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Aula 10
SEFAZ-BA - Contabilidade Geral - 2022
(Pós-Edital) - Profs. Julio Cardozo e
Luciano Rosa
Autor:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
07 de Abril de 2022
00140387579 - Frederico Nascimento Argolo
 
 
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Sumário 
1. Passivo ...................................................................................................................................... 4 
1.1 Definição de Passivo ........................................................................................................... 4 
1.2 - Passivo Circulante E Passivo Não Circulante – Lei 6404/76 .............................................. 5 
1.3 - Passivo Circulante e Não Circulante no CPC 26 ............................................................... 6 
1.4 Empréstimos de Curto Prazo no Passivo Não Circulante? .................................................. 7 
1.5 Empréstimo de longo prazo no passivo circulante? ........................................................... 8 
1.6 - Resultado De Exercícios Futuros E Receitas Diferidas ...................................................... 9 
2. Classificação De Acordo Com O Ciclo Operacional ............................................................... 11 
3. Provisões, Passivo Contingente e Ativo Contingente ............................................................. 14 
3.1 - Definições ....................................................................................................................... 14 
- Conceito de Provisão ............................................................................................................ 14 
- Conceito de Passivo “Normal” ............................................................................................. 15 
- Conceito de Passivo Contingente ......................................................................................... 16 
- Conceito de Ativo Contingente ............................................................................................ 17 
3.2 - Outros Conceitos Importantes Para o Entendimento do CPC 25 ................................... 17 
3.3 - Vamos Aprofundar Os Conceitos ................................................................................... 18 
4. Diferenças Entre Provisões e Passivos Contingentes .............................................................. 19 
5. Reconhecimento Das Provisões .............................................................................................. 21 
5.1 - Lançamento Para Constituir A Provisão .......................................................................... 21 
6. Passivo Contingente................................................................................................................ 22 
7. Ativo Contingente ................................................................................................................... 23 
8. Reavaliação a Cada Exercício .................................................................................................. 25 
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8.1 - Lançamento Para Reverter A Provisão ............................................................................ 25 
9. Folha De Pagamentos: Elaboração E Contabilização............................................................. 27 
9.1 - Valor Da Folha De Pagamentos ...................................................................................... 29 
9.2 - Encargos Sociais ............................................................................................................. 29 
- INSS patronal ........................................................................................................................ 31 
- FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ................................................................ 31 
9.3 - Provisão Para Pagamento De Férias ............................................................................... 31 
9.4 - Provisão Para Pagamento de 13º Salário ........................................................................ 33 
9.5 - Salário Mínimo E Vale Transporte ................................................................................... 33 
10. Questões Comentadas ............................................................................................................ 35 
10.1 - FGV .................................................................................................................................. 35 
10.2 – Outras Bancas .................................................................................................................. 54 
11. Lista de Questões ................................................................................................................... 72 
11.1 - FGV .................................................................................................................................. 72 
11.2 – Outras Bancas .................................................................................................................. 79 
12. Gabarito .................................................................................................................................. 87 
13. Resumo ................................................................................................................................... 88 
13.1 - Passivo e Receita Diferida ............................................................................................... 88 
13.2 - Provisão .......................................................................................................................... 88 
13.3 - Folha de Pagamento ..................................................................................................... 89 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Contabilidade. 
É com uma grande alegria que estamos aqui para ministrar mais um pouquinho desta disciplina 
que, no começo pode parecer difícil, mas depois passa a ser muito boa de se estudar! 
Contabilidade é muito bom! 
Hoje, falaremos sobre um grupo do balanço patrimonial que é extremamente importante: o 
passivo. 
Vamos à aula? 
Um abraço. 
Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo 
Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e 
@profjuliocardozo 
 
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1. PASSIVO 
Dissemos que o passivo representa nada mais do que as obrigações que a sociedade tem perante 
terceiros. Estudaremos agora os seus aspectos com detalhes. 
1.1 Definição de Passivo 
Quando a gente começa a estudar Contabilidade, o passivo costuma ser definido como “as 
obrigações da empresa para com terceiros”. 
O pronunciamento CPC 00 (R2), por seu turno, fornece a seguinte definição: obrigação presente 
da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados. 
 
1) Obrigação presente da entidade: A obrigação é o dever ou responsabilidade que a entidade 
não tem a capacidade prática de evitar. Gastos previstos e/ou esperados não constituem passivos. 
Por exemplo, se uma empresa de aviação tem a previsão de trocar os motores de uma aeronave 
dentro de 2 anos, ao custo de R$200.000,00, isto não constitui um passivo, pois não é obrigação 
presente. Dentro de dois anos, a empresa pode vender o aviãoe não realizar a troca dos motores. 
2) Transferência de recurso econômico: a obrigação deve ter o potencial de exigir que a entidade 
transfira um recurso econômico para outra parte (ou partes). 
3) Derivada de eventos já ocorridos: eventos futuros não constituem passivo. Ainda que o 
pagamento seja feito em data posterior, o evento que origina o passivo já deve ter ocorrido. 
 
Passivo 
Obrigação Presente
Transferir um 
recurso econômico
Resultado de 
eventos passados
@profjuliocardozo 
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1.2 - Passivo Circulante E Passivo Não Circulante – Lei 6404/76 
O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não circulante. 
Segundo a Lei das Sociedades por Ações: 
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando 
se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem 
vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 
desta Lei. 
Visualizemos por meio do seguinte esquema: 
Exercício de X2 
Passivo circulante Passivo não circulante
X3 em diante
31.12.X231.12.X1 
Acima um exemplo da classificação em circulante e não circulante. A Lei 6.404/76 adota como 
marco temporal a data do encerramento do exercício social. Contudo, se não estivermos falando 
dessa data, devemos considerar o período de 12 meses. 
Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para contingências, salários a 
pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre 
outros. 
Além disso, já vimos diversas vezes a definição prevista no CPC 00 para passivo: Passivo é uma 
obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que 
resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. 
A seguir, um quesito: 
(Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016) Segundo a teoria contábil, uma condição 
indispensável para que um item patrimonial seja definido como um passivo é que 
a) o vencimento da obrigação se dê em uma data futura previamente acordada entre as partes. 
b) o devedor saiba que possui uma dívida e o credor tenha reconhecido o direito de receber. 
c) o valor da obrigação seja líquido e certo. 
d) a obrigação exista no momento presente, fruto de eventos passados. 
e) o sacrifício futuro de um ativo para satisfazer a obrigação seja uma decisão do devedor. 
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Comentários: 
A letra a está incorreta. Não necessariamente a obrigação é de vencimento futuro. O passivo pode 
também já estar vencido ou vencer no presente. Esse não é um requisito existente no CPC 00. 
A letra b também está incorreta. O consentimento não é um requisito para que seja reconhecido 
um passivo. Muitas vezes, por exemplo, as provisões são feitas com base em estimativas e não há 
sequer ciência do possível credor deste reconhecimento. Por exemplo, se a empresa constitui uma 
provisão para garantias de produtos que possam vir a estragar, por possuir uma ampla e conhecida 
política neste sentido, os compradores/clientes não sabem que ela fez uma provisão para isso. 
A letra c está incorreta. O passivo muitas vezes pode ser reconhecido por valores estimados. Há 
uma preferência na contabilidade para que sejam reconhecidos os valores pelos seus exatos 
montantes. Todavia, quando não se mostrar possível, muitas vezes precisamos nos utilizar de 
estimativas. 
A letra d está correta e é o nosso gabarito. Está em consonância com o CPC 00.A letra e está 
incorreta. A saída de recursos (ativos) para liquidar as obrigações não é, muitas vezes, uma escolha 
ou decisão do devedor. Pode vir, por exemplo, de uma decisão judicial. 
1.3 - Passivo Circulante e Não Circulante no CPC 26 
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, 
temos alguns critérios para o reconhecimento de passivos circulantes e não circulantes, vejam: 
69. O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos 
seguintes critérios: 
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade; 
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; 
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou 
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo 
durante pelo menos doze meses após a data do balanço (ver item 73). Os termos 
de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por 
meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação 
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes. 
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==1a868b==
 
 
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1.4 Empréstimos de Curto Prazo no Passivo Não Circulante? 
Faço aqui uma pergunta a vocês. A classificação do passivo circulante toma como base o curto 
prazo (12 meses), enquanto o passivo não circulante toma como base o chamado longo prazo 
(posterior aos 12 meses). 
Mas existe a possibilidade de um empréstimo de curto prazo ser classificado no passivo não 
circulante? A resposta é sim! Quando, professores? 
Vamos entender este tema por meio de uma questão cobrada no concurso para Analista Judiciário 
do TRT 23ª/2016, feito pela Fundação Carlos Chagas: 
(Analista Judiciário/TRT 23ª/2016) A empresa Ilha Bela S.A. contraiu empréstimo de R$ 
1.000.000,00, pactuado pelo prazo de 12 meses, contratado em primeiro de janeiro de 2015, com 
o banco Solution S.A. A sociedade, por meio de cláusula contratual convencionou de forma 
unilateral (decisão da empresa Ilha Bela) que poderá repactuar por mais 36 meses o financiamento, 
caso não consiga gerar recursos suficientes para cumprimento dos pagamentos. O contrato prevê 
a entrega de ações como meio de pagamento (decisão unilateral da empresa Ilha Bela). Neste 
caso a empresa deve contabilizar o empréstimo como 
A) passivo não circulante. 
B) ativo não circulante. 
C) passivo circulante. 
D) ativo circulante 
E) patrimônio líquido. 
Comentários: 
Vejam! A situação é a seguinte: 
1) A empresa Ilha Bela contraiu um empréstimo no valor de R$ 1.000.000, para pagar em 12 meses, 
portanto, de curto prazo. 
2) Foi pactuado no contrato que de modo unilateral, por decisão do devedor, poderia ser 
repactuada a dívida por mais 36 meses. 
Pois bem. A resposta para esta questão está prescrita no CPC 26 – Apresentação das 
demonstrações contábeis. 
73. Se a entidade tiver a expectativa, e tiver poder discricionário, para refinanciar ou substituir (roll 
over) uma obrigação por pelo menos doze meses após a data do balanço segundo dispositivo 
contratual do empréstimo existente, deve classificar a obrigação como não circulante, mesmo que 
de outra forma fosse devida dentro de período mais curto. Contudo, quando o refinanciamento 
ou a substituição (roll over) da obrigação não depender somente da entidade (por exemplo, se 
não houver um acordo de refinanciamento), o simples potencial de refinanciamento não é 
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considerado suficiente para aclassificação como não circulante e, portanto, a obrigação é 
classificada como circulante. 
Assim, se a entidade tem um empréstimo de curto prazo, mas há grande possibilidade de que (de 
modo unilateral) ela possa prorrogar a obrigação por um período maior e seja muito provável que 
ela faça, então a dívida deve ser classificada no passivo não circulante. Todavia, se tiver de existir 
um aval do banco ou se depender do aceite do credor, então a classificação fica no passivo 
circulante. O gabarito da nossa questão, portanto, é a letra a. 
1.5 Empréstimo de longo prazo no passivo circulante? 
Agora, será que seria possível um empréstimo de longo prazo ser classificado como passivo 
circulante? Também é possível, pessoal, e veremos isso através de uma questão: 
(TCE-RJ/Analista de Controle Externo/Ciências Contábeis/2021) A classificação de um passivo de 
financiamento de longo prazo como circulante ou não circulante pode depender, além dos prazos 
de vencimento, da situação de adimplência ou inadimplência da obrigação. 
Comentários: 
Item correto e está de acordo com o item 74 do CPC 26 - Apresentação das demonstrações 
contábeis. 
74. Quando a entidade quebrar um acordo contratual (covenant) de um 
empréstimo de longo prazo (índice de endividamento ou de cobertura de juros, 
por exemplo) ao término ou antes do término do período de reporte, tornando o 
passivo vencido e pagável à ordem do credor, o passivo deve ser classificado 
como circulante mesmo que o credor tenha concordado, após a data do balanço 
e antes da data da autorização para emissão das demonstrações contábeis, em 
não exigir pagamento antecipado como consequência da quebra do covenant. O 
passivo deve ser classificado como circulante porque, à data do balanço, a 
entidade não tem o direito incondicional de diferir a sua liquidação durante pelo 
menos doze meses após essa data 
O que esse item quer dizer? Em algumas situações, a exigibilidade de uma dívida pode estar 
atrelada não só ao prazo, mas a cláusulas contratuais (covenant). Querem um exemplo? Imagine 
que o a empresa ABC fez um empréstimo com vencimento para 5 anos, ou seja, uma dívida de 
longo prazo. Mas o banco faz a seguinte condição: se vocês ultrapassarem a marca de 
endividamento em 40%, a dívida poderá ser exigida imediatamente. 
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Nesse caso, se a empresa quebrar essa condição, deverá reclassificar a dívida para o passivo 
circulante, pois, ainda que o banco seja bonzinho e não exija a dívida imediatamente, essa decisão 
é dele. Não é um direito incondicional da empresa. 
Portanto, o item está mesmo correto, pois, a classificação de um passivo de financiamento de 
longo prazo como circulante ou não circulante pode depender, além dos prazos de vencimento, 
da situação de adimplência ou inadimplência da obrigação, ou seja, os "covenants". 
1.6 - Resultado De Exercícios Futuros E Receitas Diferidas 
O grupo resultado de exercícios futuros – REF foi extinto com a edição da MP 449 e Lei 
11.941/2009. 
Em seu lugar, deve ser usada a conta receitas diferidas, que fica no passivo não circulante. 
O saldo que porventura existente no REF deve ser reclassificado para receita diferida. 
O exemplo clássico explorado pelas bancas de resultado de exercícios futuros (agora receita 
diferida, no passivo não circulante) são os aluguéis recebidos antecipadamente. São diversas 
questões da banca que versam sobre este tema. 
Vamos supor que uma empresa tenha um imóvel para alugar. Ela aluga o imóvel por 2 anos, 
recebendo R$ 24.000 adiantados. 
A questão agora é a seguinte: se o inquilino desocupar o imóvel, a empresa deverá devolver o 
aluguel recebido antecipadamente? 
Se sim, então a contabilização fica assim: 
D - Caixa (Ativo) 24.000 
C - Aluguel recebidos antecipadamente (Passivo) 24.000 
Razonetes: 
24.000,00 24.000,00
Caixa (Ativo) Alugueis receb. ante. 
 
Depois de um mês, a empresa contabiliza a receita de um mês de aluguel (esse, não precisa mais 
devolver): 
D - Aluguel recebido antecipadamente (Passivo) 1.000 
C - Receita de aluguel (Resultado) 1.000 
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Razonetes: 
1.000,00 1.000,00 24.000,00
 Receita de Aluguel Alugueis receb. ante. 
 
E assim por diante, até zerar a conta no passivo. Vejam que é uma conta do passivo, não é receita 
diferida! Fica no passivo, pois a empresa pode ter que devolver o dinheiro (se o inquilino romper 
o contrato e desocupar o imóvel antes do término). 
Muito bem. Mesma situação, aluguel de imóvel por 2 anos, com R$ 24.000 recebidos adiantados, 
mas com a condição de que a empresa não precisa devolver o dinheiro, caso o inquilino desocupe 
o imóvel. 
Nesse caso, o dinheiro já é da empresa, mas a receita tem que ser contabilizada por competência, 
conforme a passagem do tempo. 
A contabilização é igual, mas, ao invés de ficar creditada em conta do passivo (aluguel recebido 
antecipadamente), fica contabilizada em conta de receita diferida, no Passivo não circulante, e vai 
para o resultado mês a mês. 
Muitos alunos perguntam se “todas as receitas diferidas são classificadas no passivo não 
circulante, independente do prazo”. Entendam! A receita diferida é uma receita que a empresa já 
"ganhou" (não precisa devolver), mas ainda não pode ir para o resultado por causa do regime de 
competência. Assim, não há sentido colocá-la no passivo circulante, pois a receita diferida não 
será paga a ninguém. E passivo implica em um pagamento a terceiro. Tudo bem? 
Agora, um quesito: 
(Analista Judiciário/TJ MT/2016) No Balanço Patrimonial, é Conta do Passivo Exigível: 
a) Adiantamento de Clientes. 
b) Adiantamento a Fornecedores. 
c) Impostos a Recuperar. 
d) Adiantamento a Empregados. 
Comentários: 
Vamos lá! As contas do passivo são aquelas que representam obrigações para a empresa. 
Neste rol, a única que representa obrigação são os adiantamentos de clientes. Quando o cliente 
adianta o valor a empresa, ele tem o direito a receber, por exemplo, a mercadoria ou os serviços 
contratados. Para a empresa, de outro lado, surge uma obrigação, portanto, um passivo. 
As outras contas são contas de ativo. O gabarito é a letra a. 
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2. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM 
O CICLO OPERACIONAL 
Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: 
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o 
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo 
desse ciclo. 
Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o ativo como para o 
passivo. 
O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria-
prima, produzir, vender e receber. 
Esquematizemos o Ciclo operacional empresa industrial: 
 
Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e 
recebimento dos clientes. 
Esquematizemos o Ciclo operacional empresa comercial: 
 
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Vamos explicar esta situação por meio de duas questões. 
(Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresaA é uma indústria e produz máquinas especiais, 
cujo processo demora 400 dias. Estas máquinas são adquiridas para comercialização pela empresa 
B que leva aproximadamente 20 dias para comercializá-las, 40 dias para receber o valor das vendas 
realizadas a prazo, e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. A empresa C é cliente da empresa 
B e utiliza as máquinas especiais em suas operações. Com base nestas informações, as máquinas 
especiais serão classificadas nas empresas A, B e C, respectivamente, no 
(A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado. 
(B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo. 
(C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado. 
(D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo imobilizado. 
(E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a longo prazo 
Comentários: 
Empresa A: Demora 400 dias para produzir + 30 dias para receber (ciclo de 430). Portanto, seu 
ciclo operacional será maior que o exercício social, e as máquinas produzidas ficarão no Ativo 
Circulante. 
Empresa B: Demora 20 dias para comercializar, 40 para receber o valor das vendas e 30 dias para 
pagar as máquinas adquiridas. Portanto, tudo ocorre a custo prazo, nesta empresa. Ativo 
Circulante. 
Empresa C: Utiliza as máquinas em suas operações. Ativo Imobilizado. O gabarito é a letra a. 
(Transpetro/Contador/2018) O CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis, 
aprovado pela Deliberação CVM 676/2011, estabelece, como um dos critérios para a classificação 
dos ativos no balanço patrimonial, o ciclo operacional da empresa. 
Nesse contexto, entende-se que o ciclo operacional de uma indústria é o período decorrente entre 
a compra de matéria-prima, seu processamento e a 
(A) venda e recebimento da venda 
(B) emissão da nota fiscal de venda 
(C) transformação em produto acabado 
(D) venda e transferência da propriedade 
(E) saída do produto do estoque de produtos acabados 
Comentários: 
O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria-
prima, produzir, vender e receber. Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição 
de mercadorias, venda e recebimento dos clientes. O gabarito, portanto, é a letra a. 
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Em qualquer dessas situações, o exercício social continua a ser de um ano. 
Se estamos em 31 de dezembro de 2011 (data de término do exercício social) e temos uma fábrica 
de navios, por exemplo, cujo ciclo operacional seja de 2 anos, teremos que todas as obrigações e 
direitos que vencerem até 31 de dezembro de 2013 serão consideradas como de curto prazo. A 
partir deste momento é que haverá que se falar em longo prazo. Repetimos, porém, que o 
exercício social continua a ter a duração de um ano. 
 
(Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/2013) Na companhia em que o ciclo operacional tiver 
duração maior que o exercício social, a classificação de contas no circulante ou longo prazo terá 
por base o prazo: 
a) legal estatutário 
b) do ciclo operacional 
c) do exercício social 
d) do ano comercial 
e) estipulado pela CVM 
Comentário: 
Durante a aula vimos que segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: 
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, 
a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. 
O gabarito, portanto, é a letra b. 
 
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3. PROVISÕES, PASSIVO CONTINGENTE E 
ATIVO CONTINGENTE 
O assunto é tratado pelo CPC 25, cujo teor será objeto do estudo a seguir. 
Quatro são os itens objeto de estudo nesta norma e que, ao final desta aula, devem estar claros 
na sua mente: 
1) Os passivos propriamente ditos; 
2) As provisões; 
3) Os passivos contingentes; 
4) Os ativos contingentes. 
Todos são extremamente cobrados em provas de concurso. 
3.1 - Definições 
O CPC 25 traz algumas definições importantes para concursos, devemos conhecê-las: 
- Conceito de Provisão 
Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. 
Esquematizemos: 
Prazo OU Valor
Provisão
Incerto 
Um exemplo clássico aqui é o seguinte. Imagine que você passe em um concurso para Auditor 
Fiscal e receba uma ordem de fiscalização em desfavor de determinado contribuinte. 
Formada a sua convicção, você lavra um auto de infração de muitos milhões. O sujeito passivo 
recebe. Consulta, assim, o seu setor jurídico, que decide recorrer. 
O setor jurídico, portanto, vai olhar e dizer: ora, é provável (mais para sim do que para não) que 
nós percamos esta lide. 
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Todavia, não sabemos qual o valor exato, que pode ou não ser aquele do auto, nem quando será 
efetuado o desembolso, já que essa pendenga pode durar anos a fio. 
Assim, estamos diante do caso de constituir uma provisão: prazo ou valor incerto. 
Entendido? Por enquanto, grave apenas isso. 
- Conceito de Passivo “Normal” 
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, 
cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes 
de gerar benefícios econômicos. 
Esquematizemos: 
 
Aqui é simples. Contraímos uma dívida com determinado fornecedor no montante de R$ 
100.000,00. Essa dívida é líquida e certa. Ela terá de ser paga na data estipulada. 
É uma obrigação presente, pois foi firmada em um contrato ou em algum título de crédito. É 
derivada de eventos passados, qual seja, a compra da mercadoria. 
Também quando liquidarmos, tiraremos recursos (dinheiro) da entidade. Esses recursos, se fossem 
mantidos poderiam ser aplicados em outros tipos de investimentos. 
Esse é um passivo “normal”. 
Agora, duas questões: 
(TCE-RO/Ciências Contábeis/2013) É denominado passivo o componente patrimonial que 
constitui uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados. Espera-se que a 
liquidação dessa obrigação resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios 
econômicos. 
Passivo
Obrigação 
presente
Derivada de 
eventos passados
Cuja liquidação se 
espera que 
resulte em saída 
de recursos 
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Comentários: 
Como acabamos de salientar, o item está certo. 
(MTE/AFT/2013) A existência de uma obrigação futura é requisito essencial para a contabilização 
de um passivo. 
Comentários: 
Errado, a obrigação deve ser presente. 
- Conceito de Passivo Contingente 
Passivo contingente é: 
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será 
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos 
não totalmente sob controle da entidade; ou 
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é 
reconhecida porque: 
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou 
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. 
Voltamos ao exemplo do auto de infração que vocêlavrou contra o contribuinte X, dado logo ali 
em cima. Naquela situação, era muito provável que a empresa, em determinado momento e por 
determinado valor, tivesse de desembolsar a quantia ao fisco. A possibilidade de perda era 
provável. 
Aqui não! No passivo contingente, a possibilidade de perda é possível, mas é mais para não do 
que para sim. 
Vejam que a definição diz “não é provável”. Portanto, diferentemente das provisões, os passivos 
contingentes não são contabilizados. 
Essa não contabilização se dá: 
- Porque a saída de recursos é somente possível. 
- Pois você não consegue estimar com confiabilidade o valor desta obrigação. 
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- Conceito de Ativo Contingente 
Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja 
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos 
futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. 
Outro conceito importantíssimo e que, vez ou outra, assola as provas de concursos e exames. 
É simples. Imagine agora que, em vez ser autuado, você descobriu que pagou um valor maior ao 
Fisco! Sim, se você pagou um tributo a maior, você tem direito à restituição (também conhecida 
por repetição do indébito). 
Você peticionou e está esperando uma resposta do Governo. Todavia, no decurso deste processo, 
você descobre que há uma série de restrições para que você pode se aproveitar deste valor e 
avalia que a possibilidade de receber este montante é somente “possível”, ou seja, mais para não 
do que para sim. 
Esta é uma clara hipótese de ativo contingente: a existência do direito será confirmada pela 
decisão do fisco, que não está sob controle da empresa, a quem só cabe aguardar. 
Tome nota! Os ativos contingentes não são contabilizados. 
3.2 - Outros Conceitos Importantes Para o Entendimento do 
CPC 25 
Evento que cria obrigação é um evento que cria uma obrigação legal ou não 
formalizada que faça com que a entidade não tenha nenhuma alternativa realista 
senão liquidar essa obrigação. 
Aqui funciona assim. A provisão, o passivo “normal” e o passivo contingente surgem de uma 
obrigação, correto? Seja um processo judicial, administrativo, uma lei que está para ser publicada 
etc. 
Essa obrigação pode surgir através de duas sortes de eventos: 
Obrigação legal é uma obrigação que deriva de: 
(a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos); 
(b) legislação; ou 
(c) outra ação da lei. 
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Obrigação não formalizada é uma obrigação que decorre das ações da entidade 
em que: 
(a) por via de padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas 
ou de declaração atual suficientemente específica, a entidade tenha indicado a 
outras partes que aceitará certas responsabilidades; e 
(b) em consequência, a entidade cria uma expectativa válida nessas outras partes 
de que cumprirá com essas responsabilidades. 
Então, vamos esquematizar? 
 
Assim, uma provisão pode surgir, por exemplo, de uma lei que exija determinada conduta da 
entidade ou de um contato firmado pela empresa. 
Todavia, pode surgir também de uma obrigação não formalizada, quando a entidade resolve que 
irá cortar 50% de seus diretores e anuncia amplamente a medida, comunica os diretores e pessoas 
envolvidas, gerando expectativas válidas. 
Por que estamos falando isso? Pois é cobrado em provas. 
3.3 - Vamos Aprofundar Os Conceitos 
Exemplo de passivo contingente e provisão. 
Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a limpeza apenas quando é 
requerida a fazê-la nos termos da legislação de um país em particular no qual ela opera. 
O país no qual ela opera não possui legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem 
contaminando o terreno nesse país há diversos anos. Na metade do ano de 20X0 é possível que 
um projeto de lei requerendo a limpeza do terreno já contaminado será aprovado após o final do 
ano. 
Obrigação
Legal
Contrato
Lei
Não 
formalizada
A entidade se 
compromete
Cria 
expectativas 
válidas
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Deverá a empresa, portanto, divulgar o fato em nota explicativa, pois se trata de uma obrigação 
possível no futuro. 
Ademais, o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade e trata-se 
de uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada 
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob 
controle da entidade. 
Contudo, se fosse praticamente certo que a lei seria aprovada rapidamente haveria necessidade 
de se fazer o reconhecimento de uma provisão pela melhor estimativa dos custos de limpeza. 
A iminência da publicação da lei transforma o passivo contingente em provisão, o que leva ao 
reconhecimento. A obrigação passa de possível (passivo contingente) para provável (provisão). 
Então, vamos esquematizar? 
 
4. DIFERENÇAS ENTRE PROVISÕES E 
PASSIVOS CONTINGENTES 
Provisões: São reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa 
confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que 
incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação 
Passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são: 
1) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma 
obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos, ou 
2) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste Pronunciamento 
Técnico (porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem 
benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa 
suficientemente confiável do valor da obrigação). 
Vejam: passivo contingente não é reconhecido, pois a saída de recursos é somente possível. Na 
provisão, a saída de recursos é provável. 
Aprovação 
da lei
Possível que 
aconteça
Passivo 
contigente
Divulga nas 
notas 
explicativas
Praticamente 
certo Provisão
Contabiliza 
no passivo
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Há, portanto, uma diferença fundamental entre Provisão e Passivo Contingente: As provisões são 
contabilizadas, e os passivos contingentes não são. 
Esquematizemos: 
 
Os passivos contingentes não são contabilizados, pois: 
1) Ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente; 
2) Ou existe a obrigação presente, mas não é provável que seja necessária uma saída de recursos 
para liquidá-la; 
3) Ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação. 
Então, imagine-se que há um processo judicial de natureza trabalhista para o qual não há indícios 
suficientes se a entidade terá ou não de desembolsar um valor. Não é provável, por enquanto, 
que haja um desembolso, pois não há uma estimativa confiável. É somente possível um 
desembolso. Nesta hipótese, teremos um passivo contingente, 
A seguir, uma quesito: 
(CADE/2014) Um passivo contingente deve ser reconhecido quando for decorrente de obrigação 
presente queresulte de eventos passados devendo as informações desse passivo ser detalhadas 
em nota explicativa às demonstrações contábeis. 
Comentários: 
Errado, os passivos contingentes não são reconhecidos (contabilizados). 
D
ife
re
nç
a
Provisão
Saída de recurso Provável
Contabilizada Notas Explicativas
Passivo contigente
Saída de recurso Possível
Não contabilizado
Notas Explicativas
Remota: não precisa 
N.E.
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5. RECONHECIMENTO DAS PROVISÕES 
Vamos em frente. Segundo o pronunciamento CPC 25: 
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como 
resultado de evento passado; 
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam 
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e 
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Esquematizemos: 
 
Uma questão sobre o assunto: 
(FUB/Contabilidade/2015) Não é possível o reconhecimento de provisão caso não possa ser feita 
estimativa confiável do valor da obrigação. 
Comentários: 
Como acabamos de salientar, o item está certo. 
5.1 - Lançamento Para Constituir A Provisão 
Continuando aquele exemplo do auto de infração lavrado por uma autoridade fiscal, vamos supor 
que o valor da multa foi de R$ 10.000.000,00. 
A empresa fará o lançamento da seguinte maneira: 
D – Despesa com provisão tributária (despesa) 10.000.000,00 
C – Provisões tributárias (passivo) 10.000.000,00 
Provisão reconhecida quando
Obrigação
presente
Estimativa 
confiável
Provável
saída de recurso
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Razonetes: 
10.000.000,00 10.000.000,00
Despesa com prov. Prov. Tributária
 
6.PASSIVO CONTINGENTE 
De acordo com o CPC 25, passivo contingente é: 
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada 
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob 
controle da entidade; ou 
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque: 
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja 
exigida para liquidar a obrigação; ou 
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. 
O passivo contingente caracteriza-se por ser uma saída de recursos possível, mas não provável 
(probabilidade do não é maior que a do sim). 
Por esse motivo não são reconhecidos no balanço patrimonial. Sua divulgação será feita tão-
somente em notas explicativas, em algumas situações. 
E mais, se essa possibilidade de saída de recursos for remota, dispensada está a entidade da 
divulgação em notas explicativas. 
Esquematizemos: 
 
Po
ss
ib
ili
da
de
 d
e 
sa
íd
a 
de
 
re
cu
rs
os
Provável Provisão Contabilizada no Passivo Divulga em NE
Possível Passivo contingente Não contabiliza Divulga em NE
Remota Passivo contingente Não contabiliza Divulgação dispensada
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Vejamos como foi cobrado: 
(TRT10/Contabilidade/2013) Deve-se reconhecer uma provisão para passivo contingente, caso a 
entidade preveja a necessidade, ainda que remota, de uma saída de recursos que incorporem 
benefícios econômicos para liquidar determinada obrigação. 
Comentários: 
Errado, apenas quando a possibilidade de saída de recursos seja provável. 
7. ATIVO CONTINGENTE 
Segundo o CPC, item 31, a entidade não deve reconhecer um ativo contingente. Devem, sim, ser 
evidenciado em notas explicativas. 
Então, se, por exemplo, você entrou na justiça para reaver um tributo pago a maior, e esse 
processo está para ser analisado, mas é somente possível que o desfecho seja favorável, então, 
nesta hipótese estamos frente a um ativo contingente, que, como tal, não é contabilizado. Veja, é 
possível que você ganhe e tenha o direito a receber, mas não é praticamente certo, tampouco 
provável. 
Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não 
esperados que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. 
Um exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais, 
em que o desfecho seja incerto. 
Portanto, ativos contingentes surgem da possibilidade da entrada de benefícios econômicos não 
esperados ou não planejados. 
Grave-se: ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis até que a 
realização de ganho seja praticamente certa, hipótese na qual deixaremos de caracterizá-lo como 
contingente. 
É bem parecido com o caso do passivo! Vamos esquematizar? 
 
ATIVO 
CONTINGENTE
Praticamente 
certo
Contabiliza e 
divulga
Provável
Não 
contabiliza e 
divulga
Remoto
Não 
contabiliza, 
nem divulga
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Quanto à ótica da entrada de benefícios econômicos na entidade, fica assim: 
1) Praticamente certa: Nesse caso, não é um ativo contingente. A Empresa contabiliza o ativo. 
2) Provável, mas não praticamente certa: não contabiliza, mas divulga. 
3) A entrada não é provável (é possível ou remota): Não contabiliza e nem divulga. 
 
(Exame de Suficiência/2013/2º) A respeito do Ativo Contingente, conforme a NBC TG 25 – 
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, assinale a opção incorreta. 
A) A entidade não deve reconhecer um ativo contingente. 
B) O ativo contingente é divulgado em notas explicativas quando for provável a entrada de 
benefícios econômicos. 
C) Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que pode 
tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, quando a realização do ganho é 
praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento 
é adequado. 
D) Os ativos contingentes surgem normalmente de evento planejado ou de outros esperados que 
deem origem à probabilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. 
Comentários: 
Todas estão corretas, exceto a letra D: “Os ativos contingentes surgem normalmente de evento 
planejado ou de outros esperados que deem origem à probabilidade de entrada de benefícios 
econômicos para a entidade.” 
Errado. Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não 
esperados (...) 
 
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8. REAVALIAÇÃO A CADA EXERCÍCIO 
Segundo o CPC 25: 
59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para 
refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja 
necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros 
para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida. 
Portanto, ao término do exercício social, você deve fazer uma reavaliação das provisões e dos 
passivos contingentes. 
Vamos exemplificar: 
• X1: Provisão constituída – R$ 10.000.000,00. 
Todavia,ao reavaliar, a empresa percebeu que a probabilidade de perda agora é somente 
possível, no valor de R$ 4.000.000,00. Portanto, a provisão se tornou um passivo contingente. 
Veja, você não deve reverter somente a diferença, mas sim todo o valor. 
Atenção! Você não tem mais uma provisão, portanto, nesta hipótese, nada é contabilizado. 
Reverte tudo. 
• X1: Passivo contingente – R$ 5.000.000,00. Não há nada contabilizado, portanto. 
Todavia, ao reavaliar, a empresa percebeu que a probabilidade de perda agora é provável, no 
valor de R$ 6.000.000,00. Uma provisão será constituída neste valor. 
8.1 - Lançamento Para Reverter A Provisão 
Caso seja a hipótese de reverter uma provisão, devemos fazer o lançamento seguinte: 
1.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00
Reversão - Prov. Prov. Tributária
 
Agora uma questão de cálculo, a FCC adora: 
(Auditor Fiscal/SEFAZ/MA/2016) O Balanço Patrimonial de uma empresa, em 31/12/2014, 
apresentou o saldo de R$ 1.200.000,00 na conta representativa das provisões que era composta 
dos seguintes valores: 
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Tipo de processo Provisão reconhecida em 
31/12/2014
Trabalhista R$ 500.000,00
Tributário R$ 700.000,00 
Para a elaboração do Balanço Patrimonial de 31/12/2015, as informações obtidas pela empresa 
sobre os processos existentes em 31/12/2014 e sobre outros que surgiram durante o ano de 2015 
são apresentadas na tabela a seguir: 
Tipo de processo Classificação pela empresa 
em 31/12/2015
Valor estimado 
em 31/12/2015
Trabalhista Provável R$ 400.000,00
Tributário Possível R$ 200.000,00
Cível Possível R$ 100.000,00
Ambiental Provável R$ 150.000,00 
O efeito líquido causado na Demonstração do Resultado de 2015 da empresa relacionado com as 
provisões foi, em reais: 
(A) aumento de 350.000,00. 
(B) aumento de 450.000,00. 
(C) redução de 850.000,00. 
(D) aumento de 650.000,00. 
(E) redução de 550.000,00. 
Comentários: 
Segundo o CPC 25: 
59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor 
estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que 
incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida. 
Portanto, 
Trabalhista: Reverte R$ 100.000,00 (receita). 
Tributário: Reverte R$ 700.000,00 (receita). 
Por que reverte tudo? Passou de provisão para passivo contingente. 
Cível: Não faz nada, já que é passivo contingente. 
Ambiental: Provisão de R$ 150.000,00 (despesa) 
Portanto: 
- 150.000 + 700.000 + 100.000 = 650.000,00 (receita) 
Outra forma de resolver: 
A empresa tem as seguintes provisões em 31/12/2014: 
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Tipo de processo Valor (R$) 
Trabalhista 500.000,00 
Tributário 700.000,00 
Total 1.200.000,00 
Em 2015, deve contabilizar as seguintes provisões (que apresentam possibilidade de desembolso 
“provável”): 
Tipo de processo Valor (R$) 
Trabalhista 400.000,00 
Ambiental 150.000,00 
Total 550.000,00 
Assim, o valor da provisão deve diminuir de $1.200.000 para $550.000, o que representa um ganho 
(um aumento do resultado) no valor de $ 650.000 ($1.200.000 - $550.000). O gabarito é letra d. 
9.FOLHA DE PAGAMENTOS: 
ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO 
Dentro do grupo Passivo é muito importante que a gente conheça aspectos importantes sobre a 
constituição e contabilização da folha de pagamento. Tema bastante importante para provas! 
Os salários são registrados como despesa da empresa. O mesmo tratamento deve ser dado às 
contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do empregador. 
Assim, desconsiderado outros encargos, se tenho um funcionário que custa para a empresa o valor 
de R$ 5.000,00, lançaremos ao término do mês. 
D – Despesa com salários 5.000,00 
C – Salários a pagar 5.000,00 
Razonetes: 
5.000,00 5.000,00
Despesa com sal. Salários a pagar
 
Este lançamento é para o salário provisionado. Caso o pagamento se dê ali, no ato, lançaremos: 
D – Despesa com salários 5.000,00 
C – Caixa/Bancos conta movimento 5.000,00 
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Razonetes: 
5.000,00 5.000,00
Despesa com sal. Bancos
 
Agora, supondo que haja a incidência de FGTS e INSS. 
Neste caso, devemos nos perguntar se os encargos são do empregador ou do empregado. Sendo 
do empregador, a empresa lançará como despesa, fora do montante previsto para o salário. Sendo 
do empregado, a empresa apenas reterá o valor, lançando-o como obrigação no passivo e 
reduzindo o montante a pagar aos empregados. Retém na condição de responsável. 
Esquematizemos: 
 
Vejamos como foi cobrado: 
(Auditor Fiscal da Receita Federal/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de 
abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e valores: 
Salários e ordenados R$ 63.000,00 
Horas-extras R$ 3.500,00 
Salário-família R$ 80,00 
Salário-maternidade R$ 1.500,00 
INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00 
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 
FGTS R$ 5.320,00 
Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma de tributação, 
inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a despesa efetiva a ser contabilizada 
na empresa será de 
a) R$ 66.500,00. 
b) R$ 87.230,00. 
c) R$ 79.270,00. 
d) R$ 77.630,00. 
e) R$ 80.850,00. 
Encargos do empregador
• Lança como despesa, fora do valor 
dos salários
Encargos do empregado
• Retém o valor, reduzindo o valor a 
pagar para o empregado
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Comentários: 
Salários e ordenados R$ 63.000,00 
+ Horas-extras R$ 3.500,00 
+ INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 
+ FGTS R$ 5.320,00 = R$ 80.850,00. 
O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos à empresa pelo 
Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se dá do seguinte modo: 
D – INSS a recolher (passivo circulante) 
C – Salários a pagar (passivo circulante) 
No histórico, especifica-se que se trata de recolhimento para o salário família. 
O INSS dos segurados é despesa efetiva do próprio empregado, e, portanto, não deve ser 
contabilizado como despesa da empresa. O gabarito, portanto, é a letra e. 
9.1 - Valor Da Folha De Pagamentos 
O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a provisão 
de décimo terceiro salário. Mas, naturalmente, para concursos, a questão pode indicar apenas 
alguns encargos. Devemos sempre seguir as instruções da questão. 
Vamos ver rapidamente o cálculo das provisões de férias e décimo terceiro, e dos encargos sociais. 
9.2 - Encargos Sociais 
Os principais encargos são o INSS e o FGTS. 
INSS: Há dois tipos de recolhimentos que as empresas realizam, para o INSS: 
- INSS retido do funcionário 
As empresas descontam dos funcionários a contribuição previdenciária sobre o salário recebido, 
e posteriormente repassa o valor para o INSS. Não é despesada empresa. Essa parcela do 
recolhimento ao INSS é devida pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa. 
O percentual de desconto varia de 8% a 11%, conforme a faixa salarial do funcionário. Este valor 
não é incluído na provisão para férias, pois não é encargo da empresa. 
Vamos ver como ficaria a contabilização do pagamento de salário no valor de R$ 1.000,00, com 
retenção do INSS de 9%: 
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D – Despesa de salário 1.000 
C – INSS retido a recolher (Passivo) 90 
C – Salários a pagar (Passivo) 910 
Razonetes: 
1.000,00 90,00 910,00
Salários a pagarDespesa de salário INSS retido a recolher
 
Vejam que não foi considerado este valor como despesa, já que o valor é ônus do empregado. 
Temos de descontar do valor a pagar e recolher para o Governo. 
Pelo pagamento do salário: 
D – Salário a pagar 910 
C – Caixa 910 
Razonetes: 
1.000,00 90,00
910,00 910,00 910,00
Salários a pagarCaixa
Despesa de salário INSS retido a recolher
 
Pelo recolhimento do INSS: 
D – INSS retido a recolher 90 
C – Caixa 90 
Razonetes: 
1.000,00 90,00 90,00
910,00 910,00 910,00
90,00
Despesa de salário INSS retido a recolher
Salários a pagarCaixa
 
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Como se observa, o INSS dos funcionários não é despesa para a empresa; e também não afeta o 
valor das despesas de salários (a empresa apenas desconta e repassa, nada mais). 
- INSS patronal 
Constitui um encargo (despesa) da empresa, que deve recolher 20% do valor da folha salarial ao 
INSS. 
- FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) 
Também é encargo da empresa. Corresponde a 8% do valor do salário. O FGTS fica depositado 
numa conta, em nome do funcionário, e pode ser retirado quando o funcionário é demitido, ou 
em certos casos: compra de imóvel, doença etc. 
Há ainda outras contribuições, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae, Sesc, Senai etc. 
Algumas são variáveis, como o SAT (seguro de acidente do trabalho), cuja alíquota depende do 
grau de risco da atividade. 
Mas normalmente as questões informam o percentual de encargos sociais que deve ser 
considerado. 
Assim, gravemos: 
 
9.3 - Provisão Para Pagamento De Férias 
Entre os direitos dos funcionários, encontra-se o direito às férias, após trabalhar um ano. Mas, 
contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por mês, para observar o Regime da Competência. 
A legislação estabelece que o funcionário tem direito às férias, após um ano de trabalho; se for 
demitido antes de um ano, a empresa deve pagar férias proporcionais. Ou seja, o funcionário 
demitido após 9 meses de trabalho tem direito a 9/12 do salário, referente às férias proporcionais. 
E isso não é relativo a 1/3 de férias. Se ele for demitido, no “acerto de contas” ele receberá 9/12 
do salário, pois, se ele estivesse de férias, receberia o salário normal, mesmo que não trabalhasse. 
Encargo da empresa
INSS patronal
FGTS
Encargo do trabalhador INSS dos funcionários
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A provisão de férias é dedutível para efeito de Imposto de Renda, e deve ser calculada 
individualmente para cada funcionário. 
A contagem de dias de férias a que o funcionário tem direito na data do enceramento das 
demonstrações financeiras será efetuada da seguinte forma: 
1) Nos casos de períodos completos, após 12 meses de trabalho, o funcionário terá direito a férias 
na seguinte proporção: 
Até 5 faltas 30 dias corridos 
De 6 a 14 faltas 24 dias corridos 
De 15 a 23 faltas 18 dias corridos 
De 24 a 32 faltas 12 dias corridos 
Acima de 32 faltas perde o direito às férias. 
2) Período incompleto: deverá ser constituída provisão para pagamento das férias proporcionais, 
com base em 1/12 avos do salário mais encargos por mês ou fração superior a 14 dias. 
Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional de férias (um terço). 
Abono de férias: Ao sair de férias, o funcionário tem direito ao Abono de férias, no valor de 1/3 
do salário. O abono deve ser somado ao salário, para cálculo dos encargos sociais. 
Exemplo: Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e com direito a 10/12 
avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos, ficaria assim 
Observação: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, de 8%, como encargos. 
Salário 1.000,00 
Base para provisão (10/12 avos) 833,00 
Abono de férias (1/3) 277,67 
Subtotal 1.110,67 
INSS (20%) 222,13 
FGTS (8%) 88,85 
Total Provisão férias 1.421,65 
Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A contabilização, para os 
funcionários da produção, entra como custo de mão-de-obra; para os outros funcionários, como 
despesa: 
 
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Funcionários da produção: 
D – Custo de Mão de obra – provisão de férias 1.421,65 
C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65 
Outros funcionários (escritório): 
D – Despesa admin. – provisão de férias (resultado) 1.421,65 
C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65 
Observação: A empresa pode contabilizar separadamente cada parcela da 
provisão de férias (férias, abono, INSS a Recolher, FGTS a recolher) ou pode 
contabilizar um valor total e manter um controle à parte, extra-contábil. 
9.4 - Provisão Para Pagamento de 13º Salário 
É semelhante à provisão para férias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salário por mês, mais 
encargos. 
A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês integral. 
A provisão para 13º é contabilizada como custo, para os funcionários da produção; e como 
despesa, para os outros funcionários. 
Os encargos (INSS e FGTS) também devem ser provisionados. 
9.5 - Salário Mínimo E Vale Transporte 
A seguir, o valor do salário mínimo de anos recentes: 
Data Valor mensal 
01.01.2021 R$ 1.100,00 
01.01.2020 R$ 1.045,00 
01.01.2019 R$ 998,00 
É crueldade, mas algumas bancas costumam pedir questões e não dão o valor do salário mínimo. 
Portanto, o candidato deve saber pelo menos de uns dois ou três anos recentes. 
Quanto ao vale transporte, funciona da seguinte forma: a empresa paga o valor que o funcionário 
gasta com transporte público (ônibus, metrô) e desconta 6% do salário do funcionário. 
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Esquematizemos: 
 
Por exemplo, se determinado funcionário gasta R$ 260,00 por mês e tem salário de $2.000,00 a 
empresa desconta 6% do salário (120 reais) e considera o excesso (260 – 120 = 140) como despesa 
com vale transporte (vai compor as despesas com folha de pagamento). 
• Salário do funcionário R$ 2.000,00 
• Total da despesa com transporte R$ 260,00 
• Pode descontar do funcionário 6% x 2.000 = R$ 120,00 
• Despesa da empresa R$ 260,00 – R$ 120,00 = R$ 140,00 
Agora, uma questão: 
(CAGE/RS/Auditor do Estado/2014) Numa determinada empresa, o vale transporte é concedido 
a alguns colaboradores que o solicitaram por ocasião da assinatura do contrato de trabalho.Um 
determinado funcionário recebe a importância mensal de R$ 1.600,00 e utiliza 4 vales transportes 
por dia de trabalho para deslocar-se de sua residência até o seu local de trabalho. Cada vale 
transporte custa R$ 2,85. Para o mês de janeiro de 2013, este funcionário recebeu a quantia 
relativa a 22 dias de trabalho. O valor que o Setor de Pessoal procederá o desconto em folha de 
pagamento relativo ao vale transporte deste funcionário será: 
A) R$ 96,00 
B) R$ 125,40 
C) R$ 250,80 
D) R$ 342,00 
E) R$ 346,80 
Comentários 
O valor total do vale transporte no mês de janeiro para esse funcionário é de R$ 2,85 x 4 x 22 dias 
= R$ 250,80. O valor que a empresa pode descontar do salário do funcionário é $1.600,00 x 6% = 
R$ 96,00 (Gabarito da questão). 
A diferença de $258,80 - $96,00 = $154,80 é despesa da empresa. O gabarito é a letra a. 
Vale transporte
Empregado
Tem descontado 
6% do valor do 
SALÁRIO 
Empresa
Lança como 
despesa a 
diferença
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10. QUESTÕES COMENTADAS 
 
10.1 – FGV 
1. (FGV/IMBEL/Analista Contábil/2021) Um grupo de empregados acionou uma empresa na 
justiça, pedindo uma indenização no valor de R$ 100.000. Os advogados da empresa 
consideravam que a perda da causa na justiça era provável. Assinale a opção que indica o 
correto tratamento contábil do caso nas demonstrações contábeis da empresa. 
(A) Constituição de provisão para contingências. 
(B) Constituição de reserva para contingências. 
(C) Constituição de passivo contingente. 
(D) Diminuição do caixa. 
(E) Nada deve ser feito. 
Comentários: 
Quais as condições necessárias para o reconhecimento de uma provisão? Segundo o 
pronunciamento CPC 25: 
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como 
resultado de evento passado; 
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam 
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e 
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Como a perda foi julgada provável pelos advogados, devemos constituir uma provisão. 
Lançamento Contábil 
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D - Despesas com Provisões (aumento de despesas) 
C - Provisões para contingências (aumento do passivo) 
O gabarito é letra a. 
2. (FGV/IMBEL/Supervisor Contábil/2021) No ano de X0, uma empresa pagava, mensalmente, R$ 
840.000 a seus funcionários por conta dos salários. Em setembro, a empresa comunicou aos 
funcionários que, a partir de outubro, os salários teriam aumento de 20%. Assinale a opção 
que indica a despesa com a provisão para 13º salário contabilizada em outubro pela empresa, 
desconsiderando os encargos. 
(A) R$ 70.000 
(B) R$ 84.000 
(C) R$ 126.000 
(D) R$ 196.000 
(E) R$ 210.000 
Comentários: 
Questão difícil, pessoal. A despesa com a provisão para 13º salário será contabilizada por 
competência, ao final de cada mês, considerando a base mínima de 1/12 do valor da folha de 
pagamento. Até aqui, tudo bem. 
A dificuldade dessa questão era saber que, em virtude do aumento de salário, a provisão para o 
13º dos meses anteriores deve ser ajustada. Esse era o ponto. 
O salário era de R$ 840.000 até setembro, em outubro aumentou 20% e passou para R$ 1.008.000. 
Provisão contabilizada até setembro: $ 840.000 / 12 = $ 70.000 x 9 meses = $ 630.000. 
Para outubro, com a salário a $ 1.008. a provisão deve ser a seguinte: $ 1.008.000 / 12 = $ 84.000 
x 10 meses = $ 840.000,00 
Assim, em outubro deve ser provisionada a diferença: $ 840.000 - $ 630.000 = $ 210.000. 
Outra forma de calcular: 
Até setembro, a empresa provisionava $ 70.000 por mês (840.000 / 12 = 70.000). 
Em outubro, com o aumento do salário, a provisão mensal passou para $ 84.000 por mês: $ 
1.008.000 / 12 = $ 84.000 
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Assim temos 9 meses com provisão sobre o salário anterior, que deve ser reconstituída: $84.000 
– $ 70.000 = $ 14.000 x 9 meses = $ 126.000 
E somar a provisão de outubro de $ 84.000: $ 126.000 + $ 84.000 = $ 210.000. 
O gabarito é letra E. 
3. (FGV/IMBEL/Supervisor Contábil/2021) O Balanço Patrimonial de uma entidade apresentava, 
em 31/12/X0, os saldos a seguir. 
• Crédito Fiscal: R$ 40.000; 
• Passivo contingente: R$ 25.000; 
• Empréstimo bancário: R$ 50.000; 
• Despesa antecipada de salários: R$ 15.000; 
• Fornecedores: R$ 30.000; 
• Disponibilidades: R$ 34.000. 
Com base nos saldos apresentados, assinale a opção que indica o valor do passivo da entidade, 
na data. 
(A) R$ 80.000 
(B) R$ 95.000 
(C) R$ 105.000 
(D) R$ 120.000 
(E) R$ 135.000 
Comentários: 
Vamos fazer a classificação das contas e separar o passivo: 
• Crédito Fiscal: R$ 40.000; (ativo) 
• Passivo contingente: R$ 25.000; (não deve ser contabilizado nas demonstrações) 
• Empréstimo bancário: R$ 50.000; (Passivo) 
• Despesa antecipada de salários: R$ 15.000; (ativo) 
• Fornecedores: R$ 30.000; (Passivo) 
• Disponibilidades: R$ 34.000. (Ativo) 
Total do Passivo = 50.000 + 30.000 = R$ 80.000,00. 
O gabarito é letra a. 
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4. (FGV/SEFIN RO/Técnico Tributário/2018) Em 31/12/2016, o passivo da Cia. K apresentava a 
seguinte composição: 
 Passivo em 31/12/2016 85.000 
Passivo Circulante 
Salários a pagar (10/01/2017) 
Fornecedores (15/06/2017) 
55.000 
15.000 
40.000 
Passivo não Circulante 
Contas a pagar (10/10/2018) 
30.000 
30.000 
Na sociedade empresária, em 2017, aconteceram os seguintes fatos: 
• Um funcionário entrou na justiça contra a empresa pedindo R$ 10.000 por horas extras não 
pagas. O caso deve ser julgado em março de 2018. Os advogados da empresa consideram as 
chances de perda possíveis. 
• Um dos sócios da empresa concede um empréstimo para a própria empresa no valor de R$ 
20.000, para pagamento em 05/06/2018. 
• A despesa de salários de dezembro, a ser paga em 05/01/2018, é de R$ 18.000. 
Além disso, todos os prazos de pagamento foram cumpridos pela empresa. 
Assinale a opção que indica, em 31/12/2017, o valor do passivo circulante da Cia. K. 
a) R$ 38.000. 
b) R$ 48.000. 
c) R$ 58.000. 
d) R$ 68.000. 
e) R$ 78.000. 
Comentários: 
O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não circulante. 
Segundo a Lei das Sociedades por Ações: 
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando 
se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem 
vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 
desta Lei. 
O saldo inicial do Passivo Circulante da empresa é de R$ 55.000,00 e todos os prazos de 
pagamento foram cumpridos pela empresa. Portanto, esses Passivos foram liquidados! 
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Além disso, essa para resolvermos essaquestão, temos que nos atentar para um detalhe muito 
importante! O saldo de Contas a Pagar de 30.000, classificado em 31.12.2016 como Passivo Não 
Circulante, deverá ser reclassificado para Passivo Circulante. 
Agora, vamos analisar as modificações ocorridas: 
• Um funcionário entrou na justiça contra a empresa pedindo R$ 10.000 por horas extras não 
pagas. O caso deve ser julgado em março de 2018. Os advogados da empresa consideram as 
chances de perda possíveis. 
O CPC 25, item 14 afirma: 
Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como 
resultado de evento passado; 
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam 
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e 
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Como a perda foi julgada possível pelos advogados, não devemos reconhecer provisão, apenas 
um Passivo Contingente. 
• Um dos sócios da empresa concede um empréstimo para a própria empresa no valor de R$ 
20.000, para pagamento em 05/06/2018. 
O empréstimo concedido pelo sócio é classificado de acordo com o prazo de exigibilidade, nesse 
caso, Passivo Circulante. Apenas reforçando que esse empréstimo não é para aumento de capital, 
ou seja, a empresa tem a obrigação de devolvê-lo. 
• A despesa de salários de dezembro, a ser paga em 05/01/2018, é de R$ 18.000. 
O reconhecimento da despesa de salários aumenta o Passivo Circulante em 18.000. 
Diante do exposto, o saldo do Passivo Circulante em 31.12.2017 será: 
Salários a pagar (05/01/2018) 18.000 
Empréstimos a pagar (05/06/2018) 20.000 
Contas a pagar (10/10/2018) 30.000 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Total 68.000 
O gabarito é letra d. 
5. (FGV/CM Salvador/Analista Legislativo Municipal/2018) Há situações em que uma entidade 
precisa dar tratamento contábil a transações que geram obrigação para com terceiros, mas 
que haja incerteza acerca do prazo ou do valor do desembolso futuro necessário para liquidar 
a obrigação. 
 No caso de uma ação judicial em que o desembolso por parte da entidade que reporta é 
considerado provável e razoavelmente estimado, a entidade deve: 
a) tratar como resultado de exercícios futuros; 
b) reconhecer uma provisão pela melhor estimativa; 
c) divulgar em nota explicativa, se considerar relevante; 
d) aguardar a decisão final para reconhecer qualquer obrigação; 
e) reconhecer uma contingência pelo valor histórico de processos semelhantes. 
Comentários: 
Observem que as palavras chaves: “Incerteza” do “Prazo” ou “Valor”+ “ Provável” + “Estimado”. 
Diante de tais características, devemos reconhecer uma provisão pela melhor estimativa. 
O gabarito é letra b. 
6. (FGV/MPE AL/Auditor do Ministério Público/2018) Sobre os ativos contingentes, assinale a 
afirmativa correta. 
a) São evidenciados no ativo circulante. 
b) São evidenciados no ativo realizável a longo prazo. 
c) São evidenciados no ativo circulante ou no ativo realizável a longo prazo, dependendo do prazo 
esperado para realização. 
d) São avaliados periodicamente para garantir que o desenvolvimento nos processos esteja 
refletido nas demonstrações contábeis. 
e) São ajustados periodicamente pelo valor presente quando o efeito do valor do dinheiro, no 
tempo, é material. 
Comentários: 
a) São evidenciados no ativo circulante. 
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b) São evidenciados no ativo realizável a longo prazo. 
c) São evidenciados no ativo circulante ou no ativo realizável a longo prazo, dependendo do prazo 
esperado para realização. 
Errados, já que os ativos contingentes não são contabilizados. 
d) São avaliados periodicamente para garantir que o desenvolvimento nos processos esteja 
refletido nas demonstrações contábeis. 
Item correto, conforme o CPC 25: 
35. Os ativos contingentes são avaliados periodicamente para garantir que os 
desenvolvimentos sejam apropriadamente refletidos nas demonstrações 
contábeis. Se for praticamente certo que ocorrerá uma entrada de benefícios 
econômicos, o ativo e o correspondente ganho são reconhecidos nas 
demonstrações contábeis do período em que ocorrer a mudança de estimativa. 
Se a entrada de benefícios econômicos se tornar provável, a entidade divulga o 
ativo contingente (ver item 89). 
e) São ajustados periodicamente pelo valor presente quando o efeito do valor do dinheiro, no 
tempo, é material. 
Errado, os ativos contingentes não são ajustados a valor presente. 
Obs.: veremos esse assunto, com maiores detalhes, em aulas mais avançadas. 
O gabarito é letra d. 
7. (FGV/MPE AL/Contador/2018) Assinale a opção que indica a existência de um passivo 
contingente. 
a) Uma entidade é notificada na justiça por não ter pago férias a um de seus empregados, e 
considera provável a chance de perder. 
b) Uma entidade estima que serão utilizadas 20% das garantias oferecidas sobre seus produtos. 
c) Uma entidade contabiliza mensalmente, a partir de janeiro, o 13º salário a ser pago para seus 
empregados no mês de dezembro. 
d) Uma entidade inicia uma reestruturação, tendo um plano formal para tal. 
e) Uma entidade é processada por uma pessoa pública por uso indevido de imagem, e considera 
possível a chance de perder. 
Comentários: 
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a) Uma entidade é notificada na justiça por não ter pago férias a um de seus empregados, e 
considera provável a chance de perder. 
b) Uma entidade estima que serão utilizadas 20% das garantias oferecidas sobre seus produtos. 
c) Uma entidade contabiliza mensalmente, a partir de janeiro, o 13º salário a ser pago para seus 
empregados no mês de dezembro. 
d) Uma entidade inicia uma reestruturação, tendo um plano formal para tal. 
Errados, trata-se de uma provisão. Lembre-se: PROVisão → PROVável 
e) Uma entidade é processada por uma pessoa pública por uso indevido de imagem, e considera 
possível a chance de perder. 
Esse é o nosso gabarito. Fique atento a palavra-chave: “Possível” 
Tome nota! Passivo Contingente -> Possível -> Não contabiliza -> divulgar em notas explicativas 
O gabarito é letra E. 
8. (FGV/MPE AL/Contador/2018) Um empregado de determinada entidade entrou na justiça 
cobrando horas extras não remuneradas, no total de R$ 50.000. 
Os consultores jurídicos da entidade consideram que o risco de perda é remoto. 
Em relação ao fato, assinale a opção que indica o correto procedimento da entidade. 
a) Reconhecimento de passivo circulante. 
b) Reconhecimento de passivo não circulante. 
c) Reconhecimento de despesa. 
d) Divulgação em nota explicativa. 
e) Não deve haver reconhecimento nem divulgação. 
Comentários: 
Vimos que os Passivos contingentes podem riscos de saída de recursos possíveis ou remotos. No 
caso concreto, estamos diante do risco remoto que dispensa até mesmo a divulgação em notas 
explicativas. 
Tome nota! Passivo Contingente -> Remoto-> Não contabiliza -> Não divulgar em N.E. 
O gabarito é letra e 
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9. (FGV/ALE-RO/Assistente Legislativo/Técnico em Contabilidade/2018) Em 01/02/2018, um 
antigo funcionário

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