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Lei 8212 COMENTADAPARA ATENTOSEDISTRAIDOS

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Lei 8.212/91 COMENTADA E FACILITADA PARA ATENTOS E DISTRAÍDOS 
 
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Lei 8.212/91 COMENTADA E FACILITADA PARA ATENTOS E DISTRAÍDOS 
 
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Essa obra é dedicada à memória 
de Elza Pinto, minha avó, pois 
com ela aprendi que o Amor nada 
mais é que um imenso 
sentimento puro. 
 
Lei 8.212/91 COMENTADA E FACILITADA PARA ATENTOS E DISTRAÍDOS 
 
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LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL 
TÍTULO I 
CONCEITUAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
Art. 1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito 
relativo à saúde, à previdência e à assistência social. 
Parágrafo único. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e 
diretrizes: 
a) universalidade da cobertura e do atendimento; 
b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações 
urbanas e rurais; 
c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
d) irredutibilidade do valor dos benefícios; 
e) equidade na forma de participação no custeio; 
f) diversidade da base de financiamento; 
g) caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a 
participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e 
aposentados. 
UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO 
 
Vamos começar com uma dica muito importante! Quando você ouvir falar em 
UNIVERSALIDADE DA COBERTURA, relaciona-se com o OBJETO (Proteção Social, 
Riscos Sociais) e UNIVERSALIDADE DO ATENDIMENTO (pessoas). 
A UNIVERSALIDADE DA COBERTURA é quando a Carta Magna (Constituição 
Federal) nos diz que TODOS devem estar cobertos pela PROTEÇÃO SOCIAL. 
Lembre-se que a saúde está disponível para todos, a Assistência Social para quem 
Lei 8.212/91 COMENTADA E FACILITADA PARA ATENTOS E DISTRAÍDOS 
 
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dela necessitar e a Previdência Social para quem contribuir e tem a sua filiação no 
RGPS obrigatória. 
A UNIVERSALIDADE DO ATENDIMENTO se refere às pessoas em geral no caso da 
saúde e assistência social e aos segurados e dependentes na previdência social. 
Por isso, a Constituição Federal em 1988 criou o SEGURADO FACULTATIVO. Ela 
oportunizou que aqueles que não exercem ou não tem exercido atividade 
remunerada possam contribuir com a previdência social. O que é SEGURADO 
FACULTATIVO? Deixe de curiosidade! Aguarde o tema SEGURADOS DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL! 
 
UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ENTRE AS 
POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS 
 
Você acredita que antes da CF de 1988, os direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais eram desiguais? Antigamente, os trabalhadores rurais chegavam a receber 
benefícios com valores inferiores a um salário mínimo. Benefícios rurais 
chegavam a ser pagos com apenas 50% do salário mínimo antes da nossa CF de 
1988. 
 
SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E 
SERVIÇOS 
 
Imagine você se em um benefício de auxílio doença, Elói, que não está doente, 
recebesse auxílio doença apenas porque é segurado da Previdência Social! Claro 
que não, não acha? Os benefícios estão disponíveis para quem necessita deles 
dentro das regras previdenciárias. Vamos lá! Recebe auxílio doença quem está 
incapacitado momentaneamente para o trabalho, salário maternidade para a mãe 
que teve um filho ou mãe ou pai que adotou um filho. Lembre-se que os recursos 
são limitados e deve haver regras para que estes benefícios sejam 
disponibilizados. Os recursos são selecionados e distribuídos a quem dele 
precisar. Este princípio melhor se enquadra para a assistência social e previdência 
social. 
 
IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS 
 
Este princípio garante a irredutibilidade do VALOR NOMINAL do benefício, ou 
seja, o valor do benefício não pode sofre redução. Exemplo: Francisco recebe mil 
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reais de aposentadoria, mas com o passar do ano, ele não poderá receber valor 
inferior a mil reais. A Previdência Social em seu artigo 41-A garante a 
irredutibilidade do VALOR REAL do benefício, ou seja, José recebe 2000 reais de 
aposentadoria. É garantido a José que, em janeiro do ano seguinte, tenha o valor 
do seu benefício reajustado para suprir as perdas que a inflação corrói. O índice 
de reajuste usado pelo INSS é o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 
INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE) 
e não pela inflação. 
 
 
EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO 
 
Este princípio leva em consideração a CAPACIDADE CONTRIBUTIVA DO 
SEGURADO. Por exemplo: Silas é um segurado que trabalha em uma empresa 
ganhando 4 mil reais por mês. Jerônimo trabalha nesta mesma empresa 
ganhando um salário mínimo por mês. Silas contribuirá para a previdência social 
com uma alíquota MAIOR que a de Jerônimo. Equidade, neste caso, indica que 
quem ganha mais contribui mais. 
 
DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO 
 
Este princípio indica que os nossos legisladores devem buscar a maior número de 
fontes para o financiamento da seguridade social. 
 
CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA GESTÃO ADMINISTRATIVA, 
COM A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE, EM ESPECIAL DE TRABALHADORES, 
EMPRESÁRIOS E APOSENTADOS 
 
Este princípio denota que a sociedade e o governo devem participar das decisões 
da seguridade social. Um exemplo disso foi a criação do CNP (Conselho Nacional 
de Previdência, Conselho Nacional da Previdência Complementar, etc. Esses 
órgãos colegiados têm como membro representantes do Governo, Trabalhadores, 
Empregadores e Aposentados. Por exemplo: 
O CNP tem como membros: 
6 representantes do Governo Federal; 
9 representando da sociedade sendo eles: 
3 representantes dos aposentados e pensionista; 
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6
 
3 representantes dos trabalhadores em atividade; 
3 representantes dos empregadores. 
Total: 15 membros 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO II 
DA SAÚDE 
Art. 2º A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de 
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. 
Parágrafo único. As atividades de saúde são de relevância pública e sua 
organização obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
a) acesso universal e igualitário; 
b) provimento das ações e serviços através de rede regionalizada e 
hierarquizada, integrados em sistema único; 
c) descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
d) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas; 
CNP 
9 SOCIEDADE CIVIL 
¨6 GOVERNO FEDERAL 
3 APOSENTADOS 
E PENSIONISTAS 
 
¨3 EMPREGADORES 
¨3 TRABALHADORES 
EM ATIVIDADE 
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e) participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento 
das ações e serviços de saúde; 
f) participação da iniciativa privada na assistência à saúde, obedecidos os 
preceitos constitucionais 
Um dos principais conceitos sobre o pilar da Seguridade Social (Saúde) é que a 
Saúde é DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO. Então, todos têm direito a 
saúde independente se for brasileiro ou não, que haja contribuição ou não. Ela é 
administrada pelo SUS que é financiado com recursos do orçamento da 
Seguridade Social. A saúde garante o acesso universal e igualitário, provimento 
das ações e serviços através de rede regionalizada e hierarquizada, integrados em 
sistema único, descentralização, com direção única em cada esfera de governo, 
atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, participação 
da comunidade na gestão, fiscalizaçãoe acompanhamento das ações e serviços 
de saúde e participação da iniciativa privada na assistência à saúde, obedecidos os 
preceitos constitucionais. 
TÍTULO III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Art. 3º A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários 
meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade 
avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e 
reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. 
Parágrafo único. A organização da Previdência Social obedecerá aos 
seguintes princípios e diretrizes: 
a) universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante 
contribuição; 
b) valor da renda mensal dos benefícios, substitutos do salário-de-
contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado, não inferior ao do 
salário mínimo; 
c) cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição, 
corrigidos monetariamente; 
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d) preservação do valor real dos benefícios; 
e) previdência complementar facultativa, custeada por contribuição 
adicional. 
 
A Previdência Social no Brasil é organizada através de um Regime Geral o 
qual possui caráter CONTRIBUTIVO e de filiação OBRIGATÓRIA observando 
critérios que preservem o EQUILÍBRIO FINANCEIRO e ATUARIAL. As prestações da 
Previdência Social são geridas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e 
Agrário e compreendidas através de benefícios previdenciários que são eles: 
4 Aposentadorias (INVALIDEZ, TEMPO DE CONTRIBUIÇÂO, IDADE e 
ESPECIAL); 
3 Auxílios (DOENÇA, ACIDENTE e RECLUSÃO); 
2 Salários (MATERNIDADE e FAMÍLIA); 
1 Pensão (MORTE). 
a) universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante 
contribuição; 
Este princípio funciona, igualmente, ao que estudamos na Constituição Federal 
sobre a Universalidade da Cobertura e do Atendimento, mas ressaltamos que este 
engloba toda a Seguridade Social e a universalidade de participação nos planos 
previdenciários trata da Previdência Social e, em especial, dos PLANOS 
PREVIDENCIÁRIOS. Para que TODOS possam ter acesso aos benefícios e serviços 
previdenciários. Assim, em 1988, foi criada a categoria do SEGURADO 
FACULTATIVO, para que até quem não exerça atividade remunerada, pudesse ter 
acesso aos benefícios e serviços previdenciários. 
b) valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição 
ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo; 
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Esta é uma alínea muito importante. Ele garante que os benefícios que 
SUBSTITUEM A RENDA MENSAL do segurado não sejam inferiores ao salário 
mínimo. Os benefícios que não substituem a renda mensal e logo podem ser 
inferiores ao salário mínimo são o auxílio-acidente (trata-se de uma indenização) 
e o salário família. 
c) cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos 
monetariamente; 
Essa alínea diz que o cálculo do benefício previdenciário deverá considerar os 
salários de contribuição corrigidos monetariamente, a fim de não perder o valor 
de compra do segurado. Exemplo disso é a correção da renda mensal dos 
benefícios pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Um benefício 
que foi concedido em 2009 não terá a mesma renda mensal daquele ano. Ele, 
anualmente, será reajustado para manter o poder de compra do segurado 
beneficiário. 
d) preservação do valor real dos benefícios; 
Trata-se da preservação do VALOR REAL do benefício. Isso se coloca de forma que 
as perdas econômicas da moeda e inflação do país, que o valor recebido pelo 
segurado em seu benefício possa ser protegido em seu VALOR REAL, que, como 
exemplo passado, um benefício que foi concedido em 2009 não terá a mesma 
renda mensal daquele ano. 
e) previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional; 
 
Nós temos dois tipos de previdência complementar: a dos Servidores Públicos e a 
Privada. 
A Privada pode ser aberta ou fechada. Aberta quando, facultativamente, é 
oferecida a todos, para que, quando de sua aposentadoria, por exemplo, possa 
ter uma renda mensal melhor a que é disposta no limite previdenciário, hoje de 
R$ 5.645,80. Ou, fechada, quando é oferecida por uma empresa a seus 
empregados. Exemplo: o BRADESCO tem as modalidades de previdência 
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complementar a todas as pessoas como parte de sua carta de produtos ou uma 
previdência fechada para os seus funcionários. 
Há o FUNPRESP que é entidade fechada de previdência complementar e temos o 
do EXECUTIVO, do JUDICIÁRIO e o do LEGISLATIVO. Concentremo-nos no 
EXECUTIVO. 
Para os servidores que entraram no serviço público após a vigência da Lei 
12.618/12 em fevereiro de 2013, funciona da seguinte forma: 
Leonardo entrou em exercício no cargo de Analista do Seguro Social em junho de 
2014 e recebe remuneração no valor bruto de R$8.000,00. Ele poderá contribuir 
com 8,5% do valor que exceder a diferença entre a sua remuneração e o teto do 
INSS (R$5.645,80). Leonardo poderá contribuir com 8,5% de R$2.354,20 e a 
União, que é a patrocinadora, também contribuirá com 8,5%. Caso Leonardo 
queira contribuir com valores suplementares, ele já não mais terá o patrocínio da 
União para esses valores que quiser acrescer. Assim diz o artigo 16 da Lei 
12.618/12): 
As contribuições do patrocinador e do participante incidirão sobre a parcela da 
base de contribuição que exceder o limite máximo a que se refere o art. 3o desta 
Lei, observado o disposto no inciso XI do art. 37 da Constituição Federal. 
 
Em outro exemplo, Paloma, servidora da UFBA (Universidade Federal da Bahia), 
exerce o cargo de Técnico Administrativo e recebe R$3.400,00 como 
remuneração. Caso ela queira fazer parte do FUNPRESP do Executivo, por receber 
remuneração abaixo do teto do INSS, poderá participar, mas sem o patrocínio da 
União. Como diz o artigo terceiro da referida lei. 
Lembre-se que em todos os exemplos, nós tratamos de servidores públicos de 
cargo efetivo e participantes do RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) da 
União. 
Antes de fevereiro de 2013, havia a opção dos servidores que contribuíam para o 
RPPS da União sobre o teto de sua remuneração (R$8.000,00 – exemplo de 
Leonardo), aderirem ou não às novas regras e tiveram 2 anos para optarem pelo 
FUNPRESP-EXE. Os novos, a partir de fevereiro de 2013, já fazem parte da nova 
regra. 
 
 
 
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TÍTULO IV 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Art. 4º A Assistência Social é a política social que provê o atendimento das 
necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à 
infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, 
independentemente de contribuição à Seguridade Social. 
Parágrafo único. A organização da Assistência Social obedecerá às seguintes 
diretrizes: 
a) descentralização político-administrativa; 
b) participação da população na formulação e controle das ações em todos 
os níveis. 
A Assistência Social é um pilar da Seguridade Social que tem como principal 
característica ser prestada a QUEM DELA NECESSITAR. A Assistência Social possui 
benefícios bem conhecidos de quem frequenta o INSS que são os BPC´s LOAS 
(Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica de Assistência Social onde os 
deficientes e idosos têm acesso a um benefício de um salário mínimo caso 
comprovem a sua deficiência ou ter idade a partir de 65 anos, porém é preciso 
comprovar uma situação de miserabilidade que na legislação vigente tem como 
parâmetro que o requerente tenha renda per capita inferior a um quarto do 
salário mínimo. Hoje, as regras do BPC LOAS são mais rigorosas e estão vinculadas 
aocadastro do requerente no CAdÚnico. Diversos critérios, atualmente, tentam 
desestimular possíveis fraudes na concessão desses benefícios. Os benefícios 
assistenciais, administrativamente, podem ser concedidos a brasileiros nato e 
brasileiros naturalizados e domiciliados no Brasil. 
Vale a pena ressaltar que a Assistência Social proverá de recursos da 
Seguridade Social e ter como diretrizes a Descentralização político-administrativa 
e participação da população na formulação e controle das ações em todos os 
níveis. 
 
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TÍTULO V 
DA ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL 
Art. 5º As ações nas áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social, 
conforme o disposto no Capítulo II do Título VIII da Constituição Federal, serão 
organizadas em Sistema Nacional de Seguridade Social, na forma desta Lei. 
O Sistema Nacional de Seguridade Social funciona como uma estrutura que visa a 
implementação de políticas públicas no país tendo como fim o bem-estar social. 
Então, temos uma estrutura que organiza as ações nas áreas de Saúde, 
Previdência Social e Assistência Social. 
Art. 6º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001). 
Art. 7º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001). 
Art. 8º As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade 
Social serão elaboradas por Comissão integrada por 3 (três) representantes, 
sendo 1 (um) da área da saúde, 1 (um) da área da previdência social e 1 (um) da 
área de assistência social. 
A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma 
INTEGRADA pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência 
social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
A referida Comissão integrada será composta por 3 representantes sendo um de 
cada pilar da Seguridade Social. 
Art. 9º As áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social são objeto 
de leis específicas, que regulamentarão sua organização e funcionamento. 
Os três pilares da Seguridade Social são normatizados por leis e regulamentos que 
orientam a sua organização e funcionamento. Por exemplo: Decreto 3;048/99 
regulamenta a Previdência Social, a Lei 8.742/1993 que dispõe sobre a 
organização da Assistência Social, a Lei 8.080/90 que dispõe sobre as condições 
para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art33
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm#art33
Lei 8.212/91 COMENTADA E FACILITADA PARA ATENTOS E DISTRAÍDOS 
 
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Forma DIRETA 
Forma 
INDIRETA 
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
REC. ORÇAMENTOS DOS 
ENTES FEDERATIVOS 
TÍTULO VI 
DO FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 
INTRODUÇÃO 
Art. 10. A Seguridade Social será financiada por toda sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Federal e desta Lei, 
mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e de contribuições sociais. 
 
 
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto 
das seguintes receitas: 
I - receitas da União; 
As contribuições da União são compostas por recursos adicionais do 
orçamento fiscal fixados pela Lei Orçamentária Anual (LOA). A União é a 
responsável pela cobertura de possíveis insuficiências financeiras da Seguridade 
Social, quando dos pagamentos de benefícios previdenciários. Cabe ao Tesouro 
Nacional Brasileiro o repasse mensal dos recursos incidentes sobre faturamento e 
lucro das empresas e sobre as receitas de concursos de prognósticos. 
II - receitas das contribuições sociais; 
A competência para a instituição de contribuições sociais é privativa da União. Os 
Estados, Municípios e Distrito Federal podem instituir apenas contribuições 
sociais que tenham como objetivo o custeio de seus RPPS´s (regimes Próprios de 
Previdência Social). 
 
Seguridade Social 
financiada por 
TODA a sociedade 
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Contribuições de Seguridade Social previstas no art. 195 da Constituição: 
• Do empregador, empresa ou equiparado sobre: 
 - Folha de salário e demais rendimentos do trabalho, mesmo s/ 
vínculo empregatício. 
 - Receita ou faturamento (PIS/PASEP, COFINS). 
 - Lucro (CSLL) 
• Do trabalhador e demais segurados (não incide contribuição sobre 
aposentadorias e pensões devidas pelo RGPS). 
• Sobre a receita dos concursos de prognósticos. 
• Do importador de bens ou serviços do exterior ou de quem a ele a lei 
equiparar. (COFINS e PIS/PASEP IMPORTAÇÃO) 
III - receitas de outras fontes. 
Constituem receitas de outras fontes as multas, a atualização monetária e os 
juros moratórios, a remuneração recebida por serviços de arrecadação, 
fiscalização e cobrança prestados a terceiros, as receitas provenientes de 
prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens, as 
demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras, as doações, legados, 
subvenções e outras receitas eventuais, 50% dos valores obtidos em todo e 
qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo, 40% do 
resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal 
e outras receitas previstas em legislação específica. 
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais: 
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos 
segurados a seu serviço; (Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005) 
Caberá às empresas ou equiparadas contribuir com 20% sobre a remuneração 
paga, devida ou creditada de seus empregados, seus avulsos havendo ou não 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11196.htm#art104
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pagamento de remuneração. Basta apenas que haja a prestação de serviços 
(devida ou creditada). 
 
Se a empresa Viva tem um empregado com remuneração de R$10.000,00, ela 
contribuirá com 20% de dez mil e não sobre o teto previdenciário. 
 
No que se refere a INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, há um acréscimo de 2,5% na 
contribuição que será de 22,5% 
 
 
MEI (MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL) 
 
Contribuirá com 3% fixos sobre a remuneração de seu empregado. Lembro que o 
MEI pode ter um empregado apenas que receba no máximo um salário mínimo 
ou piso salarial da categoria profissional. 
 
CONTRIBUIÇÃO PARA O SAT/GIRAT 
 
SAT: Seguro de Acidente do Trabalho 
GIRALT: Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos 
Ambientais do Trabalho. 
 
Esta contribuição foi criada para o financiamento dos benefícios decorrentes de 
acidente do trabalho e aposentadoria especial (hoje apenas acidente do trabalho) 
e incide sobre a remuneração paga ou creditada pela empresa dos empregados 
ou avulsos da empresa e é relativa ao grau leve, médio e grave do ocorrido. 
 
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o 
risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; 
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante 
esse risco seja considerado médio; 
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante 
esse risco seja considerado grave. 
FAP (Fator Acidentário de Prevenção) 
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Foi criado o Fator Acidentário de Prevenção com o objetivo de aferir o 
investimento na prevenção de acidentes. O FAP é um MULTIPLICADOR em 
intervalo de cinco décimos (0,50000) a 2,0000 inteiros a ser aplicado a alíquota 
respectiva. Vamosa um exemplo? 
Digamos que a Empresa X se enquadra em grau de risco grave, GIRAL de 3% e 
tem FAP de 1,5. A empresa recolherá mensamente 3% x 1,5. 
ADICIONAL GIRALT 
Esta contribuição financia a APOSENTADORIAL ESPECIAL para aqueles 
empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais cooperados de 
trabalho ou produção. A sua alíquota terá acréscimo de 6%, 9% ou 12%, caso a 
atividade do segurado possibilite a concessão de aposentadoria especial. 
Prazo para recolhimento: 
- Dia 20 do mês seguinte, para as empresas recolherem as contribuições 
descontadas dos empregados e trabalhadores avulsos, antecipando-se o 
vencimento para o dia útil imediatamente anterior quando não houver 
expediente bancário no dia vinte. 
b) as dos empregadores domésticos; 
 
O empregado doméstico não é mais responsável pelo recolhimento das suas 
contribuições, as quais são descontadas e recolhidas pelo seu empregador, a 
partir da Lei Complementar 150 de 2015, presume o recolhimento delas. 
Após o cálculo da renda mensal ter sido feito no requerimento do benefício, o 
empregado, trabalhador avulso ou empregado doméstico, não ter comprovado 
parte de sua remuneração, mesmo após a concessão, eles podem pedir revisão da 
renda mensal e ela deve ser recalculada, se houver a apresentação da prova do 
recolhimento das contribuições. 
Lei 8.212/91 COMENTADA E FACILITADA PARA ATENTOS E DISTRAÍDOS 
 
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O empregador doméstico deve recolher a sua própria contribuição, 8% (oito por 
cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social e 0,8% 
(oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do seguro 
contra acidentes do trabalho. Existem as contribuições previdenciárias do 
empregador doméstico, mas que não cabem ao nosso estudo previdenciário. 
Prazo para recolhimento: 
- Dia 7 do mês seguinte para os empregadores domésticos. Se não houver 
expediente bancário neste dia, antecipando-se o vencimento para o dia útil 
imediatamente anterior quando não houver expediente bancário no dia sete. 
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-
contribuição; (Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005) 
A contribuição incide sobre o salário de contribuição do segurado é descontada 
pela empresa ou empregador doméstico da respectiva remuneração. As 
alíquotas variam em função do salário de contribuição de acordo com a tabela 
abaixo: 
FAIXA SALARIAL ALÍQUOTA 
Até R$ 1.693,72 8% 
De R$ 1.693,73 até 2.822,90 9% 
De R$ 2.822,91 até 5.645,80 11% 
 
A alíquota aplicável será definida tomando por base o valor do salário de 
contribuição do segurado na competência. 
Quando prestar serviço a empresa, esta fica obrigada a arrecadar a contribuição 
devida pelo segurado contribuinte individual a seu serviço, aplicando a alíquota 
de 11% sobre o seu salário de contribuição. A empresa deve recolher a 
contribuição descontada até o dia 20 do mês seguinte, antecipando-se o 
vencimento, caso não haja expediente bancário no dia 20. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11196.htm#art104
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d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; 
Trata-se das receitas auferidas com base no faturamento mensal pela empresa 
como COFINS, CSLL, PIS/PASEP, PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. 
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos. 
Receita líquida dos concursos de prognósticos (Ex: Loteria Esportiva, Lotofácil, 
Megasena, etc.), 5% sobre o movimento GLOBAL de apostas de corridas e 5% 
sobre o movimento GLOBAL de sorteio (Ex: Telesena). 
 
CAPÍTULO I 
DOS CONTRIBUINTES 
Seção I 
Dos Segurados 
Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes 
pessoas físicas: 
I - como empregado: 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em 
caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive 
como diretor empregado; 
O que destaca esta categoria de segurado é o principal pi lar que a constitui e 
são eles: REMUNERAÇÃO, SUBORDINAÇÃO e NÃO EVENTUALIDADE. Vamos 
entender? 
O segurado empregado deve ser remunerado como qualquer outra pessoa que 
exerça atividade no RGPS. Deve haver uma hierarquia no seu trabalho, ou seja, 
alguém a que o empregado deva estar submetido e a não eventualidade 
consiste em que o trabalhador tenha uma rotina diária de trabalho. 
Lei 8.212/91 COMENTADA E FACILITADA PARA ATENTOS E DISTRAÍDOS 
 
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b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em 
legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de 
substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de 
serviços de outras empresas; 
Celso estava há meses procurando emprego e viu que tinha vagas em um 
shopping Center para trabalhar no período das festas natalinas. O trabalho tinha 
um contrato de 45 dias, mas Celso muito precisava daquele trabalho. Celso é 
segurado empregado do RGPS. 
c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para 
trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no 
exterior; 
Steven, britânico, mora em Euclides da Cunha, Bahia, foi contratado para 
trabalhar na sucursal da empresa Passos Jovens, com sede em Euclides da Cunha, 
em Madri, Espanha. Steven é segurado empregado do RGPS. 
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição 
consular de carreira estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou a membros 
dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência 
permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do 
país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; 
Alexei, ucraniano, residente em Brasília, Distrito Federal, trabalha no Consulado 
da Ucrânia na capital brasileira. Alexei não está vinculado à legislação 
previdenciária da Ucrânia. Alexei é segurado empregado do RGPS. 
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos 
oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, 
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação 
vigente do país do domicílio; 
Aminthas, trabalha para a União no consulado brasileiro em Caracas, Venezuela 
em um cargo comissionado. Aminthas é segurado empregado do RGPS. 
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f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para 
trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria 
do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional; 
João mora em Salvador, Bahia e lá foi contratado para trabalhar em uma empresa 
de laticínios em Madri, Espanha. Esta empresa possui maioria do capital votante 
pertencente sob as leis brasileiras e tem sede, administração e controle sob as 
ordens do seu presidente Ronaldo Justus em Salvador, Bahia. João é segurado 
empregado do RGPS. 
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo 
com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas 
Federais; (Alínea acrescentada pela Lei n° 8.647, de 13.4.93) 
Este é o servidor público comissionado que não foi nomeado por concurso 
público. Ele está vinculado ao RGPS como segurado empregado. 
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde 
que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluída pela 
Lei nº 9.506, de 30.10.97) (Vide Resolução do Senado Federal nº 26, de 
2005) 
O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, que não seja 
concursado em cargo público de algum dos poderes. Exemplo: Tiririca é um 
servidor públicovinculado ao RGPS e não a qualquer RPPS, pois não foi investido 
em cargo público via concurso público. Já o ex-deputado federal Amauri Teixeira, 
quando investido como Deputado Federal, já era Auditor da Receita Federal, 
vinculado ao RPPS da União, logo ele manteve o vínculo do RPPS e não se 
vinculou ao RGPS. 
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em 
funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de 
previdência social; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). 
Jonas é representante da ONU no Brasil e não está vinculado a qualquer cargo 
RPPS. Jonas estará vinculado como empregado do RGPS. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8647.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9506.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9506.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Congresso/ResSF26-05.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Congresso/ResSF26-05.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
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j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que 
não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 
10.887, de 2004). 
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza 
contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem 
fins lucrativos; 
III - (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999). 
IV - (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999). 
O empregado doméstico é aquele que presta serviço de natureza contínua, 
mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em 
atividade sem fins lucrativos. 
Célia foi contratada para trabalhar na casa de Suzana fazendo docinhos para 
serem vendidos no bairro. Célia não pode ser empregada doméstica do RGPS, 
visto que as suas atividades estão em desacordo com o conceito dessa categoria 
para o RGPS (trabalhar em atividades sem fins lucrativos). Célia deverá ser 
enquadrada como empregada do RGPS. 
 
Enquadrar o segurado como empregado doméstico também se pressupõe a 
CONTINUIDADE do trabalho. O trabalhador que exerce as suas atividades a partir 
de 3 dias por semana pode ser enquadrado como empregado doméstico, porém, 
caso exerça as suas atividades por menos de 3 dias por semana, será DIARISTA e, 
assim, enquadrado como CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. 
V - como contribuinte individual: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 
1999). 
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a 
qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 
(quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) 
módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.887.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.887.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
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intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 10 e 11 deste 
artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008). 
Um desses segurados é o produtor rural, o contribuinte individual que trabalha 
em área SUPERIOR a 4 módulos fiscais, mas o que é um módulo fiscal? 
MÓDULO FISCAL é uma unidade de medida, em hectares, cujo valor é fixado pelo 
INCRA para cada município levando-se em conta: o tipo de exploração 
predominante no município (hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura 
temporária, pecuária ou florestal) ou a renda obtida no tipo de exploração 
predominante. 
A medida em módulos fiscais pode ser convertida em hectares, por exemplo, 1 
módulo fiscal em Cícero Dantas, Bahia equivale a 30 hectares, ou seja, 4 módulos 
fiscais equivalem a 120 hectares. Em regra, quando se tratar de ATIVIDADE 
AGROPECUÁRIA, tendo o contribuinte área SUPERIOR a 4 módulos fiscais, ele será 
enquadrado como segurado contribuinte individual e se a área for igual ou 
inferior a 4 módulos fiscais, ele será denominado de SEGURADO ESPECIAL. 
Quando falamos em atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de 
empregados ou por intermédio de prepostos, não observaremos o tamanho da 
propriedade e sim a utilização de força de empregados. 
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração 
mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por 
intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a 
qualquer título, ainda que de forma não contínua; (Redação dada pela Lei 
nº 9.876, de 1999). 
Lembre-se sempre que o GARIMPEIRO é CONTRIBUINTE INDIVIDUAL e não 
segurado especial. Vamos ressaltar que ele pode se filiar ao RGPS a partir dos 18 
anos e não 16 anos como regra geral (Estatuto do Garimpeiro, artigo 13, assim 
diz: É proibido o trabalho do menor de 18 (dezoito) anos na atividade de 
garimpagem. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
Lei 8.212/91 COMENTADA E FACILITADA PARA ATENTOS E DISTRAÍDOS 
 
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c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida 
consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; (Redação dada pela Lei 
nº 10.403, de 2002). 
O Padre Fábio de Melo é contribuinte individual. O Pastor Silas Malafaia, 
igualmente e por aí vai. O padre, o pastor, o monge, etc. Todos eles são 
contribuintes individuais para o RGPS. 
d) revogada; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial 
internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e 
contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência 
social; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 
Silvonei nascido em Caruaru, Pernambuco, trabalha na ONU (Organização das 
Nações Unidas) em Nova Iorque, Estados Unidos, ele não é servidor concursado. 
Silvonei é contribuinte individual do RGPS. 
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o 
membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, 
o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração 
decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito 
para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer 
natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para 
exercer atividade de direção condominial, desde que recebam 
remuneração; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). 
Destes, sinalizamos o SÍNDICO. Síndico quando recebe remuneração pelo seu 
trabalho no edifício = Contribuinte Individual; 
Síndico quando não recebe remuneração pelo seu mandato no edifício e paga a 
sua taxa mensal condominial = PODE SER segurado facultativo 
Síndico quando está isento do pagamento da taxa condominial = Contribuinte 
Individual. Entenda que o fato de estar isento de taxa, pressupõe-se uma 
remuneração, logo este é o motivo dele ser segurado contribuinte individual. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
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4José é síndico do Edifício Jardim dos Barris. José mensalmente é isento da taxa 
condominial do prédio. José é segurado contribuinte individual do RGPS. 
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a 
uma ou mais empresas, sem relação de emprego; (Incluído pela Lei nº 
9.876, de 1999). 
São as pessoas que são chamadas popularmente de avulso ou autônomo que 
prestam serviços a empresas, porém eles são contribuintes individuais para o 
RGPS. 
Atanásio é encanador e presta serviço para várias empresas durante o mês. 
Atanásio é contribuinte individual do RGPS. 
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de 
natureza urbana, com fins lucrativos ou não; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 
1999). 
Aqui temos como exemplo os camelôs, vendedores ambulantes, dentistas, 
psicólogos, advogados, etc. 
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem 
vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no 
regulamento; 
É aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a 
diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do 
órgão gestor de mão-de-obra (portuários) ou do sindicato da categoria (não-
portuários). 
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou 
em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em 
regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a 
título de mútua colaboração, na condição de: (Redação dada pela Lei nº 
11.718, de 2008). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro 
ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore 
atividade: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou (Incluído 
pela Lei nº 11.718, de 2008). 
 
 
PRODUTOR é aquele que seja proprietário ou não, desenvolve atividade 
agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, por conta própria, individualmente ou 
em regime de economia familiar. 
EXEMPLO: Seu Carlito é produtor de feijão e milho em sua roça na Fazenda 
Quati em Cícero Dantas, Bahia. Ele cria algumas cabeças de gado e galinhas. 
Trabalha em regime de economia familiar, sem auxílio de empregados com a 
ajuda de sua esposa Carminha em terras de tamanho inferiores a 4 módulos 
fiscais. 
PARCEIRO é aquele que tem contrato escrito de parceria com o proprietário 
da terra ou detentor da posse e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou 
hortifrutigranjeira, partilhando lucros ou prejuízos; 
EXEMPLO: Seu Teófilo é dono de terras em Cícero Dantas, Bahia e resolve 
propor ao senhor Jeremias uma parceria contratual, preto no branco! Cede a 
sua terra para Jeremias plantar e partilha os LUCROS ou PREJUÍZOS com ele. 
MEEIRO é aquele que tem contrato escrito com o proprietário da terra ou 
detentor da posse e da mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou 
hortifrutigranjeira, partilhando rendimentos ou custos; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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EXEMPLO: Seu Josias é dono de terras em Cícero Dantas, Bahia e resolve 
propor ao senhor José que ele seja seu meeiro. Cede a sua terra para José 
plantar e partilha os RENDIMENTOS OU CUSTOS com ele. 
ARRENDATÁRIO: aquele que, comprovadamente, utiliza a terra mediante 
pagamento de aluguel, em espécie ou in natura, ao proprietário do imóvel 
rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, 
individualmente ou em regime de economia familiar, sem utilização de mão 
de obra assalariada de qualquer espécie; 
EXEMPLO: Seu Tito é dono de terras em Cícero Dantas, Bahia e recebe uma 
proposta do senhor Manuel de arrendar suas terras para plantação se capim 
para alimentar o seu gado. 
COMODATÁRIO: aquele que, por meio de contrato escrito, explora a terra 
pertencente a outra pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo 
determinado ou não, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou 
hortifrutigranjeira; 
EXEMPLO: Dona Josefa, dona de terras, empresta parte de suas terras para 
dona Maria plantar por 2 anos, para que Dona Maria crie ovelhas e galinhas. 
CONDOMÍNIO: aquele que explora imóvel rural, com delimitação de área ou 
não, sendo a propriedade um bem comum, pertencente a várias pessoas; 
EXEMPLO: Seu Messias, dono de terras na Fazenda Jurema, foi acometido de 
um infarto fulminante e morreu deixando 30 filhos. Os seus filhos, após a sua 
morte, fizeram um contrato de condômino, pois agora as terras, outrora de 
Seu Messias, são um bem comum entre seus 30 filhos. 
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos 
termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e 
faça dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, 
de 2008). 
O SERINGUEIRO OU O EXTRATIVISTA VEGETAL será segurado especial, quando 
trabalhar com extrativismo e este sendo um sistema de exploração baseado na 
coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão 
habitual ou principal meio de vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 
2008). 
O pescador artesanal ou assemelhado que habitualmente, que seja o seu trabalho 
habitual esta profissão será considerado para o RGPS segurado especial. 
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de 
idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste 
inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar 
respectivo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
Estes são os componentes do grupo familiar do segurado especial. Sendo eles 
componentes do grupo, também possuem “status” de segurado especial. 
§ 1o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o 
trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao 
desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições 
de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados 
permanentes. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008). 
Regime de economia familiar é quando os membros do grupo familiar trabalham 
em prol de sua subsistência na atividade rurícola. 
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade 
remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente 
filiado em relação a cada uma delas. 
Se um segurado trabalha ao mesmo tempo, por exemplo, como empregado em 
uma empresa e exerce atividade de vendedor nos momentos quando não está em 
seu emprego, ele estará filiado como segurado empregado e contribuinte 
individual ao mesmo tempo. Lembre-se sempre: o RGPS é contributivo e de 
filiação obrigatória. 
§ 3o (Revogado): (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008). 
I – (revogado);(Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008). 
II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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§ 4º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social-RGPS que 
estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é 
segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às 
contribuições de que trata esta Lei, para fins de custeio da Seguridade 
Social. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.032, de 28.4.95). 
Se o regime é contributivo e de filiação obrigatória, caso o aposentado volte a 
exercer atividade remunerada, obviamente, que ele voltará a contribuir para o 
RGPS, porém não terá acesso a todos os benefícios previdenciário, ela poderá 
gozar de salário família e salário maternidade. 
§ 5º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o 
mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdência Social-RGPS de antes 
da investidura. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97) 
Este dirigente sindical em gozo de seu mandato eletivo manterá o mesmo 
enquadramento na categoria de segurado do RGPS que estava contido antes de 
invertido no mandato. Exemplo: caso fosse empregado, ele se manterá na 
categoria de segurado obrigatório empregado. 
§ 6o Aplica-se o disposto na alínea g do inciso I do caput ao ocupante de 
cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem 
vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas 
autarquias, ainda que em regime especial, e fundações. (Incluído pela Lei 
nº 9.876, de 1999). 
O Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sendo ele 
detentor de cargo comissionado, este será vinculado ao RGPS como segurado 
empregado. 
§ 7o Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou 
companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes 
equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo 
familiar. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
O cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 anos ou os a estes 
equiparados deverão ser ativos, ou seja, trabalhar de forma que auxilie 
ativamente no desenvolvimento e na subsistência do grupo familiar. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9032.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9528.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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§ 8o O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por 
prazo determinado ou trabalhador de que trata a alínea g do inciso V 
do caput deste artigo, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia 
no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo 
equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período 
de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença. (Redação 
dada pela Lei nº 12.873, de 2013) 
O grupo familiar poderá utilizar-se de trabalhadores contratados por prazo 
determinado (empregados ou contribuintes individuais), à razão de no máximo 
120 pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por 
tempo equivalente em horas de trabalho. 
Exemplo: se o grupo familiar contratar um trabalhador, o contrato poderá ser de 
até cento e vinte dias. Se contratar dois trabalhadores, poderá fazê-lo por até 
sessenta dias. Se ele contratar três trabalhadores, poderá fazê-lo por até 
quarenta dias. 
§ 9o Não descaracteriza a condição de segurado especial: (Incluído 
pela Lei nº 11.718, de 2008). 
I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou 
comodato, de até 50% (cinquenta por cento) de imóvel rural cuja área total não 
seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado 
continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de 
economia familiar; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
O segurado especial não poderá outorgar por meio de contrato escrito de 
parceria, meação ou comodato mais de 50% do seu imóvel cuja área total não 
seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, ou seja, outorgou 51% já perde a sua 
qualidade de segurado especial. 
II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com 
hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano; (Incluído 
pela Lei nº 11.718, de 2008). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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Dentro de um ano civil (365 dias) o segurado especial não perde a sua qualidade 
caso explore atividade artística por até 120 dias. Exemplo: Sérgio te uma pequena 
chácara com 3 módulos fiscais de terra e cobra ingresso para visitação da 
cachoeira que está embelezando a sua propriedade. Caso Sérgio explore as visitas 
à cachoeira por mais de 120 dia no ano, ele perderá a sua qualidade de segurado 
especial. 
III – a participação em plano de previdência complementar instituído por 
entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador 
rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; (Incluído pela 
Lei nº 11.718, de 2008). 
O segurado especial não perderá a sua condição em caso de participar de plano 
de previdência complementar, desde que este seja instituído por entidade 
classista a que seja associado em razão da condição de trabalhador rural ou de 
produtor rural em regime de economia familiar. 
IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum 
componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de 
governo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
Um exemplo clássico é a possibilidade de o segurado especial receber o “bolsa 
família”. O fato de algum membro do seu grupo familiar fazer parte de programa 
assistencial oficial do governo também não descaracteriza o segurado especial. 
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de 
processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do 
art. 25 desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
Considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele 
realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não 
esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI, ou 
seja, o segurado especial não perde a sua qualidade caso utilize processo de 
beneficiamento ou industrialização, desde que este não esteja sujeito à incidência 
do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI. 
VI - a associação em cooperativa agropecuária oude crédito rural; 
e (Redação dada pela Lei nº 13.183, de 2015) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13183.htm#art1
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Segurado especial não perderá a sua qualidade caso se associe a associação em 
cooperativa agropecuária ou de crédito rural. 
VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o 
produto das atividades desenvolvidas nos termos do § 14 deste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Produção de efeito) 
A incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das 
atividades desenvolvidas caso o segurado especial participe de sociedade 
empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular 
de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, 
agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei 
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, não o excluirá da categoria de 
segurado especial. 
§ 10. Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir 
outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: (Incluído pela Lei nº 
11.718, de 2008). 
I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo 
valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da Previdência 
Social; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
 
Manterá a sua condição de segurado especial a pessoa que estiver em gozo de 
pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, DESDE QUE a renda 
mensal do seu benefício não supere o valor do salário mínimo vigente no ano. 
Para melhor memorizar estes benefícios, pense no jogo de PAR ou ímpar e a sorte 
lhe deu PAR (Pensão por morte, auxílio Acidente e auxílio Reclusão). 
II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência 
complementar instituído nos termos do inciso IV do § 9o deste 
artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art63iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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Manterá a sua qualidade de segurado especial o segurado que usufrua de 
benefício previdenciário pela participação em plano de previdência 
complementar instituído nos mesmos termos no caso de ser beneficiário ou fazer 
parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de 
programa assistencial oficial de governo. 
III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 
(cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto 
no § 13 deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) 
O segurado especial não perderá a sua qualidade caso trabalho ATÉ 120 dias por 
ano civil como segurado obrigatório “urbano”. Por exemplo, Josué trabalhou em 
uma empresa ferramentas para escritório por 100 dias no ano de 2018, Josué, 
caso volte a sua atividade rural, não perderá a sua qualidade de segurado 
especial, mas caso trabalhasse por 121 dias no ano nesta mesma empresa do 
exemplo, ele perderia a sua qualidade de segurado especial. 
IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da 
categoria de trabalhadores rurais; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
O segurado especial, caso exerça mandato eletivo de dirigente sindical de 
organização da categoria de TRABALHADORES RURAIS, mantem a sua qualidade 
de segurado especial. 
V – exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a 
atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente 
por segurados especiais, observado o disposto no § 13 deste artigo; (Incluído 
pela Lei nº 11.718, de 2008). 
Manterá qualidade de segurado especial o segurado que exerça mandato de 
VEREADOR DO MUNICÍPIO em que desenvolve a sua atividade rural ou de 
dirigente de cooperativa rural constituída, EXCLUSIVAMENTE, por segurados 
especiais, porém não serão dispensados os recolhimentos previdenciários devidos 
por sua atividade de vereador ou dirigente de cooperativa rural. 
VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no 
inciso I do § 9o deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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Manterá a qualidade de segurado especial quando a outorga, por meio de 
contrato escrito de parceria ou meação de até 50% (cinquenta por cento) de 
imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde 
que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, 
individualmente ou em regime de economia familiar. 
VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo 
respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, 
desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício 
de prestação continuada da Previdência Social; e (Incluído pela Lei nº 
11.718, de 2008). 
 
O segurado mantém a sua qualidade de segurado especial exercendo atividade 
artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo 
familiar SEM RESTRIÇÕES DE VALORES, mas quando utilizar matéria-prima de 
outra origem, a renda mensal obtida na atividade não pode exceder ao menor 
benefício de prestação continuada da Previdência Social, aposentadorias, ou seja, 
NÃO PODERÁ EXCEDER O SALÁRIO MÍNIMO. 
VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor 
benefício de prestação continuada da Previdência Social. (Incluído pela Lei 
nº 11.718, de 2008). 
O segurado especial poderá exercer atividade artística, trabalhar em um circo da 
região por exemplo, mas a sua renda mensal deverá ser inferior ao SALÁRIO 
MÍNIMO, ou seja, nem que seja um centavo menor que o salário mínimo. 
§ 11. O segurado especial fica excluído dessa categoria: (Incluído pela 
Lei nº 11.718, de 2008). 
I – a contar do primeiro dia do mês em que: (Incluído pela Lei nº 
11.718, de 2008). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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a) deixar desatisfazer as condições estabelecidas no inciso VII 
do caput deste artigo, sem prejuízo do disposto no art. 15 da Lei no 8.213, de 24 
de julho de 1991, ou exceder qualquer dos limites estabelecidos no inciso I do § 
9o deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
Deixar de satisfazer as condições estabelecidas para ser segurado especial, ou 
outorgar mais de 50% do imóvel rural, para fins de parceria, meação ou 
comodato. 
b) enquadrar-se em qualquer outra categoria de segurado obrigatório do 
Regime Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto nos incisos III, V, VII e 
VIII do § 10 e no § 14 deste artigo, sem prejuízo do disposto no art. 15 da Lei 
no 8.213, de 24 de julho de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 
2013) 
Enquadrar-se em qualquer outra categoria de segurado obrigatório do RGPS, 
exceto as situações acima que não geram perda da qualidade de segurado 
especial. 
c) tornar-se segurado obrigatório de outro regime previdenciário; 
e (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) 
Torna-se servidor público concursado do RPPS Estadual, por exemplo. 
d) participar de sociedade empresária, de sociedade simples, como 
empresário individual ou como titular de empresa individual de 
responsabilidade limitada em desacordo com as limitações impostas pelo § 14 
deste artigo; (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Produção de efeito) 
Participar de sociedade empresária, de sociedade simples, como empresário 
individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada em 
desacordo com as limitações impostas a pessoa jurídica, componha-se apenas de 
segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município 
limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades em regime de 
economia familiar. 
II – a contar do primeiro dia do mês subsequente ao da ocorrência, quando 
o grupo familiar a que pertence exceder o limite de: (Incluído pela Lei nº 
11.718, de 2008). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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a) utilização de trabalhadores nos termos do § 8o deste artigo; (Incluído 
pela Lei nº 11.718, de 2008). 
Contratação de empregados por prazo determinado ou trabalhador eventual à 
razão de no máximo 120 pessoas por dia ano (dei exemplo no referido parágrafo). 
b) dias em atividade remunerada estabelecidos no inciso III do § 10 deste 
artigo; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
120 dias corridos ou intercalados, no ano civil, de exercício de atividade 
remunerada. Lembre-se, ano civil é o período de 12 meses que corresponde a 365 
dias do ano, contados a partir de 1 de janeiro a 31 de dezembro. O ano 
civil brasileiro foi definido na lei nº 810, de 6 de setembro de 1949, sancionada 
pelo presidente da república Eurico Gaspar Dutra. 
c) dias de hospedagem a que se refere o inciso II do § 9o deste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
120 dias ao ano de exploração de atividade turística da propriedade rural, 
inclusive com hospedagem. 
§ 12. Aplica-se o disposto na alínea a do inciso V do caput deste artigo ao 
cônjuge ou companheiro do produtor que participe da atividade rural por este 
explorada. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). 
Caso o cônjuge ou companheiro do produtor que participe da atividade rural por 
este explorada, este também será enquadrado como segurado contribuinte 
individual. 
§ 13. O disposto nos incisos III e V do § 10 e no § 14 deste artigo não 
dispensa o recolhimento da contribuição devida em relação ao exercício das 
atividades de que tratam os referidos dispositivos. (Redação dada pela Lei 
nº 12.873, de 2013) 
O segurado que exerce atividade remunerada urbana por menos de 120 dias no 
ano assim continua obrigado a contribuir na categoria urbana que esteve 
laborando. Igualmente, também, o vereador. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art9
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
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§ 14. A participação do segurado especial em sociedade empresária, em 
sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa 
individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, 
agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei 
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria 
previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural na forma 
do inciso VII do caput e do § 1o, a pessoa jurídica componha-se apenas de 
segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município 
limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades. (Incluído pela 
Lei nº 12.873, de 2013) (Produção de efeito) 
A participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade 
simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de 
responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou 
agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar 
no 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, 
desde que, mantido o exercício da sua atividade rural como pessoa física 
residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, 
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio 
eventual de terceiros, na condição de produtor, seja proprietário, usufrutuário, 
possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou 
arrendatário rurais, que explore atividade agropecuária em área de até 4 
módulos fiscais em regime de economia familiar a atividade em que o trabalho 
dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao 
desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições 
de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados 
permanentes, a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual 
natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em 
que eles desenvolvam suas atividades. 
§ 15. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Produção de 
efeito) 
Art. 13. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas 
autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social 
consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de 
previdência social. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art63iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art63iiihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art63iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
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Os servidores concursados, chamados servidores de cargo efetivo, pertencerão 
aos respectivos Regimes Próprios de Previdência Social, mas caso o município não 
tenha o seu próprio regime de previdência, automaticamente, fará parte do 
RGPS. 
§ 1o Caso o servidor ou o militar venham a exercer, concomitantemente, 
uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, 
tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades. (Incluído 
pela Lei nº 9.876, de 1999). 
Imaginemos, como exemplo, um médico que está vinculado ao RPPS Estadual e, 
igualmente, é médico de hospital particular vinculado ao RGPS, este segurado 
estará vinculado tanto ao RPPS Estadual como ao RGPS, quando exercer as 
atividades em concomitância. 
§ 2o Caso o servidor ou o militar, amparados por regime próprio de 
previdência social, sejam requisitados para outro órgão ou entidade cujo regime 
previdenciário não permita a filiação nessa condição, permanecerão vinculados 
ao regime de origem, obedecidas as regras que cada ente estabeleça acerca de 
sua contribuição. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999). 
Imaginemos que Celso tenha sido cedido do RPPS da União para uma empresa 
pública (RGPS). Neste caso, Celso permanecerá vertendo contribuições para o 
RPPS da União obedecidas as regras que cada ente estabeleça acerca de sua 
contribuição. 
 
Art. 14. É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos de idade que 
se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma 
do art. 21, desde que não incluído nas disposições do art. 12. 
Temos exposto um grande erro de atualização desta legislação. O segurado 
facultativo poderá se inscrever no RGPS a partir dos 16 anos de idade, de acordo 
com a Constituição Federal. Veja: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9876.htm#art1
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A Lei 8.212/1991 e a Lei 8.213/1991, ao definirem a idade mínima de 14 anos 
para o segurado facultativo, foram de acordo com a redação original do Art. 7.º, 
inciso XXXIII da Constituição Federal de 1988, que previa a proibição de qualquer 
trabalho aos menores de 14 anos. Entretanto, a Emenda Constitucional 20/1998 
alterou a redação do referido dispositivo constitucional, que passou a vigorar da 
seguinte maneira: 
CF/1988, Art. 7.º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social: 
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 
dezoito e de QUALQUER TRABALHO A MENORES DE DEZESSEIS ANOS, salvo na 
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
Vale ressaltar que o texto do Regulamento da Previdência Social, Decreto 
3.048/99 também expressa a idade mínima de filiação ao RGPS aos 16 anos de 
idade. 
Decreto 3.048/99, artigo 18, § 2º A INSCRIÇÃO DO SEGURADO EM QUALQUER 
CATEGORIA MENCIONADA NESTE ARTIGO EXIGE A IDADE MÍNIMA DE DEZESSEIS 
ANOS. 
Seção II 
Da Empresa e do Empregador Doméstico 
Art. 15. Considera-se: 
 I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de 
atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os 
órgãos e entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional; 
Empresa é a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade 
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e 
entidades da administração pública direta, indireta e fundacional. Percebe-se do 
texto, artigo 15 da Lei 8.212/91 que os órgãos públicos são equiparados a 
empresa. 
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 II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seu serviço, 
sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. 
Empregador doméstico é a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem 
finalidade lucrativa, empregado doméstico. É o contratante do serviço do 
empregado doméstico tendo as suas contribuições e retenções do empregado 
doméstico descritas através do site E-Social desde 2015. Antes disso, o próprio 
empregado doméstico era responsável pela sua contribuição previdenciária. 
Parágrafo único. Equiparam-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o 
contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de 
obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem 
como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou 
finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira 
estrangeiras. (Redação dada pela Lei nº 13.202, de 2015) 
Equiparados a empresa - o contribuinte individual e a pessoa física na condição 
de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que 
lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de 
qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de 
carreira estrangeiras. 
 
O contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono 
de obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço: 
vamos colocar como um exemplo um advogado que monta um escritório e 
contrata atendentes. Ele é equiparado a empresa cumprindo todos os deveres 
jurídicos de um empregador. Lembramos que o advogado é o responsável pelo 
recolhimento de um encanador, por exemplo, que preste serviço em seu 
escritório. 
 
O proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que 
lhe presta serviço: Exemplo: Júlio contrata diretamente um pedreiro para edificar 
a sua obra de construção civil, ele é equiparado a empresa. Se ele contratar uma 
empresa para edificar a sua construção, neste caso, ele já não é equiparado a 
empresa e sim a empresa contratada arcará com as obrigações. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13202.htm#art12
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A cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a 
missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras: são as 
embaixadas, igrejas, consulados de países, etc. 
 
CAPÍTULO II 
DA CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO 
Art. 16. A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do 
Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual. 
Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais 
insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do 
pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social, na 
forma da Lei Orçamentária Anual. 
Como já é notório, a União hoje é quem cobre as insuficiências financeiras da 
Seguridade Social. As contribuições previdenciárias já não são suficientes para 
arcarem com os custos dos benefícios previdenciários. Cabe a União o repasse de 
valores ao INSS incidentes sobre o faturamento e lucro das empresas, concursos 
de prognósticos, para que o INSS processe o pagamento dos referidos benefícios. 
Art. 17. Para pagamento dos encargos previdenciários da União, poderão 
contribuir os recursos da Seguridade Social referidos na alínea "d" do parágrafo 
único do art. 11 desta Lei, na forma da Lei Orçamentária anual, assegurada a 
destinação de recursos para as ações desta Lei de Saúde e Assistência 
Social. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). 
Para pagamento dos encargos previdenciários da União, poderão contribuir os 
recursos da Seguridade Social através das receitas auferidas com base no 
faturamento mensal pela

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