Sistema Muscular

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SISTEMA 
MUSCULAR 
 
1.0 – Conceito; 
2.0 – Variedade de músculos: esquelético, lisos e cardíaco; 
3.0 – Componentes anatômicos dos músculos estriados 
esqueléticos; 
4.0 – Fáscia muscular; 
5.0 – Mecânica muscular; 
6.0 – Origem e inserção; 
7.0 – Classificação dos músculos: 
7.1 – Quanto à forma do músculo e ao arranjo de suas 
fibras; 
7.2 – Quanto à origem; 
7.3 – Quanto à inserção; 
7.4 – Quanto ao ventre muscular 
7.5 – Quanto à ação. 
8.0 – Ação muscular; 
9.0 – Classificação funcional dos músculos; 
10.0 – Órgãos acessórios do sistema muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.0 – Conceito: 
Músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento 
da distância que existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por 
contração. 
Dentro do aparelho locomotor, que é constituído pelos ossos, músculos e 
articulações, os músculos são elementos ativos do movimento. 
 
2.0 – Variedade de músculos: Esqueléticos, lisos e cardíaco: 
Diz-se, pois, que os músculos lisos e cardíaco são involuntários em relação à 
função, ao passo que os músculos esqueléticos são voluntários, ou seja, estão 
sob controle consciente. 
O delgado tecido conjuntivo que envolve cada fibra muscular é denominado de 
endomísio o que envolve muitas fibras musculares, agrupadas em fascículos, é 
o perimísio a bainha conjuntiva que envolve grupos de fascículos, que por sua 
vez formam um músculo, é determinado epimísio. 
 
3.0 – Componentes anatômicos dos músculos estriados 
esqueléticos: 
Um músculo esquelético típico possui uma porção média e extremidades, a 
porção média é carnosa, vermelha no vivente e recebe o nome de ventre 
muscular, é portanto, a parte ativa do músculo. Quando as extremidades são 
cilindroides ou então têm forma de fita, chamam-se tendões; quando são 
laminares, recebem denominação de aponeuroses. 
Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranquiçadas e brilhantes, muito 
resistentes e praticamente inextensíveis, constituído por tecido conjuntivo 
denso. Tendões e aponeuroses servem para fixar o músculo ao esqueleto. 
 
4.0 – Fáscia muscular: 
É uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, ás vezes, a 
fáscia muscular é muito espessada e pode contribuir para prender o músculo 
ao esqueleto. 
Para que o músculo possa exercer eficientemente sua função, é necessário 
que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado 
pela fáscia muscular. Outra função desempenhada pelas fáscias é permitir o 
fácil deslizamento dos músculos entre si. 
 
 
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5.0 – Mecânica muscular: 
Ao contrair-se o ventre muscular, há um encurtamento do comprimento do 
músculo e consequente deslocamento da peça esquelética. 
O aumento do volume das fibras é a hipertrofia e o aumento do número de 
fibras é a hiperplasia. 
 
6.0 – Origem e inserção: 
Origem é a extremidade do músculo presa à peça óssea que não se desloca. 
Por contraposição, denomina-se inserção à extremidade do músculo presa à 
peça óssea que se desloca. 
Nos membros, geralmente a origem de um músculo é proximal e a inserção, 
distal. Porém, convém ressalvar que um músculo pode alterar seus pontos de 
origem e inserção em determinados movimentos. 
 
7.0 – Classificação dos músculos: 
7.1 – Quanto à forma do músculo e ao arranjo de suas 
fibras: 
De modo geral e amplo, os músculos têm as fibras dispostas paralelas 
ou oblíquas à direção de tração exercida pelo músculo. 
• Disposição paralela das fibras: Pode ser encontrada em 
músculos em que predomina o comprimento são ditos como 
músculos longos (por exemplo, m. esternocleidomastóideo), 
quanto em músculos nos quais comprimento e largura se 
equivalem são ditos como músculos largos (por exemplo, m. 
glúteo máximo); 
• Disposição oblíqua das fibras: Músculos cujas fibras são 
oblíquas em relação aos tendões denominam-se peniformes. Se 
os feixes musculares se prendem numa só borda do tendão 
falamos em músculo unipenado (por exemplo, m. extensor longo 
dos dedos do pé), se os feixes se prendem nas duas bordas do 
tendão, será bipenado (m. reto da coxa). 
• Disposição circular das fibras: são músculos circulares que 
rodeiam orifícios e canais, como os músculos orbiculares (por 
exemplo, m. orbicular do olho). 
 
 
 
 
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7.2 – Quanto à origem: 
Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se 
que apresentam mais de uma cabeça ou origem. São então 
classificados como músculos bíceps, tríceps ou quadríceps, 
conforme apresentam duas, três ou quatro cabeças de origem. 
 
7.3 – Quanto à inserção: 
Do mesmo modo, os músculos podem inserir-se por mais de um 
tendão. Quando há dois tendões, são bicaudados, três ou mais, 
policaudados (por exemplo, m. extensor longo dos dedos do pé). 
 
7.4 – Quanto ao ventre muscular: 
Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com 
tendões intermediários situados entre eles. São digástricos os 
músculos que apresentam dois ventres (por exemplo, m. 
digástrico) e poligástrico os que apresentam número maior, como 
é o caso do m. reto do abdome. 
 
7.5 – Quanto à ação: 
Dependendo da ação principal resultante da contração do 
músculo, o mesmo pode ser classificado como flexor, extensor, 
adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral, pronador, 
supinador, flexor plantar, flexor dorsal, depressores ou 
abaixadores, levantadores ou elevadores, orbiculares, esfíncteres, 
dilatadores, tensores, retratores ou protratores. 
 
8.0 – Ação muscular: 
Movimentos que envolvem ação de vários músculos, a este trabalho em 
conjunto dá-se o nome de coordenação motora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9.0 – Classificação funcional dos músculos: 
Quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento ele é 
um agonista, quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, seja 
para regular a rapidez ou a potência da ação deste agonista, chama-se 
antagonista. 
Quando um músculo atua no sentido de eliminar algum movimento indesejado 
que poderia ser produzido pelo agonista, ele é dito sinergista. 
O músculo braquial quando se contrai é o agente ativo na flexão do antebraço, 
sendo, pois, um agonista. No momento em que o músculo tríceps braquial se 
contrai para fazer a extensão do antebraço, o músculo braquial opõe-se a este 
movimento retardando-o, a fim de que ele não execute bruscamente, neste 
caso, atua como um antagonista. 
Na flexão dos dedos, os músculos flexores dos dedos são os agonistas. Como 
os tendões de inserção destes músculos cruzam a articulação radiocarpal, a 
tendência natural é provocar também flexão da mão. Tal fato não ocorre 
porque outros músculos, como os extensores do carpo, se contraem e, dessa 
forma, estabilizam a articulação do punho. Assim, impedem aquele movimento 
indesejado e, neste caso, atuam como sinergistas. 
 
10.0 – Órgãos acessórios do sistema muscular: 
Fáscias, aponeuroses, bainhas fibrosas e sinovias dos tendões e as bolsas 
sinovias são consideradas órgãos acessórios do sistema muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana 
Sistêmica e Segmentar. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2001.