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01 Jean-Baptiste Colbert Político francês Jacques Bossuet Teólogo francês Jean Bodin Jurista e teórico político francês Thomas Hobbes Filósofo e teórico político inglês Adam Smith Economista escocês Jean-Jacques Rousseau Filósofo suíço Montesquieu Filósofo e escritor francês Ludwig Von Mises Economistas e filósofo liberal John Locke Filósofo inglês Voltaire Filósofo francês René Descartes Filósofo e matemático francês Francis Bacon Filósofo inglês Denis Diderot Filósofo e escritor francês Isaac Newton Cientista inglês Karl Marx Filósofo e revolucionário alemão John Maynard Keynes Economista inglês 02 Jean-Baptiste Colbert Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) foi um político francês. Responsável pelo extraordinário desenvolvimento da economia e da Marinha francesa durante o reinado de Luís XIV. Jean-Baptiste Colbert nasceu em Reims, França, no dia 29 de agosto de 1619. Era filho de um comerciante descendente de próspera família formada de comerciantes e de oficiais franceses. Colbert viveu na obscuridade até começar a trabalhar para o chanceler Michel de Tellier, em 1649. Em 1651 conheceu o Cardeal Mazarin, figura política dominante na França, que o fez seu secretário particular. Durante dez anos, Colbert trabalhou para Mazarin e se destacou como excelente administrador dos bens do Cardeal. Em 1661, no leito de morte, o Cardeal recomenda Colbert para os serviços de Luís XIV e Colbert logo se torna o homem de confiança da administração dos negócios do rei. Em 1664, integrando o conselho supremo, Colbert foi o responsável pela queda de Nicolas Fouquet, poderoso superintendente das finanças do reino, após descobrir desvios de verbas públicas. Reformas na economia e finanças da França Em 1665, Colbert foi nomeado controlador geral das finanças e dos negócios, tanto do rei quanto do reino e iniciou uma série de reformas na estrutura econômica e financeira do país. Jean-Baptiste Colbert e Luís XIV Colbert estabeleceu um novo sistema de arrecadação de impostos e um rigoroso controle dos contribuintes o que permitiu enriquecer os cofres do erário público. Para incentivar a indústria Nacional, implantou medidas de caráter mercantilista, como o aumento da tarifa alfandegária para reduzir as importações e favorecer as exportações. Colbert fomentou a instalação de novas indústrias e exigiu a produção de mercadorias de alta qualidade para reduzir a hegemonia comercial dos holandeses e competir com os produtos estrangeiros. Colbert e a Marinha da França Em 1668, Colbert assumiu a Secretaria de Estado da Marinha e estimulou a navegação e a construção de uma frota mercante para transporte dos produtos. Ao mesmo tempo, promoveu uma política colonialista destinada a abrir novos mercados para os produtos franceses. Comprou as ilhas de Guadalupe e Martinica, nas Antilhas, apoiou o estabelecimento de colônias em São Domingos, na Luziânia e no Canadá. Fundou entrepostos comerciais na África e na Índia. 03 Preocupado com a estagnação demográfica, estabeleceu a isenção de impostos para as famílias muito numerosas. Com o objetivo de ampliar o poder político da França, ampliou a armada que chegou a ter quase trezentos navios. Reformas legislativas No intuito de uniformizar a legislação de conformidade com o centralismo monárquico, publicou as ordenações: civil, criminal, das águas e das florestas, comercial, assim como as coloniais e da marinha. No campo cultural, Colbert protegeu as artes e as ciências. Membro da Academia Francesa, ele fundou a Academia dos Inscritos e Belas Artes, a Academia das Ciências e a Academia Real de Arquitetura, além de criar o observatório de Paris. Sua preocupação com o progresso econômico da França o tornou hostil, pois aplicava energicamente as leis autoritárias, sem distinção ou sem preocupação com a opinião pública. Apesar de Católico fiel, desconfiou dos monges e até do clero, com o argumento de que muitos comerciantes recebiam ordens sagradas. Tomou medidas hostis também contra os protestantes. Últimos anos e morte Jean-Baptiste Colbert, mais que qualquer outro político de seu tempo, impulsionou o esplendor e a prosperidade da França. No final de sua trajetória, Colbert estava decepcionado, pois suas reformas de longo prazo precisavam de paz, mas Luís XIV havia sido atraído por uma série de guerras que esvaziaram os cofres do reino. Jean-Baptiste Colbert faleceu em Paris, França, no dia 6 de setembro de 1683. Seu filho mais velho, Jean-Baptiste, Marquês de Seignely, sucedeu o pai como secretário de finanças e da Marinha da França. Jacques Bossuet Jacques Bossuet (1627-1704) foi um bispo e teólogo francês, um dos maiores teóricos do absolutismo. foi uma das personalidades mais influentes em assuntos religiosos, políticos e culturais da França na segunda metade do século XVII. Foi considerado o maior de todos os oradores sacros. É um dos grandes vultos do Classicismo francês. Jacques-Bénigne Bossuet, conhecido como Jacques Bossuet, nasceu em Dijon, na França, no dia 27 de setembro de 1627. Filho de uma família de magistrados foi educado no colégio de jesuítas de Dijon. Em 1642, com 15 anos iniciou o estudo de Teologia no Collège de Navarre, em Paris. Foi ordenado padre em 1652, quando terminou o seu doutorado. Nesse mesmo ano, foi nomeado arcebispo de Metz. 04 Orador Sacro Em 1659, Jacques Bossuet deixa Metz e retorna a Paris, onde rapidamente alcançou fama como orador sacro. Suas principias preocupações eram a pregação e a controvérsia com os protestantes, sintetizadas em seu primeiro livro ―Réfutation du Catéchisme du Sieur Paul Ferry‖. A obra foi o resultado de suas discussões com Paul Ferry, o ministro da igreja protestante reformada de Metz. As pregações de Bossuet sobre a ―Peregrinação do Apóstolo São Paulo‖ e sobre ―A Dignidade dos Pobres na Igreja‖ foram admirados e logo chegaram a Paris. Entre 1660 e 1661, Bossuet pregou os sermões da Quaresma em dois famosos conventos de Metz. Em 1662, foi chamado a pregar para os membros da corte do rei Luís XIV. Foi o encarregado de pronunciar orações fúnebres de importantes personagens como Henriette-Marie da Inglaterra e de Henriette-Anne, cunhada do rei Luís XIV. Em 1669, Jacques Bosset foi nomeado bispo de Condom, uma diocese no sudeste da França, mas teve que renunciar, pois em 1670 foi nomeado preceptor do príncipe herdeiro. Em 1671, foi eleito para a Academia Francesa. Teoria do Direito Divino Na política, Jacques Bossuet desenvolveu a doutrina do ―Direito Divino‖ na qual afirmava que qualquer governo formado legalmente, expressa a vontade de Deus, que sua autoridade é sagrada e que qualquer rebelião contra ela é criminosa. Destacou também que a responsabilidade do soberano é se comportar como a imagem de Deus e governar para os súditos como um bom pai e não ser afetado por seu poder. Em 1681, Bossuet foi nomeado bispo de Meaux, deixando a corte, mas continuou mantendo laços com o rei. Nessa época, pronunciou sua segunda série de orações fúnebres, entre elas, a da princesa Anade Gonzague (1685) e a do príncipe de Condé (1687). Em 1688 publicou ―História das Variações das Igrejas Protestantes‖. Polêmicas Teológicas e Principais Ideias Jacques Bossuet participou de polêmicas teológicas sobre o "galicanismo" - tendência predominante entre os católicos franceses, que defendiam a independência religiosa nacional em detrimento da autoridade do papa. Em 1681, quando o clero francês se reuniu para examinar a controvérsia entre o rei Luís XIV e o papa, Bossuet, no discurso de abertura da assembleia, sustentou que a autoridade do monarca era suprema em questões temporais, enquanto que nas questões de fé, o papa devia apoiar-se na autoridade da igreja em seu conjunto. Envolvido também na controvérsia com os protestantes, Bossuet se opunha à perseguição e tentava converter os protestantes por argumentos intelectuais. Em 1685, apoiou a revogação do rei ao ―Edito de Nantes‖, uma ação que na prática, proibia o protestantismo francês. Em 1888, publicou ―Histórias das Variações das Igrejas Protestantes‖. Embora tenha sido moderado na briga galicana e na controvérsia com os protestantes, Bossuet mostrou-se menos tolerante com o "quientismo" – misticismo religioso segundo o qual a perfeição moral consiste na indiferença absoluta, na anulação da vontade e na união contemplativa com Deus. 05 Com seus argumentos conseguiu que Roma condenasse o arcebispo de Cambrai, François Fénelon, que praticava a doutrina. Sobre o tema escreveu, ―Instruções Sobre o Chamado da Oração‖ (1698) e "A Relação Sobre o Quientismo" (1698). Jacques Bossuet faleceu em Paris, França, no dia 12 de abril de 1704. Frases de Jacques Bossuet A contemplação são os olhos da alma. Pensar contra foi sempre a maneira menos difícil de pensar. A ambição é, entre todas as paixões humanas, a mais ferina nas suas aspirações e a mais desenfreada nas suas cobiças e, todavia, a mais astuta no intento e a mais ardilosa nos planos. A sabedoria humana aprende muito se aprender a calar-se. Jean Bodin Jean Bodin (1530-1596) foi um jurista e teórico político francês, que exerceu grande influência na sociedade europeia através da formulação de suas teorias econômicas e seus princípios de ―bom governo‖, numa época em que os sistemas medievais foram dando lugar a estados centralizados. Foi considerado o iniciador do conceito moderno de soberania. Jean Bodin (1530-1596) nasceu em Angers, França, em 1530. Filho de um alfaiate, quando jovem entrou para a Ordem dos Carmelitas, em Angers. Em 1549, foi liberado de seus votos monásticos, acusado de heresia. Na década de 50, estudou Direito na Universidade de Toulouse e depois de formado, lecionou Direito Romano na mesma universidade. Em 1561, Jean Bodin muda-se para Paris, onde se estabelece como advogado, num período em que a França estava envolvida em Guerras Religiosas entre os cristãos e os protestantes e também por conflitos sociais e políticos. Foi um jurista de tolerância religiosa numa época particularmente intolerante. Jean Bodin escreveu importantes obras que ajudaram na compreensão das leis e das instituições jurídicas, como também dos fundamentos sociais e políticos que regulavam a vida dos diversos povos da época. Em 1566, publicou ―Método para a Fácil Compreensão da História‖. Na obra, considera a existência de três normas: a ―lei moral‖, aquela que o indivíduo aplica à sua vida, a ―lei doméstica‖, a que deve ser exercida dentro da família, e a ―lei civil‖, a que regula a relação entre as diversas famílias. Em 1571, tornou-se membro dos círculos de discussão em torno doe François, o duque de Anjou, filho mais novo de Henrique III, futuro rei da França. Em 1576, publica ―Os Seis Livros da República‖, que se tornou uma das mais conhecidas obras de filosofia política. No livro, Bodin formula o conceito moderno de soberania e também afirma sua preferência pela monarquia regida 06 por leis e defende a independência do poder político com relação ao religioso, como também a prevalência do direito sobre a força para obter um bom governo. O primeiro livro descreve os diferentes tipos de poder (conjugal, paternal e senhorial) e define o cidadão e a soberania. O segundo livro descreve as formas de Estado (monarquia, aristocracia e democracia). O terceiro define as funções dos órgãos do Estado (senado, oficiais, magistrados e colegiados). O quarto livro comenta a ascensão e queda dos Estados e suas causas. O quinto livro discute a adaptação do Estado ao estilo e caráter da população, como também os diversos aspectos da administração estatal (fisco, penas e recompensas, guerras, tratados e alianças). O sexto livro debate algumas políticas públicas (censo, finanças e moeda) e por fim, compara as três formas de Estado e os tipos de justiça correspondente a cada uma. Em 1581, acompanhou o príncipe François para a Inglaterra. Após a morte de François, em 1584, Boldin retorna para Laon, França, como procurador, até sua morte, em 1596. Thomas Hobbes Thomas Hobbes (1588-1679) foi um teórico político e filósofo inglês. Sua obra de maior destaque é "Leviatã", um tratado político cuja ideia central é a defesa do absolutismo e a elaboração da tese do contrato social. Infância e Formação Thomas Hobbes nasceu em Westport, Inglaterra, no dia 5 de abril de 1588. Filho de um clérigo anglicano, vigário de Westport, teve uma infância marcada pelo medo da invasão da Inglaterra pelos espanhóis, na época da rainha Elizabeth I. Inculto e violento, após uma briga com outro clérigo na frente de sua igreja, seu pai abandonou sua esposa e os três filhos, deixando-os sob a tutela de seu irmão. Educado por seu tio, aos quatro anos, Hobbes ingressou na escola da igreja de Westport, em seguida em uma escola particular e, aos 15 anos foi matriculado na Magdalen Hall da Universidade de Oxford, onde se formou em 1608. Thomas Hobbes teve toda sua vida ligada à monarquia inglesa. Tornou-se preceptor de William Cavendish, que viria a ser o segundo duque de Devonshire, ficando amigo da família por toda a vida. Como era hábito na época viajou com seu aluno para a França e Itália, entre 1608 e 1610, descobriu que a filosofia de Aristóteles, que estudou em Oxford, estava sendo combatida e desacreditada devido às descobertas de Galileu e Kepler. Entre 1621 e 1625, secretariou Francis Bacon ajudando-o a traduzir alguns de seus ensaios para o latim. Em 1628, com a morte de seu aluno, Hobbes voltou a viajar como preceptor do filho de Sir Gervase Clifton. Durante sua estada na França, entre 1629 e 1631, Hobbes estudou Euclides e despertou o 07 interesse pela matemática. Em 1631, foi chamado como preceptor de outro filho da família Cavendish. Em 1634, acompanhado de seu novo aluno, fez a terceira viagem pelo continente, ocasião em que entrou em contato com o matemático e teólogo Marin Mersenne e, em 1636, esteve com Galileu e Descartes, mas desdenhava do experimentalismo de Galilei como também do de Francis Bacon. Teorias e Obras: Do Cidadão (1642) Em 1637, Hobbes voltou à Inglaterra que se achava às vésperas de uma guerra civil. Em 1640, decidiu então,circular entre seus amigos o exemplar manuscrito do terceiro trabalho de sua planejada trilogia filosófica: ―De Cive‖ (Do Cidadão), com o título de ―Elementos da Lei Natural e Política‖, em que tratou a questão das relações entre a Igreja e o Estado. Para Hobbes, a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir as questões religiosas e presidir o culto. Quando o Arcebispo Laud e o Conde de Strafford, principais auxiliares do rei foram levados à torre acusados de conspiração, Hobbes retirou-se para a França. Em 1642, publicou ―Do Cidadão‖. Em 1646 tornou-se professor de matemática do príncipe Carlos, futuro Carlos II, filho de Carlos I, da Inglaterra, que também estava exilado na França, depois da instalação da república na Inglaterra, sob a liderança de Oliver Cromwell. Leviatã (1651) Ainda em Paris, em 1651, Hobbes publicou ―Leviatã‖, onde defende a monarquia absolutista. A razão disto deriva da visão que ele tinha da sociedade, segundo ele sempre ameaçada por uma guerra civil, onde todos os seus integrantes vivem em uma situação de permanente conflito: ―uma guerra de um contra todos e de todos entre si‖. O estado da natureza, segundo ele, não tinha nada de harmonioso. O mundo antigo dos primeiros homens era um mundo de feras, onde ―o verdadeiro lobo do homem era o próprio homem‖. Para se chegar a uma sociedade civil era necessário que todos, por meio de um ―contrato social‖, concordassem em transferir as suas liberdades naturais a um só homem: o rei, somente ele deveria deter o monopólio da violência. Somente o rei deve ter poderes que lhe permitam impor sua vontade sobre todos para o bem geral da comunidade. No seu ponto de vista, não existe o direito à propriedade, nem à vida, nem à liberdade, que não sejam garantidos pela autoridade real. Rebelar-se contra ela, significa regredir no reino animal, onde impera sempre a violência, pondo em risco as conquistas da civilização. A obra desagradou a Igreja Católica e o Governo Francês, por ser muito radicalista e, sob essa pressão foi obrigado a deixar o país. 08 De Corpore (1655) e De Homine (1658) Em 1651, com 63 anos, Thomas Hobbes retornou para Londres e se declarou submisso ao ministro Cromwell. Procurando estar em paz com o novo regime, mas envolveu-se em várias polêmicas no campo científico e religioso. Em 1655 publica ―De Corpore‖ (Do Corpo) no qual reduzia a filosofia ao estudo dos corpos em movimento. Em 1658 publicou a terceira parte de sua trilogia, intitulada ―De Homine‖ (Do Homem), tratando especificamente do movimento envolvido no conhecimento e apetite humano, este capaz de promover uma guerra. Últimos Anos Em 1660, com a restauração da monarquia, o príncipe Carlos retornou à Inglaterra para ser coroado como Carlos II. Apesar das críticas a Hobbes, Carlos II o manteve na corte e lhe deu uma pensão generosa. Em 1666, o Parlamento votou uma lei contra o ateísmo que o colocou em perigo. Hobbes então com 80 anos, queimou os papéis que poderiam incrimina-lo. Posteriormente, a lei contra o ateísmo foi desfeita pelo Parlamento, mas desde então Hobbes não obteve permissão para publicar nada relacionado à conduta humana, uma condição imposta pelo Rei. Thomas Hobbes faleceu em Hardwick Hall, Inglaterra, no dia 4 de dezembro de 1679, com 91 anos, depois de ter escrito, já na velhice, a tradução da "Ilíada" e da "Odisseia" para a língua inglesa. Frases de Thomas Hobbes ―O Homem é o lobo do homem.‖ ―A experiência não leva a conclusões universais.‖ ―Impressões sensoriais não bastam para construir e preservar uma vida.‖ ―Um homem não pode abandonar o direito de resistir àqueles que o atacam com força para lhe retirar a vida.‖ ―A razão é o passo, o aumento da ciência o caminho, e o benefício da humanidade é o fim.‖ ―O universo é corpóreo; tudo o que é real é material, e aquilo que não é material não é real.‖ ―A singularidade do uso eclesiástico da palavra deu numerosas disputas relativas ao verdadeiro objeto da fé cristã.‖ Adam Smith Adam Smith, (1723-1790) foi um economista e filósofo escocês. Considerado o pai da economia moderna. O mais importante teórico do liberalismo econômico do século XVIII. Sua principal obra "A Riqueza das Nações", é referência para os economistas. 09 Adam Smith nasceu em Kirkcaldy, Escócia, no dia 5 de junho de 1723. Filho do advogado Adam Smith e de Margaret Douglas, ficou órfão aos dois anos de idade. Fez o curso secundário no Burgh School of Kirkcaldy. Estudou Filosofia em Glasgow, na Universidade de Edimburgo e em 1740, ingressou no Balliol College da Universidade de Oxford. Atividade acadêmica Radicado em Edimburgo, em 1748, deu cursos sobre ética e economia, até ser nomeado professor de Lógica, na Universidade de Glasgow, em 1751. Smith travou amizade com o filósofo David Hume, cujas doutrinas empiristas e iluministas exerceram grande influência sobre ele. Assumiu a cátedra de Filosofia Moral, em 1752. Publicou seu principal tratado sobre essa disciplina, "Teoria dos Sentimentos Morais‖ (1759). Nessa obra, vinculada à escola do sentimento moral iniciada por Francis Hutcheson, Adam Smith destacava, como princípio básico da consciência moral do indivíduo, a imparcialidade no julgamento das próprias ações e do comportamento alheio. Adam Smith tornou-se tutor do duque de Buccleuch e com ele viajou pela França e Suíça entre 1763 e 1766, onde teve contato com os fisiocratas, como Voltaire e François Quesnay. A Riqueza das Nações De volta à Escócia, Smith abandonou a atividade acadêmica e alternou sua residência entre Kirkcaldy e Londres. Publicou sua obra principal, "A Riqueza das Nações‖ (1776), que teve importância fundamental para o nascimento da economia política liberal e para o progresso de toda a teoria econômica. Pregava a não intervenção do Estado na economia e um Estado limitado às funções de guardião da segurança pública, mantenedor da ordem e garantia da propriedade privada. Teoria da divisão do trabalho Com um estudo profundo sobre a formação, o investimento e a distribuição do capital, Smith afirmou a teoria valor-trabalho, segundo a qual a fonte única de riqueza é o trabalho. As sociedades industriais se diferenciavam das comunidades primitivas por uma maior acumulação de riqueza, como resultado das inovações tecnológicas que a divisão do trabalho e o aumento de emprego produzem. Segundo ele, todo o sistema econômico em que existe a livre atividade dos indivíduos se desenvolveria de forma harmônica, de acordo com um modelo de crescimento contínuo da riqueza geral do país. Smith baseou-se no fato de empresários e trabalhadores serem guiados pela mesma lei psicológica natural da busca do interesse próprio. Essa lei é que impulsiona os primeiros a conseguirem o maior lucro possível e os últimos a oferecerem sua força de trabalho ao capitalista que a remunere melhor. 010 E que por serem a oferta e a demanda dos produtos, da mesma forma que os seus custos de produção, reguladas espontaneamente pela ―mão invisível‖, estabelece a competição nomercado. Em 1777, Smith foi nomeado inspetor de alfândega em Edimburgo, onde passou o resto da vida, e encerrou sua carreira profissional como reitor da Universidade de Glasgow. Postumamente ainda foi publicado parte do tratado que ficou inacabado, intitulado: "Essays on Philosophical Subjects" (1795). Adam Smith faleceu em Edimburgo, Escócia, no dia 17 de julho de 1790. Jean-Jacques Rousseau Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo social, teórico político e escritor suíço. Foi considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do Romantismo. Suas ideias influenciaram a Revolução Francesa. Em sua obra mais importante "O Contrato Social" desenvolveu sua concepção de que a soberania reside no povo. Infância e Juventude Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, no dia 28 de junho de 1712. Filho de um relojoeiro calvinista ficou órfão de mãe logo ao nascer. Em 1722 ficou órfão de pai, que não se preocupou com a educação do filho. Foi educado por um pastor protestante. Em 1724, com 12 anos, iniciou seus estudos. Nessa época, já escrevia comédias e sermões. Levava uma vida errante na tentativa de afirmar-se numa profissão: foi relojoeiro, aprendiz de pastor e gravador. Em 1728, com 16 anos, Jean-Jacques Rousseau foi para Savóia, na Itália. Sem meios para se manter, procura uma instituição católica e manifesta o desejo de se converter. De volta a Genebra conhece Madame de Varcelli, uma dama ilustre que cuida de sua manutenção. Com a morte dela, resolve percorrer a Suíça em busca de aventuras. Entre 1732 e 1740, viveu na França, quando se envolve com Madame de Warens, em Cambéry, época em que conquistou, como autodidata, grande parte de sua instrução. Em 1742, foi para Paris, onde conhece uma nova protetora que o indica para secretário do Embaixador da França, em Veneza. Observa as falhas do Governo de Veneza e passa a dedicar-se ao estudo e à compreensão da política. Iluminismo Jean-Jacques Rousseau viveu em uma época em que o absolutismo dominava toda a Europa e diversos movimentos buscavam uma renovação cultural. O Iluminismo – nome dado ao movimento composto por intelectuais que condenavam as estruturas de privilégios, absolutistas e colonialistas e defendiam a reorganização da sociedade. O Iluminismo teve início na Inglaterra, mas difundiu-se rapidamente na França, onde Montesquieu (1689-1755) e Voltaire (1694-1778) desenvolviam uma série de críticas à ordem estabelecida. 011 Em 1745, Jean-Jacques Rousseau estava de volta a Paris, onde descobre o ―Iluminismo‖ e passa a colaborar com o movimento. Em 1750, participa do concurso da Academia de Dijon: ―As artes e as ciências proporcionam benefícios à humanidade?‖, que oferece um prêmio ao melhor ensaio sobre o assunto. Rousseau, incentivado por seu amigo Diderot, participa com o ―Discurso Sobre as Ciências e as Artes‖, recebendo o primeiro prêmio, além de uma fama polêmica por afirmar em seu ensaio que as ciências, as letras e as artes são os piores inimigos da moral. Como criadoras de novas necessidades, tornam-se fonte de escravidão. Obras e Ideias de Rousseau Discurso Sobre a Desigualdade (1755) A contestação da sociedade tal como estava organizada foi também o tema de seu novo trabalho, onde Rousseau reforça a teoria já levantada, reafirmando: O homem é naturalmente bom. É só devido às instituições que se torna mau. Não faz objeção à desigualdade natural, originada da idade, saúde e inteligência, Mas ataca a desigualdade resultante de privilégios. Para desfazer o mal, basta abandonar a civilização. Quando alimentado, em paz com a natureza e amigo dos semelhantes, o homem é naturalmente bom. Julie ou a Nova Heloísa (1761) Em Julie ou a Nova Heloísa, Rousseau exalta o direito da paixão, mesmo ilegítima, contra a hipocrisia da sociedade. Exalta as delícias da virtude, o prazer da renúncia, a poesia das montanhas, florestas e lagos, Só o ambiente campestre pode purificar o amor e libertá-lo da corrupção social. O livro é recebido com arrebatamento. A natureza entra na moda desencadeando uma paixão por toda a Europa. É a primeira manifestação do Romantismo. Contrato Social (1762) O Contrato Social é uma utopia política, que propõe um estado ideal, resultante de consenso e que garanta os direitos de todos os cidadãos. Um plano para a reconstrução das relações sociais da humanidade. Seu princípio básico se mantém. Em estado natural, os homens são iguais: os males só surgem depois que certos homens resolvem demarcar pedaços de terra dizendo: ―Essa terra é minha‖. A única esperança de garantir os direitos de cada um está na organização de uma sociedade civil, na qual esses direitos sejam cedidos a toda a comunidade, igualmente. Isso poderia ser feito por meio de um contrato estabelecido entre os vários membros do grupo. Tudo isso, não significa que a liberdade do indivíduo seja aniquilada, ao contrário, a sujeição ao Estado tem o efeito de fortalecer a liberdade autêntica. Ao falar em Estado, Rousseau não se refere ao governo, mas a uma organização política que exprima a vontade geral. O governo é simplesmente o agente executivo do Estado. Além disso, a comunidade pode estabelecer ou destituir um governo, sempre que o desejar. Émile ou da Educação (1762) 012 A obra Émile é uma utopia pedagógica, na qual, em forma de romance, Rousseau imagina o herói como uma criança completamente isolada do meio social, que não recebe nenhuma influência da civilização. Seu professor não tenta ensinar-lhe virtude alguma, mas trata de preservar-lhe a pureza do instinto contra as possíveis insinuações do vício. Guiado apenas por sua necessidade interior, Émile vai fazendo suas opções e escolhe tudo que realmente precisa. Não descobrirá outra ciência senão aquela que ele próprio quiser, por curiosidade e espírito de iniciativa. A Perseguição e Morte O Parlamento de Paris condenou tanto o Contrato Social quanto Émile, que considerou repleto de heresias religiosas. Para o tempo em que a Europa vivia, as ideias democráticas de Rousseau eram audaciosas. As edições de Émile são queimadas em Paris. Já afastado de Diderot e dos demais filósofos, por não compartilhar de seu raciocínio, Rousseau foi forçado a se exilar na Suíça, pois havia uma ordem de prisão contra ele. Constantemente perseguido, encontra asilo na Inglaterra, onde o filósofo David Hume o acolheu. Para justificar-se ante os ataques a que esteve exposto, Rousseau iniciou suas ―Confissões‖, publicadas postumamente em 1782. Em 1778, aceita a acolhida do Marquês de Girardin, em seu domínio em Ermenonville, onde vive suas últimas semanas, já debilitado mentalmente. Jean-Jacques Rousseau faleceu em Ermenonville, França, no dia 2 de julho de 1778. Quinze anos mais tarde, seu valor é reconsiderado. Defensor ardoroso dos princípios de ―liberdade, igualdade e fraternidade‖, lema da Revolução Francesa, é visto como ―profeta‖ do movimento. Seus restos mortais foram transportados para o Panteão de Paris. Montesquieu Montesquieu (1689-1755) foi um filósofo social e escritor francês. Foi o autor de "Espírito das Leis". Foi o grande teórico da doutrina que veio a ser mais tarde a separação dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. É considerado o autêntico precursor da Sociologia Francesa. Foi um dos grandes nomes do pensamento iluminista, junto com Voltaire,Locke e Rousseau. Charles-Louis de Sécondat, conhecido como Montesquieu, nasceu no castelo de La Brède, perto de Bordeaux, França, no dia 18 de janeiro de 1689. Filho de nobres estudou no Colégio Juilly, onde fez sólidos estudos humanísticos. Com 16 anos, Montesquieu ingressou no curso de Direito da Universidade de Bordeaux. Nessa época, frequentou os círculos da boêmia literária de Paris. Com a morte de seu pai, Montesquieu herdou o título de Barão de La Brède. Mais tarde, herdou de um tio uma propriedade rural produtora de vinho, que manteve pelo resto da vida, e o título de Barão de Montesquieu. 013 Seguindo uma tradição familiar, em 1714, tornou-se conselheiro do tribunal provençal de Bordeaux, que presidiu entre 1716 e 1726, quando resolveu conhecer de perto as instituições políticas de outros povos, Montesquieu percorreu numerosos países em viagem de estudos e, atraído pelo modelo político britânico, permaneceu em Londres entre 1729 e 1731. Cartas Persas Montesquieu se tornou célebre com a publicação de ―Cartas Persas‖ (1721), cartas imaginárias de um persa que ao visitado a França teria estranhado os costumes e instituições vigentes. O livro, espirituoso e irreverente, relativiza os valores de uma civilização pela comparação com os da outra, muito diferentes. Montesquieu satiriza sutilmente as tendências cartesianas da filosofia francesa e o absolutismo do Estado e da Igreja. A obra lhe valeu a entrada na Academia Francesa em 1727. A Filosofia de Montesquieu A filosofia de Montesquieu esta enquadrada no espírito crítico do Iluminismo Francês, com o qual ele compartilha os princípios da tolerância religiosa, a aspiração da liberdade e denuncia as diversas instituições desumanas como a tortura e a escravidão, mas afastou-se do racionalismo abstrato e do método dedutivo de outros filósofos iluministas, para buscar um conhecimento mais concreto, empírico, realista e cético. O Espírito das Leis Em 1748, Montesquieu publicou sua obra principal ―O Espírito das Leis‖, obra de grande impacto, editada inúmeras vezes e traduzida para outras línguas. Nela, Montesquieu elabora sua teoria política e o resumo de suas ideias. Teoria Política de Montesquieu Para Montesquieu não existia uma forma de governo ideal que servisse para qualquer povo em qualquer época. Em ―O Espírito das Leis‖ Montesquieu elaborou uma teoria sociológica do governo e da lei, mostrando que a estrutura de ambos depende das condições em que cada povo vive. Assim, para criar um sistema político estável tinha que ser levado em conta o desenvolvimento econômico-social do país e até determinantes geográficos e climáticos influenciavam decisivamente na forma de governo. Montesquieu considerava que cada uma das três formas de governo era baseada por um princípio: a democracia baseia-se na virtude, a monarquia na honra e o despotismo no medo. Ao rejeitar o despotismo, afirmava que a democracia sé era viável em repúblicas de pequenas dimensões territoriais, decidindo-se em favor da monarquia constitucional. Doutrina dos Três Poderes Sua contribuição mais conhecida foi a ―Doutrina dos três poderes‖, baseada em Locke, em que defendia a divisão da autoridade governamental em três setores fundamentais: o executivo, o legislativo e o judiciário, cada um independente e fiscal dos outros dois. Montesquieu faleceu em Paris, França, no dia 10 de fevereiro de 1755. 014 As teorias de Montesquieu exerceram profunda influência no pensamento político moderno. Inspiraram a Constituição dos Estados Unidos, de 1787, que substituiu a monarquia constitucional pelo presidencialismo, e exerceu uma influência decisiva sobre os liberais que levaram à Revolução Francesa de 1789, e a construção posterior de regimes constitucionais em toda a Europa. Obras Cartas Persas (1721) Considerações Sobre a Causa da Grandeza dos Romanos e a sua Decadência (1734) O Espírito das Leis (1748) Obs.: Montesquieu foi um dos 130 colaboradores da Enciclopédia, obra monumental dividida em 17 volumes de responsabilidade dos filósofos Diderot e D’Alembert. Frases As viagens dão uma grande abertura à mente: saímos do círculo de preconceitos do próprio país e não nos sentimos dispostos a assumir aqueles dos estrangeiros. O estudo foi para mim o remédio soberano contra os desgostos da vida, não havendo nenhum desgosto de que uma hora de leitura não me tenha consolado. A corrução dos governantes quase sempre começa com a corrução dos seus princípios. É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder, tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Ludwig von Mises Foi um dos mais notáveis economistas e filósofos liberais da história, e o principal teórico da Escola Austríaca de Economia do século XX. Ele desenvolveu a Praxeologia, método dedutivo para se entender a Economia; é o pai da Escola Neo-austríaca de Economia, e também tinha doutorado em Leis e Ciências Sociais. Judeu, nascido em 29 de setembro de 1881 em Lemberg, na época, uma cidade do Império Áustro-Húngaro. Ludwig Heinrich Edler von Mises era o primogênito de 3 filhos. Seu pai era um engenheiro ferroviário, Arthur Edler von Mises, e sua mãe, Adele Landau, fazia trabalho de caridade num orfanato judeu. Em 1920, três anos após o golpe que destronou o Império na Rússia, o economista já denunciava a catástrofe que os socialistas trariam para a Economia e para as liberdades civis. Mises mostrou que sem a propriedade privada, o cálculo econômico é impossível, o que impossibilita o Socialismo. Ele ainda enfatizou que ao controlar os fatores de produção, o Socialismo também controlava a vida de cada indivíduo: o Estado define a profissão dos cidadãos, o que devem comer ou ler, quais crenças e ideias podem abraçar. Os nazistas eram inimigos do Capitalismo, do Liberalismo Econômico e como já é sabido, dos judeus. Mises reunia as três características, e temia perseguições nazistas. Embora fosse um https://www.infoescola.com/filosofia/metodo-dedutivo/ https://www.infoescola.com/direito/liberdades-civis/ https://www.infoescola.com/economia/fatores-de-producao/ https://www.infoescola.com/economia/capitalismo/ https://www.infoescola.com/economia/liberalismo-economico/ 015 economista muito respeitado na Áustria, ele já sofria represálias na Universidade de Viena por ser judeu e por ser capitalista: os judeus que eram mais respeitados haviam abraçado o Socialismo, então sua origem étnica e idéias de liberdade dificultaram mais sua situação, o obrigando a ensinar sem ser pago pela universidade por 14 anos. Ele era um privatdozent, tinha permissão para dar aulas e ser chamado de professor, mas sem ser pago. Entre os amigos e alunos de Mises na Europa, incluem-se Wilhelm Röpke e Alfred Müller-Armack (assessores do chanceler da Alemanha Ludwig Erhard), Jacques Rueff (conselheiro econômico de Charles de Gaulle) e o presidente italiano Luigi Einaudi e Leonid Hurwicz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2007 O economista e teórico político F. A. Hayek ao brindar Mises em uma festa disse:"É um dos mais educados e informados homens que eu já conheci ..." Paul Samuelson, um dos mais influentes economistas do século XX, inseriu Mises em sua lista imaginária daqueles que receberiam o Prêmio Nobel, caso a categoria de Economia fosse instituída desde o começo, em 1901, junto às demais. Mises escreveu e lecionou incansavelmente, divulgando o liberalismo clássico, sendo um dos líderes da Escola Austríaca de economia. Em Human Action, Mises revelou o fundamento conceitual da economia, que chamou de praxeologia, a ciência da ação humana. Muitos de seus trabalhos tratavam de dois temas econômicos relacionados: economia monetária e inflação. diferenças entre economias planificadas e livre mercado. Mises defendia que as pessoas demandam dinheiro por causa da sua utilidade como meio para aquisição de outros bens, não por algum valor intrínseco desse, e que qualquer expansão de oferta de crédito causa ciclos econômicos. Era defensor convicto do free banking (sistema bancário não regulado com concorrência inteiramente livre). Mises sugeriu que o socialismo falha no aspecto econômico por causa do problema do cálculo econômico — o uso de uma economia planejada em substituição ao mercado na alocação dos fatores de produção. Em artigo de 1920, Mises argumentou que, sem uma economia de mercado não haveria um sistema de preços funcional, o qual considerava essencial para alcançar uma alocação racional dos bens de capital para os seus usos mais produtivos. O socialismo falha porque a demanda não pode ser conhecida sem preços estabelecidos pelo mercado. A crítica de Mises da via socialista para o desenvolvimento econômico é conhecida: “O único fato sobre a Rússia sob o regime soviético com que todas as pessoas concordam é: que a qualidade de vida do povo Russo é muito menor do que a do povo no pais que é universalmente considerado como o paradigma do capitalismo, os Estados Unidos. Se fôssemos considerar o regime soviético um experimento científico, poderíamos dizer que a experiência demonstrou claramente a superioridade do capitalismo e a inferioridade do socialismo” Oskar Lange iniciou a reflexão socialista sobre esse assunto a partir do ponto de vista de Mises, com o ensaio editado em outubro de 1936, On the Economic Theory of Socialism, publicado na Review of Economic Studies. [19] Os argumentos de Mises foram ampliados por economistas austríacos posteriores, como Hayek. Em Intervencionismo, uma Análise Econômica (1940), Ludwig von Mises escreveu: https://www.infoescola.com/cultura/judeus/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_M%C3%BCller-Armack https://pt.wikipedia.org/wiki/Chanceler_da_Alemanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Erhard https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_de_Gaulle https://pt.wikipedia.org/wiki/Luigi_Einaudi https://pt.wikipedia.org/wiki/Leonid_Hurwicz https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Nobel_de_Economia https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Nobel_de_Economia https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Samuelson https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Nobel https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_cl%C3%A1ssico https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Austr%C3%ADaca https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_Humana https://pt.wikipedia.org/wiki/Praxeologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_monet%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Infla%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_planificada https://pt.wikipedia.org/wiki/Livre_mercado https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_(economia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A9dito https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_econ%C3%B4mico https://pt.wikipedia.org/wiki/Free_banking https://pt.wikipedia.org/wiki/Regula%C3%A7%C3%A3o_banc%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Concorr%C3%AAncia_(economia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Problema_do_c%C3%A1lculo_economico https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_planejada https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado https://pt.wikipedia.org/wiki/Fatores_de_produ%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_de_mercado https://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7o https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_de_capital https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_de_capital https://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda https://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7o https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%BAssia https://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_de_vida https://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigma https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Oskar_Lange https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio_(literatura) https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_von_Mises#cite_note-19 https://pt.wikipedia.org/wiki/Argumento https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Hayek 016 “A terminologia usual da linguagem política é estúpida. O que é esquerda e o que é direita? Por que Hitler é de 'direita' e Stalin, seu amigo e contemporâneo, de 'esquerda'? Quem é 'reacionário' e quem é 'progressista'? Reação contra políticas pouco inteligentes não deve ser condenada. E progresso em direção ao caos não deve ser elogiado. Nada deve ser aceito apenas por ser novo, radical, e estar na moda. 'Ortodoxia' não é um mal se a doutrina em que o ortodoxo se baseia é válida. Quem é antitrabalhista, aqueles que querem rebaixar o trabalho ao nível da Rússia, ou aqueles que querem para o trabalho o padrão de vida capitalista dos Estados Unidos? Quem é 'nacionalista,' aqueles que querem colocar seu país sob os calcanhares dos Nazistas ou os que querem preservar sua independência?” Muitos economistas e estudiosos foram influenciados pelas ideias de Von Mises. Entre os mais notáveis podemos destacar Israel Kirzner, Friedrich Hayek, Hans Sennholz, Ralph Raico, Leonard Liggio, George Reisman, Henry Hazlitt e Murray Rothbard. O trabalho de Von Mises também é creditado por influenciar personalidades como Leonard Read (fundador da ONG "Foundation for Economic Education"), o poeta Max Eastman e a dramaturga Ayn Rand. As ideias de Mises foram também considerados uma forte influência para a política Reaganomics do presidente norte-americano Ronald Reagan. [21] A cada duas semanas, Mises ensinava para mais ou menos 25 alunos em seu escritório, um seminário que durava das 19h às 22h30, com discussões de Economia, Filosofia Social, Sociologia, Lógica e Epistemologia das Ciências da Ação Humana. Anos após o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas revelariam outros dados: foram encontrados 10 mil documentos de Mises que haviam sido roubados pela Gestapo e depois passaram para as mãos dos soviéticos, enfatizando o perigo que ambas as forças totalitaristas enxergavam nas teses de Mises. Mises foi embora da Áustria para a Suíça e em 1938 se casou com a atriz Margit Herzfeld, que já tinha dois filhos e era viúva. Eles foram para os Estados Unidos da América em 1940, e se estabeleceram em um pequeno apartamento em Nova York, onde moraram até o fim de suas vidas. Mises foi professor da New York University (primeiro como professor pago, depois outros indivíduos e instituições pagaram seu salário quando a universidade passou a se recusar) e ainda foi contratado pela Foudation for Economic Education como autor e palestrante. Mises morreu aos 92 anos em 1973, e seu legado inclui diversos livros, dentre eles ―A Ação Humana: Um tratado de Economia‖, chamado de ―Bíblia econômica do homem civilizado‖ pelo economista Murray N. Rothbard. Em 1974, seu seguidor Friedrich Hayek ganhou o Nobel de Economia com sua teoria misesiana dos ciclos econômicos. Já em 1982, o jornalista LlewellynRockwell fundou o Ludwig von Mises Institute, nos Estados Unidos; e atualmente existem outros Institutos von Mises pelo mundo, inclusive no Brasil. John Locke John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês, um dos principais representante do empirismo - doutrina filosófica que afirmava que o conhecimento era determinado pela experiência, tanto de origem externa, nas sensações, quanto interna, a partir das reflexões. https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquerda_pol%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/Direita_pol%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Hitler https://pt.wikipedia.org/wiki/Josef_Stalin https://pt.wikipedia.org/wiki/Reacion%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Progressismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Radicalismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_ortodoxa https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Padr%C3%A3o_de_vida https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Israel_Kirzner https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Hayek https://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Sennholz https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Reisman https://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Hazlitt https://pt.wikipedia.org/wiki/Murray_Rothbard https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Leonard_Read&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/ONG https://pt.wikipedia.org/wiki/Foundation_for_Economic_Education https://pt.wikipedia.org/wiki/Foundation_for_Economic_Education https://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Eastman https://pt.wikipedia.org/wiki/Ayn_Rand https://pt.wikipedia.org/wiki/Reaganomics https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronald_Reagan https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_von_Mises#cite_note-21 https://www.infoescola.com/sociologia/ https://www.infoescola.com/historia/uniao-sovietica/ https://www.infoescola.com/historia/uniao-sovietica/ https://www.infoescola.com/historia/gestapo/ https://www.infoescola.com/estados-unidos/ https://www.infoescola.com/biografias/friedrich-august-von-hayek/ 017 Locke se destacou especialmente por seus estudos de filosofia política e deixou grande contribuição ao desenvolvimento do liberalismo, principalmente a noção de Estado de Direito. John Locke nasceu na aldeia de Somerset, em Wrington, Inglaterra, no dia 29 de agosto de 1632. Filho de um advogado e capitão da cavalaria parlamentar, com 14 anos ingressou na Westminster em Londres. Em 1652, entrou para a Christ Church College, da Universidade de Oxford. Formou-se em 1656 e dois anos mais tarde fez o mestrado. Em 1660 foi nomeado professor da instituição, onde lecionou grego antigo e retórica. Durante algum tempo, Locke estudou a filosofia racionalista de Descartes – que lhe despertou o interesse pela teoria do conhecimento. Em 1667, tornou-se secretário de Lord Ashley Cooper, chanceler da Inglaterra e futuro conde Shaftesbury, época em que desenvolveu sua teoria do liberalismo político e se interessou cada vez mais pelas discussões filosóficas e científicas. Em 1668, John Locke tornou-se membro da Academia Científica da Sociedade Real de Londres, onde realizou diversas pesquisas. Foi amigo e colaborador do cientista Robert Boyle. Como sua especialidade era a Medicina ele manteve relações com importantes cientistas da época, entre eles, Isaac Newton. Entre 1675 e 1679 residiu na França em missão diplomática. Ao retornar à Inglaterra, deparou-se com problemas políticos decorrentes da sucessão de Carlos II. Adversário do absolutismo monárquico da Inglaterra de Carlos II e de Jaime II, em 1683, por defender o parlamentarismo, John Locke foi obrigado a se refugiar nos Países Baixos, onde permaneceu por cinco anos. Em 1689, depois da Revolução Gloriosa, Guilherme de Orange foi coroado como Guilherme III, tendo que aceitar a ―Declaração dos Direitos‖ apresentada pelo Parlamento, como base do sistema de monarquia constitucional, a qual Locke ajudou a redigir. A Filosofia de John Locke John Locke foi um dos principais empiristas britânicos, junto com Thomas Hobbes, George Berkeley e David Hume. Sua filosofia reconhece a experiência como a única fonte válida de conhecimento. Segundo ele, a sensação ou a experiência externa, e a reflexão ou a experiência interna, constituem duas fontes de conhecimento originando-se assim ideias simples, produto da sensação, e ideias complexas, provenientes da reflexão. John Locke negava radicalmente que existiam ideias inatas, tese defendida por Descartes. Argumentava ele, que quando se nasce, a mente é uma página em branco que a experiência vai preenchendo. Sua teoria do conhecimento foi exposta em sua obra fundamental: ―Ensaio Sobre o Conhecimento Humano‖. A Teoria Política de John Locke Como teórico político, John Locke defendeu a monarquia constitucional. Pode ser considerado um precursor da democracia liberal, uma vez que atribuiu grande importância à liberdade e à tolerância. Foi no contexto da Revolução Gloriosa Inglesa, quando Locke esteve exilado na Holanda, entre 1682 e 1688, que o filósofo desenvolveu sua teoria do liberalismo político. 018 Em 1690, escreveu ―Segundo Tratado Sobre o Governo Civil‖. Na obra, Locke apresentou o princípio da divisão dos três poderes que deveriam exercer a função de governo: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. Tolerância Religiosa Ainda durante seu exílio na Holanda, John Locke escreveu ―Cartas Sobre a Tolerância‖, na qual defende as ações dos cidadãos, principalmente no campo religioso, que devem ser toleradas pelo Estado, desde que cumpram as funções de defender a vida, a liberdade e a propriedade. Locke afirmava que a reivindicação por tolerância tem como pressuposto a separação entre Estado e Igreja, ideia revolucionária para o cenário político da época. John Locke faleceu em High Lavre, Inglaterra, no dia 28 de outubro de 1704. Seu corpo foi sepultado no cemitério da Igreja de Lavre, onde residia desde 1691. Frases de John Locke O que te preocupa, te escraviza. Onde não tem lei, não tem liberdade. É preciso metade do tempo para usar a outra. A felicidade é uma condição da mente e não das circunstâncias. Nossas ações são as melhores interpretações de nossos pensamentos. A necessidade de procurar a verdadeira felicidade é o fundamento da nossa liberdade. Voltaire Voltaire, (1694-1778) foi um filósofo e escritor francês, um dos grandes representantes do Movimento Iluminista na França. Foi também ensaísta, poeta, dramaturgo e historiador. Voltaire, Montesquieu e Rousseau foram os três nomes mais significativos do Iluminismo francês. Voltaire, pseudônimo literário de François Marie Arouet, nasceu em Paris, França, no dia 21 de novembro de 1694. Descendente de família burguesa, entre 1704 e 1711, foi aluno do Collège Louis-le Grand, em Paris, uma das mais importantes instituições de ensino da França. Iniciou o curso de direito, porém não terminou. Iluminismo De temperamento e ideias revolucionárias, Voltaire frequentou a Société du Temple, que reunia libertinos e livres pensadores. Nessa época, os importantes avanços econômicos, culturais e científicos levaram à crença de que o destino da humanidade era o progresso. Além do racionalismo e do liberalismo, outro princípio tipicamente iluminista era o anticlericalismo– posição política contrária ao poder da Igreja. Voltaire, ligado à alta burguesia, era um crítico fervoroso do absolutismo, da nobreza e principalmente da Igreja, foi um dos pensadores que melhor encarou o espírito do Século das Luzes. 019 Escreveu versos desrespeitosos, dirigidos ao rei Luís XIV, que lhe valeram a reclusão na Bastilha em 1717. Uma vez libertado, foi exilado em Chátenay. Voltaire foi um combativo escritor. Em 1718 escreveu a tragédia ―Èdipo‖, com o pseudônimo de Voltaire, que lhe abriu as portas dos meios literários. Em 1726, em um desentendimento com o Cavaleiro Rohan, foi novamente preso. Depois de cinco meses, foi exilado na Inglaterra onde permaneceu até 1729. Ideias de Voltaire Na Inglaterra, Voltaire tomou contato com as ideias de John Locke e influenciado pelo regime de governo parlamentar, instituído após a Revolução Gloriosa de 1688, passou a defender a ideia de que a tolerância religiosa e a monarquia constitucional inglesa deveriam ser adotadas por todas as nações europeias. Voltaire condenava o Absolutismo, porém defendia a necessidade de uma Monarquia centralizada em que os reis, assessorados pelos filósofos fossem capazes de fazer reformas de acordo com o interesse da sociedade. Embora afirmasse que ―todo homem tem o direito de acreditar ser igual aos outros homens‖, Voltaire tinha verdadeiro desprezo pelo povo. Voltaire foi atuante propagandista das ideias liberais, defendendo o direito dos indivíduos à liberdade política e de expressão. Criticava a Igreja, mas não era ateu e sim deísta – acreditava que Deus estava presente na natureza e, como nela se encontra o homem, Deus estava presente também no homem, que pode descobri-lo por meio da razão, dizendo que ela guia o homem para a sabedoria. Cartas Filosóficas Em 1734, Voltaire publicou ―Cartas Inglesas ou Carta Filosóficas‖, sua obra mais escandalosa, onde faz uma comparação entre a liberdade inglesa e o atraso da França absolutista, clerical e obsoleta. Condenado pelas autoridades francesas, novamente teve que fugir, sendo acolhido pela marquesa du Châtelet, no castelo de Cirey em Lorena, onde passou dez anos. Últimos Anos Em 1744, voltou para Paris e, dois anos mais tarde, foi eleito para a Academia Francesa e introduzido por Madame Pompadour na corte. Em 1749, com a morte da marquesa, e com a perda de prestígio na corte, aceitou o convite de Frederico II o Grande, da Prússia, para viver na corte de Potsdam. Em 1753, depois de se desentender com o rei, retirou-se para uma casa perto de Genebra. Em 1778, viajou para Paris, quando veio a falecer. Voltaire faleceu em Paris, França, no dia 30 de maio de 1778. Frases de Voltaire Todo homem é culpado do bem que não fez. Todas as grandezas do mundo não valem um bom amigo. O mais competente não discute, domina a sua ciência e cala-se. O trabalho poupa-nos de três grandes males: tédio, vício e necessidade. É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente. 020 René Descartes René Descartes (1596 - 1650) foi um filósofo, físico e matemático francês. Autor da frase: "Penso, logo existo". É considerado o criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse fundamentada única e exclusivamente na verdade. René du Perron Descartes nasceu em La Hayne, antiga província de Touraine, hoje Descartes, na França, no dia 31 de março de 1596. Filho de Joachim Descartes, advogado e juiz, proprietário de terras, com o título de escudeiro, primeiro grau de nobreza. Era também conselheiro no Parlamento de Rennes na vizinha cidade de Bretanha. Infância e Adolescência René Descartes estudou no Colégio Jesuíta Royal Henry - Le Grand, que era estabelecido no castelo De La Flèche. Doado aos jesuítas pelo rei Henrique IV, na época, o colégio mais prestigiado da França, tinha com objetivo treinar as melhores mentes. Em 1617, René Descarte ingressou no exército do príncipe Maurício de Nassau, na Holanda. Estabeleceu contato com as descobertas recentes da Matemática estudando com o cientista holandês Isaac Beeckman. Aos 22 anos, começa a formular sua "geometria analítica" e seu "método de raciocinar corretamente". Descartes rompeu com a filosofia de Aristóteles, adotada nas academias e, em 1619, propõe uma ciência unitária e universal, lançando as bases do método científico moderno. Descartes tomou parte da Guerra dos Trinta Anos, combatendo sob as ordens de Tilly na Batalha do Monte Branco, em 1621. Regressou depois à França, onde empreendeu viagens pela Itália, Holanda e Espanha. De 1629 a 1649 permaneceu nos Países-Baixos. René Descartes realizou diversos trabalhos na área da filosofia, ciências e matemática. Relacionou a álgebra com a geometria, fato que fez surgir a geometria analítica e o sistema de coordenadas, conhecido hoje como ―Plano Cartesiano‖. Aperfeiçoou a álgebra, sugerindo notações mais simples, fez diversas descobertas no terreno da física e criou a teoria das refrações da luz através das lentes. Pensamento Cartesiano René Descartes fundou o sistema filosófico denominado ―Racionalismo‖ ou ―Pensamento Cartesiano‖ (o termo vem de Cartesius, nome alatinado de Descartes). Segundo ele, se o homem pretende investigar a verdade, deve examinar seu próprio intelecto. O conhecimento é o mesmo para todos os objetos. O universo espiritual, contem o universo cognitivo da coisa em si. Descartes parte do ponto de vista, de que a vida se deve duvidar por princípio, de todas as opiniões recebidas. O fundamento de que parte não é outro senão a autoconsciência. 021 O Discurso Sobre o Método A principal obra de Descartes, "O Discurso Sobre o Método", é um tratado matemático e filosófico, publicado na França em 1637 e traduzida para o latim em 1656, na qual apresenta o seu método de raciocínio, "Penso, logo existo", base de toda a sua filosofia e do futuro "racionalismo científico". Nessa obra expõe quatro regras para se chegar ao conhecimento: Nada é verdadeiro até que venha a ser reconhecido como tal. Os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente. As considerações devem partir do mais simples para o mais complexo. O processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido. René Descartes foi considerado o pai do racionalismo e ao mesmo tempo, o fundador da moderna metodologia da ciência em sentido crítico. Em 1649, foi convidado para trabalhar como instrutor da rainha Cristina na Suécia, já com uma saúde frágil. René Descartes faleceu em Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de 1650. Frases de René Descartes: Penso, logo existo. Não é suficiente ter uma boa mente: o principal é usá-la bem. Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis. Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abri. Para examinar a verdade, é necessário, uma vez na vida, colocar todas as coisas em dúvida o máximo possível. René Descartes faleceuem Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de 1650. Obras de René Descartes Regras Para Orientação do Espírito, 1628 O Discurso Sobre o Método, 1637 Geometria, 1637 Meditações Sobre a Filosofia Primeira, 1641 Princípios da Filosofia, 1644 As paixões da Alma, 1649 Francis Bacon Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo, político e ensaísta inglês. Recebeu os títulos de Visconde de Albans e Barão de Verulam. Foi importante na formulação de teorias que fundamentaram a ciência moderna. É considerado o pai do método experimental. 022 Francis Bacon nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 22 de janeiro de 1561. Filho caçula de Sir Nicholas Bacon, Guardião do Selo Real, e de sua segunda esposa Ann. Estudou no Trinity College em Cambridge em 1576 formou-se em Direito, pela Universidade de Cambridge. Destinado à carreira diplomática, esteve na França como acompanhante do embaixador inglês, e só em 1579, com o falecimento do pai, regressou para Londres a fim de retomar a carreira jurídica e política. Carreira política Em 1584, Bacon foi eleito para a Câmara dos Comuns, como representante de um pequeno distrito. Nessa época escreve a Carta de Conselhos à rainha Elizabeth I, que advoga várias medidas de tolerância religiosa e de supremacia estatal em relação à Igreja. Pretendendo se ligar aos serviços da coroa, fez uso das influências do tesoureiro real Lord Burghley, seu tio materno, e do Conde de Essex até tornar-se seu conselheiro particular. Mas não conseguiu, sob o reinado de Elizabeth I, ser nomeado procurador geral, como ambicionava. Sob o reinado de Jaime I, foi sucessivamente nomeado procurador-geral (1607), fiscal-geral (1613), Lorde Conselheiro (1616), Lorde Guardião (1617) e finalmente Lorde Chanceler (1618). Ainda em 1618 foi nomeado Barão de Verullan e, em 1621, Visconde de St. Albans. Em 1621, Francis Bacon, o Grande Chanceler do rei, foi acusado de suborno e corrução pela Câmara dos Comuns, e condenado pela Câmara dos Lordes ao pagamento de enorme multa e à prisão na Torre de Londres. Embora perdoado pelo rei, não pode mais retornar às atividades públicas, porém, havia conquistado fama de orador e escritor. O resto da vida foi dedicado inteiramente à filosofia científica e ao ensaio político. E sua obra literária teve muito mais importância que toda sua carreira de estadista. A Filosofia de Francis Bacon Paralelamente à atividade política, Bacon elaborou uma importante obra filosófica reunida em textos como Novum Organum (1620, Novo Método) e De Dignitate et Augmentis Scientiarum (1623, Sobre a Dignificação e Progresso da Ciência). Nas obras, Bacon expõe sua filosofia da ciência, de grande influência sobre o pensamento posterior, onde salienta a primazia dos fatos em relação à teorização e rejeita a especulação filosófica como cientificamente válida. Seus textos deveriam fazer parte de uma obra ambiciosa que ficou inacabada, intitulada Instauratio Magna (Grande Restauração), com a qual pretendia criar uma nova ciência, capaz de restaurar o saber, infecundo e falso dos pensadores precedentes. A Teoria de Francis Bacon Para Bacon, o conhecimento científico tem por finalidade servir o homem e conferir-lhe poder sobre a natureza. Fazia críticas à ciência antiga, de origem aristotélica, pois a assemelhava a um puro passatempo mental. 023 Para ele, a verdadeira filosofia não é, exclusivamente, a ciência das coisas divinas e humanas, mas a simples busca da verdade, pois para se alcançar uma mentalidade científica, é necessário livrar a mente de uma série de preconceitos. O Método Científico Bacon influenciou a psicologia ao argumentar que todas as ideias são o produto da sensação e da reflexão. Contestou a afirmação medieval de que a verdade poderia ser elucidada através de pouca observação e muito raciocínio. Para Bacon, a descoberta dos fatos verdadeiros não depende de esforços puramente mentais, mas sim da observação e da experimentação guiada pelo raciocínio indutivo. Embora Bacon não tenha realizado nenhum progresso nas ciências naturais, deve-se a ele o primeiro esboço racional de uma metodologia científica. O empirismo científico de Bacon devolveu ao homem o gosto pelo concreto e pela experiência. Francis Bacon faleceu de complicações nas vias respiratórias, em Londres, Inglaterra, no dia 9 de abril de 1626. Outras obras de Francis Bacon História de Henrique VII (1622). Nova Atlântida (1624), onde descreve uma utopia (estado ideal) onde as possibilidades de experimentação científica seriam ilimitadas. Ensaios (1597, 1612, 1625) onde revela um pensamento elevado e um estilo tão rico que foi citado ao lado de William Shakespeare como consolidador da língua inglesa. Frases de Francis Bacon O conhecimento é em si mesmo um poder. A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas. A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita precisão. O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las. Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto. Denis Diderot Denis Diderot (1713-1784) foi um filósofo, escritor e tradutor francês, um dos grandes pensadores do Iluminismo francês e principal idealizador da Enciclopédia, um dos símbolos do Iluminismo, que preparou ideologicamente a Revolução Francesa. Denis Diderot nasceu em Langres, na França, no dia 5 de outubro de 1713. Filho de um mestre de cutelaria recebeu boa educação. Estudou em colégio dos jesuítas, onde iniciou a carreira eclesiástica. 024 Em 1728, Diderot foi para Paris, e em 1732 recebeu o grau de mestre em Artes na Universidade de Paris. Ampliou sua formação estudando leis, literatura, filosofia e matemática. Inicialmente, Diderot trabalhou como tradutor e escreveu sermões por encomenda. Frequentava os cafés parisienses onde conheceu pensadores iluministas como Étienne Condillac e Jean-Jacques Rousseau. Contexto Histórico Denis Diderot viveu na França do século XVIII, época em que o País atravessava transformações com a revolução intelectual denominada ―Iluminismo‖ – movimento político-filosófico que se caracterizou pela defesa dos direitos e da liberdade dos cidadãos. Os filósofos, entre eles, Voltaire, Montesquieu e Rousseau, exaltavam a razão, dizendo que ela guia o homem para a sabedoria e desprezavam toda e qualquer crença de forma religiosa. O principal instrumento de divulgação das ideias iluministas foram os livros, que se multiplicaram nesse período. Enciclopédia A partir de 1745, Diderot começou a trabalhar ao lado do matemático Jean Le Rond d’Alembert, por encomenda do livreiro André LeBreton, na tradução da Cyclopaedia, do inglês Ephraim Chambers. Ao realizar a tradução, Diderot teve a inspiração para criar uma grande ―Enciclopédia‖ que fosse o veículo das novas ideias contra as forças, para ele reacionárias, da igreja e do estado, e que destacasse os princípios essenciais das artes e das ciências. Diderot entregou-se à tarefa durante 16 anos, redigiu uma grande parte, mas sua tarefa foi, sobretudo, a de dirigir esupervisionar os trabalhos de 130 colaboradores, entre eles Montesquieu e Rousseau. Apesar de enfrentar numerosas proibições e dificuldades, a ―Enciclopédia‖ (Enciclopédia ou Dicionário Lógico das Ciências, Artes e Ofícios), composta de 17 volumes de textos e 11 volumes de desenhos, foi publicada entre 1751 e 1772. A ―Enciclopédia‖, destinada a apresentar um panorama dos conhecimentos humanos naquele século, ávido de novidades, tornou-se um dos símbolos do Iluminismo e desempenhou papel destacado na criação do clima ideológico desencadeador da Revolução Francesa. Pensamento de Diderot Em 1746, Diderot publicou ―Pensamento Filosófico‖, uma formulação de objeções reacionárias contra a revelação sobrenatural. Em 1748, publicou ―Cartas Sobre os Cegos Para Uso Dos Que Enxergam‖. A tese do ensaio é a sujeição do homem aos seus cinco sentidos, o relativismo do conhecimento humano e a negação de qualquer fé transcendental. Nas duas obras, Diderot expunha seu pensamento baseado no materialismo ateu que frisava o quanto o homem dependia de seus sentidos. As ordens religiosas se opuseram e Diderot foi preso, passando três meses na prisão. 025 Denis Diderot escreveu ainda as obras: As Joias Indiscretas (1748), livro de contos licenciosos. A Religiosa (1760),obra anticlerical que denunciava a vida dos conventos da época. O Sobrinho de Rameau (1762), obra escrita após uma crise religiosa. Jacques, o Fatalista e Seu Mestre (1773), obra que revela seu esforço por conjugar a filosofia materialista com a crença na liberdade humana. Denis Diderot viveu seus últimos anos ajudado economicamente pela imperatriz Catarina da Rússia, sua admiradora.Faleceu em Paris, França, no dia 31 de julho de 1784. Seus restos mortais encontram-se sepultados no Panteão de Paris. Isaac Newton Isaac Newton (1643-1727) foi um físico, astrônomo e matemático inglês. Seus trabalhos sobre a formulação das três leis do movimento levou à lei da gravitação universal, a composição da luz branca conduziram à moderna física óptica, na matemática ele lançou os fundamentos do cálculo infinitesimal. Infância e formação Isaac Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena aldeia da Inglaterra, no dia 4 de janeiro de 1643. Nasceu prematuro e logo ficou órfão de pai. Com dois anos, quando sua mãe voltou a casar, Isaac foi morar com sua avó. Desde cedo manifestava interesse por atividades manuais. Ainda criança, fez um moinho de vento, que funcionava, e um quadrante solar de pedra, que se acha hoje na Sociedade Real de Londres. Com 14 anos, foi levado de volta para a casa de sua mãe, cujo marido acabara de falecer, para ajudar no trabalho da lavoura. Em vez de se dedicar aos seus afazeres, passa o tempo imerso na leitura. Com 18 anos foi aceito no Trinity College, da Universidade de Cambridge. Passou quatro anos em Cambridge e recebeu seu grau de Bacharel em Artes, em 1665. Tornou-se amigo do Professor Isaac Barrow, que o estimulou a desenvolver suas aptidões matemáticas, tornando-o seu assistente. Descobertas Entre 1665 e 1667, durante o tempo em que a universidade ficou fechada, em consequência de uma epidemia de peste bubônica, que assolou a Inglaterra e matou um décimo da população, Isaac Newton teve que voltar para a casa. Nesse período, Newton fez as descobertas mais importantes para a ciência: descobriu a lei fundamental da gravitação, imaginou as leis básicas da Mecânica e aplicou-as aos corpos celestes, inventou os métodos de cálculo diferencial e integral, além de estabelecer os alicerces de suas grandes descobertas ópticas. 026 Lei da Gravitação Universal Em 1666, Newton foi o único a perceber a lei que seria básica para a compreensão de vários fenômenos – antes inexplicáveis – que ocorriam no universo. Ao cair da árvore, a mais célebre maçã da história da ciência, motivou em Newton a ideia de gravitação universal. ―Por que caiu a maçã?‖, partindo dessa pergunta, chegou à descoberta de uma das mais importantes leis científicas. Isaac Newton elaborou então uma das mais fundamentais de todas as leis, a ―lei da gravitação universal‖. Nela sustentou e provou que cada partícula de matéria atrai toda partícula outra, de matéria. Não é só a Terra que puxa para seu centro a maçã da árvore, mas também a maçã puxa a Terra, essa lei aplica-se a todos os planetas. O Sol atrai a Terra, esta atrai a Lua e a Lua atrai a Terra. Newton mostrou que a força entre os corpos depende de sua massa, como da proximidade deles. E ensinou como calcular essas forças. As Três Leis de Newton Isaac Newton estabeleceu três ―leis do movimento‖, ou ―Leis de Newton‖: A primeira lei diz que ―um corpo em repouso permanece em repouso se não é forçado a mudar, um corpo que se move continuará a mover-se com a mesma velocidade e no mesmo sentido, se não for forçado a mudar‖. A segunda lei ―mostra que a quantidade de força pode ser medida por uma proporção de mudança observada no movimento‖. Essa proporção é o que se chama de aceleração e refere-se à rapidez do aumento ou da diminuição da velocidade. A terceira lei diz que ―toda ação causa uma reação, e que a ação e a reação são iguais e opostas‖. Cargos e honraria Em 1667, quando a universidade reabriu, Newton voltou para sua atividade secundária de ensino, mas logo progrediu e com 26 anos, tornou-se professor de Matemática, sucedendo seu próprio mestre e protetor Isaac Barrow. Em 1672 foi eleito para a Royal Society. Representou a universidade de Cambridge no Parlamento, por duas vezes, de 1689 e 1690 e em 1701. Foi diretor da Casa da Moeda, época em que fortaleceu a moeda e reergueu e crédito nacional. Em 1705, a rainha Ana outorgou a Newton o título de ―Sir‖. Foi o primeiro cientista a receber tal honraria. Últimos anos Isaac Newton Passou o resto de sua vida científica ampliando suas descobertas. Dedicou-se à pesquisa dos raios luminosos. Chegou à conclusão que a luz é o resultado do veloz movimento de uma infinidade de minúsculas partículas emitidas por um corpo luminoso. 027 Ao mesmo tempo descobriu que a luz branca resulta da mistura das sete cores básicas. Inventou um novo sistema matemático de cálculo infinitesimal, aperfeiçoou a fabricação de espelhos e lentes, fabricou o primeiro telescópio refletor. Descobriu as leis que regem os fenômenos das marés, numa época que as atividades econômicas dependiam da navegação marítima. Isaac Newton fez previsões para o fim do mundo baseadas nas escrituras bíblicas, especialmente, no livro de Daniel, e que o acontecimento seria em 2060, do calendário gregoriano. Isaac Newton faleceu em Londres, no dia 20 de março de 1727. Seu funeral foi grandioso. Seis nobres membros do Parlamento inglês carregaram seu ataúde, até a Abadia de Westminster, onde repousa até hoje seus restos mortais. Em sua homenagem foi erguida em Cambridge, uma estátua com os dizeres: "Ultrapassou os humanos pelo poder de seu pensamento". Obras de Isaac Newton Métodos das Fluxões, 1671 Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, 1687 Óptica, 1704 Aritmética Universal, 1707 Karl Marx Karl Marx (1818–1883)
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