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Vascularização do Sistema Reprodutor Feminino OVÁRIOS Irrigação arterial · Proveniente das artérias ováricas, que saem da aorta descendente abdominal · No início do trajeto, as artérias ováricas são mediais aos ureteres, mas depois cruzam-nos anteriormente, ficando por trás dele na pelve menor. OBS: Importância cirúrgica!! Para evitar lesão do ureter durante a laqueação dos vasos do ligamento suspensor, deve-se tracionar o ligamento para fora, afastando-o do ureter e proceder depois à identificação deste · Na margem da pelve, cruzam sobre os vasos ilíacos externos e entram nos ligamentos suspensores do ovário · Um ramo segue para o mesovário, suprindo o ovário - artéria ovárica externa e outro ramo continua para o mesossalpinge, abaixo da tuba uterina, suprindo-a (artéria tubária externa) A cada lado, um ramo segue lateralmente ao útero para se unir à artéria uterina (circulação colateral) OBS: circulação colateral - o útero tem irrigação por origem da artéria uterina e da ovárica, para casos de obstrução de alguma delas, ainda correr sangue no órgão. → Essa anastomose também é importante no momento do parto, já que as contrações uterinas diminuem o fluxo sanguíneo dessa região (e do feto), devendo-se observar a circulação colateral para decidir entre parto normal ou cesárea, já que o feto pode correr risco de hipóxia - sofrimento fetal Drenagem venosa · Veias ovarianas emergem do ovário como um plexo pampiniforme no mesovário e no ligamento suspensor · Duas veias ováricas emergem do plexo, fundem-se numa única veia ovariana e sobe com a artéria ovariana; para entrar na veia cava inferior do lado direito ou na veia renal do lado esquerdo OBS: no lado direito, o sangue drenado pela veia ovárica vai diretamente a veia cava inferior, ou seja, sem obstáculos. · No lado esquerdo, a veia ovárica segue primeiramente para a veia renal esquerda (alto fluxo sanguíneo e perpendicular à veia ovárica), que posteriormente, drenará para a veia cava inferior. · Essa diferença causa estase venosa do lado esquerdo (diminui o fluxo sanguíneo), o que pode causar varizes pélvicas (mulheres) e varicoceles no testículo esquerdo (homens). A veia renal esquerda é sobreposta pela a. artéria mesentérica superior; OBS: se houver comprometimento da veia renal esquerda por obstrução pela artéria mesentérica superior (por tumor no cólon transverso do intestino), o ovário/testículo esquerdo não conseguirá drenar corretamente seu sangue de volta ao coração. Drenagem linfática · Ocorre ao longo de vasos que seguem as veias ovarianas para os linfonodos lombares · Segue para o tronco lombar (D ou E), depois cisterna do quilo e ducto torácico, retorna para circulação sanguínea na junção da veia jugular interna com a subclávia ÚTERO Irrigação arterial - Advém da artéria uterina, originada como um ramo da divisão anterior da artéria ilíaca interna. - A artéria uterina cruza o ureter anteriormente no ligamento largo, antes de se ramificar. - Atinge o útero ao nível da junção cervicouterina. - Um ramo principal sobe pelo útero dentro do ligamento largo (mesométrio), até atingir o hilo do ovário, onde se anastomosa com ramos da artéria ovariana. - Outro ramo desce para suprir o cérvice e se anastomosa com ramos da artéria vaginal para formar dois vasos longitudinais medianos, as artérias ázigos da vagina. - Cada artéria uterina dá origem a numerosos ramos, que entram na parede uterina e dividem-se, como grupos de artérias arqueadas anteriores e posteriores, as quais dão origem aos ramos arteriolares espiralados no endométrio. OBS: nos estágios finais do parto, a perda de sangue materno é impedida apenas pelas contrações uterinas intensas: as fibras miometriais cruzadas atuam como um torniquete e restringe o fluxo sanguíneo para a área na qual a placenta se localizava. Esse processo é normalmente facilitado clinicamente pela administração de drogas ocitócicas em uma tentativa de limitar a perda de sangue pela mãe Drenagem venosa Veias uterinas se estendem lateralmente nos ligamentos largos, seguindo adjacentes às artérias uterinas, passando sobre os ureteres. - Drenam para as veias ilíacas internas. - O plexo venoso uterino se anastomosa com o plexo venoso vaginal e ovariano, drenados pelas veias uterinas. Drenagem linfática - Primeiramente o L.E.C em excesso é drenado para os linfonodos parauterinos. - A linfa é levada para os linfonodos ilíacos comuns, ramificando-se, depois, para os linfonodos lombares (cavais e aórticos). - Após isso correm para os troncos lombares (direitos e esquerdos), caindo na cisterna do quilo. - Da cisterna do quilo, a drenagem passa pelo ducto torácico e volta para circulação sanguínea na junção da veia jugular interna com a subclávia. TUBAS UTERINAS Irrigação arterial - Derivado das artérias ovariana e uterina - O terço lateral da tuba é suprido pela artéria ovariana, a qual se continua no mesossalpinge para se anastomosar com ramos derivados da artéria uterina. - Dois terços mediais da tuba são supridos pela artéria uterina. Drenagem venosa - Terço lateral da tuba ocorre pelo plexo pampiniforme das veias ovarianas, que se abrem na veia cava inferior do lado direito e na veia renal do lado esquerdo - Dois terços mediais drenam através do plexo uterino para veia ilíaca interna. Drenagem linfática - Ocorre semelhantemente à drenagem ovárica. - A linfa pode atingir os linfonodos inguinais pelo ligamento redondo. VAGINA Irrigação arterial - O suprimento arterial é derivado das artérias ilíacas internas (artéria uterina) - As artérias vaginais formam dois vasos longitudinais medianos, as artérias ázigos da vagina, que descem anterior e posteriormente à vagina, suprindo a membrana mucosa. - Ramos são enviados ao bulbo do vestíbulo, fundo da bexiga e parte adjacente do reto Drenagem venosa - As veias vaginais formam plexos venosos vaginais ao longo das laterais da vagina e na túnica mucosa vaginal. - Essas veias são contínuas com o plexo venoso uterino, formando o plexo venoso uterovaginal, e drenam para as veias ilíacas internas através da veia uterina. Drenagem linfática - Os vasos linfáticos vaginais unem-se com os da cérvice, do reto e da vulva, formando três grupos. - Os vasos superiores acompanham a artéria uterina até os linfonodos ilíacos externos e internos. - Os vasos intermediários acompanham a artéria vaginal até os linfonodos ilíacos internos, estes vão para os linfonodos lombares (cavais e aórticos). - Após isso correm para os troncos lombares (direitos e esquerdos), caindo na cisterna do quilo. - Da cisterna do quilo, a drenagem passa pelo ducto torácico e volta para circulação sanguínea na junção da veia jugular interna com a subclávia. - Também existem os vasos que drenam a vagina abaixo do hímen e seguem para os linfonodos inguinais superficiais
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