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Apostila Informática na Educação

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SUMÁRIO 
 
Introdução ....................................................................................................................... 3 
Um pouco da história da informática na educação. ........................................................ 4 
Computador e software: sua utilização em projetos de trabalho .................................... 6 
As possibilidades do uso do computador no ambiente escolar ....................................... 9 
Concepções Teóricas para o Ensino do Computador e da Internet como Ferramenta 
Pedagógica ................................................................................................................................ 12 
OS PRIMEIROS SUBSÍDIOS ..................................................................................... 23 
OS PRIMEIROS PASSOS ........................................................................................... 25 
Formação do professor para o ensino de matemática com novas tecnologias .............. 27 
CRIAÇÃO E FORTALECIMENTO DE REDES DE APRENDIZAGEM ................. 28 
FORMAÇÃO CONTINUADA DOS EDUCADORES ............................................... 29 
A Internet pode ajudar as crianças a: ............................................................................ 30 
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Introdução 
 
No mundo dinâmico em que vivemos atualmente, precisamos acompanhar suas 
transformações para nele interagirmos de forma mais construtiva. As tecnologias têm 
influenciado muito, seja através da própria mídia, que cada vez mais nos circunda, ou 
mesmo pela crescente indústria das comunicações, onde ocorrem as mudanças mais 
profundas nos últimos anos. Analisar o atual processo ensino- aprendizagem, sem 
estabelecer relação alguma com as transformações da sociedade, parece-nos viver em 
um espaço fechado e alheio às mudanças. 
Estar atento e interligado ao dinamismo mundial não é questão de apenas 
sobreviver, mas de possibilitar a participação e atuação mais significativa em todos os 
campos, em nosso caso, na Educação. As novas ideias ou concepções de como pensar 
ou de como se relacionar com o mundo não partem apenas de nossas interpretações do 
dia-a-dia escolar, mas provêm também de leituras que nos permitem dimensionar novas 
realidades e propostas. 
Podemos citar as contribuições significativas de Almeida (1999), Papert (1994) e 
Valente (1993 e 1999), ligadas às questões das Novas Tecnologias na Educação; e 
Barreiro (2001), Fazenda (1994), Freire (1986), Hernandéz e Ventura (1998) e 
Perrenoud (2000), as quais se destacam no âmbito da interdisciplinaridade, metodologia 
de projetos e competências docentes. Esses teóricos ajudam-nos a refletir sobre o 
processo ensino-aprendizagem, demonstrando como as novas tecnologias representam 
um recurso para potencializá-lo. 
Podemos destacar ainda a grande 
contribuição dos trabalhos de Valente e da equipe 
do Núcleo de Informática Aplicada á Educação - 
NIED, que tem pesquisado continuamente a 
importância das Novas Tecnologias no ambiente 
escolar, vislumbrando mudanças. 
O que seria a utilização do computador na 
educação de maneira diferente? Seria fazer aquilo que o professor faz tradicionalmente, 
ou seja, passar a informação para o aluno, administrar e avaliar as atividades que o 
aluno realiza, enfim, ser o “braço direito’’ do professor; ou seria possibilitar mudanças 
no sistema atual de ensino, ser usado pelo aluno para construir o conhecimento e, 
portanto, ser um recurso com o qual o aluno possa criar, pensar, manipular a 
 
 
4 
informação? (VALENTE, 1999, p. 19). 
O uso O “diferente’’ do computador na Educação, é denominado por Valente 
(1999) de construcionismo, referindo-se à construção do conhecimento através da 
produção de algo, do seu interesse, utilizando o computador”. 
A partir dos trabalhos desse autor podemos analisar alguns pontos fundamentais 
para melhor entendermos a proposta construcionista. 
 
Um pouco da história da informática na educação 
 
 
A aproximação e uso do computador nas escolas é fato que tem se tornado 
comum nos últimos anos, tanto em escolas públicas como particulares. No entanto, 
reconhecemos e temos consciência de que em nosso país, onde as diferenças sociais, 
econômicas e culturais são profundas, algumas realidades escolares mostram o oposto 
da situação de vanguarda. A introdução do computador na educação tem sido um dos 
maiores pontos de discussão nos fóruns de debate educacional. 
Assim, podemos nos questionar: qual a realidade da escola de hoje? Segundo o 
raciocínio cético, como pensar em computadores, se a escola não tem estrutura básica, 
ou seja, se faltam os materiais mais triviais para o ensino? Por outro lado, podemos nos 
remeter aos otimistas que acreditam que o ensino deve acompanhar as transformações 
tecnológicas e, dessa forma, o computador precisa fazer parte da vida cotidiana do 
estudante. 
Se refletirmos sobre as posições, cética ou otimista, não vamos conseguir nos 
 
 
5 
aprofundar, pois o computador de uma forma direta ou indireta já se encontra presente 
em muitas escolas e, mais ainda, na vida cotidiana das crianças e jovens. 
Primeiramente, devemos pensar e escolher entre ensino de computação ou 
ensino pelo computador. 
No primeiro, o aluno adquire conceitos sobre o computador. No segundo, o 
professor utiliza os recursos computacionais para que o aluno possa adquirir conceitos 
sobre praticamente qualquer domínio (VALENTE, 1993). 
Tendo decidido pelo segundo, é fundamental discutir a possibilidade de nortear 
o uso, já que no meio educacional, muitas vezes o computador tem sido utilizado 
simplesmente para reproduzir o que acontece em uma sala de aula tradicional, por meio 
de um software educacional. 
Vale ressaltar que o ensino pela informática tem seu elo ao ensino através das 
máquinas. Pressey, em 1924, foi o pioneiro nesse tipo de trabalho, inventando uma 
máquina que corrigia textos. 
Após isso, Skinner na década de 50 criou outra para ensinar usando instrução 
programada. Os softwares baseados em Instrução Programada são denominados CAI`s, 
no Brasil mais conhecidos como Instrução Auxiliada por Computador (VALENTE, 
1993). 
Hoje, apresentam-se duas vertentes de trabalho: o computador ensinando o 
aprendiz, considerada como instrucionista; e a outra, na qual o aprendiz ensina o 
computador, gerenciando sua própria aprendizagem, denominada construcionista. 
A primeira abordagem, quando o computador ensina o aluno, é fundamentada 
nos métodos de instrução programada tradicionais e, ao invés do papel ou do livro, é 
usado o computador. Os softwares mais utilizados nessa abordagem são tutoriais, 
exercício-prática e jogos educacionais. 
Já na segunda abordagem, quando o aprendiz ensina o computador, são 
utilizados os softwares abertos e as linguagens de programação, que permitem ao 
aprendiz expressar a resolução de um problema. 
Surge, então, um questionamento: como devemos usar os computadores? 
Somente como mais um recurso para o professor transmitir informações? Ou como uma 
ferramenta de aprendizagem, com a qual o aluno busca informações, trata-as e as 
transforma em conhecimento? 
As leituras, reflexões e discussões realizadas na disciplina Novas Tecnologias 
em Educação, levaram-nos a concluir que a primeira abordagem, que contempla a 
 
 
6 
transmissão de conhecimento, procura reproduzir o ensino tradicional, enraizado na 
escola. Na verdade, podemos utilizar o computador como um recurso para potencializar 
a aprendizagem, como uma possibilidade para mudar o paradigma educacional vigente, 
utilizando-o nodesenvolvimento de projetos. 
 
Computador e software: sua utilização em projetos de trabalho 
 
Segundo Hernadez e Ventura, o termo projeto conduz-nos a um [...] 
procedimento de trabalho que diz respeito ao processo de dar forma a uma ideia que 
está no horizonte, mas que admite modificações, está em diálogo permanente com o 
contexto, com as circunstâncias e com os indivíduos que, de uma maneira ou outra, vão 
construir para esse processo (1998, p. 22). 
Estamos aqui, em consonância com os autores acima, utilizando o termo 
“projetos de trabalho”, contrapondo-o á ideia do “deixar fazer” da aprendizagem 
espontaneísta. 
Pensar em projetos de trabalho motiva-
nos a rever nossas práticas de modo a favorecer 
“o aprender a conhecer, aprender a fazer, 
aprender a ser e aprender a compreender com e 
do outro que hoje a UNESCO assinala como 
finalidades de Escola’’ (HERNANDEZ e 
VENTURA, 1998, p. 22), conduzindo o aluno 
a relacionar os conceitos trabalhados na escola 
com o mundo que o cerca. 
A interdisciplinaridade surge então 
como uma possibilidade para o professor 
ampliar sua prática, como preconiza o parágrafo acima. 
Apesar de existir análise e forte crítica sobre as atuações e caminhos da 
Educação como reprodução do espaço e do poder econômico, nos quais a 
interdisciplinaridade está arraigada ao processo de globalização, o movimento – 
interdisciplinaridade – que surgiu em meados das décadas de 1960, contribui para a 
ampliação das análises dos mais diversos assuntos e temas das diferentes áreas do 
conhecimento (FAZENDA, 1994), favorecendo a formação de um cidadão mais atento 
aos fatos do seu cotidiano, bem como do mundo. 
 
 
7 
 
A parceria entre as diversas áreas 
 
[...] pode constituir-se em fundamento de uma proposta Interdisciplinar, se 
considerarmos que nenhuma forma de conhecimento é em si mesma racional. A 
parceria consiste numa tentativa de incitar o diálogo com outras formas de 
conhecimento a que não estamos habituados, e nessa tentativa a possibilidade, surge 
sempre de uma necessidade de troca, embora em certos casos possa iniciar-se até de 
uma insegurança inicial em desenvolver um trabalho interdisciplinar. 
Numa proposta interdisciplinar, os computadores podem ser um produtivo 
recurso no desenvolvimento de projetos de trabalho, levando a uma aprendizagem mais 
significativa. 
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s – as Novas tecnologias 
abrangem muito mais do que o computador (BRASIL, 1997). A televisão, o vídeo-
cassete, a filmadora, o rádio gravador e o retroprojetor, representam alguns exemplos de 
que “tal” Nova Tecnologia não está tão distante de nossas vidas e do nosso uso 
cotidiano. Alguns são equipamentos que possuímos em nossas próprias residências, os 
quais empregamos diariamente, sem que o uso desencadeie qualquer conflito 
“ideológico”. 
Os professores também são forçados a pensar no uso dessas Novas Tecnologias 
uma vez que diretores, supervisores ou coordenadores pedagógicos constantemente lhes 
lembram que as mesmas precisam ser utilizadas. E é a partir desta “força superior” que 
ronda o perigo pedagógico – como usar essas Novas Tecnologias? 
Uma maneira é utilizá-las no desenvolvimento de projetos interdisciplinares. 
Acreditamos que o uso permitirá um trabalho mais conectado com a formação de um 
aluno crítico e independente. 
A aprendizagem por objetos ocorre por meio da interação e articulação entre 
conhecimentos de distintas áreas, conexões estas que se estabelecem a partir dos 
conhecimentos cotidianos dos alunos, cujas expectativas, desejos e interesses são 
mobilizados na construção de conhecimentos científicos. Os conhecimentos cotidianos 
emergem como um todo unitário da própria situação em estudo, portanto sem 
fragmentação disciplinar, e são direcionados por uma motivação intrínseca. Cabe ao 
professor provocar a tomada de consciência sobre os conceitos implícitos nos projetos e 
sua respectiva formalização, mas é preciso empregar o bom-senso para fazer as 
 
 
8 
intervenções no momento apropriado (ALMEIDA, 2000, p. 1 - 2). 
A formação do professor para ser capaz de integrar a informática nas atividades 
que realiza em sala de aula deve prover condições para ele construir conhecimento 
sobre as técnicas computacionais, entender por que e como integrar o computador na 
sua prática pedagógica e ser capaz de superar barreiras de ordem administrativa e 
pedagógica. Essa prática possibilita a transição de um sistema fragmentado de ensino 
para uma abordagem integradora de conteúdo [...]. Finalmente, deve-se criar condições 
para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vividas 
durante a sua formação para a realidade de sala de aula, compatibilizando as 
necessidade de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir 
(VALENTE, 1999, p. 153). 
Por outro lado, demonstrar que as práticas escolares relacionadas com as Novas 
Tecnologias são mais fáceis ou nos dão menos trabalho representa um engano. 
Devemos ter claro que o trabalho de organização será ampliado, mas precisamos estar 
cientes também de que serão bem valiosos os resultados finais, já que a aprendizagem 
do aluno servirá de termômetro para a análise final. 
Como ponto a incluir em nossa análise, queremos destacar a significativa 
importância da Formação de Professores e a Formação Continuada para o processo do 
uso das Novas Tecnologias. Permitir e possibilitar condições de aprendizagem para o 
educador é de extrema necessidade, se quisermos reconhecer que o trabalho de 
construção de um novo paradigma somente irá ocorrer quando todos estiverem aptos a 
receber e transmitir seus conhecimentos, objetivando, dessa forma, a construção ampla e 
democrática de ensino. 
Para isso, utilizamos as palavras do professor Paulo Freire, que chamam a 
atenção para as questões de mudança no ambiente escolar. De nossa parte, 
compreendemos que as práticas e estudos sobre a Formação de Professores constituem 
um marco a ser referenciado na busca pela qualidade educacional. 
[...] é preciso quem não nos deixemos cair nesse sonho do chamado 
pragmatismo, de achar que o que serve é dar um pouco de conhecimento técnico ao 
trabalhador para que ele consiga um emprego melhor. Isso não basta, e é 
cientificamente um absurdo, porque na medida em que a gente se pergunta o que 
significa o processo de conhecer, do qual somos sujeitos e objetos – afinal de contas o 
que é a curiosidade, para o conhecimento? – percebemos que uma das grandes 
invenções das mulheres e dos homens, ao longo da história, foi exatamente transformar 
 
 
9 
a vida em existência – e a existência não se faria jamais em linguagem, sem produção 
de conhecimento, sem transformação. Mas jamais com transferência de conhecimento. 
Conhecimento não se transfere, conhecimento se discute. Implica uma curiosidade que 
me abre, sempre fazendo perguntas ao mundo. Nunca demasiado satisfeito, ou em paz 
com a própria certeza (FREIRE, 1986, p. 42). 
A viabilização da Formação do Professor deve ser entendida como um processo 
contínuo, porque a formação inicial (acadêmica) não será um produto acabado. Ela está 
atrelada às questões e às buscas por mudanças em suas atividades e resultados. Em 
consequência, o processo deverá estar muito ligado ao fato de transformação da escola, 
favorecendo a grande interação entre teoria e prática (GARCÍA, 1999). 
Em razão dessas abordagens, as propostas de ensino estão sofrendo alterações 
significativas. Vale destacar a importância de se analisarem as reais possibilidades de 
viabilizar o uso das Novas Tecnologias no processo educacional, integrando as diversas 
áreas do saber no desenvolvimento de projetos de trabalho. 
 
As possibilidades do uso do computador no ambiente escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ensino que conhecemos em nosso tempo de banco escolar está precisando de 
novas compreensões e análises.Nos tempos de hoje, nos quais a informação cria um 
 
 
10 
espaço cada vez maior de abrangência e influência, continuar com os mesmos métodos 
de ensino é de certa forma contrapor-se a tudo que está posto e menosprezar o dito 
“progresso’’ da sociedade humana. 
Nessa direção, pensar no processo ensino-aprendizagem integrado às Novas 
Tecnologias requer um reconhecimento bem específico da necessidade de mudança no 
fazer do professor. Como decorrência, ele deve estudar, analisar e compreender algumas 
possibilidades ou até limites do uso das Novas Tecnologias no ambiente escolar. 
 
Para realizar um trabalho incorporando o uso das tecnologias no processo 
ensino-aprendizagem, devemos refletir sobre as seguintes questões: 
a) O que se entende hoje por processo ensino-aprendizagem; 
b) Quais as possibilidades de uso da tecnologia no desenvolvimento de 
projetos de trabalho interdisciplinares; 
c) As vantagens e desvantagens do uso da informática na educação. 
 
No estágio atual, estamos, muitas vezes, presos às abordagens pedagógicas 
tradicionais, fechadas para mudanças ou novos olhares. A ênfase é colocada no 
conteúdo a ser memorizado, e não nas habilidades que permitem a aplicação do 
conhecimento na transformação da realidade. 
Ao integrar o computador às práticas escolares, precisamos repensar o processo 
de ensinar e aprender, para que o conhecimento seja construído e contextualizado. A 
construção ocorre com a realização de uma ação. A contextualização é necessária para 
assegurar o significado da ação, tendo em vista a realidade do aluno. Nesse sentido, é 
preciso rever o papel do professor e do aluno. O primeiro deve “ser capaz de assumir 
responsabilidades, tomar decisões e buscar soluções” (VALENTE, 1999, p. 44), deve 
ser ativo, crítico e integrado, de modo a estar sempre aprendendo, mesmo quando deixar 
o sistema educacional. Ao segundo, cabe o papel de mediador, desafiador, que consegue 
manter vivo o interesse dos alunos, e tendo “consciência de que a construção do 
conhecimento dá-se por meio do processo de depurar o conhecimento que o aluno já 
dispõe” (VALENTE , 1999, p. 43). 
Devemos estar preparados para as mudanças, como também preparar nossos 
alunos. Novos paradigmas não podem existir sem a interlocução com o educando, 
desconhecendo suas necessidades, angústias e dúvidas, que são de extrema importância 
para efetivar as modificações. 
 
 
11 
É importante também superar a ideia de que o computador é somente mais uma 
ferramenta de que o professor pode dispor no processo ensino-aprendizagem. Essa ideia 
precisa estar clara para o educador não fazer sub-uso do equipamento, ou limitar sua 
utilização ao repasse de informação, sem que o aluno consiga transformá-las em 
conhecimento. As Novas Tecnologias devem ser integradas no contexto escolar, 
utilizadas no desenvolvimento dos conteúdos curriculares, levando a um aprendizado 
integrado. 
O professor deve conhecer as vantagens e desvantagens do uso e aplicação da 
informática na educação. Para aprofundar a reflexão, deve buscar leituras específicas 
sobre o tema, bem como discutir com seus colegas professores as possibilidades de 
integrar as Novas Tecnologias às práticas escolares do cotidiano da escola e aos 
conteúdos da sua disciplina. 
O caminho indicado para a mudança é vivenciar práticas escolares aliadas às 
Novas Tecnologias. Como resultado, o professor terá condições de avaliar a 
funcionalidade e aplicabilidade das mesmas. Ao refletir sobre suas ações, sobre os 
resultados do trabalho com o aluno, o professor pode depurar e aprimorar sua atenção 
no novo ambiente de aprendizagem. 
O uso pedagógico dessa rede poderá possibilitar aos professores e alunos uma 
nova forma de construção do processo de ensino e de aprendizagem. 
Neste sentido, Behrens (2008, p. 99) salienta que: O uso da Internet com critério 
pode tornar-se um instrumento significativo para o processo educativo em seu conjunto. 
Ela possibilita o uso de textos, sons, imagens e vídeo que subsidiam a produção do 
conhecimento. Além disso, a Internet propicia a criação de ambientes ricos, 
motivadores, interativos, colaborativos- e cooperativos. 
Explorando bem as potencialidades do ambiente virtual nas situações de ensino-
aprendizagem, possibilita-se a maior interação do aluno no processo, conforme destaca 
Moran, (2008, p. 06). 
A internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e 
pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta, se o 
professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos. 
Mais que a tecnologia, o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade 
de comunicação autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os 
seus alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua. 
Para Moran (2008, p. 6) um dos aspectos positivos da Internet para a efetivação 
 
 
12 
do processo de ensino e de aprendizagem, observa-se os seguintes pontos: Na Internet, 
também desenvolvemos formas novas de comunicação, principalmente escrita. 
Escrevemos de forma mais aberta, hipertextual, conectada, multilinguística, 
aproximando texto e imagem. Agora começamos a incorporar sons e imagens em 
movimento. A possibilidade de divulgar páginas grupais na Internet gera uma grande 
motivação, sensibilidade, responsabilidade para professores e alunos. Todos se 
esforçam por escrever bem, por comunicar melhor as suas ideias, para serem bem 
aceitos, para “” não fazer feio””. Alguns dos endereços mais interessantes ou visitados 
da Internet no Brasil são feitos por adolescentes ou jovens. 
 
Concepções Teóricas para o Ensino do Computador e da Internet como 
Ferramenta Pedagógica 
 
A discussão sobre o uso do computador e da internet como ferramenta 
pedagógica, nos remete a análise da questão do uso da tecnologia e o processo de 
aprendizagem em que a tecnologia apresenta-se como um meio, um instrumento, um 
recurso a ser utilizado neste processo e, se bem utilizado poderá e muito colaborar para 
atender as novas exigências colocadas pela sociedade atual: a formação de indivíduos 
aptos a enfrentar essa sociedade em rápida e em contínua mudança. 
Diante disso, é importante analisar a educação escolar em um novo contexto 
social que necessita e a ele adaptar-se, reconsiderando as relações que se estabelecem no 
interior da escola professor-aluno e aluno-aluno. Segundo Masetto (2000. p.144): Ӄ 
importante não nos esquecermos de que a tecnologia possui um valor relativo: ela 
somente terá importância se for adequada para facilitar o alcance dos objetivos e se for 
eficiente para tanto”. 
Haverá necessidade de se discutir e analisar as estratégias de mediação 
pedagógica na utilização das novas tecnologias. Para Masetto (2000 p.142), o papel do 
professor e do aluno assume uma nova 
dimensão: 
O professor assume uma nova 
atitude. Embora, uma vez ou outra, ainda 
desempenhe o papel de especialista que 
possui conhecimentos e/ou experiências a 
 
 
13 
comunicar, no mais das vezes desempenhará o papel de orientador das atividades do 
aluno, de consultor, de facilitador da aprendizagem de alguém que pode colaborar para 
dinamizar a aprendizagem do aluno, desempenhará o papel de quem trabalha em equipe, 
junto com o aluno, buscando os mesmos objetivos: uma palavra, desenvolverá o papel 
de mediação pedagógica. 
Portanto, compreender e incorporar a linguagem virtual nas salas de aula de 
nossas escolas significa buscar compreender também o processo de construção de 
aprendizagem, a epistemologia do processo de ensinar e aprender, na realidade posta 
pela sociedade de informação. E segundo nos apontam as últimas pesquisas nesta área, 
são inúmeros os benefícios da integração da tecnologia no processo pedagógico, mas 
exigirá do professor novas estratégias no ensinar, e principalmente compreender como 
se dá o processode aquisição do conhecimento, conceitos ou esquemas cognitivos ali 
produzidos. Isso quer dizer que durante o processo ensino aprendizagem, não basta o 
aluno estar em contato com os recursos da informatização, pois as situações de ensino 
exigirão muito mais criatividade, pesquisa, interação e adaptação a situações novas 
apresentadas, pois a máquina por si só, não irá promover conhecimento. Quando o 
educador sul africano Seymour Papert, em plena década de 1960, dizia que toda criança 
deveria ter um computador em sala de aula, parecia um visionário, suas teorias sobre o 
uso das tecnologias na educação, pareciam ficção científica. Foi ele que entre 1969 e 
1968, desenvolveu a linguagem de programação totalmente voltada para educação, a 
metodologia Logo de Ensino Aprendizagem que é uma linguagem de programação que 
foi desenvolvida no Massachusetts Institute of Technology (MIT), Boston E.U.A.. 
Como linguagem de programação, o Logo serve para nos comunicarmos com o 
computador. 
Entretanto ela apresenta características especialmente elaboradas para 
implementar uma metodologia de ensino baseada no computador e para explorar os 
aspectos do processo de aprendizagem. A comunidade pedagógica só passou a 
incorporar essa ideia a partir de 1980. Para Papert, que durante muitos anos trabalhou ao 
lado de Jean Piaget, nos traz o construtivismo como sendo a abordagem que permite o 
aprendiz a construir seu próprio conhecimento por intermédio de alguma ferramenta, 
como o computador, por exemplo. Desta forma ao propor o computador como auxiliar 
no processo de conhecimento é vê-lo como uma poderosa ferramenta educacional, 
adaptando os princípios do construtivismo cognitivo de Piaget a fim de melhor 
aproveitar o uso das tecnologias. 
 
 
14 
Mas, no que versa sobre aquisição de conhecimentos, ao classificar as 
tecnologias como recursos audiovisuais poderemos analisá-las sim de acordo com 
Piaget. Como nos sinaliza Haidt (2004, p.230), a epistemologia genética, o 
conhecimento é concebido como resultante de uma construção contínua. Para conhecer 
o objeto é preciso agir sobre ele, manipulando-o com os sentidos e a mente, 
transformando-o, assimilando-o, enfim, incorporando-o às estruturas cognitivas. Neste 
processo de aprendizagem, está inserida a linguagem do Logo de Papert. 
 É bom lembrar que é a atividade exploratória dos sentidos, por outro lado, a 
representação não pode ser entendida simplesmente na evocação, mas na ação 
interiorizada. Embora os materiais audiovisuais se dirijam inicialmente aos órgãos 
sensoriais, eles chegam também a acionar e mobilizar os esquemas mentais mais 
elevados. (HAIDT, 2004 p. 235). Masseto (2004, p. 141) destaca: O aluno, num 
processo de aprendizagem, assume papel de aprendiz ativo e participante (não mais 
passivo e repetidor), de sujeito de ações que o levam a aprender e a mudar seu 
comportamento. 
Essas ações, ele as realiza sozinho (auto-aprendizagem), com o professor e com 
os seus colegas (interaprendizagem). Referindo-se ao planejamento e a prática docente 
Moran (2000, p.32) nos lembra que cada docente pode encontrar sua forma mais 
adequada de integrar as novas tecnologias e os procedimentos metodológicos, mas 
também é muito importante, além de aprender a explorar todas as possibilidades que as 
tecnologias oferecem que o educador aprenda dominar as formas de comunicação 
interpessoal/grupal e as de comunicação audiovisual/telemática. 
 Teremos que ter clareza de que a educação escolar neste momento necessita 
incorporar uma aprendizagem que venha atender às exigências necessárias desta nova 
sociedade de informação, onde o mundo do trabalho exige indivíduos cada vez mais 
talentosos, criativos que saibam analisar, projetar e produzir conhecimentos. E este novo 
contexto, vem permeado de diferentes pressupostos e novas teorias, denominado de 
paradigma emergente, o que Morais (1997), definiu como alianças entre as diferentes 
abordagens: Construtivista, Interacionista, sociocultural e transcendente. 
Para Moran (2000, p.86-87) ao desenvolver uma análise sobre um paradigma 
inovador denominado por educadores como paradigma emergente como: “a busca da 
visão de totalidade no enfoque da aprendizagem e o desafio da superação da reprodução 
do conhecimento”, deixa claro que é também importante educar para o uso democrático, 
mais progressista e participativo das tecnologias para que facilitem as possíveis 
 
 
15 
manipulações para o uso educativo da internet. Mas o maior desafio hoje, é a busca de 
uma abordagem que possibilite a aproximação de referenciais que supere a 
fragmentação e reprodução do conhecimento, uma prática pedagógica que torne o 
indivíduo sujeito ativo do processo de ensino e aprendizagem. 
 Uma abordagem progressista de ensino, instrumentalizada pela tecnologia de 
forma inovadora. Neste novo contexto da sociedade de informação, para atender as 
exigências e cumprir os novos papéis que lhe estão sendo destinados na formação de 
indivíduos aptos a enfrentar e responder a estas demandas, o professor deverá estar em 
permanente reflexão a respeito da educação que recebe e transmite. 
A Questão da Formação do Professor Com o uso do computador e da Internet 
adentrando as escolas, novas formas de realização do trabalho didático-pedagógico se 
tornaram absolutamente necessárias, bem como a formação contínua do professor para 
atuar com essas novas ferramentas no processo de ensino e aprendizagem. 
 Como afirma Mercado (2002, p.18). Ao professor cabe o papel de estar 
engajado no processo consciente não só das reais capacidades da tecnologia do seu 
potencial e de suas limitações para que possa selecionar qual a melhor utilização a ser 
explorada num determinado conteúdo. Ter a clareza destas novas tarefas e 
responsabilidades e assumir novos conhecimentos e atitudes manter-se em constante 
formação, torna-se fundamental. 
Um processo de formação contínua que possibilite condições para o professor 
construir conhecimentos sobre as novas tecnologias, principalmente dando a ele suporte 
teórico e técnico para a contextualização do aprendizado e experiências vividas à nova 
situação de ensino aprendizagem agora postos pela nova sociedade do 
conhecimento/informação deve ser preocupação constante dos sistemas e profissionais 
da educação Por isso, a formação deve sempre considerar o contexto educativo em que 
o professor esteja inserido, para que o mesmo a incorpore em seu fazer pedagógico de 
forma consistente. 
Conhecer e debater o uso destas tecnologias se faz necessário. Permitindo que 
cada professor, dentro de sua realidade de formação e de atuação, incorpore de maneira 
consciente essas ferramentas e, não como simples aparatos para animar ou ilustrar suas 
aulas. Portanto, o objetivo principal da formação continuada em tecnologias do uso do 
computador e da internet, além da aquisição de metodologias específicas para esse fim, 
deverá ser também conhecer o processo de aprendizagem, possibilitando o professor 
poder intervir de maneira efetiva na relação aluno computador na aquisição de 
 
 
16 
conhecimento. (Mercado, 2002). 
 O processo de formação de professores que irão atuar, neste novo contexto 
educacional, ainda é muito incipiente, embora haja algum investimento nesta área, as 
tentativas para incluir o estudo das novas tecnologias nos cursos de formação de 
professores, quase sempre, esbarram-se nos custos operacionais e, sobretudo na falta de 
profissionais que superem as antigas práticas com um tipo de formação que não leva em 
conta as reais necessidades do professor, onde predomina um treinamento técnico, que 
quase nada acrescenta à prática pedagógica. 
As possibilidades para proporcionar uma formação aos professores para a 
utilização das tecnologias educativas apontam novas possibilidades. A implantação de 
disciplina específica nos cursos de formação de futuros professores parece ser o 
caminho. ”Mastem sido crítica e não tem sido privilegiada de maneira efetiva pelas 
políticas em educação, nem pelas Universidades”. (Mercado 2002 p.14). Para 
professores em serviço, capacitação nas próprias escolas, com os cursos promovidos 
pelas Secretarias de Educação através dos Núcleos de Tecnologias Educacionais-NTEs 
e pelas Coordenações Regionais de Tecnologias Aplicadas na Educação-CRTEs, são 
alternativas aplicadas pela Secretaria de Estado da Educação –SEED no Estado do 
Paraná. 
Os cursos de capacitação devem atender as necessidades específicas e variar em 
função da experiência do professor, enfatizando a necessidade de atitudes pedagógicas 
de inovação e interação interdisciplinares, possibilitando a análise e conhecimento do 
computador e da internet como ferramenta pedagógica no processo de ensino e 
aprendizagem, só então o professor irá utilizá-lo para o apoio didático-metodológico. 
Nessa perspectiva, é evidente que uma formação em tecnologias deverá proporcionar ao 
professor a análise do computador e da internet, ligada a sua experiência e domínio de 
conteúdos em estratégias que lhe permita avaliar o impacto das tecnologias na 
sociedade, a conveniência de seu uso e a prática pedagógica que irá fundamentar sua 
inserção na escola e em sua ação docente. 
Para que a inserção das tecnologias favoreça mudanças nas práticas pedagógicas 
em salas de aula, temos hoje os seguintes recursos didáticopedagógicos disponibilizados 
para as escolas públicas do Estado do Paraná: Laboratório de Informática Educativo – 
TV Pendrive – TV Paulo Freire – Portal Dia-a-dia Educação. Contando com o apoio 
técnico educativo dos NTEs e CRTEs nos Núcleos Regionais de Ensino. O que poderá 
ser o começo de uma transformação nas relações entre o ensinar e o aprender. 
 
 
17 
 
A TECNOLOGIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Utilizando o computador, o aluno/a analisa, questiona as várias informações que 
recebe e este processo contribui na construção do seu conhecimento. Quanto mais o 
aluno interage com o computador, mais informações ele recebe, as quais colaboram para 
a construção do seu conhecimento (VALENTE 1999). No caso dos alunos/as com 
necessidades educacionais especiais, esta interação com a máquina faz os alunos serem 
mais audaciosos, despidos de insegurança, uma que são mais adeptos as novidades. 
Estes fatores contribuem com o seu desenvolvimento intelectual de maneira natural. A 
tentativa, o comando, a construção e a desconstrução do erro e a liberdade do ato de 
experimentar são ações que contribuem para o processo de ensino e aprendizagem. 
Valente (1991, p. 91) destaca que: Antes mesmo, de sentir necessidade de 
desenvolver-se intelectualmente, o individuo deficiente tem grande necessidade de se 
comunicar com o mundo tanto de emitir quanto de receber informações do mundo 
exterior. E o computador tem desempenhado um importante papel nets area. 
Ao utilizar os recursos tecnológicos pode propiciar maior incentivo para o aluno 
especial, como forma de superação, especialmente no uso de recursos visuais oferecidos 
pelo acesso ao computador como fotografias, filmagens, jogos lúdicos, desenhos, etc., 
pois os alunos com necessidades educacionais especiais se apropriam das imagens e 
aprendem com maior facilidade. 
Santarosa (2001, p. 6-7), diz que o “[...] computador é um instrumento 
privilegiado de medição no processo de ensino-aprendizagem e de apropriação 
cognitiva [...] sócio afetiva, da comunicação, entre outros”. 
Quanto maior for o acesso à informação, a comunicação, à interação, mais ampla 
 
 
18 
será a socialização, sobretudo neste mundo hoje tão globalizado, onde é imprescindível 
estar antenado e conhecedor dos fatos nacionais e internacionais, pois influenciam 
necessariamente o cotidiano de cada ser, mesmo, distante de todos e de tudo. A 
utilização do computador pode oferecer mais segurança no que diz respeito à 
aprendizagem, socialização, autonomia e independência, mas depende da atuação do 
professor em uma proposta construcionista para organizar por meio do computador 
atividades que atendam as necessidades de aprendizagem dos alunos. 
O que colabora com a aprendizagem também é o ambiente, os laboratórios de 
informática são lugares de entretenimento e diversão. Por meio de uma atuação 
pedagógica, podem ser utilizados como ambientes que promovem habilidades de 
comunicação oral que se elevam a registros de pensamentos mais elaborados (PAPERT, 
1994). O computador sozinho não promove o aprendizado, cabe ao professor a tarefa de 
instigar, provocar, questionar o aluno para que ele possa ver refletir sobre as 
informações que recebe e elaborar conhecimentos. O conjunto de informações, se 
devidamente trabalhadas, poderá possibilitar ao aluno a construção de seu 
conhecimento. É importante que a relação entre o professor o aluno seja interpessoal, 
em um ambiente de comunicação efetiva e colaborativa (PALLOF & PRATT 2002). 
Nas últimas décadas os avanços tecnológicos têm dado grandes saltos, com os 
avanços e aprimoramentos extraordinários presentes em todos os setores da sociedade. 
Segundo valente 1999 a utilização da tecnologia computacional na educação brasileira 
aconteceu a partir da década de 70, com algumas experiências em universidades que 
tem como objetivo provocar mudanças pedagógicas profundas, preparando o/a aluno/a 
capaz de se utilizar o computador como facilitador do processo de aprendizagem nos 
ambientes tecnológicos e educacionais. 
Segundo Oliveira (1997) foi nesse período que o governo brasileiro começou a 
desenvolver uma política de informática para garantir o desenvolvimento e a autonomia 
nacional na ciência e na tecnologia, ou seja, para garantir reserva de mercado para as 
indústrias nacionais de aparelhos computacionais. Podemos inferir que esta política 
mercantilista pode ser um dos fatores de não valorização das tecnologias como aparato 
didático no ambiente escolar. 
Com uma preocupação voltada ao uso da informática e das TICs (tecnologia da 
informação e da comunicação) na educação devido aos grandes avanços nesta área já 
são ofertados cursos para os/as educadores/as. Estas propostas de formação se 
direcionam no sentido de relacionar e integrar as tecnologias de informação no 
 
 
19 
cotidiano educacional e as novas perspectivas e necessidades averiguar e dar 
continuidade aos processos contínuos e interruptos de aquisição de saberes nos quais, 
boa parte dos educando já estão habituados em seu cotidiano. 
Muito desses cursos são geridos pelo Proinfo (Programa de Informação 
Educacional), Programa Educacional criado pelo MEC pela portaria nº. 522 de 09 de 
abril de 1997, vinculado a secretaria de educação a distância- SEED/MEC. (VALENTE 
1999). 
Gadotti (2000) ressalta a nova função da escola, na qual o/a professor/a deve ser 
o mediador da interação dos alunos com os meios de comunicação, bem como, 
orientando-os na maneira de navegarem nos conhecimentos presentes nas tecnologias de 
forma critica e na busca das informações que os façam construírem uma aprendizagem 
significativa. 
Nessa mesma linha de pensamento, Lopes (2005) chama atenção que o 
ciberespaço pode ser um ambiente com características abertas e reflexivas e que 
possibilita a criação e socialização dos saberes de forma interativa a qualquer tempo e 
espaço, proporcionando a construção do conhecimento. 
Em 1979 foi criada a Secretaria Especial de informática tendo como objetivo: 
(...) fomentar e estimular a informatização da sociedade brasileira, voltada para a 
capacitação cientifica e tecnológica capaz de promover a autonomia nacional, baseada 
em princípios e diretrizes fundamentados na realidade brasileira e decorrente das 
atividades de pesquisas e da consolidação da indústria nacional. (MORAES, 1997, P.2). 
Os conhecimentos escolares são instrumentos culturais que desenvolvem no/na 
aluno/a com necessidades educativas especiais acapacidade de dar sentido à 
informação, de fazer relações, de aprender a prender. Portanto as tecnologias da 
informação e comunicação, especificamente o uso do computador, é um recurso 
pedagógico que pedagógico que traz vários benefícios para educação especial, pois, 
propicia um ambiente de aprendizagem, criando condições para que o aluno exercite a 
capacidade de procurar e selecionar informações, resolver problemas e aprender 
independentemente (valente 1991). Para Kenski (2007) estamos muito acostumados a 
nos referir a tecnologia como equipamentos e aparelhos. Na verdade a expressão 
tecnologia diz respeito a muitas outras coisas além de maquinas. 
O conceito de tecnologia engloba a totalidade de coisas que a engenhosidade do 
celebro humano conseguiu criar em todas as épocas, suas formas de uso e suas 
aplicações. E acrescenta que chamamos de tecnologia um conjunto de conhecimentos e 
 
 
20 
princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um 
equipamento em um determinado tipo de atividade. 
Deste modo, para a criação de qualquer equipamento, necessitamos pesquisar, 
planejar, elaborar e criar. Observamos que são varias as TICs, mas nesse caso vamos 
abordar a informática computacional. Valente (1991) nos afirma que o ambiente de 
aprendizagem com a utilização do computador leva o/a aluno/a com necessidades 
educativas especiais a construir a sua própria aprendizagem:[...] o computador, além de 
ser um objeto deste ambiente, ele tem a função de auxiliar o processo de resolução de 
problemas, tornando possível a manipulação de conceitos envolvidos nos problemas 
sendo resolvidos, portanto, propiciando meios para o aprendizado destes conceitos 
(VALENTE p.04). 
Ressaltamos ainda, que o aprendizado ocorre em todas as instâncias e 
instituições onde a pessoa perpassa durante a sua vida. Assim sendo é primordial que o 
conhecimento adquirido fora do ambiente educacional seja valorizado, como afirma 
freire, apud Valente (1991, p. 37) “(...) que o aluno pode aprender com a comunidade, 
bem como, auxiliar a mesma a identificar problemas, resolve-los e apresentar a solução 
para ela”. 
Santarosa (1996) corrobora com estas ideias quando afirma que construir 
ambiente de aprendizagem com os recursos das novas tecnologias de informação e 
comunicação, deve-se buscar novas metodologias com estratégias e intervenção para 
que possa possibilitar/favorecer o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor de 
pessoas com necessidades educativas especiais. 
As novas tecnologias de informação e da comunicação ampliam e possibilita o 
conhecimento em rede, viabilizando a um grande número de pessoas interligarem- se ao 
mesmo tempo num processo de construção do conhecimento de maneira complexa e 
cooperativa. 
As transformações que vêm ocorrendo trazem mudanças significativas nas 
práticas culturais, políticas, sociais e econômicas na vida em sociedade do individuo. As 
novas tecnologias da informação e comunicação fornecem um número expressivo de 
informações em vários contextos e formas. 
Deste modo, precisam-se selecionar os variados tipos de informações e utilizar 
as que são necessárias para sua vida profissional e social. As ações educativas têm que 
ser redirecionadas a colocar o/a aluno/a com necessidades educativas especiais no 
centro da aprendizagem, levando em consideração as suas possibilidades e limitações no 
 
 
21 
papel ativo do ato de aprender. Para isso, é necessário que o/a professor/a tenha clareza 
dos diferentes estilos de aprendizagem, com a utilização do computador leva o aluno 
com necessidades educativas especiais a construir a sua própria aprendizagem. 
Na educação especial o computador não deve ser visto como ferramenta que 
vem para solucionar as dificuldades existentes no processo de ensino/aprendizagem, 
mas, como recurso tecnológico que vem para possibilitar a minimização dessas 
deficiências, possibilitando focar a atenção nas potencialidades, criatividades e 
limitações que as pessoas com necessidades educativas possuem. 
 
NOVAS EXIGÊNCIAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao longo da história a educação vem sofrendo grandes transformações e no 
âmbito educacional não tem sido diferente. Deste modo as exigências para formação de 
professores vêm aumentando a cada dia. 
Segundo Beyer (2009, p. 81) as vias de formação e de assessoramento aos 
professores, tanto os que se encontram em formação inicial como em formação 
continuada, são importantes para que eles não se sintam impotentes face à demanda da 
inclusão escolar. No entanto, mais importante do que subsidiar os professores com 
conceitos e os recursos de operacionalização dos princípios pedagógicos inclusos, é 
fundamental desenvolver com eles a consciência da importância do projeto inclusivo. A 
educação inclusiva antes de se constituir em um projeto educacional a consiste em uma 
visão de vida, principalmente quando se trata do uso do computador com alunos com 
 
 
22 
necessidades educacionais especiais. 
Segundo Nóvoa (1991, a escola é um local por excelência para realização de 
formação, alimenta a expectativa de que é possível encontrar elos entre o conhecimento 
escolar e os conhecimentos que o professor traz da sua formação acadêmica, 
beneficiando melhor os alunos surdos. 
Na formação de professores para a educação de surdos, em relação a uma escola 
inclusiva, ele considera relevante, em primeiro lugar, os significados políticos que 
circulam sobre a surdez e os surdos presentes nas escolas. Considera também a “questão 
da língua dos sinais, as identidades, a comunidade, a cultura e o acesso dos surdos às 
segundas línguas” (skliar, 2000, p. 162). 
É muito pertinente este foco de Skliar (2000) quando se trata da sociedade 
brasileira, onde as políticas educacionais não estão conseguindo impedir os mecanismos 
da exclusão, onde não há formação de professores para a língua de sinais. Alias poucas 
universidades tem no currículo, a disciplina da língua de sinais, sem falar do número 
muito reduzido de professores que dominam tal língua. 
Goes (2002, p. 38) diz que [...] “a oportunidade de incorporação de língua de 
sinais mostra-se necessária para que sejam configuradas condições mais propicias à 
expansão das relações interpessoais, que constituem o funcionamento nas esferas 
cognitivas e afetiva e fundam a construção da subjetividade. Portanto, os problemas 
tradicionalmente apontados como característicos da pessoa surda são produzidos por 
condições sociais. Não há limitações cognitivas ou afetivas inerentes à surdez, tudo 
dependendo das possibilidades oferecidas pelo grupo social para seu desenvolvimento, 
em especial para a consolidação da linguagem”. 
Para Skliar (1997, p. 07), os trabalhos na área da surdez têm sido uma referencia 
no Brasil, ao tratar da formação do professor, ressalta a dimensão política dessa 
formação. Política compreendida como relação de poder e conhecimento que deve estar 
completada, não só na proposta pedagógica, mas alem dela. Ele propõe ruptura com o 
modelo vigente caracterizado como positivista histórico e despolitizado e defende uma 
ressignificação da escola como espaço de fronteira e onde diferentes identidades possam 
conviver. 
Na maioria dos casos as pessoas discriminam e não acredita na capacidade e na 
competência de um deficiente, a escola é um espaço onde diferentes identidades estão 
ali para conviver do mesmo espaço e é necessário que haja professores capacitados e 
especializados para tal. É necessário que haja formação de professores para a educação 
 
 
23 
especial, ou seja, para incluir tais alunos ao convívio dos demais. 
 A educação inclusiva deve ser pensada como uma educação para todos e que 
seja valorizada as diferenças, sendo elas na comunidade escolar e em todos os setores da 
sociedade. 
 
OS PRIMEIROS SUBSÍDIOSEnquanto isso, a SEI vinha realizando estudos sobre a aplicabilidade da 
informática na educação, acompanhando as pesquisas brasileiras em desenvolvimento, 
e, ao mesmo tempo, enviando técnicos para o exterior. A busca de alternativas capazes 
de viabilizar uma proposta nacional de uso de computadores na educação, que tivesse 
como princípio fundamental o respeito à cultura, aos valores e interesses da comunidade 
brasileira, motivou a constituição de uma equipe intersetorial que contou com a 
participação de representantes da SEI, MEC, CNPq e FINEP, como responsáveis pelo 
planejamento das primeiras ações na área. Como princípio fundamental do trabalho 
desenvolvido, a equipe reconheceu como prioritário a necessidade de consulta 
permanente à comunidade técnico-científica nacional, no sentido de discutir estratégias 
de planejamento que refletissem as preocupações e o interesse da comunidade nacional. 
Para tanto, optou pela realização do I Seminário Nacional de Informática na Educação, 
na Universidade de Brasília, no período de 25 a 27 de agosto de 1981, e que contou com 
a participação de especialistas nacionais e internacionais, constituindo-se no primeiro 
fórum a estabelecer posição, destacando a importância de se pesquisar o uso do 
computador como ferramenta auxiliar do processo de ensino aprendizagem. Deste 
seminário surgiram várias recomendações norteadoras do movimento e que até hoje 
continuam influenciando a condução de políticas públicas na área. Dentre as 
 
 
24 
recomendações, destacavam-se aquelas relacionadas à importância de que as atividades 
de informática na educação fossem balizadas por valores culturais, sócio-políticos e 
pedagógicos da realidade brasileira, bem como a necessidade do prevalecimento da 
questão pedagógica sobre as questões tecnológicas no planejamento de ações. 
 O computador foi reconhecido como um meio de ampliação das funções do 
professor e jamais como forma de substituí-lo. Foi nesse seminário que surgiu a 
primeira ideia de implantação de projetos-piloto em universidades, cujas investigações 
ocorreriam em caráter experimental e deveriam servir de subsídios à uma futura Política 
Nacional de Informatização da Educação. Nesse evento, foi recomendado que as 
experiências atendessem aos diferentes graus e modalidades de ensino e deveriam ser 
desenvolvidas por equipes brasileiras em universidades de reconhecida pacitação nas 
áreas de educação, psicologia e informática. Isto, de certa forma, evidencia que o 
Projeto EDUCOM, teve suas origens a partir desse fórum. Para melhor caracterização 
das ações na área, o MEC, a SEI e o CNPq promoveram, em agosto de 1982, na 
Universidade Federal da Bahia, o II Seminário Nacional de Informática na Educação, 
visando coletar novos subsídios para a criação dos projetos-piloto, a partir de reflexões 
dos especialistas das áreas de educação, psicologia, informática e sociologia. 
Importantes recomendações norteadoras da Política de Informática na Educação 
decorreram desse valioso encontro. Dentre elas, a necessidade de que a presença do 
computador na escola fosse encarada como um recurso auxiliar ao processo educacional 
e jamais como um fim em si mesmo. Para tanto, propunha-se que o computador deveria 
submeter-se aos fins da educação e não determiná-los, reforçando assim a ideia de que o 
computador deveria auxiliar o desenvolvimento da inteligência do aluno, bem como 
possibilitasse o desenvolvimento de habilidades intelectuais específicas requeridas pelos 
diferentes conteúdos. Recomendou-se ainda que suas aplicações não deveriam se 
restringir ao 2º grau, de acordo com a proposta inicial do Governo Federal, mas que 
procurassem atender a outros graus e modalidades de ensino, acentuando a necessidade 
do caráter interdisciplinar que deveria existir nas equipes dos centros-piloto, como 
condição importante para garantir a abordagem adequada e o sucesso da pesquisa. Outra 
diretriz relevante norteadora da implantação dos centros-piloto do Projeto EDUCOM 
foi a adoção de metodologia de planejamento participativo na organização, realização e 
avaliação das experiências de informática na educação no Brasil. Isto implicou, quando 
necessário e oportuno, em consulta e envolvimento de representantes da comunidade 
técnico-científico nacional, compreendendo também professores das secretarias de 
 
 
25 
educação, bem como da equipe técnico-administrativa, tentando-se evitar 
marginalizações e possíveis discriminações. Considerando o contexto governamental 
onde tiveram origem as ações de desenvolvimento da informática educativa no Brasil, 
ou seja, ainda no período de Governo Militar, tanto a preocupação com a adoção dos 
enfoques interdisciplinar e humanista quanto a participação da comunidade nas tomadas 
de decisão, são fatores que merecem o seu devido destaque. Ainda mais se observarmos 
que os militares, acostumados à centralização do poder, tinham por formação e tradição 
adotarem procedimentos absolutamente autoritários, em termos de planejamento e 
implantação de programas e projetos governamentais. Os projetos de teleducação 
daquela época, por sua vez, adotavam a abordagem tecnicista, eram planejados e 
desenvolvidos sem ouvir a comunidade interessada, descontextualizados, desvinculados 
de uma realidade política e social, sem conhecer os agentes locais, as necessidades de 
seus beneficiários, bem como a capacidade técnico-operacional das organizações 
envolvidas no subsistema de utilização dos programas e projetos governamentais. É 
importante registrar que com o EDUCOM foi diferente e procurou-se respeitar as 
recomendações da comunidade científica nacional, pois a equipe coordenadora do 
Projeto acreditava que a abordagem interdisciplinar permitiria analisar a 
multidimensionalidade dos problemas envolvidos na questão, examinar os aspectos 
educacionais em sua complexidade e não apenas sob os enfoques educacional e 
tecnológico. 
Após a realização do primeiro seminário, foi criado um grupo de trabalho 
intersetorial com representantes do MEC, da SEI, do CNPq e da FINEP, para 
elaboração de subsídios para a um futuro Programa de Informática na Educação que 
possibilitasse a implantação dos centros-piloto sugeridos nos referidos encontros e 
colaborasse no delineamento dos principais instrumentos de ação. 
 
OS PRIMEIROS PASSOS 
 
 Em dezembro de 1981, foi divulgado o documento Subsídios para a 
Implantação do Programa Nacional de Informática na Educação (Brasil, 1982b), que 
apresentou o primeiro modelo de funcionamento de um futuro sistema de informática na 
educação brasileira elaborado pela equipe intersetorial. 
Esse documento recomendava que as iniciativas 
 
 
26 
nacionais deveriam estar centradas nas universidades e não diretamente nas secretarias 
de educação, pois era necessário construir conhecimentos técnico-científicos para 
depois discuti-los com a comunidade nacional. Buscava-se a criação de centros 
formadores de recursos humanos qualificados, capazes de superar os desafios presentes 
e futuros então vislumbrados. Esse documento destacava a necessidade de combinação 
adequada dos fatores de produção em educação, de forma a viabilizar um sistema de 
ensino realmente adequado às necessidades e realidades regionais, com flexibilidade 
suficiente para o atendimento às situações específicas, ao aumento da efetividade no 
processo de ensino-aprendizagem, à elaboração de uma programação participativa a 
partir dos interesses do usuário Acreditava-se que desta forma estaria sendo garantido o 
impacto motivacional do programa e o emprego de metodologias inovadoras capazes de 
melhorar a qualidade da educação brasileira. Esse documento propunha a ampliação e 
acumulação de conhecimento na área mediante a realização de pesquisas para a 
capacitação nacional, o desenvolvimento de software educativos balizados por valores 
culturais, sócio-políticos e pedagógicos da realidade brasileira,e a formação de recursos 
humanos de alto nível. Para operacionalização da proposta, sugeria a criação de uma 
Comissão Oficial, sob a égide do MEC, com representantes da SEI, CNPq, FINEP e 
uma Comissão Executiva para exercer a função mediadora entre a comissão oficial e a 
comunidade acadêmica, os centrospiloto e demais instituições de ensino e pesquisa 
interessadas. 
Para o início o documento sugeria, em função dos parcos recursos disponíveis, a 
seleção de cinco universidades representativas das diversas regiões brasileiras para a 
implantação dos referidos centros, bem como o acompanhamento e a avaliação por 
parte do poder público e posterior divulgação de seus resultados. 
 
 
 
 
27 
Formação do professor para o ensino de matemática com novas tecnologias 
 
Uma das dificuldades do professor em relação à matemática e o ensino da 
mesma está na visão dualista da matemática, caracterizada pelo certo e errado. Essa 
visão estreita compromete na organização de ações na sala de aula e na escolha de 
ferramentas utilizadas para promover a aprendizagem da matemática (Polettini, 1999). 
O domínio do conteúdo, pedagógico e técnico está instrisicamente ligado ao ensino da 
aprendizagem da matemática. Haja vista a necessidade do professor de matemática 
refletir sobre a concepção de escola como instituição que transmite o conhecimento e 
como local que ajuda o aluno a desenvolver seu potencial, que o ensina a pensar, que 
ajuda a descobrir caminhos para transformar a sociedade em que vive. 
Para que haja um avanço no processo de aprendizagem da matemática é 
importante que o professor planeje as atividades a serem desenvolvidas e esteja presente 
na execução da atividade, visto como a apropriação dos conceitos matemáticos nem 
sempre acontecem de forma espontânea, mesmo usando o computador, e assim um 
trabalho de orientação e intervenção por parte do professor se faz necessário. São os 
desafios propostos pelo professor que vão orientar o trabalho, desafios estes que se 
tornam de genuíno interesse dos alunos desde que não sejam eles privados de suas ações 
e explorações (Santarosa, 1998). 
Até o momento procuramos ressaltar a importância do elo entre o domínio da 
técnica usada com ajuda do computador, o domínio pedagógico e o domínio do 
conteúdo matemático. Argumentamos que possibilitar aos professores uma maior 
habilidade no contato com o computador e prepará-los para desenvolver uma atividade 
no laboratório de informática com seus alunos não é tarefa fácil, pois requer um 
domínio desse tripé por parte dos professores. Porém, trabalhamos com os professores 
 
 
28 
de matemática utilizando um software de matemática que auxilia a passagem do 
pensamento algébrico, a fim de contribuir no estudo dos conceitos matemáticos do 
ponto de vista do professor. 
 
CRIAÇÃO E FORTALECIMENTO DE REDES DE 
APRENDIZAGEM 
 
Por meio de portais educacionais e redes sociais, como forma de garantir o 
acesso. Por exemplo: 
 
• Portal do professor - SITE do ministério da educação destinado a incluir 
professores que vivem fora dos grandes centros urbanos no ambiente de tecnologias 
educacionais. O conteúdo do portal inclui sugestões de sala de aula de acordo com cada 
componente curricular, bem como recursos tais como vídeos, figuras, mapas, áudios e 
texto, que contribuem para tornar o estudo mais dinâmico e motivador. 
• Curso de especialização à distância em mídias na educação – é um 
programa de educação a distância com estrutura modular, que visa proporcionar 
formação continuada para o uso pedagógico das diferentes tecnologias de informação. 
• Um computador por cada aluno (UCA). Onde cada aluno da escola 
recebe um computador para iniciar sua inclusão no mundo das tecnologias. 
 
 
 
29 
 
FORMAÇÃO CONTINUADA DOS EDUCADORES 
 
Considerando o novo perfil de aluno e a chegada de diferentes recursos à escola. 
O proinfo, proinfo integrado, e-proiinfo e universidade aberta fazem parte desses 
projetos. 
• Proinfo - programa nacional de tecnologia educacional com o objetivo 
de promover o uso pedagógico da informática na rede de educação básica. Levam do às 
escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. 
 
• Proinfo integrado – é um programa de formação voltado para o uso 
didático - pedagógico das tecnologias da informação e comunicação TCIs no cotidiano 
escolar, articulado á distribuição dos equipamentos tecnológicos e recursos multimídias 
e digitais oferecidos pelo portal do professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo 
domínio publico e pelo banco internacional de objetos educacionais. 
 
• e-proiinfo – é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que 
permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, 
como cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, 
projetos colaborativos e diversas ouras formas de apoio a distância e ao processo ensino 
– aprendizagem. 
 
 
 
 
30 
 
Com a chegada dos computadores nas escolas também está sendo introduzida 
outra grande fonte de conhecimento, a internet. Existem sites que podem explorar todos 
os tipos de conhecimentos. Os alunos dessa nova geração tenham contato cada vez mais 
cedo com essa ferramenta, estão aprendendo a manuseia o computador e até mesmo 
navegar na internet. Que pode ainda mais ajudar os alunos a formular, criticar e 
acomodar esses conhecimentos, a sua realidade. “essa cultura está entrando 
forçosamente na sala de aula, e desafia o professor a trabalhar com o mundo no qual 
vivem os seus alunos.” Aponta Maria Elizabeth. 
Há vários sites na internet que despõe de todos os tipos de conhecimentos. Para 
encontrar esses sites basta usar programas de busca como Google, Yahoo, cadê, ask, etc. 
A Internet tem a capacidade de criar grandes oportunidades para a educação, não 
só como ferramenta educativa e de aprendizagem, mas também como veículo facilitador 
da comunicação. Por exemplo, permite-nos realizar cursos à distância, on-line. 
 
A Internet pode ajudar as crianças a: 
 
- Encontrar recursos educativos e notícias atuais, obter documentos, fotos e 
imagens importantes, e pesquisar temas muito diversos. 
- Conseguir ajuda para realizar os trabalhos de casa, quer através das 
enciclopédias on-line e outras obras de referência, ou contatando especialistas. 
- Aumentar as capacidades de leitura pelo acesso a conteúdos interessantes, que 
sugiram outras leituras. 
- Aprender a utilizar melhor as novas tecnologias para saber encontrar e utilizar 
a informação desejada, resolver problemas, comunicar, e sem dúvida a adquirir 
competências cada vez mais exigidas no mercado de trabalho. 
 
Em relação à disciplina matemática, existe certa aversão a essa matéria por parte 
dos alunos que é comum a todos os profissionais da educação que trabalhão com essa 
disciplina. E muitos dos teóricos apontam as TCIs como uma das alternativas para 
tentar desmistificar o mito que assombra os educandos. As Mídis Educativos por si só 
nunca influenciará o desempenho dos estudantes. Os efeitos positivos só se verificam 
quando professores bem preparados e empenhados para mudar tal realidade aptos a 
novas práticas de ensino e domínio e desenvolvam atividades desafiadoras e criativas, 
 
 
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que explorem a aprendizagem. 
A aquisição do conhecimento Matemático por parte dos alunos de todos os 
níveis de escolaridade sempre foi desafiador para o propósito do professor. (ensinar), 
um desafio para muitos. Esta aquisição vem se tornando a cada dia, menos 
compartilhada pelos alunos, sendo poucos os que conseguem apropriar - se 
verdadeiramente desse saber. A necessidade de uma nova metodologia que impulsione a 
aprendizagem faz da Matemática uma disciplina bastante problemática em todos os 
níveis de ensino. Essas deficiências, aliadas a uma abordagem tradicional, muito 
praticada no ensino da Matemática em sala de aula, vem provocando conflitos noprocesso ensino-aprendizagem. Em uma nova perspectiva, o computador está atraindo 
deforma surpreendente os teóricos e profissionais da educação, seduzindo-os a, ao que 
já não da mais para esperar. 
Dentre as muitas das necessidades, Há a de capacitar o educador. Para que, ele 
no desenvolvimento da sua atividade utilize o computador objetivando “[...] condições 
favoráveis de aprendizado ao aluno”. (VALENTE 2003 p.4). 
A introdução de softwares educacionais, em especial softwares Matemáticos, 
que propõe uma aula atrativa dinâmica e eficiente, facilita a compreensão de alguns 
conteúdos Matemáticos. Há uma nova forma de refazer à aprendizagem matemática, 
que, com a chegada dos computadores a escola diminui-se a distância para o 
aprendizado desde, as formações e formações continuadas, ate mesmo para os 
conteúdos aplicados na sala de aula na fase de formação da educação básica. 
Com o uso desses recursos tecnológicos podemos pensar que é possível 
melhorar o ensino da Matemática e das demais disciplinas dando ênfase ao 
conhecimento global, é o caso da interdisciplinaridade proporcionando um 
conhecimento não mais único à determinada disciplina e sim a aplicação desse 
conhecimento onde ele se encontra empregado. 
As novas tecnologias, e os computadores agregados à escola, podem trazer ao 
ensino, mudanças favoráveis. Contudo, sabendo que não bastara simplesmente 
introduzir novos objetos pedagógicos a escola, é preciso também modificar e atualizar 
as pratica de ensino Partindo do professor. Condicionando as escolas para receber tais 
significativas ferramentas e acima de tudo preparando o educando para esse novo 
instrumento da educação. 
As Mídis Educativos por si só nunca influenciará o desempenho dos estudantes. 
Os efeitos positivos só se verificam quando professores bem preparados e empenhados 
 
 
32 
para mudar tal realidade aptos a novas praticas de ensino e domínio e desenvolvam 
atividades desafiadoras e criativas, que explorem a aprendizagem. 
Segundo Almeida, 1997:"Não é uma formação apenas na dimensão pedagógica 
e nem uma formação justaposição entre teorias educacionais, técnicas e domínio da 
tecnologia. Trata-se de uma formação que mobiliza as múltiplas competências do ser 
para articular a prática, a reflexão, a investigação e as teorias requeridas para revelar a 
razão do ser da prática e promover a transformação na ação pedagógica". 
A autora também aponta que: [...] o domínio instrumental de uma tecnologia, 
seja ela qual for, é insuficiente para que o professor possa compreender seus modos de 
produção de forma a incorporá-la à prática. É preciso criar situações de formação 
contextualizada, nas quais os educadores possam utilizar a tecnologia em atividades que 
lhes permitam interagir para resolver problemas significativos para sua vida e trabalho, 
representar pensamentos e sentimentos, reinterpretar representações e reconstruí-las 
para poder recontextualizar as situações em práticas pedagógicas com os alunos 
(ALMEIDA, 2007, p. 160). 
Para que essas situações sejam criadas é preciso que professores, gestores e 
coordenadores estejam preparados para as transformações, a fim de vencer as 
resistências advindas da cultura tradicionalista. 
O computador e seus recursos podem ser explorados de diversas formas pelos 
professores nas suas práticas pedagógicas. De acordo com Fonseca (2001, p.2) "A 
verdadeira função do professor não deve ser a de ensinar, mas sim de criar condições de 
aprendizagem”. O professor poderá utilizá-lo por disciplina, para reforçar os conteúdos 
que foram trabalhados em sala de aula, adequando o uso do computador ao enfoque da 
sua matéria, e também nos projetos educacionais em que a informática poderá ser 
desenvolvida com todos os alunos, partindo de um objetivo proposto pela escola. 
Antes da abordagem pedagógica do computador, é importante fazer uma 
abordagem também social para que os alunos possam saber alguns conteúdos 
tecnológicos desta máquina, isso fará com que atividade pedagógica seja bem mais 
produtiva. 
De acordo com Tajra (2001) a informática pode ser utilizada de três maneiras na 
educação: 
1. Informática como um fim: prevalece à parte técnica onde são 
aprendidos os sistemas operacionais e manuseio. 
 
 
33 
2. Informática como apoio disciplinar: os aplicativos são utilizados de 
forma isolada visando á disciplina especifica. Exemplos: geogebra, cabri-geomérico, 
etc. 
3. Informática como apoio aos projetos educacionais: o uso dos 
aplicativos de mídias e tecnológicos incorporados ao projeto escolar, que envolve os 
alunos, professores e softwares educacionais 
É importante adequar o software com a necessidade educacional almejada pelo 
professor, usando os benefícios do mesmo, já que os softwares ajudam a ensinar, 
aprender, simular, estimular a curiosidade e produzir trabalhos com maior qualidade e 
dinâmica. 
Em relação ao personagem do professor, alguns teóricos questionam sobre a 
necessidade e como do mesmo já que, com o avanço tecnológico venha a diminuir a sua 
presença na sala de aula. Posição contraria ao ideal de Tajra que afirma: “o professor 
jamais será substituído pelo computador”. Ele continuara servindo como “mola mestra”. 
Como mediador do processo de ensino aprendizagem elemento chave na implantação 
desses recursos na escola. (TAJRA, 2001 p. 122) 
 
REFERÊNCIAS 
 
BEHRENS, Marilda Aparecida. Projetos de aprendizagem colaborativa num 
paradigma emergente. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos Tarciso.In: 
Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica- 6ª Ed. Campinas-São Paulo: Papirus, 2000. 
BOGO. Kellen Cristina. A história da Internet- Como tudo 
começou...<http//plus.cosmo.com.br/matéria.asp?co=118rv-vivencia>- acesso em : 14 
de out. 2009. 
MARQUES, Adriana Cavalcanti & CAETANO, Josineide da Silva, Utilização 
da Informática na Escola In: MERCADO, Luiz Paulo Leopoldo (Org.). 
Novas tecnologias na educação: reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL, 
2002. 
ALMEIDA, M, E, O Computador como Ferramenta de Reflexão na Formação e 
na Prática de Professores. São Paulo, Revista da APG. Nº11, ano VI, PUC-SP, 1997. 
ALMEIDA, Maria ELizabeth B. Integração de tecnologias à educação: novas 
formas de expressão do pensamento, produção escrita e leitura. In: VALENTE, José A.; 
 
 
34 
ALMEIDA, Maria E. (orgs). Formação de educadores a distância e integração de 
mídias. São Paulo: Avercamp, 2007. 
CHIAPINNI, L. A reinvenção da catedral. São Paulo; Cortez, 2005. 
FONSECA, Lucio. Tecnologia na Escola 2001. Endereço Eletrônico: 
http//www.aescola.com.br/aescola/seções/20tecnologia/2001 
/04/2002. Data da consulta: 15/11/2010. 
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/26224/1/A-utilizacao-do-
computador-nos-anos-inicias-do-ensino-fundamental-em-uma-escola-publica-da-
periferia-do-DF/pagina1.html#ixzz15ZDewWvM. Acesso em 15/11/2010. 
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed.34, 1999 
TAJRA, Sanmyra Feitosa. Informática na Educação: Novas Ferramentas 
Pedagógicas para o Professor da Atualidade. 3ª ed. São Paulo: Ética, 2001. 
Trabalho: A Importância das TIC na Sociedade Atual 
www.notapositiva.com/trab_estudantes/... Data da consulta 22/11/2010. 
TV ESCOLA. Salto para o futuro, Tecnologias digitais na educação – Ano XIX 
boletim 19 - novembro – dezembro/2009. 
VALENTE, J. A. formação de educadores para o uso da informática na escola 
(org) Jose Armando Valente. Campinas, SP: Unicamp, 2003 
 
 
 
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