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Ensaiio Machismo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS - 2º PERÍODO
ANILSON ALVES DE BARROS
Ensaio: O machismo
Trabalho apresentado à Profa. Dra. Vanuza Souza Silva Dias Lopes, da Disciplina de comunicação, sociedade e desenvolvimento.
Maceió
Maio de 2018
O machismo: Mulheres que se foram e que ficaram marcas.
Anilson alves de Barros[footnoteRef:1] [1: Graduando em relações Públicas 2º período, pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL.] 
anilsoncamaestro@gmail.com
INTRODUÇÃO
No Brasil, 12 mulheres são mortas por dia, segundo dados do G1, dados oficiais de 2017. São 4.473 homicídios dolosos, sendo 946 feminicídios, ou seja, casos de mulheres mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero. O aumento tem sido em torno de 6,5%, em relação a 2016, sem contar o fato de alguns estados ainda não terem fechado seus dados. O que pode aumentar e muito esses dados, que pode considerar parciais. Para Samira Bueno e Juliana Martins, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o levantamento mostra que não há o que comemorar no Dia Internacional da Mulher, nesta quinta (8). 
"Uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, taxa de 4,3 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas do sexo feminino. Se considerarmos o último relatório da Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocuparia a 7ª posição entre as nações mais violentas para as mulheres de um total de 83 países."
O Estado do Rio Grande do Norte é o que tem o maior índice de homicídios contra mulheres: 8,4 a cada 100 mil mulheres. Mato Grosso é o estado com a maior taxa de feminicídio: 4,6 a cada 100 mil. RESSALTANDO QUE O Brasil é o 5º pais do mundo em feminicídio.
Diante de tantos casos de violência contra a mulher, até parece que a coisa já é algo banal. Como se estivesse cometendo esse ato com um ser sem nenhuma significância; um lixo; um pedaço de trapo ou algo que se pode destruir da maneira mais absurda que se pode cometer contra qualquer tipo de vida. Mas, não, infelizmente, tanta violência, é contra a mulher, onde muitos homens não aceita uma separação. Até parece que o “machão” que espanca a mulher, não vai encontrar outra pela frente (o que não deveria, pelo seu histórico de violência). Mas, as mulheres não podem adivinhar quem é um homem de caráter ou sem. São fatos, que acontecem no cotidiano, não só nas favelas e com pessoas de uma classe social menos favorecida, mas, também, por trás dos grandes prédios luxuosos dos grandes bairros.
Lamentável ainda existir aquela frase: “briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Tudo isso por causa do medo, de ser morta, de continuar sendo espancada, as mulheres não fazem boletim de ocorrência e quando o fazem, depois retiram a queixa. Certa vez a mãe de um aluno de música, apanhou tanto do marido, que foi parar no hospital, inclusive foi usada um vergalhão (ferro usado em construções). O marido foi preso, só que antes ele a ameaçou dizendo que se fosse preso a mataria. Nem se recuperou direito e foi na delegacia retirar a queixa. Pediu para que o marido fosse solto. Depois ela foi morar em outra cidade e por fim no Distrito Federal. Eu mesmo já ouvi um promotor dizer que é complicado lhe dar com esses tipos de caso, quando o inquérito chega nas mãos dele, a esposa aparece pedindo para que o processo seja arquivado. No entanto sabemos que por trás de tudo isso, além dos traumas, ainda existem as ameaças de morte, o medo de perder os filhos e a falta de conhecimento de seus direitos. Agora ouvir de um promotor, aquele que tem a missão de fazer cumprir a lei, é um ato de machismo e sem dúvida, mostra que ele não tem interesse em pelo menos tentar resolver o caso de mulheres que pedem socorro.
Não obstante, mulheres são tratadas como objetos. Certo que a violência contra a mulher sempre existiu. O que acontece hoje é que muitas estão saindo do anonimato, tendo a coragem de denunciar, ciar.
Mulheres que são estupradas dentro de seu próprio lar, seja por padrastos, tio primo ou até mesmo pai. São traumas que ficam durante muito tempo ou até a vida toda, carregando essa dor. Que só sabe quem já passou.
“Briga de marido e mulher ninguém mete a colher”
Essa é uma frase bastante comum vinda das pessoas que não querem ajudar a uma mulher que sofre violência doméstica. Podemos dizer até, que algumas pessoas vêm as mulheres depois de ter sofrido a violência de bem com o companheiro, mas, infelizmente não sabe o porquê dessa provável paz.
No entanto, não é incomum vermos casos de assédio moral, sexual em seus lugares de trabalho por seus chefes, querendo se aproveitar de seu cargo para abusar da mulher.
Outro caso que conheço é de uma jovem que trabalha em um mercadinho. Ela ganha menos que os dois rapazes, sendo que a responsabilidade dela é bem maior, e perigoso, por ser caixa. Além do mais, trabalha de domingo a domingo, sem direito a folga. Os outros dois funcionários têm um dia de folga, mas ela, não. É tão tal, que quando ela casou, só teve um dia de folga após o casamento e em seguida já foi trabalhar. É o patrão, machista usurpando o direito do trabalhador, e mais ainda por ser mulher. São casos e mais casos que presenciamos e muitas vezes nos calamos, dizendo que o problema não é nosso. Mas se continuarmos calados sempre vão acontecer coisas iguais as relatadas e até piores. Os movimentos feministas precisam aparecer mais e atuarem também em interiores de pequeno porte, onde os casos são gritantes.
 Todos os dias ouvimos e até presenciamos crimes contra a mulher, seja de lesão corporal, passando por infligir as leis trabalhistas, até casos de homicídios. Isso tudo em um município de pequeno porte. Agora se levarmos em consideração os mais de 5 mil municípios existentes no Brasil, quantas mulheres não sofrem com tudo isso. Será que ainda está longe de acabar? Ou será que isso nunca vai ter um fim? Qual desfecho de tudo isso, em uma sociedade machista, inclusive mulheres que assumem esse papel de machista. Enquanto não houver uma verdadeira tomada de consciência por parte das autoridades e principalmente dos movimentos, as coisas continuarão. É como se todos já estivessem acostumados a ver e ouvir essas coisas, como se fosse “normal”. Mas, seria normal para a vítima, que sofre com esse tipo de atitudes de homens covardes. “Valentes” só com mulheres. 
Uma verdadeira tragédia. Onde o homem não aceita o fim do relacionamento, e ainda diz, ” se não ficar comigo, não fica com mais ninguém”. Será que é falta de confiança em si mesmo em conseguir outra esposa?
As consequências de relacionamentos desastrosos são muito grandes e graves. Certo que ninguém vem escrito na testa que é um mal caráter. Mas, as mulheres deviam ter mais cuidado em suas escolhas. Isso não é um discurso machista, mas sim, um alerta. Como diz um velho ditado; “ antes só do que mal acompanhado(a)”.
A sociedade impõe um modelo de vida padrão. Padronizar tudo, num mundo onde todos têm suas diferenças, não é uma bom, e essa insistência de padronização, leva sempre a mulher a um lugar de inferioridade, e o que buscamos não é isso, mas, uma sociedade mais justa e igualitária, onde a mulher tem seu lugar na sociedade, não com diferenças no que diz respeito a cargos e salários. Mas, esse quadro está mudando embora, com poucos avanços, mas já é um bom sinal para o empoderamento da mulher. Não obstante, a violência continua sendo o grande problema, que mesmo com a Lei Maria da Penha, os casos continuam acontecendo. Principalmente por punições brandas, a exemplo das medidas protetivas, que determina que o agressor fique a certa distância da vítima, mas, quem vai saber se o agressor ficará ou não a essa determinada distância? São medidas, que só visão facilitar a violência contra a mulher. Só quando medidas mais severas forem implantadas é que poderá amenizar esse quadro.
Diante de tantas barbaridades contra a mulher, observamos que, o que não é uma coisa nova essa perseguição e percebe-se durante os tempos é que se queria com isso, era reproduzir um consumismo que pelas regrasdo nazi-fascismo, fosse “correto” e sem problemas. Muitas vítimas foram dizimadas por fugirem das regras. Não apenas nos “anos 40 e 50, a cultura de massa e os meios de comunicação funcionaram como poderosos instrumentos a geração e propagação de modos de pensamento e comportamentos apropriados para o funcionamento e massificação da sociedade”. Até hoje, embora, em muitos casos, mais sutil, a prática da tentativa de massificação pela mídia ainda existe.
A luta entre as chamadas “minorias” e os grupos conservadores tem sido acirrada desde que vem tendo mais visibilidade nos meios de comunicação e entre todas as camadas sociais. Principalmente que esses movimentos vêm se politizando e tomando proporções de destaque no meio da política não só partidária, mas, também sociais. 
Além das mulheres, também citamos os grupos GLBT’s que são constantemente atacados pelos chamados defensores da ordem e da moral. Mas que ordem e que moral? Se são esses mesmo defensores que procuram travestis, trans e homossexuais. Parece um tanto contraditório ir contra algo que nos momentos em que eles precisam, procuram para satisfazer seus desejos mais obscuros que ficam guardados dentro de seus pensamentos.
Um grande problema é que a mídia mascara as informações sobre a violência contra essa minoria. Uma mídia ainda machista e que insiste em manter a heterormatividade.
Um tema que deveria ser abordado em sala de aula, na tentativa de amenizar a violência contra as mulheres, e as minorias. Pois, o preconceito vem de casa e continua na escola. Desde a gestão escolar passando pelos(as) professores(as) e chegando aos alunos. Numa verdadeira corrente de preconceitos. Até hoje fica difícil de entender como uma pessoa odeia um homossexual e o procura para satisfazer seus desejos. A erotização pela curiosidade de ter relacionamento com pessoas do mesmo sexo, mesmo sem admitir. Também acrescentaria a universidade, pois as dificuldades em se tratar sobre erotismo é que muitos levam para a vulgarização, para o pornográfico. Além do mais, ainda existe o fato de hoje, tudo virou assédio, ou seja, não se pode falar um tema desses, pois muitos, irão levar como um ensino subversivo, ou um tabu, correndo o risco do professor ou professora ser reprimido(a) pela direção da escola – no caso das séries fundamentais – nem todos os professores estão preparados para tratar desse assunto, como alunos não estão preparados para ouvir. O que continuam tentando separa corpo dos sentimentos. “Descoporificar a alma”. Portanto não deve haver essa separação, o ensino sobre Eros e erotismo deve sim ser ensinado em sala de aula, inclusive na Universidade, que em muitos casos ainda existem tabus de alunos que chegam do ensino médio sem ter aprendido em sua essência o verdadeiro significado de paixão, erotismo, pornográfico e amor.
Os professores raramente falam em erotismo em sala de aula, como se corpo e mente fossem separados. Deixando de lado um tema bastante curioso por parte dos alunos, e que ficam na ansiedade de saber melhor como funciona essa relação entre corpo e mente, mais precisamente, sobre os sentimentos eróticos e como deve agir. Por falta de abordagem em sala de aula, que seria mostrado de forma científica e com mais propriedade, evitaria uma série de mitos e preconceitos sobre o erotismo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na busca pela tolerância, no mínimo isso. Tenta quebrar os paradigmas de uma sociedade imersa em corrupção e falso moralismo. Diante de tudo ainda pode-se questionar se a escola, principalmente nas séries iniciais, seria adequada para essa discussão? Professores, alunos e pais estariam preparados para levantar tal debate? Ainda é muito cedo para esse tipo de debates nas séries iniciais, onde crianças ainda não tem um discernimento daquilo que é certo ou errado, o que ela quer ou não. Portanto tudo levará as mesmas e velhas questões de sempre, onde pais não aceitaram falar sobre homossexualidade para seus filhos, professores se sentiram desconfortáveis e o ciclo continuará. Existe ainda o fator de muitos professores não estarem preparados para enfrentarem questionamentos e expor o tema. Agora sim, em minha opinião, deveria ser apresentado nas séries do ensino médio, onde aparentemente os adolescentes já têm certa definição sobre o tema.
A sociedade impõe um modelo de vida padrão. Portanto, essa minoria, assim como a maioria da sociedade, não pode ser considerada como hegemônica e não pode se sobrepor sobre a outra, pois, as pessoas fazem parte de uma mesma sociedade, mesmo com suas diferenças e peculiaridades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://artigo19.org/blog/2018/03/07/artigo-19-lanca-pesquisa-sobre-dados-abertos-e-casos-de-feminicidio/
https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/cresce-n-de-mulheres-vitimas-de-homicidio-no-brasil-dados-de-feminicidio-sao-subnotificados.ghtml. Acessado em 10 de maio de 2018
Louro. Guacira Lopes, O corpo educado - pedagogias da sexualidade. 2ª Edição. Autêntica. Belo Horizonte. 2000.

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