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Estágio Supervisionado 2022.1
Aula 2 – Práticas de Auditoria Prof. Luciana Braga
Conteúdo da Disciplina
Unidade II – Relatório de Práticas de Auditoria Contábil: NBC TA de Auditoria Independente
de Informação Contábil Histórica e NBC PA do Auditor Independente
2.1 – Conceito e normas de auditoria contábil
2.2 Demonstrações contábeis a serem auditadas
2.3 Planejamento de auditoria
2.4 Tipos de relatórios
2.5 Legislação aplicável ao auditor independente.
 Auditoria Contábil
· É a auditoria que traz a confiabilidade necessária aos demonstrativos contábeis e financeiros; mas, para isso, o auditor segue normas e procedimentos que se aplicam sem interferir no processo administrativo da empresa.
· A auditoria contábil pode contribuir e resguardar os direitos de terceiros, assegurar informações das demonstrações contábeis e financeiras e, assim, reduzir a ineficiência das operações e a prática de atos abusivos.
· Segundo a INTOSAI – Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores, a auditoria “é o exame das operações, atividades e sistemas de de- terminada entidade, com vistas a verificar se são executados ou funcionam em conformidade com determinados objetivos, orçamentos, regras e normas.” Também pode ser conceituada como um processo de análise independente de determinadas situações, com objetivo de criar um parecer em conformidade com padrões, que são denominados de critérios de auditoria.
 Auditoria Contábil x Perícia
· A perícia contábil é a prova dos fatos, já a auditoria é mais revisão, verificação e tende a ser uma necessidade constante repetindo-se periodicamente, com menos rigores metodológicos pois utiliza-se da amostragem.
· A perícia repudia a amostragem como critério e tem caráter de eventualidade e só trabalha com o contexto completo, onde a opinião é expressa com rigores de 100% de análise.
· A formação acadêmica de um perito passa pelas etapas:
· 1º Contador;
· 2º Auditor; e
· 3º Perito.
· Só é possível ser perito o profissional contador que domina as técnicas de auditorias, de perícia e tem algum domínio do direito tributário, bancário, co- mercial, financeiro, penal, administrativo, constitucional, previdenciário, am- biental, trabalhista e processual, condição desejada para se navegar no meio jurídico como auxiliar do juízo. Naturalmente que este conhecimento também é bom para o auditor, mas se exige com mais propriedade do perito, por ser este junto com o juiz o provedor do equilíbrio da Justiça.
· O perito também é visto como cientista, por força do CPC art. art. 145 que trata do perito como sendo um cientista para assistir o juízo em matérias de ciência e tecnologia.
· A auditoria que também vem do ramo de contabilidade, tem como seu destaque, as revisões de procedimentos relativos às atividades de interesse da CVM, pois a lei 6.385-76, art. 26 e 27, enfatizando o registro do profissional na CVM que está normalizando as condições que considera ideais para conceder o registro.
 
 Tipos de Auditoria
· Auditoria Fiscal - é direcionada apenas aos interesses de comprovação tribu- tária. Esses interesses são da União, dos Estados e dos Municípios.
· Existem dois tipos de estrutura de auditoria:
· Interna e
· Externa.
· A auditoria interna é quando a instituição ou empresa tem um departamento de auditoria contábil atuando diariamente. Em geral, é feita por empresas de grande porte ou de mercado aberto. Os acionistas se sentem mais seguros quando há um departamento de auditoria interna que acompanha a empresa o tempo todo e que pode diminuir os riscos de fraudes.
· Auditoria Externa - Todos os profissionais independentes, ou seja, o Auditor Externo Contábil deve conhecer e seguir as normas e as resoluções para a atividade de auditoria.
· Essa pode ser de vários tipos:
· Auditoria das Demonstrações Contábeis – utilizada para as empresas que se enquadram no rol obrigatório (vide próximo slide);
· Tributária;
· Sistemas;
· Compliance;
· Outras.
Obrigatoriedade da Auditoria
· A empresa tem obrigatoriedade de fazer auditoria quando esta for exigida por um dispositivo legal, por órgãos reguladores, por seus credores, entre outros. Também pode ser obrigatória se essa exigência estiver escrita em alguma norma ou procedimento administrativo da empresa.
· Sociedades Anônimas de Capital Aberto – a legislação determina que devem ser auditadas por auditores independentes registrados na CVM – Comissão de Valores Mobiliários. (Lei 6.404/76 art. 177)
· Sociedades Anônimas de Capital Fechado e Sociedades Limitadas de Grande Porte. (Lei 11.638/07)
· Entidades de Fins Filantrópicos – a auditoria é necessária para a obtenção e manutenção do certificado. (Decreto 2.536/1998)
Regulação de Auditoria – Normas Profissionais
· Resolução 1.201/09 – NBC PA 01 -Controle de qualidade para firmas (PF e PJ) de Auditores Independentes
· NBC PA 11-Revisão Externa de Qualidade pelos Pares
· NBC PA 13-Exame de Qualificação Técnica
· Resolução 1.495 -Cadastro Nacional de Auditores
· BC PA 400-Independência para Trabalho de Auditoria e Revisão
· BC PO 900-Independência para Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão
· NBC PA 13-Exame de Qualificação Técnica
Normas de Auditoria
· A auditoria, tanto interna quanto externa, pode seguir as normas nacionais e internacionais, dependendo da estrutura da empresa.
· Se for uma empresa multinacional, é comum que além das normas nacionais utilizem as internacionais para dar credibilidade e também deixar de forma padronizada.
· As normas nacionais seguem o CFC – Conselho Federal de Contabilidade. Os princípios contábeis estão definidos na Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.
· As NBCs – Normas Brasileiras de Contabilidade – classificam-se em Profis- sionais e Técnicas. As Normas Profissionais estabelecem regras de exercício profissional.
Auditoria Contábil – Objetivos
· A auditoria contábil pode ter vários objetivos, mas tudo vai depender da empresa e do auditor. Alguns itens são comuns, pois refletem as normas e o objetivo principal.
· O objetivo principal de qualquer auditoria é expor ou expressar uma opinião sobre o que foi examinado nas demonstrações contábeis. Esse objetivo pode ser descrito pelo auditor através do relatório final da auditoria em que é mencionado a veracidade das informações.
· Toda auditoria deve ser realizada de acordo com as normas. Portanto, o auditor deve, no decorrer do seu trabalho, produzir provas para dar a credibilidade necessária e não levantar dúvidas. Por outro lado, para cumprir com o objetivo proposto, é necessário o mínimo de informações. No caso de não haver informações, isso deve ser relatado para um bom entendimento.
· Em geral, a auditoria tem como objetivo buscar a veracidade das informações apresentadas nas demonstrações contábeis, apontar fraudes ou omissões, se houver. Esse procedimento evita comprometer a empresa com multas, penalidades fiscais ou perda de credibilidade pelos seus acionistas.
Auditoria Contábil – Objetos
· O objeto da auditoria é todo o controle que a empresa possui sobre o seu patrimônio, como registros contábeis, demonstrações financeiras, papéis, planilhas, arquivos e anotações diversas. Informações não documentadas também podem ser utilizadas, desde que sejam seguras pelas evidências ou por indícios convincentes.
· A confiabilidade da opinião do auditor se baseia em fatos comprobatórios, sejam eles documentos físicos ou eletrônicos. A informação não documentada se vale da credibilidade da pessoa que a passou.
PROCEDIMENTOS
· Procedimentos de auditoria são os vários métodos aplicados para cumprir com o objetivo principal. São as técnicas, as ferramentas utilizadas para investigar e reunir as evidências necessárias. As técnicas, porém, não são provas que fundamentam um parecer deauditor. O auditor deve aplicar o procedimento que achar adequado para cada caso, com o objetivo de buscar e encontrar as provas materiais ou informações que comprovem o fato investigado. Dependendo do volume e complexidade de documentos a serem avaliados, o auditor pode fazer a auditoria por amostragem. Cabe ao auditor, com base no seu conhecimento, determinar o número de provas que vão ser examinadas. Procedimentos mais utilizados:
· Exame e contagem física.
· Circularização.
· Conferência de cálculos.
· Inspeção de documentos.
· Averiguação.
· Correlação.
Exame e contagem física
O auditor confronta o que foi declarado nas demonstrações contábeis com a contagem física. Faz isso pessoalmente para constatar a existência do bem. Vendo o bem, o auditor pode analisar se ele está em uso, em condições adequadas, e assim por diante. O exame físico, portanto, abrange a contagem, identificação e verificação de uso do bem.
Alguns exemplos são o estoque, dinheiro em caixa, ações e os bens imobilizados. Para sua veracidade, o exame deve conter algumas características, como:
· Q„ uantidades reais. „
· Constatação visual da existência física.
· Constatação visual do item físico a ser examinado.
· Constatação da autenticidade do item ou objeto. „
· Constatação da qualidade do objeto para saber se está em condições de uso.
Circularização
O auditor utiliza esse procedimento por se referir a bens que estão em poder de terceiros. Porém,
cabe a ele fazer a verificação desses direitos a receber e obrigações. Esses bens são:
· Conta corrente bancária.
· Contas a receber. „
· Estoque em consignação. „
· Títulos em poder de terceiros. „
· Contas a pagar.
· Empréstimos a pagar.
	
	Conferência
É a constatação dos cálculos aritméticos. Esse procedimento é muito utilizado porque praticamente toda operação de uma empresa se baseia em cálculos. O confronto dos registros entre registros e saldos de contas, como outros cálculos, exigem a verificação, mesmo que já tenham sido conferidos pela empresa. O auditor faz vários cálculos baseado nas demonstrações financeiras, pois um erro de cálculo pode mudar as informações em um todo.
O auditor utiliza esse procedimento de cálculos para:
· V„ alores em estoques.
· „Amortização de despesas antecipadas.
· „Depreciação de bens do ativo imobilizado.
· „Juros provisionados.
Inspeção em Documentos
É o procedimento com objetivo de comprovar as operações que legalmente foram oficializadas
por meio de documentos comprobatórios para efetivar essas operações.
Existem dois tipos de documentos: internos e externos. Os documentos in-ternos são produzidos pela empresa, já os externos, por terceiros. A inspeção compreende primeiro a legitimidade do documento, depois a relação desse documento com a transação.
Esse procedimento, o auditor deve observar com muita atenção:
· A legitimidade e autenticidade do documento. „
· Se o documento se refere à operação citada. „
· Se a operação corresponde aos objetivos empresariais.
· Se o documento está devidamente preenchido, com datas válidas, razão social e outros dados
relevantes.
· Se esse registro está adequado em função da documentação examinada e se está registrado contabilmente.
Averiguação
Apesar de o auditor ser um profissional experiente no que vai auditar, é comum surgir dúvidas sobre as transações, pois ele não está no dia a dia da empresa. Então, o auditor esclarece perguntando aos funcionários da empresa, aos clientes, etc. Não deve existir constrangimento em fazer perguntas, pois a técnica de auditoria de averiguação consiste mesmo em o auditor perguntar.
As averiguações, porém, por si só não valem como evidências de auditoria. Essas informações necessitam de confirmação por meio de outros procedimentos de auditoria.
Correlação
Esse	procedimento	nada	mais	é	do	que	conciliar	as	informações para comprovar	o relacionamento harmônico entre elas.
A harmonia entre elas constitui a uniformidade das contas que se relacionam e prova que não existem erros.
Durante o trabalho de auditoria, vão existir serviços que estão ligados a outros setores e que, necessariamente, deverão ser conciliados e verificados para concluir as informações obtidas.
TESTES DE AUDITORIA
Para justificar sua opinião, o auditor precisa obter provas. Essas provas, também chamadas de evidências, são obtidas através dos procedimentos de auditoria, que são as técnicas utilizadas para conseguir evidências suficientes, verdadeiras e adequadas para fundamentar o parecer sobre as demonstrações contábeis auditadas.
As provas são constituídas através de dois testes: os testes de observância e os substantivos. São esses testes que permitem ao auditor obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações no relatório final.
Os testes de observância têm como foco obter a segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão sendo eficazes no seu funcionamento, inclusive quanto à sua aplicação pelos funcionários da empresa.
Já os testes substantivos visam obter evidências quanto à suficiência, exatidão, veracidade e à validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da empresa. Os testes substantivos dividem-se em: „
· Testes de transações e saldos.
· Procedimentos de revisão analítica.
EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA
O auditor deverá obter evidências de auditoria que sejam suficientes, pertinentes e fidedignas, para fundamentar sua opinião, comentários, recomendações e conclusões no relatório final de auditoria. Essas evidências devem fazer parte de seus papéis de trabalho.
As evidências são obtidas durante as atividades de execução dos procedimentos de auditoria, que incluem dois tipos de atividade:
· C„ onfirmar os conhecimentos a respeito dos sistemas operacionais,administrativos e financeiros, e seus procedimentos de controle.
· E„ xecutar os testes exigidos para obtenção de evidência necessária para opinar sobre as operações, relatórios, demonstrativos, orçamentos e outros.
TESTES DE AUDITORIA
Elas também devem atender aos seguintes critérios:
Suficiência: é a medida de relevância e satisfatoriedade da evidência obtida. A importância relativa e o risco determinam o juízo do auditor quanto à suficiência da evidência a ser obtida.
Pertinência: é o grau de concorrência e razoabilidade da evidência, que depende, basicamente, do juízo do auditor. Fidedignidade: refere-se à autenticidade, validade e à exatidão da evidência. Uma evidência será mais ou menos fidedigna, dependendo da sua fonte de obtenção e de sua natureza, ou seja:
· A evidência documental é preferível à evidência testemunhal.
· A evidência obtida através da observação e inspeção do próprio auditor, é preferível à obtida
indiretamente por terceiros.
.
Bibliografia da Aula
· PEREIRA, Vaniza. Fundamentos de Auditoria Contábil – Porto Alegre: SAGAH, 2016
· Brasil, Conselho Federal de Contabilidade. https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-
contabilidade/

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