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SUMÁRIO
Controle Externo
Declaração de Lima............................................................................4
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 .........................19
Lei n. 8.443, de 16 de Julho de 1992 ............................................... 171
Regimento Interno do Tribunal de Contas Da União ............................ 209
Direito Administrativo
Lei n. 8.112, de 11 de Dezembro de 1990 ......................................... 376
Lei n. 8.987, de Fevereiro de 1995 ................................................... 462
Lei n. 8.429, de 2 de Junho de 1992 ................................................ 486
Lei n. 9.784, de 29 de Janeiro de 1999 ............................................. 525
Lei n. 8.666, de 21 de Junho de 1993 .............................................. 545
Lei n. 14.133, de 1º de Abril de 2021 ............................................... 626
Lei n. 10.520, de 17 de Julho de 2002 .............................................. 770
Decreto n. 7.892, de 23 de Janeiro de 2013 ...................................... 777
Lei n. 12.462, de 4 de Agosto de 2011 ............................................. 796
Decreto n. 6.170, de 25 de Julho de 2007 ......................................... 840
Portaria Interministerial n. 507, de 24 de Novembro de 2011 .............. 859
Instrução Normativa Stn n. 1, de 15 de Janeiro de 1997 ..................... 935
Lei n. 10.973, de 2 de Dezembro de 2004 ......................................... 977
Decreto n. 9.283, de 7 de Fevereiro de 2018 ................................... 1005
Direito Civil
Lindb: Decreto-Lei n. 4.657, de 4 de Setembro de 1942 ................... 1072
Lei n. 10.406, de 10 de Janeiro de 2002 ......................................... 1082
Direito Processual Civil
Lei n. 13.105, de 16 de Março de 2015 ........................................... 1164
Sistema Normativo Anticorrupção
Lei n. 12.846, de 1º de Agosto de 2013 .......................................... 1191
Lei n. 12.850, de 2 de Agosto de 2013 ........................................... 1210
Lei n. 9.613, de 3 de Março de 1998 .............................................. 1229
Lei n. 13.869, de 5 de Setembro de 2019 ....................................... 1246
Decreto n. 5.687, de 31 de Janeiro de 2006 .................................... 1262
Decreto n. 5.015, de 12 de Março de 2004 ...................................... 1334
Análise de Dados
Lei n. 13.709, de 14 de Agosto de 2018 ......................................... 1382
Auditoria Governamental
Declaração de Lima...................................................................... 1425
Instrução Normativa n. 84, de 22 de Abril de 2020 .......................... 1440
Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Norma Brasileira de Contabilidade, Nbc Tsp Estrutura Conceitual, de 23 
de Setembro de 2016 .................................................................. 1475
Lei n. 4.320, de 17 de Março de 1964 ............................................ 1577
Lei n. 10.180, de 6 de Fevereiro de 2001 ........................................ 1611
Decreto n. 6.976, de 7 de Outubro de 2009 .................................... 1630
Lei Complementar n. 101, de 4 de Maio de 2000 ............................. 1639
Portaria Conjunta Stn/Sof n. 06, de 18 de Dezembro de 2018 ........... 1691
Portaria Conjunta Stn/Sprev n. 07, de 18 de Dezembro de 2018 ........ 1694
Portaria Stn n. 877, de 18 de Dezembro de 2018 ............................. 1696
Portaria Conjunta Stn/Sof/Me n. 21, de 23 de Fevereiro de 2021 ....... 1698
Norma Brasileira de Contabilidade, Nbc Tsp 13, de 18 de Outubro de 
2018 .......................................................................................... 2382
Resolução Cfc n. 1.366/11 ............................................................ 2401
Portaria Stn n. 518, de 17 de Julho de 2018 .................................... 2414
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o TCU
Auditor Federal de Controle Externo - Área Controle Externo
4
DECLARAÇÃO DE LIMA
INTRODUÇÃO
Quando a Declaração de Lima sobre Diretrizes para Preceitos de Auditoria 
foi adotada por aclamação pelos delegados há mais de duas décadas em ou-
tubro de 1977, na IX INCOSAI realizada em Lima (Peru), surgiram grandes 
esperanças, mas não a certeza, de que ela alcançaria sucesso mundial.
As experiências realizadas com a Declaração de Lima desde então su-
peraram até mesmo as mais altas expectativas e confirmaram que elas in-
fluenciam decisivamente o desenvolvimento da auditoria governamental no 
contexto individual de cada país. A Declaração de Lima é igualmente signifi-
cativa para todas as Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS) agrupadas na 
INTOSAI, a despeito de sua região, de seu grau de desenvolvimento, de como 
estão integradas ao sistema de governo ou de como estão organizadas.
O sucesso da Declaração deve-se, acima de tudo, ao fato de que ela con-
tém uma lista abrangente de todos os objetivos e questões relacionadas à au-
ditoria governamental, sem deixar de ser significativa, concisa, redigida em 
linguagem clara e com foco em elementos essenciais, o que facilita seu uso.
O principal objetivo da Declaração de Lima é reforçar a necessidade de uma 
auditoria governamental independente. Uma Entidade Fiscalizadora Superior 
que não consegue cumprir essa demanda não está apta a cumprir padrão es-
perado. Não é de se surpreender, portanto, que a questão da independência 
das Entidades Fiscalizadoras Superiores continue a ser um tema repetida-
mente discutido na comunidade da INTOSAI. No entanto, as demandas da 
Declaração de Lima não podem ser satisfeitas simplesmente pelo fato de uma 
EFS lograr sua independência; essa independência também deve estar anco-
rada na legislação. Para esse fim, no entanto, é necessário que as instituições 
responsáveis por garantir a segurança jurídica funcionem adequadamente, e 
instituições dessa natureza só podem ser encontradas em uma democracia 
baseada no estado de direito.
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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o TCU
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O estado de direito e a democracia são, portanto, premissas essenciais 
para uma auditoria governamental efetivamente independente, além de se-
rem os pilares nos quais a Declaração de Lima se fundamenta. Os preceitos 
contidos na Declaração são valores atemporais e essenciais cuja relevância 
permanece inalterada desde que foram adotados pela primeira vez. O fato 
de que decidiu-se republicar a Declaração mais de 20 anos depois confirma, 
efetivamente, a qualidade e grande visão de seus autores.
Gostaríamos de estender nossos agradecimentos ao International Journal 
of Government Auditing por seus esforços para publicar a nova edição da 
Declaração de Lima, compreendendo a grande importância deste documento 
fundamental, que com bastante propriedade é considerado a Carta Magna 
da auditoria governamental. Sabemos atualmente que a Declaração de Lima 
continuará a ser divulgada no futuro. Viver à altura desses ideais continua 
sendo uma tarefa permanente para todos nós.
Viena, outono de 1998
Dr Franz Fiedler
Secretário-Geral da INTOSAI
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Declaração de Lima sobre Diretrizes para Preceitos de Auditoria
Preâmbulo
O IX Congresso da Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras 
Superiores (INTOSAI), realizado em Lima:
• Considerando que o uso regular e eficiente de recursos públicos constitui 
um dos pré- requisitos essenciais para a gestão adequada das finanças 
públicas e a efetividade1 das decisões das autoridades responsáveis;
• considerando que, para alcançar esse objetivo, é indispensável que cada 
país tenha uma Entidade Fiscalizadora Superiorcuja independência seja 
garantida por lei;
• considerando que essas instituições tornaram-se ainda mais necessá-
rias pelo fato de o Estado ter ampliado suas atividades para os setores 
sociais e econômicos e, portanto, opera além dos limites da estrutura 
financeira tradicional;
• considerando que os objetivos específicos da auditoria, a saber -garan-
tir o uso adequado e efetivo de recursos públicos; o desenvolvimento de 
uma boa gestão financeira; a execução adequada de atividades admi-
nistrativas e a comunicação de informações para autoridades públicas e 
o público em geral por meio da publicação de relatórios objetivos - são 
necessários para garantir a estabilidade e o desenvolvimento dos Esta-
dos em conformidade com as metas estabelecidas pelas Nações Unidas;
• considerando que, em congressos anteriores da INTOSAI, as assem-
bleias plenárias adotaram resoluções cuja distribuição foi aprovada por 
todos os países-membros;
1 Nota de tradução: Tradução de effectiveness. Esse termo em inglês abrange dois conceitos diferentes 
na língua portuguesa: efetividade (conceito relacionado aos resultados) e eficácia (conceito relacio-
nado ao grau de alcance das metas programadas).
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DECIDE:
Publicar e distribuir o documento intitulado “Declaração de Lima de Dire-
trizes para Preceitos de Auditoria”.
I – GERAL
Seção 1. Propósito da auditoria
O conceito e estabelecimento da auditoria são inerentes à administração 
financeira pública, já que a gestão de recursos públicos envolve um voto de 
confiança. A auditoria não é um fim em si, e sim um elemento indispensá-
vel de um sistema regulatório cujo objetivo é revelar desvios das normas e 
violações dos princípios da legalidade, eficiência, efetividade e economicida-
de na gestão financeira com a tempestividade necessária para que medidas 
corretivas possam ter tomadas em casos individuais, para fazer com que os 
responsáveis por esses desvios assumam essa responsabilidade, para obter 
o devido ressarcimento ou para tomar medidas para prevenir- ou pelo menos 
dificultar—a ocorrência dessas violações.
Seção 2. Controle prévio2 e auditoria 3
1. O controle prévio é um tipo de revisão de atividades administrativas 
ou financeiras que é realizada antes da ocorrência do fato; a auditoria é uma 
avaliação realizada após a ocorrência do fato.
2. O controle prévio eficaz é indispensável para garantir a gestão adequa-
da de recursos públicos confiados ao Estado. Ele pode ser realizado por uma 
Entidade Fiscalizadora Superior ou por outras instituições de auditoria.
2 No texto original “pre-audit”: optamos por controle prévio porque refere-se ao contexto em que uma 
EFS tem mandato para exercer controle de atos relacionados às atividades administrativas ou finan-
ceiras antes da efetivação. No Brasil, a Constituição de 1967, ratificada pela Emenda Constitucional 
n. 1, de 1969, retirou dos Tribunais de Contas o exame e o julgamento prévio de atos e contratos, 
uma responsabilidade primária da própria administração.
3 No texto original “post-audit” para contrapor a “pre-audit”: optamos simplesmente por auditoria, que 
em regra só ocorre após a efetivação dos fatos.
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3. O controle prévio realizado por uma Entidade Fiscalizadora Superior 
tem a vantagem de poder impedir prejuízos antes de sua ocorrência, mas 
tem a desvantagem de gerar um volume excessivo de trabalho e confundir as 
responsabilidades previstas no direito público. A auditoria realizada por uma 
Entidade Fiscalizadora Superior enfatiza a responsabilidade dos responsáveis 
pela gestão ela pode determinar o ressarcimento por prejuízos provocados e 
prevenir novas ocorrências de violações.
4. A situação jurídica e as condições e requisitos de cada país determinam 
se uma Entidade Fiscalizadora Superior deve ou não realizar controle prévio. 
A auditoria é uma tarefa indispensável para todas as Entidades Fiscalizadoras 
Superiores, a despeito do fato de realizarem controle prévio ou não.
Seção 3. Auditoria interna e auditoria externa
1. Os serviços de auditoria interna são estabelecidos dentro dos órgãos e 
instituições governamentais, enquanto os serviços de auditoria externa não 
fazem parte da estrutura organizacional das instituições a serem auditadas. 
As Entidades Fiscalizadoras Superiores prestam serviços de auditoria externa.
2. Os serviços de auditoria interna são necessariamente subordinados ao 
chefe do departamento no qual foram estabelecidos. No entanto, eles são, 
na maior medida possível, funcional e organizacionalmente independentes no 
âmbito de sua respectiva estrutura constitucional.
3. Como uma instituição de auditoria externa, a Entidade Fiscalizadora Su-
perior tem a tarefa de verificar a efetividade da auditoria interna. Se a audito-
ria interna for considerada efetiva, esforços serão empreendidos, sem prejuízo 
do direito da Entidade Fiscalizadora Superior de conduzir uma auditoria geral, 
no sentido de garantir a mais adequada divisão ou designação de tarefas e 
cooperação entre a Entidade Fiscalizadora Superior e a auditoria interna.
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Seção 4. Auditoria de legalidade, auditoria de regularidade e audi-
toria operacional
1. A tarefa tradicional de Entidades Fiscalizadoras Superiores é auditar a 
legalidade e regularidade da gestão financeira e da contabilidade.
2. Além desse tipo de auditoria, cuja importância se mantém, há um outro 
tipo de auditoria igualmente importante--a auditoria operacional--cuja fina-
lidade é verificar o desempenho, a economia, a eficiência e a efetividade da 
administração pública. A auditoria operacional abrange não apenas operações 
financeiras específicas, mas também todas as atividades governamentais, in-
clusive seus sistemas organizacionais e administrativos.
3. Os objetivos de auditoria de uma Entidade Fiscalizadora Superior--lega-
lidade, regularidade, economia, eficiência e efetividade na gestão financeira-
--têm basicamente a mesma importância. No entanto, cabe a cada Entidade 
Fiscalizadora Superior determinar suas prioridades, caso a caso.
II – INDEPENDÊNCIA
Seção 5. Independência das Entidades Fiscalizadoras Superiores
1. As Entidades Fiscalizadoras Superiores só podem desempenhar suas 
tarefas objetiva e efetivamente quando são independentes da entidade audi-
tada e protegidas contra influências externas.
2. Embora as instituições do Estado não possam ser completamente inde-
pendentes, pelo fato de fazerem parte do Estado como um todo, as Entidades 
Fiscalizadoras Superiores devem possuir independência funcional e organiza-
cional necessárias para desempenhar suas tarefas.
3. A criação das Entidades Fiscalizadoras Superiores e o estabelecimento 
do grau de independência necessário deve estar previsto na Constituição; 
detalhes podem ser estabelecidos na legislação. Particularmente, é importan-
te que um supremo tribunal garanta uma proteção jurídica adequada contra 
qualquer interferência na independência e no mandato para que a Entidade 
Fiscalizadora Superior realize auditorias.
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Seção 6. Independência dos membros e servidores das Entidades 
Fiscalizadoras Superiores
1. A independência das Entidades Fiscalizadoras Superiores está insepa-
ravelmente vinculada à independência de seus membros. Os membros são 
definidos como as pessoas que precisam tomar as decisões pela Entidade 
Fiscalizadora Superior e respondem por essas decisões perante terceiros,ou 
seja, os membros de um órgão colegiado com poder decisório ou o respon-
sável por uma Entidade Fiscalizadora Superior monocraticamente organizada.
2. A independência dos membros deve ser garantida pela Constituição. 
Particularmente, os procedimentos para a destituição de um membro de seu 
cargo devem estar previstos na Constituição e não devem prejudicar a inde-
pendência dos membros. O método de designação e destituição de membros 
depende da estrutura constitucional de cada país.
3. Em suas carreiras profissionais, os auditores de Entidades Fiscalizado-
ras Superiores não devem ser influenciados pelas organizações auditadas e 
não devem ser dependentes dessas organizações.
Seção 7. Independência financeira de Entidades Fiscalizadoras Superiores
1. As Entidades Fiscalizadoras Superiores deverão dispor dos recursos fi-
nanceiros necessários para desempenhar suas tarefas.
2. Se necessário, as Entidades Fiscalizadoras Superiores poderão solicitar 
diretamente os recursos financeiros necessários junto ao órgão responsável 
por decisões relativas ao orçamento público.
3. As Entidades Fiscalizadoras Superiores terão o direito de dispor dos re-
cursos que lhe são alocados em uma rubrica orçamentária separada, se assim 
entenderem.
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III – RELAÇÃO COM O LEGISLATIVO, O GOVERNO E A ADMINISTRAÇÃO
Seção 8. Relação com o Legislativo
A independência das Entidades Fiscalizadoras Superiores prevista na Cons-
tituição e na legislação também garante a elas um grau muito elevado de ini-
ciativa e autonomia, mesmo quando estiverem atuando como um agente do 
legislativo e estiverem fazendo auditorias seguindo suas instruções. A relação 
entre a Entidade Fiscalizadora Superior e o legislativo deverá estar prevista 
na Constituição, de acordo com as condições e requisitos de cada país.
Seção 9. Relação com o governo e a administração
As Entidades Fiscalizadoras Superiores auditam as atividades do governo, 
suas autoridades administrativas e outras instituições subordinadas. Isso não 
significa, no entanto, que o governo seja subordinado à Entidade Fiscalizado-
ra Superior. Particularmente, o governo é pleno e exclusivamente responsá-
vel por suas ações e omissões e não poderá absolver-se fazendo referência 
achados de auditorias--a menos que os achados tenham sido emitidos como 
julgamentos legalmente válidos e obrigatórios--e em opiniões de especialis-
tas da Entidade Fiscalizadora Superior.
IV – PODERES DAS ENTIDADES FISCALIZADORAS SUPERIORES
Seção 10. Poderes de Investigação
1. As Entidades Fiscalizadoras Superiores deverão ter acesso a todos os arqui-
vos e documentos relacionados à gestão financeira e terão poderes para solicitar, 
oralmente ou por escrito, quaisquer informações que considerem necessárias.
2. Para cada auditoria, a Entidade Fiscalizadora Superior decidirá se é 
mais conveniente realizar uma auditoria na instituição a ser auditada ou na 
própria EFS.
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3. A legislação ou a Entidade Fiscalizadora Superior (para casos individu-
ais) estabelecerá prazos para o fornecimento de informações ou a apresen-
tação de documentos e de outros registros, entre os quais demonstrativos 
financeiros, à EFS.
Seção 11. Execução dos achados da Entidade Fiscalizadora Superior
1. As organizações auditadas devem apresentar seus comentários sobre 
os achados da Entidade Fiscalizadora Superior dentro de um prazo estabeleci-
do em linhas gerais pela legislação ou especificamente estabelecido pela EFS 
e devem indicar as medidas tomadas em resposta aos achados de auditorias.
2. Se os achados da Entidade Fiscalizadora Superior não forem emitidos como 
julgamentos legalmente válidos e obrigatórios, a Entidade Fiscalizadora Superior 
terá poderes para entrar em contato com a autoridade responsável por tomar as 
medidas necessárias e exigir que a parte assuma essa responsabilidade.
Seção 12. Pareceres especializados e direitos de consulta
1. Quando necessário, as Entidades Fiscalizadoras Superiores poderão dis-
ponibilizar seus conhecimentos profissionais ao legislativo e à administração 
na forma de pareceres especializados, inclusive comentários sobre projetos 
de lei e outras regulações financeiras. As autoridades administrativas terão, 
exclusivamente, a responsabilidade de aceitar ou rejeitar esses pareceres 
especializados. Além disso, essa tarefa adicional não deverá prever futuros 
achados de auditorias da Entidade Fiscalizadora Superior e não deverá afetar 
a efetividade de sua auditoria.
2. Regulações concebidas para garantir procedimentos contábeis adequa-
dos e uniformes só deverão ser adotadas após um acordo com a Entidade 
Fiscalizadora Superior.
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V – MÉTODOS DE AUDITORIA, AUDITORES, INTERCÂMBIO 
INTERNACIONAL DE EXPERIÊNCIAS
Seção 13. Métodos e procedimentos de auditoria
1. As Entidades Fiscalizadoras Superiores farão suas auditorias em con-
formidade com um programa auto estabelecido. O direito de órgãos públicos 
solicitarem uma auditoria específica não serão afetados por esse requisito.
2. Dado que uma auditoria raramente pode abranger tudo, as Entidades 
Fiscalizadoras Superiores constatarão, via de regra, a necessidade de adotar 
uma abordagem de amostragem. As amostras, no entanto, serão selecionadas 
com base em um modelo e serão suficientemente numerosas para possibilitar 
um julgamento adequado da qualidade e regularidade da gestão financeira.
3. Os métodos de auditoria serão sempre adaptados à luz do progresso 
científico e técnico na área da gestão financeira.
4. É adequado que a Entidade Fiscalizadora Superior elabore manuais de 
auditoria para orientar seus auditores.
Seção 14. Auditores
1. Os auditores das Entidades Fiscalizadoras Superiores deverão ter a qua-
lificação e a integridade moral necessárias para desempenhar suas tarefas.
2. Na contratação de pessoal para Entidades Fiscalizadoras Superiores, 
conhecimentos e habilidades acima da média e uma experiência profissional 
adequada serão devidamente reconhecidos.
3. Será dada atenção à necessidade de aprimorar o desenvolvimento te-
órico e prático de todos os membros e dos auditores da EFS por meio de 
programas internos, universitários e internacionais. Esse desenvolvimento 
será estimulado por todos os meios financeiros e organizacionais possíveis. 
O desenvolvimento profissional irá além da estrutura tradicional de conheci-
mentos jurídicos, econômicos e contábeis e incluirá outras técnicas de gestão 
empresarial, como o processamento eletrônico de dados.
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4. Para garantir um quadro de auditores de excelente qualidade, os salá-
rios deverão ser compatíveis aos requisitos especiais do cargo.
5. Se habilidades especiais não estiverem disponíveis entre os auditores, 
se necessário, a Entidade Fiscalizadora Superior poderá recorrer a especialis-
tas externos.
Seção 15. Intercâmbio internacional de experiências
1. O intercâmbio internacional de ideias e experiências dentro da Organi-
zação Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores é um meio eficaz 
para ajudar Entidades Fiscalizadoras Superiores a desempenhar suas tarefas.
2. Até o presente momento, esse propósito tem sido provido por meio de 
congressos, seminários de capacitação conjuntamente organizados com as 
Nações Unidas e outras instituições, grupos de trabalho regionais e a publica-
ção de um periódico profissional.
3. É desejável que esses esforços e atividadessejam ampliados e intensifi-
cados. O desenvolvimento de uma terminologia uniforme de auditoria gover-
namental baseada na comparação de leis é da maior importância.
VI – RELATÓRIOS
Seção 16. Relatórios para o legislativo e o público em geral
1. A Entidade Fiscalizadora Superior deverá ter poderes e obrigação cons-
titucionais de relatar seus achados anualmente ao legislativo ou a qualquer 
outro órgão público responsável; esse relatório será publicado. Essa prática 
garantirá uma ampla distribuição e discussão e criará melhores oportunida-
des para reforçar os achados da Entidade Fiscalizadora Superior.
2. A Entidade Fiscalizadora Superior terá também poderes para elaborar 
relatórios sobre achados particularmente importantes e significativos ao lon-
go do ano.
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3. Geralmente, o relatório anual relatará todas as atividades da Entidade 
Fiscalizadora Superior; somente quando estiverem envolvidos interesses que 
exijam proteção ou que estejam protegidos por lei, a Entidade Fiscalizadora 
Superior ponderará cuidadosamente a manutenção desses interesses contra 
os benefícios de divulgação.
Seção 17. Método para a elaboração e apresentação de relatórios
1. Os relatórios apresentarão os fatos e sua avaliação de uma maneira 
objetiva, clara e restrita aos elementos essenciais. Os relatórios deverão ser 
redigidos em uma linguagem precisa e de fácil compreensão.
2. A Entidade Fiscalizadora Superior deverá levar em consideração os pon-
tos de vista das organizações auditadas sobre os achados.
VII – PODERES DE AUDITORIA DAS ENTIDADES FISCALIZADORAS 
SUPERIORES
Seção 18. Base constitucional dos poderes de auditoria; auditoria 
da gestão financeira pública
1. Os poderes básicos de auditoria das Entidades Fiscalizadoras Superio-
res deverão estar previstos na Constituição; detalhes podem ser estabeleci-
dos na legislação.
2. Os termos efetivos dos poderes de auditoria da Entidade Fiscalizadora 
Superior dependerão das condições e requisitos de cada país.
3. Todas as operações financeiras públicas, a despeito de estarem ou não 
refletidas no orçamento nacional, ficarão sujeitas a auditoria por parte de 
Entidades Fiscalizadoras Superiores. A exclusão de partes da gestão financei-
ra do orçamento público não isentará essas partes da auditoria da Entidade 
Fiscalizadora Superior.
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Auditor Federal de Controle Externo - Área Controle Externo
16
4. As Entidades Fiscalizadoras Superiores devem, por meio de suas audi-
torias, promover uma classificação orçamentária claramente definida e siste-
mas contábeis tão simples e claros quanto possível.
Seção 19. Auditoria de autoridades públicas e de outras institui-
ções no exterior
Como um princípio geral, autoridades públicas e outras instituições es-
tabelecidas no exterior também serão auditadas pela Entidade Fiscalizadora 
Superior. Ao auditarem essas instituições, restrições previstas no direito in-
ternacional serão consideradas; quando justificado, essas limitações deverão 
ser superadas com o aprimoramento do direito internacional.
Seção 20. Auditorias fiscais
1. As Entidades Fiscalizadoras Superiores terão poderes para auditar a co-
brança de impostos da forma mais extensa possível e de examinar arquivos 
fiscais individuais.
2. As auditorias fiscais constituem, principalmente, auditorias de legalida-
de e regularidade; no entanto, ao auditarem a aplicação de leis fiscais, as En-
tidades Fiscalizadoras Superiores examinarão também o sistema e eficiência 
da cobrança de impostos, a consecução de metas de receita e, se adequado, 
proporão melhorias ao legislativo.
Seção 21. Contratos e obras públicos
1. A materialidade dos recursos gastos por autoridades públicas com con-
tratos e obras públicos justificam uma auditoria particularmente exaustiva 
dos recursos usados.
2. A licitação pública é o procedimento mais adequado para a obtenção da 
proposta mais favorável em termos de preço e qualidade. Sempre que não 
forem realizadas licitações públicas, a Entidade Fiscalizadora Superior deter-
minará as razões para esse fato.
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3. Ao auditar obras públicas, a Entidade Fiscalizadora Superior deverá 
promover a elaboração de normas adequadas para regular a administração 
dessas obras.
4. As auditorias de obras públicas não abrangerão apenas a regularidade dos 
pagamentos, mas também a eficiência da gestão e a qualidade da construção.
Seção 22. Auditoria de estrutura de processamento eletrônico 
de dados
A materialidade dos recursos gastos com estruturas para o processamento 
eletrônico de dados também exige uma auditoria adequada. Essas auditorias 
serão baseadas em sistemas e abrangerão aspectos como o planejamento de 
requisitos; o uso econômico de equipamentos de processamento de dados; a 
alocação de funcionários com a especialização necessária, de preferência de 
dentro da administração da organização auditada; a prevenção de uso inde-
vido; e a utilidade das informações produzidas.
Seção 23. Empresas comerciais com participação pública
1. A ampliação de atividades econômicas do governo frequentemente re-
sulta na criação de empresas regidas pelo direito privado. Essas empresas 
também ficam sujeitas a auditoria por parte da Entidade Fiscalizadora Supe-
rior se o governo detiver uma participação substancial --
particularmente se o governo for seu acionista majoritário--ou se exercer 
uma influência dominante.
2. É adequado que essas auditorias sejam realizadas auditorias poste-
riores, que deverão abordar questões relacionadas à economia, à eficiência 
e à efetividade.
3. Os relatórios elaborados para o legislativo e o público em geral sobre 
essas empresas deverão observar as restrições necessárias para garantir a 
proteção de segredos industriais e comerciais.
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Seção 24. Auditoria de instituições subsidiadas
1. As Entidades Fiscalizadoras Superiores terão poderes para auditar o uso 
de subsídios concedidos com recursos públicos.
2. Quando o subsídio for particularmente elevado, por si só ou em relação 
às receitas e capital da organização subsidiada, a auditoria poderá, se necessá-
rio, ser ampliada para incluir toda a gestão financeira da instituição subsidiada.
3. O uso indevido de subsídios implicará a imposição de uma requisição de 
ressarcimento.
Seção 25. Auditoria de organizações internacionais e supranacionais
1. Organizações internacionais e supranacionais cujas despesas sejam co-
bertas por contribuições de países membros ficarão sujeitas a auditoria exter-
na e independente como países individuais.
2. Embora essas auditorias levem em consideração o nível dos recursos 
usados e as tarefas dessas organizações, elas serão regidas por princípios 
semelhantes aos que regem as auditorias realizadas por Entidades Fiscaliza-
doras Superiores em países membros.
3. Para garantir a independência dessas auditorias, os membros do órgão 
de auditoria externa deverão ser designados principalmente a partir do qua-
dro de Entidades Fiscalizadoras Superiores.
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Vide Emenda Constitucional n. 91, de 2016
Vide Emenda Constitucional n. 106, de 2020
Vide Emenda Constitucional n. 107, de 2020
Emendas
Constitucionais
Emendas
Constitucionais de 
Revisão
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
Atos decorrentesdo disposto no § 3º do art. 5º
ÍNDICE TEMÁTICO
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia 
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pa-
cífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Demo-
crático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei n. 13.874, 
de 2019)
V – o pluralismo político.
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https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc91.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc107.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/quadro_emc.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/quadro_emc.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm#adct
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/indicetematico44.doc
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
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Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações inter-
nacionais pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações.
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TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natu-
reza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos 
desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei;
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante;
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado 
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção 
aos locais de culto e a suas liturgias;
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa 
nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa 
ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei;
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença;
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X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral de-
corrente de sua violação;
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desas-
tre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
(Vide Lei n. 13.105, de 2015) (Vigência)
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegrá-
ficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por 
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei n. 9.296, de 
1996)
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendi-
das as qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo 
da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com 
seus bens;
XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos 
ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra 
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido 
prévio aviso à autoridade competente;
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de ca-
ráter paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas in-
dependem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu fun-
cionamento;
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art212%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9296.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9296.htm
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XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter 
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, 
o trânsitoem julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer asso-
ciado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por neces-
sidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente po-
derá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização 
ulterior, se houver dano;
XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débi-
tos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de 
financiar o seu desenvolvimento;
XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação 
ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a 
lei fixar;
XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodu-
ção da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que 
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respecti-
vas representações sindicais e associativas;
XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio tem-
porário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à pro-
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priedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, 
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econô-
mico do País;
XXX – é garantido o direito de herança;
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada 
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre 
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus;
XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão presta-
das no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo 
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regula-
mento) (Vide Lei n. 12.527, de 2011)
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou con-
tra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direi-
tos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ame-
aça a direito;
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e 
a coisa julgada;
XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe 
der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11111.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11111.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm
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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o TCU
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XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal;
XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liber-
dades fundamentais;
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, 
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regu-
lamento)
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos arma-
dos, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obriga-
ção de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos 
da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do 
valor do patrimônio transferido;
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, 
as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, 
XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm
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d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo 
com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam perma-
necer com seus filhos durante o período de amamentação;
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de 
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvi-
mento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou 
de opinião;
LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente;
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal;
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes;
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória;
LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação crimi-
nal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento)
LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não 
for intentada no prazo legal;
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando 
a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12037.htm
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LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de trans-
gressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comu-
nicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa 
por ele indicada;
LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de perma-
necer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;LXIV – o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão 
ou por seu interrogatório policial;
LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judici-
ária;
LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir 
a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do de-
positário infiel;
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomo-
ção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido 
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o respon-
sável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente cons-
tituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses 
de seus membros ou associados;
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LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitu-
cionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cida-
dania;
LXXII – conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades gover-
namentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que 
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Esta-
do participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos;
LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o 
que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
(Vide Lei n. 7.844, de 1989)
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na 
forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento)
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) (Vide ADIN 
3392)
https://www.grancursosonline.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9265.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
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§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm 
aplicação imediata.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem ou-
tros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que 
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emen-
das constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) 
(Atos aprovados na forma deste parágrafo: DLG n. 186, de 2008, DEC 6.949, 
de 2009, DLG 261, de 2015, DEC 9.522, de 2018) (Vide ADIN 3392)
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a 
cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 45, de 2004)
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o tra-
balho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, 
a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na 
forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 90, 
de 2015)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social:
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa 
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensa-
tória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-186-2008.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-261-2015.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9522.htm
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc90.htm
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IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de 
atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, 
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previ-
dência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, 
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo 
coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem 
remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no 
valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção 
dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, 
e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido 
em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de bai-
xa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, 
de 1998)
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e qua-
renta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução 
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (Vide Decre-
to-Lei n. 5.452, de 1943)
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininter-
ruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior,no mínimo, em cin-
quenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art478%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art478%C2%A72
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XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a 
mais do que o salário normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a 
duração de cento e vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos 
específicos, nos termos da lei;
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 
trinta dias, nos termos da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de 
saúde, higiene e segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres 
ou perigosas, na forma da lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento 
até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n. 53, de 2006)
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, 
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo 
ou culpa;
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, 
com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, 
até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional n. 28, de 2000)
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 28, de 2000)
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 28, de 2000)
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de cri-
tério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
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XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios 
de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual 
ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores 
de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na 
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 20, de 1998)
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatí-
cio permanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domés-
ticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, 
XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as con-
dições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das 
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de tra-
balho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e 
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n. 72, de 2013)
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sin-
dicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público 
a interferência e a intervenção na organização sindical;
II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer 
grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base 
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessa-
dos, não podendo ser inferior à área de um Município;
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou indi-
viduais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV – a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de 
categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema 
confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da 
contribuição prevista em lei;
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc72.htm
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V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas 
de trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organiza-
ções sindicais;
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro 
da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ain-
da que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta 
grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de 
sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a 
lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores 
decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam 
por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o 
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores 
nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou 
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a 
eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-
-lhes o entendimento direto com os empregadores.
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CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
I – natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estran-
geiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde 
que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde 
que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a re-
sidir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois 
de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n. 54, de 2007)
II – naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,exigidas 
aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano 
ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Fe-
derativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação 
penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 1994)
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver re-
ciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao 
brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 1994)
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e natu-
ralizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12iib
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III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas.
VII – de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal n. 23, de 1999)
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de 
atividade nociva ao interesse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (In-
cluído pela Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro 
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu 
território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Consti-
tucional de Revisão n. 3, de 1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as 
armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos 
próprios.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art12%C2%A73vii
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii
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§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária; Regulamento
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e 
Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional n. 16, de 1997)
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Go-
vernadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos 
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
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§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os 
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Pre-
sidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Fe-
deral, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses ante-
riores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para 
a inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os 
prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a mo-
ralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, 
e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder eco-
nômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administra-
ção direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão 
n. 4, de 1994)
§ 10 O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no 
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de 
abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
§ 11 A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, 
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
§ 12 Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as con-
sultas populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais 
e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das 
eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 111, de 2021)
§ 13 As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas 
às consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas 
eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio e na televisão. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 111, de 2021)
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Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspen-
são só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus 
efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternati-
va, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de 
sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 4, de 1993)
CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políti-
cos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartida-
rismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: Regulamento
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou go-
verno estrangeiros ou de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estru-
tura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus 
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento 
e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas elei-
ções majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem 
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, es-
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc04.htm
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39
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tadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
n. 97, de 2017)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na for-
ma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratui-
to ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternati-
vamente: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 97, de 2017)
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% 
(três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das 
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos 
válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n. 97, 
de 2017)
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos 
em pelo menos um terço das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 97, de 2017)
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 
3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do 
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação con-
siderada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso 
gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal n. 97, de 2017)
§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Dis-
tritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido 
eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de 
outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em 
qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do 
fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e 
à televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 111, de 2021)
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TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transforma-
ção em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei 
complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmem-
brar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através 
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municí-
pios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Com-
plementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabi-
lidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n. 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-
-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações 
de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de in-
teresse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc15.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc15.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm#art96adct
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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o TCU
Auditor Federal de Controle Externo - Área Controle Externo
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Art. 20. São bens da União:
I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortifi-
cações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preser-
vação ambiental, definidas em lei;
III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu do-
mínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros pa-
íses, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como 
os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV – as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as 
praias

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