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Utilização do Melhoramento Genético na Produção de Frutíferas

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Tangará da Serra - MT 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BACHARELADO EM AGRONOMIA 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR: 
Utilização do Melhoramento Genético na Produção de Frutíferas 
Tangará da Serra - MT 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR: 
Utilização do Melhoramento Genético na Produção de Frutíferas 
 
 
Trabalho de Produção Interdisciplinar apresentado como 
requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas
disciplinas de Fitopatologia Aplicada, Genética e 
Melhoramento de Plantas e Animais, Agrometeorologia, 
Construções Rurais e Fruticultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
2 DESENVOLVIMENTO – FRUTICULTURA .......................................................... 5 
3 RELATÓRIO DOS FATOS ANALISADOS ........................................................... 6 
3.1 Fitopatologia aplicada .......................................................................................... 6 
3.2 Genética e melhoramento de plantas e animais .................................................. 7 
3.3 Agrometeorologia ................................................................................................. 8 
3.4 Construções rurais ................................................................................................ 11 
3.5 Fruticultura ......................................................................................................... 12 
4 CONCLUSÃO .................................................................................................... 14 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho foi elaborado em função de buscar respostas aos 
questionamentos propostos pelos professores das disciplinas de Fitopatologia 
Aplicada, Genética e Melhoramento de Plantas e Animais, Agrometeorologia, 
Construções Rurais e Fruticultura a fim de tratar assuntos pertinentes ao 
melhoramento genético na produção de frutíferas. 
 O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas com cerca de 45 
milhões de toneladas ao ano, das quais 65% são consumidas internamente e 35% 
são destinadas ao mercado externo. Domesticar espécies nativas, como o 
guaranazeiro, para que sejam mais produtivas e resistentes às doenças é um ganho 
advindo da pesquisa agropecuária. Outras tecnologias, tais como os clones de 
cajueiro-anão precoce, possibilitam ao produtor viabilizar economicamente a 
produção mesmo em condições adversas de clima. É também a disponibilização de 
tecnologias que possibilita ao Brasil produzir uvas até mesmo no Semiárido e colher 
duas safras de mangas. 
 A maior procura por um estilo de vida saudável, dieta balanceada aliada a 
qualidade das frutas brasileiras vem impulsionando o setor. E a boa notícia é que 
projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) 
indicam que o consumo per capita de frutas, no Brasil e no mundo, deve continuar 
crescendo. 
 Segundo dados da Embrapa, a fruticultura abrange em torno de 3 milhões de 
hectares, gerando pelo menos 6 milhões de empregos diretos. O país foca a sua 
produção no mercado interno, exportando apenas cerca de 3% da produção. A 
produção anual fica em torno de 37 milhões de toneladas. 
 Grande parte das frutas que comemos, passaram por processos de 
melhoramento genético. E isso não quer dizer que elas sejam transgênicas, mas sim 
que foram selecionadas de acordo com características pré-determinadas por 
profissionais que conduzem trabalhos de seleção de plantas e seus frutos. 
Para que o processo de melhoramento genético possa existir é necessário 
conhecer o modo de reprodução das plantas. Quanto às frutíferas, existe o método 
sexuado, através de semente ou assexuado, por meio de estruturas vegetativas, que 
consistem em partes das plantas como ramos, folhas e raízes capazes de 
disseminar e multiplicar as espécies. 
 4 
Depois de determinar o que se quer selecionar, o profissional irá buscar 
dentro de uma população as características de interesse, para então vislumbrar os 
métodos de melhoramento a serem utilizados. 
Os métodos mais comuns de melhoramento genético empregados para 
frutíferas são: a introdução de plantas – que consiste na introdução de 
germoplasmas de outros locais; a seleção – na qual são selecionadas plantas dentro 
e/ou entre populações da mesma espécie com características favoráveis e pré-
determinadas; a hibridação – que é o cruzamento entre indivíduos com o intuito de 
explorar a variabilidade genética; a transformação genética – na qual se faz a 
introdução de genes estranhos à espécie; a poliploidia – alteração citogenética, onde 
pode variar o número ou a estrutura dos cromossomos; e as mutações – que podem 
ser de ordem induzida ou natural. 
O melhoramento genético é um processo que envolve muitas etapas e 
avaliações, que, especialmente em frutíferas, pode levar até 15 anos para se lançar 
uma nova cultivar, pois depende de avaliações a campo, onde é preciso verificar ao 
longo dos anos a herança genética em que está envolvida todas as características 
desejadas alcançadas pelos diferentes métodos de melhoramento. 
Por isso, o melhoramento genético é de extrema importância econômica e 
social para o Brasil. A demanda interna por diversas frutas favorece o aumento do 
cultivo e a necessidade de diversificação dos pomares. Sendo assim, o 
melhoramento contribui para o aumento na produtividade, na qualidade das plantas 
e dos frutos e na melhor adaptação edafoclimática das culturas, favorecendo e 
atendendo então a demanda deste importante mercado nacional. 
 
 5 
2 DESENVOLVIMENTO – FRUTICULTURA 
 
Segundo Tamaro (1936), fruticultura é a arte de cultivar 
racionalmente as plantas frutíferas. A fruticultura é uma atividade produtiva agrícola 
de relevância global por fornecer uma diversidade ampla de frutos capazes de 
atender às necessidades nutricionais dos seres humanos, além de contribuir com 
aspectos socioeconômicos de uma região. A fruticultura é conceituada como um 
ramo da agricultura convencional que necessita do tratamento individual para cada 
planta, ou seja, existe uma diferenciação da fruticultura com outros ramos agrícolas, 
já que no sistema convencional as plantas recebem tratamento coletivo, uma 
espécie de padrão: semeia-se e colhe-se de uma única vez. Enquanto na 
fruticultura, para chegar à colheita, além da etapa da semeadura, outras operações 
são necessárias, como: repicagem, transplante, enxertia, condução, poda, desbaste, 
controle fitossanitário e, ainda, a colheita individual, isto é, fruto a fruto, para 
posteriormente adotar o melhor método de conservação e embalagem de acordo 
com a espécie (SIMÃO, 1998). 
Oliveira e Farias Filho (2012) expõem que a fruticultura contribui de 
quatro principais formas para o crescimento da economia brasileira, sendo a primeira 
como fonte de alimentação para os seres vivos. A segunda é em razão de a 
atividade ser uma grande geradora de emprego, já que a cada hectare plantado 
gera-se em média dois empregos, sem considerar outros indiretos que são gerados 
antes e depois da “porteira”. A terceira forma de contribuição da fruticultura para o 
crescimento da economia brasileira é a geração de divisas com as exportações. E, 
por fim, a quarta forma deve-se ao alto valor da produção da fruticultura, que é 
superior a 10 bilhões de reais anuais. 
 6 
3 RELATÓRIO DOS FATOS ANALISADOS 
3.1 FITOPATOLOGIA APLICADA 
Dentre as doenças que ocorrem em citros, o huanglongbing (HLB) ou 
“greening” é considerado, atualmente, o mais sério problema da citricultura no Brasil 
e no mundo, representando umenorme risco à sustentabilidade do agronegócio 
citrícola (BOVÉ, 2006; HALL et al., 2012; GRAFTON-CARDWELL et al., 2013). O 
HLB avança de maneira muito rápida, reduzindo a produção, e, consequentemente, 
elevando os custos (PALMIERI et al., 2016). Desde seu primeiro registro em 2004 
até o primeiro semestre de 2016, aproximadamente 44 milhões de plantas foram 
eliminadas apenas no estado de São Paulo (CDA, 2016). 
Segundo Belasque Jr et al. (2009), pomares de diferentes regiões do mundo 
podem se tornar economicamente inviáveis em até dez anos após a detecção da 
primeira planta sintomática se medidas de controle não forem tomadas. Perda total 
de produção pode ocorrer em até quatro anos e plantas novas infectadas podem 
não atingir o período produtivo (BELASQUE JR et al., 2010). 
Os agentes causais do HLB são bactérias denominadas Candidatus 
Liberibacter spp. que colonizam o floema das plantas. Em Sorocaba estado de São 
Paulo são duas as espécies presentes, Candidatus Liberibacter americanus e 
Candidatus Liberibacter asiaticus, sendo que esta última está mais distribuída nos 
municípios paulistas. O vetor é um inseto da família Psylidae, a Diaphorina citri, 
presente em quase todo Brasil. Tanto as bactérias causadoras do HLB como o 
inseto vetor possuem como hospedeira a planta Murraya paniculata, conhecida 
como murta, por este motivo, esta planta deve ser eliminada nas regiões citrícolas. 
Já existem, em alguns municípios, legislações que obrigam a eliminação da murta 
na zona urbana. 
A incubação da doença se dá por volta de dois anos, podendo provocar o 
declínio, a redução drástica da produção e a morte da planta, não havendo, até o 
momento, métodos curativos para o controle da doença. 
A distribuição da bactéria pode se dar de maneira irregular, motivando na maioria 
dos casos, sintomas iniciais em um só setor da árvore, na forma de clorose 
(mosqueado irregular) ao longo das nervuras das folhas, progredindo para 
 7 
amarelecimento e surgimento de ramos com folhas amarelas, contrastando com o 
verde restante da copa. Pode haver brotação das folhas com tamanho reduzido 
apresentando clorose, assemelhando-se a um sintoma de deficiência de zinco ou 
ferro, porém, a clorose ocasionada pelo HLB é distribuída de forma assimétrica na 
folha. Os frutos sintomáticos geralmente são pequenos, deformados, e podem 
apresentar a casca total ou parcialmente verde na parte basal, espessamento do 
albedo (parte branca da casca) e sementes abortadas. 
Todos os cultivares e híbridos cítricos são afetados pelo HLB, destacando-se 
como mais suscetíveis as laranjas doces, as tangerinas e seus híbridos. 
A contaminação de uma área indene se dá por insetos vetores ou pelo plantio 
de mudas infectadas. 
O proprietário, arrendatário ou ocupante deve eliminar, às suas expensas, as 
plantas de citros ou de murta contaminadas com HLB, mediante arranquio ou corte 
rente ao solo, com manejo para evitar brotações, não lhe cabendo qualquer tipo de 
indenização. 
3.2 GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS E ANIMAIS 
A espécie de laranjas doces (Citrus sinensis [L.] osbeck) é citada como sendo 
autógama. No entanto a alogamia tem sido demonstrada pelo aumento da produção 
de frutos com o uso de polinizadores eficientes, assim como pela existência de bons 
híbridos inter-específicos e ausência de bons híbridos intra-específicos. 
Espécies autógamas são aquelas nas quais a reprodução natural dos 
indivíduos se dá predominantemente por autofecundação. É comum em plantas 
hermafrodias, ou seja, aquelas que possuem tanto órgãos reprodutivos masculinos 
quanto femininos na mesma flor 
 
PROBABILIDADE GENÉTICA 
 O quadro de Punett deve ser construído colocando-se na primeira coluna os 
possíveis gametas de um indivíduo e, na primeira linha, os possíveis gametas do 
outro indivíduo. 
 8 
 Promovendo cruzamentos controlados entre somente indivíduos da 
população F1, qual a probabilidade de se obter um indivíduo de casca Lisa e 
Resistente a doença na geração F2? 
TABELA 01: 1º FERAÇÃO 
LISA A A 
RUGOSA 
b Ab Ab 
b Ab Ab 
 
TABELA 01: 2º FERAÇÃO 
LISA A b 
RUGOSA 
A AA bb 
b Ab bA 
 
 A probabilidade de probabilidade de se obter um indivíduo de casca 
Lisa e Resistente a doença na geração F2 é de ¼. 
3.3 AGROMETEOROLOGIA 
Zoneamento climático de Sorocaba 
 
 O clima é quente e temperado. Existe uma pluviosidade significativa ao longo 
do ano em Sorocaba. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. 
Segundo a Köppen e Geiger a classificação do clima é Cfa. Em Sorocaba a 
temperatura média é 20.5 °C. 1219 mm é o valor da pluviosidade média anual. 
 36 mm é a precipitação do mês Agosto, que é o mês mais seco. A maioria da 
precipitação cai em janeiro, com uma média de 224 mm. 
 Se compararmos o mês mais seco com o mês mais chuvoso verificamos que 
existe uma diferença de precipitação de 188 mm. As temperaturas médias variam 
6.3 °C durante o ano. 
 9 
 O mês com maior umidade relativa é fevereiro (79.29 %). O mês com a 
umidade relativa mais baixa é agosto (64.72 %). 
 O mês com maior número de dias chuvosos é janeiro (20.67 dias). O mês 
com o menor número é agosto (4.60 dias). 
 Com uma temperatura média de 23.3 °C, fevereiro é o mês mais quente do 
ano. Em julho, a temperatura média é 16.9 °C. É a temperatura média mais baixa de 
todo o ano. 
 Em Sorocaba, o mês com mais horas diárias de sol é Fevereiro com uma 
média de 8.35 horas de sol. No total, são 258.8 horas de sol em Fevereiro. 
 O mês com menos horas diárias de sol em Sorocaba é Janeiro com uma 
média de 7.7 horas de sol por dia. No total, são 230.88 horas de sol em janeiro. 
 Cerca de 2896.87 horas de sol são contadas em Sorocaba ao longo do ano. 
Em média, são 95.29 horas de sol por mês. 
 Para a produção de citros, o clima ideal tem temperaturas amenas de no 
máximo 25°C e no mínimo 10°C, com invernos frios e secos e primaveras chuvosas. 
 A época de plantio das mudas de laranja ocorre no início das chuvas. 
Entretanto, em pomares irrigados, o plantio pode ser realizado ao longo do ano. Os 
dias nublados são bastante favoráveis para o pegamento das mudas. Estas devem 
ser plantadas em covas com colo a cinco centímetros do nível do solo. 
 Carta de aptidão climática 
 Para a obtenção da carta de aptidão climática da citricultura consideram-se as 
exigências de os diferentes cultivares de interesse comercial no Estado de São 
Paulo. Para a definição das exigências climáticas dos principais cultivares de 
interesse comercial em São Paulo, recorreu-se à experiência de pesquisador em 
Citricultura. Tais exigências se referem, particularmente à citricultura para o mercado 
interno de frutos "in natura", e para a produção de sucos, visando o mercado 
externo. Em ambos os casos, a questão da coloração da casca apresenta-se como 
fator secundário. 
 Os parâmetros adotados para definir as faixas de aptidão climática para 
citricultura paulista foram: 
1. Temperatura média anual (Ta) = 17 ºC: indica o limite acima do qual a faixa é 
considerada termicamente apta à citricultura em geral, exceto para pomelo e 
mexerica. Abaixo dessa temperatura média, começam a aparecer deficiências 
térmicas e problemas severos com geadas; 
 10
2. Ta = 20 ºC mostra limite térmico inferior da faixa considerada apta para os 
cultivares pomelo e mexerica, que são mais exigentes em calor; 
3. Deficiências hídricas anuais (Da) = 0 mm: corresponde ao limite da faixa em 
que normalmente estão ausentes as estações com deficiências de umidade 
no solo. A ausência de estação seca aumenta a incidência de problemas de 
fitossanidade; 
4. Da = 60 mm corresponde ao limite acima do qual aparecem as faixas com 
deficiências hídricas sazonais pronunciadas, que podem trazer restrições na 
qualidade dos frutos nos anos mais secos e em laranjais com plantas já muito 
desenvolvidas e com a copas encontrando-se. As restrições se referem à 
necessidade de tomar medidaspara atenuar os efeitos da falta de umidade 
na estação seca, como: adotando espaçamentos maiores; utilizando porta-
enxertos adequados; emprego de práticas culturais destinadas a minorar os 
efeitos da seca, como a irrigação suplementar, ou a utilização de podas para 
reduzir o volume de folhagem e o consumo de umidade no solo. 
 
Cartografia – faixas de aptidão climática 
 Faixa "A" – Ta superior a 17 ºC e Da entre 0 e 60 mm. É uma faixa em que as 
condições térmicas e hídricas se apresentam satisfatórias para a citricultura em 
geral. Ocorre normalmente uma deficiência hídrica sazonal moderada, favorável à 
sanidade e à produção das plantas. A faixa abange a parte centro-sul e oeste do 
planalto paulista e o vale do Paraíba; 
 Faixa "B" – Ta superior a 17 ºC e Da superior a 60 mm. Essa faixa apresenta 
condições comparáveis à anterior, com referência à aptidão térmica, mas mostra 
certa restrição com respeito ao fator hídrico, podendo os pomares sofrerem efeitos 
da seca, com certa frequência. A faixa compreende praticamente toda a metade 
norte do planalto paulista; 
 Faixa "C" – Tá inferior a 17 ºC corresponde às áreas montanhosas, de 
altitude, muito frias do território do Estado. Apresenta-se inapta para a citricultura em 
geral. As plantas ficam muito sujeitas aos danos da geada e os frutos produzidos se 
mostram muito ácidos. A faixa C se apresenta, todavia, com aptidão climática para 
algumas variedades mais resistentes ao frio, como o limão-siciliano e a laranja-
azeda; 
 11
 Faixa "D" – Da igual a zero. É a faixa úmida, sem estação seca, e 
relativamente fria, ao sul do planalto paulista. Apresenta-se inapta ou marginal a 
exploração da citricultura comercial. Os problemas com a sanidade da planta e dos 
frutos são normalmente agravados; 
 Faixa "E" – Está superior a 20 ºC e Da igual a zero. É a faixa 
correspondente ao litoral e vale do Ribeira, onde não há estação seca e as 
temperaturas são relativamente elevadas. Essa condição climática se apresenta 
imprópria ou inapta à cultura da maioria dos cultivares. As tangerinas, mexerica e 
ponkan, o pomelo e o limão taiti, entretanto, encontram elevada aptidão climática, 
nessa faixa. 
3.4 CONSTRUÇÕES RURAIS 
 
 31,2 m 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 0,9m 1,0 m 
 
Largura: 12,096 m 
Área Útil: 377,96 m 
Pé direito central: 1,92 m 
Largura dos Canteiros: 0,38 m 
25,2 m 25,2 m 
0,72 m 
0,38 m 
 12
Corredor Central: 0,72 
501,84 m lineares de canteiro 
Comprimento: 31,2 m 
Pé direito lateral: 1,5 m 
Área total de tela:1.065,6 m2 
Espaço entre canteiros:0,6 
16,32 canteiros de 14,62 m 
11 mudas / m lineares de canteiros 
 
3.5 FRUTICULTURA 
 A verrugose tem agente causal: Elsinöe spp. Os sintomas da doença são 
lesões salientes, grossas crostas irregulares que se agrupam recobrindo extensas 
áreas da folha, brotos e frutos. 
A podridão floral dos citros (PFC), popularmente conhecida por estrelinha, é 
uma doença cuja relevância vem aumentando nas últimas décadas nos pomares 
brasileiros. A PFC é causada por duas espécies de fungo, Colletotrichum acutatum 
(C. abscissum) e C. gloeosporioides, sendo a primeira a mais encontrada nos 
pomares de São Paulo, principal região produtora de citros no Brasil. 
Os sintomas iniciais da doença são caracterizados por lesões alaranjadas nas 
pétalas e escuras no estigma e estilete das flores de citros. Nas flores infectadas há 
alterações hormonais que tornam os frutos cloróticos e os derrubam precocemente, 
deixando seus cálices retidos (“estrelinha”) aos ramos das árvores por até 18 meses. 
É comum que as estrelinhas apareçam agrupadas em um mesmo ramo ou em um 
setor da planta, uma vez que os esporos do fungo são disseminados por respingos 
de água na copa das plantas. Os sintomas podem ser vistos nos botões brancos 
ainda fechados, embora a maioria das lesões seja observada nas flores abertas. As 
fases de botão expandido (“cotonete”) e de flor aberta são consideradas as mais 
críticas para a infeção pelo fungo. Portanto, a atenção do citricultor deve ser 
redobrada quando os pomares apresentarem floradas nessas fases de 
desenvolvimento. 
A busca de novas opções de cultivo pelos agricultores ensejou a que a 
ciência agronômica contemplasse, de maneira prioritária, a introdução e a coleção 
 13
de variedades como forma de privilegiar a diversidade genética. Conservação, 
caracterização e utilização dos recursos genéticos de plantas passaram a ter a 
devida consciência das comunidades, fases que precederam e que constituem a 
base para o melhoramento genético de citros, que visam selecionar híbridos ou 
mutantes naturais tolerantes/resistentes a fatores bióticos a abióticos. 
 
 
 
 
 14
4 CONCLUSÃO 
Com este trabalho podemos compreender a importância de se 
conhecer as características morfológicas, fisiológicas e os procedimentos de 
melhoramento genético a serem aplicados em plantas. Compreendemos também a 
importância da fruticultura para o desenvolvimento econômico do país e como a 
relação entre o melhoramento genético das espécies frutíferas e o manejo adequado 
podem contribuir para o crescimento das culturas. 
É válido ressaltar e observar a necessidade das propriedades rurais 
ou as chamadas empresas rurais de se atentarem a importância de se ter recursos 
humanos capacitados principalmente no desenvolvimento científico e criação de 
tecnologias capazes de facilitar o desenvolvimento todos os fatores que integram o 
meio produtivo, não apenas no que se refere ao plantio e colheita propriamente dito, 
mas em todos os processos que estão inseridos. 
O bom planejamento do pré porteira, dentro da porteira e dos pós 
porteira tem papel fundamental para o bom desenvolvimento da produção e garantir 
a qualidade ao findar os ciclos produtivos de cada cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15
REFERÊNCIAS 
ALEXANDRINO, Samantha Leandro de Sousa Andrade et al. Qualidade, avaliação e 
tipificação de carcaças das principais espécies de interesse zootécnico: bovina, 
suína e aves. Research, Society and Development, v. 9, n. 10, p. e1719108422-
e1719108422, 2020. 
 
BELONI, Mikaela Vieira et al. Biodigestão anaeróbia: uma alternativa viável para a 
redução dos impactos causados pelos dejetos da pecuária leiteira. Tópicos 
Especiais em Ciência Animal IX, p. 386, 2020. 
 
BRUCKNER, C. H. Melhoramento de fruteiras de clima temperado. Viçosa, MG: 
Editora da UFV, 2002. 
MEDEIROS, C. A. B.; RASEIRA, M. C. B. A cultura do pessegueiro. Brasília, DF: 
EMBRAPA, 1998. 
 
TAMARO, D. Tratado de fruticultura. 4. ed. Barcelona: Gustavo Gili, 1936. 933 p 
 
SIMÃO, S. Cereja das Antilhas. p. 477-485. In: SIMÃO, S. Manual de fruticultura. 
São Paulo: Agronômica Ceres, 1971. ______. Tratado de fruticultura. Piracicaba: 
FEALQ, 1998. 760 p 
 
OLIVEIRA, A. C.; FARIAS FILHO, S. M. Um paralelo entre os produtores de frutas 
do polo Petrolina-Juazeiro com os fruticultores de toda a área de atuação do BNB. 
Revista de Desenvolvimento Econômico, Salvador, BA, ano XIV, n. 26, 2012. 
DA SILVA, José Antonio Ramos et al. Tratamento de dejetos no Brasil: Comparativo 
entre as técnicas de compostagem e biodigestores anaeróbios. Revista em 
Agronegócio e Meio Ambiente, v. 13, n. 2, p. 797-817, 2020. 
 
POMMER, C. V. Uva: tecnologia de produção. Porto Alegre, RS: Cinco Continentes, 
2003. A cultura da macieira. Florianópolis, SC: EPAGRI, 2006. 
SILVA, LUANA de A.; SOARES, FABIO R.; SEO, EMILIA SM. Identificação de 
oportunidades de melhoria do desempenho ambiental dos processos de biodigestão 
anaeróbica e incineração dos resíduos sólidos urbanos. HOLOS Environment.

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