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FISIO DA MEMBRANA CELULAR

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Fisiologia da Membrana Celular 
A membrana celular é importante para 
limitar compartimentos intracelular e extracelular. 
Apesar de um equilíbrio/homeostase estabelecido 
entre os meios, as concentrações dos eletrólitos 
importantes e de outras substâncias nos líquidos 
extra (LEC ou FEC) e intracelular (LIC ou FIC) não 
são exatamente as mesmas, gerando assim, um 
gradiente de concentração. Essas diferenças são 
muito importantes para a vida das células. 
O líquido extracelular forma 40% dos 
líquidos corporais, e o líquido intracelular forma 
60% dos líquidos corporais. Ambos são 
compostos basicamente por água e solutos. 
Solutos e solventes, de maneira seletiva, podem 
entrar e sair da célula passando do vaso para o 
interstício e do interstício para célula. Como nos 
vasos capilares há somente uma camada de 
células, ocorre dispersão por difusão dos solutos 
e solventes. 
Gradiente de Concentração = diferença de 
quantidade de soluto de um meio para o outro. 
→ Introdução: 
- Essa membrana consiste quase inteiramente em 
uma bicamada lipídica, contendo também grande 
número de moléculas de proteínas incrustadas 
nos lipídios, muitas delas penetrando por toda a 
espessura da membrana. 
- A membrana plasmática é uma estrutura semi-
permeável (permeabilidade seletiva) já que tem na 
sua composição outras estruturas que permitem 
ou não a passagem de determinadas substâncias 
na célula. Vai variar de acordo com peso 
molecular, composição, carga, tamanho da 
molécula/substância. 
 Atravessam a Bicamada Lipídica: Gases; 
Moléculas hidrofóbica (apolares); Moléculas 
hidrofílicas (polares) muito pequenas e não 
carregadas. 
 Não Atravessam a Bicamada Lipídica: 
Moléculas hidrofílicas (polares) grandes; 
Aminoácidos; Ácidos Nucleicos; Moléculas 
carregadas (íons). 
- Canais iônicos são exemplo de estruturas feitas 
de proteínas organizadas localizadas na 
membrana plasmática, com função de dar 
passagem para íons (transporte iônico através da 
membrana). 
→ Transportes através da membrana 
Diversos tipos de mecanismos são 
responsáveis pelo transporte de substâncias 
através das membranas celulares. As substâncias 
podem ser transportadas seguindo seu gradiente 
eletroquímico ou contra esse gradiente 
eletroquímico. 
O transporte seguindo seu gradiente 
eletroquímico ocorre passivamente por difusão 
(simples ou facilitada), e não requer o uso de 
energia metabólica. Ambos os processos ocorrem 
a favor do gradiente de concentração e tratam-se 
de movimentos de soluto, e não de solvente. 
O transporte contra esse gradiente 
eletroquímico ocorre de forma ativa e pode ser 
primário ou secundário. Os transportes ativos 
primários e secundários são diferenciados por sua 
fonte de energia (direta ou indireta). 
A difusão simples é a única forma de 
transporte que não é mediada por carreadores. A 
difusão facilitada, o transporte ativo primário e o 
transporte ativo secundário envolvem proteínas 
integrais da membrana e são denominados 
transportes mediados por carreador. Todas as 
formas de transporte mediado por carreador 
compartilham as três características seguintes: 
saturação, estereoespecificidade e competição 
Obs: quantidade de íons 
varia biologicamente, e não 
tem relação matemática/ 
numérica 
 
 
Obs: existem proteínas plasmáticas denominadas 
GLUTs (ex de difusão facilitada), são 
transportadoras de glicose (algumas são 
estimuladas pela insulina), portanto tem receptor 
de membrana para a insulina que ativa a GLUT 
 
 
 
Julia Jordão TXXII 
 
RELEMBRANDO 
- Difusão Simples: significa que o movimento cinético 
das moléculas ou dos íons ocorre através de abertura 
na membrana ou através dos espaços 
intermoleculares, sem que ocorra qualquer interação 
com as proteínas carreadoras da membrana (sem 
mediadores). A difusão simples pode ocorrer através da 
membrana celular por duas vias: interstícios da 
bicamada lipídica ou canais aquosos que penetram a 
espessura da membrana 
- Difusão Facilitada: usa um carreador de membrana e 
exibe todas as características do transporte mediado 
por carreador. Em baixa concentração de soluto, a 
difusão facilitada é, caracteristicamente, mais rápida do 
que a difusão simples, devido à função do carreador. 
No entanto, em concentrações mais altas, os 
carreadores ficam saturados e a difusão facilitada é 
menor. (Por outro lado, a difusão simples continua 
enquanto existir gradiente de concentração de soluto.) 
 
Na difusão facilitada, por conta do número 
de proteínas transportadoras (saturadas), a partir 
de certo ponto de saturação, a velocidade de 
transporte será a mesma (constante), 
independente da variação da concentração de 
substancias. Na difusão simples, por não precisar 
de proteínas transportadoras, quanto maior a 
concentração, maior a velocidade de transporte. 
 
RELEMBRANDO 
Transporte ativo: alguma fonte de energia deve causar 
maior deslocamento dos íons. Quando a membrana 
celular transporta as moléculas ou íons “para cima”, 
contra um gradiente de concentração (ou “para cima”, 
contra um gradiente elétrico ou de pressão), o processo 
é chamado de transporte ativo. O transporte ativo é 
dividido em dois tipos, de acordo com a fonte de energia 
usada para facilitar o transporte: o transporte ativo 
primário e o transporte ativo secundário. 
 
- O equilíbrio dinâmico nos chama atenção para a 
homeostasia. Ou seja, os eletrólitos, por exemplo 
(sódio, potássio, cloro e cálcio), estão 
constantemente buscando esse equilíbrio, 
distribuídos dentro e fora da célula, mas não 
atingem igualdade numérica, formando gradiente 
iônico. 
Obs: Uma injeção letal é a injeção de KCl. Isso 
ocorre pois aumenta a concentração de potássio 
fora da célula realizando um fluxo de íons potássio 
de dentro para fora da célula e, dessa forma, as 
células param (por ocorrer a aproximação das 
concentrações do líquido extracelular e do líquido 
intracelular). 
Obs: eletrocardiograma é o registro gráfico da 
atividade elétrica do coração que vem do fluxo de 
íons. O eletrocardiograma não mostra sístoles e 
diástoles, quem mostra é o ecocardiograma 
 
→ Canais iônicos 
- Realizam fluxos iônicos (transportes iônicos), 
para o equilíbrio dinâmico 
- Os canais iônicos são proteínas integrais 
transmembrânicas de células excitáveis que, 
quando abertos, permitem a passagem de certos 
íons. Assim, os canais iônicos são seletivos e 
permitem que íons com características específicas 
se movam através deles. Essa seletividade é 
baseada na dimensão do canal e nas cargas que 
os revestem. Os canais revestidos com cargas 
negativas, por exemplo, permitem a passagem de 
cátions, mas não de ânions; canais revestidos com 
cargas positivas permitem a passagem de ânions, 
mas não de cátions. 
- Quando o canal está aberto, os íons, para os 
quais é seletivo, podem fluir por ele por difusão 
passiva, seguindo o gradiente eletroquímico 
existente. Quando o canal está fechado, os íons 
não podem fluir por ele, independentemente da 
intensidade do gradiente eletroquímico. A 
permeabilidade do canal depende da 
probabilidade de estar aberto. 
- As comportas de canais de íons são controladas 
por três tipos de sensores. Um tipo de comporta 
possui sensores que respondem a alterações no 
potencial de membrana, e um segundo tipo de 
comporta responde a alterações nas moléculas de 
sinalização (ou seja, os canais dependentes de 
segundo mensageiro), e um terceiro tipo de 
comporta responde a mudanças nos ligantes, 
como hormônios ou neurotransmissores. 
- Classificação de canais iônicos quanto a 
especificidade: temos canais iônicos específicos 
(somente um tipo de íon, ex de sódio) e 
inespecíficos (mais de um tipo de íon, ex de sódio 
e hidrogênio). Em uma mesma célula, pode ter os 
dois tipos de canais. 
- Classificação de canais iônicos quanto ao 
estágio do canal ou estado: temos canaisiônicos 
ativos e passivos. Dependendo da 
conformação/estágio/estado do canal iônico ativo, 
pode estar em repouso, ativado ou inativado; 
sendo que, ao estar em repouso ou inativado, 
estará fechado, e ativado estará aberto. Sabendo 
disso, só haverá fluxo iônico se o canal iônico ativo 
estiver aberto. Já no caso de canais iônicos 
passivos, eles possuem uma conformação/estágio 
que os torna permanentemente abertos. Uma 
mesma membrana celular pode possuir os 
diferentes tipos de canais. 
- Um axônio, por exemplo, de diâmetro maior, 
possui uma área de superfície de membrana 
maior, e consequentemente, maior local para 
canais iônicos, o que aumenta a velocidade de 
propagação de um potencial de ação. A 
quantidade de canais iônicos vai influenciar na 
velocidade de transmissão do potencial de ação. 
- No caso de canais iônicos ativos, passa do 
repouso para ativado, e depois inativado, havendo 
um ciclo. Ainda podem ser subclassificados como 
rápidos e lentos, de acordo com o tempo (em 
milissegundos) de abertura do canal. Quanto mais 
lento o canal for, maior o fluxo iônico (por que fica 
mais tempo aberto). Devemos levar em 
consideração a quantidade de canais iônicos e a 
frequência de ativação de abertura de um canal 
rápido (influenciará no fluxo iônico, e consequente 
velocidade de transmissão do potencial de ação). 
- O que faz um canal ativo ser aberto/ativado? 
Existem canais ativos dependentes de ligantes 
(quimiodependentes) que interagem em 
receptores (molécula química sinalizadora, ex: 
neurotransmissores, neurônios e fármacos), 
voltagem (mudança no gradiente elétrico 
dependente do gradiente iônico) e de estímulo 
mecânico (ex: estiramento da membrana, tato). Os 
receptores específicos de membrana podem ser 
ionotrópicos e metabotrópico; causarão uma 
resposta biológica dependendo da interação com 
o ligante que gera gradiente elétrico. 
- O fluxo iônico de um canal passivo é sempre 
contínuo? O canal passivo é permanentemente 
aberto, mas ao carregar a membrana com cargas 
(atingir o equilíbrio eletroquímico), começa a 
repelir e impedir esse fluxo 
- A associação de canais passivos à bombas de 
íons, cria-se gradiente iônicos para transportes 
através de canais iônicos da membrana, formando 
potencial de repouso e potencial de ação. 
- Células excitáveis possuem membrana 
plasmática com um número maior de canais 
iônicos passivos para potássio do que das outras 
células do corpo. Além disso, possui cargas 
elétricas (membrana polarizada): o lado de dentro 
da membrana é carregado negativamente e o lado 
de fora da membrana é carregado positivamente; 
capazes de formar ddp entre extra e intracelular, é 
sempre negativo pois se considera o LIC. 
- O que explica/justifica a polaridade da membrana 
excitável? Canais passivos de potássio (efluxo), 
bomba de sódio e potássio (gradiente de 
concentração e carga) e canais passivos de 
cloreto (influxo de carga negativa) 
- Efluxo é a saída de íons para o meio externo 
através de canais iônicos, influxo é a entrada 
- DDP= diferença de potencial elétrico 
- Na injeção de cloreto no corpo, estamos 
igualando as cargas extra e intracelular, 
quebrando o gradiente eletroquímico. Por isso não 
há contração e causa parada cardiorrespiratória 
 
Na figura A, os 
dois lados possuem a 
mesma concentração 
iônica, e não há fluxo 
iônico (pelos canais da 
membrana permeável) 
como não tem gradiente 
de concentração. Na 
figura B, existe diferença 
de concentração iônica, 
ou seja, existe gradiente 
de concentração; 
assumimos que ocorre 
transporte passivo, pois o 
fluxo iônico é a favor do 
gradiente (canal passivo 
ou ativo aberto). Na figura C, o fluxo do íon muda 
cargas elétricas na membrana das células, há um 
efluxo de potássio por difusão pelos canais iônicos 
passivos (lado de fora fica positivo e o lado de 
dentro fica negativo). Então, a bomba de sódio e 
potássio começa a agir, transportando sódio para 
fora da célula e potássio para dentro, auxiliando na 
manutenção do gradiente de concentração e o 
gradiente elétrico (3 sódios para cada 2 potássios, 
fazendo um déficit negativo dentro). 
 
Canais Passivos de Potássio: Uma proteína de canal, 
algumas vezes conhecida por “canal de potássio” ou 
“canal de vazamento de potássio”, permite o efluxo 
(saída) continuo de potássio, por difusão facilitada, em 
uma membrana em repouso. Devido a esse vazamento 
continuo de potássio, é fato que o deslocamento do 
cátion (positivo) para o meio extracelular resultara em 
um desequilíbrio eletroquímico na membrana, 
contribuindo para a formação/homeostase de uma ddp 
e, consequentemente, da polaridade de membrana. 
Dessa forma, a membrana celular em repouso possui 
um meio intracelular negativo, devido a saída de cátion 
da célula, e um meio extracelular positivo, devido a 
chegada de cátion. 
Bomba de Sódio-Potássio: Todas as membranas 
celulares do corpo contêm uma bomba de Na+-K+ 
potente, que transporta continuamente íons sódio para 
fora da célula, e íons potássio para dentro da célula. 
Deve ser notado que essa é uma bomba eletrogênica, 
porque mais cargas positivas são bombeadas para fora 
que para dentro (três íons Na+ para fora, a cada dois 
íons K+ para dentro), deixando déficit real de íons 
positivos na parte de dentro; isso gera o potencial 
negativo, no lado de dentro das membranas celulares. 
A bomba de Na+-K+ produz também grande gradiente 
de concentração para o sódio e para o potássio, através 
da membrana nervosa em repouso. 
Equilíbrio Eletroquímico: A célula atinge seu equilíbrio 
eletroquímico, quando apesar de ainda haver gradiente 
iônico e canais passivos, a membrana não apresenta 
fluxo de íons. Esse fenômeno é explicado pelo 
gradiente elétrico, isto é, a carga positiva, apresentada 
fora da membrana, gera uma repulsão aos íons 
potássios (positivos) impedindo, assim, o fluxo desses 
pelos canais passivos. 
 
 
→ Polarização da membrana 
- Neurônios e células musculares são 
denominadas células excitáveis e/ou 
autoexcitáveis e possuem características que as 
tornam diferentes. Quando pegamos uma célula 
excitável em repouso, temos a parte interna da 
membrana e o líquido intracelular com polaridade 
diferente da parte externa da membrana e do 
liquido extracelular. Esse fato é denominado 
polarização da membrana, em que, no estado 
normal, há uma DDP entre o meio intra e o meio 
extracelular, sendo o meio intracelular carregado 
negativamente e o meio extracelular carregado 
positivamente. 
- Essa DDP é dada em mV (miliVolts), e é 
denominado Potencial de Membrana (Vm), 
podendo-se calcular matematicamente quanto 
cada íon contribui para ela. Por exemplo, Cl-, 
Ca++, Na+ não participam tanto na manutenção 
da polarização. Isso ocorre pois por mais as 
células sejam permeáveis a esses componentes, 
algumas possuem mais canais iônicos para 
determinado componente. 
- Obs: Canais passivos são diferentes de 
transportes passivos. Canais passivos são canais 
que ficam sempre abertos. Transportes passivos 
são transportes onde não há gasto de energia. 
- O que mantém essa membrana polarizada? 
• Canais Passivos de K+ O efluxo de potássio 
através dos canais passivos de K+ é uma das 
explicações para a polarização da membrana em 
neurônios e células musculares. As concentrações 
de potássio dentro da célula são sempre maiores 
que fora dela, criando assim um gradiente de 
concentração e subsequente efluxo de K+. Assim, 
há a saída de cargas positivas e o meio intracelular 
torna-se negativo. Esse efluxo de potássio é 
contínuo, e não constante; pois há mecanismos 
que devolvem o potássio para o meio intracelular. 
O K+ é um dos íons mais importantes para a 
manutenção do gradiente de concentração nos 
neurônios e músculos, devido aos numerosos 
canais iônicos de K+ presentes nessas células. O 
inverso ocorre para o Cloreto, Cálcio e sódio,que 
também são muito importantes para a célula mas, 
menos importantes para o gradiente de 
concentração devido a haver menos canais 
iônicos para esses tipos de íons. 
- O que significa atingir o equilíbrio eletroquímico 
para os canais passivos de K+? O equilíbrio 
eletroquímico ocorre quando os canais passivos 
de K+ estão funcionando, ou seja, abertos; quando 
há o gradiente de concentração para 
acontecimento do efluxo de K+, mas isso não 
ocorre. Isso se dá pois, conforme o K+ sai, ele 
encontra cargas também positivas acumuladas do 
lado de fora da célula e isso faz com que as cargas 
positivas de fora tendam a repelir as que estão 
tentando sair. 
• Bomba Na-K ATPase Assim como os canais 
passivos de potássio, a bomba Na-K ATPase é 
outro mecanismo de manutenção da polarização 
da membrana e do gradiente de concentrações 
elétricas e químicas. É um transporte ativo, que 
realiza o transporte de substâncias contra o 
gradiente de concentração, com gasto de energia 
proveniente da desfosforilação do ATP. É um dos 
mecanismos mais importantes para todas as 
células vivas. 
- OBS: inibindo a bomba de Na-K há morte celular 
pois igualam-se as concentrações intra e 
extracelular, isso pode ocorrer injetando-se KCl. A 
bomba ocorre bombeando cátions para dentro e 
fora da célula, mas de forma proporcional a manter 
o lado de dentro menos positivo (ou seja, negativo) 
que o lado de fora da célula. Assim, para cada 3 
Na+ colocados para fora da célula, 2 K+ são 
devolvidos para dentro da célula. 
- OBS: há fármacos específicos que agem sobre 
canais específicos de células específicas, e 
baseado nesse fato, há a utilização de alguns 
anestésicos. Um exemplo é a lidocaína, que, ao 
estar sob seu efeito, somos capazes de sentir o 
tato de uma região sem sentir dor de cortes, por 
exemplo. 
- OBS: an – prefixo de negação; algesia – dor = 
analgesia é a ausência de dor.  OBS: 
Hiperalgesia - aumento da sensibilidade para a dor 
- Devido à grande quantidade de canais iônicos 
passivos de potássio e o gradiente de 
concentração, estudamos mais o equilíbrio do 
mesmo, e as equações são baseadas no mesmo 
- A ddp vai ser em mV e depender da 
permeabilidade de membrana e tipo celular. O 
potencial de ação muda temporariamente a 
polarização da membrana 
- Por que os eletrodos são colocados na pele? Pq 
o tecido biológico possui líquidos com íons que 
aumentam a condução elétrica 
→ Potencial de ação 
Potencial de repouso (Em)-> potencial de ação 
- Para gerar potencial de ação da membrana 
precisa estar polarizada, em repouso. Para isso, 
precisa de estímulos específicos (mecânico, 
luminoso, químico). Quantifica-se a “força” a partir 
da milivoltagem 
Os potenciais de ação são grandes 
despolarizações muito breves que percorrem 
longas distâncias por um neurônio sem perder 
força. A sua função é a rápida sinalização por 
longas distâncias, como do seu dedo do pé até o 
seu cérebro. 
Excita as porções adjacentes de uma membrana 
potenciais de ação, são rápidas alterações do 
potencial de membrana que se propagam com 
grande velocidade por toda a membrana da fibra 
nervosa. Cada potencial de ação começa por uma 
alteração súbita do potencial de membrana normal 
negativo para um potencial positivo, terminando 
com retorno quase tão rápido para o potencial 
negativo. 
O potencial de ação é fenômeno de células 
excitáveis como neurônios e células musculares, 
e consiste na rápida despolarização (fase 
ascendente), seguida pela repolarização do 
potencial de membrana. Os potenciais de ação 
são o mecanismo básico de transmissão de 
informação no sistema nervoso e em todos os 
tipos de músculos 
 
- Fases do potencial de ação consequência de 
fluxo iônico por canais iônicos ativos, 
obrigatoriamente nessa ordem (a partir da 
membrana polarizada em repouso): 
Despolarização: membrana carregada 
positivamente no meio intracelular e 
negativamente no meio extracelular. 
Predominantemente dependente de influxo de 
sódio 
Repolarização: volta a ficar positivo fora e negativo 
dentro. Predominantemente dependente de efluxo 
de potássio 
Hiperpolarização: carregado mais 
positivamente/negativamente do que repouso. 
Pode depender do continuo efluxo de potássio ou 
influxo de cloreto 
Fluxo iônico= condutância de transporte passivo 
- Como ocorre essas mudanças na polarização? 
Através da ação de transporte passivo (difusão) 
por canal iônico ativo de sódio, potássio e cloreto 
Se os canais ativos estiverem fechados não terá 
fluxo iônico e potencial de ação, a membrana fica 
em repouso. 
O canal inativado ajuda no direcionamento da 
propagação 
Fluxo iônico: movimento ordenado (fazer com que 
seja a favor do gradiente) dos ions 
Para iniciar o potencial de ação, é necessário um 
estímulo específico nessa membrana plasmática 
da célula excitável. Para despolarização, o 
estímulo (químico, mecânico, elétrico, térmico) 
deve abrir os canais de sódio (o tempo limita). 
Para repolarização, fecha os canais de sódio e 
abre canais de potássio para o efluxo. Para 
hiperpolarização, com o fechamento de canais de 
potássio, abre o canal de cloreto ou canal de 
potássio continua aberto (canal ativo lento). A 
situação volta para estado polarizado e o ciclo se 
repete 
Obs: existem células auto-excitáveis que também 
geram potencial de ação a partir de estímulo 
próprio, com mecanismos para auto-ativar os 
canais de sódio por exemplo 
Potencial de ação obedece a lei do tudo ou nada. 
Não existe potencial de ação sem uma das fases 
(despolarização, repolarização e 
hiperpolarização) 
O que justifica a lei são os canais voltagem-
dependentes pq a partir do influxo de sódio na 
despolarização, essa mudança na polaridade 
eletricamente ativa o canal de potássio 
Toda mudança na polaridade na membrana é um 
potencial de ação? Depende. Todo potencial de 
ação é uma mudança de polaridade, mas nem 
toda mudança de polaridade é um potencial de 
ação. O que vai determinar ser suficiente para 
gerar potencial de ação é a intensidade do 
estímulo dependendo da voltagem 
Quanto a modalidade sensorial, o estimulo pode 
ser classificado em químico, mecânico, elétrico, 
térmico, etc 
Limiar celular: o mínimo estímulo necessário para 
dar início ao potencial de ação, levando em 
consideração o potencial de repouso. Se um 
estímulo está abaixo do limiar, nenhuma alça de 
resposta será iniciada 
Ddp mínimo= diferença entre potencial de repouso 
e o limiar 
Obs: células diferentes tem limiares diferentes e 
precisam de estímulos com intensidades 
diferentes 
Estímulos mecânicos, térmicos, elétricos podem 
desencadear sensação de dor dependendo da 
intensidade do estimulo. O processo inflamatório 
muda o limiar da célula, tornando mais fácil atingir 
a sensação de dor 
Um estimulo pode ser classificado quanto a 
intensidade, levando em consideração a limiarem,: 
supralimiar (acima do ddp mínimo), limiar (valor do 
ddp mínimo) e sublimiar (abaixo) 
Potencial receptor? 
Todo potencial de ação é uma mudança de 
polaridade de membrana, mas nem toda mudança 
de polaridade é um pa 
O que justifica que tem partes da membrana que 
só geram pa e partes que geram potencial 
receptor é a quantidade de canal e tipos de canais. 
Para que haja pa (variação de ddp maior) temos 
maior fluxo iônico por maior presença de canais 
abertos (geralmente no axônio) 
- intensidade do PA (eixo Y): diferença do menor e 
maior valor 
- a alteração temporária do potencial de 
membrana mostra que o neurônio é eletricamente 
excitável 
 
- a inclinação das retas de despolarização e 
repolarização mostra a alta velocidade, de acordo 
com a quantidade de canais específicos abertos 
ou fechados, nesse caso maior quantidade de 
canais rápidos 
- potencial pode ser em pico (clássico em 
neurônios), corcova (clássico em estriado 
esquelético) ou platô (clássico em estriadocardíaco), com durações diferentes. Os retículos 
sarcoplasmáticos dos tipos de músculos são 
diferentes morfologicamente, significando que 
varia a capacidade de armazenamento de cálcio, 
mesmo que todos os músculos precisam do cálcio 
para contração. 
Um único (ou isolado) estímulo sub-limiar é capaz 
de deflagrar um potencial de ação? 
- Período refratário pode ser absoluto (não permite 
sobreposição de pa independente da intensidade 
do estímulo pois os canais de sódio disponíveis já 
estão abertos no caso de despolarização, e 
porque os canais de sódio já estão inativados no 
caso da repolarização) ou relativo (permite 
sobreposição de pa dependendo da intensidade 
do estimulo; envolve a hiperpolarização pois o 
canal está em repouso e pode ser aberto, mas o 
estímulo deve ser maior para atingir o limiar pois a 
hiperpolarização é maior que o potencial em 
repouso) 
 
Anestésicos locais: tornam a célula menos 
sensível a atingir o limiar, impedindo que um 
potencial de ação aconteça a partir do bloqueio 
dos canais de sódio ou da indução da 
hiperpolarização na célula por efluxo de potássio 
ou influxo de cloreto. 
Processo inflamatório pode mudar a situação dos 
canais ionicos da membrana fazendo com que 
haja uma competição química com as moléculas 
do fármaco do anestésico 
Obs: Anemia → A diminuição na quantidade 
normal de células no plasma (hemácias) gera 
diminuição real da osmolaridade (concentração). 
dessa maneira, há aumento relativo do volume. O 
oxigênio precisa entrar na célula, com a 
diminuição da concentração de oxigênio, ocorre a 
dificuldade para realização das trocas gasosas. 
assim, ocorre aumento da frequência respiratória 
e cardíaca para tentar compensar. Edema é o 
extravasamento e acúmulo de líquido vindo do 
vaso ou da célula no interstício

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