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Olá, estudante e futuro(a) advogado(a)! Você terá que enfrentar o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil – a nossa tão temida prova – para ingressar nos quadros da OAB. Só que, para que isso ocorra, você deverá, de fato, ser aprovado(a) nas duas fases do exame. Pensando nisso, preparamos um material de apoio para que você possa treinar e gabaritar no dia da sua prova. Caso você tenha alguma di�culdade com essas questões, não se desespere. Iremos superar juntos! Para otimizar os estudos, deixaremos alguns artigos para leitura e como base de apoio, pois o exame da Ordem é lei seca e exige muito treino com as questões das provas passadas. Mapeamos todas as provas da OAB/FGV e listamos os artigos com maiores incidências. Vamos juntos? VOCÊ PRECISA LER: DIREITO PENAL 1 - Teoria da norma: tempo e lugar do crime Arts. 4º, 27, 6º e 1º do Código Penal Art. 228 da Constituição Federal Art. 104 do ECA 2 - Teoria da norma: lei penal no tempo Art. 5º, XL, da Constituição Federal Arts. 2º, 2º, parágrafo único, e 3º do Código Penal Súmulas 611 e 711 do STF Súmula 501 do STJ 3 - Teoria da norma: lei penal no espaço DIREITO PENAL, LEGISLAÇÃO PENALDIREITO PENAL, LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE E ESTATUTO DAS CRIANÇASEXTRAVAGANTE E ESTATUTO DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTESE DOS ADOLESCENTES Arts. 5º, 7º, § 1º, 8º e 7º, § 3º do Código Penal 4 - Crimes omissivos Arts. 135 e 13, § 2º do Código Penal 5 - Tentativa, desistência voluntária e arrependimento e�caz Arts.14, II, e 15 do Código Penal 6 - Arrependimento posterior Arts. 16, 65, III, alínea “b”, 213, § 3º, e 171, § 2º, VI do Código Penal 7 - Crime impossível Art. 17 do Código Penal 8 - Erro de tipo e erro de proibição Arts. 20 e 21 do Código Penal 9 - Erro sobre a pessoa, erro sobre a execução e aberratio criminis Arts. 20, § 3º, 73 e 74 do Código Penal 10 - Excludentes de ilicitude Arts. 23, 24 e 25 do Código Penal 11 - Causas excludentes de culpabilidade Arts. 26, 97, 28, § 1º, e 22 do Código Penal Súmula 527 do STJ 12 - Teoria da Pena Art. 5, XLVI, da Constituição Federal Arts. 59, 32, 43, 68, 61 e seguintes, 44, 77 e 83 do Código Penal Súmulas 444 e 231 do STJ ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTES Lei nº 11.343/2006 - Lei de Drogas Lei nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha Lei nº 12.850/2013 - Lei da Organização Criminosa Lei nº 9.613/1998 - Lei de Lavagem de Dinheiro Lei nº 8.072/1990 - Lei de Crimes Hediondos Lei nº 9.455/1997 - Lei de Tortura 1 - Direitos fundamentais à vida, à saúde, à liberdade, ao respeito e à dignidade, à educação, cultura, ao esporte e ao lazer Art. 227 da Constituição Federal Art. 7º, 8º, 258-B, 11, 53, parágrafo único, 55 e 56 do ECA 2 - Direitos fundamentais à pro�ssionalização e a proteção ao trabalho e prevenção especial Arts. 7º da Constituição Federal Art. 63 e 78 do ECA 3 - Direitos fundamentais à convivência familiar e comunitária Arts. 33 a 35, 36 a 38, 39 a 52-D, 52 e 53 do ECA 4 - Medidas de proteção e medidas socioeducativas Arts.129 e 130 do ECA Súmulas 338, 265 e 342 do STJ 5 - Crimes e violação de direito praticados contra criança e adolescentes Arts. 241, 241-A, 241-B, 244-B e 130 do ECA Vamos Praticar (Atividade não pontuada) 1 - (FGV/OAB/XV - EXAME - 2018) Francisco, brasileiro, é funcionário do Banco do Brasil, sociedade de economia mista, e trabalha na agência de Lisboa, em Portugal. Passando por di�culdades �nanceiras, acaba desviando dinheiro do banco para uma conta particular, sendo o fato descoberto e julgado em Portugal. Francisco é condenado pela infração praticada. Extinta a pena, ele retorna ao seu país de origem e é surpreendido ao ser citado, em processo no Brasil, para responder pelo mesmo fato, razão pela qual procura seu advogado. Considerando as informações narradas, o advogado de Francisco deverá informar que, de acordo com o previsto no Código Penal. a) ele não poderá responder no Brasil pelo mesmo fato, por já ter sido julgado e condenado em Portugal. b) ele somente poderia ser julgado no Brasil por aquele mesmo fato, caso tivesse sido absolvido em Portugal. c) ele pode ser julgado também no Brasil por aquele fato, sendo totalmente indiferente a condenação sofrida em Portugal. d) ele poderá ser julgado também no Brasil por aquele fato, mas a pena cumprida em Portugal atenua ou será computada naquela imposta no Brasil, em caso de nova condenação. 2 - (FGV/OAB/XVI - EXAME - 2019) Em 05/10/2018, Lúcio, com o intuito de obter dinheiro para adquirir uma moto em comemoração ao seu aniversário de 18 anos, que aconteceria em 09/10/2018, sequestra Danilo, com a ajuda de um amigo ainda não identi�cado. No mesmo dia, a dupla entra em contato com a família da vítima, exigindo o pagamento da quantia de R$ 50.000,00 para sua liberação. Duas semanas após a restrição da liberdade da vítima, período durante o qual os autores permaneceram em constante contato com a família da vítima exigindo o pagamento do resgate, a polícia encontrou o local do cativeiro e conseguiu libertar Danilo, encaminhando, de imediato, Lúcio à delegacia. Em sede policial, Lúcio entra em contato com o advogado da família. Considerando os fatos narrados, o advogado de Lúcio, em entrevista pessoal e reservada, deverá esclarecer que sua conduta: a) não permite que seja oferecida denúncia pelo Ministério Público, pois o Código Penal adota a Teoria da Ação para de�nição do tempo do crime, sendo Lúcio inimputável para �ns penais. b) não permite que seja oferecida denúncia pelo órgão ministerial, pois o Código Penal adota a Teoria do Resultado para de�nir o tempo do crime, e, sendo este de natureza formal, sua consumação se deu em 05/10/2018. c) con�gura fato típico, ilícito e culpável, podendo Lúcio ser responsabilizado, na condição de imputável, pelo crime de extorsão mediante sequestro quali�cado na forma consumada. d) con�gura fato típico, ilícito e culpável, podendo Lúcio ser responsabilizado, na condição de imputável, pelo crime de extorsão mediante sequestro quali�cado na forma tentada, já que o crime não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, pois não houve obtenção da vantagem indevida. 3 - (FGV/OAB/XXX - EXAME - 2019) Enquanto assistia a um jogo de futebol em um bar, Francisco começou a provocar Raul, dizendo que seu clube, que perdia a partida, seria rebaixado. Inconformado com a indevida provocação, Raul, que estava acompanhado de um cachorro de grande porte, atiça o animal a atacar Francisco, o que efetivamente acontece. Na tentativa de se defender, Francisco desfere uma facada no cachorro de Raul, o que resultou na morte do animal. O fato foi levado à autoridade policial, que instaurou inquérito para apuração. Francisco, então, contrata você, na condição de advogado(a), para patrocinar seus interesses. Considerando os fatos narrados, com relação à conduta praticada por Francisco, você, como advogado(a), deverá esclarecer que seu cliente: a) não poderá alegar qualquer excludente de ilicitude, em razão de sua provocação anterior. b) atuou escorado na excludente de ilicitude da legítima defesa. c) praticou conduta atípica, pois a vida do animal não é protegida penalmente. d) atuou escorado na excludente de ilicitude do estado de necessidade. 4 - (FGV/OAB/XXV - EXAME - 2018) Laura, nascida em 21 de fevereiro de 2000, é inimiga declarada de Lívia, nascida em 14 de dezembro de 1999, sendo que o principal motivo da rivalidade está no fato de que Lívia tem interesse no namorado de Laura. Durante uma festa, em 19 de fevereiro de 2018, Laura soube que Lívia anunciou para todos que tentaria manter relações sexuais com o referido namorado; soube, ainda, que Lívia disse que, na semana seguinte, iria desferir um tapa no rosto de Laura, na frente de seus colegas, como forma de humilhá-la. Diante disso, para evitar que as ameaças de Lívia se concretizassem, Laura, durante a festa, desfere facadas no peito de Lívia, mas terceiros intervêm e encaminham Lívia diretamente parao hospital. Dois dias depois, Lívia vem a falecer em virtude dos golpes sofridos. Descobertos os fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Laura pela prática do crime de homicídio quali�cado. Con�rmados integralmente os fatos, a defesa técnica de Laura deverá pleitear o reconhecimento da: a) inimputabilidade da agente. b) legítima defesa. c) inexigibilidade de conduta diversa. d) atenuante da menoridade relativa. 5 - (FGV/OAB/XVII - EXAME - 2018) Pedro e Paulo combinaram de praticar um crime de furto em determinada creche, com a intenção de subtrair computadores. Pedro, então, sugere que o ato seja praticado em um domingo, quando o local estaria totalmente vazio e nenhuma criança seria diretamente prejudicada. No momento da empreitada delitiva, Pedro auxilia Paulo a entrar por uma janela lateral e depois entra pela porta dos fundos da unidade. Já no interior do local, eles veri�cam que a creche estava cheia em função da comemoração do “Dia das Mães”; então, Pedro pega um laptop e sai, de imediato, pela porta dos fundos, mas Paulo, que estava armado sem que Pedro soubesse, anuncia o assalto e subtrai bens e joias de crianças, pais e funcionários. Captadas as imagens pelas câmeras de segurança, Pedro e Paulo são identi�cados e denunciados pelo crime de roubo duplamente majorado. Com base apenas nas informações narradas, a defesa de Pedro deverá pleitear o reconhecimento da: a) participação de menor importância, gerando causa de diminuição de pena. b) cooperação dolosamente distinta, gerando causa de diminuição de pena. c) cooperação dolosamente distinta, gerando aplicação da pena do crime menos grave. d) participação de menor importância, gerando aplicação da pena do crime menos grave. 6 - (FGV/OAB/XVI - EXAME - 2015) O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que pessoas com até 12 anos de idade incompletos são consideradas crianças e, aquelas entre doze e dezoito anos incompletos, adolescentes. Estabelece, ainda, em seu art. 2º, parágrafo único, que “Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade”. Partindo da análise do caráter etário descrito no enunciado, assinale a alternativa correta. a) O texto foi derrogado, não tendo qualquer aplicabilidade no aspecto penal, que considera a maioridade penal aos 18 anos, não podendo, portanto, ser aplicada qualquer medida socioeducativa a pessoas entre 18 e 21 anos incompletos, pois o critério utilizado para a incidência é a idade na data do julgamento, e não a idade na data do fato. b) A proteção integral às crianças e adolescentes, primado do ECA, estendeu a proteção da norma especial aos que ainda não tenham completado a maioridade civil, nisso havendo a proteção especialmente destinada aos menores de 21 anos, nos âmbitos do Direito Civil e do Direito Penal. c) O texto destacado no parágrafo único desarmoniza-se da regra do Código Civil de 2002, que estabelece que a maioridade civil dá-se aos 18 anos; por esse motivo, a regra indicada no enunciado não tem mais aplicabilidade no âmbito civil. d) Ao menor emancipado não se aplicam os princípios e as normas previstas no ECA; por isso, o estabelecido no texto transcrito, desde a entrada em vigor da norma especial em 1990, não era aplicada aos menores emancipados, exceto para �ns de Direito Penal. 7 - (FGV/OAB/XXIX - EXAME - 2019) Júlio, após completar 17 anos de idade, deseja, contrariando seus pais adotivos, buscar informações sobre a sua origem biológica junto à Vara da Infância e da Juventude de seu domicílio. Chegando lá, ele é informado que não poderia ter acesso ao seu processo, pois a adoção é irrevogável. Inconformado, Júlio procura um amigo advogado, a �m de fazer uma consulta sobre seus direitos. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a opção que apresenta a orientação jurídica correta para Júlio. a) Ele poderá ter acesso ao processo, desde que receba orientação e assistências jurídica e psicológica. b) Ele não poderá ter acesso ao processo até adquirir a maioridade. c) Ele poderá ter acesso ao processo apenas se for assistido por seus pais adotivos. d) Ele não poderá ter acesso ao processo, pois a adoção é irrevogável. 8 - (FGV/OAB/XVIII - EXAME - 2019) Carla, de 11 anos de idade, com os pais destituídos do poder familiar, cresce em entidade de acolhimento institucional há dois anos, sem nenhum interessado em sua adoção habilitado nos cadastros nacional ou internacional. Sensibilizado com a situação da criança, um advogado, que já possui três �lhos, sendo um adotado, deseja acompanhar o desenvolvimento de Carla, auxiliando-a nos estudos e, a �m de criar vínculos com sua família, levando-a para casa nos feriados e férias escolares. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, de que forma o advogado conseguirá obter a convivência temporária externa de Carla com sua família? a) Acolhimento familiar. b) Guarda estatutária. c) Tutela. d) Apadrinhamento. 9 - (FGV/OAB/XXVIII - EXAME - 2019) Bruno, com quase 12 anos de idade, morador de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, foi aprovado em um processo de seleção de jogadores de futebol para a categoria de base de um grande clube sediado no Rio de Janeiro, capital – cidade contígua à de sua residência. Os treinamentos na nova equipe implicam deslocamento de Niterói ao Rio de Janeiro todos os dias, ida e volta. Ocorre que os pais de Bruno trabalham em horário integral e não poderão acompanhá-lo. Os pais, buscando orientação, consultam você, como advogado(a), sobre qual seria a solução jurídica para que Bruno frequentasse os treinos desacompanhado. Assinale a opção que apresenta a sua orientação. a) Bruno precisará de um alvará judicial, que pode ter validade de até dois anos, para poder se deslocar sozinho entre as comarcas. b) Bruno pode, simplesmente, ir aos treinos sozinho, não sendo necessária qualquer autorização judicial para tanto. c) Não é possível a frequência aos treinos desacompanhado, pois o adolescente não poderá se deslocar entre comarcas sem a companhia de, ao menos, um dos pais ou do responsável legal. d) Bruno poderá ir aos treinos desacompanhado dos pais, mas será necessário obter autorização judicial ou a designação de um tutor, que poderá ser um representante do clube. 10 - (FGV/OAB/XXVII - EXAME - 2018) Joaquim, adolescente com 15 anos de idade, sofre repetidas agressões verbais por parte de seu pai, José, pessoa rude que nunca se conformou com o fato de Joaquim não se identi�car com seu sexo biológico. Os atentados verbais chegaram ao ponto de lançar Joaquim a um estado de depressão profunda, clinicamente diagnosticada. Constatada a realidade dos fatos acima narrados, assinale a alternativa correta. a) Os fatos descritos revelam circunstância de mero desajuste de convívio familiar, não despertando relevância criminal ou de tutela de direitos individuais do adolescente, refugindo do alcance da Lei nº 8.069/1990 (ECA). b) O juízo competente poderá determinar o afastamento de José da residência em que vive com Joaquim, como medida cautelar para evitar o agravamento do dano psicológico do adolescente, podendo, inclusive, �xar pensão alimentícia provisória para o suporte de Joaquim. c) O juiz poderá afastar cautelarmente José da moradia comum com Joaquim, sem que isso implique juízo de�nitivo de valor sobre os fatos – razão pela qual não é viável a estipulação de alimentos ao adolescente, eis que irreversíveis. d) A situação descrita não revela motivação legalmente reconhecida como su�ciente para determinar o afastamento de José da moradia comum, recomendando somente o aconselhamento educacional do pai.
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