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REVISÃO DIREITO CONSTITUCIONAL

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REVISÃO DA PROVA PCERJ
Direito Constitucional
· Princípios Fundamentais
Os princípios fundamentais são os princípios estruturantes do Estado brasileiro, escolhido pelo poder constituinte originário, presente no título I da CF, artigos 1º ao 4º. O poder constituinte originário é aquele que cria a CF, que, por sua vez, tem a função de estruturar o Estado.
A ACN (Assembleia Nacional Constituinte) é a materialização de um poder constituinte originário, que tem como resultado a elaboração de uma Constituição do tipo promulgada.
Cláusulas Pétreas:
- Forma Federativa de Estado
- Voto direto, secreto, universal e periódico
- Separação dos Poderes
- Direitos e garantias Individuais
Mnemônicos:
- Forma de Estado – Federação -> O Estado FE.DE
- Forma de Governo – Republica -> A Republica é FO.GO
- Regime Político – Democrático -> Regime é coisa do DEMO
- Sistema de Governo – Presidencialista -> SI.GO o presidente.
Princípio Federativo - É a forma de Estado: Federação (art. 1, caput e art. 18, caput)
O Estado FE.DE
No Artigo inaugural da CF, está determinado que o nome do Estado brasileiro será República Federativa Do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e o DF.
Características existentes das entidades políticas autônomas (União, Estados, DF e Municípios)
Auto-Organização, Auto- Governo, Auto- legislação e auto- administração.
a) Auto organização – é a capacidade que as entidades federativas possuem de se organizarem por Constituições Estaduais e Leis orgânicas.
b) Auto governo – É a capacidade de estruturar os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciaria.
c) Auto Legislação – também denominada de normatização própria, é a capacidade de criar leis (A União cria leis federais, o Estados-membros leis estaduais e o Municípios as leis orgânicas).
d) Auto administração – é a capacidade para auto administrar servidores e bens.
Federação de 3º Grau, por segregação, cooperativa e assimétrica
- A federação é de 3º Grau porque é formada em 3 níveis: Nacional (União), Regional (Estados) e local (Municípios).
- Por Segregação a partir de um movimento CENTRÍFUGO de distribuição do poder com os Estados, municípios, diferente do Estado unitário.
- Cooperativa, porque a federação não é rígida e distribui suas competências comuns aos Estados, Municípios e DF.
- Assimétrica porque o Ente de maior grau, a União, trata desigualmente os entes de menor Grau, os Estados e municípios. Se o Tratamento fosse igual, seria uma federação simétrica. 
Princípio Republicano – Denota a forma de governo que se extrai no artigo 1º da CF
- Forma de Governo -> eletivo, exercício de mandato e dever de prestar contas.
O princípio republicano não é cláusula pétrea
“A República é FO.GO”
Princípio do Estado democrático de direito – Art. 1, Caput, IN FIRE. Denota regime de governo = Regime democrático ou Estado democrático.
“Regime é coisa do DEMO”
No Brasil a espécie democrática é a “democracia semidireta”, conforme a CF Art. 1º.
O Estado de direito é aquele que observa o império da lei, diferentemente do Estado de Polícia, que é sinônimo do Estado absolutista. O Estado de direito é aquele que observa as leis vigentes, o Estado cria a leis, MAS se SUBMETE a elas. A CF atribui poderes ao Estado, mas também limita esses poderes.
Princípio da Soberania popular – Art.1 – ligado ao ideal democrático.
Todo poder emana do povo umbilicalmente ligado ao ideal democrático.
- Democracia e soberania popular são duas faces da mesma moeda “É o governo do povo, pelo povo e para o povo”
O Poder Legislativo – Funções típicas de criar leis e fiscalizar, e atípicas de administrar seus bens e servidores, e também julgar crimes de responsabilidade.
O Poder Executivo – Funções típicas de administrar os recursos públicos disponíveis e também atípicas de julgar processos administrativos e legislar editando medidas provisórias, leis e decreto autônomos.
O Poder judiciário – foi idealizado para exercer a função típicas de julgar, aplicar lei ao caso concreto, também exerce as funções atípicas de editar seus regimentos internos e administrar servidores.
 Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Fundamentos da CF Art.1º
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Soberania – (Ótica interna – poder de impor a ordem, Ótica externa – dever de igualdade entre Estados).
Cidadania – (Sentido amplo – titular dos direitos fundamentais, Sentido estrito – titular de direitos políticos)
Dignidade da pessoa humana – Existência digna
Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa – Opção pelo modelo de economia capitalista.
Pluralismo político – pluralismo de ideias.
Mnemônicos: SO.CI.DI.VAL.PLU
Objetivos da CF Art.3 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
Construir uma sociedade livre, justa e solidária.
Garantir o desenvolvimento nacional.
Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Mnemônicos: CON.GAR.ER.PRO
Princípios regentes das relações internacionais: Art.4º
  Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
Prevalência dos direitos humanos.
Autodeterminação dos povos.
Não Intervenção.
Independência Nacional.
Igualdade entre os Estados.
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
Solução pacífica dos conflitos.
Concessão de asilo político.
Repúdio ao terrorismo e ao racismo.
Defesa da paz.
Mnemônico: P.A.N.I.I.CO.SO.CO.RE.DE
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Teoria geral dos direitos Fundamentais
Direitos e Garantias fundamentais -> “gênero”
Espécies:
- Direitos e deveres individuais e coletivos (Cap. I, art.5º)
- Direitos sociais (Cap. II dos artigos 6º ao 11)
- Nacionalidade (Cap. III, artigos 12 e 13)
- Direitos políticos (Cap. IV, artigos 14 a 16)
- Partidos políticos (Cap. V, art. 17)
Distinção entre direitos e garantias
Os direitos são os próprios bens jurídicos tutelados pela CF:
-Bens jurídicos; Cunho declaratório, Liberdade de locomoção (Art.5º, XV)
Garantias é o instrumento previsto na CF para tutelar, proteger e salvaguardar.
-Instrumentos, Cunho assecuratório, habeas Corpus (art. LXVIII)
Características: 1) Historicidade (evolução), foram sendo criados ao longo da história – 2) Universalidade (destinatários) – 3) Relatividade (não são absolutos) – 4) Irrenunciabilidade: não admite renúncia, no art.196 da CF assegura a todos o direito à saúde pública – 5) Inalienabilidade, os direitos não tem cunho patrimonial, não admite alienação (aluguel, venda, comodato) – 6) Imprescritibilidade: Não se perde pelo decurso do prazo.
Destinatários (universalidade) art.5 – Não apenas brasileiros e estrangeiros residentes, mas também os turistas de passagem pelo país.
Todas as pessoas: físicas (nato ou naturalizado), estrangeiros residentes e em trânsito, inclusive os apátridas (não vota) e jurídicas (inclusive de direito público).
Os direitos e garantias se encontram na 1ª, 2ª e 3ª geração
1ª Geração– (Estado liberal - Liberdade) – Direitos políticos e civis
2ª Geração – (Estado social - Igualdade) – Direito Econômicos, Sociais e Culturais
3ª Geração (Estado social – Fraternidade ou solidariedade) – Direito à preservação do meio ambiente, da autodeterminação dos povos, da paz, do progresso da humanidade do patrimônio histórico e cultural e etc. 
Mnemônicos: 1º ligar o PC, 2º apertar o ESC e 3º colocar o CD
· Direitos e deveres individuais e coletivos
O capítulo I da Constituição Federal é formado por apenas um artigo, o 5º, composto por 78 incisos e quatro parágrafos.
Art. 5 – Todos são iguais perante a lei,sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Vida
Liberdade
Igualdade Incisos do art. 5
Segurança
Propriedade
Os Princípios “direito a vida” = significa permanecer vivo + ter uma vida digna.
Direito a igualdade, art.5, I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos dessa constituição.
Igualdade formal – igualdade perante a lei.
Igualdade material – Distinção de igualdade. Ex.: Os deficientes terem seus direitos reservados, mulheres se aposentar antes.
Princípio Da Reserva Legal – Lei em sentido estrito (Art.59)
Art.5, XXXIX – Não há crime sem lei anteriormente que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
A reserva legal pode ser absoluta ou relativa.
a) Reserva legal absoluta: é exigível lei em sentido estrito para regulamentar toda a matéria.
b) Reserva legal relativa: é exigível lei em sentido estrito para trazer os parâmetros gerais acerca da matéria. É possível a atuação do ato administrativo de cunho normativo, mas apenas para trazer as premissas menores. 
Vedação à tortura e a tratamentos desumano ou degradantes
Art. 5 – Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. (vai ao encontro do direito à vida)
Liberdade de pensamento – Art. 5, IV – É Livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato.
Direito de resposta – Art. 5, V – É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou a imagem.
Prestação de assistência religiosa – Art. 5, VIII – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.
Esse artigo não retira a laicidade do Estado.
Escusa de consciência – Art.5, VIII – ninguém será privado de direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa fixada em lei.
Inviolabilidade domiciliar – Art.5, XI – A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestação de socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
A casa é:
a) Local de habitação unifamiliar;
b) Local de habitação coletiva quando ocupada (por exemplo, um quarto de hotel);
c) O local onde alguém exerce atividade ou profissão com exclusão de terceiros (por exemplo: consultório, escritório)
O que é dia? Para fins da inviolabilidade domiciliar, foram adotados dois critérios:
1- Físico astronômico: Enquanto houver sol.
2- Cronológico: é o intervalo entre 6h e 18h.
Sigilo da correspondência e das comunicações – Art.5, XII – É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. (apenas juiz de competência criminal, essas provas podem ser emprestadas civil e administrativa)
Art.5, XIII – é livre os exercícios de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Liberdade de locomoção – Art.5, XV – É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele podendo entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
Liberdade de Reunião – Art.5, XVI – Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Livre associação – Art.5, XVIII – A criação de associação e na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
Nas associações, as atividades lícitas são sem fim lucrativo. Nas cooperativas as atividades lícitas têm fins lucrativos.
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
-Mandado de segurança coletivo?
Uma associação possui legitimidade para representar judicial e extrajudicialmente os interesses dos seus filiados quando expressamente autorizada por eles. No art.5, LXX, da CF, está disposto que uma associação criada e em funcionamento regular há mais de um ano poderá entrar com um mandado de segurança coletivo.
Requisição administrativa – Art.5, XXV – No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ULTERIOR, se houver dano. (Ulterior=posterior)
Júri Popular – Art.5, XXXVIII – É conhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurado:
a) A plenitude da defesa;
b) O sigilo das votações;
c) A soberania dos vereditos;
d) A competência para julgamentos dos crimes dolosos contra vida.
“a razão da existência do júri popular é julgar crimes dolosos contra vida” no latrocínio a competência é do juiz singular.
Irretroatividade relativa penal – Art.5, XL – A lei penal não retroará, salvo para beneficiar o réu.
Obs.: Se uma lei penal piora a situação do réu, ela só terá ultra-atividade (fatos futuros)
Crimes Imprescritíveis – Art5, XLII e XLIV – A prática do RASCISMO constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão nos termos da lei.
XLIV – Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado democrático.
Obs.: SOMENTE o R.A.Ç.Ã.O (Racismo e ação de grupo armados) serão inafiançáveis e imprescritível.
Terrorismo, tortura, tráfico de drogas e crimes hediondos são inafiançáveis e insuscetível de graça ou anistia, mas prescrevem.
Penas Proibitivas – Art.5, XLVII – Não haverá penas:
a) De morte, salvo em caso de guerra declarada (Externa) (art. 84, XIX)
b) De caráter perpétuo;
c) De trabalhos forçados;
d) De banimento;
e) Cruéis
Obs.: A Guerra civil não é possível pena de morte.
Extradição – Art. 5º - Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado em caso de crime comum praticado antes da naturalização, ou comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
O brasileiro nato não será extraditado em hipótese alguma.
Já o estrangeiro: art. 5 não será concedida extradição por crime político ou de opinião.
Sumula 421, do STF: não impede a extradição a circunstância de ser o extraditado casado(a) com brasileira(o) ou ter filhos brasileiros.
Se o STF for contra a extradição, o PR ficará vinculado, se o STF for a favor, o PR poderá escolher.
Direito ao contraditório e a ampla defesa – (Art.5, LV) Aos litigantes em processos judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meio e recursos a ela inerentes.
Obs.: Contraditório -> ciência do documento e participação contradizendo o documento.
Ampla defesa -> meios e recursos inerentes ao processo.
Obs.: No PAD, a falta de advogado não ofende a constituição.
LV- Direito de defesa no âmbito do inquérito policial, o advogado que representa o investigado tem direito a ter acesso as provas já produzidas, já documentadas, se estiver no curso das investigações e não foram juntadas ao processo, não tem direito a acessar o processo e as provas.
Prisão por dívida (civil)– Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel (se for militar é pena administrativa).
“O STF não considera a prisão civil de infiel depositário”
Obs.: Se a prova abordar que a CF/1988, não haverá prisão por dívida, exceto por pensão e depositário infiel a resposta está correta.
Status dosTratados internacionais sobre direitos humanos
Os tratados internacionais sobre direitos humanos (TIDH) é uma supralegalidade, está abaixo da constituição e acima da lei.
 
 CF
 TIDH
 Leis
Status dos TIDH
TIDH com força de emenda – foi aprovado nas duas casas do congresso nacional por 3/5 dos votos em dois turnos de votação.
TIDH sem força de emenda, ou seja, não foi incorporado pelo artigo 5º, §3, será chamado de supralegalidade.
Os demais tratados têm status de lei: como os tratados comercias
Aplicabilidade imediata dos direitos e garantia fundamentais (art.5,§1)
“As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”.
A defesa do consumidor causa aplicação imediata, que existe na CF desde 1988
Princípio da Celeridade processual (Art.5º, LXXVIII)
“A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Ordem social (Titulo VIII) – Artigos: 193 a 232
Capítulo I – Disposição geral
 II – Seguridade social
 III – Educação, cultura e desporto
 IV- Ciência e tecnologia
 V - Comunicação social
 VI – Meio ambiente
 VII – Família, criança, adolescente, jovem e idoso
 VIII – Índios
Disposições gerais: 
Ordem social Art.193 – A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
Seguridade social
Conceito: A seguridade social é uma rede de proteção social formada pelo Estado e pela própria sociedade para garantir o sustento das pessoas carentes, dos trabalhadores em geral e de seus dependentes, permitindo a todos uma existência digna.
Objetivos da seguridade social
Art. 194 – A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único: Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I – Universalidade da cobertura e do atendimento; (garantir a todos o mínimo necessário)
II – Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – Irredutibilidade do valor dos benefícios (não pode diminuir)
V – Equidade na forma da participação no custeio;
VI – Diversidade da base de financiamento; (sistema de financiamento misto)
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite (participação de 4 elementos), com a participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados.
Fontes de financiamento da seguridade social
A Constituição federal adota como fonte de financiamento para a seguridade social uma abordagem de modelo misto, composto por duas modalidades de financiamento:
Forma direta: pagamento de contribuições sociais.
Forma indireta: recursos orçamentários oriundos da lei das entidades federativas.
Financiadores da seguridade social:
1) Recursos orçamentários da União, dos Estados, do DF e dos municípios.
2) Contribuições sociais:
- Do empregador (incidentes sobre: a folha de salário dos trabalhadores, o faturamento e o lucro)
- Dos trabalhadores e demais segurados da previdência social
- Da receita de concursos de prognósticos (loterias)
- Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Saúde – Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Diretrizes do SUS – Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I- Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II- Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III- Participação da comunidade. Saúde é livre à iniciativa privada.
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
Previdência social – Art. 201. A previdência social será organizada sob forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios contributivo e de filiação obrigatória, observados critério que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I- Cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II- Proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III- Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV- Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V- Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no §2º.
Atenção: Diferentemente dos serviços de saúde pública e da assistência social, para que o cidadão usufrua da previdência social, é necessário que ele seja um contribuinte. Isso se dá devido ao caráter contributivo.
Obs.: Os demais aspectos são abordados em direito Previdenciário.
Assistência social – Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I- A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II- O amparo às crianças e adolescentes carentes;
III- A promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV- A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.
V- A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
RE (recurso extraordinário): 587.970 (com repercussão geral): Os estrangeiros residentes no País são beneficiários da assistência social prevista no art. 203, V, da CF, uma vez atendidos os requisitos constitucionais e legais.
Educação – Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola:
II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III- Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
Súmula vinculante 12: A cobrança de taxa de matricula nas universidades públicas viola o disposto no art.206, IV, da Constituição Federal.
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didática-científica, administrativa e gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§1º É facultado às universidades admitir professor, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.
§2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.
Ciência, tecnologia e inovação – Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação.
§1º A pesquisa científica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista obem público e o progresso da ciência, tecnologia e inovação.
Comunicação social – Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observando o disposto nesta constituição.
(Não se trata de um direito absoluto, respeitando as privacidades e intimidades das pessoas).
Meio ambiente – art. 225. Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
(O meio ambiente é considerado um direito constitucional de terceira geração)
§3º as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentes da obrigação de reparar os danos causados.
Família, criança, adolescente, jovem e idoso – Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§3º para efeito da proteção do estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Atenção: O STF já declarou que as entidades familiares homoafetivas também são consideradas famílias e despõem das mesmas garantias e direitos constitucionais.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a solvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência; crueldade e opressão.
Índios – Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las; proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanentes, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivadas com autorização do congresso nacional, ouvidos as comunidades afetadas.
Conceito e sentidos de constituição
Conceito: A constituição é uma norma jurídica suprema (mais importante) que cria o Estado, atribuindo-lhe poder limitado pela previsão de direitos e garantias fundamentais e pela separação dos poderes. (executivo, legislativo e judiciário)
Sentidos= Concepções
Atenção: Tratando-se de sentidos de Constituição, Ferdinand Lassale, observando a Constituição por um prisma sociológico, atribuiu um sentido sociológico de uma Constituição; já Carl Schimdt atribuiu sentido político de Constituição.
- Sociológico
- Político
- Jurídico
Sentido sociológico – Fernando Lassale (A Essência da Constituição)
Constituição não seria propriamente uma norma jurídica, mas um fato social.
Atenção: Fato social porque a Constituição tem de refletir o somatório dos fatores reais de poder.
- Constituição real (material, efetiva) = soma dos “fatores reais de poder” que regem uma determinada nação (poder econômico, militar, político, religioso e etc.);
- Constituição escrita (formal): “mera folha de papel” (sem força normativa).
Sentido político – Carl Schmidt – (Teoria da Constituição)
Constituição = “decisão política fundamental” (fundamentando as normas mais importantes de um estado) tomada pelo Poder Constituinte originário. (aquele que elabora a constituição)
Atenção: O Poder Constituinte originário é o que elabora a Constituição Federal.
- As outras normas existentes na Constituição são meras “Leis Constitucionais”.
- Dicotomia existente entre as normas materialmente constitucionais e normas formalmente constitucionais.
Normas Materialmente Constitucionais (ligadas a estrutura do Estado)
Conceito: São aqueles que estão diretamente logadas à estruturação do Estado (povo, território, governo, soberania e finalidade).
Exemplo: Títulos I ao IV.
Normas Formalmente Constitucionais:
Conceito: Não se ligam à estruturação do Estado.
Exemplo: art. 242, §2º.
Atenção: Para Carl Schimdt, em sua obra “teoria da Constituição”, as normas que têm conteúdo de Constituição refletem na decisão política fundamental.
Sentido Jurídico – Hans Kelsen (Teoria Pura do Direito)
A Constituição é norma pura sem influência sociológica, política e filosófica.
Atenção: Kelsen procura atribuir um caráter científico para o Direito que, dentro desse caráter científico, tem um objeto de estudo: a norma jurídica.
 A Constituição é norma jurídica pura fundamental do Estado dotada de força normativa.
Atenção: Kelsen contradiz Ferdinand Lassale, defendendo que a Constituição é fruto da decisão política fundamental.
Sentido jurídico positivo: Norma jurídica fundamental, paradigma de validade de todo ordenamento jurídico.
Nesse sentido, a palavra Constituição significa fundamento de validade para toda produção normativa, Kelsen exalta a Constituição e afirma que as leis e os Atos normativos buscam fundamento de validade direto na constituição.
Sentido lógico-jurídico: NFH (norma fundamental hipotética), fundamento de validade da Constituição federal em sentido jurídico positivo, fato imaterial instaurador do processo de criação das normas).
Obs.: Atos administrativos de cunho normativo fundamentam-se nas leis e são chamados atos normativos secundários; as leis são atos normativos primários, que só estarão aptos a fazer efeito no mundo jurídico se compatíveis com o fundamento de validade: a Constituição Federal no sentido jurídico-positivo.
Controle de Constitucionalidade (controle de atos)
Conceito: é o procedimento utilizado para aferir a compatibilidade vertical entre as leis e os atos normativos com seu fundamento de validade, a Constituição Federal.
Pirâmide normativa – Hans Kelsen, na sua obra Teoria Pura do Direito, explicou a ideia de um ordenamento jurídico escalonado: é a pirâmide normativa kelseniana.
De acordo com Kelsen, um ato inferior só tem aptidão para produzir efeitos no mundo jurídico se fundamentado em ato superior. Assim, os atos administrativos de cunho normativo só têm aptidão para produzir efeitos se compatíveis com a lei que eles visam regulamentar. As leis, por sua vez, que são atos normativos primários, só terão eficácia no mundo jurídico se compatíveis com a CF, que é o seu fundamento de validade.
Portanto, controle de constitucionalidade é justamente o conjunto de atos utilizados pelos órgãos estatais, especialmente o Poder Judiciário, mas não só ele, que vão aferir a compatibilidade vertical entre as leis e a CF, seja sob a ótica material, seja sob a ótica formal.
Legislação aplicável – CF/1988
- Lei n. 9868/1999: regulamenta o processo e o julgamento da ADI (ação direta de inconstitucionalidade), ADO (ação direta de inconstitucionalidade).
- Lei n. 9.882/1999: regulamenta o processo e o julgamento da ADPF (Arguição de descumprimento de preceito fundamental).
O que é inconstitucionalidade? É a contrariedade entre as leis e a CF.
Tipos de inconstitucionalidade:
- Por ação ou omissão; Material ou Formal; Total ou Parcial.
Inconstitucionalidade por ação ou omissão:
 - Por ação: é um fazer inconstitucional. Ex.: elaborar uma lei que autorize a pena de morte em situação de paz é matéria que ofende a CF.
- Por omissão: é um nãofazer inconstitucional. Ex.: art. 37, VII:
“O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em leis específicas;”
Positivismos = direito declarados em normas.
Na medida em que o Congresso Nacional deixa de regulamentar o direito de greve dos servidores civis, configura-se uma inação, um não fazer, uma omissão que ofende a CF.
Inconstitucionalidade material ou formal: 
- Material (nonoestática): vício no conteúdo.
- Formal (nomodinâmica): Vício no processo legislativo. A inconstitucionalidade formal pode ser:
a) Subjetiva: vicio na iniciativa. Ex.: o art. 61, §1º, dispões que o rol de matérias ali estabelecido é de competência privativa do Presidente da República. Assim, caso um parlamentar, por exemplo, apresente projeto de lei para criar um ministério, haverá um vício na iniciativa do processo legislativo e se constituirá, portanto, uma ofensa à CF.
b) Objetiva: Vício nas demais fases do processo legislativo. Ex.: o art. 69 da CF determina que lei complementar seja aprovada por maioria absoluta. Se uma LC tramitar pelo CN por maioria simples, configurará, portanto, uma inconstitucionalidade formal objetiva.
c) Orgânica: Vício na repartição de competência para legislar entre os entes federativos. Ex.: o art. 22 traz as competências privativas da União, como é o caso do DP. Caso um estado, por exemplo, crie uma lei estabelecendo um novo tipo penal, haverá uma inconstitucionalidade formal orgânica.
Inconstitucionalidade total e parcial:
- Total: quando a totalidade da lei for inconstitucional.
- Parcial: quando apenas parte da lei for inconstitucional.
Sistemas de controle – Existem três sistemas de controle de constitucionalidade, podendo um país adotar o sistema:
- Jurisdicional (ou judicial): Realizado por órgãos que integram o Poder Judiciário.
- Político: realizado por órgãos que não integram o Poder Judiciário.
- Misto: Parte das leis são fiscalizadas por órgãos que integram o Poder Judiciário e parte por órgãos que não integram o Poder judiciário.
O sistema adotado no Brasil é o Judicial.
Controle político:
CCJs (comissões de Constituição e Justiça da Câmara de Deputados e do Senado Federal): a CCJ deve realizar a aferição de constitucionalidade de um projeto de lei. Trata-se de controle realizado pelo Poder Legislativo.
Veto jurídico, realizado pelo Presidente da República (art. 66, §1º): o veto deve ser sempre expresso e motivado. Nas razões do veto, o Presidente pode ser valer de duas motivações: falta de interesse público e inconstitucionalidade do projeto de lei. Nesse último caso, realiza-se o veto jurídico. Trata-se de controle realizado pelo Poder Executivo.
Súmula 347 do STF: O tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. O Tribunal de Contas é um órgão autônomo, fora da estrutura dos três Poderes, exercendo, portanto, um controle político.
Momento de controle:
Preventivo: sobre um projeto de lei, para evitar que um projeto de lei vire lei inconstitucional.
Legislativo, executivo e jurídico (Única hipótese em que o judiciário realiza controle preventivo: MS (mandado de segurança) impetrado por parlamentar pela inobservância do devido processo legislativo constitucional).
Repressivo: Sobre uma lei (que já existe), momento em que se retira uma lei inconstitucional que já está no ordenamento jurídico.
Legislativo – art. 49, trata das competências do CN, entre elas a de sustar os atos normativos do Poder executivo que exorbitem o poder regulamentar ou lei delegada que ultrapasse os limites da delegação legislativa.
Executivo – Quando o presidente da república nega cumprimento a lei inconstitucional.
Judiciário – função típica de julgar.
TCU – Súmula 347 do STF – controle concreto de constitucionalidade.
Obs.: o controle abstrato (algo que não é concreto) é o realizado sobre lei em tese e apenas pelo STF. O controle exercido pelo TCU é o controle concreto, sobre uma lei já existente, sendo um controle político e repressivo.
Modelos de controle:
Concentrado: realizado pelo STF quando julga ADI (ação direta de Inconstitucionalidade), ADO (ação direta de inconstitucionalidade por omissão), ADC (ação declaratória de Constitucionalidade) e ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental).
Difuso: realizado por todos os juízes (inclusive o STF, não em relação às quatro ações supracitadas, mas analisando outras ações, como mandado de segurança, mandado de injunção, recurso extraordinário e etc.)
Forma de controle
Concreto: Ex.: Lei estadual que altera alíquota do IPVA para 90% do valor do automóvel sendo questionada por um contribuinte. (art. 150, IV da CF)
Abstrato: (lei em tese) Ex.: Lei estadual que altera a alíquota do IPVA para 90% do valor do automóvel sendo questionada pela PGR (art. 150, IV, da CF).
Remédios constitucionais
Conceito: Ainda no artigo 5º da CF – Remédio constitucionais também chamados de tutela constitucional das liberdades. São garantias presentes no artigo 5º da CF que servem para tutelar um determinado direito quando acatado por uma ilegalidade ou abuso de poder.
Obs.: O remédio existe para assegurar a fruição de um determinado direito, para proteger.
São os próprios bens jurídicos tutelados pela Constituição.
Ex.: Vida, liberdade, propriedade e segurança.
São instrumentos previstos na Constituição federal que servem para tutelar um determinado direito.
	Judiciais
	Administrativos
	Poder Judiciário (ações constitucionais)
	Administração Pública
	Habeas Corpus (HC) – possui natureza penal
Mandado de Segurança Individual
Mandado de Segurança Coletivo
Mandado de Injunção Individual
Mandado de Injunção Coletivo
Ação Popular
Habeas Datas – MS, MI, AP e HB possuem natureza civil
	Informação
Petição
Certidão
	Remédios
Habeas Corpus
Art.5º, LXVIII – conceder-se-á HC sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação sem sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Liberdade de locomoção.
Exemplo: Quando uma pessoa está sendo processada criminalmente por um delito cujo pena é multa, não cabe HC, porque não tem restrição de liberdade. Quando uma pessoa está sendo processada criminalmente cuja a pena é pecuniária, não cabe HC.
Espécie: preventivo (salvo-conduto) e repressivo (liberatório).
Habeas corpus repressivo: Quando alguém já sofreu violência ou coação em sua liberdade de locomoção, temos uma espécie de HC repressivo.
Ex.: Quando alguém é chamado para testemunhar em uma CPI do CN, ela tem o dever de dizer a verdade, se tiver culpa, para não se incriminar, impetra um HC preventivo no STF para que a corte autorize que a testemunha compareça à CPI e fique calada.
· Legitimado ativo.: Universal –> Qualquer pessoa física pode entrar com o HC para sua própria liberdade de locomoção, como de terceiros (Ou estrangeiros).
 Obs.: Independentemente de capacidade processual -> de advogado.
Obs.: O estrangeiro que está no território nacional e é preso ilegalmente também pode entrar com HC, mas =, se optar por fazer sua própria defesa, segundo o entendimento do STF, deve utilizar o “vernáculo”, ou seja, a língua portuguesa.
Pessoa jurídica não tem liberdade de locomoção, mas pode entrar com HC na qualidade de legitimada ativa, porém o beneficiário da ordem será uma pessoa física.
Ex.: O Gran cursos Online toma conhecimento de que o Professor Luciano Dutra foi preso ilegalmente, mas ele tem que dar aula, então a empresa impetra HC para tutelar a liberdade de locomoção do professor.
Ministério Público – O membro do MP que atua no feito de condição de “custos legis” na condição de fiscal da lei.
Juiz de ofício – O juiz que atua na causa mesmo sem provocação, se ele toma o conhecimento que há a restrição da liberdade de alguém por uma ilegalidade ou abuso de poder, pode de ofício conceder a ordem de HC.
· Legitimado passivo: Autoridade pública ou privada.
Autoridade coatora, aquele que deu a ordem que restringiu ilegalmente ou com abuso de poder a liberdade de locomoção de alguém.
Ex.: I. Um juiz – autoridade pública.
II- Uma pessoaé atropelada e levada as pressas para um hospital particular para ser atendido. Depois de 15 dias ele recebe alta e não tem dinheiro para pagar o hospital. Em um ato de loucura, o diretor do hospital não deixa o paciente sair até que seja paga a dívida. Porem nos Brasil não é possível prisão por dívida civil, salvo por pagamento de pensão, portanto, esse cerceamento de liberdade por dívida é ilegal, inconstitucional feito pelo diretor e pode ser atacado por HC.
Obs.: O HC pode ser expendido no caso de prisão irregular por pagamento de pensão. Mesmo quando usado no processo civil, o HC é penal, sua natureza jurídica é penal.
Atenção com o Arts 142º, §2º “Não caberá habeas corpus em relação a punição disciplinares militares.”
Obs.: O STF aborda que não caberá HC em relação ao mérito da punição disciplinar militar.
· Motivo
Mérito
· Objeto
Obs.: Ato administrativo tem cinco elementos: competência, forma, finalidade, motivo e objeto.
Assim, se o vício estiver na competência: forma, finalidade, cabe HC para combater ilegalidades nas punições disciplinares.
Mando de Segurança Individual
Art. 5º, LXIX – Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.
Objeto: Direito líquido e certo.
Direito líquido e certo: Aquele demonstrado 9de primeira) de plano no momento da impetração da ação por meio de prova documental, dispensando dilação probatória.
Obs.: Se precisar de testemunha, de exames e perícias não é direito líquido e certo.
Ex.: O candidato passa no concurso público, dentro do prazo de validade do concurso, ele tem o direito líquido e certo à nomeação dentro do prazo de validade do certame. Se passa o prazo de validade, começa a contar o prazo decadencial de 120 dias para impetração do mandado de segurança. Assim a pessoa pode entrar com o mandado de segurança e juntar na peça de ingresso os documentos necessários.
· Legitimado ativo: Qualquer pessoa
· Legitimado passivo: autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições.
· Natureza jurídica: Civil (supletiva) – Quando não aparado por HC ou HD.
Mandado de segurança coletivo – Tudo do mandado de segurança individual vale para o coletivo, com a ressalva que no coletivo se está tutelando um direito líquido e certo de uma coletividade.
Art. 5º, LXX – “O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: partido político com representação no CN; Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
Obs.: a representação no CN pode ser por senador ou um deputado. O lapso de temporal de um ano SOMENTE PARA ASSOCIAÇÕES, uma organização SINDICAL desde que foi criada já tem aptidão. É impetrado em face de uma pessoa, não de uma instituição.
Mandado de injunção individual
Art. 5º, LXXI – Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
A falta de uma de uma norma regulamentadora torna inviável o exercício desse direito constitucional, com isso, cabe mandado de injunção.
Objetivo: Suprir a falta de norma regulamentadora.
Obs.: O mandado de injunção sempre será contra uma pessoa pública, única responsável pela criação de lei regulamentadora.
· Legitimado ativo: Qualquer pessoa.
· Legitimado passivo: Autoridade pública (sempre)
· Natureza jurídica: Civil
Mando de injunção coletivo – Suprir a falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício de direitos constitucionais de uma coletividade.
Exemplo: Direito de greve.
· Legitimado ativo: Os mesmos do MS coletivo + defensoria pública
· Legitimado passivo: Autoridade pública (sempre)
· Natureza jurídica: Civil
· Direitos sociais
Título II - Capitulo II – Arts 6º ao 11º - no Título VIII também há direitos sociais.
São de que geração? Os direitos gerais são de 2º geração.
Obs.: A doutrina separa os direitos fundamentais em: 1º, 2º e 3º geração.
Princípios aplicáveis aos direitos sociais
· Princípio da proibição do retrocesso (efeito cliquet)
· Princípio do mínimo existencial
· Princípio da reserva do possível
1- Princípio da proibição do retrocesso – O Estado, no seu dever de concretizar os direitos sociais, só pode avançar, jamais retroceder, salvo a adoção de medidas compensatórias.
Obs.: Os direitos de 1ª geração nascem no contexto de Estado Liberal em contraposição ao Estado Absoluto, no final do séc. XVIII, e o Estado Social nasce no início do séc. XX para assegurar as mesmas oportunidades, pois é um prestador de políticas públicas e, obrigatoriamente, deve sair da sua inércia para garantir os mesmos direitos. Sob esse aspecto, entende-se que o Estado só deve avançar, jamais retroceder.
Ex.: Se o Brasil privatizar as universidades públicas, ofenderá a proibição do retrocesso, porém, caso, no bojo dessa política educacional, o Estado garanta o acesso gratuito às universidades particulares a todos que advirem da escola pública, será caracterizado um avanço.
2- Princípio do mínimo existencial – Significa que o Estado social tem o dever de entregar um rol mínimo de direitos que assegurem a todos uma existência digna.
Obs.: No art. 5º o primeiro direito fundamental, é o direito à vida. E a previsão desse art. é assegurada a todos a permanência da vida digna. O art. 1º, III, dispõe que um fundamento do Estado brasileiro é a dignidade da pessoa humana.
 -> Extraterina
· Permanência da vida
 -> Intraterina
VIDA
· Vida Digna
3- Princípio da Reserva Legal - O Estado social somente realizará a política pública necessária para concretizar os direitos sociais se e quando for financeiramente possível.

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