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Fundamentos de redes de computadores - Material

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DESCRIÇÃO
Conceitos básicos e introdutórios às redes de computadores: histórico, evolução e classificação
das redes, seus componentes fundamentais, aplicações, representação e características
gerais.
PROPÓSITO
Compreender, de forma técnica, como funcionam as estruturas das redes de computadores e
suas aplicações. Tal assunto tem emprego direto nas áreas de Computação, Engenharia e em
diversas outras áreas do conhecimento, dado o protagonismo dessas redes em escala global.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever o histórico e a evolução das redes de computadores e da Internet
MÓDULO 2
Classificar as redes quanto à topologia, aos meios de transmissão e à área de cobertura
MÓDULO 3
Identificar as características e as peculiaridades das redes sem fio
MÓDULO 1
 Descrever o histórico e a evolução das redes de computadores e da Internet
INTRODUÇÃO
Vejamos, a seguir, um vídeo introdutório com um apanhado histórico sobre a evolução das
redes de computadores.
HISTÓRIA DA INTERNET
Vamos assistir ao vídeo com o especialista.
 
Imagem: Shutterstock.com
A área de redes de computadores continua a evoluir com rapidez, atendendo às crescentes
demandas da sociedade. O imenso volume de dados e a necessidade de disponibilidade
instantânea das informações representam desafios para as redes de computadores, que
evoluem para cada vez mais aumentar a velocidade de suas conexões e tratar os dados
transmitidos com mais segurança (KLEINROCK, 2008).
 
Imagem: Shutterstock.com
CONCEITOS
Um dos conceitos fundamentais e inerentes às redes de computadores, que causou uma
mudança de paradigma nas comunicações e foi um dos responsáveis pelo grande sucesso da
Internet, é o paradigma da comutação de pacotes.
Antes do surgimento da Internet, as redes de comunicação, como as redes de telefonia fixa
convencional, eram baseadas no conceito da comutação de circuitos.
Na época, a grande inovação foi a mudança de paradigma para a comutação de pacotes, que
facilitou a conectividade e a rápida expansão das redes de computadores para uma escala
global.
COMUTAÇÃO DE CIRCUITOS
Na comutação de circuitos, é necessário o estabelecimento prévio de um circuito físico entre
a origem e o destino antes da transmissão da informação propriamente dita. Tomemos como
exemplo a ilustração de uma conversa telefônica que utilize as redes tradicionais de telefonia
fixa.
 
Imagem: Adaptada por Eduardo Trindade
 Comutação de circuitos – rede tradicional de telefonia fixa
O usuário A deseja estabelecer uma ligação telefônica com o usuário B, localizado em outra
cidade.
Ao digitar o número do telefone do usuário B com o respectivo DDD, a central telefônica local
conectada ao aparelho do usuário A inicia um processo de sinalização pela rede telefônica até
que um caminho físico (circuito) seja estabelecido da rede do terminal A ao terminal telefônico
do usuário B.
Ao atender o telefone, o usuário B confirma a utilização desse circuito. A partir daí, a conversa
(troca de informação entre os usuários A e B) pode ser efetuada.
 
Imagem: Adaptada por Eduardo Trindade
COMUTAÇÃO DE PACOTES
 ATENÇÃO
Na comutação de pacotes, não existem as fases 1 e 3 descritas anteriormente, que
compreendem o estabelecimento prévio de um circuito antes da transmissão dos dados e a
desconexão ou o encerramento do circuito estabelecido ao final da comunicação.
Neste tipo de comutação, a informação é dividida em conjuntos de dados chamados pacotes,
que também carregam a informação de identificação da origem e do destino dentro da rede.
Assim, os pacotes são encaminhados individualmente e de forma independente; cada ponto
intermediário do percurso analisa as informações do pacote e decide por onde encaminhá-lo
dentro da rede, até que ele alcance o destinatário final.
 
Imagem: Adaptada por Eduardo Trindade
Na imagem a seguir, temos um exemplo de um diagrama esquemático da transmissão de
dados entre origem “A” e destino “B” conectados pelos nós intermediários (S1, S2, S3, S4, S5 e
S6).
A informação foi particionada em quatro pacotes (1, 2, 3 e 4) que são encaminhados de forma
independente dentro da rede até alcançarem o destino “B”.
 
Imagem: Adaptada por Eduardo
 ATENÇÃO
Observe que cada pacote pode seguir um caminho diferente, de forma que a ordem de
chegada ao destino não é preservada. Cabe assim ao nó destino “B” rearrumar os pacotes na
sequência correta para recuperar completamente a informação original transmitida por “A”.
TENDÊNCIAS
As redes de computadores apresentaram uma evolução impressionante ao longo das últimas
décadas, e as projeções apontam para um desenvolvimento ainda mais rápido nos próximos
anos. Cada vez mais, as pessoas dependerão das redes de computadores para o uso dos
mais diversos serviços, com impactos cada vez maiores em todas as áreas de atuação da
sociedade.
REDES DEFINIDAS POR SOFTWARE
Dada a grande evolução e o crescimento das redes de computadores, essas estruturas
passaram a integrar grande quantidade e diversidade de sistemas, equipamentos, dispositivos,
enlaces e serviços, tornando as tarefas de gerência bastante complicadas e dispendiosas.
As Redes Definidas por Software (SDN: Software Defined Networks) permitem programar o
comportamento da rede de forma centralizada e controlada por meio de interfaces de
programação abertas.
 
Imagem: Shutterstock.com
ENLACES
javascript:void(0)
Como estudaremos no segundo módulo, enlaces representam as ligações físicas entre os
nós da rede, usando vários meios de transmissão (fibra ótica, par trançado, cabo coaxial
etc.)
A figura central em uma rede SDN é o controlador de rede, por onde o gerente consegue
estabelecer políticas e comportamentos, e passar essas informações diretamente para os
equipamentos que compõe a rede. Assim, o plano de controle da rede fica independente das
características físicas e do hardware de cada equipamento, sendo implementado agora no
controlador de rede.
CONTROLADOR DE REDE
O controlador da rede é um sistema que roda em um servidor central desenvolvido para
controlar todo o fluxo de informações na rede de forma a facilitar o trabalho de gerência e
melhorar o desempenho das aplicações de rede. O controlador utiliza protocolos para se
comunicar com os demais elementos da rede e informar para onde encaminhar os
pacotes.
 
Imagem: Adaptada por Eduardo Trindade
javascript:void(0)
Vimos, na imagem anterior, uma representação de rede onde o controlador possui a visão
global da topologia e atua diretamente nos equipamentos para estabelecer as políticas
definidas pelo gerente da rede.
INTERNET DAS COISAS
A conectividade é a palavra-chave da Internet; sendo assim, a evolução, no sentido de
aumentar ainda mais o grau de conectividade, trouxe a tecnologia da Internet das Coisas (IoT:
Internet of Things).
A ideia por trás dessa iniciativa é conectar não apenas os computadores, smartphones e
tablets, mas também qualquer dispositivo, objeto e até mesmo animais na rede. Isso permitiria
que todos os objetos do nosso cotidiano (ex. geladeira, porta da casa, lata de lixo, par de
sapatos etc.) pudessem trocar dados e ser utilizados remotamente.
 
Imagem: Shutterstock.com
FUNCIONAMENTO DE REDES E
TOPOLOGIA
Vamos assistir ao vídeo com o especialista.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de
estudar.
Comutação de circuitos x Comutação de pacotes
Redes Definidas por Software
Internet das coisas
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ESTUDAMOS SOBRE A HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DAS REDES DE
COMPUTADORES. COM BASE NOS FATOS RELATADOS NO CORRENTE
MÓDULO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) A ARPANET, sendo uma rede financiada pelo governo dos Estados Unidos, ficou restrita ao
território americano.
B) As tecnologias desenvolvidas para a Internet foram essenciais para a criação da ARPANET.
C) A comutação de pacotes trouxe uma mudança de paradigma na comunicação de dados.
D) O surgimento das LANs e WLANs permitiu o estabelecimentode conexões de grande
alcance entre os nós da rede.
2. EM RELAÇÃO À COMUTAÇÃO DE CIRCUITOS E COMUTAÇÃO DE
PACOTES, SELECIONE A OPÇÃO INCORRETA:
A) Na comutação de circuitos, o processo de transmissão da informação ocorre em três fases.
B) Na comutação de pacotes, cada pacote é encaminhado de forma independente dos demais.
C) A comutação de circuitos é uma tecnologia anterior à comutação de pacotes.
D) Na comutação de pacotes, a ordem de recepção dos pacotes no destino é preservada.
GABARITO
1. Estudamos sobre a história e evolução das redes de computadores. Com base nos
fatos relatados no corrente módulo, assinale a alternativa correta:
A alternativa "C " está correta.
 
A introdução da tecnologia de comutação de pacotes favoreceu o desenvolvimento das redes
de computadores e causou uma mudança de paradigma em relação à comutação de circuitos -
- tecnologia anterior, empregada principalmente pelas redes tradicionais de telefonia fixa.
2. Em relação à comutação de circuitos e comutação de pacotes, selecione a opção
incorreta:
A alternativa "D " está correta.
 
Na comutação de pacotes, os pacotes são encaminhados de maneira independente pelos nós
da rede, de forma que cada pacote pode seguir um caminho diferente dos demais. Assim, não
é possível garantir que os pacotes cheguem ao destino na mesma ordem em que foram
transmitidos pela origem.
MÓDULO 2
 Classificar as redes quanto à topologia, aos meios de transmissão e à área de
cobertura
INTRODUÇÃO
As redes de computadores são constituídas de três componentes fundamentais: nós, enlaces
e protocolos.
 
Imagem: Shutterstock.com
NÓS
Os nós representam os sistemas finais ou sistemas intermediários que são interconectados
em rede.
 
Imagem: Shutterstock.com
ENLACES
Os enlaces representam as ligações físicas entre os nós da rede, podendo empregar os mais
diferentes meios de transmissão: fibra ótica, par trançado, cabo coaxial, transmissão em RF,
javascript:void(0)
javascript:void(0)
micro-ondas, enlace satelital, etc.
 
Imagem: Shutterstock.com
PROTOCOLOS
Os protocolos implementam as regras de comunicação nas redes que organizam e controlam o
fluxo de informação. Os protocolos automatizam a comunicação entre os nós e resolvem os
problemas de transmissão, erros, controles, gerência, serviços e políticas de uso.
SISTEMAS FINAIS
Os sistemas finais são responsáveis pela geração e consumo dos dados, são o propósito
de existência da rede, aqui estão incluídos os terminais dos usuários da rede
(computadores, tablets, smartphones etc.).
SISTEMAS INTERMEDIÁRIOS
Fazem parte da infraestrutura da rede e retransmitem os dados dos usuários até que
cheguem ao destino, são os equipamentos de rede (roteadores, switches, etc).
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À TOPOLOGIA
A topologia de uma rede é representada pelo arranjo de ligação dos nós através dos enlaces.
Essas ligações podem ocorrer das mais diversas formas, o que resulta em diferentes tipos de
topologia.
Vejamos alguns tipos de arranjos e os respectivos nomes dados às topologias.
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
A TOPOLOGIA DE UMA REDE TEM INFLUÊNCIA
DIRETA NO SEU DESEMPENHO E NA SUA
ROBUSTEZ.
No vídeo a seguir, veremos o diagrama de Paul Daran (DARAN, 1964) classificando três tipos
de topologia:
TIPOS DE TOPOLOGIA
Vamos assistir ao vídeo sobre o funcionamento de três tipos de topologia.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ÁREA DE
COBERTURA (ALCANCE)
As redes de computadores podem também ser classificadas quanto à região ou área física em
que são dispostas para prestarem serviços aos usuários. São classificadas sob diversas siglas,
que detalharemos no vídeo a seguir: LAN, MAN, WAN, WLAN, WMAN, SAN e PAN.
 
Imagem: Shutterstock.com
ÁREA DE COBERTURA (ALCANCE)
Vamos assistir ao vídeo.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MEIO DE
TRANSMISSÃO
Podemos também classificar as redes em dois grandes grupos de acordo com o tipo de meio
físico usado para interconectar os dispositivos: redes cabeadas ou redes sem fio.
REDES CABEADAS
Nas redes cabeadas (ou redes por cabo), as conexões entre os dispositivos empregam meios
físicos por onde o sinal é transmitido de forma confinada. São geralmente empregados como
meios físicos o cabo coaxial, o cabo de par trançado ou o cabo de fibra óptica.
 
Imagem: Shutterstock.com
PAR TRANÇADO
 
Imagem: Shutterstock.com
FIBRA ÓTICA
 
Imagem: Shutterstock.com
CABO COAXIAL
 
Imagem: Shutterstock.com
Algumas características da rede cabeada são:
TRANSPORTE DE SINAL
Tanto o par trançado quanto o cabo coaxial transportam o sinal eletromagnético, enquanto na
fibra óptica o sinal é propagado na forma de luz.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Cada um dos meios oferece vantagens e desvantagens em relação aos demais. Embora o par
trançado seja mais flexível e barato, enfrenta o problema de interferências eletromagnéticas em
maior escala. Já a fibra óptica, que é mais cara, está imune às interferências e possui a
capacidade de atingir altas taxas de transmissão.
 
Imagem: Shutterstock.com
REDES SEM FIO
Nas redes sem fio o sinal é transmitido em espaço aberto, não guiado.
REDES SEM FIO
São tecnologias de redes sem fio: a rede por infravermelhos, a rede por micro-ondas e a
rede por rádio. Cada qual com alcances, faixa operacional do espectro eletromagnético,
taxas de transmissão e imunidade a interferências diferentes.
 EXEMPLO
Esses tipos de rede apresentam diversas facilidades em relação às redes cabeadas. Ex.:
rapidez na instalação, capacidade de mobilidade, pouco ou nenhum impacto sobre a
infraestrutura predial. Em alguns prédios históricos e locais críticos, acabam sendo a única
possibilidade viável para uma rede ser instalada.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de
estudar.
Classificação quanto à área de cobertura (alcance)
Classificação segundo o meio de transmissão
VERIFICANDO O APRENDIZADO
javascript:void(0)
1. EM RELAÇÃO AOS DIFERENTES ARRANJOS TOPOLÓGICOS QUE
UMA REDE DE COMPUTADORES PODE ASSUMIR, ASSINALE A
ALTERNATIVA CORRETA:
A) A topologia centralizada não apresenta vantagens em relação a uma topologia distribuída.
B) As topologias em estrela e anel são resistentes à queda de um enlace, mas a queda de dois
enlaces sempre desconecta os demais nós da rede.
C) A topologia distribuída apresenta uma maior tolerância a falhas do que as topologias
descentralizadas e centralizadas.
D) O arranjo topológico não interfere no desempenho global da rede.
2. NESTE MÓDULO ESTUDAMOS ALGUMAS FORMAS DE
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES DE COMPUTADORES. ESTÁ INCORRETA A
AFIRMATIVA:
A) As redes de computadores podem ser classificadas quanto ao seu tamanho ou área de
cobertura.
B) Uma MAN pode ser caracterizada pela ligação de diversas LANs.
C) Os meios físicos empregados em redes cabeadas apresentam diferentes características
quanto à imunidade ao ruído.
D) As WLANs substituíram as LANs para poderem atingir maiores distâncias de ligação entre
os terminais.
GABARITO
1. Em relação aos diferentes arranjos topológicos que uma rede de computadores pode
assumir, assinale a alternativa correta:
A alternativa "C " está correta.
 
A topologia distribuída é a mais tolerante a falhas por não apresentar nós ou enlaces críticos
que afetem o funcionamento global da rede. Nos outros dois tipos de arranjos existem nós que
caso apresentem falhas são capazes de comprometer toda a estrutura da rede.
2. Neste módulo estudamos algumas formas de classificação das redes de
computadores. Está incorreta a afirmativa:
A alternativa "D " está correta.
 
Tanto as WLANs quanto as LANs são classificadas como redes locais e, portanto, não visam
ligações de longo alcance, as WLANs permitem, no entanto, que os terminais sejam ligados em
rede por meio de enlaces sem fio.
MÓDULO 3
 Identificar as características e as peculiaridadesdas redes sem fio
INTRODUÇÃO
EMBORA AS REDES SEM FIO PARA TRANSMISSÃO
DE DADOS TENHAM SE POPULARIZADO BASTANTE
NAS ÚLTIMAS DÉCADAS, O SEU DESENVOLVIMENTO
DATA DO INÍCIO DOS ANOS 1970. PODE-SE AFIRMAR
QUE A PRIMEIRA DEMONSTRAÇÃO PÚBLICA DAS
REDES SEM FIO EM PACOTES (DADOS) OCORREU EM
JUNHO DE 1971, NA UNIVERSIDADE DO HAVAÍ,
CONHECIDA COMO ALOHANET.
ABRAMSON, 2009
O objetivo da ALOHAnet era empregar equipamentos de rádio de baixo custo para as
transmissões que possibilitassem a conexão dos terminais dos usuários espalhados pela
universidade até um grande computador central de uso compartilhado.
 COMENTÁRIO
A contribuição que o sistema trouxe foi tão importante que, mais tarde, diversos protocolos de
comunicação empregados em redes celulares e até mesmo em redes cabeadas foram
inspirados na ALOHAnet.
 
Imagem: Adaptada por Eduardo Trindade
 Ilustração da rede ALOHA, onde os terminais remotos acessam a estação central através
de transmissões UHF (Ultra High Frequency) em meio aberto
A partir de então, o desenvolvimento das redes sem fio seguiu um ritmo constante, até
chegarmos à explosão de seu uso nos dias de hoje. Pode-se dizer que as tecnologias de redes
sem fio foram responsáveis pela imensa conectividade de usuários que observamos em todo o
mundo, como também são um veículo de participação e inclusão social.
Porém, antes de abordarmos algumas de suas principais tecnologias, é importante entender
alguns conceitos e algumas peculiaridades das redes sem fio que as diferem das redes
cabeadas tradicionais.
CONCEITOS
PECULIARIDADES E CARACTERÍSTICAS DAS REDES
SEM FIO
A simples possibilidade de se utilizar enlaces sem fio em vez de enlaces por cabo em redes de
computadores introduz diversas vantagens.
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
O lançamento de cabos em áreas urbanas ou rurais, ou mesmo a instalação predial de cabos,
pode, por vezes, ser bastante complicado, custoso ou até mesmo proibido. No exemplo citado
anteriormente da ALOHAnet, o terreno acidentado e a dispersão dos terminais na universidade
se tornaram claramente fatores motivadores para a utilização de enlaces sem fio. Existem
também outras situações onde a adoção dos enlaces sem fio acaba se tornando a única opção
disponível.
Ex.: a instalação de uma rede em um prédio histórico tombado onde não é permitida qualquer
alteração, obra ou reforma; dentro de um centro cirúrgico de um hospital; instalação de redes
temporárias etc.
A mobilidade dos terminais também aparece como uma das grandes vantagens da utilização
de redes sem fio; assim, uma infinidade de diferentes cenários para a utilização das redes de
computadores se tornou possível, tais como: campos de batalha, regiões afetadas por
calamidades, operações de resgate, atividades esportivas, eventos, shows, veículos
autônomos não tripulados, redes de sensores.
A facilidade de expansão da rede com a inclusão de novos dispositivos e a rapidez com que
esses dispositivos podem ser instalados e ganhar acesso à rede sem fio também configuram
grandes vantagens em relação às redes com cabos. Podemos adicionar a isso a flexibilidade
de o terminal poder alcançar locais onde o cabo não chega.
 
Imagem: Shutterstock.com
No entanto, é importante também conhecer as desvantagens ou dificuldades encontradas
pelas redes sem fio. Em primeiro lugar, a transmissão em espaço aberto traz preocupações
imediatas com a segurança, visto que os sinais podem ser mais facilmente capturados por
algum terminal não autorizado que esteja escutando o meio.
A transmissão do sinal em espaço aberto também está sujeita a maior atenuação do sinal e
interferência de outras fontes, tendo em vista que não há a proteção e o isolamento do meio
guiado. Isso afeta diretamente as taxas de transmissão, o alcance e a potência necessária nos
transmissores.
A propagação do sinal também sofre o que se chama de propagação multivias; como o meio
não é guiado, o sinal pode sofrer reflexões em obstáculos pelo caminho, o que dificulta a
detecção da informação por parte dos receptores. Até mesmo as condições climáticas
(temperatura, pressão, umidade do ar) impõem dificuldades nas transmissões. Em suma, a
transmissão de sinais em meio aberto está sujeita a diferentes intemperes e dificuldades que
geralmente não afetam ou são mitigadas pelos meios guiados.
 
Imagem: Adaptado por Eduardo Trindade
 Sinal sendo refletido por múltiplos caminhos no espaço aberto (propagação multivias),
dificultando a recepção da informação no receptor.
 
Imagem: Adaptado por Eduardo Trindade
 Condições climáticas (chuva) causando a atenuação do sinal para o receptor.
REDES LOCAIS SEM FIO – WIFI
As redes locais sem fio se tornaram atualmente uma das mais importantes tecnologias de
acesso à Internet, estando presente nos mais diversos locais de atividade das pessoas: em
casa, no trabalho, nos hotéis, nas universidades, escolas, nos restaurantes, cafés, aeroportos,
estádios etc.
A tecnologia dominante empregada em redes locais sem fio é a tecnologia WiFi, identificada
pelo padrão IEEE 802.11.
 
Imagem: Shutterstock.com
No vídeo a seguir, abordaremos o funcionamento básico dessa tecnologia.
AS REDES LOCAIS SEM FIO – WIFI.
Vamos assistir a uma entrevista com o especialista.
REDES MÓVEIS CELULARES
Outra tecnologia de redes de comunicação sem fio amplamente utilizada nos dias atuais é a
tecnologia de redes móveis celulares. A cobertura que essas redes oferecem nas grandes
cidades, estradas e até mesmo em zonas rurais é bastante ampla, o que motivou a explosão
do consumo e a utilização de aparelhos celulares como plataformas de acesso à Internet.
Um levantamento realizado pela empresa GSMA Intelligence estimou que, até janeiro de 2020,
cerca de 5,18 billhões de pessoas aparecem como usuários de serviço de telefonia celular, ou
seja, 66.77% da população mundial. Esse dado confirma o grande sucesso e a evolução
tecnológica dessas redes ao longo dos anos e também reflete a necessidade da população
mundial por serviços de redes móveis sem fio.
Veja, a seguir, uma ilustração da estrutura básica de uma rede móvel celular. As células
representadas pelos hexágonos cobrem determinada região geográfica na qual o acesso à
rede é oferecido. O conjunto de células, então, garante a cobertura em uma área maior: uma
cidade, por exemplo. Cada célula possui uma estação-base – BS (Base Station), que
desempenha um papel semelhante ao dos APs nas redes IEEE 802.11.
 
Imagem: Adaptada por Eduardo Trindade
Características das redes móveis celulares:
HANDOFF
Um dos objetivos das redes móveis celulares é oferecer mobilidade total aos usuários. Ao se
movimentarem, os usuários podem trocar de célula de cobertura e, assim, trocar também de
acesso a outra BS. Esse processo é conhecido como handoff. O handoff é totalmente
despercebido pelos usuários e realizado automaticamente pela rede e pelos dispositivos
móveis.
UPLINK E DOWNLINK
A comunicação dos terminais até a BS é realizada pelo canal chamado uplink (canal de subida
que é compartilhado entre os terminais), e a comunicação da BS até os terminais é realizada
pelo downlink (canal de decida controlado unicamente pela BS).
Assim, no canal compartilhado uplink, são necessários também os protocolos de múltiplo
acesso para organizar a comunicação dos diversos terminais. Porém, diferente das redes WiFi,
aqui não se utiliza o protocolo CSMA/CA, e sim soluções de compartilhamento estáticas
baseadas, por exemplo, na técnica de múltiplo acesso por divisão no tempo – TDMA (Time
Division Multiple Access) ou divisão de frequência – FDMA (Frequency Division Multiple
Access). Essas soluções foram herdadas das redes de telefonia anteriores, e não das redes de
dados.
FUNCIONAMENTO DAS REDES MÓVEIS EM
CELULARES, DO 1G AO 5G
Vamos assistir a uma entrevista com o especialista.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de
estudar.
Peculiaridadese características das redes sem fio - Vantagens
Peculiaridades e características das redes sem fio - Desvantagens
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. EM RELAÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS DAS REDES SEM FIO E DE
TODO O SEU DESENVOLVIMENTO, PODE-SE AFIRMAR QUE:
A) O desenvolvimento da ALOHAnet foi motivado pelo surgimento das WLANs.
B) A propagação multivias e a sensibilidade às condições climáticas afetam tanto as redes
cabeadas quanto as redes sem fio.
C) Soluções de múltiplo acesso ao meio físico são empregadas tanto nas WLANs quanto nos
uplinks de redes móveis celulares.
D) O protocolo CSMA/CA padronizado para as redes móveis celulares verifica se o meio está
livre antes de iniciar uma transmissão.
2. ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA:
A) Um dos objetivos do protocolo CSMA/CA é evitar a colisão entre os terminais durante as
transmissões.
B) Em uma BSS só pode existir um AP.
C) O handoff garante o suporte à mobilidade em redes celulares.
D) No protocolo CSMA/CA o terminal interrompe a transmissão tão logo detecta que ocorreu
uma colisão.
GABARITO
1. Em relação às características das redes sem fio e de todo o seu desenvolvimento,
pode-se afirmar que:
A alternativa "C " está correta.
 
Ambos os canais são compartilhados pelos terminais dos usuários e portanto são empregadas
técnicas de múltiplo acesso para organizar as transmissões.
2. Assinale a alternativa incorreta:
A alternativa "D " está correta.
 
O protocolo CSMA/CA não emprega dispositivo para detecção de colisão durante a
transmissão. Uma colisão é detectada quando o terminal fonte não recebe a confirmação do
terminal destino, vide Figura 14.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As redes de computadores apresentam uma história relativamente recente; no entanto, os
avanços experimentados pela tecnologia de rede fizeram com que as redes de computadores
se tornassem presentes nas mais diversas atividades da sociedade, sendo praticamente
indispensáveis atualmente.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ABRAMSON, N. The ALOHAnet – Surfing for Wireless Data, IEEE Communications
Magazine.47(12): 21–25.
BARAN, P. On Distributed Communication Networks: I. Introduction to Distributed
Communications Networks. Santa Monica, CA: RAND Corporation, 1964.
KLEINROCK, L. History of the Internet and its flexible future. IEEE Wireless
Communications Volume: 15.
KUROSE, F., ROSS, K. Redes de Computadores e a Internet. 5. ed. São Paulo, PEARSON,
2010.
LEINER, B. et. al. The Past and Future History of the Internet, Communications of the ACM
40(2):102-108.
STALLINGS, W. Redes e Sistemas de Comunicação de Dados. 1. ed. Altabooks, 2018.
TANENBAUM, A. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: PEARSON, 2011.
EXPLORE+
Pesquise e assista ao vídeo História da internet no Brasil e a importância da RNP.
Busque e analise também o material IEEE 802.11TM WIRELESS LOCAL AREA
NETWORKS.
CONTEUDISTA
Ronaldo Moreira Salles
 CURRÍCULO LATTES
javascript:void(0);
DESCRIÇÃO
Organização das redes de comunicação de dados utilizadas pelos dispositivos computacionais
e os modelos e arquitetura de redes empregados.
PROPÓSITO
Reconhecer como as redes de computadores estão organizadas e estruturadas para definir as
ferramentas adequadas ao processo de troca de dados entre todos os dispositivos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar o objetivo da divisão da estrutura das redes em camadas
MÓDULO 2
Identificar as camadas do Modelo OSI e suas funcionalidades
MÓDULO 3
Identificar as camadas da Arquitetura TCP/IP e suas funcionalidades.
INTRODUÇÃO
Uma infinidade de serviços é oferecida por meio da internet, como, por exemplo, os
governamentais, financeiros, educacionais, entre muitos outros que mudaram o
comportamento humano. Ao ficarmos sem acesso à internet nos sentimos como se
estivéssemos em uma ilha deserta. Experimente colocar seu smartphone em modo avião
durante um dia e perceba como se sentirá isolado.
 
Mas, para que todos esses serviços possam funcionar, um conjunto de funcionalidades
complexas e difíceis de implementar deve ser disponibilizado pelos dispositivos que compõem
uma rede. Portanto, desde o início das redes de comunicação de dados foram pensadas
formas de otimizar o processo da transmissão de dados.
MÓDULO 1
 Identificar o objetivo da divisão da estrutura das redes em camadas
MODELO EM CAMADAS
A internet é um conjunto de redes de computadores que permite a troca de informações entre
dispositivos computacionais.
 
Imagem: Shutterstock.com
Para que essa troca seja realizada de forma eficiente, devem ser estabelecidas regras de
comunicação.
Essas regras são os protocolos de rede, que devem garantir que a comunicação ocorra de
forma confiável, segura, eficaz, no momento certo e para a pessoa certa.
De maneira intuitiva, percebemos que satisfazer a todos esses requisitos não é uma tarefa
fácil. São muitas regras que devem ser implementadas para garantir a efetividade da
comunicação, tornando o processo de troca de dados entre computadores uma tarefa
extremamente complexa.
Por causa dessa complexidade, os engenheiros e projetistas de redes do passado pensaram
em formas de facilitar o desenvolvimento das regras nos dispositivos computacionais. Eles
utilizaram um princípio básico de resolução de diversos outros problemas:
A TÉCNICA DE DIVIDIR PARA CONQUISTAR.
javascript:void(0)
DIVIDIR PARA CONQUISTAR
Nesta técnica, os projetistas dividem o problema em problemas menores e resolvem cada
um de forma isolada. Se cada pequeno problema for resolvido, o grande problema será
resolvido.
 
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Para que essa divisão ocorresse de forma simplificada, os projetistas dividiram a organização
das redes de computadores em camadas, em que cada camada é responsável por cuidar de
determinada regra ou protocolo necessário ao processo de comunicação.
A quantidade de camadas utilizadas depende de como as funcionalidades são divididas.
Quanto maior a divisão, maior o número de camadas que serão empilhadas, numerando da
mais baixa, camada 1, para a mais alta, camada n.
As camadas se inter-relacionam da seguinte maneira: a camada superior utiliza os serviços
oferecidos por outra imediatamente inferior, portanto, a camada 3 utiliza os serviços
oferecidos pela camada 2.
De forma contrária, podemos dizer que a camada inferior oferece serviços para outra
imediatamente superior, logo, a camada 2 oferece serviços para a camada 3.
 
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ELEMENTOS DA CAMADA
As camadas são formadas por três elementos principais:
VAMOS ENTENDER MELHOR OS
ELEMENTOS DA CAMADA!
Neste vídeo, o Professor Sérgio Cardoso nos apresenta os elementos da camada de rede.
Vamos assistir!
Onde, exatamente, tudo isso é implementado no computador?
O que está implementado são os protocolos e interfaces, que podem estar desenvolvidos em
um hardware, como uma placa de rede, ou em um software, como no sistema operacional da
máquina.
Agora que os elementos da camada foram apresentados, é possível entender dois conceitos
importantes da arquitetura de redes:
COMUNICAÇÃO VERTICAL
COMUNICAÇÃO HORIZONTAL
 
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COMUNICAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL
Já vimos que uma camada utiliza os serviços de outra imediatamente inferior, sucessivamente,
até chegar à camada mais baixa. Como estão empilhadas, podemos fazer analogia à
comunicação vertical, uma vez que o dado original, no topo do conjunto de camadas,
desce até a camada 1, caracterizando a verticalidade desse processo.
Na origem, o dado a ser transmitido desce pelas camadas até o nível mais baixo, a camada 1.
Essa camada está conectada ao meio de transmissão, como, por exemplo, uma fibra ótica, um
cabo de rede metálico ou o ar, possíveis caminhos para o dado fluir até o destino.
No destino, o processo ocorrerá de modo contrário, pois o dado sobe pelas camadas até o
nível mais alto da arquitetura. Podemos, assim, associar a comunicação vertical aos serviços
das camadas.
Conforme o dado passa por determinada camada, o hardwareou o software, responsável por
implementar o protocolo, irá preparar esse dado para que a regra (para a qual ele foi projetado)
possa ser executada.
Se a camada 2 é responsável pela verificação de erro, o dado será preparado na origem por
essa camada para que, ao passar pela camada 2 do destino, seja verificado se houve erro ou
não.
No exemplo anterior, vimos que a camada 2 de origem preparou o dado para que a camada 2
de destino verificasse se a informação está correta, caracterizando a existência de uma
conversa entre as duas camadas de mesmo nível em computadores distintos. Essa conversa é
a comunicação horizontal, realizada pelos protocolos que implementarão a regra.
Figura 1 - Relação entre camadas, protocolos e interfaces. (Fonte: Adaptado de Tanembaum,
2011)
 
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ENCAPSULAMENTO
Ainda pode estar um pouco abstrato como realmente a comunicação vertical e, principalmente,
horizontal funcionam.
Como a camada 2 da máquina de origem consegue conversar com a mesma camada na
máquina de destino?
A comunicação horizontal ocorre de forma virtual. A camada 2 da máquina de origem, ao
preparar o dado para ser enviado, adiciona informações que serão lidas e tratadas única e
exclusivamente pela mesma camada do dispositivo de destino. Essas informações são
denominadas cabeçalhos.
Cada camada adicionará um novo cabeçalho ao dado que será enviado, e esse processo é
chamado de encapsulamento.
Cada camada receberá o dado da camada superior, através da interface, e adicionará seu
próprio cabeçalho, encapsulando o dado recebido.
Nesse processo, quando determinada camada recebe os dados, ela não se preocupa com o
conteúdo que recebeu, apenas adiciona o seu cabeçalho para permitir que o protocolo execute
as regras necessárias à comunicação. 
Esse procedimento acontece, repetidamente, até alcançar a camada 1 e a informação ser
transmitida ao destino, onde ocorrerá o processo inverso. A informação subirá,
desencapsulando as informações, da camada 1 até o usuário do serviço.

IMPORTANTE
Ao realizar o encapsulamento, a unidade de dados do protocolo ou PDU (Protocol Data Unit,
na sigla em inglês) é criada. 
 
A PDU é constituída pela informação que vem da camada superior (PDU da camada superior)
e o cabeçalho da própria camada.
VAMOS ENTENDER MELHOR COMO
FUNCIONA NA PRÁTICA ESSA CONVERSA
ENTRE AS CAMADAS DA REDE!
Neste vídeo, o Professor Sérgio Cardoso explica o conceito de encapsulamento e a
comunicação entre as camadas da rede. Vamos assistir!
 
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Após analisar o conceito de arquitetura de camadas e ver o processo de encapsulamento, é
possível deduzir que a grande desvantagem é o acréscimo de informações ao dado original,
aumentando o volume de tráfego.
Entretanto, essa desvantagem é mínima comparada às vantagens que temos de
modularização, facilidade de manutenção e atualização dos protocolos, que permitiram uma
enorme evolução na área de redes.
 
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A TRANSMISSÃO DE DADOS ENTRE DOIS DISPOSITIVOS É UMA
TAREFA COMPLEXA E ENVOLVE DIVERSAS FUNÇÕES QUE DEVEM SER
EXECUTADAS A FIM DE GARANTIR UMA COMUNICAÇÃO EFICIENTE.
PARA REDUZIR A COMPLEXIDADE E TORNAR A COMUNICAÇÃO UMA
TAREFA REALIZÁVEL, A ESTRUTURA DE REDE FOI:
A) Dividida em protocolos que oferecem serviços aos usuários da rede.
B) Dividida em camadas que são responsáveis por realizar um conjunto de atividades.
C) Dividida em diversos tipos de placas de rede para permitir o uso de vários meios de
transmissão.
D) Dividida em cabeçalhos que permitem a comunicação horizontal.
2. CADA CAMADA DE UMA ARQUITETURA DE REDES POSSUI TRÊS
ELEMENTOS: SERVIÇO, PROTOCOLO E INTERFACE. ESSES
ELEMENTOS BÁSICOS PERMITEM QUE AS TAREFAS NECESSÁRIAS À
TRANSMISSÃO DE DADOS SEJAM CORRETAMENTE DIVIDIDAS E
EXECUTADAS, POR ISSO, PODEMOS DIZER QUE:
A) O serviço é a implementação das regras de comunicação, os protocolos.
B) A interface é responsável por garantir a eficiência na transmissão dos dados.
C) O protocolo é a implementação do serviço que a camada deve executar.
D) Em virtude da evolução dos protocolos, os serviços deixaram de ser necessários.
GABARITO
1. A transmissão de dados entre dois dispositivos é uma tarefa complexa e envolve
diversas funções que devem ser executadas a fim de garantir uma comunicação
eficiente. Para reduzir a complexidade e tornar a comunicação uma tarefa realizável, a
estrutura de rede foi:
A alternativa "B " está correta.
 
A divisão em camadas permitiu a separação das funções necessárias à comunicação de dados
entre os diferentes níveis de camadas, utilizando a ideia de dividir para conquistar, técnica que
divide um problema grande e complexo em pequenos problemas mais simples, que, ao serem
resolvidos, solucionarão o problema como um todo. Cada camada fica responsável por realizar
um conjunto de atividades ou funções necessárias à transmissão dos dados.
2. Cada camada de uma arquitetura de redes possui três elementos: serviço, protocolo e
interface. Esses elementos básicos permitem que as tarefas necessárias à transmissão
de dados sejam corretamente divididas e executadas, por isso, podemos dizer que:
A alternativa "C " está correta.
 
Cada camada é responsável por uma determinada regra, ou seja, o serviço define o que a
camada deve fazer, mas não como. A responsabilidade de implementar a regra, de definir o
como é do protocolo de rede implementado naquela camada. Portanto, é comum dizer que o
protocolo é a implementação do serviço.
MÓDULO 2
 Identificar as camadas do Modelo OSI e suas funcionalidades
VOCÊ NA REDE
E se você fosse o responsável por transmitir a mensagem pela rede, como seria? Vamos
assistir!
 
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MODELO OSI
Na década de 1970, a International Organization for Standardization (ISO), um órgão que
desenvolve padrões internacionais, criou um modelo de referência de camadas denominado
OSI (Open System Interconnection - ISO/IEC 7498-1:1994).
O objetivo foi elaborar um modelo que permitisse a comunicação entre sistemas diferentes,
independentemente de suas arquiteturas, facilitando a comunicação, sem a necessidade de
realizar mudanças na lógica do hardware ou software (FOROUZAN, 2010).
 
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“Observe que o modelo OSI propriamente dito não é uma arquitetura de rede, pois não
especifica os serviços e protocolos exatos que devem ser usados em cada camada. Ele
apenas informa o que cada camada deve fazer. No entanto, a ISO também produziu padrões
para todas as camadas, embora esses padrões não façam parte do próprio modelo de
referência. Cada um foi publicado como um padrão internacional distinto. O modelo (em parte)
é bastante utilizado, embora os protocolos associados há muito tempo tenham sido deixados
de lado.” (TANENBAUM, 2011)

IMPORTANTE
O que utilizamos hoje do modelo OSI é a referência para as funções das camadas, então,
quando ouvimos falar que determinado protocolo é da camada X (1, 2, 3, ...). Esse X refere-se
ao OSI, tanto que é encontrada, em diversos livros e artigos, a expressão modelo de referência
OSI (RM-OSI em inglês).
O modelo OSI possui sete camadas, de cima para baixo: aplicação, apresentação, sessão,
transporte, rede, enlace e física.
De acordo com o conceito de camadas que estudamos, cada uma delas é responsável por
determinada tarefa no processo de transmissão de dados. Entretanto, já sabemos que, por
mais que tenham sido especificados protocolos para cada camada, na prática, eles não são
utilizados.
Os conceitos estudados de comunicação vertical, horizontal e encapsulamento são válidos
nesse modelo. Portanto, um dado transmitido por um dispositivo de origem será inserido na
estrutura de rede a partir da camada de aplicação e irá descer até a camada física, quando
será enviado pelo meio de transmissão. Cada camada irá adicionar o seu próprio cabeçalho,
encapsulando a PDU da camada superior e permitindo a comunicação horizontalentre
camadas de mesmo nível.
É possível dividir as sete camadas em três subgrupos.
Agora vamos ver, de modo mais específico, as tarefas de cada camada do modelo OSI.
 
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APLICAÇÃO
A camada de aplicação é a que está mais próxima de nós, usuários da rede. Podemos citar
algumas das aplicações oferecidas por essa camada:
Serviço Web
Serviço de correio eletrônico
Serviço de transferência de arquivos
Serviço de streaming de áudio e vídeo
Serviço de compartilhamento de arquivos
Os serviços citados acima ou quaisquer outros oferecidos pela camada de aplicação são
executados por processos dos usuários que estão em andamento em determinado dispositivo.
 
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APRESENTAÇÃO
A camada de apresentação é responsável por garantir a interoperabilidade dos sistemas
heterogêneos, ou seja, permitir que, independentemente do dispositivo que você esteja
utilizando (computador, smartphone, televisão, carro etc.) e do sistema operacional (MS
Windows, Apple IOS, Linux etc.), seja possível acessar qualquer tipo de serviço disponibilizado
pela rede.
Para que haja essa interoperabilidade, a camada de apresentação é responsável por fazer a
transformação dos dados, por isso, podemos chamá-la de tradutor da rede. Ela será
responsável pela conversão entre formatos, compressão de dados e criptografia.
 
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SESSÃO
Essa camada é responsável por organizar a comunicação entre os dispositivos e permitirá que
os usuários, em diferentes máquinas, possam estabelecer sessões de comunicação; cada
sessão terá dois serviços básicos: controle de diálogo e sincronização. 
CONTROLE DE DIÁLOGO
Define quem transmitirá em determinado momento. Considerando a existência de dois
usuários, A e B, a camada de sessão determinará se eles podem transmitir simultaneamente,
caracterizando a comunicação full duplex, ou de forma intercalada, em um sentido por vez, a
exemplo da comunicação half duplex.
SINCRONIZAÇÃO
Permite que sejam estabelecidos pontos de controle em determinado fluxo de dados. Esses
pontos permitem que, se houver uma perda de comunicação, a transmissão de dados seja
restabelecida a partir daquele ponto e não desde o início da transmissão.
 
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TRANSPORTE
Essa camada tem por finalidade garantir a entrega de processo a processo de todos os dados
enviados pelo usuário. Podemos dizer que a camada de transporte é responsável por
entregar os dados corretamente para os processos que estão em execução na camada
de aplicação.
Esse papel da camada de transporte a torna uma das mais complexas dentro da estrutura do
modelo OSI. Para garantir que as mensagens da camada de aplicação sejam entregues
corretamente, diversas funções são necessárias:
SEGMENTAÇÃO E REMONTAGEM
A camada de transporte receberá os dados originados na camada de aplicação (PDU da
camada de aplicação) e irá dividi-los em pedaços, segmentos de dados (PDU da camada de
transporte), que possam ser enviados e, na camada de transporte de destino, irá remontá-los
na ordem correta. Para isso, será necessário estabelecer números de sequência para garantir
que, independentemente da ordem de chegada, os dados sejam remontados na ordem correta.
CONTROLE DE ERROS FIM A FIM
A camada de transporte irá verificar se ocorreram erros na comunicação fim a fim, ou seja,
entre os processos da camada de aplicação. Na origem, serão adicionadas informações que
permitam identificar no destino se durante o tráfego pela rede ocorreu algum erro e,
possivelmente, corrigi-lo.
CONTROLE DE FLUXO
A camada de transporte será encarregada de evitar que o processo na origem sobrecarregue o
processo no destino.
CONTROLE DE CONEXÃO
A camada de transporte pode ser orientada ou não à conexão. No serviço orientado à conexão,
a camada de transporte será responsável por estabelecer a conexão entre os processos de
origem e destino.
ENDEREÇAMENTO DO PONTO DE ACESSO AO SERVIÇO
Em um dispositivo, normalmente, estão em andamento diversos tipos de serviços executados
por vários processos e não apenas um. A camada de transporte será responsável por fazer a
entrega para o processo correto e, para isso, será utilizado o chamado endereço de porta. Ele
indicará o serviço correto que deverá receber os dados.
CONTROLE DE CONGESTIONAMENTO
No mundo real, as máquinas não estão diretamente conectadas, ou seja, não há uma
comunicação ponto a ponto direta. Entre a máquina de origem e de destino existem diversos
outros dispositivos cuja finalidade é fazer a informação ir de um ponto a outro. Como esses
equipamentos transmitirão dados de diversas outras origens, poderá haver uma sobrecarga
desses dispositivos. A camada de transporte será responsável por monitorar esse
congestionamento e, possivelmente, tratá-lo.
 
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REDE
A camada de rede é responsável por determinar o caminho da origem até o destino. Ela
receberá os segmentos gerados pela camada de transporte e, no cabeçalho da camada de
rede, irá inserir o endereço da máquina de destino para que seja enviado pela rede por meio
dos diversos dispositivos intermediários. Enquanto a camada de transporte é responsável pela
comunicação processo a processo, a camada de rede é encarregada da comunicação máquina
a máquina.
Veja a representação desse fluxo a seguir:
Figura 3 - Comparação entre camada de transporte e camada de rede. (Fonte: Adaptado de
FOUROZAN, 2010)
Para cumprir com nosso objetivo, duas funcionalidades principais devem ser estabelecidas:
ENDEREÇO LÓGICO
O endereço da porta, definido pela camada de transporte, permitirá a entrega no processo de
destino. Mas, para que isso aconteça, é necessário que os segmentos cheguem à máquina de
destino. Por isso, são empregados endereços lógicos a fim de permitir que os dispositivos
intermediários encaminhem os dados pelas redes e alcancem o destino.
ROTEAMENTO
A função de roteamento permite estabelecer um caminho entre origem e destino. Os
dispositivos intermediários irão verificar o endereço lógico de destino e, com base nas
informações de caminho que eles possuem, farão o processo de encaminhamento para outros
dispositivos intermediários a fim de alcançar o destino da informação.
 
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ENLACE
A camada de rede tem a responsabilidade da entrega dos dados para a máquina de destino.
Normalmente, as máquinas não estão diretamente conectadas, ou seja, origem e destino não
estão ligados diretamente por um meio físico, mas por dispositivos intermediários, como a
internet. Então, como visto na camada de rede, os dados serão roteados por essa internet até
chegar ao destino. Após ser definido por qual caminho os dados devem prosseguir, a camada
de enlace surgirá para garantir essa comunicação ponto a ponto ou hop to hop.
Veja a representação desse fluxo a seguir:
Figura 4 - Entrega desde a origem até o destino (Fonte: Adaptado de Fourozan, 2010)
A camada de enlace é responsável por garantir a comunicação entre dispositivos adjacentes.
Ela corrigirá quaisquer problemas que tenham ocorrido no meio físico de transmissão e
entregará para a camada de rede um serviço de transmissão de dados aparentemente livre de
erros.
É possível fazer uma analogia entre as camadas de enlace e de transporte:
TRANSPORTE
Realiza a entrega confiável processo a processo.

ENLACE
Realiza a entrega confiável entre máquinas adjacentes, nó a nó.
Por esse motivo, muitas das funções existentes na camada de transporte também estarão
presentes na de enlace:
CONTROLE DE ERROS
Os meios de transmissão não são livres de erro, portanto, os dados que trafegam através deles
estão sujeitos a erros. A camada de enlace pode implementar mecanismos de controle de erro
com a finalidade de agregar confiabilidade ao serviço de transmissão.
CONTROLE DE ACESSOAO MEIO
Como alguns meios de transmissão são compartilhados, ou seja, mais de um dispositivo pode
transmitir pelo mesmo meio, é necessário um mecanismo para controlar qual dos dispositivos
pode transmitir naquele momento.
ENDEREÇAMENTO FÍSICO
Enquanto o endereço de porta indica o processo na máquina de destino e o endereço lógico
indica o dispositivo de destino, o endereço físico indicará qual será o próximo dispositivo no
caminho origem-destino. Ao chegar à rede de destino, o endereço físico será o do dispositivo
final.
CONTROLE DE FLUXO
Semelhante ao que acontece na camada de transporte, o controle de fluxo evitará que o nó de
origem sobrecarregue o nó de destino.
ENQUADRAMENTO
A camada de enlace receberá os dados da camada de rede (PDU da camada de rede),
encapsulando-os em quadros (PDU da camada de enlace). Os quadros criados pela camada
de enlace terão uma função importante, que será a adição de delimitadores de início e fim do
quadro na origem, para permitir que, no nó vizinho, a camada de enlace possa ver o fluxo de
bits e definir corretamente onde inicia e termina o quadro.
 
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FÍSICA
Essa camada é responsável por transmitir os dados pelo meio de transmissão. Ela
receberá os quadros da camada de enlace, que serão formados por uma sequência de bits, e
irá codificar corretamente para que sejam enviados pelo meio de transmissão.
A camada física será responsável pela representação dos bits, ou seja, de acordo com o meio
de transmissão, ela irá definir se essa representação ocorrerá por pulsos de luz, no caso da
fibra ótica, ou pulsos elétricos, no caso de empregar cabos de par trançado. Além disso, a
camada física é responsável por:
TAXA DE DADOS
A velocidade em que os bits são inseridos no meio de transmissão é responsabilidade da
camada física. Quando ouvimos a expressão megabits por segundo (Mbps), que define a
velocidade de determinado enlace, é responsabilidade da camada física estabelecer esse
valor. Assim, a velocidade de transmissão definirá a duração de um bit: quanto maior a
velocidade, menor a duração do bit, e vice-versa.
SINCRONIZAÇÃO DOS BITS
O nó transmissor e o receptor devem operar na mesma velocidade, ou seja, na mesma taxa de
bits. Entretanto, os relógios (clocks) das camadas físicas têm pequenas diferenças, portanto, é
possível que ocorram falhas de sincronismos. A camada física deve implementar algum tipo de
mecanismo que permita o correto sincronismo dos bits entre origem e destino.
TOPOLOGIA FÍSICA
Define como os nós da rede estão interligados, podendo ser uma configuração de um enlace
ponto a ponto, em que cada nó está diretamente conectado a outro, sem compartilhamento do
meio, ou uma ligação ponto-multiponto, em que o enlace é compartilhado por diversos nós.
MODO DE TRANSMISSÃO
A camada física definirá o modo de transmissão em um determinado meio: simplex, half duplex
ou full duplex. Considerando dois dispositivos, A e B, no modo simplex só existe envio de
dados em um sentido, por exemplo, de A para B; no modo half duplex os dados podem ser
enviados nos dois sentidos, porém, não simultaneamente (de A para B em um momento e de B
para A em outro momento); e no modo full duplex os dados podem ser enviados
simultaneamente por A e B.
 
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ATIVIDADE
Envie agora a mensagem que você transportou ao longo de sua jornada pelas camadas de
rede!
Olá, mundo!
ENVIAR
Tendo percorrido o caminho da origem até o destino, passando por todas as camadas da rede,
você é capaz de entender como as informações são transmitidas pelos dispositivos
computacionais.
Vamos relembrar o seu percurso!
Veja um resumo das camadas e suas funcionalidades:
 
Fonte: Adaptado de Fourozan, 2011.
Neste vídeo, o Professor Sérgio Cardoso nos conduz pelo caminho percorrido pela mensagem,
da origem até o destino final. Vamos assistir!
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O MODELO DE REFERÊNCIA OSI ORGANIZA A ESTRUTURA DE REDE
EM SETE CAMADAS E DEFINE O QUE CADA CAMADA FAZ, SEM DEFINIR
COMO FAZ. AS CAMADAS PODEM SER AGRUPADAS EM TRÊS
SUBGRUPOS, SENDO:
A) As três camadas mais altas responsáveis por dar suporte às operações de redes.
B) As três camadas mais baixas responsáveis por dar suporte às operações dos usuários.
C) A camada de transporte e rede são responsáveis por dar suporte às operações de rede.
D) As três camadas mais baixas responsáveis por dar suporte às operações de rede.
2. O MODELO DE REFERÊNCIA OSI DEFINE AS FUNCIONALIDADES DE
CADA CAMADA DO MODELO E PODEMOS DIZER QUE:
A) A camada física é responsável por realizar a correção dos bits que porventura tenham
ocorrido no meio de transmissão.
B) A camada de rede atua no domínio do processo, entregando os dados ao processo correto
no destino.
C) A camada de enlace é responsável por oferecer um serviço de transmissão de bits confiável
para a camada de rede.
D) A camada de sessão tem por finalidade garantir a interoperabilidade de sistemas
heterogêneos.
GABARITO
1. O modelo de referência OSI organiza a estrutura de rede em sete camadas e define o
que cada camada faz, sem definir como faz. As camadas podem ser agrupadas em três
subgrupos, sendo:
A alternativa "D " está correta.
 
As camadas de rede, enlace e física permitirão que os dados possam sair do dispositivo de
origem e alcançar o dispositivo de destino. A camada física vai permitir que o fluxo de bits flua
pelo meio de comunicação; a camada de enlace vai garantir que não houve erro na
transmissão do fluxo de bits e, de acordo com o caminho definido pela camada de rede, irá
encaminhar os dados para o próximo nó.
2. O modelo de referência OSI define as funcionalidades de cada camada do modelo e
podemos dizer que:
A alternativa "C " está correta.
 
Os serviços oferecidos pela camada de enlace permitem que os erros que ocorram no meio de
transmissão sejam identificados e tratados, seja descartando o quadro com erro ou
identificando o bit errado e corrigindo-o.
MÓDULO 3
 Identificar as camadas da Arquitetura TCP/IP e suas funcionalidades
ARQUITETURA TCP/IP
“A arquitetura foi batizada por TCP/IP por causa dos seus dois principais protocolos:
Transmission Control Protocol (TCP) e Internet Protocol (IP). Ela foi apresentada pela primeira
vez em 1974 (CERF, 1974) com o objetivo de criar uma arquitetura que permitisse a
interligação de diversas redes de comunicação, sendo posteriormente adotada como padrão,
de fato, para a comunidade internet.” (CERF; KAHN, 1974)
 
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EVOLUÇÃO DO PROTOCOLO TCP/IP
Vamos conhecer um pouco mais sobre o protocolo TCP/IP e o seu papel na história da internet.
A arquitetura foi criada utilizando quatro camadas aplicação, transporte, internet e acesso à
rede.
As duas últimas camadas podem ser encontradas com nomes diferentes na literatura. A
camada de internet pode ser encontrada como rede e inter-rede e a camada de acesso à rede
pode ser encontrada como camada de enlace, host-rede, intrarrede e host-network.
javascript:void(0)
Após identificarmos que a arquitetura TCP/IP tem apenas quatro camadas, é possível imaginar
que algumas das funções executadas pelas camadas de apresentação, sessão, enlace e
rede, ausentes na arquitetura TCP/IP, serão acumuladas por outras camadas.
As funções das camadas de apresentação e sessão serão acumuladas pela camada de
aplicação e a funções das camadas de enlace e física serão executadas pela camada de
acesso à rede. Observe a relação entre os dois modelos a seguir.
Uma grande diferença que temos entre o modelo de referência OSI e a arquitetura TCP/IP é:
MODELO OSI
É baseado, principalmente, nas funcionalidades das camadas. 
 
 
 
 
 
 

ARQUITETURA TCP/IP
Não ficou presa apenas nas funcionalidades, mas, sim, no desenvolvimento de protocolos
relativamente independentes e hierárquicos. A hierarquia baseia-se em um protocolo de nível
superior que é suportado pelos protocolos de nível inferior.É comum ouvirmos falar da pilha de protocolos TCP/IP. Agora que dominamos o conceito do
modelo de camadas, como vimos no modelo OSI, fica fácil de entender que a pilha de
protocolos TCP/IP é o conjunto de todos os protocolos implementados pela arquitetura. E não
são poucos.
Os principais protocolos de padrão aberto da arquitetura Internet foram desenvolvidos pelo
IETF (The Internet Engineering Task Force), uma grande comunidade internacional aberta,
composta por designers de rede, operadores, fornecedores e pesquisadores preocupados com
a evolução da arquitetura da internet.
IETF (THE INTERNET ENGINEERING TASK
FORCE)
javascript:void(0)
O IETF cria grupos de trabalho com foco em conceber e atualizar diversos protocolos que
utilizamos na rede. Esses protocolos são desenvolvidos pelas RFCs (Request For
Comments), que são conhecidos como padrões da internet e abrangem muitos aspectos
das redes de computadores, incluindo protocolos, procedimentos, programas e conceitos.
QUATRO CAMADAS
Apesar da arquitetura TCP/IP possuir quatro camadas, é comum encontrar, também na
literatura, uma arquitetura de cinco camadas. Nessa arquitetura, a camada de acesso à
rede é dividida em duas: enlace e física. Essa divisão tem foco em facilitar o estudo e
aprendizado das funções executadas nos níveis mais baixos. Como este tema tem por
finalidade o aprendizado da arquitetura TCP/IP como um todo, e não vamos entrar em
detalhes de operação de cada camada, manteremos a arquitetura original de quatro
camadas.
 
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CAMADAS: FUNÇÕES E PRINCIPAIS
PROTOCOLOS
Depois de estudarmos o modelo OSI, é possível ter uma ideia geral dos serviços de cada
camada, portanto, vamos focar, principalmente, nos protocolos.
APLICAÇÃO
A camada de aplicação da arquitetura TCP/IP nos permite acessar uma infinidade de serviços
na internet. Desde os que são utilizados de forma direta pelos usuários, como o serviço Web,
serviço de correio eletrônico, entre outros, bem como os que funcionam dando suporte à
operação da rede, como o serviço de nomes (DNS). 
Os serviços são implementados pelos diversos protocolos existentes. Correlacionamos, a
seguir, alguns serviços e protocolos utilizados na camada de aplicação.
Serviço Protocolo
Web https://
Correio eletrônico SMTP, POP e IMAP
Nomes DNS
Transferência de arquivos FTP, TFTP
Áudio e vídeo em tempo real RTP
Configuração automática de estações DHCP
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Os protocolos apresentados são implementados por meio de softwares, que são executados
nos diversos dispositivos computacionais, e podem estar associados a dois tipos principais de
arquitetura:
CLIENTE-SERVIDOR
Na arquitetura cliente-servidor, como já evidencia o nome, existirá um cliente e um servidor.
O cliente será executado por um usuário como nós e irá requisitar um serviço do servidor. Por
exemplo, para o serviço Web, o cliente é o navegador que acessa determinado servidor, por
exemplo, o servidor que está disponibilizando esse conteúdo.
PAR A PAR (PEER-TO-PEER (P2P))
A arquitetura P2P foi pensada no emprego mínimo de servidores, caso exista algum. A ideia da
arquitetura peer-to-peer é que os usuários possam trocar informações de forma direta. Esse
tipo de arquitetura ficou muito conhecida com os programas de compartilhamento de arquivos,
mas também pode ser utilizada em outras situações, como em um chat entre duas pessoas.
Independentemente da arquitetura utilizada, dizemos que os processos da camada de
aplicação trocam mensagens, que é o nome da unidade de dados do protocolo (PDU) da
camada de aplicação.
 
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TRANSPORTE
Tem a mesma funcionalidade da camada existente no modelo OSI: garantir a entrega de
processo a processo de todos os dados enviados pelo usuário. Porém, na arquitetura TCP/IP
temos dois protocolos principais:
TCP (TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL)
O protocolo TCP, efetivamente, confere confiabilidade.
O protocolo TCP é um protocolo orientado à conexão, com controle de erros, de
congestionamento e de fluxo. Também define os endereços das portas e divide a mensagem
(PDU-A) da camada de aplicação em segmentos (PDU-T), determinando números de
sequência para cada um, para garantir a entrega dos dados na ordem correta para a aplicação.
O TCP é adequado para as aplicações de rede que precisam de confiabilidade na troca de
mensagens entre processos.
UDP (USER DATAGRAM PROTOCOL)
O protocolo UDP não confere confiabilidade.
O protocolo UDP é o oposto do TCP. Ele não é orientado à conexão e não faz a maioria das
funções da camada de rede. Podemos dizer que o UDP existe apenas para permitir que uma
mensagem (PDU-A) seja encapsulada em um datagrama (PDU-T) e entregue para o processo
de destino correto, já que ele utiliza o endereço da porta para fazer a correta entrega na
máquina de destino.
 
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ENTÃO, POR QUE USAMOS O UDP?
Ele é importante para as aplicações que demandam tempo de resposta baixo na comunicação,
como em um áudio ou uma videoconferência, e nas aplicações que podem funcionar tolerando
algum tipo de perda.
 
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INTERNET
A camada internet ou, simplesmente, camada de rede tem por objetivo permitir que os dados
injetados na rede pela máquina de origem possam alcançar o destino.
O principal protocolo da camada de rede é o IP (Internet Protocol).
Ele é encontrado em duas versões principais:
Objetivo
Os dois protocolos têm por objetivo definir o endereço lógico, conhecido como endereço IP, e
permitir o tratamento dos datagramas (PDU-R) para que possam ser roteados da origem até o
destino.
Diferença
A diferença entre as duas versões do protocolo está no tamanho do endereço lógico, 32 bits
para o IPv4 e 128 bits para o IPv6, no formato do datagrama e em algumas funções mais
específicas que não abordaremos neste tema.
Semelhança
Os dois protocolos têm em comum o fato de não serem orientados à conexão e não terem
confiabilidade, ou seja, não realizam o tratamento de erros e os datagramas são enviados de
forma independente, portanto, podem chegar em ordem diferente da qual foram enviados.
Dizemos que o serviço da camada internet é de melhor esforço.
Será feito o maior esforço de entregar as informações, mas não será garantida a entrega, nem
a ordem, nem a ausência de erro. Qualquer problema deverá ser corrigido pelas camadas
superiores.

IMPORTANTE
Além do protocolo IP, a camada internet emprega outros protocolos que dão suporte ao
encaminhamento dos dados. Existem protocolos com o objetivo de fazer sinalização e avisos
de erros, como o ICMP (Internet Control Message Protocol), tradução do endereço lógico para
o físico, como o ARP (Address Resolution Protocol), e a chamada comunicação multicast, que
permite o envio dos dados para um grupo de estações, como o protocolo IGMP (Internet Group
Management Protocol).
 
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ACESSO À REDE
A camada de acesso à rede não foi bem definida pela arquitetura TCP/IP, nem define um
protocolo específico a ser empregado. O que foi dito inicialmente é que a camada de acesso à
rede seria qualquer coisa que pudesse ligar o dispositivo ao enlace de transmissão.
Mas, como para chegar até aqui já estudamos vários conceitos, sabemos que, apesar de não
estar definida pela arquitetura TCP/IP, nesta camada encontraremos os serviços que são
oferecidos pelas camadas de enlace e física do modelo OSI.
 
Imagem: Shutterstock.com
Apesar de não fazer parte da arquitetura TCP/IP, a arquitetura desenvolvida pelo Instituto de
Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (Institute of Electrical and Electronics Engineers – IEEE),
denominada IEEE 802, é largamente utilizada na camada de acesso à rede.
Ela define diversos padrões utilizados nas redes locais e metropolitanas, como o padrão
Ethernet e o famoso WiFi, que provavelmente você está usando agora para acessar este
conteúdo.
Agora que terminamos a apresentação dos principaisprotocolos da arquitetura TCP/IP,
podemos fazer uma correlação entre a arquitetura internet e seus protocolos com o modelo
OSI, conforme se vê a seguir:
Modelo OSI e TCP/IP (Fonte: Adaptado de FOROUZAN, 2010)

SAIBA MAIS
A arquitetura Internet ou TCP/IP como uma estrutura de camadas não evoluiu ao longo dos
anos. A grande evolução que tivemos foram nos protocolos empregados. 
 
Inicialmente, os protocolos da camada de aplicação eram concentrados nas aplicações
textuais, com um pequeno volume de informação a ser trocado, como o Serviço Web criado por
Sir Tim Berners-Lee, com foco em páginas textuais para troca de informações entre os
centros de pesquisa. 
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Hoje, os protocolos evoluíram significativamente para oferecer maior qualidade de serviço,
suporte ao tráfego de vídeo, segurança, transações financeiras, entre outros. Falando
novamente do Serviço Web, o protocolo https:// evoluiu de um protocolo textual para binário, a
fim de dar suporte aos diversos usos do Serviço Web, como assistir a vídeos, CRMs, ERPs,
entre muitos outros sistemas complexos.
TIMOTHY JOHN BERNERS-LEE
Timothy John Berners-Lee é um físico britânico, cientista da computação e professor do
MIT. É o criador da World Wide Web (WWW). Na foto, podemos ver o Computador NeXT,
o primeiro servidor Web do mundo, que hospedou a página criada por ele. O
equipamento está no Museu de Ciências, em Londres.
O Computador NeXT - 2010. (Fonte: Adaptado de Aavindraa)
 
Fonte: Shutterstock.com
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DIFERENTE DO MODELO OSI, A ARQUITETURA TCP/IP OU INTERNET
FOI PROJETADA UTILIZANDO QUATRO CAMADAS. ALGUMAS FUNÇÕES
DAS CAMADAS DO MODELO OSI FORAM ABSORVIDAS, E PODEMOS
DIZER QUE A:
A) Camada de aplicação inclui as funções da camada de apresentação e sessão
B) Camada de transporte inclui a função da camada de sessão.
C) Camada de enlace inclui a função da camada de rede.
D) Camada de aplicação inclui as funções da camada de sessão e transporte.
2. A ARQUITETURA TCP/IP TEM FOCO PRINCIPAL NA DEFINIÇÃO DOS
PROTOCOLOS QUE DEVEM SER EMPREGADOS EM CADA UMA DAS
CAMADAS. O CONJUNTO DE PROTOCOLOS EMPREGADOS É
CONHECIDO COMO PILHA DE PROTOCOLOS E PODEMOS DIZER QUE:
A) O protocolo IP é empregado na camada de rede e oferece um serviço com confiabilidade.
B) O protocolo TCP é empregado na camada de transporte e oferece um serviço com
confiabilidade.
C) O protocolo UDP é empregado na camada de rede e oferece o serviço de melhor esforço.
D) O protocolo IP é empregado na camada de aplicação e oferece um serviço de configuração
automática de estações.
GABARITO
1. Diferente do modelo OSI, a arquitetura TCP/IP ou internet foi projetada utilizando
quatro camadas. Algumas funções das camadas do modelo OSI foram absorvidas, e
podemos dizer que a:
A alternativa "A " está correta.
 
Os projetistas da arquitetura TCP/IP não viram necessidade das camadas de apresentação e
sessão, por isso, resolveram não as utilizar. Quando fosse necessário, a camada de aplicação
ficaria incumbida de incluir as funções que fossem necessárias.
2. A arquitetura TCP/IP tem foco principal na definição dos protocolos que devem ser
empregados em cada uma das camadas. O conjunto de protocolos empregados é
conhecido como pilha de protocolos e podemos dizer que:
A alternativa "B " está correta.
 
Os serviços oferecidos pela camada de enlace permitem que os erros ocorridos no meio de
transmissão sejam identificados e tratados, descartando o quadro com erro ou identificando o
bit errado e corrigindo-o.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agora que terminamos este tema, é possível entender que a transmissão de dados é uma
tarefa complexa! Sem a organização das redes de computadores em camadas, a evolução das
redes teria sido mais restrita e, talvez, a internet não seria o que é hoje.
Com o modelo e a arquitetura estudados, sabemos identificar os elementos envolvidos e
compreender a função de cada camada no contexto geral da transmissão de dados.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CERF, V.; KAHN, R. A Protocol for Packet Network Intercommunication In: IEEE
Transactions on Communications, vol. 22, no. 5, pp. 637-648, May 1974.
FOROUZAN, Behrouz A. Comunicação de Dados e Redes de Computadores. 4. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2010.
TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, J. Redes de computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson,
2011.
EXPLORE+
Acesse o site da International Telecommunication Union (ITU) e nas seções About ITU e
Standardization você poderá ver o papel da ITU como uma agência especializada da ONU para
telecomunicações e os grupos de desenvolvimento em novas tecnologias, como: condução
autônoma, inteligência artificial, IPTV e muitos outros.
Explore o modelo OSI X.200: Information technology - Open Systems Interconnection - Basic
Reference Model: The basic model ou procure pelo Publicly Available Standards na
International Organization for Standardization, que disponibiliza gratuitamente a definição do
modelo, apresentando o conceito de sistemas abertos e como o modelo OSI foi projetado.
Leia sobre a história da internet na seção 1.3 do livro Redes de Computadores: Uma
Abordagem Top-Down, de Behrouz Forouzan e Firouz Mosharraf.
Busque a arquitetura IEEE 802 e conheça os principais padrões utilizados, como o IEEE 802.3
Ethernet Working Group (redes locais com cabo), IEEE 802.11 Wireless LAN Working Group
(WiFi) e IEEE 802.15 Wireless Personal Area Network (WPAN) e Working Group (Bluetooth,
entre outras redes pessoais).
Leia o capítulo 2 do livro Rede de Computadores e Internet, de D.E. Comer, de 2016, que
aborda as tendências da internet.
CONTEUDISTA
Sérgio dos Santos Cardoso Silva
 CURRÍCULO LATTES
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DESCRIÇÃO
Estudo das camadas de aplicação e transporte do modelo OSI, além da compreensão dos
serviços oferecidos por cada camada. Identificação da arquitetura utilizada no desenvolvimento
de aplicações, com destaque para as principais disponíveis na camada da internet. Análise dos
elementos de suporte dos serviços de transporte com e sem conexão nesta camada.
PROPÓSITO
Compreender a influência de uma arquitetura no desenvolvimento de aplicações para redes de
computadores, bem como os impactos dos diferentes serviços oferecidos pela camada de
transporte no funcionamento delas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer as arquiteturas de aplicações
MÓDULO 2
Identificar os principais serviços oferecidos pela camada de aplicação
MÓDULO 3
Localizar os elementos da camada de transporte
MÓDULO 4
Comparar os serviços oferecidos pela camada de transporte
MÓDULO 1
 Reconhecer as arquiteturas de aplicações
CAMADA DE APLICAÇÃO
Atualmente, as redes de computadores estão presentes no cotidiano das pessoas, permitindo
a interação e a realização de diversas tarefas.
 
Fotos: Shutterstock.com
EM RELAÇÃO ÀS REDES DE COMUNICAÇÃO,
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR NO TRABALHO DA
CAMADA DE APLICAÇÃO?
No vídeo a seguir, o professor Fabio Contarini aborda questões comerciais influenciaram a
criação do modelo OSI.
TEORIA NA PRÁTICA
VAMOS ANALISAR OS CONCEITOS ESTUDADOS
NA PRÁTICA? VEJA O CASO A SEGUIR.
Quando realizamos uma compra com cartão de crédito ou débito em um estabelecimento
comercial, é fundamental a existência de uma rede de comunicação, já que ela será o alicerce
para execução da operação.
Ao inseri-lo na máquina de cartão, precisamos colocar uma senha para confirmar a operação.
Tal dado é inserido no sistema por meio de um software executado nesta máquina.
EM QUAL CAMADA ESTE SOFTWARE É EXECUTADO?
NA CAMADA DE APLICAÇÃO.
O software de aplicação, também conhecido como software aplicativo, é nossa interface com o
sistema (e, por consequência, com toda a rede de comunicação que suporta essa operação).
Portanto, sempre que houver um serviço na rede, virá à mente a interface com ele.
OUTROS EXEMPLOS DE SOFTWARES DE APLICAÇÃO:
 
Foto: Shutterstock.com
NAVEGADOR WEB
 
Foto: Shutterstock.com
CLIENTE DE E-MAIL
 
Foto: Shutterstock.com
JOGOS EXECUTADOSEM REDE
Ressaltamos que a camada de aplicação é aquela de mais alto nível do modelo OSI, fazendo
a interface com os usuários do sistema e realizando as tarefas que eles desejam.
MODELO OSI
O modelo OSI (open system interconnection) foi criado pela International Organization for
Standardization (ISO) com o objetivo de ser um padrão para a construção de redes de
computadores. O OSI divide a rede em sete camadas: cada uma realiza funções
específicas implementadas pelo protocolo da camada. Desse modo, elas prestam
serviços para a camada superior.
ARQUITETURAS DE APLICAÇÕES
Façamos a seguinte suposição: nosso objetivo é desenvolver uma aplicação a ser executada
em rede. Para criá-la, deve-se utilizar uma linguagem de programação que possua
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comandos e/ou funções para a comunicação em rede.
Na maioria das linguagens, esses comandos e/ou funções estão em bibliotecas nativas da
linguagem ou criadas por terceiros.
Mas não basta conhecer uma linguagem de programação e suas bibliotecas. Antes disso, é
preciso definir qual arquitetura terá sua aplicação. Entre as mais conhecidas, destacam-se as
seguintes:
 
Imagem: Shutterstock.com
CLIENTE-SERVIDOR
PEER-TO-PEER (OU P2P)
 
Imagem: Shutterstock.com
CLIENTE-SERVIDOR
Nesta arquitetura, há pelo menos duas entidades: um cliente e um servidor. O servidor
executa operações continuamente aguardando por requisições daquele(s).
Modelo de arquitetura cliente-servidor
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
SERVIDOR
Quando chega uma solicitação, o servidor pode:
Atender imediatamente caso esteja ocioso;
Gerar um processo-filho para o atendimento da solicitação;
Enfileirar a solicitação para ser atendida mais tarde;
Criar uma thread para esse atendimento.
 
Imagem: Shutterstock.com
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PROCESSO-FILHO
Um processo é um programa em execução que inclui sua região de memória, os valores
das variáveis e seu contexto de hardware. Um processo-filho é criado quando
determinado processo se duplica em memória e entrega à sua cópia (seu filho) uma
tarefa a ser executada.
THREAD
Linhas de execução independentes que executam concorrentemente dentro de um
processo. Quando funções são executadas como threads dentro dele, isso é feito de
forma concorrente, compartilhando objetos e variáveis.
Independentemente do momento em que uma solicitação é processada, o servidor, no final,
envia ao cliente uma mensagem contendo o resultado do processamento.
Quem utiliza este tipo de arquitetura é a aplicação web.
Vamos analisar esse processo no exemplo a seguir.
 
Foto: Shutterstock.com
Você deseja fazer uma receita especial, descobrindo, em um site, aquele prato que gostaria de
preparar. Ao clicar em um link, ela irá aparecer. Para isso acontecer, o servidor web (software
servidor do site de receitas) fica aguardando as conexões dos clientes.

 
Foto: Shutterstock.com
Quando você clica no link da receita, seu browser envia uma mensagem ao servidor indicando
qual delas você quer.

Ele faz então o processamento solicitado e devolve ao browser o resultado disso (sua
receita).
É muito importante compreender, de maneira prática, o funcionamento do processamento de
resultados.
 ATENÇÃO
O que determina se uma entidade é cliente ou servidor é a função desempenhada pelo
software, e não o tipo de equipamento.
 
Imagem: Shutterstock.com
É fundamental saber que...
Servidores desempenham uma função muito importante; por isso, há equipamentos
apropriados para eles, com MTBF alto e recursos redundantes.
O tipo de software instalado neste equipamento é o responsável por determinar se ele é
cliente ou servidor.
Além disso, um processo pode atuar simultaneamente como cliente e servidor.
 
Imagem: Shutterstock.com
MTBF
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Do inglês mean time between failures (ou período médio entre falhas), esta sigla indica o
tempo esperado até que ocorra uma falha no dispositivo. Quanto maior o MTBF, mais
confiável um dispositivo é considerado.
Voltemos ao exemplo da aplicação web:
 
Foto: Shutterstock.com
Quando seu browser solicita a receita ao servidor web, aquele está atuando como cliente e
este, como servidor.

 
Foto: Shutterstock.com
Mas esse processo nem sempre é simples; afinal, a aplicação que executa no servidor web e
realiza o processamento solicitado pode precisar de uma informação armazenada em um
banco de dados externo.

Para obtê-la, este servidor deve enviar uma mensagem ao servidor de banco de dados
solicitando aqueles de que necessita para continuar. Neste momento, ele atua como um
cliente do servidor de banco de dados.
PEER-TO-PEER
Enquanto existe uma distinção bem clara entre os processos que trocam informações na
arquitetura cliente-servidor, na peer-to-peer – também conhecida como arquitetura P2P –,
todos os processos envolvidos desempenham funções similares.
PEER-TO-PEER
O termo peer-to-peer surge do fato de os processos se comunicarem diretamente sem a
intervenção de servidores, promovendo uma comunicação para a par (peer-to-peer)
Em geral, nesses sistemas, os processos não são uma propriedade de corporações. Quase
todos os participantes (senão todos) são provenientes de usuários comuns executando seus
programas em desktops e notebooks.
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Imagem: Shutterstock.com
Tanto o processamento quanto o armazenamento das informações são distribuídos entre os
hospedeiros. Isso lhes confere maior escalabilidade em comparação à arquitetura cliente-
servidor.
HOSPEDEIRO
Também conhecido como host, o hospedeiro é qualquer equipamento conectado à rede
capaz de trocar informações com outros equipamentos. Exemplos: computadores,
roteadores, impressoras de rede, smartphones etc.
Modelo de arquitetura peer-to-peer:
Na ordem, 1, 2 e 3, o fluxo de informações e como elas se organizam.
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Imagem: Shutterstock.com
 
Imagem: Shutterstock.com
TEORIA NA PRÁTICA
VAMOS ANALISAR OS CONCEITOS ESTUDADOS
NA PRÁTICA? RESPONDA À QUESTÃO A
SEGUIR.
Você conhece algum tipo de sistema de compartilhamento utilizado na internet? Em qual tipo
de arquitetura ele está fundamentado?
VER RESPOSTA
Uma aplicação amplamente utilizada na internet é o sistema de compartilhamento de arquivos
BitTorrent.
Baseado na arquitetura peer-to-peer, este sistema permite que seus usuários compartilhem
arquivos sem haver a necessidade de eles estarem armazenados em um servidor.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de
estudar.
Camada de aplicação
Arquiteturas de aplicações
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA ARQUITETURA AMPLAMENTE UTILIZADA NO
DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES EM REDE É A CLIENTE-
SERVIDOR. SOBRE ELA, RESPONDA:
A) Cabe ao servidor iniciar toda negociação com seus clientes.
B) Existe uma distinção bem clara entre clientes e servidores. Um processo não pode ser
cliente e servidor simultaneamente.
C) É a função desempenhada pelo software que determina se a entidade é cliente ou servidor.
D) Quando chega uma requisição de um cliente, o sistema operacional deve iniciar a execução
do servidor.
2. MARQUE A AFIRMATIVA VERDADEIRA NO QUE SE REFERE À
ARQUITETURA PEER-TO-PEER:
A) Permite uma forma de armazenamento distribuída desde as informações do sistema.
B) Cada processo na arquitetura desempenha uma função bem definida e diferente das
funções dos demais processos.
C) Um dos maiores problemas é sua baixa escalabilidade.
D) A comunicação entre os processos deve ser intermediada por um servidor.
GABARITO
1. Uma arquitetura amplamente utilizada no desenvolvimento de aplicações em rede é a
cliente-servidor. Sobre ela, responda:
A alternativa "C " está correta.
 
O que determina se a função desempenhada pela entidade é de cliente ou de servidor é seu
comportamento definido pelo algoritmo executado,

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