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Legislação Ética Profissional do Contador aula 3

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DESCRIÇÃO
A análise da Legislação Profissional e de Organização dos Conselhos de Contabilidade e
Processos, Infrações, Penalidades e Responsabilidade do Contador.
PROPÓSITO
Apresentar o arcabouço normativo organizacional da profissão contábil, por meio da investigação
das atribuições, da composição e do regime jurídico de seus Conselhos regionais e federal, assim
como as leis e normas infralegais do seu regime disciplinar.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever as atribuições, a composição, as competências e os demais elementos do regime
jurídico referentes à profissão contábil e aos Conselhos regionais e federais de contabilidade
MÓDULO 2
Identificar as penalidades, os deveres, as vedações e permissibilidades referentes à carreira
contábil
INTRODUÇÃO
Antes de iniciar o estudo, tenha em mãos o Decreto-Lei nº 1.040/1969, a Resolução CFC nº
1.612/2021 — Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade — e o Decreto-Lei nº
9.295/1946.
Além disso, também será importante o manuseio da legislação tratada no presente estudo,
consistente no Código de Ética Profissional do Contador (NBC PG 01) e na NBC PG 100.
MÓDULO 1
 Descrever as atribuições, a composição, as competências e os demais elementos do
regime jurídico referentes à profissão contábil e aos Conselhos regionais e federais de
contabilidade
LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL E DE
ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE
CONTABILIDADE
INTRODUÇÃO
Neste módulo, analisaremos o regime jurídico dos Conselhos de contabilidade, bem como das
normas gerais aplicáveis aos profissionais vinculados a eles.
OS CONSELHOS DE CONTABILIDADE
Os Conselhos profissionais são autarquias e, como tais, precisam ser criados por lei. No caso, o
Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Contabilidade foram instituídos pelo Decreto-Lei
nº 9.295 de 1946.
 SAIBA MAIS
É importante notar que não existem mais Decretos-Lei no ordenamento jurídico brasileiro, mas
aqueles expedidos anteriormente à Constituição de 1988 foram recepcionados pelo sistema atual,
desde que com ele compatíveis. Foi o caso da legislação ora analisada.
Eles têm como principal função a fiscalização do exercício da profissão contábil, em suma,
aquela realizada por profissionais habilitados como contadores e técnicos em contabilidade (art.
2º, Decreto-Lei nº 9.295).
Cada um desses conselhos possui atribuições próprias, no que consistem as suas principais
competências. Nesses termos, a supracitada lei define, em seu art. 6º, as atribuições do
Conselho Federal de Contabilidade.
Vale ressaltar que, uma vez sendo o órgão “supra” dos Conselhos regionais, desempenha uma
função “guardiã” (de fiscalização) dos interesses gerais dos Conselhos regionais, bem como dos
profissionais habilitados como contadores e técnicos em contabilidade.
Dito de outro modo: referimo-nos à função guardiã dos interesses gerais, posto que se atribui ao
Conselho Federal de Contabilidade a fim de: manter a respectiva unidade de ação, aprovar os
Regimentos Internos aprovados pelos Conselhos regionais e, designadamente, modificar o que se
tornar necessário.
Serve de última instância para uniformizar dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais, para
análise de recursos erigidos, em face das penalidades aplicadas pelos Conselhos Regionais e de
criação das Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional.
Em contrapartida, e não menos importante, o art. 10 do Decreto-Lei nº 9.295 traz as atribuições
do Conselho Regional de Contabilidade que, em nosso entender, desempenham uma
fiscalização a proteger interesses individuais (não tão gerais como o CFC). Isto é, atua mais
individualmente porque é responsável por expedir e registrar a carteira profissional, fiscalizar o
exercício das profissões de contador e, por conseguinte, tendo o poder de impedir e punir as
infrações.
Foto: Orlando Fontanezzi / Wikimapa.
 Conselho Federal de Contabilidade.
Ou seja, num primeiro plano, tem-se uma relação mais individual aos profissionais de
contabilidade (focado em sua pessoa e no seu regular exercício da profissão), enquanto que, num
segundo plano, inexoravelmente, acaba por atender ao interesse geral dos profissionais que estão
circunscritos àquela região.
A título de acréscimo, é importante ainda mencionar a Resolução CFC nº 1.612/2021, que, em seu
art. 1º, §1º, instituiu as competências dos Conselhos de Contabilidade.
 ATENÇÃO
Importa, a este ensejo, frisar um ponto importante: existe apenas um Conselho Federal de
Contabilidade. Esse tem sede em Brasília-DF. Por outro lado, existem vários CRCs, um para cada
unidade federativa do Brasil, com sede em sua capital (art. 1º, §2º, Resolução CFC nº 1.612).
Assim, por exemplo, o CRC-SP terá sede na cidade de São Paulo, o CRC-RJ terá sede no Rio de
Janeiro etc.
Por fim, conforme o art. 2º da Resolução CFC nº 1.612/2021, os Conselhos de Contabilidade
fiscalizarão o exercício da profissão contábil baseados em critérios que observem as atribuições
do cargo ou emprego e/ou a atividade efetivamente desempenhada, independentemente da
denominação que se lhe tenha atribuído.
REGIME DE PESSOAL
Foto: Shutterstock.com
Nos termos do artigo 8º do Decreto-Lei nº 1.040/69, aos servidores dos Conselhos Federal e
Regionais de Contabilidade se aplicará o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho.
No mesmo sentido, o art. 4º da Resolução CFC nº 1.612/2021.
Portanto, aplica-se o regime trabalhista comum aos contadores.
CONSELHOS DE CONTABILIDADE: COMPOSIÇÃO,
ELEIÇÃO E MANDATO
Foto: Shutterstock.com
Conforme o artigo 3º do Decreto-Lei nº 9.295, os Conselhos de Contabilidade são organizados e
dirigidos pelos próprios contadores e técnicos em contabilidade, e mantidos por estes e pelas
organizações contábeis, com independência e autonomia, sem qualquer vínculo funcional, técnico,
administrativo ou hierárquico com qualquer órgão da administração pública direta ou indireta.
No que tange à composição, o art. 1º do Decreto-Lei nº 1.040/1969, alterado pela Lei nº
11.160/2005, dispõe que o Conselho Federal de Contabilidade será constituído por um
representante efetivo de cada CRC e respectivo suplente.

Assim, como temos 27 unidades federativas, serão 27 conselheiros efetivos e igual número de
suplentes. Eles serão eleitos para mandatos de quatro anos, com renovação a cada biênio,
alternadamente, por 1/3 (um terço) e 2/3 (dois terços).
Conforme o §1º do mesmo dispositivo, os Conselhos federal e regionais de contabilidade serão
compostos por contadores e, no mínimo, por um representante dos técnicos em contabilidade, que
será eleito no pleito para a renovação de 2/3 (dois terços) do Plenário.
Segundo o art. 7º da Resolução CFC nº 1.612/2021, o cargo de conselheiro é de exercício gratuito
e obrigatório, e será considerado serviço relevante. Ainda, os conselheiros do CFC serão eleitos
por um colégio eleitoral integrado por 1 (um) representante de cada CRC, por este eleito por
maioria absoluta, em reunião especialmente convocada (art. 11).
COMPETÊNCIAS DO CFC
Foto: Shutterstock.com
A lei fixa de forma mais geral as atribuições dos Conselhos de Contabilidade. No entanto, como
ela não consegue prever todas as situações possíveis no mundo dos fatos, a fim de garantir o seu
fiel cumprimento, são expedidos atos infralegais, os quais têm a função de “explicá-la”.
 ATENÇÃO
Conforme dito anteriormente, as Resoluções do CFC desempenham importante papel nessa
tarefa. Dentre esses instrumentos, um muito relevante é a Resolução CFC nº 1.612/2021, que, em
seu artigo 17, esclarece as competências do CFC.
Nada obstante a importância de todos os incisos dispostos no artigo supracitado, é-nos necessário
mencionar as nodais competências do CFC, que, de entre as quais, destacam-se:
FUNÇÃO NORMATIVA SUPERIOR
Função guardiã dos interesses gerais, mencionada anteriormente.
(a) Função normativa superior, interpretando e executando o Regulamento, bem como baixando
os atos necessários à disciplina e fiscalização do exercício profissional;(b) Promover a homogeneidade na realização das finalidades do Conselho de Contabilidade;
(c) Fiscalizar os atos práticos pelos CRCs, podendo, inclusivamente, revogar, modificar ou
embargar;
(d) Montar o quadro diretivo do Conselho;
(e) Fiscalizar o Programa de Educação Profissional Continuada em todo o território nacional;
(f) Servir de proteção à dignidade, independência, prerrogativas e valorização da profissão e de
seus profissionais.
Em epílogo, distamos em condições de afirmar que as competências atribuídas ao CRC, visam a
proteger, não só o regular exercício da profissão de contadores e técnicos em contabilidade, como
também o seu exercício com qualidade, pois, como define o inciso XXIII, compete ao CFC
“celebrar convênios com instituições nacionais e internacionais relacionadas à contabilidade,
tendo em vista com a finalidade de promover estudos, pesquisas e o desenvolvimento das
Ciências Contábeis”.
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COMPETÊNCIAS DOS CRCS
Foto: Shutterstock.com
Analisamos o depuramento das competências do CFC, realizada pela Resolução CFC nº
1.612/2021, mas esse normativo também trata das competências dos Conselhos regionais de
contabilidade. Portanto, delinearemos as principais competências distintivas entre os CRCs e o
CFC.

A primeira concerne ao fato de haver uma liberdade limitada para a elaboração e a aprovação de
resoluções de seu peculiar interesse, eis que, aquando a matéria esbarrar indiretamente no
âmbito federal, haver-se-á por necessário à homologação do CFC.
É também de competência dos CRCs regular sobre as especificidades da anuidade cobrada aos
profissionais de contabilidade, arrecadando e executando as anuidades, assim como
estabelecendo o valor cobrado, mas, diga-se, sendo observado os valores fixados pelo CFC.


Ainda nesse viés de liberdade limitada (supramencionada), os CRCs hão de dar cumprimento não
só às disposições deste Regulamento Geral e, conseguintemente, dos Regimentos Internos dos
próprios CRCs, mas como às demais resoluções do CFC.
Por último, asseveremos a competência julgadora de primeira instância — porque, poder-se-á
haver recurso ao CFC, no geral — dos CRCs, competindo-lhes funcionar como Tribunal Regional
de Ética e Disciplina, julgando as infrações relativas ao exercício profissional, bem como a
exploração da atividade e aplicar as penalidades previstas na legislação (inciso XIII).

DA SUBORDINAÇÃO DOS CRCS AO CFC
Foto: Shutterstock.com
Das competências acima elencadas, é possível notar uma relação de hierarquia do CFC para com
os CRCs. Diante disso, diz-se que há uma subordinação destes àquele. Essa subordinação é
devidamente tratada na Resolução CFC nº 1.612.
Caso o Presidente do CRC não cumpra ou não faça cumprir as obrigações em questão (ou caso
tenha suas contas julgadas regulares com ressalva ou irregulares), ele estará sujeito a
penalidades. Para a aplicação delas, deverá ser observada a gradação de acordo com a
gravidade da falta. Isso se dará por proposta do Conselho Diretor e decisão do Plenário do CFC.
Vejamos quais são essas penalidades:
I – advertência escrita e reservada;
II – advertência pública;
III – suspensão por até 60 (sessenta) dias;
IV – destituição da função de presidente; e
V – restituição do valor do prejuízo apurado.
Como se vê, essa subordinação é estabelecida em patamar jurídico, sujeitando a penas os seus
infratores. No entanto, é preciso respeitar o devido procedimento para a aplicação de qualquer
penalidade, sob pena de nulidade. Por essa razão, a penalidade aplicada pelo Conselho Federal
de Contabilidade a Presidente ou Conselheiro do Sistema CFC/CRCs somente decorrerá de
processo administrativo instaurado no CFC, no qual será assegurado o contraditório e a ampla
defesa.
RECEITAS
Foto: Shutterstock.com
Segundo o Decreto-Lei nº 9295, constitui renda do Conselho Federal de Contabilidade:

1/5 da renda bruta de cada Conselho Regional nela não se compreendendo doações, legados e
subvenções;
Doações e legados;


Subvenções dos Governos.
Ainda, compete ao Conselho Federal fixar o valor das anuidades, taxas, emolumentos e multas,
devidas pelos profissionais e pelas firmas aos Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados
(como se vê, o Conselho Federal fixa o valor das anuidades e os Conselhos Regionais as
cobram).
A Resolução CFC nº 1.612/2021 explicita os dispositivos legais, estabelecendo que as receitas
dos Conselhos de Contabilidade serão aplicadas na realização de suas finalidades
institucionais, nos termos das decisões de seus Plenários e do Regulamento Geral,
acrescentando que constituem receitas do CFC:

I – 1/5 da receita bruta de cada CRC, excetuados os legados, doações, subvenções, receitas
patrimoniais, indenizações, restituições e outros, quando justificados;
II – legados, doações e subvenções;


III – rendas patrimoniais; e
IV – outras receitas.

Os Conselhos Regionais também possuem receita própria, constituindo-se ela em:

I – 4/5 do valor da arrecadação de anuidades, taxas, multas e juros (lembrando que 1/5 vai para o
CFC);
II – legados, doações e subvenções;


III – rendas patrimoniais; e
IV – outras receitas.

 ATENÇÃO
O Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade também estabelece que o produto da
arrecadação de anuidades, taxas, multas e juros será creditado, direta e automaticamente, na
proporção de 1/5 e de 4/5 nas contas, respectivamente, do CFC e dos CRCs, e veda aos CRCs
realizarem a operação de crédito de qualquer natureza nas entidades do Sistema Financeiro
Nacional.
PRERROGATIVAS PROFISSIONAIS
As carreiras são regulamentadas e possuem, com isso, atividades privativas, prerrogativas
profissionais e outras regras que garantem o bom desempenho da função, prevenindo, ainda, que
pessoas não habilitadas as exerçam.
No caso da profissão contábil não é diferente. Neste sentido, o artigo §3º do artigo 1º da
Resolução CFC nº 1.612/2021 estabelece que:
O exercício da profissão contábil, tanto no setor privado quanto na esfera pública e no
terceiro setor, constitui prerrogativa exclusiva dos contadores e dos técnicos em
contabilidade legalmente habilitados na forma da lei e demais regulamentos do CFC.
Mas o que seria o exercício da profissão contábil?
 RESPOSTA
A legislação explica que, por exercício da profissão contábil, entende-se a execução das 'tarefas
especificadas em resolução própria, independentemente de exigência de assinatura do
profissional da contabilidade para quaisquer fins legais. Desse modo, é a normatização quem
estabelece. Por isso é tão importante conhecê-la a fundo.
Por imposição da Resolução CFC nº 560/1983, o exercício das atividades compreendidas na
contabilidade constitui prerrogativa, sem exceção, dos contadores e dos técnicos em contabilidade
legalmente habilitados, ressalvadas as atribuições privativas dos contadores.
Neste ponto, uma observação passa a ser importante.
Vejamos a seguir:
CONTADORES VS. TÉCNICOS EM CONTABILIDADE
Segundo a Resolução CFC nº 1.612, contador é o profissional graduado em curso superior
de Ciências Contábeis e com registro nessa categoria em CRC (art. 1º, §4º).
Antigamente, havia a profissão de guarda-livros. Segundo a Lei nº 3.384/1958, esses
profissionais, bem como os técnicos em contabilidade, diplomados em conformidade com o
disposto no Decreto-lei nº 6.141, de 28 de dezembro de 1943, modificado pelo Decreto-lei nº
8.191, de 20 de novembro de 1945, passaram a integrar a categoria profissional de técnicos em
contabilidade.
Técnico em contabilidade é o profissional diplomado em curso de nível médio na área contábil,
com essa denominação, e com registro em CRC nessa categoria.
Segundo o artigo 12, § 2º do Decreto-Lei nº 9.295, os técnicos em contabilidade até então
registrados em Conselho Regional de Contabilidade e os que viessem a fazê-lo até 1º de junho de
2015 tiveram assegurado o seu direito ao exercício da profissão. Interpretandoo dispositivo, é
possível chegar à conclusão que, depois dessa data, não é mais possível o registro de
técnicos em contabilidade. Aqueles já registrados puderam continuar atuando, mas passou a
não ser possível a realização de novos registros depois da data legalmente estabelecida.
O profissional contábil poderá desempenhar suas funções em diversos órgãos e entidades, sem
que perca sua característica profissional. É o que dispõe o artigo 2º da Resolução CFC nº
560/1983, RES 560/1983, a qual permite que o contabilista exerça suas atividades na condição de
profissional liberal ou autônomo, de empregado regido pela CLT, de servidor público, de militar, de
sócio de qualquer tipo de sociedade, de diretor ou de conselheiro de quaisquer entidades, ou, em
qualquer outra situação jurídica definida pela legislação, exercendo qualquer tipo de função.
 SAIBA MAIS
Essas funções poderão ser as de analista, assessor, assistente, auditor, interno e externo,
conselheiro, consultor, controlador de arrecadação, controller, educador, escritor ou articulista
técnico, escriturador contábil ou fiscal, executor subordinado, fiscal de tributos, legislador,
organizador, perito, pesquisador, planejador, professor ou conferencista, redator, revisor.
Por derradeiro, lembramos que os contadores e os técnicos em contabilidade poderão associar-se
para colaboração profissional recíproca, sob a forma de sociedade, sendo que, segundo a
Resolução CFC nº 94/1958, nenhuma pessoa física ou jurídica, poderá se encarregar de
escrituração fiscal ou outra qualquer sem que esteja legalizada perante os Conselhos Regionais
de Contabilidade.
Assim, atuando individualmente ou em sociedade, o profissional contábil deverá atender às
exigências do respectivo CRC.
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
Foto: Shutterstock.com
Já vimos no que consiste a profissão contábil e quem pode exercê-la. Mas não devemos parar por
aí. É preciso observar quais são as atribuições inerentes a esses profissionais.
Nesse sentido, o artigo 25 do Decreto-Lei nº 9.295 estabelece que são considerados trabalhos
técnicos de contabilidade:
Organização e execução de serviços de contabilidade em geral;
Escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os necessários no
conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações;
Perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanços e de contas em geral, verificação de
haveres, revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extrajudiciais de
avarias grossas ou comuns, assistência aos Conselhos fiscais das sociedades anônimas e
quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de
contabilidade.
Muitas vezes a lei diz menos do que deveria, o que impõe seu esclarecimento por meio de
instrumentos infralegais. Tendo isso em vista, a Resolução CFC nº 560/1983 regulamenta o art. 25
do Decreto Lei nº 9.295), conforme observamos a seguir:
ATRIBUIÇÕES NA RESOLUÇÃO CFC Nº 560/1983
São atribuições privativas dos profissionais da contabilidade:
1) Avaliação de acervos patrimoniais e verificação de haveres e obrigações, para quaisquer
finalidades, inclusive de natureza fiscal;
2) Avaliação dos fundos de comércio;
3) Apuração do valor patrimonial de participações, quotas ou ações;
4) Reavaliações e medição dos efeitos das variações do poder aquisitivo da moeda sobre o
patrimônio e o resultado periódico de quaisquer entidades;
5) Apuração de haveres e avaliação de direitos e obrigações, do acervo patrimonial de quaisquer
entidades, em vista de liquidação, fusão, cisão, expropriação no interesse público, transformação
ou incorporação dessas entidades, bem como em razão de entrada, retirada, exclusão ou
falecimento de sócios, quotistas ou acionistas;
6) Concepção dos planos de determinação das taxas de depreciação e exaustão dos bens
materiais e dos de amortização dos valores imateriais, inclusive de valores diferidos;
7) Implantação e aplicação dos planos de depreciação, amortização e diferimento, bem como de
correções monetárias e reavaliações;
8) Regulações judiciais ou extrajudiciais, de avarias grossas ou comuns;
9) Escrituração regular, oficial ou não, de todos os fatos relativos aos patrimônios e às variações
patrimoniais das entidades, por quaisquer métodos, técnicas ou processos;
10) Classificação dos fatos para registros contábeis, por qualquer processo, inclusive computação
eletrônica, e respectiva validação dos registros e demonstrações;
11) Abertura e encerramento de escritas contábeis;
12) Execução dos serviços de escrituração em todas as modalidades específicas, conhecidas por
denominações que informam sobre o ramo de atividade, como contabilidade bancária,
contabilidade comercial, contabilidade de condomínio, contabilidade industrial, contabilidade
imobiliária, contabilidade macroeconômica, contabilidade de seguros, contabilidade de serviços,
contabilidade pública, contabilidade hospitalar, contabilidade agrícola, contabilidade pastoril,
contabilidade das entidades de fins ideais, contabilidade de transportes, e outras;
13) Controle de formalização, guarda, manutenção ou destruição de livros e outros meios de
registro contábil, bem como dos documentos relativos à vida patrimonial;
14) Elaboração de balancetes e de demonstrações do movimento por contas ou grupos de contas,
de forma analítica ou sintética;
15) Levantamento de balanços de qualquer tipo ou natureza e para quaisquer finalidades, como
balanços patrimoniais, balanços de resultados, balanços de resultados acumulados, balanços de
origens e aplicações de recursos, balanços de fundos, balanços financeiros, balanços de capitais,
e outros;
16) Tradução, em moeda nacional, das demonstrações contábeis originalmente em moeda
estrangeira e vice-versa;
17) Integração de balanços, inclusive consolidações, também de subsidiárias do exterior;
18) Apuração, cálculo e registro de custos, em qualquer sistema ou concepção: custeio por
absorção global, total ou parcial; custeio direto, marginal ou variável; custeio por centro de
responsabilidade com valores reais, normalizados ou padronizados, históricos ou projetados, com
registros em partidas dobradas ou simples, fichas, mapas, planilhas, folhas simples ou formulários
contínuos, com processamento manual, mecânico, computadorizado ou outro qualquer, para todas
as finalidades, desde a avaliação de estoques até a tomada de decisão sobre a forma mais
econômica sobre como, onde, quando e o que produzir e vender;
19) Análise de custos e despesas, em qualquer modalidade, em relação a quaisquer funções
como a produção, administração, distribuição, transporte, comercialização, exportação,
publicidade, e outras, bem como a análise com vistas à racionalização das operações e do uso de
equipamentos e materiais, e ainda a otimização do resultado diante do grau de ocupação ou do
volume de operações;
20) Controle, avaliação e estudo da gestão econômica, financeira e patrimonial das empresas e
demais entidades;
21) Análise de custos com vistas ao estabelecimento dos preços de venda de mercadorias,
produtos ou serviços, bem como de tarifas nos serviços públicos, e a comprovação dos reflexos
dos aumentos de custos nos preços de venda, diante de órgãos governamentais;
22) Análise de balanços;
23) Análise do comportamento das receitas;
24) Avaliação do desempenho das entidades e exame das causas de insolvência ou incapacidade
de geração de resultado;
25) Estudo sobre a destinação do resultado e cálculo do lucro por ação ou outra unidade de
capital investido;
26) Determinação de capacidade econômico-financeira das entidades, inclusive nos conflitos
trabalhistas e de tarifa;
27) Elaboração de orçamentos de qualquer tipo, tais como econômicos, financeiros, patrimoniais e
de investimentos;
28) Programação orçamentária e financeira, e acompanhamento da execução de orçamentos-
programa, tanto na parte física quanto na monetária;
29) Análise dasvariações orçamentárias;
30) Conciliações de contas;
31) Organização dos processos de prestação de contas das entidades e órgãos da administração
pública federal, estadual, municipal, dos territórios federais e do Distrito Federal, das autarquias,
sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações de direito público, a serem
julgadas pelos Tribunais, Conselhos de Contas ou órgãos similares;
32) Revisões de balanços, contas ou quaisquer demonstrações ou registros contábeis;
33) Auditoria interna e operacional;
34) Auditoria externa independente;
35) Perícias contábeis, judiciais e extrajudiciais;
36) Fiscalização tributária que requeira exame ou interpretação de peças contábeis de qualquer
natureza;
37) Organização dos serviços contábeis quanto à concepção, planejamento e estrutura material,
bem como o estabelecimento de fluxogramas de processamento, cronogramas, organogramas,
modelos de formulários e similares;
38) Planificação das contas, com a descrição das suas funções e do funcionamento dos serviços
contábeis;
39) Organização e operação dos sistemas de controle interno;
40) Organização e operação dos sistemas de controle patrimonial, inclusive quanto à existência e
localização física dos bens;
41) Organização e operação dos sistemas de controle de materiais, matérias-primas, mercadorias
e produtos semifabricados e prontos, bem como dos serviços em andamento;
42) Assistência aos Conselhos fiscais das entidades, notadamente das sociedades por ações;
43) Assistência aos comissários nas concordatas, aos síndicos nas falências, e aos liquidantes de
qualquer massa ou acervo patrimonial;
44) Magistério das disciplinas compreendidas na contabilidade, em qualquer nível de ensino,
inclusive no de pós-graduação;
45) Participação em bancas de exame e em comissões julgadoras de concursos, onde sejam
aferidos conhecimentos relativos à Contabilidade;
46) Estabelecimento dos princípios e normas técnicas de contabilidade;
47) Declaração de Imposto de Renda, pessoa jurídica;
48) Demais atividades inerentes às Ciências Contábeis e suas aplicações.
Dizer que uma atribuição é privativa de profissionais de contabilidade significa dizer que, como
regra geral, apenas eles podem desempenhá-la. Esses profissionais têm alguns ônus, como a
conclusão de curso superior, a submissão à exame de suficiência e o pagamento de anuidade,
mas, em contrapartida, desempenham certas atividades que nenhum outro profissional pode.
ATIVIDADES COMPARTILHADAS
Foto: Shutterstock.com
Por outro lado, há atividades que não são prerrogativas exclusivas dos profissionais de
contabilidade. Ou seja, são atividades que esses profissionais podem exercer, mas outros
profissionais também estão autorizados. Como não são exclusivas, não se faz necessário o
registro. São as chamadas atividades compartilhadas.
Sobre elas, o art. 5º da Resolução 560/1983 regulamentou o artigo 25 do Decreto-Lei nº
9.295/1946 para estabelecê-las.
Vejamos:
ATIVIDADES COMPARTILHADAS
Consideram-se atividades compartilhadas aquelas cujo exercício é prerrogativa também de outras
profissões, entre as quais:
1) Elaboração de planos técnicos de financiamento e amortização de empréstimos, incluídos no
campo da matemática financeira;
2) Elaboração de projetos e estudos sobre operações financeiras e qualquer natureza, inclusive de
debêntures, "leasing" e "lease-back";
3) Execução de tarefas no setor financeiro, tanto na área pública quanto privada;
4) Elaboração e implantação de planos de organização ou reorganização;
5) Organização de escritórios e almoxarifados;
6) Organização de quadros administrativos;
7) Estudos sobre a natureza e os meios de compra e venda de mercadorias e produtos, bem
como o exercício das atividades compreendidas sob os títulos de "mercadologia" e "técnicas
comerciais" ou "merceologia";
8) Concepção, redação e encaminhamento, ao Registro Público, de contratos, alterações
contratuais, atas, estatutos e outros atos das sociedades civis e comerciais;
9) Assessoria fiscal;
10) Planejamento tributário;
11) Elaboração de cálculos, análises e interpretação de amostragens aleatórias ou probabilísticas;
12) Elaboração e análise de projetos, inclusive quanto à viabilidade econômica;
13) Análise de circulação de órgãos de imprensa e aferição das pesquisas de opinião pública;
14) Pesquisas operacionais;
15) Processamento de dados;
16) Análise de sistemas de seguros e de fundos de benefícios;
17) Assistência aos órgãos administrativos das entidades;
18) Exercício de quaisquer funções administrativas;
19) Elaboração de orçamentos macroeconômicos.
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DOS
CONTADORES
Vamos conhecer no vídeo quais são as prerrogativas e atribuições dos contadores.
CARTEIRA PROFISSIONAL
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Segundo o artigo 12 do Decreto-Lei nº 9.295, os profissionais contábeis somente poderão exercer
a profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis,
reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em exame de suficiência e registro no
Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos.
ANUIDADE
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Os profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Contabilidade são obrigados ao
pagamento da anuidade, imposição de natureza tributária. Esse deverá ser efetuado até 31 de
março de cada ano, devendo, no primeiro ano de exercício da profissão, realizar-se por ocasião
de ser expedida a carteira profissional.
 ATENÇÃO
As anuidades pagas após 31 de março serão acrescidas de multa, juros de mora e atualização
monetária, nos termos da legislação vigente.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (CONSULPLAN – 2019 – CFC – BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS –
2º EXAME. ADAPTADA.) JOÃO RESIDE NO RIO DE JANEIRO ONDE CURSA
O BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO, TENDO A PREVISÃO DE CONCLUIR NO FINAL DE
2019. ELE FOI CONVIDADO PARA ASSUMIR O CARGO DE CONTADOR DA
LOJA ONDE TRABALHAVA A PARTIR DE 2020; ENTRETANTO, PARA
ACEITAR O CONVITE TERIA QUE ATENDER AOS SEGUINTES CRITÉRIOS,
EXCETO:
A) Ser aprovado no exame de suficiência.
B) Estar capacitado para exercer as funções requeridas.
C) Obter registro no Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo.
D) Concluir o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis reconhecido pelo Ministério da
Educação.
E) Estar legalmente habilitado na forma da lei e demais regulamentos do CFC.
2. (CONSULPLAN – 2019 – CFC – BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS –
1º EXAME. ADAPTADA.) O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE É
UMA AUTARQUIA CRIADA E REGIDA POR LEI ESPECÍFICA: O DECRETO-
LEI Nº 9295/1945. CABE AO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, AS
ATIVIDADES A SEGUIR, EXCETO:
A) Fiscalizar o exercício da profissão contábil.
B) Lavrar autos de infração em virtude de ilícitos tributários cometidos pelos contribuintes.
C) Decidir, em última instância, recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais.
D) Publicar o relatório anual de seus trabalhos, em que deverá figurar a relação de todos os
profissionais registrados.
E) Tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e dirimi-las.
GABARITO
1. (CONSULPLAN – 2019 – CFC – Bacharel em Ciências Contábeis – 2º Exame. Adaptada.)
João reside no Rio de Janeiro onde cursa o Bacharelado em Ciências Contábeis na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo a previsão de concluir no final de 2019. Ele
foi convidado para assumir o cargo de contador da loja onde trabalhava a partir de 2020;
entretanto, para aceitar o convite teria que atender aos seguintes critérios, exceto:
A alternativa "C " está correta.
O §3º do artigo 1º da Resolução CFC nº 1.612/2021 estabelece que “o exercício da profissão
contábil, tanto no setor privado quanto na esfera pública e no terceiro setor, constitui prerrogativa
exclusiva dos contadores e dos técnicos em contabilidade legalmente habilitados na forma da lei e
demais regulamentos do CFC”.
De acordo com o art. 12 do Decreto-Lei nº9.295/1946, "os profissionais a que se refere este
Decreto-Lei somente poderão exercer a profissão após a regular conclusão do curso de
Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em
exame de suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos"
(redação dada pela Lei nº 12.249, de 2010).
O enunciado da questão informa que João reside e cursa o bacharelado no Rio de Janeiro. Se ele
recebeu a proposta para assumir o cargo na loja em que trabalha, pressupõe-se que este também
será exercido no Rio de Janeiro. Logo, ele não precisará obter registro no CRC de São Paulo, mas
no do Rio de Janeiro.
2. (CONSULPLAN – 2019 – CFC – Bacharel em Ciências Contábeis – 1º Exame. Adaptada.) O
Conselho Federal de Contabilidade é uma autarquia criada e regida por lei específica: o
Decreto-Lei nº 9295/1945. Cabe ao Conselho Federal de Contabilidade, as atividades a
seguir, exceto:
A alternativa "B " está correta.
De acordo com o artigo 2º do Decreto-Lei nº 9.295/1946, “a fiscalização do exercício da profissão
contábil, assim entendendo-se os profissionais habilitados como contadores e técnicos em
contabilidade, será exercida pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais
de Contabilidade a que se refere o art. 1º”.
E, em seu artigo 6º, define como atribuições do Conselho Federal de Contabilidade:
a) organizar o seu Regimento Interno;
b) aprovar os Regimentos Interno organizados pelos Conselhos Regionais modificando o que se
tornar necessário, a fim de manter a respectiva unidade de ação;
c) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e dirimi-las;
d) decidir, em última instância, recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais;
e) publicar o relatório anual de seus trabalhos, em que deverá figurar a relação de todos os
profissionais registrados.
f) regular acerca dos princípios contábeis, do exame de suficiência, do cadastro de qualificação
técnica e dos programas de educação continuada; e editar Normas Brasileiras de Contabilidade
de natureza técnica e profissional.
Logo, não podemos afirmar que é competência do CFC “lavrar autos de infração em virtude de
ilícitos tributários cometidos pelos contribuintes”.
MÓDULO 2
 Identificar as penalidades, os deveres, as vedações e permissibilidades referentes à
carreira contábil
PROCESSOS, INFRAÇÕES, PENALIDADES E
RESPONSABILIDADE DO CONTADOR
INTRODUÇÃO
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A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 5º, XIII, dispõe que é livre o
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a
lei estabelecer.
No entanto, essa liberdade não é absoluta. No que tange à profissão contábil, objeto deste
conteúdo, não é qualquer profissional que pode exercê-la. Apenas aqueles habilitados nos termos
da legislação pátria o podem: em suma, contadores e técnicos em contabilidade registrados em
Conselho Regional de Contabilidade até 1º de junho de 2015.
Doutra ponta, lembramos que, por sua vez, esses profissionais registrados também sofrem
restrições impostas pela legislação pátria, a qual estabelece obrigações e deveres, tratados de
forma esparsa, nos normativos que passam a ser analisados a seguir.
O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO
CONTADOR - NBC PG 01
O Código de Ética Profissional do Contador é a principal norma regente dessa profissão. Trata-se
da Norma Brasileira de Contabilidade NBC PG 01, aprovada no ano de 2019.
Ela tem como objetivo fixar a conduta do contador quando no exercício da sua atividade e nos
assuntos relacionados à profissão e à classe. Lembramos que o Código de Ética Profissional do
Contador se aplica também ao técnico em contabilidade, quando este agir no exercício de suas
prerrogativas profissionais.
Vejamos:
DEVERES, VEDAÇÕES E PERMISSIBILIDADES
Segundo a NBC PG 01, são deveres do contador:
Exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observando as
Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação vigente, resguardando o interesse público, os
interesses de seus clientes ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência
profissionais;
Recusar sua indicação em trabalho quando reconheça não se achar capacitado para a
especialização requerida;
Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional, inclusive no âmbito do
serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades
competentes, entre estas os Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade;
Informar a quem de direito, obrigatoriamente, fatos que conheça e que considere em condições de
exercer efeito sobre o objeto do trabalho, respeitado o disposto no item acima;
Aplicar as salvaguardas previstas pela profissão, pela legislação, por regulamento ou por
organização empregadora toda vez que identificar ou for alertado da existência de ameaças
mencionadas nas normas de exercício da profissão contábil, observando o seguinte: (i) tomar
medidas razoáveis para evitar ou minimizar conflito de interesses; e (ii) quando não puder eliminar
ou minimizar a nível aceitável o conflito de interesses, adotar medidas de modo a não perder a
independência profissional;
Abster-se de expressar argumentos ou dar conhecimento de sua convicção pessoal sobre os
direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo,
mantendo seu trabalho no âmbito técnico e limitando-se ao seu alcance;
Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto do trabalho,
mantendo a independência profissional;
Zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo, abstendo-se
de emitir qualquer opinião em trabalho de outro contador, sem que tenha sido contratado para tal;
Comunicar, desde logo, ao cliente ou ao empregador, em documento reservado, eventual
circunstância adversa que possa gerar riscos e ameaças ou influir na decisão daqueles que são
usuários dos relatórios e serviços contábeis como um todo;
Despender os esforços necessários e se munir de documentos e informações para inteirar-se de
todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso;
Renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou
empregador e vice-versa, a quem deve notificar por escrito, respeitando os prazos estabelecidos
em contrato;
Quando substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao
conhecimento desse, a fim de contribuir para o bom desempenho das funções a serem exercidas;
Manifestar, imediatamente, em qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da
profissão;
Ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja defendendo
remuneração condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-
profissional da Contabilidade e seu aprimoramento técnico;
Cumprir os Programas de Educação Profissional Continuada de acordo com o estabelecido pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
Comunicar imediatamente ao CRC a mudança de seu domicílio ou endereço, inclusive eletrônico,
e da organização contábil de sua responsabilidade, bem como informar a ocorrência de outros
fatos necessários ao controle e fiscalização profissional;
Atender à fiscalização do exercício profissional e disponibilizar papéis de trabalho, relatórios e
outros documentos solicitados; e
Informar o número de registro, o nome e a categoria profissional após a assinatura em trabalho de
contabilidade, propostas comerciais, contratos de prestação de serviços e em todo e qualquer
anúncio, placas, cartões comerciais e outros.
Além dessas imposições, o profissional deve observar, no que couber, o Código de Defesa do
Consumidor, especialmente no que concerne à informação adequada e clara sobre os serviços a
serem prestados, e a Lei de PropriedadeIndustrial, que dispõe sobre crimes de concorrência
desleal.
Existem ainda proibições aos contadores e técnicos cm contabilidade. Nesse sentido, no
desempenho de suas funções, é vedado ao profissional contábil:
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Assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou
desprestígio para a classe;
Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de
sua prática lícita;
Assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem alheio à sua orientação,
supervisão ou revisão;
Exercer a profissão, quando impedido, inclusive quando for procurador de seu cliente, mesmo que
com poderes específicos, dentro das prerrogativas profissionais;
Facilitar, por qualquer meio, o exercício da profissão aos não habilitados ou impedidos;
Explorar serviços contábeis, por si ou em organização contábil, sem registro regular em Conselho
Regional de Contabilidade;
Concorrer, no exercício da profissão, para a realização de ato contrário à legislação ou destinado
a fraudá-la, quando da execução dos serviços para os quais foi expressamente contratado;
Solicitar ou receber de cliente ou empregador qualquer vantagem para aplicação ilícita;
Prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua responsabilidade profissional;
Recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem comprovadamente confiadas;
Apropriar-se indevidamente de valores, bens e qualquer tipo de crédito confiados a sua guarda;
Reter abusivamente livros, papéis ou documentos, inclusive arquivos eletrônicos,
comprovadamente confiados à sua guarda, inclusive com a finalidade de forçar o contratante a
cumprir suas obrigações contratuais com o profissional da contabilidade, ou pelo não atendimento
de notificação do contratante;
Orientar o cliente ou o empregador contra Normas Brasileiras de Contabilidade e contra
disposições expressas em lei;
Exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas;
Emitir referência que identifique o cliente ou o empregador, com quebra de sigilo profissional, em
publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando
autorizado por eles;
Iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o
exato teor de documentos, inclusive eletrônicos, e fornecer falsas informações ou elaborar peças
contábeis inidôneas;
Não atender, no prazo estabelecido, à notificação dos Conselhos Federal e Regionais de
Contabilidade;
Intitular-se com categoria profissional que não possua na profissão contábil;
Executar trabalhos técnicos contábeis sem observância das Normas Brasileiras de Contabilidade
editadas pelo CFC;
Renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou imposições que
possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho;
Publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha participado;
Revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação que,
comprovadamente, tenha tido conhecimento, ressalvados os casos previstos em lei ou quando
solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Federal e Regionais de
Contabilidade; e
Exercer a profissão contábil com negligência, imperícia ou imprudência, tendo violado direitos ou
causado prejuízos a outrem.
Somando-se às proibições expostas, é vedado ao profissional contábil efetuar ações publicitárias
ou manifestações que denigram a reputação da ciência contábil, da profissão ou dos colegas,
entre as quais:
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Fazer afirmações desproporcionais sobre os serviços que oferece, sua capacitação ou sobre a
experiência que possui;

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Fazer comparações depreciativas entre o seu trabalho e o de outros; e desenvolver ações
comerciais que iludam a boa-fé de terceiros.
 ATENÇÃO
Sobre esse tema, é importante acrescentar que a publicidade dos serviços contábeis, em
qualquer modalidade ou veículo de comunicação, deve primar pela sua natureza técnica e
científica, sendo vedada a prática da mercantilização. Deverá ainda ter caráter meramente
informativo, de viés moderado e discreto.
Por derradeiro, é permitido ao contador:
✓ Publicar trabalho, científico ou técnico, assinado e sob sua responsabilidade;
✓ Transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro profissional, com a anuência do cliente,
sempre por escrito;
✓ Transferir, parcialmente, a execução dos serviços a seu cargo a outro profissional, mantendo
sempre como sua a responsabilidade técnica; e
✓ Indicar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, títulos, especializações, serviços
oferecidos, trabalhos realizados e a relação de clientes, esta quando autorizada por estes.
VALOR E PUBLICIDADE DOS SERVIÇOS
PROFISSIONAIS
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Os contadores e técnicos em contabilidade recebem remuneração pelos serviços prestados. A
quantificação do montante a que eles farão jus recebe tratamento do Código de Ética, que impõe
alguns parâmetros. Assim, reza que deverá ser estabelecido, por escrito, o valor dos serviços em
suas propostas de prestação de serviços profissionais, considerando os seguintes elementos:
a) a relevância, o vulto, a complexidade, os custos e a dificuldade do serviço a executar;
b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho;
c) a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços;
d) o resultado lícito favorável que, para o contratante, advirá com o serviço prestado;
e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente; e
f) o local em que o serviço será prestado.
DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À
CLASSE
Conforme o item 16 do Código de Ética, a conduta do contador com relação aos colegas deve ser
pautada nos seguintes princípios:
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consideração;
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respeito;
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apreço;
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solidariedade;
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harmonia da classe.
 ATENÇÃO
Importante ressalvar que o espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não
induz nem justifica a participação, ou a conivência com erro ou com atos infringentes de normas
técnicas, éticas ou legais que regem o exercício da profissão.
NORMAS DE CONDUTA EM RELAÇÃO AOS
COLEGAS
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O contador deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas de conduta:
(a) abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras;
(b) abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha
desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que
permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento;
(c) jamais se apropriar de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, que deles
não tenha participado, apresentando-os como próprios; e
(d) evitar desentendimentos com o colega que substituir ou com o seu substituto no exercício
profissional.
NORMAS DE CONDUTA EM RELAÇÃO À CLASSE
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O contador deve, com relação à classe, observar as seguintes normas de conduta:
(a) prestar sua cooperação moral, intelectual e material, salvo circunstâncias especiais que
justifiquem a sua recusa;
(b) zelar pelo cumprimento desta Norma, pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e
pelo aperfeiçoamento de suas instituições;
(c) aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa
recusa;
(d) acatar as decisões aprovadas pela classe contábil;
(e) não formular juízos depreciativos sobre a classe contábil;
(f) informar aos órgãos competentes sobre irregularidades comprovadamente ocorridas na
administração de entidade da classe contábil; e
(g) jamais se utilizar de posição ocupada em entidades de classe para benefício próprio ou para
proveito pessoal.
PENALIDADES
A transgressão aospreceitos estabelecidos na legislação pode acarretar a imposição de
penalidades. Há penas previstas tanto no Decreto-Lei nº 9.295 quanto na NBC PG 01. Vejamos
elas.
PENALIDADES NO DECRETO-LEI Nº 9.295
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Segundo o artigo 27 do Decreto-Lei nº 9.295, as penalidades ético-disciplinares aplicáveis por
infração ao exercício legal da profissão, levando em consideração o tipo de infração cometida,
teremos a aplicação de determinadas penas. Notabilize-se que, não só se aplicam tais
penalidades aos profissionais “pessoas físicas”, como também às empresas ou a quaisquer
organizações contábeis.
De maneira a trazer maior concretude ao que falamos, vejamos alguns exemplos previstos na
legislação supra:
Aplicar-se-á uma multa de uma a dez vezes aos profissionais e de duas a vinte vezes o valor da
anuidade do exercício em curso às empresas ou a quaisquer organizações contábeis, quando
restar comprovada infração pelo exercício ilegal da profissão àqueles que anunciarem serviços
contábeis sem a devida habilitação.
Mais detidamente: a depender da situação, poderá até haver a suspensão do exercício da
profissão pelo prazo de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ou mesmo a cassação do exercício
profissional, quando comprovada incapacidade técnica de natureza grave, por exemplo.
Noutro giro, a alínea g do art. 27º que dispôs sobre a advertência reservada, censura reservada
e censura pública, ao mesmo tempo conferiu aos Conselhos de Contabilidade a elaboração de
um Código de Ética (art. 10 do Decreto-Lei nº 1.040/1969).
Em decorrência dessa autorização expressa para a elaboração de um diploma infralegal, as
normas relativas ao regime disciplinar dos profissionais contábeis não se resumem àquelas
trazidas no Decreto-Lei nº 9.295.
Antes de seguir nessa análise, todavia, é importante verificar algumas consequências oriundas
das penalidades acima tratadas.
CONSEQUÊNCIAS
Segundo o artigo 29 do Decreto-Lei nº 9.295, o profissional suspenso do exercício da profissão
fica obrigado a depositar a carteira profissional ao Conselho Regional de Contabilidade que tiver
aplicado a penalidade, até a expiração do prazo de suspensão, sob pena de apreensão desse
documento.
Caso seja-lhe aplicada multa, a falta de seu pagamento importará, decorridos trinta (30) dias da
notificação, em suspensão, por noventa dias, do profissional ou da organização que nela tiver
incorrido.
Das multas impostas pelos Conselhos Regionais poderá, dentro do prazo de sessenta dias,
contados da notificação, ser interposto recurso, sem efeito suspensivo, para o Conselho Federal
de Contabilidade (art. 32, Decreto-Lei nº 9.295).
Não se efetuando amigavelmente o pagamento das multas, serão estas cobradas pelo executivo
fiscal, na forma da legislação vigente.
São solidariamente responsáveis pelo pagamento das multas os infratores e os indivíduos, firmas,
sociedades, companhias, associações ou empresas a cujos serviços se achem.
As penas de suspensão do exercício serão impostas aos profissionais pelos Conselhos Regionais,
recurso para o Conselho Federal Contabilidade (art. 32, Decreto-Lei nº 9.295).
As multas serão aplicadas no grau máximo quando os infratores já tiverem sido condenados, por
sentença passada em julgado, em virtude da violação de dispositivos legais (art. 34, Decreto-Lei
nº 9.295).
No caso de reincidência na mesma infração, praticada dentro prazo de dois anos, a penalidade
será elevada ao dobro da anterior (art. 35, Decreto-Lei nº 9.295).
PENALIDADES NO CÓDIGO DE ÉTICA –
INFRAÇÕES ÉTICAS
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Ante a autorização legal acima estudada, o Código de Ética trouxe algumas situações passíveis
de penalidades. Assim, ele explicita a legislação vigente para informar que a transgressão a
preceitos dele constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de
uma das seguintes penalidades:
✘ advertência reservada;
✘ censura reservada; ou
✘ censura pública.
Essas penalidades estão sujeitas a circunstâncias que podem atenuar ou agravar os seus efeitos.
ATENUANTES
Como afirmado anteriormente, a depender das circunstâncias, no momento de aplicação das
sanções éticas poderão ter lugar algumas atenuantes, ou seja, ocasionando a diminuição da
pena imposta, quando, por exemplo: (a) houver primariedade do profissional no quadro de
sanções éticas; (b) estiver em espécie de legítima defesa de prerrogativas da profissão, é dizer,
em defesa de prerrogativa profissional; (c) ter atividade de relevância perante à Contabilidade; e
(d) “aplicação de salvaguardas”.
AGRAVANTES
Em sentido inverso às atenuantes, poderemos ter punições aumentadas pelas agravantes, caso
haja reincidência do profissional na prática de infração ética (leia-se, punição transitada em
julgado), ou o ato comissivo ou omissivo seja — de tal maneira — gravoso à imagem dos
contadores, sendo uma espécie de ferimento à honra. E, ainda, a exigir uma análise casuística do
quadro factual havido, ou seja, apenas num prudente julgamento, caso a caso, os julgadores
poderão agravar a punição face à gravidade da infração.
DESAGRAVO PÚBLICO
Por fim, o contador pode requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade,
quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão.
NBC PG 100
Além da normatização acima referenciada, existem outros preceitos que informam o exercício da
profissão contábil. Neste sentido, a NBC PG 100 descreve os princípios fundamentais de ética
para os profissionais da contabilidade, refletindo o reconhecimento da profissão e de sua
responsabilidade de interesse público. Esses princípios estabelecem o padrão de comportamento
esperado do profissional da contabilidade.
Os princípios fundamentais são:
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Integridade;
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Objetividade;
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Competência profissional e devido zelo;
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Confidencialidade;
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Comportamento profissional.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, INDEPENDÊNCIA E
ESTRUTURA CONCEITUAL
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A norma analisada requer que os profissionais da contabilidade cumpram com os princípios
fundamentais de ética e apliquem a estrutura conceitual nela fornecida para identificar, avaliar e
tratar as ameaças ao cumprimento deles.
Vejamos como isso pode ocorrer:
CUMPRIMENTO DO CÓDIGO
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Na NBC PG 100, o produtor de regras se referiu ao Código, o que deve ser entendido como o
conjunto das NBCs PG 100, 200 e 300 e da NBC PA 400 e da NBC PO 900, que tem por base o
Código de Ética do Comitê Internacional de Normas Éticas para Contadores (Iesba) da Ifac.
Abordaremos os principais assuntos referentes a isso, a fim de dar uma visão global do tema, com
o fito de complementar as considerações trazidas anteriormente.
Vejamos:
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Segundo o item 110.1A1 da NBC PG 100, existem cinco princípios fundamentais de ética para
os profissionais da contabilidade:
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Integridade – ser direto e honesto em todas as relações profissionais e comerciais.
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Objetividade – não comprometer julgamentos profissionais ou comerciais devido a
comportamento tendencioso, a conflito de interesses ou à influência indevida de outros.
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Competência profissional e devido zelo – para: (i) obter e manter conhecimento profissional e
habilidade no nível necessário para assegurar que o cliente ou a organização empregadora
receba serviço profissional competente, com base em padrões técnicos e profissionais atuais e
legislação relevante; e (ii) atuar de forma diligente e de acordo com os padrões técnicos e
profissionais aplicáveis.
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Confidencialidade – respeitar a confidencialidade das informações obtidas em decorrência de
relações profissionais e comerciais.
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Comportamento profissional – cumprir com as leis e os regulamentos pertinentes e evitar
qualquer condutada qual o profissional da contabilidade tenha conhecimento ou deva ter
conhecimento que possa desacreditar a profissão.
DEVERES ÉTICOS DO CONTADOR E OS
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÉTICA
O especialista Felipe Fernandes discorrerá sobre os deveres e princípios éticos nesse vídeo.
ESTRUTURA CONCEITUAL
Conforme o item 120.1 da NBC PG 100, as circunstâncias nas quais o profissional da
contabilidade trabalha podem gerar ameaças ao cumprimento dos princípios acima elencados.
Vejamos como lidar com essas situações:
REQUISITOS E MATERIAL DE APLICAÇÃO
Primeiramente, ressaltamos que a norma analisada (NBC PG 100) refere-se, muitas vezes, ao
Código de Ética Internacional para Profissionais da Contabilidade da Ifac, o qual chamamos
apenas de “Código”. Esse, por sua vez, é estruturado em cinco partes, que, além da NBC PG 100,
compreende ainda a NBC PG 200 – Contadores Empregados (Contadores Internos); NBC PG 300
– Contadores que Prestam Serviços (Contadores Externos); e as Normas Internacionais de
Independência, que são a NBC PA 400 – Independência para Trabalho de Auditoria e Revisão; e a
NBC PO 900 – Independência para Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão.
Dada a limitação do escopo do presente conteúdo, versaremos apenas sobre a NBC PG 100,
ressalvando, todavia, a possiblidade de consulta a essas outras fontes sempre que surgir alguma
dúvida adicional.
No que tange especificamente à aplicação da estrutura conceitual tratada nessas normas, deverá
o profissional da contabilidade:
✓ exercer o julgamento profissional;
✓ permanecer atento a novas informações e mudanças em fatos e circunstâncias;
✓ usar o “teste do terceiro informado e prudente” descrito no item 120.5A4 (explicado adiante).
EXERCÍCIO DO JULGAMENTO PROFISSIONAL
O julgamento profissional envolve a aplicação de treinamento relevante, conhecimento
profissional, habilidade e experiência proporcionalmente aos fatos e às circunstâncias, incluindo a
natureza e escopo das atividades profissionais específicas e os interesses e os relacionamentos
envolvidos.
TERCEIRO INFORMADO E PRUDENTE
Aqui vemos especificamente o conceito normativo do “teste do terceiro informado e prudente”.
Esse consiste na consideração, por parte do profissional, da contabilidade quanto a se as mesmas
conclusões seriam provavelmente obtidas por outra parte. Essa consideração é feita do ponto de
vista de um terceiro informado e prudente que pondera todos os fatos e circunstâncias relevantes
dos quais o profissional da contabilidade tem conhecimento ou dos quais poderia, de forma
razoável, ter conhecimento, na época em que as conclusões são feitas. O terceiro informado e
prudente não precisa ser profissional da contabilidade, mas teria o conhecimento e a experiência
pertinentes para entender e avaliar a adequação das conclusões do profissional da contabilidade
de forma imparcial.
IDENTIFICAÇÃO DE AMEAÇAS
Ainda, o profissional da contabilidade deve identificar ameaças ao cumprimento dos princípios
fundamentais. Trata-se de aspecto relevante em sua atuação.
Essas se enquadram em uma ou mais das seguintes categorias:
Ameaça de
interesse
próprio
A ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse
influenciará, de forma inadequada, o julgamento ou o
comportamento do profissional da contabilidade;
Ameaça de
autorrevisão
a ameaça de que o profissional da contabilidade não avaliará
adequadamente os resultados de julgamento feito anteriormente ou
de atividade desenvolvida pelo profissional da contabilidade ou por
outra pessoa da firma ou organização empregadora do profissional
da contabilidade nos quais o profissional da contabilidade confiará
para formar um julgamento como parte do desenvolvimento da
atividade atual;
Ameaça de
defesa de
interesse do
cliente
a ameaça de que o profissional da contabilidade promoverá ou
defenderá uma posição de cliente ou da organização empregadora a
ponto em que sua objetividade fique comprometida;
Ameaça de
familiaridade
a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o
cliente ou a organização empregadora, o profissional da contabilidade
torne-se solidário aos interesses deles ou aceitar seu trabalho sem
muito questionamento; e
Ameaça de
intimidação
a ameaça de que o profissional da contabilidade será dissuadido de
agir de forma objetiva devido a pressões reais ou aparentes, incluindo
tentativas de exercer influência indevida sobre o profissional da
contabilidade.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Quadro: Identificação de ameaças.
Elaborado por: Felipe Gonçalves Fernandes
AVALIAÇÃO DAS AMEAÇAS
Quando o profissional da contabilidade identificar uma ameaça ao cumprimento dos princípios
fundamentais, ele deve avaliar se essa ameaça está em nível aceitável.
Há alguns fatores relevantes que devem ser levados em conta para a avaliação do nível das
ameaças. Vejamos quais são eles.
FATORES RELEVANTES NA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DAS
AMEAÇAS
Os fatores relevantes são: fatores qualitativos, quantitativos, condições políticas e procedimentos
descritos no item 120.6A1 da NBC PG 1001 , assim como possível efeito combinado de ameaças
múltiplas.
CONSIDERAÇÃO DE NOVAS INFORMAÇÕES OU
MUDANÇAS NOS FATOS E CIRCUNSTÂNCIAS
Se o profissional da contabilidade tomar conhecimento de novas informações ou mudanças em
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fatos e circunstâncias que possam afetar a eliminação ou redução de uma ameaça a um nível
aceitável, ele deve reavaliar e tratar essa ameaça de acordo.
Se as novas informações resultarem na identificação de nova ameaça, o profissional da
contabilidade deve avaliar e, conforme apropriado, tratar essa ameaça.
Mas como ele pode fazer isso?
Veremos na aba a seguir.
TRATAMENTO DAS AMEAÇAS
Segundo item 120.10 da NBC PG 100, se o profissional da contabilidade determinar que as
ameaças ao cumprimento dos princípios fundamentais identificadas não estão em nível aceitável,
ele deve tratar essas ameaças mediante a sua eliminação ou redução a um nível aceitável. O
profissional da contabilidade deve assim fazê-lo, mediante:
✓ a eliminação das circunstâncias, incluindo interesses ou relacionamentos, que estão gerando as
ameaças;
✓ a aplicação de salvaguardas, quando disponíveis e que possam ser aplicadas, para reduzir as
ameaças a um nível aceitável;
✓ a recusa ou o término da atividade profissional específica.
AÇÕES PARA ELIMINAR AMEAÇAS
Dependendo dos fatos e circunstâncias, a ameaça pode ser tratada mediante a eliminação da
circunstância que gerou a ameaça. Entretanto, há algumas situações em que as ameaças só
podem ser tratadas mediante a recusa ou o término da atividade profissional específica.
Isso é porque as circunstâncias que criaram as ameaças não podem ser eliminadas, e as
salvaguardas não podem ser aplicadas para reduzir a ameaça a um nível aceitável.
120.6A1
O entendimento dos fatos e circunstâncias, incluindo quaisquer atividades profissionais,
interesses e relacionamentos que podem comprometer o cumprimento dos princípios
fundamentais, é um pré-requisito para a identificação de ameaças por parte do profissional
da contabilidade a esse cumprimento. A existência de determinadas condições, políticas e
procedimentos estabelecidos pela profissão, legislação, regulamentação, firma ou
organização empregadora que pode melhorar a postura ética do profissional da
contabilidade também pode ajudar na identificação de ameaças ao cumprimento dos
princípios fundamentais. O item 120.8A2 inclui exemplos gerais dessas condições, políticas
e procedimentos que também são fatores relevantes na avaliação dos níveis de ameaças.
CONSIDERAÇÃO DE JULGAMENTOS
SIGNIFICATIVOS FEITOS E CONCLUSÕES GERAIS
OBTIDAS
Foto: Shutterstock.com
O profissional da contabilidade deve formar uma conclusão geral quanto a se as ações que ele
tomar, ou pretende tomar, para tratar as ameaças criadas eliminarão essas ameaças ou as
reduzirãoa um nível aceitável. Ao formar uma conclusão geral, o profissional da contabilidade
deve:
I
Rever todos os julgamentos significativos feitos ou conclusões obtidas; e
II
Usar o teste do terceiro informado e prudente.
CONSIDERAÇÕES PARA TRABALHOS DE
AUDITORIA, DE REVISÃO E DE OUTROS
TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
Foto: Shutterstock.com
INDEPENDÊNCIA
As normas internacionais de independência exigem que os contadores que prestam serviços
(contadores externos) sejam independentes ao realizarem trabalhos de auditoria, de revisão e de
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outros trabalhos de asseguração. A independência está relacionada com os princípios
fundamentais de objetividade e de integridade. Ela compreende:
INDEPENDÊNCIA DE PENSAMENTO
Postura que permite a expressão de uma conclusão que não seja afetada por influências que
comprometem o julgamento profissional, permitindo assim que pessoa atue com integridade e
exerça a objetividade e o ceticismo profissional;
APARÊNCIA DE INDEPENDÊNCIA
A prevenção de fatos e circunstâncias que sejam tão significativos que um terceiro informado e
prudente provavelmente concluiria que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da
firma ou de membro da equipe de auditoria ou asseguração tenham sido comprometidos.
As normas internacionais de independência apresentam os requisitos e o material de aplicação
sobre a forma de aplicar a estrutura conceitual, para manter a independência na realização de
trabalhos de auditoria, de revisão ou de outros trabalhos de asseguração.
Os profissionais da contabilidade e as firmas têm que cumprir com essas normas para que sejam
independentes na condução desses trabalhos. A estrutura conceitual para identificar, avaliar e
tratar as ameaças, ao cumprimento dos princípios fundamentais, se aplica da mesma forma ao
cumprimento dos requisitos de independência. As categorias de ameaças ao cumprimento dos
princípios fundamentais descritas também são as categorias de ameaças ao cumprimento dos
requisitos de independência.
CETICISMO PROFISSIONAL
Nos termos das normas de auditoria, de revisão e de outras normas de asseguração, os
contadores que prestam serviços (contadores externos) têm que exercer o ceticismo
profissional no planejamento e condução de trabalhos de auditoria, de revisão e de outros
trabalhos de asseguração. O ceticismo profissional e os princípios fundamentais tratados
(integridade, objetividade, competência profissional e devido zelo, confidencialidade e
comportamento profissional) são conceitos inter-relacionados.
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (CONSULPLAN – 2020 – CFC – BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS.
ADAPTADA.) A NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC PG 01 –
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR TEM POR OBJETIVO
FIXAR A CONDUTA DO CONTADOR, NO EXERCÍCIO DA SUA ATIVIDADE E
NOS ASSUNTOS RELACIONADOS À PROFISSÃO E À CLASSE. EM
RELAÇÃO AO CONTEÚDO DESSA NORMA, ASSINALE A AFIRMATIVA
CORRETA.
A) No desempenho de suas funções, o contador pode renunciar à liberdade profissional, devendo
evitar quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficácia e a correção de seu
trabalho.
B) O contador não pode indicar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, títulos,
especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e a relação de clientes, mesmo que seja
autorizado por esses clientes.
C) Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como atenuantes: (a) ação ou
omissão que macule publicamente a imagem do contador; (b) punição ética anterior transitada em
julgado; e (c) gravidade da infração.
D) A transgressão de preceito da NBC PG 01 – Código de Ética Profissional do Contador, constitui
infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes
penalidades: (a) advertência reservada; (b) censura reservada; ou (c) censura pública.
E) O contador poderá orientar o cliente ou o empregador contra Normas Brasileiras de
Contabilidade, quando assim conseguir diminuir a sua carga tributária.
2. (CONSULPLAN – 2019 – CFC – BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS –
1º EXAME. ADAPTADA.) O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO
CONTADOR PREVÊ OS ELEMENTOS QUE DEVEM NORTEAR O VALOR DOS
SERVIÇOS A SEREM PRESTADOS. AO APRESENTAR O VALOR DOS
HONORÁRIOS EM SUA PROPOSTA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
PROFISSIONAIS, O CONTADOR DEVERÁ CONSIDERAR OS SEGUINTES
ELEMENTOS, EXCETO:
A) O tempo que será consumido para a realização do trabalho.
B) O resultado lícito favorável que, para o contratante, advirá com o serviço prestado.
C) A relevância, o vulto, a complexidade, os custos e a dificuldade do serviço a executar.
D) As afirmações desproporcionais feitas sobre os serviços que oferece, a fim de que possam ser
cobradas mais horas.
E) A possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços.
GABARITO
1. (CONSULPLAN – 2020 – CFC – Bacharel em Ciências Contábeis. Adaptada.) A Norma
Brasileira de Contabilidade NBC PG 01 – Código de Ética Profissional do Contador tem por
objetivo fixar a conduta do contador, no exercício da sua atividade e nos assuntos
relacionados à profissão e à classe. Em relação ao conteúdo dessa Norma, assinale a
afirmativa correta.
A alternativa "D " está correta.
A alternativa D transcreve o disposto no item 19 da NBC PG 01: “A transgressão de preceito desta
Norma constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das
seguintes penalidades: (a) advertência reservada; (b) censura reservada; ou (c) censura pública”.
Já as alternativas A, B, C e E estão incorretas, por contradizerem o que estabelece o referido
instrumento:
a) NBC PG 01 – item 4. “No desempenho de suas funções, é vedado ao contador: (t) renunciar à
liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a
eficácia e a correção de seu trabalho”;
b) NBC PG 01 – item 5. “O contador pode: (d) indicar, em qualquer modalidade ou veículo de
comunicação, títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e a relação de
clientes, esta quando autorizada por estes”;
c) NBC PG 01 – item 21. “Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como
agravantes: (a) ação ou omissão que macule publicamente a imagem do contador; (b) punição
ética anterior transitada em julgado; e (c) gravidade da infração”;
e) NBC PG 01 – item 5. “No desempenho de suas funções, é vedado ao contador: (m) orientar o
cliente ou o empregador contra Normas Brasileiras de Contabilidade e contra disposições
expressas em lei”.
2. (CONSULPLAN – 2019 – CFC – Bacharel em Ciências Contábeis – 1º Exame. Adaptada.) O
Código de Ética Profissional do Contador prevê os elementos que devem nortear o valor
dos serviços a serem prestados. Ao apresentar o valor dos honorários em sua proposta de
prestação de serviços profissionais, o contador deverá considerar os seguintes elementos,
exceto:
A alternativa "D " está correta.
O item 7 do Código de Ética NBC PG 01 estabelece que: "o contador deve estabelecer, por
escrito, o valor dos serviços em suas propostas de prestação de serviços profissionais,
considerando os seguintes elementos: (a) a relevância, o vulto, a complexidade, os custos e a
dificuldade do serviço a executar; (b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho;
(c) a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços; (d) o resultado lícito
favorável que, para o contratante, advirá com o serviço prestado; (e) a peculiaridade de tratar-se
de cliente eventual, habitual ou permanente; e (f) o local em que o serviço será prestado".
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No presente conteúdo, analisamos minuciosamente o regime jurídico dos Conselhos de
Contabilidade, por meio da investigação de sua composição, do modo de eleição de seus
membros, da forma de mandato e, o mais importante, das competências a eles legalmenteincumbidas. Além disso, foram estudadas suas receitas e regime de pessoal. Verificamos, assim,
a importância e a relevância dessas autarquias para os profissionais que exercem a carreira
contábil.
No segundo módulo, foi possível analisar, de maneira pormenorizada, a legislação e as normas
infralegais que regem o regime disciplinar da carreira contábil, identificando as penalidades,
deveres, vedações e permissibilidades referentes a ela, além de situações que possam gerar
ameaças ao bom desempenho dessa função.
Assim, estudamos o regime jurídico dos Conselhos profissionais contábeis, as atribuições
privativas dos profissionais a eles vinculados, bem como as atividades que não são prerrogativas
exclusivas deles e as possíveis penalidades aplicáveis àqueles que desempenham essas funções.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
EXPLORE+
Para aprofundamento dos temas expostos, leia:
Decreto-Lei nº 9.295/1946, que cria o Conselho Federal de Contabilidade e dá outras
providências;
Decreto-Lei nº 1.040/1969, que dispõe sobre os Conselhos Federal e Regionais de
Contabilidade, regula a eleição de seus membros e dá outras providências;
Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade, instituído pela Resolução nº 1.612, de
11 de fevereiro de 2021;
Código de Ética Profissional do Contador – NBC PG 01;
NBC PG 100, a fim de estudar como se dá o cumprimento do Código, dos princípios
fundamentais e da estrutura conceitual;
Demais normas que compõem o Código: NBC PG 200, NBC PG 300 e NBC PO 900.
CONTEUDISTA
Felipe Gonçalves Fernandes
 CURRÍCULO LATTES
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