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Controle Motor e Neurociências.

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BACHAREL EM FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNO: EMAX PEREIRA DA SILVA 
 RA-2005236 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-01,02 AULA PRATICA. 
CONTROLE MOTOR E NEUROCIÊNCIAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLO CAMPOLIM, UNIP 
 Sorocaba-SP 
2022 
 
 
 
BACHAREL EM FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNO: EMAX PEREIRA DA SILVA 
 RA-2005236 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO-01,02 AULA PRÁTICA. 
CONTROLE MOTOR E NEUROCIÊNCIAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLO CAMPOLIM, UNIP 
 Sorocaba-SP,2022 
 
 
 
Sumário 
1.1 Desarrollo ......................................................................................................... 1 
1.2 Conclusões ...................................................................................................... 1 
1.3 FundoTeorias do controle motor ................................................................... 2 
1.4 Teoria hierárquica ........................................................................................... 3 
1.5 Teoria da programação motora ...................................................................... 3 
1.6 Teoria de sistemas .......................................................................................... 4 
1.7 Teoria da ação dinâmica ................................................................................. 4 
1.8 Teoria do processamento paralelo distribuído ............................................. 4 
1.9 Teoria orientada à atividade ........................................................................... 4 
1.10 Teoria ecológica .............................................................................................. 4 
1.11 Teoria hierárquica ........................................................................................... 5 
1.12 Teorias de programação motora .................................................................... 5 
1.13 Teoria de sistemas .......................................................................................... 6 
1.14 Teoria da ação dinâmica ................................................................................. 6 
1.15 Teoria do processamento paralelo distribuído ............................................. 7 
1.16 Teoria orientada à atividade ........................................................................... 8 
1.17 Teoria ecológica .............................................................................................. 8 
1.18 Aprendizagem motora ..................................................................................... 8 
1.19 Teorias da aprendizagem motora .................................................................. 9 
1.20 Modelo de 3 estágios de Bernstein. ............................................................... 9 
1.21 Modelo de 2 estágios de Gentile. ................................................................. 10 
1.22 Fases na criação do programa motor. ......................................................... 10 
1.23 FATORES QUE AFETAM A APRENDIZAGEM MOTORA ............................ 10 
1.24 Aprendizagem motora ................................................................................... 10 
1.25 Participação ativa e motivação. ................................................................... 11 
1.26 Possibilidade de cometer erros. .................................................................. 11 
1.27 Controle postural. .......................................................................................... 11 
1.28 Feedback: ....................................................................................................... 11 
1.29 Como o feedback pode criar dependência no processo de aprendizagem.
 11 
1.30 Feedback extrínseco ..................................................................................... 13 
 
 
 
1.31 Aplicações clínicas do controle motor e teorias de aprendizagem na 
neurorreabilitação. .................................................................................................. 14 
1.32 Controle postural e equilíbrio. ...................................................................... 14 
1.33 Locomoção .................................................................................................... 14 
1.34 O retreinamento sensorial. ........................................................................... 15 
1.35 Intervenções orientadas para o déficit. ....................................................... 15 
1.36 Estratégias voltadas para a recuperação da função por meio do 
treinamento de movimento. .................................................................................... 16 
1.37 Treinamento Orientado a Tarefas. ............................................................... 16 
1.38 Uso de estimulação elétrica neuromuscular (EENM) ................................. 17 
1.39 Biofeedback e realidade virtual. ................................................................... 17 
1.40 Interface cérebro-computador. ..................................................................... 17 
1.41 Uso da robótica na neurorreabilitação. ....................................................... 17 
1.42 Conclusões. ................................................................................................... 18 
 
 
 
1 
 
 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
Nas últimas décadas existe um especial interesse para as teorias que podem 
explicar o gobierno do controle motor e suas aplicacioes. As teorias suelen baseiam-
se nos modos de função cerebral, refletindo critérios filosóficos sobre a forma em 
que o movimento é controlador do cérebro, enfatizando cada uma dessas diferenças 
nos diferentes componentes neurais do movimento. Asimismo, no contexto das 
neurociências, torna relevante o conceito de aprendizaje motor, considerado como o 
conjunto de processos inter-nos associados à prática, e à experiência, que produz 
mudanças relativamente permanentes na capacidade de produção de atividades 
motoras, a travessia de una habilidad específica. Para ambos, controle e 
aprendizagem do motor, 
1.2 DESARROLLO 
São descritas as principais teorias do motor de controle como a teoria do 
programa motor, a teoria dos sistemas, a teoria da ação dinâmica ou a teoria do 
processo de distribuição em paralelo, como os fatores que influenciam no 
aprendizado do motor e sus aplicaciones en neurorrehabilitación. 
1.3 CONCLUSÕES 
Na atualidade, não existe um consenso sobre a teoria do modelo e a definição 
de dar explicação ao governo do motor de controle. As teorias sobre o aprendizado 
do motor devem ser a base para a reabilitação do motor. As novas linhas de 
investigação devem ser aplicadas aos conhecimentos gerados nos campos de 
controle e aprendizado motor em neurorrehabilitação. 
Palavras-chave: 
Motor de aprendizagem 
Motor de controle 
Modelos 
Neurorrehabilitação 
Patologia neurológica 
Teorias 
2 
 
 
 
Texto completo 
Introdução 
Estudar a causa e a natureza do movimento é essencial na prática médica. 
Recentemente, médicos têm demonstrado interesse particular em novas teorias 
sobre controle motor (CM) e suas aplicações. No entanto, devido a novas pesquisas 
no campo da neurociência, a comunidade científica carece de uma teoria única 
sobre CM e a distância é crescente entre as teorias e as intervenções terapêuticas 
utilizadas para alterações no CM. 
Os métodos específicos que são tipicamente usados na neurorreabilitação, 
portanto, baseiam-se em suposições básicas sobre a causa e a natureza do 
movimento, o que significa que a teoria do MC, na verdade, decorre da base teórica 
subjacente às práticas terapêuticas. 
Em termos gerais, o objetivo da neurorreabilitação é cimentar as habilidades 
existentes do paciente, recuperar quaisquer habilidades perdidas e promover o 
aprendizado de novas habilidades. Uma variedade de fatores pode ter um efeito 
significativona neurorreabilitação e influenciar os processos de aprendizagem 
motora. Esses fatores incluem instruções verbais, características e variabilidade das 
sessões de treinamento, participação ativa e motivação do indivíduo, transferência 
de aprendizagem positiva e negativa, controle postural, memória e feedback. Todos 
esses fatores são clinicamente aplicáveis e fornecem a base para linhas de pesquisa 
emergentes ou estabelecidas relacionadas ao retreinamento da função sensório-
motora em pacientes neurológicos. 
O objetivo deste estudo é apresentar uma análise crítica das teorias e 
modelos existentes de CM e aprendizagem motora, e também estudar suas 
potenciais aplicações clínicas no campo da neurorreabilitação, referindo-se 
fundamentalmente à recuperação do controle postural e equilíbrio, locomoção, 
alcance, preensão, e manipulação. Por fim, descrevemos as verdadeiras 
possibilidades de novas tecnologias aplicáveis às doenças neurológicas. 
1.4 FUNDOTEORIAS DO CONTROLE MOTOR 
3 
 
 
 
As diferentes teorias sobre MC refletem ideias existentes de como o 
movimento é controlado pelo cérebro. Cada teoria diferente enfatiza os diferentes 
componentes neurais do movimento. 
Os métodos específicos utilizados na neurorreabilitação baseiam-se, portanto, 
em suposições gerais sobre a causa e a natureza do movimento, o que significa que 
a teoria do MC decorre, na verdade, da base teórica subjacente às práticas 
terapêuticas, que por sua vez corroboram ou refutam essas teorias. As principais 
limitações e implicações clínicas das diferentes teorias do CM são apresentadas 
Limitações das teorias de controle motor 
Teorias de controle motor Limitações Implicações clínicas 
Teoria do reflexo Designar o reflexo como a unidade básica do 
comportamento não explica nem os movimentos espontâneos nem os voluntários 
como formas aceitáveis de comportamento. 
Além disso, não explica como um único estímulo pode provocar uma 
variedade de respostas dependendo do contexto e dos comandos descendentes ou 
da capacidade de realizar novos movimentos. A recuperação do MC baseia-se em 
aumentar ou diminuir o efeito de diferentes reflexos durante as tarefas motoras. O 
conceito Bobath é parcialmente baseado nesta teoria. 
1.5 TEORIA HIERÁRQUICA 
 A teoria hierárquica não explica como um reflexo no nível hierárquico 
mais baixo dominaria a função motora (reflexo de retirada). Análises reflexas 
baseadas na teoria hierárquica da CM têm sido realizadas como parte da avaliação 
clínica de pacientes com déficits neurológicos. Essas análises também têm sido 
usadas para calcular o nível de maturidade neural do paciente e prever a 
capacidade funcional. 
1.6 TEORIA DA PROGRAMAÇÃO MOTORA 
 O conceito de programação motora não considera que o SNC depende 
de variáveis musculoesqueléticas e ambientais para alcançar o controle do 
movimento. Comandos semelhantes podem produzir movimentos diferentes 
dependendo das mudanças nessas variáveis. A teoria enfatiza a capacidade de 
4 
 
 
 
reaprender padrões de ação apropriados em situações de alto nível de controle 
motor. O tratamento deve se concentrar na recuperação de movimentos-chave para 
a atividade funcional, e não no retreinamento de músculos isolados, e também na 
localização de efetores alternativos se os programas motores de nível superior não 
forem afetados. 
1.7 TEORIA DE SISTEMAS 
A teoria dos sistemas não leva em conta a interação do sujeito com o 
ambiente. Sugere que a avaliação e o tratamento devem examinar não apenas os 
déficits em sistemas específicos que contribuem para o controle motor, mas também 
aqueles que influenciam vários sistemas, como as deficiências do sistema 
musculoesquelético. 
1.8 TEORIA DA AÇÃO DINÂMICA 
A teoria da ação dinâmica pressupõe que a relação entre o sistema físico do 
sujeito e o ambiente no qual ele funciona é o principal determinante do 
comportamento. Mudanças no comportamento motor podem muitas vezes ser 
explicadas de acordo com princípios físicos em vez de uma interpretação estrita de 
acordo com estruturas neurais. Como tal, uma compreensão das propriedades 
físicas e dinâmicas do corpo fornece aplicações terapêuticas para esta teoria. 
1.9 TEORIA DO PROCESSAMENTO PARALELO DISTRIBUÍDO 
Modelos baseados nessa teoria não imitam o processamento de informações 
durante as etapas de desempenho e aprendizado. Este modelo pode ser usado na 
prática clínica para prever a forma como as lesões do sistema nervoso afetam as 
funções. Ele explica que os sistemas no cérebro são altamente redundantes e 
capazes de operar com uma perda de desempenho semelhante à magnitude dos 
danos. Esta é uma característica do comportamento natural dos modelos PDP. 
1.10 TEORIA ORIENTADA À ATIVIDADE 
 A teoria orientada para a atividade nos informa sobre as atividades 
fundamentais do SNC e os elementos essenciais controlados durante uma ação. 
 Afirma que a recuperação do MC deve se concentrar em atividades 
essencialmente funcionais. 
1.11 TEORIA ECOLÓGICA 
5 
 
 
 
 A teoria ecológica dá pouca ênfase à organização e função do sistema 
nervoso. Descreve o sujeito como um explorador ativo de seu ambiente, e esses 
esforços exploratórios são o que permite que o sujeito desenvolva múltiplas 
maneiras de realizar a tarefa. 
SNC: sistema nervoso central. 
Teoria do reflexo 
Em 1906, o neurofisiologista Sir Charles Sherrington estabeleceu as bases 
para a teoria reflexa do controle motor, segundo a qual os reflexos eram os blocos 
de construção do comportamento complexo destinado a alcançar um objetivo 
comum. Ele descreveu esse comportamento em termos de reflexos compostos e sua 
ação combinada ou encadeada. 
Um estímulo provoca uma resposta, que é transformada no estímulo da 
próxima resposta. 
1.12 TEORIA HIERÁRQUICA 
A teoria hierárquica afirma que o sistema nervoso central (SNC) está 
organizado em níveis hierárquicos de modo que as áreas de associação superior 
são seguidas pelo córtex motor, seguido pelos níveis espinais da função motora. 
Cada nível superior controla o nível inferior de acordo com uma hierarquia vertical 
estrita; as linhas de controle não se cruzam e os níveis inferiores não podem exercer 
controle. 
 Na década de 1940, Gesell e McGraw surgiu com a teoria neuromaturacional 
do desenvolvimento. O desenvolvimento motor normal é atribuído à crescente 
corticalização do SNC que dá origem ao aparecimento de níveis mais elevados de 
controle sobre os reflexos de nível inferior; A maturação do SNC é o principal agente 
de mudança no desenvolvimento, com apenas uma contribuição mínima de outros 
fatores. A teoria hierárquica evoluiu e os cientistas reconhecem que cada um dos 
níveis pode atuar sobre os demais dependendo da atividade desempenhada. Os 
reflexos não são mais considerados o único determinante da CM, mas sim um dos 
muitos processos essenciais na iniciação e controle do movimento. 
1.13 TEORIAS DE PROGRAMAÇÃO MOTORA 
6 
 
 
 
As teorias mais recentes sobre CM distanciam-se da ideia de CM como um 
sistema fundamentalmente reativo. Eles começaram a explorar a fisiologia das 
ações em vez da natureza das reações. Uma resposta motora específica pode ser 
desencadeada por um estímulo sensorial ou por um processo central onde não há 
estímulo ou impulso aferente. Como tal, é mais correto referir-se a um padrão motor 
central. Essa teoria, que é apoiada principalmente por análises de locomoção em 
gatos, 18 sugere que o movimento é possível na ausência de uma ação reflexa, de 
modo que a rede neural espinhal seria capaz de produzir ritmo locomotor sem 
nenhum estímulo sensorial ou padrões descendentes do cérebro, e movimento pode 
ser eliciado sem feedback. Também introduz o conceito de geradores de padrões 
centrais (CPGs), ou circuitos neurais específicos capazes de gerar movimentos 
como caminhar ou correr. Os estímulos sensoriais de entrada exercem um 
importante efeito moduladorsobre os CPGs. 
1.14 TEORIA DE SISTEMAS 
A teoria dos sistemas explica que o controle neural sobre o movimento não 
pode ser entendido sem uma compreensão prévia dos sistemas que se movem. 
Afirma que “os movimentos não são controlados nem centralmente nem 
perifericamente, mas são efetuados por interações entre múltiplos sistemas”. 
 O corpo é considerado um sistema mecânico sujeito tanto a forças internas 
quanto externas (gravidade). Um mesmo comando central pode dar origem a 
movimentos muito diferentes devido a interações entre forças externas e variações 
nas condições iniciais; também, os mesmos movimentos podem ser provocados por 
comandos diferentes. A teoria tenta explicar como as condições iniciais afetam as 
características do movimento. 
A teoria dos sistemas prevê o comportamento real com muito mais precisão 
do que as teorias anteriores, pois considera não apenas o que o sistema nervoso 
contribui para o movimento, mas também as contribuições de diferentes sistemas 
juntamente com as forças da gravidade e da inércia. 
1.15 TEORIA DA AÇÃO DINÂMICA 
7 
 
 
 
O estudo das sinergias deu origem à teoria da ação dinâmica, uma 
abordagem que observa o indivíduo em movimento a partir de uma nova 
perspectiva. 
Considerando o princípio da auto-organização, a teoria afirma que quando um 
sistema formado por partes individuais é integrado, suas partes agirão coletivamente 
de forma organizada. Eles não exigirão nenhuma instrução de um centro superior 
sobre como realizar uma ação coordenada. 
A teoria propõe que o movimento é resultado de elementos que interagem, 
sem necessidade de programas motores. A teoria da ação dinâmica tenta encontrar 
descrições matemáticas de tais sistemas auto-organizados nos quais o 
comportamento é não linear, o que significa que quando um dos parâmetros muda e 
atinge um valor crítico, todo o sistema se transforma em uma configuração de 
comportamento completamente nova. Usando essas fórmulas matemáticas, será 
possível prever as maneiras pelas quais um determinado sistema atuará em 
diferentes situações. A teoria da ação dinâmica minimiza a importância da ideia de 
que o SNC envia comandos para controlar o movimento e busca explicações físicas 
que também possam contribuir para as características do movimento. 
1.16 TEORIA DO PROCESSAMENTO PARALELO DISTRIBUÍDO 
A teoria do processamento distribuído paralelo (PDP) descreve a maneira 
pela qual o sistema nervoso processa as informações para agir. De acordo com 
essa teoria, o sistema nervoso opera tanto por processos seriais (processando 
informações por meio de um único canal) quanto por processos paralelos 
(interpretando informações de vários canais e analisando-as simultaneamente de 
diferentes maneiras). A premissa subjacente é que o cérebro é um computador com 
células que interagem de maneiras diferentes e que as redes neurais são os 
sistemas computacionais básicos do cérebro. 
A estratégia consiste em desenvolver modelos matemáticos simplificados de 
sistemas cerebrais e estudá-los para entender como diferentes problemas 
matemáticos podem ser resolvidos por meio desses mecanismos. 
Esses modelos consistem em elementos que são interligados por circuitos. 
Assim como nas sinapses neurais, cada elemento pode ser afetado por outros de 
8 
 
 
 
forma positiva ou negativa, em maior ou menor grau. Esses elementos podem ser 
classificados como neurônios sensoriais, interneurônios e neurônios motores. A 
eficiência no desempenho da tarefa depende da quantidade de conexões de saída e 
da força dessas conexões. 
1.17 TEORIA ORIENTADA À ATIVIDADE 
Greene 32 apontou a necessidade de uma teoria capaz de explicar como os 
circuitos neurais operam para completar uma ação e, portanto, capaz de fornecer as 
bases para uma visão mais clara do sistema motor. A teoria orientada para a 
atividade baseia-se na premissa de que o objetivo do MC é dominar o movimento 
envolvido na conclusão de uma ação específica, e não apenas mover por mover. O 
controle do movimento é organizado de acordo com o comportamento funcional 
orientado para o objetivo. 
1.18 TEORIA ECOLÓGICA 
Na década de 1960, Gibson 33 explorou a maneira pela qual nossos sistemas 
motores nos permitem interagir de forma mais eficaz com nosso entorno para 
desenvolver um comportamento orientado a objetivos. Ele se concentrou em como 
detectamos informações em nosso ambiente que são relevantes para nossas ações 
e como usamos essas informações para determinar nossos movimentos. O indivíduo 
explora ativamente seu ambiente, e o ambiente promove a realização de atividades 
ambientalmente adequadas. 
1.19 APRENDIZAGEM MOTORA 
A aprendizagem motora (ML) é definida como um conjunto de processos 
internos associados à prática e à experiência e que, no contexto da aquisição de 
uma habilidade específica, produzirão mudanças relativamente permanentes na 
forma como a atividade motora é eliciada. O que aprendemos é retido ou 
armazenado em nossos cérebros e referido como memória, enquanto modificações 
de curto prazo não são consideradas aprendizado. 
O objetivo da neurorreabilitação é cimentar as habilidades existentes dos 
pacientes, recuperar quaisquer habilidades perdidas e promover o aprendizado de 
novas habilidades. Uma habilidade é geralmente considerada uma característica ou 
traço relativamente permanente que é tipicamente associado a um componente 
9 
 
 
 
genético. Não pode ser facilmente alterado com prática ou experiências. 40 Outra 
maneira de entender 'habilidade' como um conceito é contrastá-la com 'habilidade'. 
Ao contrário de uma habilidade, uma habilidade pode ser modificada ou até 
adquirida com prática ou experiência. 
Muitos fatores afetam o LM, incluindo idade, raça, cultura ou predisposição 
genética. As habilidades apresentadas por cada indivíduo são o resultado de um 
processo de aprendizagem. 
1.20 TEORIAS DA APRENDIZAGEM MOTORA 
O modelo de 3 estágios Fitts e Posner . Fitts e Posner sugerem que existem 
3 etapas principais na aprendizagem motora. 
Durante o estágio cognitivo, o paciente aprende uma nova habilidade ou 
reaprende uma já existente. Os pacientes precisarão praticar a tarefa com 
frequência, com supervisão e orientação externa; é importante cometer erros e 
saber corrigi-los nesse processo. Durante o estágio associativo, o paciente é capaz 
de realizar a tarefa em uma situação com restrições ambientais específicas. O 
paciente cometerá menos erros durante a atividade e a concluirá com mais 
facilidade. Os pacientes começarão a entender como os diferentes componentes de 
uma habilidade estão inter-relacionados. Durante a fase autônoma, o paciente é 
capaz de se mover em uma variedade de configurações e manter o controle durante 
toda a tarefa. A verdadeira prova de aprendizado é a capacidade de reter uma 
habilidade e aplicá-la em diferentes configurações por meio da automatização. 
1.21 MODELO DE 3 ESTÁGIOS DE BERNSTEIN. 
O modelo de Bernstein enfatiza a quantificação dos graus de liberdade, ou 
seja, o número de movimentos independentes necessários para completar uma 
ação, como componente central do aprendizado de uma nova habilidade motora. 
Este modelo de aprendizagem inclui 3 etapas. Durante o estágio inicial, o indivíduo 
simplificará seus movimentos reduzindo os graus de liberdade. No estágio 
avançado, o indivíduo ganhará alguns graus de liberdade, o que permitirá o 
movimento em mais articulações envolvidas na tarefa. Por fim, o sujeito no estágio 
de especialista possui todos os graus de liberdade necessários para realizar a tarefa 
de maneira eficaz e coordenada. 
10 
 
 
 
1.22 MODELO DE 2 ESTÁGIOS DE GENTILE. 
 O primeiro estágio do modelo de Gentile inclui entender o propósito da tarefa, 
desenvolver estratégias de movimento apropriadas para completar a tarefa e 
interpretar as informações ambientais que são relevantes para organizar o 
movimento. No segundo estágio (fixação ou diversificação),o sujeito visa redefinir o 
movimento, o que inclui tanto desenvolver a capacidade de adaptar o movimento às 
mudanças na tarefa e no ambiente, quanto ser capaz de realizar a tarefa de forma 
consistente e eficiente. 
1.23 FASES NA CRIAÇÃO DO PROGRAMA MOTOR. 
Diferentes pesquisadores têm perguntado quais mudanças hierárquicas 
podem ocorrer no controle do movimento quando os programas motores se unem 
durante o aprendizado de uma nova tarefa. 
Programas motores que regulam um comportamento complexo podem ser 
criados combinando programas motores que controlam unidades menores de 
comportamento até que o processo maior seja concluído como uma única unidade. 
40 
1.24 FATORES QUE AFETAM A APRENDIZAGEM MOTORA 
Vários fatores atuam nos processos de ML, como instruções verbais, 
características e variabilidade das sessões de treinamento, participação ativa e 
motivação do indivíduo, possibilidade de errar, controle postural, memória e 
feedback. 
 
1.25 APRENDIZAGEM MOTORA 
Instruções verbais: necessidade de manter a capacidade de atenção e 
observação direta do sujeito. 
Características e variabilidade da prática: a prática distribuída, com períodos 
de descanso prolongados entre as sessões de treino, parece ser mais eficaz para a 
transferência da aprendizagem do que a repetição contínua de tarefas sem períodos 
de descanso. A fadiga parece ser um dos principais fatores que promovem o uso da 
prática distribuída; além disso, sessões de treinamento muito longas também podem 
11 
 
 
 
ser acompanhadas por uma maior margem de erro devido ao esgotamento mental e 
físico. 
1.26 PARTICIPAÇÃO ATIVA E MOTIVAÇÃO. 
 Hipóteses gerais sobre treinamento e AM parecem mostrar que o progresso 
da aprendizagem depende do tempo total em que o paciente está participando 
ativamente. 
 
 
1.27 POSSIBILIDADE DE COMETER ERROS. 
Analisar cada atividade ou tarefa que o paciente deve realizar mostrará quais 
componentes do movimento devem ser reforçados durante as sessões de 
treinamento. 
1.28 CONTROLE POSTURAL. 
Definido como o controle sobre a posição do corpo no espaço para alcançar 
equilíbrio e orientação. 
Memória: considerada um componente chave no ML. 
1.29 FEEDBACK: 
Visa promover o alcance de objetivos, fornecer informações sobre como a 
ação está sendo realizada e consolidar o desempenho da ação (o reforço positivo, 
seja verbal ou não verbal, resulta em maiores avanços na aprendizagem do que o 
reforço negativo). 
1.30 COMO O FEEDBACK PODE CRIAR DEPENDÊNCIA NO 
PROCESSO DE APRENDIZAGEM. 
O fisioterapeuta deve ser capaz de fornecê-lo apenas quando necessário,as 
instruções verbais ajudam os sujeitos a focar sua atenção em objetivos específicos e 
influenciam as estratégias de aprendizado que esses sujeitos usarão ao completar 
um movimento. Em relação às características e variabilidade das sessões de 
treinamento, as tarefas a serem atribuídas devem incluir repetição. Devemos estar 
atentos ao conceito de “repetição sem repetição”, ou seja, as sessões de 
treinamento devem incluir o registro dos parâmetros que foram modificados, pois 
12 
 
 
 
isso desafiará o paciente e facilitará a extrapolação do aprendizado para diferentes 
cenários e situações. Nos casos em que a prática física não é possível, alguns 
pesquisadores sugerem que a prática mental pode ser uma forma eficaz de 
estimular a aprendizagem. 
A aprendizagem pode ser promovida ou interrompida pelo contexto. 
Diferentes contextos levam a melhores resultados e a uma experiência de 
aprendizagem mais geralmente eficaz e enriquecedora. Por esta razão, a prática no 
ambiente clínico deve incluir uma gama de condições para que o aprendizado possa 
ser transferido para uma variedade de situações de mudança. A quantidade de 
transferência depende da semelhança entre o ambiente clínico e o ambiente real. 
Outro conceito importante relacionado ao LM é a participação ativa do 
paciente na tarefa que está sendo realizada. Ao completar a tarefa ou atividade e 
resolver e superar o problema, a motivação e o comprometimento do paciente é 
fatores cruciais. A participação ativa fortalece o processo de aprendizagem e ajuda a 
manter a aprendizagem contínua. 
Permitir que os pacientes cometessem erros ao completar uma nova atividade 
e fornecer-lhes possíveis soluções ou incentivá-los a propor suas próprias são 
benéficos para atividades de ML voltadas para o treinamento de novas habilidades. 
O controle postural correto e a memória intacta são importantes para que o paciente 
possa aprender uma nova atividade motora ou recuperar uma já existente. 
Feedback é o termo para informação recebida como resultado do movimento 
Podemos distinguir entre feedback intrínseco, consequência do movimento (vias 
exteroceptivas e proprioceptivas) que permite o ajuste postural; e feedback 
extrínseco, ou todas as informações fornecidas por uma fonte externa. O objetivo do 
feedback é fornecer ao paciente informações sobre o resultado do movimento como 
complemento às informações intrínsecas. Existem duas categorias de informações 
extrínsecas: compreensão de resultados, ou seja, todas as informações verbais 
sobre o resultado do movimento, que é particularmente importante quando o 
feedback intrínseco é reduzido; e compreensão do desempenho, que está ligado aos 
padrões de movimento empregados ao completar uma tarefa e que fornece 
informações sobre a qualidade do movimento. O feedba ck extrínseco é essencial 
13 
 
 
 
quando a fonte de feedback intrínseco do paciente está reduzida ou distorcida, e 
isso é frequente em pacientes com comprometimento neurológico. Como parte de 
qualquer processo de aprendizagem, os sujeitos devem receber algum tipo de 
informação sobre seus erros de uma fonte intrínseca ou extrínseca. As 
características do feedback extrínseco que aumentam as habilidades cognitivas do 
paciente estão listadas a seguir. 
 
1.31 FEEDBACK EXTRÍNSECO 
Fornece informações sobre o progresso do sujeito no aprendizado da 
atividade, o que estimula a motivação. 
Fornece informações sobre os eventos que compõem a ação, permitindo que 
o sujeito crie um modelo mental da atividade e interprete suas possibilidades de 
atingir os objetivos. 
Fornece reforço positivo quando os sujeitos são informados de que 
concluíram as tarefas corretamente. O feedback tem um efeito imediato na 
motivação de um indivíduo, bem como na capacidade de atenção e concentração na 
tarefa. 
O feedback repetido visando corrigir erros pode criar dependência e 
desencorajar o sujeito de experimentar e analisar as características de sua ação. 
Para evitar a dependência, o feedback só deve ser dado quando necessário, 
dependendo da complexidade das tarefas e do nível de experiência do sujeito. Este 
tipo de reforço deve, portanto, ser dado esporadicamente e não a cada repetição. 
As crianças não usam o feedback da mesma forma que os adultos; os últimos 
se beneficiam mais de feedback reduzido, enquanto as crianças exigem feedback 
mais contínuo, mas menos preciso. O feedback reduzido aumenta o esforço 
cognitivo do sujeito; quando o feedback está oculto, o sujeito precisará se concentrar 
e interpretar as informações intrínsecas produzidas pela atividade que foi realizada. 
Esse aumento no esforço cognitivo promove mudanças ótimas em pacientes adultos 
e maximiza o LM, mas isso não é verdade em crianças. As crianças precisam de 
mais sessões de prática com feedback para completar a atividade de forma mais 
14 
 
 
 
precisa e consistente. Após esse ponto, o feedback deve ser diminuído 
progressivamente para estimular o esforço cognitivo e o ML. Um assunto. 
1.32 APLICAÇÕES CLÍNICAS DO CONTROLE MOTOR E TEORIAS DE 
APRENDIZAGEM NA NEURORREABILITAÇÃO. 
O conhecimento científico deve ser transferido continuamente para a prática 
clínica, a fim de fornecer novas estratégias terapêuticas que reforcem e fortaleçam 
as estratégias existentes. Por razões metodológicas,descreveremos as estratégias 
terapêuticas destinadas a recuperar ou melhorar o controle postural e o equilíbrio 
separadamente das estratégias de locomoção e manipulação. 
 
 
1.33 CONTROLE POSTURAL E EQUILÍBRIO. 
A literatura parece mostrar que o exercício físico é um meio eficaz de 
melhorar o equilíbrio em pacientes neurológicos, e tais melhorias podem ser 
capazes de aumentar a capacidade funcional dos pacientes e reduzir quedas. A 
eficácia dos programas de exercícios depende se eles incluem tarefas 
multidimensionais em vez de tarefas com foco em uma única área. 
 Aos programas clássicos se somaram agora novos métodos paralelos com 
abordagens mais holísticas, como tai chi, treinamento sensorial, 60 e treinamento de 
dupla tarefa (tarefas motoras e cognitivas). As evidências científicas atuais apontam 
para a utilidade de sistemas instrumentados, como a posturografia dinâmica 
computadorizada. Pesquisadores estão elaborando estudos que tentam mostrar que 
esses sistemas também são válidos como ferramentas de retreinamento. 
1.34 LOCOMOÇÃO 
O objetivo dessas intervenções é aperfeiçoar a marcha, prevenindo o 
encurtamento dos tecidos moles, aumentar a força e o controle muscular e treinar o 
ritmo e a coordenação. Esses objetivos são alcançados combinando exercícios de 
alongamento, força, carga e marcha. 
Tradicionalmente, a terapia de treinamento de força consistia em realizar 
exercícios ou atividades resistidas utilizando sistemas de suspensão e polias com 
15 
 
 
 
molas e pesos. Técnicas baseadas no conceito Bobath ou na facilitação 
neuromuscular proprioceptiva ainda estão sendo usados; no entanto, poucos 
estudos examinaram sua eficácia. A metodologia atual é um pouco mais sofisticada, 
com técnicas que vão desde o uso de elásticos até exercícios em máquinas 
isocinéticas e até estimulação elétrica. Embora estudos tenham mostrado que o 
treinamento de força para um músculo ou grupo muscular aumenta a força total, não 
há evidências de que ele aumente a função muscular. As habilidades sinérgicas 
exigidas em exercícios de locomoção em cadeia cinética fechada (CKC) precisam 
ser treinadas repetidamente e com frequência, em diferentes velocidades e em 
diferentes condições ambientais. 
Carr e Shepherd descrevem um programa de reabilitação motora para 
acidente vascular cerebral baseado na prática de tarefas funcionais específicas. 
Partindo desse conceito, parece apropriado recorrer precocemente a ferramentas 
como esteira com suporte parcial do peso corporal; essa terapia pode ser 
combinada com estimulação elétrica f uncional (FES) durante o treinamento, ou com 
assistência robótica. 
1.35 O RETREINAMENTO SENSORIAL. 
É um meio de programar os benefícios das terapias listadas aqui. Alguns 
estudos observaram melhorias no equilíbrio dinâmico em pacientes cujo programa 
de exercícios incluía modificação sensorial. 
O feedback nos programas de tratamento ajuda os pacientes a melhorar sua 
capacidade de perceber o movimento e fornece um estímulo eficaz para melhorar a 
execução da tarefa. 
Alcançar, agarrar e manipular. 
Embora o objetivo final de qualquer programa de tratamento para membros 
superiores seja a recuperação de funções perdidas ou o estabelecimento de 
mecanismos compensatórios, as intervenções podem ser classificadas como 
aquelas focadas em déficits, aquelas voltadas para a recuperação da função e 
aquelas que propõem a prática de tarefas específicas. 
1.36 INTERVENÇÕES ORIENTADAS PARA O DÉFICIT. 
16 
 
 
 
Uma ampla gama de abordagens, incluindo exercícios ativos, exercícios 
passivos, resistência progressiva e sistemas isocinéticos, liberação miofacial e 
programas de tai chi têm sido utilizados na reeducação motora. Gesso, talas e 
órteses são usados para tratar a rigidez e encurtamento em diferentes estruturas. 
Biofeedback e FES são úteis no recrutamento de músculos paréticos. Em relação ao 
retreinamento sensorial, Byl et al. encontraram melhorias de 20% na independência 
funcional, atividade motora fina, discriminação sensorial e desempenho 
musculoesquelético. 
1.37 ESTRATÉGIAS VOLTADAS PARA A RECUPERAÇÃO DA FUNÇÃO 
POR MEIO DO TREINAMENTO DE MOVIMENTO. 
Stoikov et ai utilizaram atividades posturais com o objetivo de melhorar as 
funções de preensão do membro superior atáxico e encontraram melhoras 
significativas após um programa de 4 semanas. Outro exemplo interessante é a 
proposta de Herdman para pacientes com disfunção vestibular. 
Desde a década de 1970, pesquisadores desenvolveram várias técnicas para 
facilitar o movimento ativo usando objetos reais e treinar diferentes cenários de 
alcance e preensão usando atividades cada vez mais difíceis que exigem diferentes 
tipos de manipulação. A terapeuta ocupacional Rhoda Erhardt publicou uma 
observação detalhada do desenvolvimento da sequência seguida ao soltar objetos. 
1.38 TREINAMENTO ORIENTADO A TAREFAS. 
Dunet ai desenvolveram uma estrutura terapêutica baseada na teoria 
ecológica. Praticar uma tarefa específica é importante para melhorar a função, e o 
treinamento pode ser aplicado a diversas atividades da vida diária. 
Houve resultados promissores de numerosos estudos que mostraram melhora 
da função do membro superior por meio da terapia de movimento induzido por 
restrição (terapia CI). No entanto, uma revisão sistemática recente em crianças com 
hemiplegia 88 exige cautela no uso da técnica em todos os pacientes e recomenda a 
realização de estudos adicionais bem delineados. Além disso, a revisão sistemática 
de Langhorne, Coupar e Pollock parecem indicar que a terapia com IC em pacientes 
com AVC produz benefícios clínicos para a função do braço, mas as melhorias na 
função da mão são menos claras. 89 O treinamento bilateral ou bimanual em 
17 
 
 
 
pacientes com hemiplegia demonstrou melhorar a coordenação entre as duas mãos, 
bem como aumentar a função no lado afetado. 90,91O treinamento bimanual é 
diametralmente oposto à teoria por trás da terapia de IC. É possível, no entanto, que 
ambos os tratamentos sejam válidos: o tratamento bilateral é mais adequado para 
gerar novas redes corticais reorganizadas nos estágios iniciais após o AVC, 
enquanto a terapia com IC é para tratamento de longo prazo visando a recuperação 
de redes em desuso. 
1.39 USO DE ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR (EENM) 
A aplicação funcional da EENM envolve a ativação de músculos paralisados 
usando uma sequência específica e magnitudes precisas para que o paciente realize 
tarefas funcionais. Isso deu origem ao conceito de neuropróteses, dispositivos 
capazes de substituir a função motora dos membros superiores e inferiores 
necessárias para tarefas de autocuidado e mobilidade, função vesical e controle 
respiratório. 
1.40 BIOFEEDBACK E REALIDADE VIRTUAL. 
A terapia de biofeedback orientada a tarefas é muito eficaz. Emprega a 
tecnologia de realidade virtual (VR) que oferece experiências da vida real, e os 
resultados dessa técnica são superiores aos obtidos pelos métodos clássicos de 
biofeedback. No entanto, os verdadeiros benefícios terapêuticos desses sistemas 
ainda não foram testados por ensaios clínicos bem desenhados. 
1.41 INTERFACE CÉREBRO-COMPUTADOR. 
Estudos dos dispositivos conhecidos como interfaces cérebro-computador 
tentam obter uma compreensão mais profunda da fisiologia cortical subjacente à 
intenção humana e fornecer sinais para um controle mais complexo com base em 
sinais cerebrais. Os autores de uma revisão recente 94 descrevem o estado atual da 
tecnologia BCI e resumem estudos emergentes com o objetivo de aprofundar as 
aplicações clínicas desses dispositivos. 
1.42 USO DA ROBÓTICA NA NEURORREABILITAÇÃO. 
Uma revisão sistemática publicada recentemente 95 não encontrou benefícios 
globais significativos para pacientes com AVC tratados com terapia assistida por 
robô, conforme medido pela função do membro superior ou atividades da vida diária; 
18 
 
 
 
em contraste,os autores observaram melhora significativa na parte proximal do 
membro. Um dos sistemas robóticos mais conhecidos usados para melhorar a 
locomoção em pacientes neurológicos é o Lokomat, um aparelho ortopédico que 
estimula e reproduz a marcha fisiológica do indivíduo. Estudos do Lokomat 
publicados em várias revistas científicas parecem apoiar a utilidade do dispositivo. 
1.43 CONCLUSÕES. 
Atualmente, não há consenso sobre qual teoria ou modelo define a forma 
como o controle motor é regulado. As teorias de aprendizagem motora devem 
fornecer a base para a reabilitação motora. Estudos bem desenhados mostraram 
que transferir os principais ganhos do paciente neurológico na terapia para contextos 
relevantes para aquele paciente, além da variabilidade, participação ativa, 
possibilidade de cometer erros, feedback e incentivos à motivação, são cruciais para 
diminuir os déficits funcionais em pacientes neurológicos. Sendo assim, linhas de 
pesquisa que investiguem esses fatores podem ser de interesse à medida que 
novos métodos e tecnologias de neurorreabilitação entram em uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
1.44 BIBLIOGRAFIA. 
 
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%20Unidade%20I.pdf 
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