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PERFIL DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DE ALAGOAS (2010-2018) Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Faculdade de Medicina Anderson Peixoto da Silva; Breno Willams Wanderley Bezerra; Eduardo Bezerra Medeiros; Guilherme Tertuliano Silva Macedo; João Lúcio de Morais G. Netto; Mariana Medeiros dos Santos Rodrigues. INTRODUÇÃO A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma zoonose, causada por parasitos do gênero Leishmania. As principais espécies no Brasil são: Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. (Viana) guyanensis e L. (V.) braziliensis. A transmissão ocorre por fêmeas de flebotomíneos do gênero Lutzomyia e a doença se manifesta nas formas: cutânea, cutaneomucosa e cutânea difusa. A doença está presente nas cinco regiões do Brasil, sendo que, no Nordeste, o estado de Alagoas ganha destaque devido ao número de casos. OBJETIVO Verificar os dados epidemiológicos sobre a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) em Alagoas de 2010 a 2018, almejando traçar um perfil epidemiológico da doença no Estado. MÉTODOS Os dados epidemiológicos referentes à Leishmaniose Tegumentar Americana no estado de Alagoas foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio do DATASUS, utilizando as variáveis: diagnóstico, ano diagnóstico, raça/cor, zona de residência, gênero, idade, forma clínica, óbitos, sexo, evolução e distribuição dos casos. O período de estudo delimitado foi de 2010 até 2018. Os dados coletados foram analisados e tabulados no programa Excel Microsoft 2019. RESULTADOS A maioria dos acometidos tinha entre 20 e 39 anos (27,1%), com predominância da forma cutânea (93,1%); os homens foram majoritariamente afetados (66%), e a maioria dos pacientes evoluiu para a cura (78,51%). A raça/cor que mais apresentou casos de LTA foi a parda (62%). O número de óbitos no período foi de 2 casos, revelando o caráter parasitário da doença. O ano de 2015 apresentou o maior número de casos (36,34%); enquanto o mês que mais se destacou foi o mês de junho com 63 casos entre 2010 e 2018. E ainda, a Mata Alagoana foi a microrregião mais acometida (51%). A doença teve maior prevalência na zona rural (80,3%). De acordo com a pesquisa, o diagnóstico para LTA foi clínico-epidemiológico (32,3%) e clínico-laboratorial (67,7%). Gráfico 1. Número de casos confirmados de LTA por ano, entre 2010 e 2018, no estado de Alagoas. Gráficos 2 e 3. Distribuição de acordo com a forma clínica da doença e o sexo do paciente. CONCLUSÃO A LTA é uma doença endêmica de Alagoas, apresentando mais casos na região da Mata Alagoana, e durante o período de análise ela foi predominante em homens, provavelmente pelas atividades agropecuárias em áreas rurais, onde encontra-se o vetor. Felizmente, apresenta baixa mortalidade, devido à eficiência do tratamento. Além disso, percebe-se a demanda de mais estudos epidemiológicos publicados sobre a LTA em Alagoas, com a finalidade de embasar ações preventivas.
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