco de Síndrome do Desconforto Respiratório 
e de Hemorragia intraventricular 
▪ Realizar entre 26 a 34 semanas de gestação, por, no 
máximo, dois ciclos 
▪ 2ºciclo → após 1 a 2 semanas em gestante < 32 a 34 
semanas 
• Recém-nascidos prematuros com risco de SDR devem 
nascer em centros terciários com ventilação mecânica 
disponível 
➢ ESTABILIZAÇÃO NA SALA DE PARTO: 
• Clampeamento do cordão umbilical por pelo menos 1 minuto 
• Prevenir a perda de calor 
• Ter um CPAP na sala de parto 
➢ APOIO RESPIRATÓRIO E SURFACTANTE PELO MÉTODO LISA: 
• Ventilação não invasivaCongestão hilar bilateral 
- Pode ser devido a uma Taquipneia Transitória 
do Recém-Nascido (TTRN) 
 
 
 
 
Padrão Reticulogranular difuso (“vidro 
moído”) 
- Pode ser devido a uma doença da 
membrana hialina 
- Broncograma aéreo 
- Diminuição do volume pulmonar 
 
 
 
Síndrome da Aspiração de Mecônio 
- Hipotransparências alveolares e 
difusas com zonas hiperinsufladas 
atelectasias subsegmentares. 
- Hiperinsuflação pulmonar com 
horizontalização das cúpulas 
diafragmáticas. 
- Pneumomediastino 
- Pneumotórax 
 
 
 Pneumonia Pneumomediastino Pneumonia pelo COVID 
 
Pneumotórax 
 
 
Eventração Diafragmática 
- Faz diagnóstico diferencial 
com hérnia diafragmática 
- Tem-se uma fraqueza da 
musculatura do diafragma 
 
 
8 DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 
Gizelle Felinto 
• Uso de cafeína 
• FiO2 baixas 
➢ CUIDADOS DE SUPORTE: 
• Mantenha a temperatura corporal de 36,5 A 37,5 °C 
• Comece a nutrição parenteral imediatamente com 
aminoácidos e lipídios em volumes iniciais de líquido de 
cerca de 70–80 mL/kg/dia para a maioria dos bebês e 
restrinja o sódio durante o período de transição inicial 
• A alimentação enteral com leite materno também deve ser 
iniciada no primeiro dia, se o bebê estiver estável 
• Os antibióticos devem ser usados com cautela e 
interrompidos precocemente quando a sepse for descartada 
• A pressão arterial deve ser monitorada regularmente com o 
objetivo de manter a perfusão normal do tecido, se 
necessário usando inotrópicos 
• A hemoglobina deve ser mantida em níveis aceitáveis 
• Protocolos devem ser implementados para monitorar a dor 
e o desconforto e deve-se considerar métodos não 
farmacológicos para minimizar a dor durante o 
procedimento e o uso criterioso de opiáceos para 
procedimentos mais invasivos 
CASOS CLÍNICOS 
1. Gestante, 17 anos, fez apenas 3 consultas de pré-natal, iniciado 
tardiamente, apenas quando a família descobriu a gestação, 
encaminhada para a maternidade por apresentar edema de rosto 
e mãos, dor de cabeça, dor no estômago e alterações visuais com 
pressão arterial elevada. Internada no alto risco e após avaliação 
e condução da equipe obstétrica, foi indicada a interrupção da 
gravidez, não fez corticoide antenatal. Recém-nascido com 31 
semanas e 5 dias, peso 1600g. Após assistência em sala de parto 
conforme as recomendações do programa de reanimação da SBP, 
evoluiu com taquidispneia, Batimento de Aleta Nasal (BAN), 
Tiragem Subcostal (TSC), Tiragem Intercostal (TIC) e cianose 
• Discussão sobre o caso: 
▪ Sobre a gestante → pelos sinais e sintomas, 
provavelmente ela apresentou uma pré-eclâmpsia 
grave 
▪ Sobre o recém-nascido → pré-termo (< 37 semanas), 
de baixo peso (< 2500g) e com franco desconforto 
respiratório 
• Deve-se procurar informações sobre (para que se possa 
pensar na possível causa desse desconforto): 
▪ Dados da mãe e do pré-natal 
▪ Condições do parto 
2. Recém-nascido, sexo masculino, 27 e 5 dias para 7 de idade 
gestacional, peso: 900g (extremo baixo peso), parto cesárea, mãe 
com Pré-Eclâmpsia Grave (PEG), bolsa íntegra, não fez corticoide 
antenatal. Nasceu sem respirar e sem movimentação ativa, 
realizado clampeamento imediato de cordão umbilical, colocado 
em saco plástico e realizado os passos iniciais e Ventilação com 
pressão Positiva (VPP). Evoluiu com desconforto respiratório, 
encaminhado em incubadora de transporte e CPAP nasal para a 
UTI neonatal com BAN, gemido, tiragem intercostal e retração 
xifóide, solicitado Raio-x de tórax. 
 
a) Hipótese diagnóstica provável → Síndrome do Desconforto 
Respiratório (SDR) 
b) Fatores de risco → prematuridade (é o maior, pois esse 
bebê ainda está na faze sacular), sexo masculino, não 
utilização de corticoide e sem trabalho de parto prévio 
c) Mecanismos fisiopatológicos envolvidos → pulmão repleto 
de líquido, deficiência de surfactante, caixa torácica 
complacente, pulmão pouco complacente, músculos pouco 
eficientes, leito capilar incompleto, pouca septação e menor 
superfície de troca 
d) Alterações radiológicas no Raio-x de tórax → opacificação 
completa dos campos pulmonares com imagem cardíaca não 
visualizada e broncogramas aéreos 
e) Terapêutica a ser instituída 
▪ Ambiente térmico Neutro 
▪ Suporte Hidroeletrolítico 
▪ Suporte nutricional enteral e parenteral 
▪ Monitorização da pressão arterial 
▪ Correção dos distúrbios acidobásicos 
▪ Antibioticoterapia criteriosa (sepse associada), 
▪ Sedação (se necessário) 
▪ Manuseio mínimo 
▪ Suporte respiratório 
f) Complicações → Displasia Broncopulmonar (DBP), 
Retinopatia da prematuridade (ROP), Enterocolite 
Necrosante (ECN), Infecções e Hemorragia Intracraniana 
(HIC) 
 
3. Recém-nascido a termo, Idade gestacional: 38 semanas, parto 
cesárea. APGAR 7 no 1º minuto e 8 no 5º minuto. Peso: 2.900g. Nas 
primeiras horas de vida, desenvolve taquipneia (FR = 82 irpm), 
retração subcostal e BAN. SpO2 = 90%; colocado em HOOD com 
FiO2 de 40%. Com 1 hora de vida evoluiu com piora do desconforto 
respiratório e foi instalado CPAP com FiO2 30% PEEP = +6. 
O raio-x de tórax revela discreto 
infiltrado linear a partir dos hilos 
pulmonares e discreto aumento da 
área cardíaca. Com 24 horas de vida, o 
recém-nascido está bem, eupneico 
com SpO2 de 98% em ar ambiente. 
 
 
a) Hipótese diagnóstica mais provável → Taquipneia 
Transitória do Recém-Nascido (TTRN) 
b) Alterações radiológicas → Congestão hilar bilateral e 
hiperinsuflação 
▪ São decorrentes da estase de líquido no pulmão 
c) Mecanismos fisiopatológicos mais prováveis para explicar o 
quadro → geralmente, ocorre em bebês que nasceram um 
 
9 DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 
Gizelle Felinto 
pouco antes da hora, não havendo a reabsorção do líquido 
presente nos pulmões, o que causa a estase desse liquido 
com consequente taquipneia transitória 
 
4. Gestante de 35 anos, G3P2A0, relato de Pré-Eclâmpsia Grave 
(PEG) sobreposta a HAC e pobre controle glicêmico durante a 
gestação, submetida a cesárea após falha de indução e 
Sofrimento Fetal Agudo (SFA). RN nasceu com 41 semanas e 4 dias 
para 7 de idade gestacional, peso de 4100g, bolsa rota no parto 
com líquido amniótico meconial, apresentava-se com depressão 
respiratória e hipotonia generalizada, após a reanimação 
neonatal desenvolveu desconforto respiratório grave. 
 
a) Hipótese diagnóstica mais provável → Síndrome de 
Aspiração Meconial (SAM), devido ao líquido amniótico 
meconial ao nascimento, ao desconforto respiratório e aos 
achados radiográficos típicos 
b) Fatores de risco → idade gestacional, macrossomia fetal, 
LAM, sofrimento fetal (asfixia), hipertensão gestacional, pré-
eclâmpsia e diabetes gestacional 
 
5. Gestante, 23 anos, G2P0A0, 32 
semanas de idade gestacional, 
admitida com história de perda 
de líquido por via vaginal há 20 
horas, encontrava-se em 
tratamento para Infecção do 
Trato Urinário (ITU), fez 2 doses 
de corticoide por possibilidade de parto prematuro em 
decorrência da gemelaridade. Recém-nascidos nasceram 
hipotônicos e com respiração irregular, realizado clampeamento 
imediato de cordão umbilical, colocado em saco plástico e 
realizado os passos iniciais e Ventilação com Pressão Positiva 
(VPP). Evoluíram com desconforto respiratório progressivo e foi 
encaminhado em incubadora de transporte e CPAP nasal para a 
UTI neonatal e em decorrência da crescente necessidade de 
oxigênio, colocado em ventilação mecânica. 
 
a) Hipótese diagnóstica mais provável → Pneumonia e sepse 
b) Tratamento → Antibioticoterapia (Ampicilina + 
Gentamicina) 
 
6. Recém-nascido a termo, encaminhado 
para UTI neonatal, após estabilização em 
sala de parto, por desconforto 
respiratório progressivo e precoce com 
tórax abaulado e abdome escavado. 
Radiografia de tórax do RN realizada na 
admissão apresentava a imagemao lado. 
 
 
a) Hipótese diagnóstica provável → hérnia diafragmática 
✓ O grande problema da hérnia diafragmática, que se 
pode ser formar em algum momento da embriogênese, 
é que o seu conteúdo ocupa o espaço dos pulmões, 
dificultando o crescimento e fazendo com que os 
pulmões se tornem hipoplásicos. A consequência disso 
tudo é uma hipertensão pulmonar importante 
b) Radiografia de tórax: 
✓ Presença de alças intestinais no hemitórax esquerdo 
Após o manuseio pré-operatório com adequada ventilação foi 
realizada a correção cirúrgica, porém RN evoluiu com hipoxemia 
grave e saturação de oxigênio pré e pós-ductal apresentando uma 
diferença ≥ 15%. 
c) Diagnóstico provável nesse momento da internação → 
Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal (HPPN) 
secundária a hipoplasia pulmonar decorrente de hérnia 
diafragmática esquerda 
d) Opções terapêuticas disponíveis: 
 ÓXIDO NÍTRICO INALATÓRIO → é um vasodilatador 
pulmonar seletivo que relaxa a musculatura lisa da 
vasculatura pulmonar 
 
7. Recém-nascido a termo, adequado para a idade gestacional (AIG), 
nascido em boas condições de vitalidade, apresentou desconforto 
respiratório progressivo ao nascer, encaminhado para UTI 
neonatal e realizado raio-x de tórax com a imagem ao lado. Diante 
dessa imagem radiográfica, que confundia, por exemplo, com um 
pneumotórax, foi solicitada Tomografia de Tórax e viu-se uma 
imagem sugestiva de uma doença adenomatóide. 
 
 
a) Hipótese diagnóstica provável → Malformação 
Adenomatóide Cística (MAC)

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