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INSTAGRAM: @profrenanaraujo TELEGRAM: https://t.me/profrenanaraujo https://t.me/profrenanaraujo PREPARAÇÃO COMPLETA TJDFT DIREITO PENAL QUESTÕES FGV – PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2021 / DPE-RJ) Observando as afirmações sobre os princípios constitucionais penais, marque a alternativa INCORRETA: Alternativas A) O princípio da legalidade veda a existência de crime sem lei que o defina e impede a existência de pena sem cominação legal. B) O princípio da anterioridade permite que o fato praticado anteriormente à vigência da lei penal que o define como crime seja punido. C) O princípio da legalidade ou da reserva legal impede a criação de crimes e a cominação de penas por medidas provisórias. D) O princípio da lesividade ou da exclusiva proteção de bens jurídicos impede que a lei consagre como crime fato que não acarrete lesão ou perigo de lesão a bem jurídico de terceiro. E) Tipos penais que não definem com clareza o fato proibido, tornando-o evidente, violam o princípio da legalidade. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2018 / TJAL) Julia, primária e de bons antecedentes, verificando a facilidade de acesso a determinados bens de uma banca de jornal, subtrai duas revistas de moda, totalizando o valor inicial do prejuízo em R$15,00 (quinze reais). Após ser presa em flagrante, é denunciada pela prática do crime de furto simples, vindo, porém, a ser absolvida sumariamente em razão do princípio da insignificância. De acordo com a situação narrada, o magistrado, ao reconhecer o princípio da insignificância, optou por absolver Julia em razão da: a) atipicidade da conduta; b) causa legal de exclusão da ilicitude; c) causa de exclusão da culpabilidade; d) causa supralegal de exclusão da ilicitude; e) extinção da punibilidade. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2015 / DPE-RO) Carlos, primário e de bons antecedentes, subtraiu, para si, uma mini barra de chocolate avaliada em R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos). Denunciado pela prática do crime de furto, o defensor público em atuação, em sede de defesa prévia, requereu a absolvição sumária de Carlos com base no princípio da insignificância. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, o princípio da insignificância: a) funciona como causa supralegal de exclusão de ilicitude; b) afasta a tipicidade do fato; c) funciona como causa supralegal de exclusão da culpabilidade; d) não pode ser adotado, por não ser previsto em nosso ordenamento jurídico; e) funciona como causa legal de exclusão da culpabilidade. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2012 / OAB) Em relação ao princípio da insignificância, assinale a afirmativa correta. A) O princípio da insignificância funciona como causa de exclusão da culpabilidade. A conduta do agente, embora típica e ilícita, não é culpável. B) A mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica constituem, para o Supremo Tribunal Federal, requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplicação do princípio da insignificância. C) A jurisprudência predominante dos tribunais superiores é acorde em admitir a aplicação do princípio da insignificância em crimes praticados com emprego de violência ou grave ameaça à pessoa (a exemplo do roubo). D) O princípio da insignificância funciona como causa de diminuição de pena. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2014 / OAB) Pedro Paulo, primário e de bons antecedentes, foi denunciado pelo crime de descaminho (Art. 334, caput, do Código Penal), pelo transporte de mercadorias procedentes do Paraguai e desacompanhadas de documentação comprobatória de sua importação regular, no valor de R$ 3.500,00, conforme atestam o Auto de Infração e o Termo de Apreensão e Guarda Fiscal, bem como o Laudo de Exame Merceológico, elaborado pelo Instituo Nacional de Criminalística. Em defesa de Pedro Paulo, segundo entendimento dos Tribunais Superiores, é possível alegar a aplicação do a) princípio da proporcionalidade. b) princípio da culpabilidade. c) princípio da adequação social. d) princípio da insignificância ou da bagatela. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2014 / OAB) O Presidente da República, diante da nova onda de protestos, decide, por meio de medida provisória, criar um novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A medida provisória foi convertida em lei, sem impugnações. Com base nos dados fornecidos, assinale a opção correta. a) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, quando convertida em lei. b) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso Nacional. c) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não é possível a criação de tipos penais por meio de medida provisória. d) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da República a iniciativa de lei em matéria penal. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2012 / SENADO) O Direito Penal busca primordialmente a proteção de algo selecionado pelo legislador dentro de um critério político, somente merecendo sua proteção aqueles bens mais importantes, sempre na ideia de que a intervenção desse ramo do Direito se justifica apenas quando outro não se mostrar suficiente. Qual dos princípios abaixo melhor fundamenta o texto acima no seu ponto fulcral? a) Proporcionalidade. b) Legalidade. c) Adequação social. d) Intervenção mínima. e) Lesividade. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2013 / TJAM) No tocante aos princípios constitucionais orientadores do estudo da Teoria do Crime, assinale a afirmativa incorreta. a) O princípio da intervenção mínima abrange os princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade b) O princípio da dignidade humana atua como uma espécie de "superprincípio", devendo toda norma jurídica nele se escorar. c) O princípio da adequação social serve de base de interpretação da norma, além de orientar o legislador para eventual revogação do tipo penal. d) O princípio da insignificância autoriza o afastamento da tipicidade material. e) O princípio da alteridade permite a punição do agente por conduta sem condições de atingir direito de terceiros. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2013 / SEGEP-MA) Com relação ao princípio da legalidade, assinale a afirmativa incorreta. a) Tal princípio se aplica às contravenções e medida de segurança. b) Tal princípio impede a criação de crimes por meio de medida provisória. c) Tal princípio impede incriminação genérica por meio de tipos imprecisos. d) Tal princípio impede a aplicação de analogia de qualquer forma no Direito Penal. e) Tal princípio está previsto no texto constitucional vigente. Prof. Renan Araujo QUESTÕES FGV – LEI PENAL NO TEMPO Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2021 / TJRO) Quanto ao “tempo do crime”, o Código Penal brasileiro adota a teoria: A) da atividade; B) do resultado; C) da ubiquidade; D) da consumação; E) do efeito. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2021 / SEFAZ-ES) Relativamente ao tema da aplicação da lei penal no tempo, analise as afirmativas a seguir. I. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. II. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela os efeitos penais da sentença condenatória, incidindo o princípio da abolitio criminis aos crimes decorrentes de leis penais excepcionais e temporárias. III. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos porsentença condenatória transitada em julgado e já iniciada a execução da pena. Está correto o que se afirma em A) II, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2020 / MPE-RJ) Em outubro de 2019, Carlos iniciou a execução de um grande crime de extorsão mediante sequestro, sendo que a restrição da liberdade da vítima durou mais de 60 (sessenta) dias. Ocorre que, no mês de novembro de 2019, quando o delito já estava consumado, entrou em vigor lei penal que aumentou a pena do crime de extorsão mediante sequestro. A vítima apenas conseguiu sua liberdade no dia de Natal do ano de 2019, mesma data em que houve obtenção da vantagem financeira pelo autor do fato, tendo ela comparecido em janeiro de 2020 ao Ministério Público para narrar o ocorrido. Oferecida denúncia em face de Carlos pela prática do crime de extorsão mediante sequestro e confirmada a autoria em instrução probatória, o promotor de justiça poderá requerer a condenação de Carlos com base na: (...) Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2020 / MPE-RJ) (...) A) lei em vigor em outubro de 2019, momento em que foi consumado o crime imputado, aplicando-se ao Direito Penal o princípio do tempus regit actum; B) lei em vigor no momento da apresentação das alegações finais, ainda que mais gravosa, aplicando-se ao Direito Penal o princípio do tempus regit actum; C) lei em vigor em outubro de 2019, por ser aplicável ao Direito Penal o princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa; D) inovação legislativa, pois o crime imputado somente restou consumado no dia da obtenção da vantagem indevida; E) inovação legislativa, ainda que mais gravosa, em razão da natureza do crime imputado. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2019 / MPE-RJ) Renato, Bruno e Diego praticaram diferentes crimes de roubo com emprego de armas brancas. Renato, no ano de 2017, foi condenado definitivamente pelo crime de roubo majorado pelo emprego de arma, pois, em 2015, teria, com grave ameaça exercida com emprego de faca, subtraído um celular. Bruno foi condenado, em primeira instância, em março de 2018, também pelo crime de roubo majorado pelo emprego de arma, já que teria utilizado um canivete para ameaçar a vítima e subtrair sua bolsa. A decisão ainda está pendente de confirmação diante de recurso do Ministério Público, apenas. Diego, por sua vez, responde à ação penal pela suposta prática de crime de roubo majorado pelo emprego de arma, que seria um martelo, por fatos que teriam ocorrido em fevereiro de 2018, estando o processo ainda em fase de instrução probatória. (...) Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2019 / MPE-RJ) (...) Ocorre que, em abril de 2018, entrou em vigor lei alterando o art. 157 do CP, sendo revogado o inciso I do parágrafo 2º, e passando a prever que apenas o crime de roubo com emprego de arma de fogo funcionaria como causa de aumento de pena. Considerando apenas as informações expostas e que a inovação legislativa não teria inconstitucionalidades, as novas previsões: (...) Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2019 / MPE-RJ) (...) A) seriam aplicáveis a Diego, que ainda não possui sentença condenatória em seu desfavor, com base no princípio da retroatividade da lei penal benéfica, mas não seriam aplicáveis a Renato e Bruno; B) não seriam aplicáveis a Renato, que já possui condenação com trânsito em julgado, aplicando-se o princípio da irretroatividade da lei penal, mas deveriam ser aplicadas a Bruno e Diego; C) não seriam aplicáveis a Renato, Bruno nem a Diego, já que os fatos imputados teriam ocorrido antes de sua entrada em vigor, aplicando-se o princípio da irretroatividade da lei penal; D) seriam aplicáveis a Renato, Bruno e Diego, em razão do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica; E) seriam aplicáveis apenas a Bruno e Diego, mas não a Renato, diante do princípio do tempus regit actum. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2018 / CÂMARA DE SALVADOR) Em razão da situação política do país, foi elaborada e publicada, em 01.01.2017, lei de conteúdo penal prevendo que, especificamente durante o período de 01.02.2017 até 30.11.2017, a pena do crime de corrupção passiva seria de 03 a 15 anos de reclusão e multa, ou seja, superior àquela prevista no Código Penal, sendo que, ao final do período estipulado na lei, a sanção penal do delito voltaria a ser a prevista no Art. 317 do Código Penal (02 a 12 anos de reclusão e multa). No dia 05.04.2017, determinado vereador pratica crime de corrupção passiva, mas somente vem a ser denunciado pelos fatos em 22.01.2018. Considerando a situação hipotética narrada, o advogado do vereador denunciado deverá esclarecer ao seu cliente que, em caso de condenação, será aplicada a pena de: (A) 02 a 12 anos, observando-se o princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa; (B) 03 a 15 anos, diante da natureza de lei temporária da norma que vigia na data dos fatos; (C) 02 a 12 anos, observando-se o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica; (D) 03 a 15 anos, diante da natureza de lei excepcional da norma que vigia na data dos fatos; (E) 02 a 12 anos, aplicando-se, por analogia, a lei penal mais favorável ao réu. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2018 / TJAL) No dia 02.01.2018, Jéssica, nascida em 03.01.2000, realiza disparos de arma de fogo contra Ana, sua inimiga, em Santa Luzia do Norte, mas terceiros que presenciaram os fatos socorrem Ana e a levam para o hospital em Maceió. Após três dias internada, Ana vem a falecer, ainda no hospital, em virtude exclusivamente das lesões causadas pelos disparos de Jéssica. Com base na situação narrada, é correto afirmar que Jéssica: (A) não poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o momento do crime e a Teoria da Ubiquidade para definir o lugar; (B) poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir o momento do crime e a Teoria da Atividade para definir o lugar; (C) poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o momento do crime e a Teoria da Atividade para definir o lugar; (D) não poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o momento do crime e apenas a Teoria do Resultado para definir o lugar; (E) poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir o momento do crime e a Teoria da Ubiquidade para definir o lugar. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2018 / TJAL) Disposições constitucionais e disposições legais tratam do tema aplicação da lei penal no tempo, sendo certo que existem peculiaridades aplicáveis às normas de natureza penal. Sobre o tema, é correto afirmar que: (A) a lei penal posterior mais favorável possui efeitos retroativos, sendo aplicável aos fatos anteriores, desde que até o trânsito em julgado da ação penal; (B) a abolitio criminis é causa de extinção da punibilidade, fazendo cessar os efeitos penais e civis da condenação; (C) a lei penal excepcional, ainda que mais gravosa, possui ultratividade em relação aos fatos praticados durante sua vigência; (D) os tipos penais temporários poderão ser criados através de medida provisória; (E) a combinação de leis favoráveis, de acordo com a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é admitida no momento da aplicação da pena. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2015 / TJ-RO) No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido em 03 de março de 1996, encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere diversos disparos de arma de fogo em seu peito com intenção de matá-lo. Populares que presenciaram os fatos, avisaram sobre o ocorridoa familiares de Fernando, que optaram por transferi-lo de helicóptero para Porto Velho, onde foi operado. No dia 05 de março de 2014, porém, Fernando não resistiu aos ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer ainda no hospital de Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do Código Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto afirmar que, em relação a estes fatos, Felipe será considerado: (...) Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2015 / TJ-RO) (...) a) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto que o lugar do crime é definido pela Teoria da Ubiquidade; b) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto que o lugar é definido pela Teoria do Resultado; c) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir tanto o tempo quanto o lugar do crime; d) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o momento do crime, enquanto que a Teoria da Atividade determina o lugar; e) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir tanto o tempo quanto o local do crime. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2011 / OAB) Na ocorrência de sucessão de leis penais no tempo, não será possível a aplicação da lei penal intermediária mesmo se ela configurar a lei mais favorável. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2014 / OAB) Considere que determinado agente tenha em depósito, durante o período de um ano, 300 kg de cocaína. Considere também que, durante o referido período, tenha entrado em vigor uma nova lei elevando a pena relativa ao crime de tráfico de entorpecentes. Sobre o caso sugerido, levando em conta o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta. a) Deve ser aplicada a lei mais benéfica ao agente, qual seja, aquela que já estava em vigor quando o agente passou a ter a droga em depósito. b) Deve ser aplicada a lei mais severa, qual seja, aquela que passou a vigorar durante o período em que o agente ainda estava com a droga em depósito. c) As duas leis podem ser aplicadas, pois ao magistrado é permitido fazer a combinação das leis sempre que essa atitude puder beneficiar o réu. d) O magistrado poderá aplicar o critério do caso concreto, perguntando ao réu qual lei ele pretende que lhe seja aplicada por ser, no seu caso, mais benéfica Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2014 / MPE-RJ) Em relação ao tempo do crime, o Código Penal adotou: a) a teoria da atividade, pela qual considera-se praticado o delito no momento da conduta, ainda que distinto o momento do resultado, jurídico ou naturalístico; b) a teoria do resultado, pela qual considera-se praticado o delito no momento da ocorrência do resultado, jurídico ou normativo; c) a teoria da ubiquidade, pela qual considera-se cometido o delito tanto no momento da conduta como no do resultado, dependendo do que for mais benéfico ao autor do fato; d) a teoria do resultado normativo, pela qual considera-se cometido o crime no momento da ocorrência do resultado naturalístico; e) duas teorias, a da atividade e a da territorialidade condicionada, dependendo da natureza do crime cometido. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2013 / TJAM) No tocante à aplicação da lei penal, assinale a afirmativa incorreta. a) Lei penal extrativa é aquela que produz efeitos fora de seu período de vigência, podendo ser ultrativa ou retroativa. b) A abolitio criminis é causa de extinção da punibilidade c) A novativo legis in mellius é retroativa, salvo quando já houve o trânsito em julgado da decisão condenatória respectiva. d) Em se tratado de crime permanente, aplica-se a lei vigente no momento em que cessou a permanência, ainda que se trate de lei penal mais gravosa. e) No caso de abolitio criminis, cessam os efeitos penais do fato praticado, persistindo os civis. Prof. Renan Araujo QUESTÕES FGV – LEI PENAL NO ESPAÇO Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2021 / TJRO) Sobre a aplicação da lei penal no espaço, é correto afirmar que: A) pelo princípio da extraterritorialidade, aplica-se a lei penal brasileira aos fatos puníveis praticados no território nacional, quando o agente for estrangeiro; B) a lei brasileira adota o princípio da territorialidade como regra, ainda que de forma atenuada, uma vez que ressalva a validade de convenções e tratados internacionais; C) o princípio da nacionalidade ou da personalidade permite a extensão da jurisdição penal do Estado titular do bem lesado para além dos seus limites territoriais; D) o princípio real, de defesa ou de proteção permite a aplicação da lei penal da nacionalidade do agente, pouco importando o local em que o crime foi praticado; E) o princípio da universalidade ou cosmopolita aplica-se à lei penal da nacionalidade do agente, pouco importando o local em que o crime foi praticado. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2018 / AL-RO) Mévio, deputado estadual, estava de férias com sua família em embarcação brasileira, de natureza privada, na França, quando acabou por praticar um crime de lesão corporal grave contra um francês que foi desrespeitoso com seus filhos. Dias após do delito, Mévio retornou ao Brasil sem que os fatos chegassem ao conhecimento das autoridades francesas, mas, em razão de gravações por câmeras de celulares, o Ministério Público tomou conhecimento dos fatos. Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que Mévio (...) Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2018 / AL-RO) (...) A) não poderá vir a ser julgado no Brasil, já que o Código Penal adota o princípio da territorialidade e o crime foi praticado em território estrangeiro. B) não poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal prever hipóteses de extraterritorialidade, Mévio não estava a serviço da Administração e a vítima era estrangeira. C) poderá vir a ser julgado no Brasil, ainda que já houvesse sido julgado no estrangeiro, diante da extraterritorialidade incondicionada justificada por ser funcionário público, mas eventual pena aplicada na França atenuaria a imposta no Brasil. D) poderá vir a ser julgado no Brasil, sendo indispensável que, dentre outras condições, o autor ingresse no país e não tenha sido absolvido na França. E) poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal não prever causas de extraterritorialidade, aplica-se o princípio da territorialidade, já que a embarcação privada brasileira é considerada território nacional. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2018 / TJAL) No dia 02.01.2018, Jéssica, nascida em 03.01.2000, realiza disparos de arma de fogo contra Ana, sua inimiga, em Santa Luzia do Norte, mas terceiros que presenciaram os fatos socorrem Ana e a levam para o hospital em Maceió. Após três dias internada, Ana vem a falecer, ainda no hospital, em virtude exclusivamente das lesões causadas pelos disparos de Jéssica. Com base na situação narrada, é correto afirmar que Jéssica: (...) Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2018 / TJAL) (...) A) não poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o momento do crime e a Teoria da Ubiquidade para definir o lugar; B) poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir o momento do crime e a Teoria da Atividade para definir o lugar; C) poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o momento do crime e a Teoria da Atividade para definir o lugar; D) não poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o momento do crime e apenas a Teoria do Resultado para definir o lugar;E) poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir o momento do crime e a Teoria da Ubiquidade para definir o lugar. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2018 / TJAL) Paulo, funcionário público do governo brasileiro, quando em serviço no exterior, vem a praticar um crime contra a administração pública. Descoberto o fato, foi absolvido no país em que o fato foi praticado. Diante desse quadro, é correto afirmar que Paulo: A) não poderá ser julgado de acordo com a lei penal brasileira por já ter sido absolvido no estrangeiro; B) somente poderá ser julgado de acordo com a legislação penal brasileira se entrar no território nacional; C) não poderá ter contra si aplicada a lei penal brasileira porque o fato não ocorreu no território nacional; D) poderá, por força do princípio da defesa real ou proteção, ser julgado de acordo com a lei penal brasileira; E) poderá, com fundamento no princípio da representação, ser julgado de acordo com a lei penal brasileira. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2016 / CODEBA) Em uma embarcação pública estrangeira, em mar localizado no território do Uruguai, o presidente do Brasil sofre um atentado contra sua vida pela conduta de João, argentino residente no Brasil, que conseguiu se infiltrar no navio passando-se por funcionário da cozinha, já planejando o cometimento do delito. O presidente do Brasil, porém, é socorrido e se recupera, enquanto João é identificado e preso na Bahia, um mês após os fatos. Considerando a situação narrada, sobre a aplicação da lei penal no espaço, é correto afirmar que a João a) não pode ser aplicada a lei brasileira, já que o crime foi cometido no estrangeiro. b) poderá ser aplicada a lei brasileira, com base no princípio da territorialidade. c) poderá ser aplicada a lei brasileira, ainda que o autor do crime tenha sido absolvido ou condenado no estrangeiro. d) poderá ser aplicada a lei brasileira, desde que o autor do crime não seja julgado no estrangeiro. e) não poderá ser aplicada a lei brasileira, já que o autor do crime é estrangeiro. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2013 / OAB) No ano de 2005, Pierre, jovem francês residente na Bulgária, atentou contra a vida do então presidente do Brasil que, na ocasião, visitava o referido país. Devidamente processado, segundo as leis locais, Pierre foi absolvido. Considerando apenas os dados descritos, assinale a afirmativa correta. A) Não é aplicável a lei penal brasileira, pois como Pierre foi absolvido no estrangeiro, não ficou satisfeita uma das exigências previstas à hipótese de extraterritorialidade condicionada. B) É aplicável a lei penal brasileira, pois o caso narrado traz hipótese de extraterritorialidade incondicionada, exigindo-se, apenas, que o fato não tenha sido alcançado por nenhuma causa extintiva de punibilidade no estrangeiro. C) É aplicável a lei penal brasileira, pois o caso narrado traz hipótese de extraterritorialidade incondicionada, sendo irrelevante o fato de ter sido o agente absolvido no estrangeiro. D) Não é aplicável a lei penal brasileira, pois como o agente é estrangeiro e a conduta foi praticada em território também estrangeiro, as exigências relativas à extraterritorialidade condicionada não foram satisfeitas. Prof. Renan Araujo Facebook: @profrenanaraujoestrategia (FGV / 2011 / OAB) Se um funcionário público a serviço do Brasil na Itália praticar, naquele país, crime de corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), ficará sujeito à lei penal brasileira em face do princípio da extraterritorialidade. Prof. Renan Araujo QUESTÕES FGV – FATO TÍPICO (FGV/2021/PCRN) Cássio, com a intenção de matar Patrício, efetua disparo de arma de fogo em sua direção, que atinge seu braço e o faz cair no chão. Enquanto caminha na direção de Patrício para efetuar novo disparo, Cássio percebe a aproximação de policiais e se evade do local, deixando Patrício apenas com o ferimento no braço. Considerando os fatos narrados, Cássio deverá responder pelo crime de: A) tentativa de homicídio; B) tentativa de homicídio, com diminuição da pena pela desistência voluntária; C) lesão corporal, pois houve desistência voluntária; D) tentativa de homicídio, com diminuição da pena pelo arrependimento eficaz; E) lesão corporal, pois houve arrependimento eficaz. (FGV/2021/PCRN) Haroldo convence Bruna a aplicarem um golpe no casal de noivos Marcos e Fátima, apresentando-se como organizadores de casamento. Após receberem do casal vultosa quantia para a organização das bodas, Haroldo e Bruna mudaram de cidade e trocaram de telefone. Percebendo que haviam sido vítimas de um golpe, Marcos e Fátima registraram os fatos na delegacia, demonstrando interesse em ver os autores responsabilizados pelo crime de estelionato. Após o registro da ocorrência, Bruna, arrependida, por conta própria, efetuou a devolução ao casal de parte do dinheiro que havia recebido. Considerando que houve reparação parcial do dano: (...) (FGV/2021/PCRN) (...) A) a conduta de Haroldo e Bruna tornou-se atípica, tratando-se de mero ilícito civil; B) Haroldo responderá por estelionato consumado, enquanto Bruna terá sua tipicidade afastada pela reparação parcial do dano; C) Haroldo e Bruna responderão por estelionato, devendo Bruna ter sua pena diminuída pelo arrependimento posterior; D) Haroldo responderá por estelionato tentado, enquanto Bruna terá sua tipicidade afastada pela reparação parcial do dano; E) Haroldo e Bruna responderão por estelionato, sem a causa de diminuição da pena pelo arrependimento posterior. (FGV/2022/TJAP/JUIZ) Sobre os institutos da desistência voluntária, do arrependimento eficaz e do arrependimento posterior, é correto afirmar que: A) a não consumação, por circunstâncias alheias à vontade do agente, é compatível com a desistência voluntária; B) o reconhecimento da desistência voluntária dispensa o exame do iter criminis; C) as circunstâncias inerentes à vontade do agente são irrelevantes para a configuração da desistência voluntária; D) o arrependimento eficaz e a desistência voluntária somente são aplicáveis a delito que não tenha sido consumado; E) o reconhecimento da desistência voluntária dispensa o exame do elemento subjetivo da conduta. (FGV/2022/MPE-GO/PROMOTOR) A causa de diminuição do Art. 16 do Código Penal, referente ao arrependimento posterior, somente tem aplicação se houver: A) a restituição da coisa antes do recebimento da denúncia, não possibilitada sua reparação, variando o índice de redução da pena em função da maior ou menor celeridade no ressarcimento do prejuízo à vítima; B) a integral reparação do dano ou a restituição da coisa antes do recebimento da denúncia, variando o índice de redução da pena em função da maior ou menor celeridade no ressarcimento do prejuízo à vítima; C) a restituição da coisa antes do recebimento da denúncia, não possibilitada sua reparação, variando o índice de redução da pena em função da integralidade e preservação do bem restituído; D) a integral reparação do dano ou a restituição da coisa antes do recebimento da denúncia, variando o índice de redução da pena em função da integralidade do bem restituído; E) a restituição da coisa antes do oferecimento da denúncia, não possibilitada sua reparação, variando o índice de redução da pena em função da integralidade e preservação do bem restituído. (FGV/2021/PCERJ/PERITO) A tentativa incruenta é modalidade de crime tentado no qual a vítima sofre ferimentos. (FGV/2021/PCERJ/PERITO) A respeito do tema consumação e tentativa, é correto afirmar que quanto mais perto da consumação, maior será a fração redutora, pois menor a reprovabilidade da conduta. (FGV/2021/TJSC) Matheus, inconformado com a participação de Gustavo e Nilza, pais de sua ex-companheira Mariana, no fim de seu relacionamento, decide praticar um crime de roubo na residência do rico casal. Para isso, compra cordas e elásticos, que utilizaria para amarrar as mãos das vítimas, alémde um simulacro de arma de fogo. Momentos antes da prática delitiva, quando Matheus se preparava para sair de casa, Mariana liga e demonstra interesse em retomar a relação, o que faz com que Matheus decida não mais ir até a casa de Gustavo e Nilza, mas sim ao encontro de Mariana. (...) (FGV/2021/TJSC) (...) Considerando apenas as informações expostas, é correto afirmar que a conduta de Matheus é: A) típica, mas deve ser reconhecida a causa de diminuição de pena da tentativa em seu patamar mínimo, tendo em vista que o critério a ser observado para definir o quantum de redução de pena é a gravidade do delito; B) típica, mas deve ser reconhecida a causa de diminuição de pena da tentativa em seu patamar máximo, já que o critério a ser observado no quantum de redução de pena é o iter criminis percorrido; C) atípica, em razão de não ter sido iniciada a execução; D) atípica, em razão do arrependimento eficaz; E) atípica, em razão da desistência voluntária. (FGV/2021/SEFAZ-ES) José trabalha como guarda-vidas da piscina do Clube Romano, aberto ao público das 8h às 22h, diariamente. A piscina do clube funciona das 9h às 21h, de terça a domingo, sendo aberta por Antônio, que trabalha como zelador no mesmo clube. José é sempre o primeiro a entrar na área da piscina, tão logo ela é aberta, para assumir seu posto no alto da cadeira de guarda-vidas. Contudo, no dia 1º de novembro de 2020, ele não chegou no horário porque sua condução atrasou. O espaço da piscina foi aberto por Antônio no horário habitual, mas José somente chegou ao clube às 10h. Ao entrar na área da piscina deparou-se com uma cena terrível: o corpo de uma criança morta, boiando na piscina. (...) (FGV/2021/SEFAZ-ES) (...) Sobre a conduta de José, assinale a afirmativa correta. A) José não praticou nenhum crime. B) José omitiu-se na prestação de socorro (Art. 135 do CP). C) José cometeu homicídio culposo (Art. 121, § 3º, do CP). D) José cometeu homicídio culposo na modalidade comissiva por omissão, pois exercia a função de garantidor (Art. 121, § 3º, c/c. o Art. 13, § 2º, ambos do CP). E) José cometeu homicídio doloso na modalidade comissiva por omissão, pois exercia a função de garantidor (Art. 121, caput, c/c. o Art. 13, § 2º, ambos do CP). (FGV/2021/PCRN/DELEGADO) Lidiane, exímia nadadora, convida sua amiga Karen para realizarem a travessia a nado de um rio, afirmando que poderia socorrê-la caso tivesse qualquer dificuldade. Durante a travessia, Karen e Lidiane foram pegas por um forte redemoinho que as puxou para o fundo do rio. Lidiane conseguiu escapar, mas, em razão da forte correnteza, não conseguiu salvar Karen, que veio a falecer por afogamento. Considerando o fato acima narrado, Lidiane: (...) (FGV/2021/PCRN/DELEGADO) (...) A) será responsabilizada pelo homicídio de Karen por omissão imprópria, visto que criou a situação de perigo e assumiu a posição de garantidora; B) assumiu a função de garantidora, devendo responder pela omissão de socorro com resultado morte; C) assumiu a função de garantidora, mas não responderá pela morte de Karen, pois estava impossibilitada de agir; D) não será responsabilizada pela morte de Karen, visto que não possuía o dever de agir; E) não assumiu a função de garantidora, devendo, contudo, responder pelo crime de omissão de socorro com resultado morte. (FGV/2020/MPE-RJ) Thiago, pessoa financeiramente humilde, alugou uma bicicleta avaliada em R$ 2.000,00 pelo período de 2 (duas) horas para ir até uma entrevista de emprego. Após a entrevista, chateado por não ter conseguido a vaga pretendida, acabou por pegar a bicicleta de outra pessoa que estava estacionada no mesmo local, acreditando ser a que alugara. Apesar de o modelo e o valor da bicicleta serem idênticos ao da que havia alugado, as cores eram diferentes. Cinco minutos depois, Thiago veio a ser abordado por policiais militares que souberam dos fatos, sendo indiciado, em sede policial, pela prática do crime de furto simples doloso. (...) (FGV/2020/MPE-RJ) (...) No momento do oferecimento da denúncia, o promotor de justiça deverá concluir que a conduta de Thiago é: A) típica, mas deverá ser reconhecida causa de diminuição de pena em razão do erro de proibição, que não era inevitável; B) típica, mas deverá ser imputado o crime contra o patrimônio de natureza culposa, já que o erro de tipo era evitável; C) atípica, em razão do reconhecimento do princípio da insignificância; D) atípica, diante do erro de proibição; E) atípica, diante do erro de tipo. (FGV/2019/DPE-RJ) Ao final das comemorações da noite de Natal com sua família, Paulo, quando deixava o local, acabou por levar consigo o presente do seu primo Caio, acreditando ser o seu, tendo em vista que as caixas dos presentes eram idênticas. Após perceber o sumiço do seu presente e acreditando ter sido vítima de crime patrimonial, Caio compareceu à Delegacia para registrar o ocorrido, ocasião em que foram ouvidas testemunhas presenciais, que afirmaram ter visto Paulo sair com aquele objeto. Paulo, ao tomar conhecimento da investigação, compareceu em sede policial e indicou onde o objeto estava, sendo o bem apreendido no dia seguinte em sua residência. Preocupado com sua situação jurídica, Paulo procurou a Defensoria Pública. (...) (FGV/2019/DPE-RJ) (...) Sob o ponto de vista jurídico, sua conduta impõe o reconhecimento de que: A) ocorreu erro de proibição, afastando a culpabilidade ou gerando causa de redução de pena, a depender de ser considerado vencível ou invencível; B) foi praticado crime de furto, mas deverá ser reconhecida a causa de diminuição de pena do arrependimento posterior; C) houve erro sobre a pessoa, devendo ser consideradas as características daquele que se pretendia atingir; D) ocorreu erro de tipo, o que faz com que, no caso concreto, sua conduta seja considerada atípica; E) houve erro na execução (aberratio ictus), logo a conduta deverá ser considerada atípica. (FGV/2018/AL-RO) José, pretendendo praticar crime de peculato, ingressa em repartição pública com a chave que possuía em razão do cargo, na parte da noite, com o objetivo de subtrair um computador da repartição. Quando estava no interior do local, todavia, pensa sobre as consequências da sua conduta e que sua família dependia financeiramente dele, razão pela qual deixa o local sem nada subtrair. O segurança do local, todavia, informado por notícia anônima sobre a intenção de José, o aborda na saída da repartição e realiza sua prisão em flagrante. Considerando as informações narradas, é correto afirmar que a conduta de José: A) não configura conduta típica em razão do arrependimento eficaz; B) não configura conduta típica em razão da desistência voluntária; C) não configura crime em razão do arrependimento posterior; D) configura tentativa de peculato em razão do arrependimento eficaz; E) configura tentativa de peculato em razão da desistência voluntária. (FGV/2018/TJSC) Durante uma discussão entre Carla e Luana, que eram amigas, Carla desfere, com intenção de causar lesão leve, um tapa na face de Luana, que a havia ofendido. Ocorre que, de maneira totalmente surpreendente, Luana vem a falecer no dia seguinte, em virtude do tapa recebido e da lesão causada, pois rompeu-se um desconhecido coágulo sanguíneo na cabeça, mesmo diante do fraco golpe. Na semana seguinte, a família de Luana, revoltada, procura a Delegacia, narra o ocorrido e afirma ter interesse em ver Carla processada criminalmente. Confirmados os fatos, assim como a intenção de Carla, o Ministério Público poderá imputar a Carla a prática do(s) crime(s) de: A) lesão corporal leve dolosa e homicídio culposo; B) lesão corporal seguida de morte; C) lesão corporal leve; D) homicídio doloso; E) homicídio culposo. (FGV/2018/TJSC) A doutrina majoritária conceitua crime como o fato típico, ilícito e culpável. Por sua vez, o fato típico envolve o elemento subjetivo do tipo, que pode ser o dolo ou a culpa. Sobre o tema, é correto afirmar que: A) o agente que pretende causar determinado resultado e tem conhecimento de que, com sua conduta, causará,necessariamente, um segundo resultado e, ainda assim, atua, responderá por dolo eventual em relação ao segundo resultado; B) os tipos culposos estão sujeitos ao princípio da tipicidade, somente podendo ser punidos quando devidamente prevista em lei a punição a título de culpa; (...) (FGV/2018/TJSC) (...) C) o agente que não quer diretamente o resulto, mas o prevê e aceita sua ocorrência a partir de sua conduta, poderá ser responsabilizado pelo tipo culposo; D) o tipo culposo exige a previsibilidade objetiva, mas se houver efetiva previsão, haverá dolo, ainda que eventual; E) o tipo culposo próprio, se presentes todos os demais elementos, admite a punição na modalidade tentada. (FGV/2018/TJSC) Em dificuldades financeiras, Ana ingressa, com autorização da proprietária do imóvel, na residência vizinha àquela em que trabalhava com o objetivo de subtrair uma quantia de dinheiro em espécie, simulando para tanto que precisava de uma quantidade de açúcar que estaria em falta. Após ingressar no imóvel e mexer na gaveta do quarto, vê pela janela aquela que é sua chefe e pensa na decepção que lhe causaria, razão pela qual decide deixar o local sem nada subtrair. Ocorre que as câmeras de segurança flagraram o comportamento de Ana, sendo as imagens encaminhadas para a Delegacia de Polícia. Nesse caso, a conduta de Ana: A) configura crime de tentativa de furto em razão do arrependimento posterior; B) configura crime de tentativa de furto em razão do arrependimento eficaz; C) configura crime de tentativa de furto em razão da desistência voluntária; D) não configura crime em razão da desistência voluntária; E) não configura crime em razão do arrependimento eficaz. (FGV/2018/TJSC) Durante uma tragédia causada pela natureza, Júlio, que caminhava pela rua, é arrastado pela força do vento e acaba se chocando com uma terceira pessoa, que, em razão do choque, cai de cabeça ao chão e vem a falecer. Sobre a consequência jurídica do ocorrido, é correto afirmar que: A) a tipicidade do fato restou afastada por ausência de tipicidade formal, apesar de haver conduta por parte de Júlio; B) a tipicidade do fato restou afastada, tendo em vista que não houve conduta penal por parte de Júlio; C) o fato é típico, ilícito e culpável, mas Júlio será isento de pena em razão da ausência de conduta; D) a conduta praticada por Júlio, apesar de típica e ilícita, não é culpável, devendo esse ser absolvido; E) a conduta praticada por Júlio, apesar de típica, não é ilícita, devendo esse ser absolvido. (FGV/2018/MPE-AL) Durante uma festa rave, Bernardo, 19 anos, conhece Maria, e, na mesma noite, eles vão para um hotel e mantém relações sexuais. No dia seguinte, Bernardo é surpreendido pela chegada de policiais militares no hotel, que realizam sua prisão em flagrante, informando que Maria tinha apenas 13 anos. Bernardo, então, é encaminhado para a Delegacia, apesar de esclarecer que acreditava que Maria era maior de idade, devido a seu porte físico e pelo fato de que era proibida a entrada de menores de 18 anos na festa rave. Diante da situação narrada, Bernardo agiu em (...) (FGV/2018/MPE-AL) (...) A) erro de tipo, tornando a conduta atípica. B) erro de tipo, afastando o dolo, mas permitindo a punição pelo crime de estupro de vulnerável culposo. C) erro de proibição, afastando a culpabilidade do agente pela ausência de potencial conhecimento da ilicitude. D) erro sobre a pessoa, tornando a conduta atípica. E) erro de tipo permissivo, gerando causa de redução de pena. (FGV/2021/TJSC) Hugo, funcionário de estabelecimento comercial, insatisfeito com seu empregador e querendo causar-lhe prejuízo, devidamente uniformizado e identificado, entrega a Jairo, cliente da loja, um aparelho celular que estava exposto à venda, dizendo tratar-se de um brinde. Jairo, então, coloca o aparelho em seu bolso e sai da loja, quando é imediatamente abordado por seguranças do local, que encontram o objeto em sua posse e o levam à delegacia de polícia, onde foi indiciado pelo crime de furto. Considerando apenas as informações expostas, é correto afirmar que Jairo: A) poderá ser responsabilizado pelo crime imputado, mas com causa de diminuição de pena, pois agiu em erro de proibição evitável; B) poderá ser responsabilizado pelo crime imputado, mas apenas na modalidade culposa, pois agiu em erro de tipo acidental; C) não poderá ser punido pelo crime imputado, pois estará isento de pena em razão de erro de proibição inevitável; D) não praticou o crime imputado, pois atuou em erro de tipo provocado por terceiro; E) não praticou o crime imputado, pois atuou em erro de tipo acidental. (FGV/2021/TJRO) Com relação à punibilidade da tentativa, é correto afirmar que: A) como regra, o Código Penal adotou a teoria subjetiva; B) o perigo de lesão ao bem jurídico tutelado é irrelevante; C) a ausência de posse mansa e pacífica da coisa em crimes patrimoniais conduz à tentativa; D) a pequena ofensividade da conduta impede a caracterização da tentativa; E) quanto maior o iter criminis percorrido, menor a fração da causa de diminuição. (FGV/2018/TJAL) João, funcionário público de determinado cartório de Tribunal de Justiça, após apropriar-se de objeto que tinha a posse em razão do cargo que ocupava, é convencido por sua esposa a devolvê-lo no dia seguinte, o que vem a fazer, comunicando o fato ao seu superior, que adota as medidas penais pertinentes. Diante desse quadro, é correto afirmar que: A) houve arrependimento eficaz, sendo o comportamento de João penalmente impunível; B) houve desistência voluntária, sendo o comportamento de João penalmente impunível; C) deverá João responder pelo crime de peculato tentado; D) deverá João responder pelo crime de peculato consumado, com a redução de pena pelo arrependimento posterior; E) deverá João responder pelo crime de peculato consumado, sem qualquer redução de pena. (FGV / 2018 / TJAL) Leandro, pretendendo causar a morte de José, o empurra do alto de uma escada, caindo a vítima desacordada. Supondo já ter alcançado o resultado desejado, Leandro pratica nova ação, dessa vez realiza disparo de arma de fogo contra José, pois, acreditando que ele já estaria morto, desejava simular um ato de assalto. Ocorre que somente na segunda ocasião Leandro obteve o que pretendia desde o início, já que, diferentemente do que pensara, José não estava morto quando foram efetuados os disparos. Em análise da situação narrada, prevalece o entendimento de que Leandro deve responder apenas por um crime de homicídio consumado, e não por um crime tentado e outro consumado em concurso, em razão da aplicação do instituto do: (a) crime preterdoloso; (b) dolo eventual; (c) dolo alternativo; (d) dolo geral; (e) dolo de 2o grau. (FGV / 2016 / MPE-RJ) Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto afirmar que: a) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias; b) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a culpabilidade; c) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo; d) o crime culposo admite como regra a forma tentada; e) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas com ele não se importa. (FGV / 2016 / OAB) Durante uma discussão, Theodoro, inimigo declarado de Valentim, seu cunhado, golpeou a barriga de seu rival com uma faca, com intenção de matá-lo. Ocorre que, após o primeiro golpe, pensando em seus sobrinhos, Theodoro percebeu a incorreção de seus atos e optou por não mais continuar golpeando Valentim, apesar de saber que aquela única facada não seria suficiente para matá-lo. Neste caso, Theodoro A) não responderá por crime algum, diante de seu arrependimento. B) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de sua desistência voluntária. C) responderá pelo crime de lesão corporal,em virtude de seu arrependimento eficaz. D) responderá por tentativa de homicídio. Prof. Renan Araujo OBRIGADO! Prof. Renan Araujo INSTAGRAM: @profrenanaraujo TELEGRAM: https://t.me/profrenanaraujo https://t.me/profrenanaraujo
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