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19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA1608407… 1/10 Arquitetura de Redes (Infraestrutura de Redes) Aula 8 - MPLS, o PPP e o ADSL INTRODUÇÃO Nas aulas anteriores, estudamos dois dos padrões mais usados para a camada de enlace de redes de computadores locais sem �o: O Wi-Fi e o Bluetooth. Nesta aula, conheceremos outras importantes tecnologias de camada de enlace, como o MPLS, o PPP e o ADSL, usadas, principalmente, em enlaces ponto a ponto. OBJETIVOS 19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA1608407… 2/10 Reconhecer o protocolo MPLS; Analisar o protocolo PPP; Veri�car o protocolo ADSL. 19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA1608407… 3/10 O PROTOCOLO MPLS A Comutação de Rótulos Multiprotocolo (MPLS — Multiprotocol Label Switching) evoluiu ao �nal da década de 1990 para melhorar a velocidade de repasse de roteadores IP, adotando um conceito fundamental do mundo das redes de circuitos virtuais: um rótulo de tamanho �xo. O objetivo não era abandonar a infraestrutura de repasse de datagramas IP com base no destino e substituí-lo por rótulos de tamanho �xo e circuitos virtuais, mas sim incrementar a rede IP, rotulando datagramas seletivamente e permitindo que roteadores repassassem datagramas com base em rótulos de tamanho �xo (em vez de endereços de destino IP), quando possível. O importante é que essas técnicas trabalhavam de mãos dadas com o IP, usando endereçamento e roteamento IP. A IETF (Internet Engineering Task Force – Força Tarefa de Engenharia da Internet) reuniu esses esforços no protocolo MPLS [RFC 3031, RFC 3032] misturando, de fato, técnicas de circuitos virtuais em uma rede de datagramas com roteadores. Considere o formato de um quadro da camada de enlace que é manipulado por um roteador habilitado para MPLS. Note que �ca logo evidente que um quadro melhorado com MPLS só pode ser enviado entre roteadores habilitados para tal, já que um roteador não habilitado �caria bastante confuso ao encontrar um cabeçalho MPLS onde esperava encontrar o IP. Um roteador habilitado para MPLS é, em geral, denominado roteador de comutação de rótulos, pois repassa um quadro MPLS consultando o rótulo MPLS em sua tabela de repasse. Passando, imediatamente, o datagrama para a interface de saída apropriada. Assim, o roteador habilitado para MPLS não precisa extrair o endereço IP de destino e executar uma busca na tabela de roteamento IP. Mas como um roteador sabe se seu vizinho é realmente habilitado para MPLS e qual rótulo associar a determinado destino IP? Para responder a essas perguntas, precisaremos estudar a interação entre um grupo de roteadores habilitados para MPLS, como mostra o exemplo a seguir. 19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA1608407… 4/10 Os roteadores R1 a R4 são habilitados para MPLS. R5 e R6 são roteadores IP padrão. R1 deve anunciar a R2 e R3 que ele (R1) pode rotear para o destino A e que um quadro recebido com rótulo MPLS 6 será repassado ao destino A. O roteador R3 deve anunciar ao roteador R4 que ele (R3) pode rotear para os destinos A e D e que os quadros que chegarem portando os rótulos MPLS 10 e 12 serão comutados na direção desses destinos. O roteador R2 também deve anunciar ao roteador R4 que ele (R2) pode alcançar o destino A e que um quadro recebido portando o rótulo MPLS 8 será comutado na direção de A. Note que o roteador R4, agora, está na interessante posição de ter dois caminhos MPLS para chegar até A: por meio da interface 0 com rótulo MPLS de saída 10, e da interface 1 com um rótulo MPLS 8. O quadro geral mostra que os dispositivos IP R5, R6, A e D estão conectados em conjunto via uma infraestrutura MPLS (roteadores habilitados a MPLS R1, R2, R3 e R4) praticamente do mesmo modo como uma LAN comutada ou uma rede ATM podem conectar dispositivos IP entre si. Do mesmo modo que uma LAN comutada ou uma rede ATM, os roteadores R1 a R4 habilitados para MPLS fazem isso sem jamais tocar o cabeçalho IP de um pacote. Até aqui não discutimos como o MPLS realmente calcula os caminhos para pacotes entre roteadores habilitados para MPLS, nem como ele reúne informações de estado do enlace (glossário) (por exemplo, quantidade de largura de banda do enlace não reservada pelo MPLS) para usar nesses cálculos de caminho. A ênfase de nossa discussão (glossário) sobre o MPLS tem sido o fato de que esse protocolo executa comutação com base em rótulos, sem precisar considerar o endereço IP de um pacote. As verdadeiras vantagens do MPLS e a razão do atual interesse por ele, contudo, não estão nos aumentos substanciais 19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA1608407… 5/10 nas velocidades de comutação, mas nas novas capacidades de gerenciamento de tráfego que esse protocolo proporciona. Em nosso exemplo, R4 tem dois caminhos MPLS até A. Se o repasse fosse executado até a camada IP, tendo como base o endereço IP, os protocolos de roteamento IP especi�cariam um único caminho de menor custo até A. Assim, o MPLS provê a capacidade de encaminhar pacotes por rotas prede�nidas (glossário), o que não seria possível usando protocolos padronizados de roteamento IP. Também é possível utilizar MPLS para muitas outras �nalidades. O protocolo pode servir para realizar restauração rápida de caminhos de repasse MPLS, por exemplo, mudar a rota do tráfego que passa por um caminho previamente calculado, restabelecido, em resposta à falha de enlace. Por �m, observamos que o MPLS pode ser, e tem sido, utilizado para implementar as denominadas redes privadas virtuais (virtual private networks — VPN). Ao executar uma VPN para um cliente, um provedor de Internet pede uma rede habilitada para MPLS para conectar as várias redes do cliente. Outra aplicação possível do MPLS é para isolar os recursos e o endereçamento utilizados pela VPN do cliente dos outros usuários que estão cruzando a rede do provedor. São tantas as utilizações possíveis do MPLS, que ele parece estar se tornando o “canivete suíço” da engenharia de tráfego da Internet. O PROTOCOLO PPP O protocolo PPP (Point to Point) provê um método padrão para o transporte de datagramas de qualquer protocolo sobre enlaces de comunicação vizinhos (ponto a ponto). O PPP é composto de três componentes principais: 1. Um método para encapsular datagramas de qualquer protocolo; 19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA1608407… 6/10 2. Um protocolo de controle de enlace (LCP – Link Control Protocol) para estabelecimento e con�guração de diferentes protocolos e camada de enlace; 3. Uma família de Protocolos de Controle de Rede (NCP – Network Control Protocol) para estabelecimento e con�guração de diferentes protocolos de camada de rede. Observe que o formato do quadro PPP, a seguir, contém 7 campos: Uma típica conexão PPP se dá conforme o exemplo abaixo. O iniciador e o receptor possuem um link que os liga diretamente. Nesse exemplo, o enlace é formado por uma ligação telefônica entre os dois hosts, por exemplo, usando modems. 19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA1608407… 7/10 O iniciador envia um quadro de pedido de Iniciação de con�guração de um link de camada de enlace usando o LCP (1). O LCP de�ne o pacote Con�gure-Request para essa função. Ao receber um Con�gure-Request, o protocolo LCP no Receptor processa a solicitação e transmite um Con�gure-Ack (2). Nesse momento, o link de camada de enlace está estabelecido. Então, oIniciador e o Receptor trocarão uma série de pacotes de controle do protocolo NCP - Network Control Protocol (3) com o objetivo, por exemplo, de realizar a autenticação do usuário, bem como de obter um endereço válido para a camada de rede do host Iniciador (por exemplo: End. IP). Quando essa fase termina, o link entra no estado “Link Open” (Enlace Aberto). O Receptor inicia o teste do link, enviando um (4) echo request (solicitação eco), que é prontamente respondido pelo Iniciador (5) com um echo reply (resposta eco). Em seguida, o exemplo entra na fase em que há troca efetiva de dados entre os pares (6). Finalmente, o link é desfeito através da troca de uma mensagem (7) Terminate-Request, que é respondida com uma mensagem (8) Terminate-Ack. O PROTOCOLO ADSL (ASYMETRIC DIGITAL SUBSCRIBER LINE) O DSL (Digital Subscriber Line – Linha Digital de Assinante) é um conjunto de tecnologias desenvolvidas pelo ITU-T (glossário) para a transmissão digital de dados sobre linhas telefônicas. O ADSL (Asymmetric DLS) é um dos braços mais conhecidos do DSL. A principal característica do ADSL é a capacidade assimétrica de transmissão de dados. Isso foi proposto, pois foi observado que o per�l mais comum de usuário doméstico de Internet realizava muito mais downloads (recuperar dados) do que uploads (enviar dados). 19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA1608407… 8/10 O ADSL implementa essa assimetria através de multiplexação por divisão de frequência. Um pequeno canal é separado para chamadas telefônicas convencionais, uma faixa de frequência é deixada sem uso (em branco, na �gura acima), e dois canais de frequência são separados exclusivamente para dados. O canal de upload (envio de dados) do usuário para a Internet possui capacidade de até 640 Kbps. O canal de download possui capacidade de transmissão de até 8 Mbps. Como aparelhos telefônicos não estavam preparados para essa divisão do link do telefone em canais de frequência, é necessário usar um dispositivo (POTS - Plain Old Telephone Service Filter - Filtro do Serviço Comum de Telefone Antigo) para separar a faixa de frequência dos telefones das faixas de frequências de dados, conforme ilustrado abaixo. Com esse esquema, o usuário pode telefonar enquanto navega pela Internet, o que, na época, foi uma evolução muito importante em relação às conexões discadas em Internet e telefone, que não podiam ser usados ao mesmo tempo. Hoje em dia, a variação mais evoluída do ADSL é o ADSL 2+, que suporta taxas de download de até 24 Mbps e upload de até 1.1Mbps. ATIVIDADE Agora, vamos testar o seu aprendizado dos conceitos vistos nesta aula. Explique como o padrão ADSL superou a limitação das conexões de Internet discadas, em que o usuário não conseguia usar a Internet ao mesmo tempo em que chamadas telefônicas estivessem ativas. Resposta Correta 19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA1608407… 9/10 Glossário INFORMAÇÕES DE ESTADO DO ENLACE Os protocolos de roteamento de estado de enlace (por exemplo, OSPF) foram estendidos para inundar essa informação aos roteadores habilitados para MPLS. É interessante destacar que os algoritmos reais de cálculo de caminho MPLS não são padronizados, e são, atualmente, especí�cos do fornecedor. NOSSA DISCUSSÃO Nessa discussão, não especi�camos o protocolo utilizado para distribuir rótulos entre roteadores habilitados para MPLS, pois os detalhes dessa sinalização poderiam ocupar uma aula inteira. Observamos, entretanto, que o grupo de trabalho da IETF para o MPLS especi�cou no [RFC 3468] que uma extensão do protocolo RSVP, conhecida como RSVP-TE [RFC 3209], será o foco de seus esforços para a sinalização MPLS. ENCAMINHAR PACOTES POR ROTAS PREDEFINIDAS Essa é só uma forma simples de engenharia de tráfego usando o MPLS [RFC 3346; RFC 3272; RFC 2702], com a qual um operador de rede pode suplantar o roteamento IP normal e obrigar uma parte do tráfego dirigido a um dado destino a seguir por um caminho, e outra parte do tráfego dirigido ao mesmo destino a seguir por outro (seja por política, por desempenho ou por alguma outra razão). ITU-T 19/04/2021 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C2C3C264EB4F19DC3C57D027D5F6755F597CD52DDA5EC202FA160840… 10/10 Telecommunication Standardization Sector of the International Telecommunications Union – Setor de padronização de telecomunicações da União Internacional de Telecomunicações.
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