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Processos Psicológicos Básicos Prof. Saulo Missiaggia Velasco Plano de Ensino Aspectos conceituais e metodológicos dos processos psicológicos básicos: sensação, percepção, memória, estados de consciência, motivação, emoção, pensamento e linguagem II – Objetivos Gerais Identificação e descrição dos processos psicológicos básicos em pesquisa e intervenção psicológica, por meio de exemplos cotidianos e situações. I – Ementa III – Objetivos Específicos Desenvolver as habilidades de identificar, caracterizar e descrever de forma objetiva: relações entre contextos e processos psicológicos manifestações verbais e corporais como fontes primárias de acesso a estados subjetivos métodos de investigação científica utilizados no estudo dos processos psicológicos básicos. IV – Conteúdo Programático PERCEPÇÃO – percepção de formas, padrões, objetos, cores, profundidade, distância e movimento; ilusão, constância e predisposição perceptivas; atenção. MEMÓRIA – codificação, armazenamento e recuperação de informações; esquecimento. ESTADOS DE CONSCIÊNCIA – vigília, sono e sonhos; estados alterados de consciência. MOTIVAÇÃO – conceitos motivacionais: instintos, impulsos, incentivos, hierarquia de necessidades; motivação da fome; motivação sexual. EMOÇÃO – componentes da emoção: fisiológicos, cognitivos e comportamentais; comunicação não verbal; aspectos biológicos e culturais da expressão emocional; teorias sobre emoção. PENSAMENTO E LINGUAGEM – conceitos; resolução de problemas; tomada de decisão e julgamento; relação entre pensamento e linguagem. V – Estratégia de Trabalho Aulas teóricas: aulas expositivas sobre o conteúdo Debates: discussões mediadas pelo professor, de 20 a 30 minutos, sobre tema relacionado à aula. Tema distribuído na semana anterior. Alunos devem acessar bibliografia indicada ou pesquisar material extra para embasar sua argumentação Trabalhos práticos: Alunos farão em grupo um trabalho por bimestre. Atividades práticas realizadas fora do contexto escolar. Apresentação em sala para ilustrar os conceitos e expor resultados. V – Habilidades Treinadas Formular de problemas de pesquisa Instruir, observar e coletar relatos Tabular dados, levantar hipóteses e sintetizar dados Apresentar em público Redigir relatórios científicos VI – Avaliação Provas bimestrais individuais valendo até 10 (dez) pontos, com peso 7 (sete). Execução e apresentação das atividades práticas em grupo valendo até 10 (dez) pontos, com peso 3 (três). Notas bimestrais (NP1 e NP2) obtidas a partir da equação: nota bimestral = (Nota da Prova X 0,7) + (Nota das Atividades Práticas X 0,3) Média do semestre será calculada de acordo com o Regulamento da UNIP. VII – Bibliografia Básica MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2006. ATKINSON, R. L. et al. Introdução à Psicologia. 13ª ed. Porto Alegre: ARTMED, 2002. WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002. VII – Bibliografia Complementar GAZZANIGA, M. S. & HEATHERTON, T. F. Ciência Psicológica: mente, cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005. GIGERENZER, G. O poder da intuição: o inconsciente dita as melhores decisões. Rio de Janeiro: BestSeller, 2009. GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. SACKS, O. O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. 1ª ed. São Paulo: Companhia da Letras, 1997. SACKS, O. Um antropólogo em Marte: sete histórias paradoxais. 1ª ed. São Paulo: Companhia da Letras, 1995. A Psicologia Científica O que é Psicologia? Ciência do comportamento e dos processos mentais Comportamento e processos mentais: Funções do organismo que estabelecem o intercâmbio do sujeito com o mundo Ambiente Organismo Noção de ambiente é ampla! Interno vs. Externo Físico vs. Social Natural vs. Construído 12 Psicologia: Estudo das Interações Porque uma ciência psicológica? Desenvolvimento científico desigual Domínio sobre a natureza Dificuldade em lidar com problemas humanos e sociais Sucesso dos métodos científicos em outros domínios Por que não uma abordagem científica do comportamento e dos processos mentais? 14 Nascimento da psicologia Proposta de abordagem experimental, científica dos processos mentais Wilhelm Wundt: 1º laboratório de psicologia em 1879 Decompor a mente em seus elementos básicos sensação é o principal Determinar do modo como os elementos se conectam leis da conexão ou associação de ideias Busca pelos processos fisiológicos subjacentes aos processos psicológicos O que é ciência? Ciência é mais que a mera descrição dos acontecimentos à medida em que ocorrem É mostrar que certos acontecimentos estão relacionados com outros: Busca por ordem, uniformidade, regularidade Busca por relações causa/efeito Desenvolvimento de práticas de intervenção para solucionar problemas humanos 16 Busca por causas Causas do comportamento são buscadas desde sempre: Onde e como são buscadas as causas? Qual é a natureza das causas? Podemos ter acesso a elas? Podemos alterá-las? Causas do comportamento Força divina Força das marés Posição dos astros Mês do nascimento Vontade Desejo Emoções/sentimentos Livre arbítrio Senso comum Crenças Linguagem Valores Paralisam a busca Adicionam elos inobserváveis Natureza distinta HÁ MUITO O QUE DESAPRENDER! Qualquer evento que coincida com o comportamento é tomado como causa. 18 Contradições Eventos naturais são determinados mas o comportamento humano não Comportamento animal é determinado mas o o comportamento humano não Comportamento humano é determinado só em parte Culpa, responsabilidade e mérito A ciência psicológica Suposições sobre o objeto: Complexo (deferente de espontâneo) Ordenado e determinado Suas causas podem ser identificadas e influenciadas. Objetivos: Prever e influenciar o comportamento a partir da identificação das condições que o afetam Se quisermos desfrutar das vantagens de uma ciência do comportamento, precisamos aceitar/assumir algumas suposições: A ciência não só descreve ela prevê Futuro pode ser manipulado 20 Níveis de Análise Biológico Psicológico Sociocultural Cada nível é extremamente importante Mas, isoladamente, todos são incompletos Medo como exemplo 21 Comportamento ou processos mentais Influências Biológicas: Seleção natural de características adaptativas Predisposição genética para responder ao ambiente Mecanismos cerebrais Influências hormonais Influências Psicológicas: Aprendizagem de novos comportamentos e emoções Processamento, armazenamento e recuperação de informações Influências socioculturais: Presença de outras pessoas Influencia de pares e outros grupos Valores e crenças da culturais e familiares Padrões culturais impostas (mídia) Abordagem Biopsicossocial Interação dinâmica e contínua entre os três níveis de análise Cada nível complementa o outro Debate inato vs. aprendido faz sentido? Gêmeos idênticos podem ter personalidade diferentes embora se assemelhem em muitos aspectos comportamentais Gêmeos podem ter traços de personalidade semelhantes, embora sejam diferentes em muitos aspectos comportamentais 23 Neurociência: mecanismos cerebrais ativados durante a agressão Evolucionista: função adaptativa da agressividade para sobrevivência da espécie Genética: influencia da hereditariedade nas diferenças de temperamento Psicodinâmica: agressão como maneira de extravasar uma hostilidade inconsciente Comportamental: condições ambientais históricas e atuais que geraram a agressão Cognitiva: percepção distorcida da situação gerou agressão Sociocultural: manifestação da agressividade difere entre culturas e contextos sociais Atitudes científicas Curiosidade, ceticismo e humildade Tratar de fatos e não do que se diz sobre eles Aceitar fatos mesmo quando contradizem nossas crenças, expectativas e desejos Ficar sem resposta até que se encontre uma satisfatória Evitar conclusões precipitadas Duvidar até da ciência 25 Juízo e intuição A familiaridade com o comportamento e os processos mentais traz perigosos e enganos Sem observação e registro sistemáticos, não podemos ver ordem nos fatos Verdadeiro ou falso? Para tornar um comportamento duradouro deve-se recompensá-lo sempre e não de vez em quando Pacientes que tiveram o cérebro dividido ao meio sobrevivem e funcionam normalmente Experiência traumáticas são reprimidas na memória Crianças abusadas sexualmente têm grandes chances de se tornarem abusadores no futuro Testes de detecção de mentira mentem frequentemente O ser humano usa apenas 10% do seu cérebro ( F ) ( V ) ( F ) ( F ) ( V ) ( F ) Pensamento crítico Como eles sabem disso? Quais são os interesses de quem divulgou? A conclusão é baseada em intuição, caso isolado ou evidência científica? A evidência justifica a conclusão de causa e efeito? Que explicações alternativas seriam possíveis? Descobertas inusitadas da psicologia Grande perda de tecido cerebral na infância possuem efeitos mínimos a longo prazo Com dias de nascido, o bebê já reconhece o cheiro e a voz da mãe Aplicação de choque elétrico no cérebro é eficaz no tratamento de depressão grave Nível de felicidade não depende do sexo, idade, classe socioeconômica e capacidade física Crenças populares desmascaradas Experiências passadas não estão registradas literalmente no cérebro Técnicas de hipnose não podem fazer a pessoa “voltar e fita” e reviver memórias reprimidas Geralmente, os opostos não se atraem Como os psicólogos formulam e respondem questões Teoria Científica Organiza e conecta fatos observados por meio de princípios explicativos integrados Possibilita previsões sobre comportamentos e outros eventos Uma boa teoria produz predições testáveis Direciona pesquisas para testá-la Especifica os resultados que irão confirmar ou refutá-la Método Científico Processo autocorretivo Avaliar ideias com observação e análise Submeter suposições e previsões teóricas a testes empíricos Se as previsões fracassam, a teoria é reavaliada ou rejeitada (1) Teoria: Sono melhora a memória (2) Hipótese: Pessoas lembram menos do dia anterior quando estão privadas de sono (3) Pesquisa e observações: Dar materiais de estudo para as pessoas antes de (a) uma longa noite de sono ou (b) de uma curta noite de sono. Despois, testar a memória. leva a leva a Confirmar, rejeitar ou revisar Método Descritivo Estudos de caso Análise de indivíduos especiais Observações naturalísticas Observar e registrar o comportamento natural de muitos indivíduos Levantamentos e entrevistas Formular perguntas às pessoas e coletar respostas Método Correlacional Medida do grau em que dois eventos variam em conjunto e quanto um prediz o outro. Exemplo: QI e desempenho escolar Stress e câncer Baixa autoestima e depressão (1) Baixa autoestima Depressão (2) Depressão Baixa autoestima (3) Eventos aversivos ou predisposição biológica Baixa autoestima Depressão Pode causar Pode causar Pode causar ou ou e Três possíveis relações de causa e efeito 37 Correlação vs. causalidade Venda de creme de leite correlaciona com mortes por acidente de moto Correlação vs. causalidade Morte de pessoas por queda de cadeira de rodas correlaciona com preço de batata frita Correlação vs. causalidade Número de filmes estralados por Nicolas Cage correlaciona com número de pessoas afogadas em piscinas Método Experimental Manipulação de variáveis Variáveis estranhas controladas Variáveis de experimentais introduzidas diretamente Variáveis de observação medidas precisamente Demonstração clara de relações causa/efeito Comparações entre grupos Grupo Experimental Grupo Controle Contato com a variável analisada Diferença se deve à variável manipulada? Distribuição aleatória Aumentar amostra Comparações estatísticas Comparações entre condições Condição Controle Condição Experimental Contato com a variável analisada Mudança se deve à variável manipulada, à passagem do tempo ou a outras variáveis desconhecidas? Reverter as condições Condição Controle Temas e perguntas da psicologia Temas de estudo: Sensação, percepção, memória, consciência, motivação, aprendizagem, emoção, pensamento, linguagem, resolução de problemas, delírio, criatividade, inteligência... Perguntas: Quais são as relações sujeito/ambiente presentes em cada um desses exemplos? Como tais relações se constituíram e como se mantém? Biologia da mente Biopsicologia Tudo que é psicológico é também biológico Pensamentos Humor Sentimentos Desejos Amamos, rimos e choramos com o corpo Descobertas O corpo é composto de células Entre elas estão as células nervosas Sistemas cerebrais específicos exercem funções específicas O cérebro adaptativo é ativado pela experiência Informações processadas em diferentes sistemas são integradas para construir a experiência Mente Aquilo que cérebro faz, é comportamento Portanto, é relação organismo/ambiente Processos psicológicos estabelecem o intercâmbio do sujeito com o mundo Neurônios Células responsáveis pelas recepção, transporte e processamento e armazenamento de informações Neurônios sensoriais Transportam informações dos receptores sensoriais para o cérebro e a medula espinhal Neurônios motores Transportam informações do cérebro e da medula espinhal para músculos e glândulas Interneurônios Processam a informação no cérebro e na medula espinhal, atuando entre as entradas sensoriais e as saídas motoras Blocos de construção do sistema nervoso 49 Neurônio Dendritos (recebem mensagens de outras células) Axônio (passa mensagens do corpo celular para outros neurônios, músculos e glândula) Bainha de mielina (Cobre o axônio e ajuda a acelerar a velocidade dos impulsos neurais) Impulso neural ou potencial de ação (sinal elétrico viajando através do axônio) Terminais do axônio (formam conexões com outras células) Corpo celular (centro vital da célula) 50 Comunicação de neurônios: Sinapses Axônios falam, dendritos escutam 1. Impulsos elétricos (potenciais de ação) viajam pelo axônio de um neurônio até alcançar um minúscula junção conhecida como sinapse. 2. Quando o potencial de ação alcança o terminal de um axônio, estimula a liberação de neurotransmissores que cruzam a fenda sináptica e se ligam aos receptores no neurônio seguinte, produzindo ou inibindo um novo potencial de ação. 3. O neurônio normalmente reabsorve os neurotransmissores excedentes Recaptação Receptores Neurotransmissor Fenda sináptica Neurônio emissor Neurônio emissor Potencial de ação Potencial de ação Sinapse Terminal do axônio Neurônio receptor Agonistas e antagonistas Receptores Neurotransmissor Fenda sináptica Neurônio emissor Potencial de ação Neurônio receptor Vesículas contendo neurotransmissores Neurotransmissores carregam uma mensagem de um neurônio, através de uma sinapse, para os receptores de outro neurônio. Droga Abre Abre Receptor Neurotransmissor abre o receptor Agonista abre o receptor fingindo ser neurotransmissor Antagonista bloqueia o receptor Sistema nervoso Media a relação organismo/ambiente Sistema nervoso central (SNC) Cérebro e medula espinhal Se comunica com os receptores sensoriais, os músculos e as glândulas por meio do sistema nervoso periférico Sistema nervoso periférico (SNP) Controla músculos, glândulas e dos órgãos internos Sistema nervoso Sistema nervoso periférico Sistema nervoso central Sistema nervoso Periférico Central (cérebro e medula espinhal) Somático (controle voluntários dos músculos) Autônomo (controle de glândulas e órgãos internos) Simpático (ativação) Parassimpático (relaxamento) Medula espinhal Via expressa que conecta o sistema nervoso periférico ao cérebro Fibras neurais ascendentes enviam informações sensoriais Fibras descendentes devolvem informações de controle motor Reflexos Cérebro Centro de processamento de informações e controle das funções orgânicas e psicológicas Altamente especializado e diferenciado Tronco encefálico e tálamo Funções vitais Medula Ponte Tronco encefálico Formação reticular Tálamo Painel de comando sensorial Cerebelo Cerebelo Medula espinhal Aprendizagem não verbal Memória Coordenação do movimento Cálculo do tempo Emoções Sistema límbico Memória Motivação Emoções Hipocampo Hipotálamo Hipófise Amígdala Córtex Cerebral Centro supremo de controle e processamento de informações Funções motoras Funções sensoriais Áreas de associação Córtex motor e sensorial Saída: Córtex motor Entrada: Córtex sensorial Polegar Dedos Mão Braço Quadril Pescoço Tronco Joelho Perna Pé Dedos do pé Genitais Olho Nariz Rosto Lábios Dentes Maxilar Língua Polegar Dedos Punho Braço Quadril Tronco Joelho Tornozelo Dedos do pé Olho Sobrancelha Rosto Lábios Maxilar Língua Deglutição Pescoço Sensação de tato e movimento Centro de controle final e de processamento de informações Áreas do corpo que requerem controle mais preciso ocupam maior espaço cortical Quanto mais sensível a área do corpo, maior a área do córtex sensorial dedicada a ela 62 Córtex visual e auditivo Córtex auditivo Córtex Visual Estimulando essas áreas podemos ver cores e ouvir sons Sensação e percepção Sensação vs. percepção Sensação Processo pelo qual os receptores sensoriais e o sistema nervoso recebem e transformam energias de estímulos do ambiente Percepção Processo de organização e interpretação das informações sensoriais Sensação e percepção Sensação e percepção processo contínuo Reduzimos a velocidade para estudar suas partes Processamento bottom-up Começa com a estimulação dos sentidos e termina na integração cerebral da informação sensorial Processamento top-down Processamento de informação guiado por processos mentais superiores (percepções baseadas na experiência e expectativas) Sentidos Visão Luz Audição Som Olfato Odor Paladar Sabor Pressão Tato Temperatura Dor Características comuns dos sentidos Transdução Limiares Absolutos vs. Diferenciais Adaptação sensorial Transdução Processo de conversão de uma forma de energia em outra Nossos sentidos: Recebem estimulação por meio de células receptivas Transformam essa estimulação em impulsos neurais Enviam a informação neural ao cérebro Limiares Estímulo é a parte do ambiente capaz de afetar nossos sentidos Não são estímulos para os humanos: Raio x, ondas de rádio, luzes ultravioleta e infravermelha, ondas sonoras de frequências muito altas ou muito baixas, magnetismo... Mesmo os estímulos para os quais possuímos receptores sensoriais precisam ultrapassar determinada intensidade para nos afetar Limiar absoluto Estimulação mínima necessária para detectarmos um estímulo em 50% das vezes Chama de uma vela à 55 Km Asa de uma abelha na bochecha Uma gota de perfume em uma casa de 6 quartos Um colher de chá de açúcar em 7,5 l de água O tique e taque de um relógio de pulso à 7 m Percepção passível de descrição consciente Detecção de sinais A percepção de um estímulo não depende só de sua intensidade Depende também do estado psicológico do sujeito Experiência Expectativa Motivação Estado de alerta Varia de indivíduo para indivíduo, de momento para momento Mais vale um um pássaro na na mão do que dois voando Estímulos subliminares Estímulos detectados menos de 50% das vezes Abaixo do liminar absoluto de percepção Podem ser percebidos de modo inconsciente Mas têm pouco ou nenhum efeito sugestivo Efeitos são transitórios Estímulos subliminares Baixo Absoluto Médio Intensidade do estímulo Estímulo subliminar Porcentagem de detecção correta Pré-ativação (priming) Limiar diferencial Diferença mínima entre dois estímulos necessária para a detecção em 50% das vezes Diferença apenas perceptível (DAP) Segundo a lei de Weber para que sua diferença seja perceptível, dois estímulos precisam diferir em uma proporção constante Limiar diferencial Qualidade Diferença mínimaperceptível Intensidadede luz 8% Intensidadede som 5% Frequência de som 1% Concentração de odor 15% Concentração de sal 20% Peso levantado 2% Choqueelétrico 1% Adaptação sensorial Diminuição da nossa sensibilidade a um estímulo constante Nossas células nervosas disparam com menor frequência Nos libera para focar em mudanças informativas no ambiente (novidade) Nos impede de distrair com estimulação constante não informativa Adaptação sensorial Se olharmos fixamente para um objeto, ele desaparece? Adaptação sensorial Os sentidos Visão Luz branca Parte do espectro visível aos humanos Raios gama Raios X Raios ultra-violeta Raios infra-vermelhos Radar Faixas de transmissão de rádio Comprimento de onda em nanômetros (bilionésimo de metro) Estímulo visual: Energia luminosa (eletromagnética) O Que vemos não é cor, mas pulsos de energia eletromagnética 91 Características perceptíveis da luz Comprimento de onda curto = frequência alta (cores azuladas) Comprimento de onda longo = frequência baixa (cores avermelhadas) Grande amplitude = intensidade alta (cores brilhantes) Pequena amplitude = intensidade baixa (cores opacas) O olho Cristalino Pupila Íris Fóvea (ponto de foco central) Córnea Ponto cego Nervo óptico em direção ao córtex visual do cérebro Retina 93 Cone Bastonetes Impulso neural Luz Corte transversal da retina Nervo óptico Em direção ao córtex visual cerebral via tálamo 1. Luz entra no olho e desencadeia reação fotoquímica nos bastonetes e cones 2. A reação química ativa as células bipolares 3. Células bipolares ativam, as células ganglionares, cujos axônios convergem para formar o nervo óptico que transmite informações ao córtex visual no cérebro (via tálamo) O olho não vê nada, quem vê é o cérebro 94 Receptores no olho humano Cones Bastonetes Número 6 milhões 120 milhões Localização na retina Centro Periferia Sensibilidade na penumbra Baixa Alta Sensibilidade à cor Alta Baixa Sensibilidade a detalhes Alta Baixa A visão Córtex visual Retina Nervo óptico Área visual do tálamo Reconhecimento Faces Casas Cadeiras Casas e cadeiras Audição Características da onda sonora Um ciclo Frequência OUVIDO EXTERNO OUVIDO MÉDIO OUVIDO INTERNO Ondas sonoras Canal auditivo Ossos do ouvido médio Canais semicirculares Osso Nervo auditivo Cóclea Janela oval (onde está o estribo) Tímpano Martelo Bigorna Cóclea Tímpano Estribo Janela oval Movimento do líquido na cóclea Células ciliadas Fibras nervosas em direção ao nervo auditivo Nervo auditivo Córtex auditivo (lobo temporal) Ondas sonoras Células ciliadas Olfato Bulbo olfativo Bulbo olfativo Nervo olfativo Células receptoras na membrana olfativa Moléculas odoríferas Células receptoras olfativas Células receptoras olfativas Osso 1. Moléculas odoríferas ligam-se aos receptores 2. Células receptoras olfativas são ativadas e enviam sinais elétricos 3. Sinais são transportados via axônios que convergem 4. Sinais são transmitidos para regiões superiores do cérebro Ar carregado de moléculas odoríferas Paladar Função de sobrevivência dos saboresbásicos Sabor Indica Doce Fonte de energia Salgado Sódio essencial para os processos fisiológicos Azedo Ácido potencialmentetóxico Amargo Potencialmente venenoso Umami Proteínas para o crescimento e a reparação dos tecidos Língua Papilas gustativas Pressão e Vibração Toque leve Estiramento da pele Sensação de movimento Pressão e textura Glândula sudorípara Gordura subcutânea Terminações nervosas livres Temperatura e dor Epiderme Tato Visão Audição Olfato Paladar Tato Sistema sensorial Fonte Receptores Visão Ondas de luz queatingem o olho Cones e bastonetes na retina Audição Ondas sonoras que atingem o ouvido Células ciliares cocleares no ouvido interno Olfato Moléculas químicas inspiradas pelo nariz Milhões de receptores na cavidade nasal superior Paladar Moléculas químicas na boca Receptoresda língua para doce, salgado, azedo, amargo eumami Tato Pressão, calor e frio na pela Receptores napele detectores de pressão, calor, frio e dor Propriocepção (sensação do corpo) Qualquer mudança na posição de partes do corpo Sensores cenestésicos ao longo do corpo Sentido vestibular (equilíbrio) Movimento doslíquidos no ouvido médio causado pelo movimento da cabeça/corpo Receptoresciliados no canal semicircular e sáculo vestibular Resumo dos sentidos Percepção Processo de organização e interpretação das informações sensoriais Guia o comportamento Permite a resolução de problemas Deslocamento (rotas e obstáculos) Manipulação de objetos Tomada de decisão Uso de símbolos Percepção Transforma dados fragmentados coletados pelos sentido em informações integradas com significado Processamento paralelo Cor Movimento Forma Profundidade Cinco processos perceptuais Atenção Quais informações são processadas ou descartadas Localização Onde está o objeto de interesse Reconhecimento Que objeto é esse? Abstração Qual é a característica crítica do objeto Constância Manter a aparência dos objetos constante Atenção Os órgãos sensoriais são constantemente bombardeados de informações do mundo Sem um processo de triagem, seria caótico Processos atencionais selecionam informações relevantes e ignoram informações irrelevantes Atenção seletiva Teste de atenção Três funções atencionais Manter alerta Orientar para a fonte de processamento Regular a manutenção da atenção Percepção de cor Existe sensação de vermelho? Nosso sistema visual transforma comprimento de onda em cores Percepção de cor Todas as cores que vemos podem ser geradas a partir da mistura de três cores básicas Percepção de cor Comprimento de onda (nanômetros) Sensibilidade dos receptores (porcentagem de resposta máxima) Cone “azul” Cone “Verde” Cone “Vermelho” Temos três tipos de receptores A ação conjunta dos três receptores determina a sensação da cor. A luz de um comprimento de onda específico estimula os três receptores em diferentes graus As proporçòes específicas de atividade nos três receptores levam à sensação de uma cor específica 117 Dicromata Teste de daltonismo Detecção de Formas Linha, bordas, ângulos e curvas (estágio primitivo) Estímulo Impulsos nervosos Ligado Desligado Ligado Desligado Ligado Desligado Percepção de forma Distinguir objetos uns dos outros e do fundo Agrupar padrões de características Figura e fundo Separação da informação visual em objetos (figuras) que se destacam de seus arredores (fundos) Figura e fundo Figura e fundo Agrupamento Organização dos estímulos em padrões coerentes Proximidade Semelhança Continuidade Conectividade Fechamento Agrupamento Proximidade Semelhança Continuidade/conectividade Fechamento Fechamento e ilusões Fechamento e ilusões Papel do contexto Percepção de distância Distância / Profundidade Como vemos em 3D se a imagem que entra no olho é projetada na superfície 2D da retina? A retina pode refletir altura e largura diretamente, mas não profundidade Não temos acesso direto a informações 3D O cérebro percebe profundidade organizando e interpretando dicas 2D. Dicas binoculares Por que temos dois olhos em vez de um? Ampliação do campo visual Olhos laterais (360o) Olhos frontais (apontam para a mesma direção) Percepção de profundidade Olhos humanos separados (6 cm) Imagem projetada em cada retina diferente Disparidade binocular Disparidade binocular Eficaz para distâncias curtas (entre 3 e 4 m) Alcance e manipulação de objetos Desvio de obstáculos Estereoscópio Dicas monoculares O sistema visual combina diferentes informações bidimensionais do ambiente para construir percepções de distância e profundidade. Tamanho relativo Tamanho relativo Tamanho relativo Perspectiva linear Altura relativa Perspectiva aérea Sobreposição, altura relativa, 144 Gradiente de textura Luz e sombra Sobreposição Sobreposição Movimento (paralaxe) Percepção de Movimento Percepção de movimento Detecção da trajetória dos objetos Deslocamento da imagem na retina? Objetos que encolhem estão se afastando Objetos que aumentam estão se aproximando Movimento estroboscópico Movimento real Movimento estroboscópico 24 quadro por segundo Movimento real Movimento absoluto Movimento dos olhos Movimento relativo Figura móvel em fundo estático Figura estática em fundo móvel Constância Perceptiva Constância perceptiva Constância de forma e tamanho Percebemos o formato e tamanho como constantes mesmo que o angulo de visão e a distância mude Constância de cor e brilho Percebemos core e brilho como constantes mesmo que a iluminação mude Constância de Forma Constância de tamanho Interação entre dicas. Bolas do mesmo tamanho em perspectiva linear. 189 Diferença física no tamanho Diferença perceptual no tamanho Condição de estímulo Resposta neuronal Constância de cor e claridade Efeito do contexto Atividade prática Formar grupos de 6 pessoas Formular um problema de pesquisa simples e elaborar um hipótese testável Cada aluno deve selecionar pelo menos um participante de pesquisa Apresentar e recolher o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do participante Coletar os dados Coleta de dados O aluno mostra a figura para o participante e pede que ele diga o que viu. O aluno anota as respostas. Se o participante não viu as duas (ou mais) imagens da figura, avisar que tem mais uma imagem que pode ser vista e permitir que ele examine mais um pouco (o aluno deverá ficar atento ao que o participante faz: se gira a figura, se a aproxima e afasta do rosto etc.). Anotar as verbalizações. Caso o participante não identifique todas as imagens, o aluno poderá apontá-las depois de terminada a coleta de dados. Após coletar e registrar as informações, o aluno deverá perguntar ao participante, e anotar, o que influenciou a sua percepção. Atividade prática Objetivo da aplicação: treinar habilidades de instrução, observação e coleta de informações Objetivo da análise: treinar a tabulação de dados, o levantamento de hipóteses e a síntese de dados Objetivo da apresentação: treinar habilidades de apresentação oral em público e de redação de relatórios
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