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Ligações químicas Existem três classes de exceções à regra do octeto: 1. moléculas com número ímpar de elétrons; 2. moléculas nas quais um átomo tem menos de um octeto, ou seja, moléculas deficientes em elétrons; 3. moléculas nas quais um átomo tem mais do que um octeto, ou seja, moléculas com camadas de valência expandidas. Exceções à regra do octeto Número ímpar de elétrons ➢ Algumas espécies têm um número ímpar de elétrons de valência. Pelo menos um de seus átomos não pode ter um octeto. Ex.: ClO2, NO e NO2 Ex.: NO (11 elétrons) ➢ As espécies com um elétron desemparelhado são chamadas de radicais. Elas são, em geral, muito reativas. Ex.: NO. N O N O Exceções à regra do octeto Deficiência em elétrons ➢ Existe deficiência de elétrons em um átomo de certa molécula ou íon poliatômico. ➢ É uma situação mais comumente encontrada em compostos de boro, berílio e alumínio. ➢ As moléculas com menos de um octeto são típicas para compostos dos Grupos 1A, 2A, e 3A. ➢ O exemplo mais típico é o BF3. Exceções à regra do octeto Exceções à regra do octeto ➢ Poderíamos esperar que o átomo de boro completasse seu octeto compartilhando dois pares de elétrons (dupla ligação) com um átomo de flúor. ➢ Porém o flúor tem uma energia de ionização tão alta que é pouco provável que ele possa existir com uma carga formal positiva. ➢ Na estrutura na qual o boro forma apenas ligações simples as cargas formais dos átomos são iguais a zero. As estruturas de Lewis nas quais existe uma ligação dupla B — F são menos importantes que aquela na qual existe deficiência de elétrons. ➢ Evidências experimentais sugerem que a verdadeira estrutura do BF3 é um híbrido de ressonância dos dois tipos de estruturas de Lewis. A estrutura com ligações mais simples dá a maior contribuição. Exceções à regra do octeto Dominante Menos importantes Exceções à regra do octeto ➢ O átomo de boro do BF3 pode completar seu octeto se outro átomo ou íon com um par de elétrons não ligantes formar uma ligação doando ambos os elétrons. ➢ Uma ligação na qual ambos os elétrons vêm de um dos átomos é chamada de ligação covalente coordenada. Espécies com camadas de valência expandidas ➢ Esta é a maior classe de exceções. ➢ Moléculas ou íons nos quais existem mais de oito elétrons (octeto) na camada de valência de um átomo. Estas espécies são chamadas hipervalentes ou com camada de valência expandidas. ➢ A partir do terceiro período, os elementos têm orbitais d vazios que podem participar de ligações químicas e receberem a densidade eletrônica extra. ➢ Quando o átomo central de uma molécula tem orbitais d vazios ele pode acomodar 10, 12 ou até mais elétrons. ➢ Os elétrons nessa camada de valência expandidas podem estar como pares isolados ou podem ser utilizados pelo átomo central para formar ligações. Exceções à regra do octeto ➢Camadas de valência expandidas ocorrem geralmente quando o átomo central está ligado à atomos menores e mais eletronegativos, como F, Cl e O. ➢Exemplos de moléculas com camadas de valência “expandidas”: SF4, AsF6 - , ICl4 - ➢Na molécula PF5 existem dez elétrons ao redor do átomo central de fósforo Exceções à regra do octeto Modelo RPECV ➢ As estruturas de Lewis fornecem a conectividade atômica: elas nos mostram o número e os tipos de ligações entre os átomos. ➢ No entanto estas não determinam a geometria da molécula e os ângulos de ligação. ➢ Para prevermos a forma molecular (geometria), supomos que os elétrons de valência se repelem e, conseqüentemente, a molécula assume qualquer geometria 3D que minimize essa repulsão. ➢ Denominamos este processo Teoria de Repulsão dos Pares de Elétrons na Camada de Valência (RPECV): “Pares de elétrons ligantes e não ligantes da camada de valência de um átomo repelem-se mutuamente e buscam ficar o mais distante possível um dos outros.” ➢ As posições assumidas pelos elétrons de valência de um átomo definem os ângulos de ligação com os átomos vizinhos. Modelo RPECV ➢ Considerando-se moléculas do tipo ABn as geometrias dos pares de elétrons (arranjo eletrônico) serão: Modelo RPECV Disposições espaciais dos pares de elétrons em função da quantidade de pares. ➢ Arranjo eletrônico - disposição espacial dos elétrons (ligantes e não ligantes) do átomo central de uma molécula ou íon poliatômico. ➢ Geometria molecular – disposição dos átomos no espaço para uma determinada molécula ou íon poliatômico. ➢ Para se determinar a forma de uma molécula (geometria), fazemos a distinção entre pares de elétrons não ligantes (aqueles fora de uma ligação) e pares ligantes (aqueles encontrados entre dois átomos). Modelo RPECV ✓ O arranjo eletrônico é definido pelas posições no espaço que os pares de elétrons assumem para minimizar a repulsão elétron- elétron. Modelo RPECV ➢ Para moléculas ou íons poliatômicos cujo átomo central possui apenas pares de elétrons ligantes, a geometria e o arranjo eletrônico serão idênticos. ➢ Para moléculas ou íons poliatômicos, cujo átomo central contém eletrons não ligantes a geometria será diferente do arranjo eletrônico. Modelo RPECV Modelo RPECV ➢ Para determinar a geometria molecular: 1. Desenhe a estrutura de Lewis, 2. Conte o número total de pares de elétrons (ligantes e não ligantes) ao redor do átomo central. Obs.: na contagem considere cada ligação múltipla como se fosse um par de ligante. 3. Determine o arranjo correspondente ao total de pares de elétrons. 4. Leve em consideração o número de pares de elétrons não ligantes e com base no arranjo eletrônico determine a geometria. Modelo RPECV Modelo RPECV Observações: ➢ Todos os pares de elétrons envolvidos em qualquer ligação múltipla são compartilhados entre os mesmos núcleos e ocupam consequentemente a mesma região do espaço. ➢ Para se prever a geometria da molécula, considera-se que todos os pares de elétrons em uma ligação múltipla, contam como “um par de ligação” e afetam a geometria molecular da mesma forma que a ligação simples. ➢ Nos casos em que forem possíveis estruturas de ressonância, a geometria da molécula pode ser prevista a partir de qualquer uma das estruturas de ressonância, ou do híbrido de ressonância. Modelo RPECV Modelo RPECV Modelo RPECV
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