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REVISÃO GERAL!
Unidade
– Desenvolvimento Humano e Social
Prof. Dr. Alex Gomes da Silva 
1
O indivíduo e a consciência coletiva 
 
Émile Durkheim (1858-1957): duas consciências: a individual e a coletiva.
Individual: ações que se referem somente a nós, às nossas escolhas pessoais, às ações que nos tornam únicos.
Coletiva: há a influência de ideias, crenças, práticas, tradições e opiniões coletivas sobre nós. 
A exclusão social e seus desafios 
Conceito: entende-se por exclusão social as “formas pelas quais os indivíduos podem ser afastados do pleno envolvimento na sociedade” (Giddens, 2012, p. 325)
A história do Brasil não é uma história de integração étnica?
Formação do povo brasileiro
Darcy Ribeiro: a identidade do Brasil está intimamente atrelada às 3 matrizes étnico-culturais presentes em sua formação
Cultura 
Cultura          um conjunto de ideias, sentimentos, valores que são expressados em comportamentos, objetos, instituições, os quais são compartilhados, reproduzidos e constantemente transformados por uma comunidade/sociedade. 
De acordo com o antropólogo Clifford Geertz (1978, p. 15), a cultura pode ser compreendida como “uma teia de significados tecida pelo homem”. 
O processo de socialização
Identidade cultural: A identidade cultural é a combinação de inúmeras relações sociais e variados patrimônios simbólicos historicamente compartilhados, o que estabelece a união de determinados valores entre os membros de uma sociedade. Isso significa que a nossa identidade cultural está diretamente ligada ao nosso passado e à realidade que experimentamos
Identidade social: É elaborada a partir da experiência social, que está vinculada ao lugar social do indivíduo (classe, religião, família, escolaridade). A identidade no momento contemporâneo tem uma dinâmica mais fluida, atravessada por várias informações e estilos de vida. 
As instituições sociais humanas 
Família: primeira instituição social do homem. Dela, recebemos as referências culturais como nossa língua, e somos orientados a seguir esta ou aquela religião, enfim, a família nos molda a partir de suas próprias pré-noções e crenças.
Escola: espaço socializador. Depende da configuração assumida pela sociedade na qual está inserida. Disputas entre projetos: conservador e transformador.
Instituições religiosas: ao fazer parte de uma religião, o indivíduo torna-se pertencente a uma comunidade que partilha as mesmas crenças. A partir daí, o indivíduo não é mais indivíduo, mas parte de algo maior. 
Estado
Estado: algumas definições
Instituição que regula, normatiza e administra a vida em sociedade. Em suma, funda-se na normatização de leis e na defesa dos direitos mais básicos dos cidadãos.
Em “O príncipe”, escrito em 1532, Nicolau Maquiavel afirma que o Estado seria a expressão de uma comunidade política soberana.
O sociólogo Max Weber, em “A política como vocação” (2004), afirma que o Estado não pode ser definido por seus fins, mas por seus meios: o monopólio legítimo da força física. Para o autor, o Estado seria uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinado território – a noção de território corresponde a um dos elementos essenciais do Estado – reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física” (WEBER, 2004, p. 98).
Concepção tradicional de Estado de Direito: Immanuel Kant (1724-1778). Na concepção kantiana, o Estado deve subordinar-se ao direito. Os interesses do Estado devem estar vinculados às garantias individuais e à proteção da propriedade privada.
Economia
O trabalho através da história 
Definições: 1)“atividade através da qual o homem modifica o mundo, a natureza, de forma consciente e voluntária, para satisfazer suas necessidades básicas” (Marcondes e Japiassú (2001, s/p)); 2) “atividade cujo fim é utilizar as coisas naturais ou modificar o ambiente e satisfazer às necessidades humanas” (Abbagnano (2007, p. 964)); “o trabalho humano é a ação dirigida por finalidades conscientes, a resposta aos desafios da natureza, na luta pela sobrevivência” (Aranha e Martins (1986, p. 5)
Karl Marx admite que a diferença constitutiva existente entre homem e natureza inicia-se quando os homens começam “a produzir seus próprios meios de subsistência, progresso este condicionado pela organização física humana. Produzindo seus meios de subsistência, os homens produzem indiretamente sua própria vida material” (MARX, 1998, p. 10). 
Karl Marx  parte da análise da sociedade capitalista do século XIX, e identifica um profundo abismo entre trabalhador e o fruto do seu trabalho, uma verdadeira impessoalidade ou, conforme o autor chamava, alienação. 
Modos de Produção
Comunal-primitivo
Escravista
Feudal (feudalismo) 
Capitalista
Economia
Comunal-primitivo: baseia no uso coletivo dos meios de produção, nas relações familiares e no cooperativismo. Nesse modelo, não havia propriedade privada, uma vez que todos os bens e modos de produção eram coletivos.
Escravista: Entra em vigor o conceito de propriedade privada; propriedade privada tanto dos meios de produção quando da força de trabalho (escravos); nesse modelo, há a divisão social do trabalho (campo x cidade, trabalho manual x trabalho intelectual; não há cooperação, mas a sujeição e o domínio.
Feudal: formado da relação entre senhores e servos (pequenos camponeses); os meios de produção pertenciam aos senhores feudais. Importante: o servo não era escravo, pois tinha o direito de cultivar um pedaço de terra cedido pelo senhor e viver ali com sua família. Em troca, ele pagava impostos, rendas, além de trabalhar para o senhor.
Capitalista: propriedade privada; a produção tem como destino o mercado; trabalho assalariado; os meios de produção são privados; a atividade econômica possui fins lucrativos; sociedade dividida em classes: proprietários dos meios de produção (matérias-primas, maquinários e instrumentos de trabalho), que compra força de trabalho; proletários, que vendem sua força de trabalho para gerar os meios de subsistência (em outras palavras, não detêm a propriedade dos meios de produção).
Em resumo: o capitalista vende as mercadorias produzidas pela força de trabalho de seus operários. Essa é a relação fundamental para compreendermos o capitalismo: o operário vende, ao capitalista, sua força de trabalho, e o capitalista, por sua vez, venderá o produto da força de trabalho do operário, a fim de angariar lucro. 
Pensando o trabalho criticamente
m conceito básico para refletirmos sobre o trabalho atual é o de autonomia. Ser autônomo significa pensar por si, não se deixar alienar pelo resultado de um trabalho que você nunca terá acesso. é se perceber participante de toda uma lógica social, e que ao alterar a natureza para sua própria sobrevivência, tudo ao seu redor consequentemente muda, não somente em termos econômicos.
Unidade
Desenvolvimento, capitalismo e terra
Desenvolvimento Humano e Social 
Prof. Dr. Alex Gomes da Silva 
2
As transformações do capitalismo 
01
02
03
Propriedade agrária no Brasil
O direito à terra e a terra por direito
DESENVOLVIMENTO, CAPITALISMO E TERRA: A PRODUÇÃO NA ERA GLOBAL PRECARIZA O TRABALHO?
Globalização e processo produtivo: o mundo é uma grande indústria
Globalização (conceito): processo de integração econômica, cultural, social e política que atende às demandas do capitalismo contemporâneo de conquistar novos mercados principalmente se o mercado estiver saturado.
O trabalhador frente à globalização da produção
Com a constante inovação tecnológica dos processos de produção, principalmente proporcionadas pela automação e gestão integrada de máquinas, a mão de obra foi sendo reduzida na linha de produção.
Do liberalismo ao neoliberalismo: as políticas econômicas hegemônicas
A teoria do liberalismo econômico se tornou a base do capitalismo industrial, alinhado à compreensão do que seria uma organização política ideal para o desenvolvimento do comércio e da riqueza das nações. 
É uma ideologia político-econômica que nega a luta de classes e as desigualdadessociais, enquanto problemas do Estado, e privilegia, exclusivamente, a ação do grande capital. 
As transformações do capitalismo 
Capitalismo fordista (1920-1970)
​Características gerais: linha de produção, aumento da produtividade, dos direitos de trabalhadores, de sindicatos. ​
Crise: aumento da competição dos EUA com a Europa e Japão; saturação dos mercados internos; diminuição da produtividade e problemas fiscais. ​
Capitalismo flexível (1970–atual)​
Características gerais: flexibilização da produção​
Mudanças no trabalho: desemprego e  subemprego (principalmente entre trabalhadores menos qualificados); competitividade (entre trabalhadores mais qualificados).​
Crise da política: incapacidade de negociação e de construção de conflitos.
O neoliberalismo e as consequências sociais
Corrosão do caráter. As consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Richard Sennett​
O neoliberalismo. História e implicações. David Harvey. 
Modelos produtivos
Taylorismo/Fordismo
Produção em massa, por meio da linha de montagem.
Divisão do trabalho.
Especialização do operário em uma única tarefa
Controle dos tempos e movimentos pelo cronômetro taylorista e produção em série fordista.
Existência do trabalho parcelar e fragmentação das funções
Fordismo: criação da esteira rolante (realização do serviço em curto prazo de tempo)
Toyotismo
Substitui o fordismo a partir da década de 1970 (criado no Japão)
Just-in-time (produzir na justa medida)
Inovações organizacionais; 
Inovações tecnológicas; 
Rompe com o padrão fordista de estocagem de produtos (lógica da produção em massa)
A produção varia de acordo com a demanda, privilegiando a eficiência em detrimento da quantidade.
Propriedade agrária no Brasil
“Durante sua história recente, enquanto colônia de exploração, a ocupação do Brasil não foi por vias de uma divisão igualitária das terras. A primeira divisão de terras visava prover riquezas para a metrópole, Portugal, em forma de matérias-primas vegetais e minerais (...). O que nos interessa compreender é que essa lógica de apropriação da terra é uma lógica de dominação de poucos sobre muitos. Uma estrutura de poder social que já vinha delineada dos resquícios feudais que ainda se perpetuavam nas práticas de dominação e exploração social” (ebook, Unidade 2, p.16).
“Os grandes latifúndios que marcaram o período áureo da produção agrícola e da pecuária no país, antes da industrialização, traziam em suas gêneses os traços de uma dominação social, econômica e política, uma vez que os grandes produtores influenciavam diretamente a política. 
Na esteira desse processo desigual e violento, foi se formando uma questão social que não se esgotaria com o fortalecimento da industrialização” (ebook, Unidade 2, p.17).
- Brasil, o país mais letal para defensores de terra e do meio ambiente
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/23/internacional/1532363870_921380.html
Agricultura familiar produz 70% dos produtos consumidos por brasileiros
http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/07/agricultura-familiar-produz-70-dos-alimentos-consumidos-por-brasileiro
PEC 215 é aprovada em comissão da Câmara. Quais os próximos passos?
https://www.cartacapital.com.br/politica/pec-215-e-aprovada-em-comissao-da-camara-quais-os-proximos-passos-6520.html 
Homens livres na sociedade escravocrata. Maria Sylvia de Carvalho Franco.
O direito à terra e a terra por direito 
Indígenas
“Veja que pretendemos ressaltar o caráter originário desses povos indígenas, um direito natural às terras que ocupavam há milhares de anos, não sendo reconhecido pelos europeus negligenciado e nulo (...). Atualmente, a questão indígena ainda sofre entraves de políticas econômicas voltadas para os interesses dos grandes produtores pecuaristas e latifundiários. A discussão sobre as demarcações de terras indígenas sempre esbarra na argumentação de que grandes áreas poderiam ser produtivas para a extração de minérios e recursos naturais diversos, criação de gado ou agricultura, mas permanecem improdutivas e destinadas a pequenos grupos tribais” (ebook, Unidade 2, p.22-23).
Quilombolas
“Os quilombos eram uma forma de os negros manterem vivas suas expressões culturais, suas maneiras de organização social e sua busca por liberdade. A sobrevivência era provida por meio da plantação de subsistência, coleta de frutas, caça, pesca, produção de artesanatos e utensílios rústicos (...). Nesses centros de refúgio para negros livres, as expressões culturais podiam ser exercidas de forma aberta, enquanto que nas senzalas os negros eram proibidos de praticarem seus cultos religiosos, suas danças típicas e demais ritos (ebook, Unidade 2, p.24-25). 
Unidade
A Sociedade em rede: o mundo pós-moderno une ou separa os indivíduos? 
3
Desenvolvimento Humano e Social 
Prof. Dr. Alex Gomes da Silva 
A construção da modernidade
01
02
03
04
A pós-modernidade 
 
O papel social da educação 
A crise socioambiental 
A construção da modernidade
“A Modernidade não é apenas uma marcação histórica de acontecimentos sociais, intelectuais e políticos, é a caracterização de uma virada tanto intelectual quanto social na forma de vida do homem e na maneira como ele entende e age sobre o mundo. Nesse sentido, as datas históricas são importantes, mas a maior importância comporta na compreensão do contexto no qual as ações que marcaram essas datas foram empreendidas” (ebook, Unidade 3, p. 2). 
“Dentre os marcos intelectuais, citamos o Renascimento, tanto na Itália como em outros países da Europa, sendo um importante movimento artístico e intelectual. O Iluminismo foi uma importante mudança na forma de se conceber o conhecimento, principalmente o científico, e combateu os pensamentos medievais sobre o mundo e outros temas relacionados ao homem. (...) Nos acontecimentos científicos, temos a formação das bases das modernas ciências naturais específicas, a química, a física, a biologia, a cosmologia. (...) Na política, citamos as contribuições dos filósofos modernos que pensaram a questão do Estado, entre eles Rousseau, Montesquieu e Locke” (ebook, Unidade 3, p. 3-4).
“O período histórico denominado como Moderno lançou as bases para se estabelecer um modelo civilizatório e científico que formou o que chamamos de Sociedade Ocidental Moderna. Nesse sentido, o nome dado ao período histórico acabou por se tornar o sinônimo de evolução científica, tecnológica e civilizacional” (ebook, Unidade 3, p. 4).
A pós-modernidade 
A ideia de Pós-Modernidade é exatamente a compreensão de que os fundamentos e princípios da modernidade devem ser revistos, melhorados, superados e pensados de forma a se adaptarem às constantes mudanças empreendidas na sociedade atual (ebook, Unidade 3, p.9).
Na opinião de Ribeiro (2016), o final do século XX é marcado por constantes mudanças políticas, principalmente nos países mais desenvolvidos, tais como Estados Unidos, Alemanha, Rússia e China. As permanentes ameaças bélicas entre esses países e seus diversos aliados e a fragilidade de inúmeras democracias ao redor do mundo têm contribuído para se criar uma forma de pensamento que consiga enxergar além dos ideais modernos baseados na concepção de que a razão é capaz de prover sempre o avanço e o aprimoramento que o homem necessita para ter uma vida melhor (ebook, Unidade 3, p.9).
Modernidade e Identidade. Anthony Giddens
O papel social da educação
“Não se pode negligenciar a importância da educação na composição geral de uma sociedade, não somente em relação à formação dos indivíduos, mas também em relação ao desenvolvimento econômico e à igualdade política. Podemos perceber que o papel social da educação vai muito além da simples inclusão de indivíduos alfabetizados no mercado de trabalho” (ebook, Unidade 3, p.14).
“Para o primeiro eixo, é preciso pensar que existiu no Brasil, e de certa forma ainda existe, uma cultura de associar a educação à erradicação do analfabetismo. No entanto, o mercado de trabalho atual e as diversas interações sociais exigem mais dos indivíduos do que apenasler e escrever. É necessário entender que a educação está permeada de cidadania, conhecimento de direitos e deveres, possibilidades de desenvolvimento social e profissional. Dessa forma, políticas que visem apenas a erradicação do analfabetismo tendem a criar grandes massas de indivíduos alfabetizados, mas despreparados para uma vida social mais ampla” (ebook, Unidade 3, p. 15).
“A ideia de se educar o indivíduo para a vida social comporta a necessidade de uma formação humana, social e política, tornando-o capaz de exercer seu papel social enquanto cidadão e suas habilidades enquanto profissional. A partir dessa perspectiva, a escola, como lugar social de aprendizado e prática do conhecimento, se torna também um espaço de mudanças sociais” (ebook, Unidade 3, p.16).
Real função da educação: preparar o indivíduo para a vida em sociedade, para o exercício da cidadania e para a atividade consciente de suas habilidades profissionais. Assumir um perfil crítico e transformador da realidade social.
OBS: Não deve funcionar como aparelho ideológico do Estado e reduzir seu campo de ação à formação técnica, volta ao mercado de trabalho.
A crise socioambiental 
“Seria tacanho pensar que a questão socioambiental, ou mesmo a temática da preservação ambiental, está restrita apenas a zonas de matas virgens, áreas de desmatamento, uso irregular da extração de minérios, lançamento de poluentes por parte de grandes indústrias e etc. Na realidade, a maior degradação ambiental está incrustada no coração dos grandes centros urbanos, por meio dos lixões a céu aberto, poluição de rios, lagoas e córregos, falta de saneamento básico e poluição do ar. A maioria desses problemas é causada pelas grandes indústrias que, em geral, estão instaladas nas periferias dos grandes centros urbanos.
O aumento das demandas da vida moderna demonstra que a linha ascendente de evolução da tecnologia empurra a sociedade cada vez mais para uma dependência maior dos recursos naturais (SANTOS, 2000). É preponderante buscar novas formas de conciliar a demanda social por consumo de bens e serviços com o uso inteligente dos recursos naturais e do meio ambiente ” (ebook, Unidade 3, p.22).
“Diante disso, é necessário pensar políticas públicas, ações público-privadas e campanhas de conscientização que promovam uma mudança nos atuais quadros de poluição e degradação ambiental. Vale ressaltar que essas ações não podem ser pensadas em curto prazo, mesmo que o problema se apresente como urgente, o planejamento em longo prazo é a única garantia de que não se crie expectativas irreais em relação à solução do problema” (ebook, Unidade 3, p.24).
Relatório Brundtland (Nosso Futuro Comum), publicado em 1987, na ONU, define o conceito de sustentabilidade e confere projeção internacional ao debate sobre crise ambiental.
Unidade
As empresas e a cidadania: como possuir responsabilidade social e o respeito ao diferente?
4
Desenvolvimento Humano e Social 
Prof. Dr. Alex Gomes da Silva 
Responsabilidade social nas empresas
01
02
03
04
A responsabilidade social nas ONGs 
 
A responsabilidade social e a cidadania 
A diversidade nos espaços organizacionais
Os fundamentos da responsabilidade social
O aumento das demandas da vida moderna demonstra que a linha ascendente de evolução da tecnologia empurra a sociedade cada vez mais para uma dependência maior dos recursos naturais (SANTOS, 2000). 
Diante disso, é necessário pensar políticas públicas, ações público-privadas e campanhas de conscientização que promovam uma mudança nos atuais quadros de poluição e degradação ambiental.
O conceito de responsabilidade social tornou-se central a partir da emergência da discussão sobre a necessidade de um desenvolvimento sustentável, que leve em consideração a preservação do meio ambiente e a utilização consciente de recursos naturais. 
Relatório Brundtland (Nosso Futuro Comum), publicado em 1987, na ONU, define o conceito de sustentabilidade e confere projeção internacional ao debate sobre crise ambiental.
A noção de responsabilidade social só ganhou forma a partir das décadas de 1960 e 1970, coincidindo com grandes transformações sociais, políticas e culturais do mundo, especialmente a crescente crítica às guerras e ao uso de armas químicas e nocivas à sociedade e ao meio ambiente. Já a partir da década de 1980 e a crise no Estado de bem-estar social nos países centrais do capitalismo, como Estados Unidos e da Europa, a participação das empresas e das corporações na manutenção dos níveis de emprego foi sendo cada vez mais valorizada (ALENCASTRO, 2012).
No Brasil, a consolidação do termo “responsabilidade social” se deu a partir dos anos 1990, principalmente em função do crescimento de movimentos sociais que pressionavam setores da sociedade – como governo e iniciativa privada – pela diminuição da pobreza e da fome, bem como da desigualdade social. 
A Responsabilidade social nas empresas
“É possível compreender que cada ente social, seja individual, coletivo ou empresarial, público ou privado, tem uma responsabilidade no processo de organização político-social, que é margeada por preceitos éticos, políticos e jurídicos. Não se podem desvencilhar esses três âmbitos da vida social, a ética não é um campo apenas para indivíduos, cada profissão e agente econômico instituído (empresas) deve desenvolver os aspectos éticos que preservem a organização social. Lembrando que os âmbitos políticos e jurídicos também abrangem tanto indivíduos quanto empresas, sejam privadas ou públicas. Dessa forma, o respeito mútuo, a liberdade política e o direito civil são prerrogativas que pertencem tanto a indivíduos quanto a empresas e grupos sociais (...) A responsabilidade social então é, antes de tudo, o respeito a estruturação social que permite um bom arranjo político-econômico da sociedade como um todo, bem como a contribuição para o desenvolvimento humano e social” (ebook, Unidade 4, p.4). 
“A empresa como sujeito social tem seus deveres jurídicos para com o trabalhador e o Estado, mas também seus direitos em relação à sua atuação na sociedade. Como já aludimos, a responsabilidade social não deve ser pensada como um dever que onera a empresa, ao contrário, é o direito de exercer, assim como os indivíduos particulares, sua contribuição para o desenvolvimento humano e econômico” (ebook, Unidade 4, p.7).
A responsabilidade social nas ONGs 
 
“O que é uma ONG? Dentro de uma moderna concepção de corpo político, podemos afirmar que existem duas esferas distintas, a esfera estatal, o Estado enquanto ente político estabelecido por meio de uma Constituição; e a esfera civil, a sociedade civil constituída por pessoas físicas e jurídicas. Nesse arranjo, dentro da sociedade civil diversos grupos sociais se organizam para exercerem seus direitos políticos, sociais e econômicos, tendo total autonomia para direcionarem suas atuações em sociedade, dentro do que lhes permite a ordenação jurídica do Estado (...) Dessa maneira, podemos entender que as Organizações não Governamentais são organizações constituídas por indivíduos particulares que partilham de uma mesma concepção de mundo e sociedade e que exercem seus direitos sociais e políticos, bem como sua cidadania, em vista de tal concepção” (ebook, Unidade 4, p.10-11).
“Nenhum cenário político é isento de disputas sociais, ideológicas e econômicas, no entanto, essa realidade é, em certo sentido, necessária para o exercício da cidadania e dos direitos sociais. Uma sociedade na qual as disputas políticas e ideológicas não são possíveis é uma sociedade fechada, autoritária e castradora, uma vez que o princípio da possibilidade de expressão de ideias políticas é o fundamento dos modernos Estados democráticos de direito. Nesse sentido, as ONGs desempenham uma função política na organização de uma sociedade aberta e democrática, possibilitando o exercício da cidadania e o engajamento político e social de diferentes áreas da sociedade civil. Como agentes políticos constituídos, as ONGs compartilham com indivíduos, empresase instituições públicas o espaço social no qual desenvolvem suas atividades. Sendo assim, elas também possuem uma responsabilidade social que pode ser exercida de diversas formas” (ebook, Unidade 4, p.13)
Terceiro Setor no Brasil: surgimento e características: O Terceiro Setor é perceptível no Brasil a partir da década de 1980, quando a sociedade civil organizada passa a exercer uma maior pressão a partir de demandas oriundas dos chamados excluídos sociais. 
OBS: Não podemos perder de vista a relação do Terceiro Setor com a sociedade civil organizada.
Terceiro Setor: características
Caracterizado pela existência de instituições ou organizações, como as Organizações Não Governamentais (ONGs). Função: atender às demandas da população para as quais o Estado não elaborou respostas ou não teve condições para tanto. 
A responsabilidade social e a cidadania 
 
“O indivíduo enquanto agente social.
A perspectiva de uma participação do indivíduo na vida social é possível a partir da concepção de que todo ser humano tem o direito inalienável de exercer suas habilidades particulares com total liberdade e dentro de um ordenamento jurídico que permita o respeito ao próximo e ao bem público. Em outros termos, o indivíduo humano é um fim em si mesmo, não podendo ser instrumento de manipulação social de qualquer ordem, seja política, econômica, religiosa, ou que vise mantê-lo sob restrição de sua liberdade de expressão” (ebook, Unidade 4, p.15)
“A responsabilidade social dos indivíduos como agentes políticos se expressa na prática de uma cidadania consciente, promotora do bem-estar comum e da manutenção do bom ordenamento da sociedade. Nesse contexto, as possibilidades de se exercer a cidadania estão atreladas diretamente ao nível de responsabilidade dos indivíduos, ou seja, cada cidadão é responsável por contribuir para a ampliação e garantia dos direitos civis e sociais. Em uma sociedade na qual os indivíduos não expressam preocupação em supervisionar o poder público, exigindo deste o cumprimento de todos os direitos civis e sociais, a desigualdade social é profundamente arraigada” (ebook, Unidade 4, p.19). 
“Em um contexto social no qual o exercício da cidadania não está atrelado a um senso ético de responsabilidade social por parte dos indivíduos, torna-se difícil construir instituições, tanto públicas quanto privadas, que se voltem para o bem-estar comum, o desenvolvimento social e a promoção dos direitos sociais e civis. Tendo em vista esta importante temática, pensar a responsabilidade social na promoção dos direitos sociais e civis dos indivíduos, em sociedade ou nas diversas instituições que a compõem” (ebook, Unidade 4, p.20).
OBS: O fomento à participação popular se inscreve no entendimento de que a cidadania passa por um processo de necessária participação da população para a melhorar as condições gerais de vida de uma comunidade ou grupo social.
A diversidade nos espaços organizacionais 
“Segundo Ortiz (2015), é preciso buscar um novo paradigma para se compreender a relação entre os agentes sociais em uma sociedade pós-moderna e globalizada, uma vez que as relações de dominação e antagonismo social mudaram consideravelmente” (ebook, Unidade 4, p.21). 
“A mediação do poder público deve se fazer efetiva na ampliação e defesa dos direitos sociais dos indivíduos, principalmente daqueles grupos que sofrem com a discriminação de gênero ou de qualquer outro tipo. Faz-se necessário incluir nessa discussão de gênero a situação dos indivíduos que não se reconhecem em sua constituição sexual física. Seja  masculino ou feminino, o indivíduo que não se reconhece homem, tendo um corpo masculino, e a mulher que não se reconhece tendo um corpo feminino, possuem o direito de buscar a orientação sexual que lhes permita ter uma vida plena, ativa e socialmente produtiva” (ebook, Unidade 4, p.22). 
“A garantia de igualdade de oportunidades no mercado de trabalho é um dos principais pontos de discussão na temática das políticas de gênero (...). Quando tratamos deste aspecto do direito social ao mundo do trabalho, dentro da discussão de políticas de gênero, se faz necessário estabelecer algumas definições e limites. Primeiro, precisamos entender o que são espaços organizacionais; segundo, buscar compreender a inserção da mulher nesse cenário produtivo; e terceiro, trazer para a discussão a questão da transexualidade como tema para a compreensão da política de gêneros” (ebook, Unidade 4, p.24). 
BOA PROVA!

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