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Fitoterapia Integrativa

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Fitoterapia 
Integrativa
Apostila Digital
Fitoterapia 
Integrativa 
Introdução
O Instituto Ekanta é uma empresa voltada ao bem-estar e saúde 
integral. Fundado por Vanessa Puton, o Instituto Ekanta é um 
infonegócio social de educação a distância que oferece cursos 
online sobre práticas integrativas e complementares, incluindo a 
aromaterapia e cosmética natural, buscando fortalecer o 
autocuidado e empreendedorismo por meio de práticas mais 
conscientes.
Com mais de 10 mil alunos espalhados pelo Brasil, o Instituto 
Ekanta também está presente em plataformas de redes sociais 
com conteúdos gratuitos que podem ser acessados 
instantaneamente. 
Vanessa Puton é empresária, naturóloga e terapeuta. Facilitadora 
de métodos exclusivos sobre como utilizar a aromaterapia no dia a 
dia e criar negócios lucrativos, foi reconhecida como uma das 10 
empreendedoras sociais mais relevantes do Brasil pela Redbull 
Amaphiko em 2018.
Apaixonada por conhecimento e pelo estudo da aromaterapia, 
também publicou trabalhos e estudos de caso sobre PICs no 1º 
Congresso Nacional de Práticas Integrativas e Complementares 
em Saúde (CONGREPICS 2018).
2
Agora, com este e-book, ela quer 
ajudar você a entender e resgatar uma 
das práticas mais antigas da 
humanidade: a fitoterapia, também 
conhecida como o estudo e uso das 
plantas no dia a dia.
Introdução
Um abordagem integrativa da saúde
Antes de nos aprofundarmos nos conceitos e receitas 
fitoterápicas, é importante mencionar o contexto no qual a 
fitoterapia pode ser entendida como uma prática integrativa e 
complementar ou alternativa.
O campo da medicina integrativa é aquele que se dedica aos 
aspectos físicos, mentais, emocionais, culturais e espirituais do 
indivíduo. É a visão da saúde como um estado positivo, não só 
como ausência da doença. Logo, o ser saudável implica em muitas 
outras vertentes além da ideia de apenas "não sentir nenhuma 
dor". 
Uma abordagem integrativa da saúde visa a singularidade do 
indivíduo, evitando medidas de tratamentos padronizadas, pois 
cada ser humano é único. O intuito é atuar em conjunto com as 
práticas de saúde convencionais, ainda que em alguns casos elas 
podem ser usadas individualmente (alternativa). Desta forma, 
dependendo da gravidade de cada caso a fitoterapia é usada 
como método integrativo ou alternativo. 
A partir de uma educação voltada para o processo de 
autoconhecimento, no qual a pessoa torne-se ativa e autônoma no 
seu tratamento com medidas de autocuidado diários e auxílio das 
práticas naturais. Este método auxilia para que o indivíduo veja 
suas dificuldades e avalie a própria saúde como um alerta do 
corpo, aprendendo a entender os fatores envolvidos na doença e 
no corpo físico, como: aspectos psicoemocionais, crenças 
limitantes, alimentação precária, sono e repouso inadequado para 
tratar na raiz esses desequilíbrios manifestados no corpo físico. 
3
Introdução
Aos poucos, a percepção de cultura, comunidade e sociedade no 
que tange às doenças permite que a medicina integrativa 
encontre lugar de fala. As ervas curativas, no caso da fitoterapia, 
nos colocam de imediato em contato com a Mãe Terra e com o 
nosso mundo interior, tão rico e tão complexo. 
A medicina integrativa acredita que muitas das nossas doenças se 
originam porque perdemos o contato com nossa própria natureza, 
porque perdemos o senso de que somos parte da Terra e do todo. 
A Terra é o solo do nosso ser e onde manifestamos nossa essência. 
Assim, quando há bloqueios nesse sentido, o corpo físico 
responde. 
Nesse sentido, fitoterapia é mais uma das ferramentas 
terapêuticas a nosso dispor para resgatar aquilo que há de melhor 
em nós. A partir do uso consciente das plantas, podemos 
promover a capacidade de autocura e verdadeiras transformações 
pessoais, que vão refletir tanto no nosso lado interno como no 
externo.
4
Introdução
As plantas na história e o surgimento da fitoterapia
As plantas se apresentam como um extraordinário campo para a 
cura natural, ainda mais nesses tempos de excesso de substâncias 
e medicamentos industrializados. As plantas são como um 
tratamento seguro que respeita a vida e os ensinamentos da "Mãe 
Terra".
O estudo e utilização das plantas para fins terapêuticos se 
fundamenta numa relação entre reino vegetal e ser humano. Fazer 
uso das ervas para tratar da saúde de forma integral significa 
participar de um ciclo ecológico, que nos oferece a chance de 
estar mais presente no mundo vivo e vital do qual fazemos parte.
As ervas nos inserem num contexto maior, nos ligam à vida 
realizando suas tarefas fisiológicas e medicinais e nos permitem 
entrar em contato com nossa verdadeira natureza através do 
processo de cura. 
As ervas se tornaram famosas como recurso terapêutico porque 
passam longe do estigma que levam os “remédios” e substâncias 
sintéticas. Tanto que podemos usá-las livremente como um hábito 
pessoal, aliviando dificuldades da nossa rotina e aspectos 
emocionais com facilidade. Para necessidades específicas, 
podemos usá-las de forma preventiva - a fim de prevenir o 
surgimento de problemas, focando em fortalecer e tonificar órgãos 
e sistemas.
Mas, caso a doença já tenha se manifestado, ainda assim, algumas 
ervas podem ser nossas aliadas, ajudando a superar diversos 
casos de enfermidade.
5
Introdução
No sistema ayurvédico indiano e na medicina chinesa, 
encontramos plantas ao lado da acupuntura e outras técnicas. 
Atualmente, constituem, além desse papel de grande relevância 
na medicina integrativa, a base de medicamentos na visão 
científica e tecnológica da farmacologia moderna e da medicina 
alopática. 
É válido notar que a medicina alopática, também chamada de 
medicina ortodoxa, tem suas origens no uso de ervas. A maioria 
dos medicamentos, inclusive, ainda tem sua origem em material 
vegetal. Um exemplo claro disso são as anfetaminas, cuja base é 
a efedrina, que fornecem medicamentos antiasmáticos e 
passaram a ser pesquisadas após a descoberta do ingrediente 
ativo efedrina na erva chinesa Ma Huang (Ephedra sinica). 
Outros medicamentos importantes como atropina, 
escopolamina, codeína, digoxina e curare também são extraídos 
de plantas. Estas plantas são consumidas in natura como chás ou 
outras preparações caseiras e destinam-se para uso doméstico 
ou ritualístico, ou ainda como tintas, pós, pílulas, cápsulas, 
extratos, etc. 
Passando por processos de extração, separação e purificação, as 
substâncias bioativas (isto é, quinina, digoxina, ergotamina) das 
plantas podem ser isoladas. Esses compostos são chamados de 
fitomedicina.
Ou seja, por mais que tenhamos avançado cientificamente, as 
ervas não deixaram de estar presentes em nosso mundo. As 
plantas são vistas como fonte de ingredientes ativos, substâncias 
químicas bioativas específicas que podem ser analisadas, 
sintetizadas e usadas na forma de medicamentos potentes.
6
Introdução
O corpo é, na essência, de natureza bioquímica, de modo que 
quando alguma coisa vai mal, isso acontece no nível dos 
processos químicos e das moléculas. Para que o organismo volte a 
funcionar corretamente, temos de usar substâncias químicas. 
Logo, podemos fazer uso das plantas, que contêm componentes 
químicos e agentes poderosos (como a morfina, por exemplo, um 
dos analgésicos mais conhecidos do mundo).
Dessa forma, trabalhar com as plantas é entender que elas podem 
operar por meio de interações bioquímicas e aplicações 
específicas, de modo a ampliar os processos vitais do corpo. 
No nível bioquímico, os diversos ingredientes de uma erva 
trabalham de modo sinérgico. Mas, claro, quando se trata das 
plantas, não há limitações de seus poderes curativos: não é 
possível dizer que trabalham apenas como substâncias químicas 
incríveis, sendo que, além do nível físico, agem também no nível 
da força vital e mental. 
Por muitos séculos, os humanos têm usado plantas como 
ferramentas terapêuticas.
7
Introdução
Para algumas civilizações antigas, a cura oferecida por plantas 
medicinais tinhaum efeito mágico e sobrenatural. Outros 
acreditavam que essas plantas atuavam no “corpo astral”, 
produzindo efeitos fisiológicos e fenômenos paranormais. 
As plantas medicinais tinham e ainda têm significado 
mágico-religioso para algumas pessoas. Em 1873, no Papiro de 
Ebers, um dos mais antigos e importantes tratados médicos do 
Egito Antigo, datado de 1600 a.C., foi encontrado e comprovado o 
uso de plantas para tratamento. 
Durante a Guerra de Troia (1200 a. C), a planta mil-folhas (Achillea 
millefolium) foi usada em soldados feridos, a fim de estancar o 
sangue e curar feridas. O uso de papoula remonta a esse período 
de tempo também.
Na Grécia, Pedanius Dioscorides (100 A.C.) escreveu um tratado 
sobre plantas chamado “De Materia Medica”, contribuindo para a 
medicina integrativa.
São muitas as evidências sobre o uso das plantas como recursos 
terapêuticos. A fitoterapia, termo que surgiu muitos anos depois, é 
uma ciência que atua na identificação e extração de compostos 
originários de plantas e consiste em estudar suas propriedades 
físico-químicas, biológica e fármaco toxicológicas.
8
Introdução
Apesar do desenvolvimento da indústria farmacêutica no período 
pós-industrial, a fitoterapia ainda é um recurso entre as opções 
terapêuticas.
Tanto que, em 2006, o Ministério da Saúde tornou acessível o uso 
terapêutico e preventivo de fitoterápicos e plantas medicinais. 
Aqui vale estabelecer uma diferença: plantas medicinais são 
aquelas usadas na profilaxia, alívio e cura, geralmente usadas na 
medicina popular, como chás ou infusões. Fitoterápicos são 
produtos acabados e rotulados, cujos ingredientes provêm de 
plantas em estado bruto ou em preparações vegetais.
Embora ainda existam discrepâncias entre as definições de 
fitoterápicos e plantas medicinais, esses termos são 
frequentemente usados como sinônimos. Portanto, pode-se dizer 
que medicamentos fitoterápicos são compostos de plantas 
medicinais (quase completamente), mas nem todas as plantas 
medicinais podem ser consideradas fitoterápicas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 
85% da população mundial usa medicamentos fitoterápicos para 
fins terapêuticos.
9
Introdução
Na história, o termo "fitoterapia" foi usado pela primeira vez em 
1913 pelo médico francês Henri Leclerc, em suas muitas edições 
do "Précis de Phytothérapie" (“Manual de Fitoterapia”), publicado 
originalmente em 1922. 
Fitoterapia ou fitoterapia médica, como é chamado na Europa, é o 
medicamento mais validado cientificamente na categoria de 
medicina natural. Tem origem nas tradições europeia e 
greco-romana, remontando a médicos de destaque, como 
Dioscorides, Hipócrates, Galen e St. Hildegard de Bingen.
A fitoterapia entrou no idioma inglês com sua definição comum em 
1934, graças a Eric Frederick William Powell, que era um praticante 
inglês de fitoterapia e homeopatia. O termo em inglês, no entanto, 
não ganhou reconhecimento mais amplo até muito depois.
Em 1960, o fitoterapeuta e médico alemão Rudolf Fritz Weiss 
publicou Lehrbuch der Phytotherapie (Herbal Medicine), que se 
tornou o livro alemão definitivo sobre o assunto. O trabalho foi 
publicado inicialmente em um formato diferente em 1944, sob o 
nome Die Pflanzenheilkunde in der Ärztlichen Praxis ("Ciência 
curativa baseada em plantas na prática médica").
Outro marco importante na história da fitoterapia foi o surgimento, 
em 1987, da revista Phytotherapy Research, editada pelo 
farmacognosista britânico Fred Evans.
10
Introdução
Afinal, o que é fitoterapia e para que serve?
A fitoterapia é o sistema de medicina mais antigo utilizado no 
mundo atualmente. É um medicamento feito exclusivamente a 
partir de plantas. Muitos produtos farmacêuticos modernos foram 
modelados ou derivados de produtos químicos encontrados nas 
plantas. 
Na fitoterapia, os medicamentos são produzidos a partir de partes 
das plantas, não possuindo apenas uma substância isolada e sim 
uma série delas. Essa ação conjunta torna o tratamento mais 
pontual e reduz os efeitos colaterais.
Neste embate de milhões de anos, as plantas foram 
desenvolvendo suas próprias defesas químicas. Esta é uma das 
razões pelas quais a constituição química das plantas é tão 
complexa, e porque muitas plantas biossintetizam substâncias 
para atuar em alvos específicos moleculares de seus predadores. 
Metabólitos secundários de plantas e micro-organismos são 
produzidos para modular seus próprios metabolismos e, 
consequentemente, também atuar em alvos terapêuticos de 
doenças humanas.
Ao longo do processo evolutivo, o homem foi aprendendo a 
selecionar plantas para a sua alimentação e para o alívio de seus 
males e doenças. O resultado desse processo é que muitos povos 
passaram a dominar o conhecimento do uso de plantas e ervas 
medicinais.
O uso de fármacos é muito recente e sua comprovação por testes 
clínicos é ainda mais recente.
11
Introdução
Enquanto os fármacos industrializados apresentam, em sua quase 
totalidade, um único princípio ativo que é responsável pelo seu 
efeito farmacológico, os extratos vegetais e de fungos, por 
exemplo, são constituídos por misturas multicomponentes de 
substâncias ativas, parcialmente ativas e inativas, que, muitas das 
vezes, atuam em alvos farmacológicos diferentes. A eficácia 
desses extratos é o resultado de seu uso, durante muitos anos, por 
diferentes grupos étnicos.
Até hoje, alguns povos ainda fazem uso consciente de 
medicamentos fitoterápicos tradicionais relacionados com saberes 
e práticas que foram adquiridas ao longo dos séculos.
Atualmente, a fitoterapia é reconhecida como fitoterapia moderna 
e baseada na ciência. É praticada por médicos, naturopatas, 
naturólogos e fitoterapeutas em todo o mundo.
12
Introdução
A base dos medicamentos modernos, química, perfumes e 
botânica está na medicina de plantas. De fato, muitas drogas 
sintéticas são derivadas de plantas ou são semelhantes a produtos 
químicos encontrados na natureza. 
Na fitoterapia, os medicamentos vegetais são selecionados para 
fortalecer as funções normais do corpo, e assim, ajudá-lo a se 
restabelecer. O médico herbalista ou fitoterapeuta aborda cada 
cliente como um indivíduo único, a fim de fazer um diagnóstico 
holístico. Qualquer medicamento fitoterápico prescrito pode ser 
uma combinação de plantas escolhidas para as necessidades 
específicas do paciente. 
As ervas podem ser prescritas de diferentes formas: chás, tinturas, 
cápsulas, comprimidos, banhos, escalda-pés ou uma loção / 
creme para uso tópico.
Melhora nos sintomas e nos aspectos envolvidos nos 
desequilíbrios de saúde deve ser observada dentro de horas a 1 
dia para condições agudas, como resfriado ou gripe, ou entre 4 a 6 
semanas para condições crônicas, como dores articulares, 
corrimentos vaginais. 
13
Introdução
O principal alerta: 
Nem tudo que é natural/vegetal é seguro!
As plantas consideradas medicinais beneficiaram e continuam 
beneficiando a humanidade. Credenciaram-se pelo seu uso 
tradicional pelo conhecimento testado, passado de geração em 
geração e registrado em escrituras ao longo de séculos. Sendo 
comprovado pela ciência, mais tarde. 
No entanto, embora algumas ervas sejam maravilhosas para a 
nossa saúde, existem outras que são considerados venenos, por 
conterem toxinas extremamente poderosas.
O mau uso de fitoterápicos pode ocasionar problemas à saúde, 
como qualquer outro fármaco. A ANVISA exemplifica alguns dos 
possíveis problemas: alterações na pressão arterial e problemas no 
sistema nervoso central, fígado e rins, que podem levar a 
internações no hospital e até morte, dependendo da forma de uso 
irregular. Por isso, é fundamental usar fitoterápicos seguindo 
orientações de um profissional da área de saúde capacitado.
A sociedade tem a percepção de que todo produto natural é 
seguro e desprovido de efeitos colaterais. Em alguns casos, os 
efeitos dos produtos naturais são apenas psicológicos e, em 
outros, causam danos irreversíveis à saúde. 
A faltade informação do público sobre os fitoterápicos tem sido 
explorada por pessoas que visam o lucro fácil e divulgam ideias de 
curas milagrosas. É preciso levar em consideração o poder e ação 
físico-química, emocional, mental e energética das plantas 
utilizá-las com inteligência e segurança.
14
Práticas Integrativas e 
Complementares
As Práticas Integrativas e Complementares contemplam sistemas 
médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também 
denominados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de 
medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA). 
Através dessas práticas buscam estimular os mecanismos naturais 
de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de 
tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, 
no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser 
humano com o meio ambiente e a sociedade com foco na 
Atenção Primária à Saúde (APS).
No Brasil, em consonância com as recomendações da OMS, foi 
aprovada, em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares no SUS (PNPIC). Incentivando as práticas de 
Medicina Tradicional Chinesa, acupuntura, homeopatia, plantas 
medicinais e fitoterapia. Em 2018, mais dez foram incluídas, 
incluindo a aromaterapia entre muitas outras no Sistema Único de 
Saúde (SUS).
Na instância federal, destaca-se a Política Nacional de Plantas 
Medicinais e Fitoterápicos, aprovada também em 2006 por 
decreto presidencial, com diretrizes e ações para toda a cadeia 
produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos.
15
Práticas Integrativas e Complementares
As plantas medicinais e seus derivados estão entre os principais 
recursos terapêuticos da MT/MCA e vêm, há muito, sendo 
utilizados pela população brasileira nos seus cuidados com a 
saúde, seja na Medicina Tradicional/Popular ou nos programas 
públicos de fitoterapia no SUS, alguns com mais de 20 anos de 
existência.
Entre as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, as 
plantas medicinais e fitoterapia são as mais presentes no Sistema, 
segundo diagnóstico do Ministério da Saúde.
As ações para implementação das diretrizes dessas políticas 
nacionais buscam ampliar a oferta de serviços e produtos 
relacionados à fitoterapia no SUS, de forma segura e racional, por 
profissionais de saúde qualificados, considerando o sujeito em sua 
singularidade e inserção sociocultural, promovendo a 
integralidade da atenção e abordagem terapêutica.
Embora haja bastante procura por fitoterápicos no Brasil, ainda é 
preciso avançar nesse campo. 
16
Práticas Integrativas e Complementares
Este avanço depende de uma forte campanha de esclarecimento 
público, que deve incluir a classe médica, para mostrar a 
segurança e eficácia das plantas medicinais de uso tradicional, 
como uma alternativa terapêutica incentivando o poder de 
escolha de tratamento para os indivíduos. 
É também importante que a indústria farmacêutica se envolva 
mais com o estudo de plantas medicinais, desde o trabalho de 
identificação do princípio ativo ao controle de qualidade dos 
produtos oferecidos ao consumidor. 
A complexidade na composição química dos extratos dos 
fitoterápicos é uma das principais razões para a reprodução dos 
seus efeitos farmacológicos desejados, A ação medicinal das 
plantas se dá além do corpo físico, atua também nas emoções, 
mente e campo energético. Diferente dos fármacos que isolam e 
concentram compostos químicos, perdendo a ação completa no 
indivíduo, comparado às plantas medicinais.
O corpo humano é um organismo complexo e que poucas 
doenças podem ser atribuídas a uma única causa ou limitando 
apenas ao corpo físico ou partes do corpo físico. 
O Ministério da Saúde, ao recomendar e indicar 71 plantas 
medicinais aprovadas pela ANVISA, cujo uso está consagrado na 
cultura da medicina popular brasileira, abriu espaço para o 
fortalecimento dessa prática de forma consciente.
17
 Formas mais 
comuns de utilização
Remédios internos
Uma das melhores formas de absorver todas as propriedades das 
ervas é ingerindo-as por meio de chás e xaropes. Para isso, 
podemos fazer preparos à base de água e de álcool.
Preparos à base de água
Os preparos à base de água são feitos de duas formas: infusões e 
decocções. Quando a erva contém partes duras, lenhosas, 
fazemos decocção, do contrário, fazemos infusão.
 Infusão
Os preparos à base de água são feitos de duas formas: infusões e 
decocções. Quando a erva contém partes duras, lenhosas, 
fazemos decocção, do contrário, fazemos infusão.
18
1
Formas mais comuns de utilização
 Ervas indicadas para infusão:
19
Aipo Beber 3 vezes ao dia para tratar reumatismo, artrite e gota
Alecrim Beber 3 vezes ao dia para aliviar depressão, dor de cabeça e tensão psicológica
Alfazema/Lavanda Beber 3 vezes ao dia para tratar insônia, nervosismo e exaustão
Anis/Erva-doce
Beber 3 vezes ao dia, antes das refeições, 
para tratar flatulências, cólicas, bronquite e 
tosse
Calêndula
Beber 3 vezes ao dia para acalmar, aliviar 
coceiras e queimaduras e irritações 
cutâneas - também pode ser aplicada 
compressa diretamente na pele
Canela Adicionar a chás calmantes para combater diarreia e náuseas
Coentro Beber antes das refeições para aliviar dores estomacais
Gengibre
Beber sempre que necessário para tratar má 
circulação, frieira, cólicas e aliviar dores de 
garganta e de cabeça
Hortelã-pimenta
Beber sempre que necessário para tratar 
resfriados, gripes, dores de cabeça, cólicas, 
ansiedade, tensão e histeria
Continua →
Pegue um recipiente de porcelana ou de vidro 
previamente aquecido e coloque nele 1 colher de chá de 
erva seca para cada xícara de chá.
Despeje 1 xícara de água fervente para cada 
colher de chá da erva depositada no 
recipiente e tampe-o. Deixe descansar
por 10 a 15 minutos.
Formas mais comuns de utilização
20
Mil-folhas Beber quente 3 vezes ao dia para tratar a febre
Orégano Beber 3 vezes ao dia para tratar tensões musculares, resfriados e gripes
Poejo Beber 3 vezes ao dia para aliviar cólicas menstruais
Tomilho Beber 3 vezes ao dia para tratar problemas asmáticos
Valeriana Beber quando necessário para acalmar estados nervosos e histéricos
Para fazer a infusão:
Formas mais comuns de utilização
As infusões podem ser bebidas quentes - o que em geral é melhor 
para um chá medicinal - ou frias, podendo ser acrescentado 
inclusive gelo. É possível ainda adoçar com mel ou açúcar 
mascavo. 
Importante: sempre que possível, as infusões devem ser 
preparadas para uso imediato.
Partes da planta mais utilizadas: flores,folhas, caules verdes. Caso 
a infusão inclua sementes, cascas e raiz, o ideal é triturá-las antes, 
para torná-las mais permeáveis à água (por exemplo, sementes 
como anis estrelado e funcho devem ser levemente esmagadas 
antes de ser usadas numa infusão, para liberar os óleos voláteis 
das células).
21
Formas mais comuns de utilização
 Decocção
Sempre que uma erva for muito dura ou lenhosa, deve-se fazer 
uma decocção e não uma infusão, para que seus conteúdos 
solúveis se dissolvam com facilidade. Raízes, hastes, cascas, nozes 
e algumas sementes são muito fortes, por isso é necessário muito 
mais calor para extrair os seus benefícios.
Para fazer a decocção:
22
2
Numa caneca ou panela, coloque 1 colher de chá de erva 
seca ou 3 colheres de chá de erva fresca para cada xícara 
de água. Ervas secas devem ser moídas ou trituradas; as 
frescas devem ser cortadas em pequenas porções. Para 
quantidades maiores, use 30 gramas de ervas secas para 
cada meio litro de água. Importante: nunca use alumínio. 
Prefira recipientes de vidro, cerâmica, louça ou metal 
esmaltado.
Acrescente às ervas a quantidade apropriada de água.
Leve para ferver e mantenha em fervura 
lenta pelo tempo indicado para a mistura 
ou erva específica, em geral de 10 
a 15 minutos.
Coe o chá enquanto ainda quente.
Formas mais comuns de utilização
Preparos à base de álcool
Em geral, o álcool é um solvente mais eficiente do que a água para 
os constituintesdas plantas. Preparos de álcool são chamados 
tinturas, termo às vezes usado também para preparos à base de 
glicerina ou vinagre. 
Para uso doméstico, sugere-se usar um álcool de teor alcoólico de 
pelo menos 30%, pois essa é praticamente a mistura álcool/água 
mais fraca com ação conservante prolongada.
Para fazer uma tintura com álcool:
23
Coloque 120 gramas de erva seca triturada ou moída num 
recipiente que feche bem. Se as ervas forem frescas, 
dobre a medida.
Despeje meio litro de álcool de 30% sobre as ervas e feche 
bem.
Mantenha o recipiente em lugar quente por duas semanas, 
agitando-o bem duas vezes por dia.
Decantada a maior parte do líquido, despeje o resíduo 
numa peça.
Esprema todo o líquido. O resíduo forma um composto 
excelente.
Coloque a tintura numa garrafa escura e bem fechada.
Formas mais comuns de utilização
Volume por volume, as tinturas são muito mais fortes do que as 
infusões ou decocções, por isso a dosagem a tomar é bem menor, 
entre 5 e 15 gotas, dependendo da erva. 
As tinturas podem ser usadas de várias maneiras. Podem ser 
ingeridas puras ou misturadas com um pouco de água, ou 
adicioná-las a 1 xícara de água quente. Nesse caso o álcool 
evapora até certo grau e deixa a maior parte do extrato na água.
24
Formas mais comuns de utilização
Remédios externos
 Banhos
Um modo agradável e muito apropriado de absorver os 
compostos herbáceos através da pele. Você pode fazer isso com 
uma imersão numa banheira ou como um enxágue final sobre 
todo o corpo. Escalda-pés também são uma ótima opção, 
principalmente após um dia agitado.
Para o banho, basta separar as ervas secas ou frescas no processo 
de infusão para desfrutar de todos os seus benefícios. É 
importante não deixar a água ferver; se preferir, macere com as 
mãos as ervas frescas para extrair o máximo de seus princípios 
ativos. 
O processo de enxágue é o mesmo: aproveite para fazer esse 
enxágue da cabeça aos pés para ter um equilíbrio energético, 
conforme a erva escolhida (fazer em forma de chá para enxágue 
ou deixar as ervas na água é opcional). 
O ideal é deixar que o corpo seque naturalmente depois, para que 
a pele tenha tempo de absorver todas as propriedades da planta.
25
1
Formas mais comuns de utilização
Ervas indicadas para banhos:
26
Energizantes
Ajustam o campo energético, devolvem força vital, harmonizam os 
chakras e auxiliam física, mental e espiritualmente
Alecrim ilumina e rejuvenesce
Lavanda tranquiliza e purifica
Boldo anima e ajuda a focar
Calêndula acalma e ajuda a perdoar
Camomila acalma e controla as emoções
Hortelã anima e estimula
Manjericão energiza e equilibra
Sálvia estabiliza e protege
Lavanda
Formas mais comuns de utilização
27
Potencializadoras
Trabalham questões específicas como prosperidade, autoestima, 
sensibilidade, saúde, amor
Artemísia aumenta a autoestima e a coragem
Benjoim fortalece a mediunidade, o amor e purifica
Café equilíbrio o campo astral masculino e a saúde
Canela organiza e atrai prosperidade e sucesso
Capim-limão calmante, ajuda a tomar decisões
Louro ajuda a focar e aumentar o desejo de progresso profissional
Mirra limpa e purifica a mente e o ambiente
Louro
Formas mais comuns de utilização
 Compressas
Uma compressa ou fomentação é uma excelente forma de aplicar 
um remédio à pele para acelerar o processo de cura. 
Para fazer uma compressa, pegue um tecido limpo - gaze, linho ou 
algodão - e mergulhe-o numa infusão ou decocção quente. 
Aplique esse tecido sobre a área afetada, o mais quente possível. 
Como o calor intensifica a ação das ervas, troque a compressa 
quando ela esfriar ou então recubra-a com plástico.
28
2
Formas mais comuns de utilização
 Óleo Medicado
Muitas ervas são ricas em óleos essenciais. Existem ervas, como a 
hortelã-pimenta, cujos óleos são voláteis, tornando a planta 
aromática; existem também aquelas cujos óleos não são 
exatamente aromáticos, como é o caso da erva-de-são-joão. 
Dependendo do modo de extração, os óleos essenciais podem ser 
usados de duas maneiras. Na primeira, temos os óleos essenciais 
puros, extraídos da erva por meio de um complexo e meticuloso 
processo de destilação. Somente um especialista pode fazer esses 
óleos em casa. É possível adquirir esses óleos de fornecedores 
especializados, que os destilam como base para aromaterapia e, 
desse modo, tomam todos os cuidados para que sejam o mais 
puros possível. 
A segunda maneira de extrair óleos é muito mais simples e se 
assemelha ao método de infusão a frio. Em vez de mergulhar a 
erva em água, nós a mergulhamos em óleo vegetal prensado a 
frio, de onde obtemos uma solução do óleo essencial à base de 
óleo ou chamado de óleo medicado. Você pode usar óleos 
vegetais, como de oliva, de girassol ou de amêndoa.
Para fazer um óleo com ervas, corte a erva em pedacinhos, 
cubra-a com óleo vegetal e despeje num recipiente de vidro 
transparente. Deixe o recipiente ao sol ou em lugar quente durante 
duas ou três semanas, agitando-o todos os dias. 
29
3
Formas mais comuns de utilização
Ao término desse período, filtre o líquido em recipiente de vidro 
escuro e guarde-o. Um típico e ótimo exemplo desse tipo de óleo 
é obtido com a erva-de-são-joão. Trata-se de um óleo muito 
vermelho que pode ser usado externamente para massagens, 
para aliviar queimaduras de sol e curar ferimentos. 
Pode-se também ingeri-lo em doses bem pequenas para 
amenizar dores estomacais. Para prepará-lo, colha as flores 
recém-abertas e esmague-as numa colher de chá de óleo de 
oliva. Acrescente um pouco mais de óleo, misture bem e coloque 
num recipiente de vidro. Deixe o recipiente ao sol ou em lugar 
quente de três a seis semanas, quando então o óleo estará 
vermelho-vivo. Coe a mistura, espremendo bem para extrair todo o 
óleo, e deixe descansar por algum tempo, pois a água presente no 
líquido se acumulará no fundo, possibilitando a decantação do 
óleo. Coloque-o em recipiente escuro e bem fechado.
30
Doenças que podem ser
tratadas com a fitoterapia
É notável que, conforme as estruturas da nossa sociedade vem se 
modificando, os hábitos também acabam por sofrer alterações. 
Vivemos um momento em que sabedorias antigas são resgatadas 
com mais interesse, principalmente pela comprovação da eficácia, 
reduzindo custos e barateando os tratamentos de saúde.
Fitoterapia é poder utilizar todo o poder das plantas a nosso favor. 
É um método alternativo que tem o seu valor, num mercado que 
cresce a cada ano. Hoje, valorizamos muito mais hábitos 
saudáveis, maior consumo de frutas e verduras, prática de 
exercícios físicos e a busca pela espiritualidade, o que inclui o 
conhecimento do próprio corpo, mente e emoções, além de 
formas naturais de tratar doenças, sem a recorrência automática a 
remédios industrializados que podem ser muito tóxicos para o 
organismo humano e ainda mascarar um desequilíbrio mais 
profundo. 
Nesta seção, apresentamos a você diversos problemas, 
categorizados por sistemas (sistema nervoso, sistema 
musculoesquelético, sistema digestório, sistema respiratório, 
doenças cutâneas e sistema reprodutor feminino) que podem ser 
tratados com o apoio de ervas milenares. 
Lembrando que cada caso é um caso. Não desaparecendo os 
sintomas ou não havendo melhoras, um médico deverá ser 
consultado.
31
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Doenças do Sistema Nervoso
Em nenhum outro sistema do corpo a relação entre os aspectos 
físico e psicológico do nosso ser é tão evidente como no sistema 
nervoso. Sem dúvida, o sistema nervoso faz parte da estrutura 
física do corpo e, também de modo inequívoco, todos os 
processos psicológicos se desenvolvem nesse sistema. Por 
conseguinte, uma doença que ocorra no nível psicológico terá 
reflexos no nível físico; e, inversamente, uma doença no nível físico 
repercutirá no psicológico. Quando o corpo físico está tranquilo, a 
mente também se acalma.
32
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Ansiedade
O que é:em algum momento da vida, todos nós passamos pela 
experiência da ansiedade. Em geral, essa sensação, que é causada 
por algum problema externo relevante, dura pouco tempo. Às 
vezes, porém, ela se torna um padrão habitual, influenciando os 
nossos pensamentos e comportamentos. Então percebe-se o 
mundo através do filtro da atitude ansiosa e se age em 
consonância com essa percepção. Ocorre um círculo vicioso em 
que ansiedade produz mais ansiedade.
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: os mais eficazes são 
Mulungu (Erythrina mulungu), Lavanda (Lavandula angustifolia), 
Camomila (Matricaria recutita L.), kava-kava (Piper methysticum), 
Passiflora (Passiflora L.) e Valeriana (Valeriana officinalis L.). Além 
dos relaxantes nervinos, as ervas antiespasmódicas são de grande 
proveito, pois em muitos casos de ansiedade há também tensão 
muscular; a descontração ajuda o ser todo a encaminhar-se a um 
estado de calma e bem-estar, o estado interior perfeito em que o 
processo de cura germina e se desenvolve. 
33
1
Valeriana
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Recomendação de uso: pode ser infusão, por exemplo. Também 
pode fazer banhos, óleos medicados, compressas no peito com as 
mesmas ervas, seguindo as recomendações a partir da página 19. 
34
Beba esse chá três vezes ao dia ou 
conforme a necessidade.
=Passiflora1 colher (chá) Valeriana1 colher (chá)+
Relacionamento com a Medicina Chinesa: a MTC entende que 
fenômenos como a ansiedade são sintomas de distúrbios de outra 
ordem. Aliado a isso, para os chineses, não existe separação entre 
corpo, mente e espírito, logo, a ansiedade é vista como uma 
desarmonia em um dos cinco principais órgãos do corpo (coração, 
baço/pâncreas, pulmão, rins e fígado). 
Nesse sentido, uma das ervas que mais pode beneficiar o sistema 
nervoso é a laranja amarga. Utilizando da decocção, 1 a 2 colheres 
de sobremesa por xícara, uma a três vezes ao dia. A tintura 
utiliza-se 50 a 100 gotas, uma a três vezes ao dia, e o xarope duas 
a quatro colheres de sopa ao dia.
 
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Ayurveda: segundo a Medicina Ayurveda, 
a harmonização da nossa mente começa pelo Dosha Vata. Paralela 
a uma dieta equilibrada, é possível aplicar a fitoterapia para 
controlar a ansiedade. Na fitoterapia ayurvédica destaca-se o 
Brahmi ou Bacopa Monnieri, planta medicinal utilizada na Índia há 
centenas de anos para tratar as alterações mentais e emocionais. 
Esta planta apresenta propriedades terapêuticas sedativas, 
antidepressivas e equilibradoras. A camomila, o maracujá e o 
ginseng indiano também ajudam a baixar os níveis de ansiedade.. 
A camomila, inclusive, pode ser consumida como suplemento ou 
sob a forma de chá. Um chá feito com raízes de kava também é 
muito indicado para quem sofre de ansiedade crônica. Beba o chá 
de 2 a 3x por dia, e em caso da ansiedade ser acompanhada pela 
insônia, o chá de maracujá deve ser bebido especificamente antes 
de dormir.
35
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Depressão
O que é: a depressão pode ser uma reação a fatores externos ou 
pode ser um estado mental emocional que pode ser criado 
internamente; muitas vezes é uma combinação de ambas. Em um 
caso e outro, ervas podem ajudar a reduzir a depressão, mas ao 
mesmo tempo é preciso tratar a causa básica. Faz-se necessário 
um exame honesto dos fatores envolvidos e uma reavaliação 
corajosa da própria vida com profissionais habilitados. As ervas 
acalmam a mente e emoções para facilitar a solução e evitar 
utilizar medicamentos sintéticos cheios de efeitos colaterais e 
viciantes..
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: entre as melhores ervas 
antidepressivas mencionam-se alecrim (Rosmarinus officinalis), 
damiana (Turnera diffusa), ginseng (Panax ginseng), tília (Tilia 
cordata), valeriana (Valeriana officinalis), camomila (Matricaria 
chamomilla) e verbena (Verbena officinalis).
36
2
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Recomendação de uso: quando a depressão está associada a 
uma debilidade geral de todo o organismo, afetando o sistema 
nervoso, indica-se a seguinte mistura:
37
Pode ser ingerido três vezes ao dia.
=
Alecrim
1 parte 
Camomila
1 parte +
Outra opção pode ser a seguinte mistura:
Damiana
1 parte 
Verbena
2 parte +
Pode ser ingerido três vezes ao dia.
=Valeriana1 parte Ginseng1 parte + Tília1 parte +
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Medicina Chinesa: a nível cerebral, a 
depressão provoca uma deficiência na atividade de alguns 
neurotransmissores responsáveis pela produção de alguns 
hormônios, como a serotonina e endorfina, que fornecem a 
sensação de prazer, bom humor e bem-estar.
Massagens com óleo essencial de limão e ylang-ylang podem 
aliviar os sintomas primários da depressão. A erva de são joão é a 
mais indicada para estados crônicos, sendo recomendado infusão 
e beber o chá 3x por dia. A bétula também é uma planta 
conhecida por ser calmante, desinfetante e por reduzir crises 
depressivas, assim como o sândalo, cujo forte aroma pode ajudar a 
restaurar a sensação de bem-estar.
Relacionamento com a Ayurveda: a medicina ayurveda enxerga a 
depressão e o indivíduo em sua totalidade, tanto nos aspectos 
materiais quanto emocionais. Por isso, a depressão e a ansiedade 
são encaradas como um desequilíbrio na combinação natural dos 
elementos (éter, ar, fogo, água, terra) da pessoa e a investigação 
para o correto diagnóstico começa indo além da presença de 
hábitos de vida prejudiciais. Uma vez identificado isso, utilizam-se 
as ervas. As melhores ervas ayurvédicas para combater a 
depressão são a camomila, erva de são joão, melissa, centella 
asiática, erva baleeira, cardamomo.
38
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Insônia
O que é: uma vez ou outra todos passamos uma noite sem dormir; 
o estresse do dia ou a ansiedade com o dia seguinte podem 
manter-nos despertos e inquietos ao longo da noite ou 
impedir-nos de ter um sono profundo e tranquilo. Quando isso 
acontece de vez em quando, não há maiores problemas. No 
entanto, essa pode se tornar uma ocorrência repetida em que o 
corpo todo padece, pois é durante o sono que a maioria dos 
processos curativos e de recuperação acontece. Existem muitos 
hipnóticos herbáceos fortes que promovem uma boa noite de 
sono, mas muitas vezes um relaxamento tranquilo com a ajuda de 
relaxantes nervinos é suficiente para que se consiga adormecer de 
modo natural.
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: os indutores de sono mais 
eficazes são valeriana (Valeriana officinalis), lavanda (Lavandula 
angustifolia, camomila (Matricaria chamomilla), verbena (Verbena 
officinalis).
39
3
Lavanda
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Recomendação de uso: uma mistura muito boa para as noites de 
insônia é:
40
Beba esse chá antes de ir para a cama. A quantidade 
necessária varia de pessoa para pessoa, por isso 
experimente. A mistura é segura, sendo impossível 
exagerar na dose com essas ervas.
=Passiflora1 parte Valeriana1 parte +
A maioria dos relaxantes nervinos propicia um sono natural e 
tranquilo. Camomila, tília e trevo-dos-prados são os mais indicados 
e resultam em chás bem gostosos. Eles são o último tipo de 
líquido que se deve beber antes de dormir para relaxar as tensões 
subsistentes do dia e predispor para o sono. 
Outra forma muito agradável e excelente de absorver essas ervas 
é através da pele durante o banho. Essa é uma maneira muito boa 
para ajudar as crianças a dormir melhor. Assim, um banho com tília 
como último ritual à noite favorece o sono; um banho com 
camomila também produz esse resultado, além de contribuir com 
a dentição.
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Esta receita é para um banho com valeriana, mas pode servir de 
ponto de referência para todas as ervas mencionadas.
41
Despeje 1 litro de água fervente sobre um ou dois punhados 
da raiz seca da valeriana, deixe descansar por umahora, 
depois peneire o líquido e acrescente-o ao banho quente, 
que deve ser tomado logo antes de ir para a cama. O banho 
pode ser de corpo inteiro ou apenas dos pés 
ou das mãos. 
Relacionamento com a Medicina Chinesa: antes de mais, é 
preciso avaliar o que está causando o desequilíbrio do sono. Por 
exemplo: se a insônia é causada por estresse, os melhores 
resultados, além do trabalho com acupuntura, serão com as ervas 
fitoterápicas de kava-kava, passiflora e erva de são joão. Se o que 
perturba é mais a ansiedade, e daí advém perturbações no sono, 
banhos com lavanda são mais indicados. Uma fórmula fitoterápica 
muito conhecida é a Multiflores Ran, cuja composição utiliza 
extratos de passiflora, angélica e diversas flores chinesas. É 
indicado para acalmar a Mente (Shen) e harmonizar o Fígado (Gan) 
e o Coração (Xin). Serve para todos os tipos de insônia.
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Ayurveda: banhos de ervas são 
excelentes formas de purificação. Existem diferentes tipos de 
ervas ayurvédicas para proporcionar, através deste ritual, limpeza e 
proteção do corpo físico, mental, emocional e energético.
Outra modalidade seria o Swedana, também conhecido como 
Sauna Terapêutica. É uma prática ayurvédica que usa o calor para 
relaxar e desintoxicar o corpo, ajudando a retirar os Doshas em 
excesso do corpo, restabelecendo o equilíbrio. O suor expulsa as 
toxinas que prejudicam o funcionamento do organismo, 
promovendo a saúde como um todo. Lavanda, camomila, 
calêndula e ginseng são as melhores ervas para tratar a insônia.
42
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Doenças do Sistema Musculoesquelético
O nosso esqueleto, o tecido conjuntivo, os músculos e as 
articulações nos mantêm integrados, nos capacitam a ficar de pé e 
nos movimentar, e nos dão a forma que temos. Eles são muito 
usados – e mal usados – e constituem locais de muito desgaste e 
deterioração física. Mas a saúde desses tecidos depende não só 
do uso a que os submetemos ou da estrutura da qual fazem parte, 
mas também em grande medida do ambiente interior, do estado 
do nosso metabolismo, da alimentação e do estilo de vida.
43
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Cãibra
O que é: uma vez ou outra, todos nós já tivemos cãibras 
musculares, doloridas sim, mas que não devem causar 
preocupações maiores. No entanto, caso se tornem uma condição 
renitente, devem ser tratadas, não só para evitar o sintoma 
incômodo, mas também porque sugerem a existência de 
problemas circulatórios, um sinal de falta de oxigênio. É muito fácil 
resolver o problema com ervas, desde que se continue o 
tratamento por algum tempo.
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: pode-se usar uma mistura 
de gengibre, hortelã-pimenta e alecrim.
Recomendações de uso:
44
4
Beba essa decocção três vezes ao dia 
durante alguns meses.
=Hortelã2 partes Alecrim6 partes+ Gengibre1 parte+
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Medicina Chinesa: as plantas que atuam 
como analgésicas e restabelecem a circulação local, eliminando a 
dor, são descritas na Medicina Chinesa como ervas que eliminam 
“vento/umidade”. As mais indicadas são: jasmim, inhame, chapéu 
de couro, cavalinha, mulungu, arnica e erva de são joão. Podem 
ser utilizadas em massagens, como chás ou compressas locais 
sobre a área dolorida. 
Relacionamento com a Ayurveda: na medicina ayurvédica, as 
dores podem ser combatidas com a casca de salgueiro, que reduz 
inflamações e alivia cãibras e rigidez muscular. A casca de 
salgueiro contém o princípio ativo salicilina, utilizado em muitos 
remédios tradicionais. Pode ser ministrada na forma de chá, 
cápsulas ou tinturas. Outra opção é adicionar mais gengibre à sua 
alimentação. O gengibre é uma das ervas mais famosas na 
culinária indiana, um verdadeiro anti-inflamatório natural, efetivo 
contra dores nas juntas e distensões musculares (mas atenção: 
pessoas com problema de pressão alta devem evitar). Pode ser 
preparado como chá ou compressa direto na área afetada.
45
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Reumatismo e Artrite
O que é: essas doenças resultam da incapacidade do corpo de 
lidar com pressões decorrentes de uma dieta e estilo de vida 
errados e de outras formas de estresse. O objetivo do tratamento 
será reconduzir o indivíduo a um estado de saúde e vitalidade em 
que o corpo possa dedicar-se ao sintoma, em vez de atacar o 
sintoma para chegar à vitalidade. Na abordagem dessas doenças, 
um aspecto importante é a ideia de atrito. 
As alterações que a artrite provoca nas articulações aproximam os 
ossos de modo a causar fricção, mas em geral há uma longa 
história de atritos que culmina nessa mudança física. Ela pode 
resultar de um determinado trabalho físico, como no caso do 
agricultor que desenvolve osteoartrite nos ombros por carregar 
muito peso durante anos, ou pode ser tensão muscular que leva a 
uma forte aderência das articulações, efeito que se deve em geral 
a uma história de atritos na vida.
Uma das causas do reumatismo e da artrite é o acúmulo de 
toxinas ou de resíduos no tecido afetado. Um dos principais fatores 
responsáveis pelo desenvolvimento dessa doença é uma dieta 
inadequada, seja por causa de alimentos impróprios para o corpo 
ou tão desvitalizados e adulterados que chegam a ser prejudiciais.
46
5
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Ervas/Fitoterápicos mais indicados:
47
Beba esse chá três vezes ao dia por até 20 dias. Essa é 
apenas uma possibilidade.
=
Arnica 
1 parte 
Erva-de-
são-joão
1 parte 
+ Erva-baleeira 1 parte +
Sucupira
1 parte 
Bardana
2 parte +
Ervas específicas devem ser escolhidas levando em conta a 
pessoa em sua individualidade. Se a pessoa não consegue dormir 
por causa da dor, é preciso tomar uma providência a respeito, pois 
boa parte do processo de cura ocorre durante o sono.
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Uma mistura benéfica de ervas para aliviar a dor e dormir é:
48
Beba esse chá meia hora antes de ir para a cama. É 
uma mistura segura, podendo-se adotar uma 
dosagem maior do que as normais 1 ou 2 colheres de 
sopa, caso seja necessário.
=Mentrasto; Catinga de bode 
1 parte 
+ Valeriana1 parte+Passiflora1 parte 
Além disso, é possível usar medicação externa para aliviar a dor e 
atenuar a inflamação, estimulando ao mesmo tempo a circulação 
para a área afetada para promover a eliminação de toxinas. 
Embora esse tratamento por si só não resulte numa alteração 
fundamental, ele beneficia o processo todo e abranda o 
desconforto. 
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Medicina Chinesa: na medicina chinesa, o 
anis estrelado e o gengibre são verdadeiros aliados de quem sofre 
com condições reumáticos e artrose. Tanto um quanto outro 
podem ser usados de diversas formas: óleos medicados, tinturas, 
chás e cápsulas. Com o óleo essencial de gengibre, pode-se fazer 
uma massagem nos locais de maior dor, desde que dissolvido o 
óleo essencial em óleo vegetal. Com o gengibre, o ideal são chás, 
que atuam diretamente no sistema circulatório, aquecendo e 
dispersando o Qi (energia vital). 
Relacionamento com a Ayurveda: na medicina ayurvédica, 
pode-se usar a raiz de valeriana como um calmante natural dos 
nervos. O açafrão da terra, muito utilizado na culinária indiana, 
também é uma ótima opção para aliviar as dores, graças às suas 
propriedades anti-inflamatórias, que evitam que se formem 
coágulos no sangue. O cravo da índia também tem se mostrado 
eficaz no tratamento para artrite, artrose e reumatismo. 
49
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Doenças do Sistema Digestório
O sistema digestório dispõe de nervos em abundância, toda uma 
rede de controle integrado que opera em conjunto com um amplo 
espectro de hormônios, local e sistemicamente. Ela é descrita 
como uma rede de cérebros entéricos. Entérico diz respeito ao 
intestino e neste contexto identificao sistema nervoso local do 
sistema digestório. Essa inteligência intestinal em geral comanda o 
sistema digestório de maneira adequada. Como somos o que 
comemos, a nossa saúde e vitalidade dependem em grande parte 
do bom funcionamento do sistema digestório para fornecer as 
substâncias necessárias ao nosso organismo.
É enorme a quantidade de remédios fitoterápicos usados no 
tratamento de distúrbios digestivos, fato que não surpreende 
quando consideramos as ervas como alimento – como vegetais. 
Em sua maioria, as ervas são ingeridas pela boca e, portanto, são 
absorvidas pelo sistema digestório, onde seus poderes curativos 
passam a produzir efeitos imediatos.
50
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Gastrite
O que é: quando um distúrbio estomacal passa de funcional, como 
a indigestão, a estrutural, o primeiro estágio é uma inflamação do 
revestimento da parede do estômago. Ela pode durar pouco 
tempo e dever-se a uma infecção ou a uma reação ao alimento, ou 
então pode se tornar crônica. Quando se manifesta por pouco 
tempo, as causas que devem ser examinadas são: ingestão de 
alimentos inadequados, álcool, cigarros e estresse. Em geral, 
todos esses fatores estão envolvidos. O tratamento da gastrite se 
baseia na dieta e nas ervas.
Diante de uma inflamação aguda, por exemplo, recomenda-se 
seguir uma dieta baixa em fibras, pois a fibra pode exercer um 
efeito semelhante ao de uma lixa num ferimento. Para acalmar e 
recuperar o revestimento estomacal, infusões são as melhores 
opções.
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: hortelã-pimenta, 
espinheira-santa, poejo.
51
6
Hortelã-pimenta
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Recomendação de uso:
52
Infusão: 5 a 10g de espinheira-santa em uma xícara de 
água, três vezes ao dia, podendo ser a folha seca ou 
fresca.
Relacionamento com a Medicina Chinesa: na medicina 
chinesa, o suco de agrião é indicado para prevenir a 
gastrite, assim como chás de calêndula, bardana, malva e 
tanchagem também podem ser úteis para alívio da dor.
Relacionamento com a Ayurveda: na medicina 
ayurvédica, preparos com hortelã-pimenta tem efeitos 
poderosos sobre a gastrite. O chá de bardana também é 
um excelente fitoterápico, constituído de ácido graxo, 
fitoesteróis, entre outros que tratam o estômago e aliviam 
dores.
=1 parte de espinheira-santa
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Diarreia
O que é: um surto de diarreia com duração de um dia ou dois é um 
sintoma muito comum e pode ser causado por uma infecção 
aguda ou inflamação da parede intestinal ou por estresse 
psicológico – por exemplo, por superexcitação ou por uma viagem 
longa. Na maioria dos casos, a diarreia se manifesta quando o 
corpo precisa eliminar venenos digestivos do seu sistema, e por 
isso não deveria ser combatida. No entanto, pode ser conveniente 
controlar o processo e auxiliar o sistema com ervas que tonificam 
o revestimento da parede intestinal e que são adstringentes 
brandos. 
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: pitangueira, hortelã-pimenta, 
camomila.
53
7
Camomila
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Recomendação de uso: para diarreia persistente, prolongada, 
procure orientação médica. 
Em casos de diarreia infantil: Funcho (Foeniculum vulgare Mill), Erva 
cidreira brasileira (Lippia alba (Mill.)
54
 O chá pode ser adoçado com um pouco de mel e deve 
ser tomado com frequência.
=Funcho1 parte Cidreira1 parte +
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Medicina Chinesa: na medicina chinesa, o 
chá mais indicado para tratar a diarreia é aquele feito com folhas 
do café. Uma xícara à noite deve ser suficiente para aliviar os 
sintomas (caso a diarreia não seja crônica). No entanto, não deve 
ser consumido por pessoas com problemas mais graves no 
sistema digestório, como úlceras e síndrome do intestino irritável.
Relacionamento com a Ayurveda: a erva-doce pode ser 
adicionada na comida, como tempero de contrastes, como 
também ser mascada sozinha ou consumida como chá. Alivia 
diarreias e dores estomacais. O ginseng e o gengibre também 
estão entre as opções que você pode utilizar. A canela, ingrediente 
muito utilizado na culinária indiana, também ajuda no combate à 
diarreia.
55
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Doenças do Sistema Respiratório
É responsabilidade dos sistemas respiratório e circulatório suprir as 
células com oxigênio. Esse processo é controlado pelo cérebro, via 
medula oblonga, situada no tronco encefálico, onde as 
mensagens pertinentes à composição sanguínea se combinam 
com outras informações, regulando assim o ritmo respiratório 
apropriado. 
O fluxo e refluxo da respiração transportam a energia vital para o 
ser. Por isso, caso distúrbios respiratórios inibam as trocas gasosas, 
eles podem provocar redução da vitalidade, aumento de 
distúrbios metabólicos e degeneração de tecido. 
A anatomia e fisiologia do sistema respiratório constituem uma 
bela e complexa expressão de integração e totalidade.
É possível prevenir a maioria das alterações patológicas nos 
tecidos se o meio ambiente das células for abastecido 
constantemente de oxigênio. A quantidade de oxigênio que a 
circulação envia para o tecido é em grande parte controlada pela 
respiração.
56
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Todos os aspectos do sistema respiratório podem se beneficiar 
com remédios herbáceos apropriados. As ervas podem favorecer a 
atividade das membranas mucosas e promover o intercâmbio de 
gases entre essas membranas; podem ativar a secreção de tecido 
pulmonar para umedecer o bastante o ar e proteger as 
membranas; podem aumentar as respostas neurológicas que 
regulam a respiração; podem tonificar a circulação e garantir que o 
sangue banhe os tecidos de maneira adequada; podem ainda 
estimular a totalidade dos processos glandular e excretor para 
assegurar um ambiente interno higiênico e harmonioso.
57
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Asma
O que é: a asma pode ocorrer de uma combinação de causas. 
Muitas vezes, os ataques são desencadeados por um componente 
alérgico. Em outros casos, a causa é puramente genética; em 
outro ainda, pode ser uma reação adquirida devido à exposição a 
um fator irritante. O estado do tônus nervoso do corpo também 
pode levar a espasmos bronquiais. Em pessoas predispostas, a 
tensão, a ansiedade, a hiperatividade ou a exaustão podem causar 
tanto estresse a ponto de provocar um acesso de asma.
Em geral, o organismo é capaz de compensar e equilibrar muitas 
influências, mas o nosso estilo de vida, dieta, postura e atitude 
perante a vida são todos fatores agravantes e precisam ser 
levados em consideração num tratamento.
A asma responde bem ao tratamento fitoterápico, mas é 
impossível dar uma receita apropriada para todos os casos. Há 
várias ervas que ajudam a reduzir o espasmo e acalmam a 
respiração.
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: guaco (Mikania laevigata), 
anis, confrei (raiz), hortelã, eucalipto, tília, tomilho.
Recomendações de uso: escolher de 2 a 3 ervas para fazer 
infusão. Após a infusão, coar e beber o chá 3x ao dia.
58
8
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Medicina Chinesa: a medicina tradicional 
chinesa atribui a formação de muco não só à obstrução da função 
do Pulmão, devido ao ataque dos fatores patogênicos externos, 
mas também a uma deficiência da função do Baço, de transformar 
e transportar os fluidos corporais pelo corpo, o que leva à 
formação de muco e à obstrução de circulação de energia para o 
Pulmão.
Em caso de asma, bronquite e demais problemas do trato 
respiratório, a erva anis estrelado (illicium verum) é muito indicada. 
Sua ação na Medicina Tradicional Chinesa está fortemente ligada 
ao Movimento Terra e às dificuldades de liberar emoções, de 
receber e demonstrar afeto. 
Com o anis, podem ser feitos chás, compressas e banhos, 
misturados a erva-doce, erva-cidreirae canela. O chá de anis não 
é recomendado para mulheres grávidas nem crianças. Em adultos, 
é seguro desde que o tempo não seja prolongado (no máximo 1 
semana). 
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Ayurveda: uma boa dica para quem tem o 
cotidiano agitado e precisa apaziguar os efeitos de um Vata em 
excesso é adotar meditação ou técnicas de pranayama mais 
apropriadas a cada indivíduo. Em adição, medicamentos à base de 
ervas também podem ser extremamente efetivos e inclusive 
remédios caseiros simples. O exemplo seguinte pode ser muito útil 
no tratamento de quem acabou de ter um ataque de asma ou 
como forma preventiva. Você vai precisar de:
60
Misture todos os ingredientes em um copo e tome antes 
do café da manhã, ainda em jejum.
=
1 colher de 
sopa de suco 
de gengibre
1 colher de 
sopa de suco 
de manjericão+ 1 grão de pimenta preta esmagada+
1 colher de 
sopa de mel
Outras plantas medicinais também podem ser prescritas por um 
praticante de Ayurveda e assim trabalhar na redução do acúmulo 
de Kapha e Vata no Pranavaha Srotas (trato respiratório). 
Compostos com canela, gengibre, cardamomo também obtém 
excelentes resultados no tratamento preventivo da asma.
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Tosse
O que é: A tosse é um reflexo de proteção do aparelho 
respiratório, como consequência de um processo irritativo. 
Pode-se tratar a tosse de muitas maneiras com ervas; cada 
herborista tem uma erva ou mistura preferida. A tussilagem supera 
todos os demais remédios comuns disponíveis. Um exemplo seria 
tomar em conjunto Alcaçuz e Malva (Malva sylvestris)
61
9
=Malva 1 parte + Tussilagem 1 parte+Alcaçuz 1 parte 
A New Cyclopaedia de Potter contém uma mistura de flores que 
além de eficaz tem aparência e sabor muito agradáveis.
Peitoral de Potter Nº 1:
Flores de alteia 
Flores de malva 
Flores de papoula-comum 
Flores de tussilagem 
Flores de verbasco 
Flores de violeta
São combinadas em 
partes iguais e processadas 
como infusão.
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
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Recomendação de uso: as duas misturas citadas podem ser 
ingeridas a cada três horas, embora o mais recomendável seja três 
vezes ao dia. 
Relacionamento com a Medicina Chinesa: na medicina chinesa, o 
anis estrelado é muito utilizado para tratar problemas do sistema 
respiratório. Para aliviar a tosse, pode ser consumido em forma de 
chás, tinturas e também ser mascado puro. O gengibre aquece o 
Baço e o Estômago, e expele o Frio. Aquece e liberta ao exterior, 
assim como é bom para a invasão de frio externo.
Relacionamento com a Ayurveda: o uso da equinácea é muito 
popular contra tosses, gripes e resfriados. As folhas do eucalipto 
também se pode fazer óleos medicados, cataplasmas em 
massagens e saunas terapêuticas para aliviar a tosse e a febre. E 
finalmente, a erva-doce e o gengibre, utilizados como temperos 
na culinária indiana.
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Doenças Cutâneas
A pele
A pele desempenha inúmeras funções. Ela é o principal órgão de 
proteção do nosso corpo; sem uma pele completa e consistente, 
em pouco tempo morreríamos de infecção generalizada ou de 
choque alérgico, pois ela protege o corpo de lesões, da luz, de 
substâncias químicas, de extremos de temperatura e da invasão 
de microorganismos. Algumas funções protetoras são mantidas 
por processos ecológicos complexos, como a defesa contra 
infecções. De muitas maneiras, a pele também é responsável pela 
manutenção de um ambiente interno estável e harmonioso.
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Queimadura (remédio externo)
O que é: depois de um dia intenso de sol, sem proteção, a pele 
pode apresentar vermelhidão, dor, prurido e começar o processo 
de descascar. Pode ocorrer também febre interna, devido à 
queimadura. Para queimaduras leves, as ervas podem dar bons 
resultados, mas queimaduras mais graves devem ser tratadas com 
muito cuidado. 
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: como tratamento caseiro, 
talvez a melhor planta que podemos usar seja a aloe vera. Ela 
pode ser cultivada como planta doméstica, tendo folhas 
suculentas ricas num gel cicatrizante que se recomenda usar 
sempre fresco. Deve-se abrir a folha e aplicar o seu conteúdo 
sobre a queimadura. Ervas alternativas são a calêndula, a 
erva-de-são-joão e a lavanda.
Recomendações de uso: 1 parte de aloe vera. Cortar, abrir, retirar 
as partes espinhentas e raspar todo o conteúdo, aplicando 
diretamente sobre a pele queimada.
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Medicina Chinesa: desde o século XII, as 
pétalas da calêndula tem sido um elemento essencial para a 
fitoterapia. Esta erva é rica em flavonoides, antioxidantes presentes 
em plantas, cuja função é defender as células das plantas dos 
radicais livres. Ao serem desidratadas, as pétalas desta erva 
revelam-se uma ferramenta contra bactérias, vírus e inflamações. 
As pétalas da calêndula auxiliam no tratamento de queimaduras, 
infecções diversas, cortes e feridas. Pode ser utilizada em banhos 
de infusão, compressas ou chás. 
Relacionamento com a Ayurveda: o algodoeiro é uma das ervas 
cujas maiores propriedades estão nas cascas e nas raízes, 
possuindo ações anti-helmínticas. Possuem um óleo capaz de 
aliviar as dores de queimaduras e curar feridas. Na medicina 
ayurvédica, o óleo de coco é um alimento doce e frio muito 
utilizado em tratamentos estéticos por contribuir para a hidratação 
e nutrição da pele, promovendo ação antienvelhecimento e um 
aspecto suave e radiante da pele. Age esfriando o excesso de 
calor da pele e é uma boa opção para aliviar o desconforto 
causado por queimaduras solares de nível leve.
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Acne (remédio interno)
O que é: esse problema comum da adolescência tem duas causas 
subjacentes principais, uma hormonal e outra dietética. A 
hormonal tem relação com o nível de hormônios masculinos e é 
mais evidente durante a puberdade, quando vários fatores 
hormonais desencadeiam mudanças físicas profundas. A 
prevalência da acne em jovens do sexo masculino nesse período e 
em mulheres jovens na etapa pré-menstrual ilustra essa relação. O 
fator dietético está relacionado com a capacidade do corpo de 
metabolizar gorduras e carboidratos. Se houver algum problema 
metabólico ou uma preponderância desse tipo de alimento na 
dieta, o resultado pode ser acne ou seu agravamento. A 
abordagem fitoterápica visa sustentar o metabolismo desses 
alimentos e auxiliar a drenagem linfática e a eliminação física. Em 
termos dietéticos, a ingestão de gorduras, açúcares e carboidratos 
deve ser drasticamente reduzida, devendo ser substituída por 
muitas frutas e vegetais. 
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: ervas como camomila, 
lavanda são eficazes para aplicação tópica (compressas, 
cataplasma argila), mas ervas linfáticas como equinácea e fitolaca, 
e hepáticas como dente-de-leão e íris também devem ser levadas 
em consideração.
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Recomendações de uso: adicione de duas a quatro colheres de 
camomila e lavanda em um copo d’água, ferva esta mistura de dez 
a vinte minutos, deixe a solução esfriar e aplique sobre as acnes.
Relacionamento com a Medicina Chinesa: ervas como equinácea 
e fitolaca, manjericão e dente-de-leão são ótimas opções para 
aliviar as dores da acne e limpar a pele. A acne é uma 
manifestação da dificuldade de lidar com as próprias emoções, 
por isso, ervas com alto poder de limpeza são indicadas. A aloe 
vera (babosa) também pode ser utilizada de forma mais direta, 
esfregando o conteúdo diretamente na pele afetada. 
Relacionamento com a Ayurveda: A amargosa (ou nim) é usada 
pela medicina ayurvédica, pois tem propriedades antifúngicas, 
antibacterianas e antivirais. Para casos de acne, use cerca de cinco 
folhas de amargosa todos os dias de manhã.
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Doenças que podem ser tratadascom a fitoterapia
Doenças do Sistema reprodutor feminino
Para que o sistema reprodutor seja saudável e funcione de modo 
bem equilibrado e integrado, corpo e espírito precisam estar bem 
e desenvolver-se como um todo.
É vasto o número de ervas benéficas para o sistema reprodutor 
feminino.
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Tensão Pré Menstrual ou melhor dito, "Tempo Para Mim"
O que é: nos dias que antecedem o início da menstruação, podem 
ocorrer manifestações de tensão, ansiedade, agitação e 
depressão, às vezes acompanhadas de retenção de líquido no 
corpo, aumento da sensibilidade dos seios e diversos outros 
sintomas. Tudo isso é causado pela reação do corpo às alterações 
hormonais do momento. 
Os dias de menstruação são um período muito especial na vida de 
uma mulher, um claro momento em que a qualidade mágica da 
vida se manifesta. Obtemos informações importantes sobre a 
natureza própria de uma cultura e de sua relação com a vida ao 
examinar se ela concebe a menstruação como um momento 
mágico a ser respeitado ou como um período impuro a ser 
disfarçado. 
O modo como uma mulher se relaciona com o processo todo da 
menstruação afeta profundamente a reação do seu corpo. Fatores 
que entram na composição da tensão ou síndrome pré-menstrual 
podem ser a relação da mulher com a sexualidade, as atitudes de 
parentes, experiências da infância, a expectativa de tensão ou a 
expectativa de sua interferência no trabalho e em outras 
atividades. Se a atitude interior com relação à menstruação for 
bloqueada e congestionada, a experiência do período refletirá 
essa situação. Se a atitude – consciente ou não – for transparente, 
natural e harmoniosa, a experiência da menstruação será 
equivalente.
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: as ervas podem dar uma 
grande contribuição para amenizar a tensão pré-menstrual. Uma 
infusão de Artemísia (Artemisia vulgaris) regula o ciclo menstrual, 
trata cólicas, é diurética, libera a irritabilidade e a sobrecarga 
acumulada durante o mês. Poejo, camomila, anis estrelado, 
gengibre, canela e lavanda também ajudam a acalmar e tratam 
esse momento de forma delicada. Vitex (Vitex agnus-castus L.) 
atua nos receptores hormonais tendo uma ação similar a dos 
hormônios, apresenta bons resultados também para tratamento 
de cólicas menstruais, dores nas mamas, falta ou excesso de 
menstruação, 
Recomendações de uso: 1 parte de artemísia + 1 parte de 
camomila + 1 parte de água (infusão).
Beber de 2 a 3x por dia.
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Medicina Chinesa: Artemísia, muito usada 
na moxabustão (acupuntura com calor) pelos métodos da 
Medicina Chinesa. Na fitoterapia é usada para limpeza energética, 
é indicada para mulheres que acabam se sobrecarregando ao 
longo da vida com diversas funções e se afastam da sua força 
feminina, essa planta traz segurança para assumir a própria 
natureza. O ginseng também é uma boa aposta para efeitos mais 
controlados e suaves, que restauram o equilíbrio normal perdido 
durante a TPM. A Angélica (Angelica sinensis) equilibra o fluxo 
menstrual e estimula a fertilidade. Alivia menstruações dolorosas e 
cólicas. Alivia os sintomas da TPM.
Relacionamento com a Ayurveda: na medicina ayurvédica, o 
agnocasto e a canela são fortalecedores do sistema reprodutor 
feminino e considerados ervas excelentes para tratar as 
dificuldades da menstruação. Recomenda-se preparar uma 
infusão, com a erva à sua escolha, e beber pelo menos 3x por dia. 
Se for possível começar uns dias antes da menstruação, melhor.
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
 Menopausa
O que é: infelizmente, em nossa sociedade “civilizada”, a 
menopausa é vista com horror por muitas mulheres, pois essa é 
uma etapa da vida em que se sentem desvalorizadas como 
mulheres. Elas perdem a atração como objetos sexuais, sua 
função de mãe ou de mãe em potencial na realidade deixa de 
existir, os filhos saíram de casa e seu papel tradicional de apoio ao 
marido em seu esforço para ganhar dinheiro e se estabelecer 
quase sempre está concluído. Como tendemos a compor a nossa 
identidade a partir de papéis definidos socialmente, tudo indica 
que resta muito pouca coisa quando esses papéis alcançaram 
seus objetivos. Acontece, porém, que não somos apenas papéis 
definidos socialmente! 
A menopausa pode ser uma grande dádiva na vida de uma 
mulher, uma libertação, uma iniciação. Ela é uma oportunidade 
para a mulher reavaliar o seu propósito de vida.
72
13
Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Além das mudanças psicológicas associadas à menopausa, 
ocorrem também alterações hormonais, ou seja, manifestações 
físicas que podem levar a sintomas angustiantes. Distúrbios 
devidos às alterações hormonais, problemas relacionados com a 
mudança na autoimagem e a resistência a essa mudança podem 
influenciar-se mutuamente e gerar esses sintomas psicológicos. 
Ervas/Fitoterápicos mais indicados: Artemísia, lavanda, sálvia, 
gerânio, açafrão da índia, ginseng, pueraria mirifica, erva-doce, 
amora.
Recomendações de uso: 1 parte de sálvia + 1 parte de pueraria 
mirifica + 1 parte de água (infusão).
Beber de 2 a 3x por dia.
Você pode substituir por chás de gengibre e canela ou com a 
artemísia pura. Lembrando sempre de não adoçar.
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Doenças que podem ser tratadas com a fitoterapia
Relacionamento com a Medicina Chinesa: aipo e agrião, tanto em 
sua forma pura como chás são boas opções para aliviar os 
sintomas da menopausa. Fitoterápicos manipulados após uma 
avaliação com base na medicina chinesa também podem ajudar. 
Ervas como Tribulus terrestris e maca peruana aumentam os níveis 
de testosterona e melhoram o desempenho sexual. O gengibre 
(Ginger officinalis) trata os sintomas menopausais associados com 
os fogachos e sudoreses noturnas, mas deve ser evitado por 
mulheres com pressão alta. A artemísia segue sendo uma ótima 
indicação para tratar a depressão da menopausa, se esta estiver 
num nível moderado. E por fim, a canela (Cinnamomum), que agirá 
nos níveis sanguíneos de glicose, auxiliando no controle do peso.
Relacionamento com a Ayurveda: buscando equilibrar o 
chamado fogacho, calor excessivo decorrente da menopausa e da 
nova adaptação do corpo à ausência de menstruação, a medicina 
ayurveda indica a sálvia como uma das melhores plantas para 
trabalhar tanto a questão da febre interna quanto do emocional 
abalado pelas mudanças no corpo. Recomenda-se uma infusão de 
sálvia, de 3g a 5g para uma xícara de água. Tomar de preferência 
quente, três vezes ao dia. Massagens e sauna terapêutica com o 
óleo essencial de sálvia também são indicados nesta fase 
delicada.
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ATENÇÃO!
Posologia e validade (regra geral)
Nos tratamentos prolongados (com mais de 3 meses), tomar o 
preparo por 20 dias, descansar 7 e repetir mais 20 dias. Trocar a 
fórmula usada a cada 20 dias para evitar sobrecarregar o seu 
sistema.
A regra geral é que haja melhoras em no máximo duas semanas, 
levando em consideração que doenças mais específicas, como 
artrite, por exemplo, requerem um tempo mais prolongado.
Atenção à validade dos chás depois de prontos!
O chá deve ser consumido no mesmo dia de seu preparo. Não 
deve ser adoçado. Pode ser guardado em geladeira no dia do 
preparo e desprezado ao final de 12 horas.
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Cuidados e contraindicações
Respeite as dosagens indicadas para cada planta, evite 
superdosagens. Fique atento aos nomes científicos das plantas 
explanadas na apostila, que serão destacados a seguir.
Aipo (Apium graveolens)
Cuidados e contraindicações: contraindicado na gravidez e para 
pessoas com problemas renais.
Alecrim (Rosmarinus officinalis)
Cuidados e contraindicações: em doses elevadas pode causar 
irritação gastrointestinal. Evitar o consumo à noite, pois pode 
prejudicar o sono. É contraindicado em caso de gravidez, histórico 
de convulsões, gastroenterite.
Alcaçuz (Glycyrrhizaglabra)
Cuidados e contraindicações: o alcaçuz é considerado de baixa 
toxicidade, porém deve ser usado com cautela por pacientes com 
histórico de hipertensão arterial e diabetes.
Alfazema/Lavanda (Lavandula angustifolia)
Cuidados e contraindicações: em excesso, causa sonolência.
Anis-estrelado (Illicium verum)
Cuidados e contraindicações: em doses elevadas ou após uso 
prolongado, o anis-estrelado pode ser tóxico e provocar desde 
náuseas e vômitos até casos de delírios e convulsões. Em crianças, 
o uso deve ser ainda mais controlado, pois os riscos de efeitos 
colaterais são ainda maiores.
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Cuidados e contraindicações
Amargosa (Azadirachta indica)
Cuidados e contraindicações: contraindicado na gravidez e 
durante a lactação.
Arnica (Arnica montana)
Cuidados e contraindicações: Não utilizar por um período superior 
a 7 dias pois o uso prolongado pode provocar reações do tipo 
dermatite de contato.
Artemísia (Artemisia annua)
Cuidados e contraindicações: doses excessivas podem provocar 
neurotoxicidade. Pessoas alérgicas a essa planta ou seu pólen 
devem ter cuidado. Não ingerir crua. Mulheres grávidas ou que 
amamentam devem evitar. Em excesso, causa excitação do 
sistema nervoso central, vasodilatação, convulsões e problemas 
mentais e psíquicos.
Babosa (Aloe vera)
Cuidados e contraindicações: em excesso, pode causar distúrbios 
gastrointestinais, como dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. 
O seu uso prolongado poderá causar prisão de ventre e irritação 
renal. Contraindicado para mulheres grávidas, idosos e pessoas 
que utilizam medicamentos para controlar a pressão arterial e para 
tratar problemas do coração.
Bardana (Arctium lappa)
Cuidados e contraindicações: contraindicada para grávidas, 
crianças e pessoas com diarreia.
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Cuidados e contraindicações
Boldo (Plectranthus barbatus)
Cuidados e contraindicações: não deve ser utilizado por gestantes, 
lactantes, crianças e portadores de obstrução das vias biliares ou 
cálculos biliares (pedra na vesícula). Não usar no caso de 
tratamento com metronidazol ou dissulfiram, medicamentos 
depressores do sistema nervoso central (SNC) e anti-hipertensivos. 
Doses acima das recomendadas e utilizadas por um período maior 
do que o recomendado podem causar irritação gástrica.
Calêndula (Calendula officinalis)
Cuidados e contraindicações: contraindicado o uso interno durante 
a gravidez e lactação. 
Camomila (Matricaria recutita)
Cuidados e contraindicações: podem ocorrer reações alérgicas 
ocasionais. Em casos de superdose, pode ocorrer o aparecimento 
de náuseas, excitação nervosa e insônia.
Canela (Cinnamomum verum)
Cuidados e contraindicações: não utilizar na gravidez. Podem 
ocorrer reações alérgicas de pele e mucosas.
Capim-limão (Cymbopogon citratus)
Cuidados e contraindicações: pode potencializar o efeito de 
medicamentos sedativos. Contraindicado o uso interno durante a 
gravidez.
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Cuidados e contraindicações
Catinga-de-bode (Ageratum conyzoides)
Cuidados e contraindicações: deve ser utilizado com cuidado, pois 
o consumo em excesso pode levar ao aumento da pressão arterial 
e causar danos ao fígado. Não é recomendado para pessoas 
diabéticas, com problemas no fígado, gestantes, lactantes e 
crianças.
Coentro (Coriandrum sativum)
Cuidados e contraindicações: deve ser evitado por gestantes, 
idosos, bebês, pessoas que fazem uso de anticoagulantes e 
pessoas com problemas respiratórios, como asma e bronquite.
Confrei (Symphytum officinale)
Cuidados e contraindicações: contraindicado durante a gravidez 
ou para mulheres em fase de lactação. Também deve ser evitada 
em pessoas com doenças hepáticas e renais, câncer e em 
crianças.
Damiana (Turnera diffusa)
Cuidados e contraindicações: em excesso, pode provocar 
ansiedade, insônia, taquicardia, irritação no intestino e sobrecarga 
no fígado. O uso é contraindicado para grávidas, lactantes e 
pessoas que sofrem de hipoglicemia ou problemas cardiológicos.
Dente-de-leão (Taraxacum officinale)
Cuidados e contraindicações: contraindicado para pacientes com 
hipertensão descontrolada, esofagite ou hérnia de hiato. 
79
Cuidados e contraindicações
Equinácea (Echinacea purpurea)
Cuidados e contraindicações: em excesso, provoca náuseas, 
tonturas e reações alérgicas, diarreia, desorientação, boca seca, 
insônia, dores musculares e vômitos. Não é recomendada para 
grávidas ou lactantes nem para crianças menores de 12 anos.
Erva-baleeira (Varronia curassavica)
Cuidados e contraindicações: seu uso não é recomendado na 
gestação e lactação. Uso contínuo máximo de 4 semanas.
Erva-cidreira (Melissa officinalis)
Cuidados e contraindicações: não é indicada para gestantes, 
lactantes e crianças com menos de 12 anos. Pessoas com 
hipotensão e hipotireoidismo também devem evitar o consumo 
desta planta.
Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum)
Cuidados e contraindicações: mulheres grávidas e amamentando 
não devem tomar a erva-de-são-joão. Além disso, a 
erva-de-são-joão pode causar infertilidade, portanto não tome se 
estiver tentando engravidar ou se tem problemas de fertilidade. 
Pessoas com esquizofrenia e Mal de Alzheimer também podem 
sofrer pioras em seus estados ao tomar a erva-de-são-joão.
Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia)
Cuidados e contraindicações: contraindicada durante a gravidez, 
por lactantes (reduz a secreção láctea) e por crianças menores de 
6 anos. Pode haver interação medicamentosa com antibióticos e 
barbitúricos. 80
Cuidados e contraindicações
Funcho (Foeniculum vulgare)
Cuidados e contraindicações: contraindicado na gravidez e para 
pessoas asmáticas. Em excesso, pode causar convulsões.
Gengibre (Zingiber officinale)
Cuidados e contraindicações: não utilizar em gravidez e lactação 
em doses maiores que 1 colher de café por dia (0,5 g). Não utilizar 
para crianças menores de 6 anos. Contraindicado seu uso para 
pessoas com úlcera péptica, colite, doença hepática, cálculo biliar, 
hipertensão arterial ou concomitante com anticoagulantes.
Ginseng (Panax ginseng)
Cuidados e contraindicações: contraindicado para pessoas que 
possuem doenças cardíacas, mulheres grávidas ou durante a 
amamentação.
Guaco (Mikania glomerata Spreng)
Cuidados e contraindicações: contraindicado para pessoas com 
doenças no fígado, que utilizam anticoagulantes, para crianças 
menores de 1 ano de idade e grávidas.
Hortelã-pimenta (Menthax piperita)
Cuidados e contraindicações: não deve ser utilizado em casos de 
obstruções biliares, danos hepáticos severos e durante a lactação. 
Na presença de cálculos biliares, consultar profissional de saúde 
antes de usar.
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Cuidados e contraindicações
Kava-kava (Piper methysticum)
Cuidados e contraindicações: contraindicado para mulheres 
grávidas ou amamentando e crianças, pacientes com doença de 
Parkinson, psicose ou depressão.
Malva (Malva sylvestris)
Cuidados e contraindicações: em excesso, é tóxica. Além disso, o 
chá de malva está contraindicado durante a gravidez e a 
amamentação.
Manjericão (Ocimum basilicum)
Cuidados e contraindicações: não deve ser consumido por 
gestantes, mulheres na lactação, crianças abaixo de 12 anos e 
pessoas com pressão muito baixa.
Mil-folhas (Achillea millefolium)
Cuidados e contraindicações: não deve ser utilizado por pessoas 
portadoras de úlcera gástrica ou duodenal ou com oclusão das 
vias biliares.
Mirra (Commiphora myrrha)
Cuidados e contraindicações: contraindicada para mulheres 
grávidas ou em fase de lactação, além de poder interferir no 
tratamento para diabetes, por ter propriedade hipoglicemiante.
Mulungu (Erythrina mulungu)
Cuidados e contraindicações: contraindicado para pessoas que 
usam medicamentos anti-hipertensivos.
82
Cuidados e contraindicações
Orégano (Origanum vulgare)
Cuidados e contraindicações: o orégano é reconhecido como 
seguro para consumo humano. Sensibilidade alérgica é rara, mas 
já foi relatada. Gestantes devem evitar quantidades acima 
daquelas encontradas em alimentos.
Pimenta-preta (Piper nigrum)
Cuidados

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