controladoria

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A controladoria é uma atividade com origem nos primórdios da humanidade. Desde que se pensa a necessidade de abastecimento dos mantimentos mais básicos de uma sociedade, começam a surgir formas de controle. Entre as alternativas abaixo, escolha a que representa o maior avanço histórico nas atividades de controle contábil:
Você acertou!
D. 
A invenção do sistema decimal com o número zero pelos árabes, levada ao Ocidente em 1202.
O grande divisor de águas da contabilidade foi a adoção do sistema decimal com número zero. Antes disso, as sociedades organizavam formas de controle, mas com limitações. A adoção do zero permitiu cálculos com números fracionados, conversão de moedas e de medidas, entre inúmeras outras possibilidades. As sociedades do Egito Antigo e de Roma e os povos que inventariavam os espólios de guerra foram ícones marcantes da pré-história da controladoria pública. Estabeleceram práticas e instituições, como a Casa das Contas, o Tesouro Público e os inventários, que atendiam às demandas próprias dessas sociedades, mas não tiveram o potencial de estabelecer métodos padronizados que extrapolassem espaço e tempo. Suas atividades contábeis, pelas limitações da inexistência do algarismo zero, eram restritas. Por isso, essas instituições e práticas da pré-história da contabilidade não se equiparam ao potencial avanço que o controle ganhou após a aplicação do conhecimento matemático. A publicação de Paccioli também é um grande marco, mas só existiu em decorrência da descoberta do zero e de suas aplicações.
2. 
O sistema de controle público do Brasil apresentou grandes evoluções a partir do século XX, visto que noções de administração pública foram sendo adotadas ao longo dos governos. A Constituição Federal de 1988 foi um grande marco na controladoria pública brasileira, pois reforça e amplia seu papel. Qual foi a importância da Constituição Federal de 1988 na mudança da percepção sobre o papel da controladoria pública?
Você acertou!
A. 
A Constituição Federal de 1988 instituiu instrumentos de planejamento, ampliando o papel da controlaria para além do controle orçamentário.
A Constituição Federal de 1988 (CF88) ampliou o papel da controladoria, o que veio a ser reiterado por novas leis como a Lei de Responsabilidade Fiscal. A CF88, uma vez que dispôs os instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA) como obrigatórios, amplia a noção de orçamento para orçamento-programa. Com isso, o papel da controladoria foi ampliado, indo além da fiscalização orçamentária e dando apoio às atividades de planejamento. A CF88 também dispõe sobre o controle externo, mas este é realizado pelo Poder Legislativo, com o apoio dos Tribunais de Conta, sobre o Executivo. Antes da CF88, as controladorias tinham o papel de controle das contas públicas, e não de investigação de denúncias. Aliás, o estabelecimento de ouvidorias é uma prática que só passa a ser realmente importante a partir da CF88, com as noções de controle social e transparência. A responsabilização, com a publicação e assinatura do relatório de gestão, foi regulamentada pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e não pela CF88. E, embora a CF88 estabeleça o controle social, a Controladoria-Geral da União não foi uma instituição criada por ela, e sim por uma lei de 2003.
3. 
Alguns conceitos são importantes para o entendimento dos objetivos e funções da controladoria pública, incluindo os princípios da administração pública. Entre os princípios da administração pública, qual traz consigo a noção de controle social?
Você acertou!
D. 
Publicidade.
O princípio da publicidade é o mais próximo da noção de controle social, segundo o qual todos os atos do governo devem ser de conhecimento da sociedade, com transparência e acessibilidade. O controle da sociedade sobre as ações do governo só pode ser levado adiante quando esta detém as informações para exercê-lo. Os outros princípios, embora também devam ser assegurados pela controladoria pública, não se referem diretamente ao controle social. A legalidade se trata de cumprir o que é disposto em lei; a impessoalidade é zelar para que interesses pessoais do gestor não sejam privilegiados e garantir que os servidores estão submetidos ao controle; moralidade significa assegurar a conduta honesta dos servidores, evitando ilicitudes; e eficiência significa zelar pela otimização da execução do planejamento.
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Uma controladoria planejou seu organograma de forma que existam cinco gerências:
1) Acompanhamento de Contratos e Convênios
2) Auditoria
3) Planejamento governamental
4) Gerência Orçamentária e Financeira
5) Transparência e Ouvidoria
O controlador fez questão de estabelecer setores para cada um desses assuntos e assegurar que entre eles se mantivesse igualdade hierárquica no órgão. Qual princípio de controladoria pública esse controlador está pondo em prática?​​​​​​​
Você acertou!
C. 
Segregação de funções.
O princípio praticado na organização da controladoria foi a segregação de funções. Este considera que assuntos de diferentes naturezas sejam tratados por setores específicos e nenhum deles deve tomar as atribuições de outros, tampouco anulá-las. A qualificação adequada e o rodízio de funcionário referem-se à seleção e ao treinamento da equipe, estabelecendo rodízio de funções, com vistas a reduzir fraudes. A definição de responsabilidades deve elaborar estatuto, manuais de procedimentos e organogramas para clareza de funções e hierarquias; o controle sobre as transações deve estabelecer processos de acompanhamento da contabilidade, finanças e operacionalidade; a relação custo-benefício da ação de controle serve para ponderar o custo de um controle em relação aos benefícios que ele pode proporcionar.
A definição de controle interno evoluiu bastante ao longo da história. Hoje, a teoria e a legislação defendem uma controladoria pública com objetivos ampliados, que não se limitam às funções contábeis e orçamentárias. Nas alternativas a seguir, você vai ver exemplos de controladorias. Selecione aquela que melhor enquadra suas ações nos objetivos que essa instituição deve cumprir:
Você acertou!
C. 
A controladoria do Município C apoia a elaboração dos PPA, LDO e LOA e acompanha sua execução. Alerta o prefeito se o cumprimento se dá conforme o previsto. Também opera no sentido de identificar irregularidades, informando aos órgãos competentes.
A única controladoria que corresponde aos objetivos corretos de um órgão de controle público é a do Município C. Ela apoia a elaboração dos instrumentos de planejamento e orçamento, faz o acompanhamento preventivo, alertando o gestor para alterações no curso do planejamento, e identifica irregularidades, informando os órgãos competentes. A controladoria do Município A erra quando restringe suas atividades à realização de auditorias, que só apontam as falhas de governo quando já foram cometidas. O Município B mantém unidades de controle descoordenadas, isoladas em cada secretaria, sem a capacidade de coordenar e sistematizar as informações para observar a administração pública como um todo. Isoladas em cada secretaria, as unidades de controle ficam sujeitas à hierarquia dos secretários. A controladoria do Município D, ao atender a qualquer solicitação do prefeito, não mantém sua autonomia e independência, sujeitando-se à hierarquia e lógicas políticas, que podem inclusive ser imorais. A controladoria do Município E erra quando disponibiliza o relatório de forma impressa, quando deve fazê-lo também em meios eletrônicos e digitais.