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PTI - Piracaju - Caos na Metropoli - Ascensao do Poder Paralelo

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1
3
FACULDADE ANHANGUERA.
CURSO SUPERIOR DE GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA
CAOS NA METRÓPOLE DE PIRACAJÚ: A Ascensão Do Poder Paralelo Naquela Localidade.
- PTI (Produção Textual Interdisciplinar Individual)
Cotia (SP)
2022
ANHANGUERA EDUCACIONAL - UNIDERP
UNIDADE DE COTIA
Caos Na Metrópole De Piracajú: A Ascensão Do Poder Paralelo Naquela Localidade.
- PTI
Projeto Textual Interdisciplinar Individual (PTI) apresentada ao Instituto Educacional Anhanguera como requisito obrigatório para os semestres; 2.ºs a 3.º semestre; e que engloba as disciplinas de: Expansão da Criminalidade; Planejamento Estratégico em Segurança; Direitos Humanos e Cidadania; Teoria Geral do Direito Constitucional; Tópicos em Direito Administrativo, Ed - Políticas Públicas do curso Superior de Tecnologia de Segurança Pública.
Tutor: Natalia Aparecida Castanheira
Cotia (SP)
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
1. EXPANSÃO DA CRIMINALIDADE	6
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM SEGURANÇA	9
2.1. Diagrama de Ishikawa – Fluxograma de Espinha de Peixe.	10
3. DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA	12
4. TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL	13
5. TÓPICOS EM DIREITO ADMINISTRATIVO	14
6. EDUCAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS	14
CONCLUSÃO	17
REFERÊNCIAS	18
	
INTRODUÇÃO
A criminalidade sempre esteve caminhando lado-a-lado com a humanidade; evidentemente, em épocas remotas, o crime não tinha o poder que tem hoje, em que em grades metrópoles, mesmo em São Paulo (Capital), o que se viu foi a recente debandada ou o abandono dos usuários de substância entorpecentes – principalmente o crack / crack/cocaine – da região da crackolândia de São Paulo, e segundo há relatos, tanto de policiais, quanto de usuários de entorpecentes que frequentavam aquela região, isto foi um salve, foi uma mensagem de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas. Ou seja, observe-se apenas o poder paralelo do crime, onde eles retiraram os usuários de drogado de uma área problema, que é considerada problema há cerca de 20 anos, e eles – os criminosos – a fizeram isso com apenas um telefonema, ou passando uma comunicação que não seria mais permitido o uso / e venda de drogas, daquele jeito [que era] naquela região.
Considerando isso, tem-se neste presente relatório de PTI – Produção Textual Interdisciplinar Individual – com a temática central: “Estatísticas do caos e a crise da Segurança Pública: o caso fictício da cidade Piracajú”. Sendo que está temática está ainda em plena integração com a SGA, a situação geradora de aprendizado.
A SGA descreve, assim uma situação caótica que é encontrada na cidade metropolitana de Piracajú, onde, todos os dias são observadas cenas de arrastões, além de ocorrerem saques e roubos seguidos de violência, e inclusive latrocínios e homicídios, são, lastimosamente, algo comum na cidade em questão. 
Segundo dados do Fórum de Brasileiro de Segurança Pública, a cidade de Piracajú, ao qual possui 2 milhões de habitantes, aproximadamente – foi a que apresentou um maior aumento incidência de crimes, principalmente da taxa de roubos por cem mil habitantes na comparação entre nos quatro últimos anos, no período compreendido de 2018 e 2020, correspondendo assim um crescimento de quase 40% (quarenta por cento) nestas infrações criminais. No mesmo período de estudo, a taxa de homicídios por cem mil habitantes também cresceu cerca de 25% (vinte e cinco por cento).
Além disto, o agravamento da crise econômica, problemas de administração pública equivocada, e má gestão dos recursos públicos, além de não ter uma política de prevenção de atos criminosos, e uma não inclusão social dos mais necessitados, entre outros motivos, além de tudo isto não ajudar na solução do problema - porque são problemas que não se resolvem – e que apenas acumulam-se, isto é:além este problemas não ser tratados na fonte, na origem, ele se prolongam e se ajuntam a outros problemas que são causados ou são alimentados por estes mesmos problemas originais.
De modo que para se fazer a adequada, além de sucinta apresentação deste relato técnico, que trata de questões de poder paralelo, criminalidade, falta de dignidade humana, problemáticas sociais, descontrole e desgoverno estatual, e etc. Além da questão da imersão total deste estudo na multidisciplinaridade, sendo que para tal se tem o respaldo teórico das seguintes disciplinas:
· Expansão da Criminalidade;
· Planejamento Estratégico em Segurança;
· Direitos Humanos e Cidadania;
· Teoria Geral do Direito Constitucional; 
· Ed. Políticas Públicas; e
· Tópicos em Direito Administrativo.
Além disto, no corrente relatório se faz uso da metodologia científica de revisão de literatura, de natureza descritiva, e que trata sobre a questão do estado inconstitucional das coisas, especialmente dentro de uma metrópole fictícia de Piracajú, onde o poder paralelo, o caos social, a corrupção e a injustiça são as marcas indelével destas grande e decadente sociedade de Piracajú. 
Por fim, com tal relatório o que espera é que o presente estudo esteja vindo a contribuir para uma maior reflexão sobre os direitos dos cidadãos, especialmente das populações de baixa renda, dos moradores das periferias e comunidades (favelas, cabeça de porco, vilinhas e etc.), e que tal estudo sirva de a inspiração da se repensar e se reestruturar as políticas públicas de segurança, assistencial social, inclusão e programas de valorização da dignidade humana. 
E que com isto, o problema da segurança e o alcance do poder paralelo onde o estado não alcance / não chegue, possa de fato cessar e que o e estado possa ser o garantidor dos direitos fundamentais do cidadão e das comunidades.
1. EXPANSÃO DA CRIMINALIDADE
A situação trazida a público neste relato não é inteiramente nova; na verdade, a criminalidade sempre existiu. Quem não se recorda dos clássicos dizeres bíblicos Barrabás, e barrabás; onde o povo da época de Jesus clamou que fosse absolvido o criminoso barrabás e que o Messias fosse posto em crucificação-em referência a um episódio da época em que alguns presos tinham o indulto de suas solturas enquanto que outros eram condenados à forca, a cruz, e etc.
O senso comum diz o mesmo de hoje, onde o cidadão de bem tem que ficar preso em sua casa enquanto que os bandidos ficam em liberdade nas ruas, aprontando as sus maldades para com os outros ou para com a sociedade. Em Piracajú esta situação caótica de descontrole do estado e de estabelecimento do poder paralelo chegou a níveis alarmantes, de violação de direitos humanos, inclusive.
Neste Sentido Silva (2012) fala que uma das opções é a utilização do poder e da simpatia de ONGs, que o poder paralelo pode chegar onde o estado não chega; onde não se pode dizer que as ONGs duelam como poder paralelo, mas que as ONGs são outras formas de poder atuante dentro de uma sociedade, neste sentido acompanhemos:
Uma organização não governamental, popularmente conhecida como ONG, se caracteriza por uma união de cidadãos sem fins lucrativos cuja atuação pode ser em caráter nacional e internacional. Em paralelo ao regime autorizado e coletivo de proteção dos direitos humanos, as ONG’s compõem outros sistemas de controle não autorizados, mas nem por isso menos atuante. Juntamente com os sistemas mundiais e regionais de proteção dos direitos humanos, se destacam também pela forte atuação na recomendação de ações e formulação de cobranças perante os Estados. Vale ressaltar, que várias ONGs são formalmente reconhecidas pela ONU, exercendo influência nas suas decisões. Essas organizações são entidades privadas muito importantes na defesa dos Direitos Humanos, na medida que denunciam violações graves a esses direitos, divulgam documentos internacionais referentes aos mesmos, promovem pesquisas e estudos visando a aperfeiçoar sua proteção e promoção, bem como apresentam sugestões às organizações oficiais especializadas. As ONG’s, associadas ao direito internacional, no momento em que difundem conhecimento e apoio para a organização em suas bases, também permitem, com esta cooperação,a partilha de informações valiosas sobre questões prioritárias das Nações Unidas e a sua difusão a todos os níveis, para atrair a atenção do mundo para assuntos importantes que se colocam à humanidade (SILVA, 2012, p.82).
E claro a atuação de uma ONG não se restringe as de natureza d proteção animal, proteção para a mulher vítima de violência doméstica e tal; ela pode prestar auxílio a várias pessoas em várias situações de risco; entretanto para um ONG de proteção dos direitos humanos poder atuar em Piracajú é necessário que o próprio pessoal da comunidade, honesto e bem intencionado faça parte destas ONG, já que os criminosos são geralmente hostis como pessoal que quer ajudar na favela, exceto é claros e for próprio morador da favela.
A Lei 12.850 (BRASIL, 2013), que traz diversos dispositivos, lenais penais / criminais, como a questão dos policiais infiltrados, do aumento (agravante) de pena quando a organização criminosa ter em seus membros crianças ou adolescentes; e dá definições e traz a previsão de demais providências e crimes desta natureza; entre estas definições está a própria definição de organização criminosa (facção criminal) que se trata da associação de 4 ou mais pessoas para cometerem crimes que tenham previsão de pena superior a quatro anos de detenção.
Assim, o conceito de “poder paralelo” tem total relação com a promulgação da Lei n°. 12.850/2013 (Lei das Organizações Criminosas, que define “organização criminosa” e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas) e a adoção de demais o procedimento criminal, como anova previsão dos policiais infiltrados afim e obter provas para culpar os criminosos em questão: uma vez que policias podem obter e produzir para a adequada realização de seus trabalhos policiais
 Entretanto, há que se observar a crise moral e ética da humanidade, e em especial do Brasil, uma vez que por vezes, o dinheiro, o status, o poder (mesmo que o dinheiro, o status, o poder corrompidos ou paralelos, ilegais) são mais atraentes para as pessoas do que a sinceridade, a honestidade e a ética RACHID (2021).
A seguir são elencadas ao menos três condições capazes de, em tese, influenciar a prática delitiva e aumentar os índices de criminalidade de determinada região:
1. Falta de aceso à melhores condições socioeconômicas;
2. Ilusão ou valorização do que é criminoso, como corrupção de menores (fazendo sexo e dando álcool a menores) é um glamour ou um tipo de status (como obter bens e dinheiro com os negócios sujos, e usar lavagem de dinheiro para fazer este dinheiro parecer “ganho / trabalhado”) e normatização desta anormalidade; e
3. Corrupção e ineficiência do estado brasileiro, ao menos, a constatação de fortes indícios neste sentido de estado corrupto.
Neste sentido, a solução da problemática em questão, para início de conversa, envolve ao menos três grandes áreas de estudo, todas de criminologia, neste caso: áreas bioantropológicas, sociológicas e teoria do conflito social. O modelo teórico de criminologia e Bandeira; Portugal (2017) pode sintetizar tais correlação entre estas áreas do saber envolvidas.
Figura 1: Modelos Teóricos de Criminologia
Fonte: BANDEIRA; PORTUGAL (2017, p. 37).
Assim, percebe-se que a criminalidade não afeta uma área apenas, e que a crise econômica, junto com a perda de receitas (impostos e taxas) dos municípios, junto com a necessidade de as pessoas trabalharem, mas sem emprego e com pouco atividade econômica, as prefeituras e os governos tem menos repassas e isto afeta todo o funcionamento dos serviços públicos.
Entretanto este raciocínio não é inteiramente verdade, o que acontece é que o Governo Federal bate recordes de arrecadação ano a ano; e em 2022 isto não é diferente; todavia, por causa da inflação e do aumento descontrolado dos preços, todos, inclusive o governo está pagando mais caro por mesmo produtos (e serviços), ou produtos (e/ou serviços) de qualidades inferiores. E com a expansão urbana de novos bairros, novas casas, novas escolas, e etc. sempre também constante, então aumenta-se inclusive a necessidade de aumento de procura dos serviços públicos, mas há poucos servidores ou poucos recursos para suprir esta demanda. Resumindo, os poderes públicos ofertam menos serviços públicos do que há demanda sobre eles, sobremaneira, em Piracajú.
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM SEGURANÇA
Quando se fala de situação de caos urbano, o que se vem à mente é uma situação pós-punk, num universo tecnológico, cyber-punk apocalíptica, enfim, tomemos as palavras desespero, angústia], descontrole estatual, cada um por si, e sê seu próprio rei. Não há perspectivas de melhoras em tal situação.
Mas muito engana-se quem pensa que tal cenário de violência e de descontrole de direitos humanos é exclusiva de Piracajú, uma vez que a violência se tornou um debate de nível nacional, já que, infelizmente, todas as regiões do país sofrem com algum tipo de violência, assim sendo um debate que envolve a questão estrutural, e demonstra claramente uma carência de gestão ampla e profissional, principalmente por parte dos políticos. 
O Brasil, sempre teve um histórico de cultura de violência zelada. De acordo com os historiadores Arruda e Piletti (1998) a violência no Brasil sempre foi dentro de casa, e o que se vê hoje é uma violência que alcança praticamente todas as ruas do país. Por exemplo, a mulher sempre sofreu os impactos dos aspectos conservadores do Brasil, entretanto, hoje em dia, a mulher aprecia até de uma certa liberdade na sociedade, e tem a leis que garantem a mulher vários direitos, porém ainda há muito a ser feito, na construção da democracia segura e cidadã que deve ser realizada a cada dia:
No Brasil e em muitos outros países o significado da democracia foi-se ampliando no decorrer do século XX. Ela deixou de ter apenas um sentido jurídico-político e passou a indicar a igualdade de direitos entre todos os membros de uma sociedade, independente de religião, cor, sexo, grau de instrução e condição econômica. Ultimamente, a democracia passou a ser vista também como uma forma de promoção da igualdade de oportunidades econômicas e de distribuição de riqueza, uma vez que a enorme desigualdade existe entre os cidadãos impede que a maioria viva a plenitude dos seus direitos inerentes à cidadania (ARRUDA; PILETTI, 1998, p.405)
Ou seja, quando se diz de democracia de direito, direitos da mulher e de igualdade de direitos entre os cidadãos, em última análise, está a se dizer também de democracia, da construção desta palavra, re-significando-a, no Brasil. Porém, com violência e poder paralelo, não há a plena observação dos direitos humanos.
Assim, para combater a violência é essencial entender aquilo que a causa, de modo que é crucial dissecar/fatiar o problema em pequenas partes para se torne possível ampliar o olhar de compreensão que se lança sobre o problema. 
Neste sentido, uma importante ferramenta neste contexto é o Diagrama de Ishikawa ou também, como é conhecido, Diagrama de Causa e Efeito ou digrama de Espinha de Peixe. Trata-se de uma ferramenta gráfica que busca representar, na intenção de auxiliar a levantar as causas-raízes, de uma problemática, suas causas, seus efeitos e suas respectivas correlações.
2.1. Diagrama de Ishikawa – Fluxograma de Espinha de Peixe.
O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta demonstrativa, que se é severamente é utilizada pela gestão administrativa, juntamente com demais técnicas de gestão, para o efetivo controle da Qualidade, sendo ainda que alguns autores chamam este diagrama de "Espinha-de-peixe" ou "Diagrama dos 6Ms" (Medidas ou Medição; Mão de obras; Métodos; Máquinas; Meio Ambiente; Materiais ou Matéria-Prima).
Na situação-problema tratada na Figura 02 temos nove sub-causas (três circunstâncias de cada uma das três condições-problema). E igualmente nove sugestões de melhorias.
· Causa A: Sócio econômico: problemas educacionais graves, analfabetismo funcional, apadrinhamento, e desigualdade social, além de crise financeira ou recessão econômica; 
·Causa B: Vislumbre criminal: fácil acesso a criminalidade (ampla porta entrada criminal), valorização do gangster (jogos como GTA, Saint Row) e da cultura criminal, longo braço do crime, pois onde o estado não chega o crime está; 
· Causa C: Corrupção do Estado: as leis nem sempre são cumpridas, há muito lobby e muita influência / pouca transparência neste meio público, e além da Crise da administração pública; 
· Efeito D: assim, precisa ter uma Maior e melhor distribuição de emprego e renda; maior inclusão social; e maior atuação de ONGs
· Efeito E: também precisam serem feitos programas para valorização dos trabalhadores, e uso do FGTS para empreender / pagar contas; e
· Efeito F: inclusão de ética na grade comum curricular; além de incentiva programa de dignidade humana; e dar poder as comunidades.
“Observando o recurso gráfico [...], nota-se que o efeito é proveniente de diversas causas. Isso significa que é exatamente sobre elas que se deve agir para que o efeito seja adequadamente minimizado ou extinto” (SZABÓ JUNIOR, 2009, p.88). E este tal diagrama nos permite amplamente contemplar a situação no amplo.
Figura 2: Diagrama de Ishikawa da situação descrita: caos na metrópoles. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2022). Adaptado: SZABÓ JUNIOR (2009).
3. DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
Abertamente falando em termos históricos, e citando os grandes historiadores Arruda e Piletti (1998) os conceitos envolvendo os direitos humanos vieram a começar a ser pensados a, mundialmente, à partir do final da segunda guerra mundial, onde os horrores da guerra, os terríveis experimentos nazistas, as manipulações da mídia e a corrupção dos governos mostraram que os tribunais de guerra não mais eram suficientes para imputar responsabilidade sobre os crimes de tais naturezas bélicas macabros; assim surgiu a evolução do conceito de Direitos Universais, Dignidade Humana, Solidariedade e entre os povos (a própria ONU surgir em 1945 no pós-guerra) e valorização humana. 
Acompanhemos a definição da ONU, pela própria organização das Nações Unidas do Brasil (2020):
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento marco na história dos direitos humanos. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de dezembro de 1948, por meio da Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. Ela estabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos. Desde sua adoção, em 1948, a DUDH foi traduzida em mais de 500 idiomas – o documento mais traduzido do mundo – e inspirou as constituições de muitos Estados e democracias recentes (ONU, BRASIL, 2020, endereço eletrônico).
Especificamente em se tratando de Piracajú, os fatos dos moradores das comunidades mais carentes não podem ir e vir, e exercer assim seu direito de locomoção, ou o fato deles ter de prestar esclarecimentos ao crime, ou seja, rompendo o pressuposto de que todos são inocentes até que se prove o contrário, enfim, tudo isto são violações atestadas da dignidade humana e do disposto na F88 (BRASIL, 1988).
Então, há ainda a questão absurda da dignidade humana e da polícia ter de respeitar isto, mas alguns saudosistas e retrógrados querem que volte a ditadura e que polícia mate, com mote: bandido, bandido bom é bandido morto. Claro que isto é um absurdo e não é assim não que se resolve estes tipos de situações estruturais, pois isso geraria, ao menos uma guerra civil inaceitável entre os povos brasileiros. 
4. TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL
O ramo do direito constitucional remonta-se, as suas origens, na buscadas garantas mínimas e essências das pessoas; e ele tem as suas causas pétreas, isto é, as bases fortes de sua legislação digna e cidadã, que não podem simplesmente serem ignorados nem desprezadas, e muito pelo contrário, tais causas pétreas devem serem respeitadas sempre, de acordo com suas ordens de valor hierárquicas. Onde a dignidade humana é um sobre direito ou um sobre princípio:
[Assim] considerado um sobre princípio. Isso porque, pode ser considerada como o fundamento último do Estado brasileiro. Ela é o valor-fonte a determinar a interpretação e a aplicação da Constituição, assim como a atuação de todos os poderes públicos que compõem a República Federativa do Brasil. Em síntese, o Estado brasileiro existe para garantir e promover a dignidade de todas as pessoas, de forma universal (MASCARO, 2017, p.33.)
Assim, os direitos fundamentais podem ser encontrados no Inciso IV do §4º do art. 60, sendo que estes remetem ao artigo 5.º da CF88 (Brasil, 1988), de acordo com o entendimento acadêmico em evidência.
Mas outros autores têm entendimentos ligeiramente diferente deste, onde por se usar apenas esta definição pode ser uma atitude é perigosa, porque ela não considera as hierarquias, uma vez que coloca direitos equivalentes em situação de igualdade de direitos fundamentais, em patamares distintos de proteção e amparo (ANDRADE, 2009).
Por exemplo, pegue-se a situação do crack/cocaína que não foi elencada como uma das causas do fluxograma de Ishikawa deste presente estudo, mas bem que poderia ser, onde a pessoa drogada, um paranoico, ou noia como se diz no popular, pode vir a praticar atos delitivos em razão de necessidade de sustentar os eu vício químico, as suas dependência; assim, o ato de prender o viciado ou apenas tirar (ou tentar tirar a) droga da circulação jamais vai ser a solução, que no caso, a solução deveria ser tratar da drogadicção, dar dignidade à pessoa e etc.
5. TÓPICOS EM DIREITO ADMINISTRATIVO
No que toca a questão de tópicos de direito administrativo, envolvendo a situação caótica na metrópole e Piracajú, há que se mencionar que a questão da violência no município de Piracajú, que se dá, dentre outros fatores, por causa da ausência de investimentos nos setores de segurança pública. Neste sentido, o Estado, do qual pertence o munícipio, por meio da Secretaria de Segurança Pública, contratou cerca de 270 câmeras de monitoramento a serem implementadas nos próximos seis meses. As câmeras devem atender a alguns requisitos de tecnologia, tais como o fornecimento de imagens em tempo real; o registro facial em alta qualidade; alta capacidade de zoom e resolução de imagem, além de permitir a conversão de imagens em dados editáveis por computador e o monitoramento de grandes ambientes. 
Na intenção de realizar a contratação, a Comissão de Licitação foi designada com o propósito de elaborar o edital licitatório. Um dos membros da Comissão levantou a questão de que se tratava, na verdade, de hipótese de licitação inexigível, já que na região de Piracajú havia apenas três empresas aptas a contratar com o Poder Público o objeto da licitação. Independentemente disso, o instrumento convocatório (edital público) foi elaborado e devidamente publicado. Abrindo assim o processo de contratação de serviço público.
Após a finalização do procedimento licitatório e com a consequente celebração do contrato administrativo, ficou verificado que há indícios que houve um direcionamento da licitação, no sentido de favorecer determinada empresa cuja proprietária tem um certo grau parentesco com o Secretário de Segurança Pública do Estado e com o prefeito de Piracajú. Já que a estratégia usada foi a de exigir qualificações técnicas muito específicas – só que não necessárias ao processo licitatório em questão – para a contratação, beneficiando uma das empresas participantes. 
Sendo que não procede a questão levantada, por um integrante da Comissão de licitação, de que se tratava de licitação inexigível. Sim poderia ter sido feito por outra modalidade, já que na região haviam apenas três empresas aptas a tal, poderia ter sido feito carta-convite, mas a ampla concorrência não deixa de ser algo adequado ao poder público, desde que haja lisura e que não sejam estipuladas clausuras contratuais absurdas de licitação que só venham a favoreceruma só empresa. 
De todo modo, esta licitação é totalmente questionável no poder judiciário, sendo que na tramitação normal na esfera administrativa, os concorrentes desta licitação devem acionar o setor de contratos, compras e licitação da prefeitura e comunicar que houve indícios defraude processual na licitação e a partir daí é cancelar a licitação em questão e abrir novo processo licitatório, com novas regras.
Recorrentemente, nestes casos costuma-se evocar a Lei 8.429 (BRASIL,1992), em seus artgs.10 e 11. Porém, tais artigos estão revogados, nos termos das Leis 11.107 (BRASIL, 2005), Lei. 14.230 (BRASIL,2021) e a Lei 13.019 (BRASIL,2014), entre outras.
Além disto, com o advento da pandemia COVID-19, e as emendas constitucionais, em especial a EC n. º 119 (BRASIL,2022) há a questão de não poder imputar responsabilidade e excessiva a agentes públicos, em razão da época da pandemia.
Então, apesar de haver bases legais para imputar improbidade administrativa aos agentes que cometeram excessos nesta licitação em questão, na atual estrutura legal, é muito pouco provável que os agentes sejam condenados, e o que pode acontecer é só declarar inválido a aquele edital e abrir novo certame de licitação pública.
6. EDUCAÇÃO POLÍTICAS PÚBLICAS
Com a questão da Covid-19, ficou mais nítida a questão de que o Brasil vive uma espécie de estado inconstitucional das coisas, no meio prisional, ou mesmo na própria sociedade, o que mais se observa é que o Brasil, ainda mais a região de Piracajú, ainda vive um estado de coisas fora de si, e ter todos os seus direitos resguardados (enquanto cidadão, enquanto detento) ainda é uma exceção raríssima, e não a regra do sistema brasileiro.
O Estado de Coisas Inconstitucional (ECI) é um instituto criado pela Corte Constitucional Colombiana e declarado quando a Corte se depara com uma situação de violação massiva e generalizada de direitos fundamentais que afeta um número amplo de pessoas. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da medida cautelar na ADPF347/DF, que trata sobre as condições desumanas do sistema carcerário brasileiro, inovou ao apresentar esse instituto ao ordenamento jurídico do país. [...] levantar a discussão sobre a declaração do ECI no Brasil, procurando verificar quais as possíveis consequências do uso dessa ferramenta pelo Supremo Tribunal Federal em ações que envolvem a implementação de políticas públicas. [...] necessário apoiar-se em normas, jurisprudência e doutrina sobre a proteção a direitos fundamentais [...]. Diante disso, foi possível perceber o crescimento do papel do Judiciário em prol dos direitos fundamentais, o que traz uma nova configuração ao princípio da separação dos poderes. A declaração de um estado de coisas inconstitucional permite que o Poder Judiciário entre em diálogo com os demais Poderes, estipulando e acompanhado medidas em busca da efetivação de direitos fundamentais (GONÇALVES, 2016, endereço eletrônico)
Assim, observando atentamente os regimentos do Estado brasileiro, e considerando o processo de licitação das 270 câmeras para serem implantados na cidade de Piracajú, observa-se que sim, que alguns preceitos constitucionais, principalmente da imparcialidade, ou melhor, da impessoalidade da eficiência do poder público não foi observado neste caso, especialmente considerando os termos do artigo 37 da CF 88 (Brasil, 1988).
Assim, além dos demais concorrentes do processo licitatório em questão, ou concorrentes que não puderam participar do certame, a população pode propor (ação judicial) uma ação civil pública haja vista o estado caótico da cidade as suspeitas de não lisuras no processo de licitação que iria ajudar neste problemática, segundo o governo; entretanto, é sabido que o poder público tem certas liberdades ou dispõe de certos atos de discricionariedade dentro de suas gestões ou administrações.
CONCLUSÃO
Por aquilo o que fora exposto, ficou evidenciado que a situação no município de Piracajú é uma das mais graves possíveis. O poder paralelo está muito fortalecido naquela região, não há emprego e renda em quantidades suficientes para prover dignidade humana a todas as famílias, há indícios de corrupção ou esquemas de favorecimento tanto no governo estadual quanto municipal, não estão assegurados os direitos de ir e vir dos moradores das comunidades carentes e etc.
Em circunstância do advento da pandemia que atormentou todo o mundo no começo da década de 20 do século XXI, algumas leis e emendas constitucionais foram aprovadas no sentido de permitir uma maior flexibilização dos trabalhos e das decisões de servidores e cargos em comissão públicos, a fim deque eles não sofram severas punições por erros cometidos nesta época; entretanto a situação de caos urbano no município de Piracajú é tão aterrorizadora que alguma medida sanitária, que vem a coibir este tipo de prática, isto deveria ser tomada para apurar porque houve estes indícios de favorecimento a empresa de câmera de segurança que tem parentes com o perfeito e com secretário de segurança pública do Estado, da cidade de Piracajú.
Entretanto, deve-se ser lembrado que o direito à vida, a dignidade humana, a segurança entre outros, estão entre os direitos fundamentais dos seres humanos, e a Constituição da república federativa do Brasil dá as garantias legais de que os cidadãos (e mesmo detentos) devem ser tratados com dignidade, como todos os demais brasileiros, e que o Estado simplesmente não pode permitir que situações totalmente fora do contexto constitucional continuem acontecendo, em especial, situações que atentam contra o direito de ir e vir das pessoas e situações que dão glória o poder paralelo do crime.
Deste modo, este presente estudo demonstrou que nada adianta comprar câmera, melhor equipar as polícias, e investir em inteligência policial e de agentes públicos administrativos, e se as medidas de prevenção ao crime, e o fomento de ONGs que valorizam a dignidade humana não acontecerem em conjunto, ou seja: ações de prevenção e corretivas - ambas são as soluções do problema.
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, Fábio de Andrade. As causas pétreas como instrumentos de proteção dos direitos fundamentais. Revista de Informação Legislativa. Brasília (DF): 2009, ano corrido 46, num. 181 jan. / mar. 2009. Pp. 207-226. Versão online. Disponível em <www2.senado.leg.br> Acesso em 01 de abr. de 2022. Site de Senado Brasileiro. 
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MASCARO, Luiz Fernando Conde Bandini. Direito Constitucional. – Londrina (PR): Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
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SILVA, Rafael Alves. Direitos Humanos e Cidadania. Rafael Alves da Silva. Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, 2012.114p. (Material didático. Curso de Serviço Social). Acesso em 30 de abr. de 2022. www.unimes.com.br 
SZABÓ JUNIOR, Adalberto Mohai. Guia prático de Planejamento e Gestão Ambiental. São Paulo (SP): Ed. Rideel, 2009.

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