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Doutrinas Política Econômicas

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01 
 
Jean-Baptiste Colbert 
Político francês 
 
Jacques Bossuet 
Teólogo francês 
 
Jean Bodin 
Jurista e teórico político francês 
 
Thomas Hobbes 
Filósofo e teórico político inglês 
 
Adam Smith 
Economista escocês 
 
Jean-Jacques Rousseau 
Filósofo suíço 
 
Montesquieu 
Filósofo e escritor francês 
 
Ludwig Von Mises 
Economistas e filósofo liberal 
 
John Locke 
Filósofo inglês 
 
Voltaire 
Filósofo francês 
 
René Descartes 
Filósofo e matemático francês 
 
Francis Bacon 
Filósofo inglês 
 
Denis Diderot 
Filósofo e escritor francês 
 
Isaac Newton 
Cientista inglês 
 
Karl Marx 
Filósofo e revolucionário alemão 
 
John Maynard Keynes 
Economista inglês 
 
 
 
 
 
 02 
 
Jean-Baptiste Colbert 
Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) foi um político francês. Responsável 
pelo extraordinário desenvolvimento da economia e da Marinha francesa 
durante o reinado de Luís XIV. 
Jean-Baptiste Colbert nasceu em Reims, França, no dia 29 de agosto de 
1619. Era filho de um comerciante descendente de próspera família 
formada de comerciantes e de oficiais franceses. 
Colbert viveu na obscuridade até começar a trabalhar para o chanceler Michel de Tellier, em 1649. 
Em 1651 conheceu o Cardeal Mazarin, figura política dominante na França, que o fez seu secretário 
particular. 
Durante dez anos, Colbert trabalhou para Mazarin e se destacou como excelente administrador dos 
bens do Cardeal. Em 1661, no leito de morte, o Cardeal recomenda Colbert para os serviços de Luís 
XIV e Colbert logo se torna o homem de confiança da administração dos negócios do rei. 
Em 1664, integrando o conselho supremo, Colbert foi o responsável pela queda de Nicolas Fouquet, 
poderoso superintendente das finanças do reino, após descobrir desvios de verbas públicas. 
 
Reformas na economia e finanças da França 
Em 1665, Colbert foi nomeado controlador geral 
das finanças e dos negócios, tanto do rei quanto 
do reino e iniciou uma série de reformas na 
estrutura econômica e financeira do país. 
 
Jean-Baptiste Colbert e Luís XIV 
Colbert estabeleceu um novo sistema de arrecadação de impostos e um rigoroso controle dos 
contribuintes o que permitiu enriquecer os cofres do erário público. 
Para incentivar a indústria Nacional, implantou medidas de caráter mercantilista, como o aumento 
da tarifa alfandegária para reduzir as importações e favorecer as exportações. 
Colbert fomentou a instalação de novas indústrias e exigiu a produção de mercadorias de alta 
qualidade para reduzir a hegemonia comercial dos holandeses e competir com os produtos 
estrangeiros. 
Colbert e a Marinha da França 
Em 1668, Colbert assumiu a Secretaria de Estado da Marinha e estimulou a navegação e a 
construção de uma frota mercante para transporte dos produtos. 
Ao mesmo tempo, promoveu uma política colonialista destinada a abrir novos mercados para os 
produtos franceses. 
Comprou as ilhas de Guadalupe e Martinica, nas Antilhas, apoiou o estabelecimento de colônias em 
São Domingos, na Luziânia e no Canadá. Fundou entrepostos comerciais na África e na Índia. 
 
 
 
 03 
Preocupado com a estagnação demográfica, estabeleceu a isenção de impostos para as famílias 
muito numerosas. 
Com o objetivo de ampliar o poder político da França, ampliou a armada que chegou a ter quase 
trezentos navios. 
Reformas legislativas 
No intuito de uniformizar a legislação de conformidade com o centralismo monárquico, publicou as 
ordenações: civil, criminal, das águas e das florestas, comercial, assim como as coloniais e da 
marinha. 
No campo cultural, Colbert protegeu as artes e as ciências. Membro da Academia Francesa, ele 
fundou a Academia dos Inscritos e Belas Artes, a Academia das Ciências e a Academia Real de 
Arquitetura, além de criar o observatório de Paris. 
Sua preocupação com o progresso econômico da França o tornou hostil, pois aplicava 
energicamente as leis autoritárias, sem distinção ou sem preocupação com a opinião pública. 
Apesar de Católico fiel, desconfiou dos monges e até do clero, com o argumento de que muitos 
comerciantes recebiam ordens sagradas. Tomou medidas hostis também contra os protestantes. 
Últimos anos e morte 
Jean-Baptiste Colbert, mais que qualquer outro político de seu tempo, impulsionou o esplendor e a 
prosperidade da França. 
No final de sua trajetória, Colbert estava decepcionado, pois suas reformas de longo prazo 
precisavam de paz, mas Luís XIV havia sido atraído por uma série de guerras que esvaziaram os 
cofres do reino. 
Jean-Baptiste Colbert faleceu em Paris, França, no dia 6 de setembro de 1683. Seu filho mais velho, 
Jean-Baptiste, Marquês de Seignely, sucedeu o pai como secretário de finanças e da Marinha da 
França. 
 
Jacques Bossuet 
Jacques Bossuet (1627-1704) foi um bispo e teólogo francês, um dos 
maiores teóricos do absolutismo. foi uma das personalidades mais 
influentes em assuntos religiosos, políticos e culturais da França na 
segunda metade do século XVII. Foi considerado o maior de todos os 
oradores sacros. É um dos grandes vultos do Classicismo francês. 
Jacques-Bénigne Bossuet, conhecido como Jacques Bossuet, nasceu 
em Dijon, na França, no dia 27 de setembro de 1627. Filho de uma 
família de magistrados foi educado no colégio de jesuítas de Dijon. 
Em 1642, com 15 anos iniciou o estudo de Teologia no Collège de Navarre, em Paris. Foi ordenado 
padre em 1652, quando terminou o seu doutorado. Nesse mesmo ano, foi nomeado arcebispo de 
Metz. 
 
 
 
 04 
Orador Sacro 
Em 1659, Jacques Bossuet deixa Metz e retorna a Paris, onde rapidamente alcançou fama como 
orador sacro. Suas principias preocupações eram a pregação e a controvérsia com os protestantes, 
sintetizadas em seu primeiro livro ―Réfutation du Catéchisme du Sieur Paul Ferry‖. A obra foi o 
resultado de suas discussões com Paul Ferry, o ministro da igreja protestante reformada de Metz. 
As pregações de Bossuet sobre a ―Peregrinação do Apóstolo São Paulo‖ e sobre ―A Dignidade dos 
Pobres na Igreja‖ foram admirados e logo chegaram a Paris. 
Entre 1660 e 1661, Bossuet pregou os sermões da Quaresma em dois famosos conventos de Metz. 
Em 1662, foi chamado a pregar para os membros da corte do rei Luís XIV. Foi o encarregado de 
pronunciar orações fúnebres de importantes personagens como Henriette-Marie da Inglaterra e de 
Henriette-Anne, cunhada do rei Luís XIV. 
Em 1669, Jacques Bosset foi nomeado bispo de Condom, uma diocese no sudeste da França, mas 
teve que renunciar, pois em 1670 foi nomeado preceptor do príncipe herdeiro. Em 1671, foi eleito 
para a Academia Francesa. 
Teoria do Direito Divino 
Na política, Jacques Bossuet desenvolveu a doutrina do ―Direito Divino‖ na qual afirmava que 
qualquer governo formado legalmente, expressa a vontade de Deus, que sua autoridade é sagrada e 
que qualquer rebelião contra ela é criminosa. 
Destacou também que a responsabilidade do soberano é se comportar como a imagem de Deus e 
governar para os súditos como um bom pai e não ser afetado por seu poder. 
Em 1681, Bossuet foi nomeado bispo de Meaux, deixando a corte, mas continuou mantendo laços 
com o rei. Nessa época, pronunciou sua segunda série de orações fúnebres, entre elas, a da princesa 
Anade Gonzague (1685) e a do príncipe de Condé (1687). Em 1688 publicou ―História das 
Variações das Igrejas Protestantes‖. 
Polêmicas Teológicas e Principais Ideias 
Jacques Bossuet participou de polêmicas teológicas sobre o "galicanismo" - tendência predominante 
entre os católicos franceses, que defendiam a independência religiosa nacional em detrimento da 
autoridade do papa. 
Em 1681, quando o clero francês se reuniu para examinar a controvérsia entre o rei Luís XIV e o 
papa, Bossuet, no discurso de abertura da assembleia, sustentou que a autoridade do monarca era 
suprema em questões temporais, enquanto que nas questões de fé, o papa devia apoiar-se na 
autoridade da igreja em seu conjunto. 
Envolvido também na controvérsia com os protestantes, Bossuet se opunha à perseguição e tentava 
converter os protestantes por argumentos intelectuais. Em 1685, apoiou a revogação do rei ao 
―Edito de Nantes‖, uma ação que na prática, proibia o protestantismo francês. Em 1888, publicou 
―Histórias das Variações das Igrejas Protestantes‖. 
Embora tenha sido moderado na briga galicana e na controvérsia com os protestantes, Bossuet 
mostrou-se menos tolerante com o "quientismo" – misticismo religioso segundo o qual a perfeição 
moral consiste na indiferença absoluta, na anulação da vontade e na união contemplativa com Deus. 
 
 
 
 05 
Com seus argumentos conseguiu que Roma condenasse o arcebispo de Cambrai, François Fénelon, 
que praticava a doutrina. Sobre o tema escreveu, ―Instruções Sobre o Chamado da Oração‖ (1698) e 
"A Relação Sobre o Quientismo" (1698). 
Jacques Bossuet faleceu em Paris, França, no dia 12 de abril de 1704. 
Frases de Jacques Bossuet 
 A contemplação são os olhos da alma. 
 Pensar contra foi sempre a maneira menos difícil de pensar. 
 A ambição é, entre todas as paixões humanas, a mais ferina nas suas aspirações e a mais 
desenfreada nas suas cobiças e, todavia, a mais astuta no intento e a mais ardilosa nos 
planos. 
 A sabedoria humana aprende muito se aprender a calar-se. 
 
Jean Bodin 
Jean Bodin (1530-1596) foi um jurista e teórico político francês, 
que exerceu grande influência na sociedade europeia através da 
formulação de suas teorias econômicas e seus princípios de ―bom 
governo‖, numa época em que os sistemas medievais foram dando 
lugar a estados centralizados. Foi considerado o iniciador do 
conceito moderno de soberania. 
Jean Bodin (1530-1596) nasceu em Angers, França, em 1530. 
Filho de um alfaiate, quando jovem entrou para a Ordem dos 
Carmelitas, em Angers. Em 1549, foi liberado de seus votos 
monásticos, acusado de heresia. Na década de 50, estudou Direito 
na Universidade de Toulouse e depois de formado, lecionou 
Direito Romano na mesma universidade. 
Em 1561, Jean Bodin muda-se para Paris, onde se estabelece como advogado, num período em que 
a França estava envolvida em Guerras Religiosas entre os cristãos e os protestantes e também por 
conflitos sociais e políticos. Foi um jurista de tolerância religiosa numa época particularmente 
intolerante. 
Jean Bodin escreveu importantes obras que ajudaram na compreensão das leis e das instituições 
jurídicas, como também dos fundamentos sociais e políticos que regulavam a vida dos diversos 
povos da época. Em 1566, publicou ―Método para a Fácil Compreensão da História‖. Na obra, 
considera a existência de três normas: a ―lei moral‖, aquela que o indivíduo aplica à sua vida, a ―lei 
doméstica‖, a que deve ser exercida dentro da família, e a ―lei civil‖, a que regula a relação entre as 
diversas famílias. 
Em 1571, tornou-se membro dos círculos de discussão em torno doe François, o duque de Anjou, 
filho mais novo de Henrique III, futuro rei da França. Em 1576, publica ―Os Seis Livros da 
República‖, que se tornou uma das mais conhecidas obras de filosofia política. No livro, Bodin 
formula o conceito moderno de soberania e também afirma sua preferência pela monarquia regida 
 
 
 
 06 
por leis e defende a independência do poder político com relação ao religioso, como também a 
prevalência do direito sobre a força para obter um bom governo. 
O primeiro livro descreve os diferentes tipos de poder (conjugal, paternal e senhorial) e define o 
cidadão e a soberania. O segundo livro descreve as formas de Estado (monarquia, aristocracia e 
democracia). O terceiro define as funções dos órgãos do Estado (senado, oficiais, magistrados e 
colegiados). O quarto livro comenta a ascensão e queda dos Estados e suas causas. O quinto livro 
discute a adaptação do Estado ao estilo e caráter da população, como também os diversos aspectos 
da administração estatal (fisco, penas e recompensas, guerras, tratados e alianças). O sexto livro 
debate algumas políticas públicas (censo, finanças e moeda) e por fim, compara as três formas de 
Estado e os tipos de justiça correspondente a cada uma. 
Em 1581, acompanhou o príncipe François para a Inglaterra. Após a morte de François, em 1584, 
Boldin retorna para Laon, França, como procurador, até sua morte, em 1596. 
 
Thomas Hobbes 
Thomas Hobbes (1588-1679) foi um teórico político e filósofo 
inglês. Sua obra de maior destaque é "Leviatã", um tratado político 
cuja ideia central é a defesa do absolutismo e a elaboração da tese 
do contrato social. 
Infância e Formação 
Thomas Hobbes nasceu em Westport, Inglaterra, no dia 5 de abril 
de 1588. Filho de um clérigo anglicano, vigário de Westport, teve 
uma infância marcada pelo medo da invasão da Inglaterra pelos 
espanhóis, na época da rainha Elizabeth I. 
Inculto e violento, após uma briga com outro clérigo na frente de sua igreja, seu pai abandonou sua 
esposa e os três filhos, deixando-os sob a tutela de seu irmão. 
Educado por seu tio, aos quatro anos, Hobbes ingressou na escola da igreja de Westport, em seguida 
em uma escola particular e, aos 15 anos foi matriculado na Magdalen Hall da Universidade 
de Oxford, onde se formou em 1608. 
Thomas Hobbes teve toda sua vida ligada à monarquia inglesa. Tornou-se preceptor de William 
Cavendish, que viria a ser o segundo duque de Devonshire, ficando amigo da família por toda a 
vida. 
Como era hábito na época viajou com seu aluno para a França e Itália, entre 1608 e 1610, descobriu 
que a filosofia de Aristóteles, que estudou em Oxford, estava sendo combatida e desacreditada 
devido às descobertas de Galileu e Kepler. 
Entre 1621 e 1625, secretariou Francis Bacon ajudando-o a traduzir alguns de seus ensaios para o 
latim. 
Em 1628, com a morte de seu aluno, Hobbes voltou a viajar como preceptor do filho de Sir Gervase 
Clifton. Durante sua estada na França, entre 1629 e 1631, Hobbes estudou Euclides e despertou o 
 
 
 
 07 
interesse pela matemática. Em 1631, foi chamado como preceptor de outro filho da família 
Cavendish. 
Em 1634, acompanhado de seu novo aluno, fez a terceira viagem pelo continente, ocasião em que 
entrou em contato com o matemático e teólogo Marin Mersenne e, em 1636, esteve com Galileu e 
Descartes, mas desdenhava do experimentalismo de Galilei como também do de Francis Bacon. 
Teorias e Obras: 
Do Cidadão (1642) 
Em 1637, Hobbes voltou à Inglaterra que se achava às vésperas de uma guerra civil. Em 1640, 
decidiu então,circular entre seus amigos o exemplar manuscrito do terceiro trabalho de sua 
planejada trilogia filosófica: ―De Cive‖ (Do Cidadão), com o título de ―Elementos da Lei Natural e 
Política‖, em que tratou a questão das relações entre a Igreja e o Estado. 
Para Hobbes, a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo 
monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir as questões religiosas e presidir o 
culto. 
Quando o Arcebispo Laud e o Conde de Strafford, principais auxiliares do rei foram levados à torre 
acusados de conspiração, Hobbes retirou-se para a França. Em 1642, publicou ―Do Cidadão‖. 
Em 1646 tornou-se professor de matemática do príncipe Carlos, futuro Carlos II, filho de Carlos I, 
da Inglaterra, que também estava exilado na França, depois da instalação da república na Inglaterra, 
sob a liderança de Oliver Cromwell. 
Leviatã (1651) 
Ainda em Paris, em 1651, Hobbes publicou ―Leviatã‖, onde defende a monarquia absolutista. A 
razão disto deriva da visão que ele tinha da sociedade, segundo ele sempre ameaçada por uma 
guerra civil, onde todos os seus integrantes vivem em uma situação de permanente conflito: ―uma 
guerra de um contra todos e de todos entre si‖. 
O estado da natureza, segundo ele, não tinha nada de harmonioso. O mundo antigo dos primeiros 
homens era um mundo de feras, onde ―o verdadeiro lobo do homem era o próprio homem‖. 
Para se chegar a uma sociedade civil era necessário que todos, por meio de um ―contrato social‖, 
concordassem em transferir as suas liberdades naturais a um só homem: o rei, somente ele deveria 
deter o monopólio da violência. Somente o rei deve ter poderes que lhe permitam impor sua 
vontade sobre todos para o bem geral da comunidade. 
No seu ponto de vista, não existe o direito à propriedade, nem à vida, nem à liberdade, que não 
sejam garantidos pela autoridade real. Rebelar-se contra ela, significa regredir no reino animal, onde 
impera sempre a violência, pondo em risco as conquistas da civilização. 
A obra desagradou a Igreja Católica e o Governo Francês, por ser muito radicalista e, sob essa 
pressão foi obrigado a deixar o país. 
 
 
 
 08 
De Corpore (1655) e De Homine (1658) 
Em 1651, com 63 anos, Thomas Hobbes retornou para Londres e se declarou submisso ao ministro 
Cromwell. Procurando estar em paz com o novo regime, mas envolveu-se em várias polêmicas no 
campo científico e religioso. 
Em 1655 publica ―De Corpore‖ (Do Corpo) no qual reduzia a filosofia ao estudo dos corpos em 
movimento. Em 1658 publicou a terceira parte de sua trilogia, intitulada ―De Homine‖ (Do 
Homem), tratando especificamente do movimento envolvido no conhecimento e apetite humano, 
este capaz de promover uma guerra. 
Últimos Anos 
Em 1660, com a restauração da monarquia, o príncipe Carlos retornou à Inglaterra para ser coroado 
como Carlos II. Apesar das críticas a Hobbes, Carlos II o manteve na corte e lhe deu uma pensão 
generosa. 
Em 1666, o Parlamento votou uma lei contra o ateísmo que o colocou em perigo. Hobbes então com 
80 anos, queimou os papéis que poderiam incrimina-lo. 
Posteriormente, a lei contra o ateísmo foi desfeita pelo Parlamento, mas desde então Hobbes não 
obteve permissão para publicar nada relacionado à conduta humana, uma condição imposta pelo 
Rei. 
Thomas Hobbes faleceu em Hardwick Hall, Inglaterra, no dia 4 de dezembro de 1679, com 91 anos, 
depois de ter escrito, já na velhice, a tradução da "Ilíada" e da "Odisseia" para a língua inglesa. 
Frases de Thomas Hobbes 
―O Homem é o lobo do homem.‖ 
―A experiência não leva a conclusões universais.‖ 
―Impressões sensoriais não bastam para construir e preservar uma vida.‖ 
―Um homem não pode abandonar o direito de resistir àqueles que o atacam com força para lhe 
retirar a vida.‖ 
―A razão é o passo, o aumento da ciência o caminho, e o benefício da humanidade é o fim.‖ 
―O universo é corpóreo; tudo o que é real é material, e aquilo que não é material não é real.‖ 
―A singularidade do uso eclesiástico da palavra deu numerosas disputas relativas ao verdadeiro 
objeto da fé cristã.‖ 
 
Adam Smith 
Adam Smith, (1723-1790) foi um economista e 
filósofo escocês. Considerado o pai da economia 
moderna. O mais importante teórico do liberalismo 
econômico do século XVIII. Sua principal obra "A 
Riqueza das Nações", é referência para os 
economistas. 
 
 
 
 09 
Adam Smith nasceu em Kirkcaldy, Escócia, no dia 5 de junho de 1723. Filho do advogado Adam 
Smith e de Margaret Douglas, ficou órfão aos dois anos de idade. 
Fez o curso secundário no Burgh School of Kirkcaldy. Estudou Filosofia em Glasgow, na 
Universidade de Edimburgo e em 1740, ingressou no Balliol College da Universidade de Oxford. 
Atividade acadêmica 
Radicado em Edimburgo, em 1748, deu cursos sobre ética e economia, até ser nomeado professor 
de Lógica, na Universidade de Glasgow, em 1751. 
Smith travou amizade com o filósofo David Hume, cujas doutrinas empiristas e iluministas 
exerceram grande influência sobre ele. 
Assumiu a cátedra de Filosofia Moral, em 1752. Publicou seu principal tratado sobre essa 
disciplina, "Teoria dos Sentimentos Morais‖ (1759). 
Nessa obra, vinculada à escola do sentimento moral iniciada por Francis Hutcheson, Adam Smith 
destacava, como princípio básico da consciência moral do indivíduo, a imparcialidade no 
julgamento das próprias ações e do comportamento alheio. 
Adam Smith tornou-se tutor do duque de Buccleuch e com ele viajou pela França e Suíça entre 
1763 e 1766, onde teve contato com os fisiocratas, como Voltaire e François Quesnay. 
A Riqueza das Nações 
De volta à Escócia, Smith abandonou a atividade acadêmica e alternou sua residência entre 
Kirkcaldy e Londres. 
Publicou sua obra principal, "A Riqueza das Nações‖ (1776), que teve importância fundamental 
para o nascimento da economia política liberal e para o progresso de toda a teoria econômica. 
Pregava a não intervenção do Estado na economia e um Estado limitado às funções de guardião da 
segurança pública, mantenedor da ordem e garantia da propriedade privada. 
Teoria da divisão do trabalho 
Com um estudo profundo sobre a formação, o investimento e a distribuição do capital, Smith 
afirmou a teoria valor-trabalho, segundo a qual a fonte única de riqueza é o trabalho. 
As sociedades industriais se diferenciavam das comunidades primitivas por uma maior acumulação 
de riqueza, como resultado das inovações tecnológicas que a divisão do trabalho e o aumento de 
emprego produzem. 
Segundo ele, todo o sistema econômico em que existe a livre atividade dos indivíduos se 
desenvolveria de forma harmônica, de acordo com um modelo de crescimento contínuo da riqueza 
geral do país. 
Smith baseou-se no fato de empresários e trabalhadores serem guiados pela mesma lei psicológica 
natural da busca do interesse próprio. 
Essa lei é que impulsiona os primeiros a conseguirem o maior lucro possível e os últimos a 
oferecerem sua força de trabalho ao capitalista que a remunere melhor. 
 
 
 
 010 
E que por serem a oferta e a demanda dos produtos, da mesma forma que os seus custos de 
produção, reguladas espontaneamente pela ―mão invisível‖, estabelece a competição nomercado. 
Em 1777, Smith foi nomeado inspetor de alfândega em Edimburgo, onde passou o resto da vida, e 
encerrou sua carreira profissional como reitor da Universidade de Glasgow. 
Postumamente ainda foi publicado parte do tratado que ficou inacabado, intitulado: "Essays on 
Philosophical Subjects" (1795). 
Adam Smith faleceu em Edimburgo, Escócia, no dia 17 de julho de 
1790. 
 
Jean-Jacques Rousseau 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo social, teórico 
político e escritor suíço. Foi considerado um dos principais filósofos do 
Iluminismo e um precursor do Romantismo. Suas ideias influenciaram a 
Revolução Francesa. Em sua obra mais importante "O Contrato Social" 
desenvolveu sua concepção de que a soberania reside no povo. 
Infância e Juventude 
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, no dia 28 de junho de 1712. Filho de um 
relojoeiro calvinista ficou órfão de mãe logo ao nascer. Em 1722 ficou órfão de pai, que não se 
preocupou com a educação do filho. Foi educado por um pastor protestante. 
Em 1724, com 12 anos, iniciou seus estudos. Nessa época, já escrevia comédias e sermões. Levava 
uma vida errante na tentativa de afirmar-se numa profissão: foi relojoeiro, aprendiz de pastor e 
gravador. 
Em 1728, com 16 anos, Jean-Jacques Rousseau foi para Savóia, na Itália. Sem meios para se 
manter, procura uma instituição católica e manifesta o desejo de se converter. De volta a Genebra 
conhece Madame de Varcelli, uma dama ilustre que cuida de sua manutenção. Com a morte dela, 
resolve percorrer a Suíça em busca de aventuras. 
Entre 1732 e 1740, viveu na França, quando se envolve com Madame de Warens, em Cambéry, 
época em que conquistou, como autodidata, grande parte de sua instrução. Em 1742, foi para Paris, 
onde conhece uma nova protetora que o indica para secretário do Embaixador da França, em 
Veneza. Observa as falhas do Governo de Veneza e passa a dedicar-se ao estudo e à compreensão 
da política. 
Iluminismo 
Jean-Jacques Rousseau viveu em uma época em que o absolutismo dominava toda a Europa e 
diversos movimentos buscavam uma renovação cultural. O Iluminismo – nome dado ao 
movimento composto por intelectuais que condenavam as estruturas de privilégios, absolutistas e 
colonialistas e defendiam a reorganização da sociedade. 
O Iluminismo teve início na Inglaterra, mas difundiu-se rapidamente na França, onde Montesquieu 
(1689-1755) e Voltaire (1694-1778) desenvolviam uma série de críticas à ordem estabelecida. 
 
 
 
 011 
Em 1745, Jean-Jacques Rousseau estava de volta a Paris, onde descobre o ―Iluminismo‖ e passa a 
colaborar com o movimento. Em 1750, participa do concurso da Academia de Dijon: ―As artes e as 
ciências proporcionam benefícios à humanidade?‖, que oferece um prêmio ao melhor ensaio sobre o 
assunto. 
Rousseau, incentivado por seu amigo Diderot, participa com o ―Discurso Sobre as Ciências e as 
Artes‖, recebendo o primeiro prêmio, além de uma fama polêmica por afirmar em seu ensaio que as 
ciências, as letras e as artes são os piores inimigos da moral. Como criadoras de novas necessidades, 
tornam-se fonte de escravidão. 
Obras e Ideias de Rousseau 
 Discurso Sobre a Desigualdade (1755) 
A contestação da sociedade tal como estava organizada foi também o tema de seu novo trabalho, 
onde Rousseau reforça a teoria já levantada, reafirmando: O homem é naturalmente bom. É só 
devido às instituições que se torna mau. 
Não faz objeção à desigualdade natural, originada da idade, saúde e inteligência, Mas ataca a 
desigualdade resultante de privilégios. Para desfazer o mal, basta abandonar a civilização. Quando 
alimentado, em paz com a natureza e amigo dos semelhantes, o homem é naturalmente bom. 
 Julie ou a Nova Heloísa (1761) 
Em Julie ou a Nova Heloísa, Rousseau exalta o direito da paixão, mesmo ilegítima, contra a 
hipocrisia da sociedade. Exalta as delícias da virtude, o prazer da renúncia, a poesia das montanhas, 
florestas e lagos, Só o ambiente campestre pode purificar o amor e libertá-lo da corrupção social. O 
livro é recebido com arrebatamento. A natureza entra na moda desencadeando uma paixão por toda 
a Europa. É a primeira manifestação do Romantismo. 
 Contrato Social (1762) 
O Contrato Social é uma utopia política, que propõe um estado ideal, resultante de consenso e que 
garanta os direitos de todos os cidadãos. Um plano para a reconstrução das relações sociais da 
humanidade. Seu princípio básico se mantém. Em estado natural, os homens são iguais: os males só 
surgem depois que certos homens resolvem demarcar pedaços de terra dizendo: ―Essa terra é 
minha‖. 
A única esperança de garantir os direitos de cada um está na organização de uma sociedade civil, na 
qual esses direitos sejam cedidos a toda a comunidade, igualmente. Isso poderia ser feito por meio 
de um contrato estabelecido entre os vários membros do grupo. 
Tudo isso, não significa que a liberdade do indivíduo seja aniquilada, ao contrário, a sujeição ao 
Estado tem o efeito de fortalecer a liberdade autêntica. Ao falar em Estado, Rousseau não se refere 
ao governo, mas a uma organização política que exprima a vontade geral. 
O governo é simplesmente o agente executivo do Estado. Além disso, a comunidade pode 
estabelecer ou destituir um governo, sempre que o desejar. 
 Émile ou da Educação (1762) 
 
 
 
 012 
A obra Émile é uma utopia pedagógica, na qual, em forma de romance, Rousseau imagina o herói 
como uma criança completamente isolada do meio social, que não recebe nenhuma influência da 
civilização. Seu professor não tenta ensinar-lhe virtude alguma, mas trata de preservar-lhe a pureza 
do instinto contra as possíveis insinuações do vício. 
Guiado apenas por sua necessidade interior, Émile vai fazendo suas opções e escolhe tudo que 
realmente precisa. Não descobrirá outra ciência senão aquela que ele próprio quiser, por curiosidade 
e espírito de iniciativa. 
A Perseguição e Morte 
O Parlamento de Paris condenou tanto o Contrato Social quanto Émile, que considerou repleto de 
heresias religiosas. Para o tempo em que a Europa vivia, as ideias democráticas de Rousseau eram 
audaciosas. As edições de Émile são queimadas em Paris. 
Já afastado de Diderot e dos demais filósofos, por não compartilhar de seu raciocínio, Rousseau foi 
forçado a se exilar na Suíça, pois havia uma ordem de prisão contra ele. Constantemente 
perseguido, encontra asilo na Inglaterra, onde o filósofo David Hume o acolheu. 
Para justificar-se ante os ataques a que esteve exposto, Rousseau iniciou suas ―Confissões‖, 
publicadas postumamente em 1782. Em 1778, aceita a acolhida do Marquês de Girardin, em seu 
domínio em Ermenonville, onde vive suas últimas semanas, já debilitado mentalmente. 
Jean-Jacques Rousseau faleceu em Ermenonville, França, no dia 2 de julho de 1778. Quinze anos 
mais tarde, seu valor é reconsiderado. Defensor ardoroso dos princípios de ―liberdade, igualdade e 
fraternidade‖, lema da Revolução Francesa, é visto como ―profeta‖ do movimento. Seus restos 
mortais foram transportados para o Panteão de Paris. 
 
Montesquieu 
Montesquieu (1689-1755) foi um filósofo social e escritor 
francês. Foi o autor de "Espírito das Leis". Foi o grande 
teórico da doutrina que veio a ser mais tarde a separação dos 
três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. É 
considerado o autêntico precursor da Sociologia Francesa. Foi 
um dos grandes nomes do pensamento iluminista, junto com 
Voltaire,Locke e Rousseau. 
Charles-Louis de Sécondat, conhecido como Montesquieu, 
nasceu no castelo de La Brède, perto de Bordeaux, França, no 
dia 18 de janeiro de 1689. Filho de nobres estudou no Colégio 
Juilly, onde fez sólidos estudos humanísticos. 
Com 16 anos, Montesquieu ingressou no curso de Direito da Universidade de Bordeaux. Nessa 
época, frequentou os círculos da boêmia literária de Paris. 
Com a morte de seu pai, Montesquieu herdou o título de Barão de La Brède. Mais tarde, herdou de 
um tio uma propriedade rural produtora de vinho, que manteve pelo resto da vida, e o título de 
Barão de Montesquieu. 
 
 
 
 013 
Seguindo uma tradição familiar, em 1714, tornou-se conselheiro do tribunal provençal de Bordeaux, 
que presidiu entre 1716 e 1726, quando resolveu conhecer de perto as instituições políticas de 
outros povos, Montesquieu percorreu numerosos países em viagem de estudos e, atraído pelo 
modelo político britânico, permaneceu em Londres entre 1729 e 1731. 
Cartas Persas 
Montesquieu se tornou célebre com a publicação de ―Cartas Persas‖ (1721), cartas imaginárias de 
um persa que ao visitado a França teria estranhado os costumes e instituições vigentes. 
O livro, espirituoso e irreverente, relativiza os valores de uma civilização pela comparação com os 
da outra, muito diferentes. Montesquieu satiriza sutilmente as tendências cartesianas da filosofia 
francesa e o absolutismo do Estado e da Igreja. A obra lhe valeu a entrada na Academia Francesa 
em 1727. 
A Filosofia de Montesquieu 
A filosofia de Montesquieu esta enquadrada no espírito crítico do Iluminismo Francês, com o qual 
ele compartilha os princípios da tolerância religiosa, a aspiração da liberdade e denuncia as diversas 
instituições desumanas como a tortura e a escravidão, mas afastou-se do racionalismo abstrato e do 
método dedutivo de outros filósofos iluministas, para buscar um conhecimento mais concreto, 
empírico, realista e cético. 
O Espírito das Leis 
Em 1748, Montesquieu publicou sua obra principal ―O Espírito das Leis‖, obra de grande impacto, 
editada inúmeras vezes e traduzida para outras línguas. Nela, Montesquieu elabora sua teoria 
política e o resumo de suas ideias. 
Teoria Política de Montesquieu 
Para Montesquieu não existia uma forma de governo ideal que servisse para qualquer povo em 
qualquer época. Em ―O Espírito das Leis‖ Montesquieu elaborou uma teoria sociológica do governo 
e da lei, mostrando que a estrutura de ambos depende das condições em que cada povo vive. 
Assim, para criar um sistema político estável tinha que ser levado em conta o desenvolvimento 
econômico-social do país e até determinantes geográficos e climáticos influenciavam decisivamente 
na forma de governo. 
Montesquieu considerava que cada uma das três formas de governo era baseada por um princípio: a 
democracia baseia-se na virtude, a monarquia na honra e o despotismo no medo. 
Ao rejeitar o despotismo, afirmava que a democracia sé era viável em repúblicas de pequenas 
dimensões territoriais, decidindo-se em favor da monarquia constitucional. 
Doutrina dos Três Poderes 
Sua contribuição mais conhecida foi a ―Doutrina dos três poderes‖, baseada em Locke, em que 
defendia a divisão da autoridade governamental em três setores fundamentais: o executivo, o 
legislativo e o judiciário, cada um independente e fiscal dos outros dois. 
Montesquieu faleceu em Paris, França, no dia 10 de fevereiro de 1755. 
 
 
 
 014 
As teorias de Montesquieu exerceram profunda influência no pensamento político moderno. 
Inspiraram a Constituição dos Estados Unidos, de 1787, que substituiu a monarquia constitucional 
pelo presidencialismo, e exerceu uma influência decisiva sobre os liberais que levaram à Revolução 
Francesa de 1789, e a construção posterior de regimes constitucionais em toda a Europa. 
Obras 
 Cartas Persas (1721) 
 Considerações Sobre a Causa da Grandeza dos Romanos e a sua Decadência (1734) 
 O Espírito das Leis (1748) 
 Obs.: Montesquieu foi um dos 130 colaboradores da Enciclopédia, obra monumental 
dividida em 17 volumes de responsabilidade dos filósofos Diderot e D’Alembert. 
Frases 
 As viagens dão uma grande abertura à mente: saímos do círculo de preconceitos do próprio 
país e não nos sentimos dispostos a assumir aqueles dos estrangeiros. 
 O estudo foi para mim o remédio soberano contra os desgostos da vida, não havendo 
nenhum desgosto de que uma hora de leitura não me tenha consolado. 
 A corrução dos governantes quase sempre começa com a corrução dos seus princípios. 
 É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder, tende a abusar dele. Para que não 
haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. 
 
Ludwig von Mises 
Foi um dos mais notáveis economistas e filósofos liberais da 
história, e o principal teórico da Escola Austríaca de Economia do 
século XX. Ele desenvolveu a Praxeologia, método dedutivo para 
se entender a Economia; é o pai da Escola Neo-austríaca de 
Economia, e também tinha doutorado em Leis e Ciências Sociais. 
Judeu, nascido em 29 de setembro de 1881 em Lemberg, na época, 
uma cidade do Império Áustro-Húngaro. Ludwig Heinrich Edler 
von Mises era o primogênito de 3 filhos. Seu pai era um engenheiro 
ferroviário, Arthur Edler von Mises, e sua mãe, Adele Landau, 
fazia trabalho de caridade num orfanato judeu. 
Em 1920, três anos após o golpe que destronou o Império na Rússia, o economista já denunciava a 
catástrofe que os socialistas trariam para a Economia e para as liberdades civis. Mises mostrou que 
sem a propriedade privada, o cálculo econômico é impossível, o que impossibilita o Socialismo. Ele 
ainda enfatizou que ao controlar os fatores de produção, o Socialismo também controlava a vida de 
cada indivíduo: o Estado define a profissão dos cidadãos, o que devem comer ou ler, quais crenças e 
ideias podem abraçar. 
Os nazistas eram inimigos do Capitalismo, do Liberalismo Econômico e como já é sabido, dos 
judeus. Mises reunia as três características, e temia perseguições nazistas. Embora fosse um 
https://www.infoescola.com/filosofia/metodo-dedutivo/
https://www.infoescola.com/direito/liberdades-civis/
https://www.infoescola.com/economia/fatores-de-producao/
https://www.infoescola.com/economia/capitalismo/
https://www.infoescola.com/economia/liberalismo-economico/
 
 
 
 015 
economista muito respeitado na Áustria, ele já sofria represálias na Universidade de Viena por ser 
judeu e por ser capitalista: os judeus que eram mais respeitados haviam abraçado o Socialismo, 
então sua origem étnica e idéias de liberdade dificultaram mais sua situação, o obrigando a ensinar 
sem ser pago pela universidade por 14 anos. Ele era um privatdozent, tinha permissão para dar aulas 
e ser chamado de professor, mas sem ser pago. 
Entre os amigos e alunos de Mises na Europa, incluem-se Wilhelm Röpke e Alfred Müller-Armack 
(assessores do chanceler da Alemanha Ludwig Erhard), Jacques Rueff (conselheiro econômico de 
Charles de Gaulle) e o presidente italiano Luigi Einaudi e Leonid Hurwicz, vencedor do Prêmio 
Nobel de Economia em 2007 O economista e teórico político F. A. Hayek ao brindar Mises em uma 
festa disse:"É um dos mais educados e informados homens que eu já conheci ..." Paul Samuelson, 
um dos mais influentes economistas do século XX, inseriu Mises em sua lista imaginária daqueles 
que receberiam o Prêmio Nobel, caso a categoria de Economia fosse instituída desde o começo, em 
1901, junto às demais. 
Mises escreveu e lecionou incansavelmente, divulgando o liberalismo clássico, sendo um dos 
líderes da Escola Austríaca de economia. Em Human Action, Mises revelou o fundamento 
conceitual da economia, que chamou de praxeologia, a ciência da ação humana. Muitos de seus 
trabalhos tratavam de dois temas econômicos relacionados: 
 economia monetária e inflação. 
 diferenças entre economias planificadas e livre mercado. 
Mises defendia que as pessoas demandam dinheiro por causa da sua utilidade como meio para 
aquisição de outros bens, não por algum valor intrínseco desse, e que qualquer expansão de oferta 
de crédito causa ciclos econômicos. Era defensor convicto do free banking (sistema bancário não 
regulado com concorrência inteiramente livre). Mises sugeriu que o socialismo falha no aspecto 
econômico por causa do problema do cálculo econômico — o uso de uma economia planejada em 
substituição ao mercado na alocação dos fatores de produção. 
Em artigo de 1920, Mises argumentou que, sem uma economia de mercado não haveria um sistema 
de preços funcional, o qual considerava essencial para alcançar uma alocação racional dos bens de 
capital para os seus usos mais produtivos. O socialismo falha porque a demanda não pode ser 
conhecida sem preços estabelecidos pelo mercado. A crítica de Mises da via socialista para o 
desenvolvimento econômico é conhecida: 
“O único fato sobre a Rússia sob o regime soviético com que todas as pessoas concordam é: que 
a qualidade de vida do povo Russo é muito menor do que a do povo no pais que é universalmente 
considerado como o paradigma do capitalismo, os Estados Unidos. Se fôssemos considerar o 
regime soviético um experimento científico, poderíamos dizer que a experiência demonstrou 
claramente a superioridade do capitalismo e a inferioridade do socialismo” 
Oskar Lange iniciou a reflexão socialista sobre esse assunto a partir do ponto de vista de Mises, 
com o ensaio editado em outubro de 1936, On the Economic Theory of Socialism, publicado na 
Review of Economic Studies.
[19]
 
Os argumentos de Mises foram ampliados por economistas austríacos posteriores, como Hayek. 
Em Intervencionismo, uma Análise Econômica (1940), Ludwig von Mises escreveu: 
https://www.infoescola.com/cultura/judeus/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_M%C3%BCller-Armack
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chanceler_da_Alemanha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Erhard
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_de_Gaulle
https://pt.wikipedia.org/wiki/Luigi_Einaudi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leonid_Hurwicz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Nobel_de_Economia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Nobel_de_Economia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Samuelson
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Nobel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_cl%C3%A1ssico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Austr%C3%ADaca
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_Humana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praxeologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_monet%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infla%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_planificada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Livre_mercado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A9dito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_econ%C3%B4mico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Free_banking
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regula%C3%A7%C3%A3o_banc%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concorr%C3%AAncia_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Problema_do_c%C3%A1lculo_economico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_planejada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fatores_de_produ%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_de_mercado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_de_capital
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_de_capital
https://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado
https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%BAssia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_de_vida
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oskar_Lange
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio_(literatura)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_von_Mises#cite_note-19
https://pt.wikipedia.org/wiki/Argumento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Hayek
 
 
 
 016 
“A terminologia usual da linguagem política é estúpida. O que é esquerda e o que é direita? Por 
que Hitler é de 'direita' e Stalin, seu amigo e contemporâneo, de 'esquerda'? Quem é 
'reacionário' e quem é 'progressista'? Reação contra políticas pouco inteligentes não deve ser 
condenada. E progresso em direção ao caos não deve ser elogiado. Nada deve ser aceito apenas 
por ser novo, radical, e estar na moda. 'Ortodoxia' não é um mal se a doutrina em que o 
ortodoxo se baseia é válida. Quem é antitrabalhista, aqueles que querem rebaixar o trabalho ao 
nível da Rússia, ou aqueles que querem para o trabalho o padrão de vida capitalista dos Estados 
Unidos? Quem é 'nacionalista,' aqueles que querem colocar seu país sob os calcanhares dos 
Nazistas ou os que querem preservar sua independência?” 
Muitos economistas e estudiosos foram influenciados pelas ideias de Von Mises. Entre os mais 
notáveis podemos destacar Israel Kirzner, Friedrich Hayek, Hans Sennholz, Ralph Raico, Leonard 
Liggio, George Reisman, Henry Hazlitt e Murray Rothbard. O trabalho de Von Mises também é 
creditado por influenciar personalidades como Leonard Read (fundador da ONG "Foundation for 
Economic Education"), o poeta Max Eastman e a dramaturga Ayn Rand. 
As ideias de Mises foram também considerados uma forte influência para a política Reaganomics 
do presidente norte-americano Ronald Reagan.
[21]
 
A cada duas semanas, Mises ensinava para mais ou menos 25 alunos em seu escritório, um 
seminário que durava das 19h às 22h30, com discussões de Economia, Filosofia Social, Sociologia, 
Lógica e Epistemologia das Ciências da Ação Humana. Anos após o fim da União das Repúblicas 
Socialistas Soviéticas revelariam outros dados: foram encontrados 10 mil documentos de Mises que 
haviam sido roubados pela Gestapo e depois passaram para as mãos dos soviéticos, enfatizando o 
perigo que ambas as forças totalitaristas enxergavam nas teses de Mises. 
Mises foi embora da Áustria para a Suíça e em 1938 se casou com a atriz Margit Herzfeld, que já 
tinha dois filhos e era viúva. Eles foram para os Estados Unidos da América em 1940, e se 
estabeleceram em um pequeno apartamento em Nova York, onde moraram até o fim de suas vidas. 
Mises foi professor da New York University (primeiro como professor pago, depois outros 
indivíduos e instituições pagaram seu salário quando a universidade passou a se recusar) e ainda foi 
contratado pela Foudation for Economic Education como autor e palestrante. 
Mises morreu aos 92 anos em 1973, e seu legado inclui diversos livros, dentre eles ―A Ação 
Humana: Um tratado de Economia‖, chamado de ―Bíblia econômica do homem civilizado‖ pelo 
economista Murray N. Rothbard. Em 1974, seu seguidor Friedrich Hayek ganhou o Nobel de 
Economia com sua teoria misesiana dos ciclos econômicos. Já em 1982, o jornalista LlewellynRockwell fundou o Ludwig von Mises Institute, nos Estados Unidos; e atualmente existem outros 
Institutos von Mises pelo mundo, inclusive no Brasil. 
 
John Locke 
John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês, um dos principais 
representante do empirismo - doutrina filosófica que afirmava que o 
conhecimento era determinado pela experiência, tanto de origem 
externa, nas sensações, quanto interna, a partir das reflexões. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquerda_pol%C3%ADtica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direita_pol%C3%ADtica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Hitler
https://pt.wikipedia.org/wiki/Josef_Stalin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reacion%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Progressismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radicalismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_ortodoxa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Padr%C3%A3o_de_vida
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Israel_Kirzner
https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Hayek
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Sennholz
https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Reisman
https://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Hazlitt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Murray_Rothbard
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Leonard_Read&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/ONG
https://pt.wikipedia.org/wiki/Foundation_for_Economic_Education
https://pt.wikipedia.org/wiki/Foundation_for_Economic_Education
https://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Eastman
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ayn_Rand
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reaganomics
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronald_Reagan
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_von_Mises#cite_note-21
https://www.infoescola.com/sociologia/
https://www.infoescola.com/historia/uniao-sovietica/
https://www.infoescola.com/historia/uniao-sovietica/
https://www.infoescola.com/historia/gestapo/
https://www.infoescola.com/estados-unidos/
https://www.infoescola.com/biografias/friedrich-august-von-hayek/
 
 
 
 017 
Locke se destacou especialmente por seus estudos de filosofia política e deixou grande contribuição 
ao desenvolvimento do liberalismo, principalmente a noção de Estado de Direito. 
John Locke nasceu na aldeia de Somerset, em Wrington, Inglaterra, no dia 29 de agosto de 1632. 
Filho de um advogado e capitão da cavalaria parlamentar, com 14 anos ingressou na Westminster 
em Londres. 
Em 1652, entrou para a Christ Church College, da Universidade de Oxford. Formou-se em 1656 e 
dois anos mais tarde fez o mestrado. Em 1660 foi nomeado professor da instituição, onde lecionou 
grego antigo e retórica. 
Durante algum tempo, Locke estudou a filosofia racionalista de Descartes – que lhe despertou o 
interesse pela teoria do conhecimento. Em 1667, tornou-se secretário de Lord Ashley Cooper, 
chanceler da Inglaterra e futuro conde Shaftesbury, época em que desenvolveu sua teoria do 
liberalismo político e se interessou cada vez mais pelas discussões filosóficas e científicas. 
Em 1668, John Locke tornou-se membro da Academia Científica da Sociedade Real de Londres, 
onde realizou diversas pesquisas. Foi amigo e colaborador do cientista Robert Boyle. Como sua 
especialidade era a Medicina ele manteve relações com importantes cientistas da época, entre eles, 
Isaac Newton. Entre 1675 e 1679 residiu na França em missão diplomática. 
Ao retornar à Inglaterra, deparou-se com problemas políticos decorrentes da sucessão de Carlos II. 
Adversário do absolutismo monárquico da Inglaterra de Carlos II e de Jaime II, em 1683, por 
defender o parlamentarismo, John Locke foi obrigado a se refugiar nos Países Baixos, onde 
permaneceu por cinco anos. 
Em 1689, depois da Revolução Gloriosa, Guilherme de Orange foi coroado como Guilherme III, 
tendo que aceitar a ―Declaração dos Direitos‖ apresentada pelo Parlamento, como base do sistema 
de monarquia constitucional, a qual Locke ajudou a redigir. 
A Filosofia de John Locke 
John Locke foi um dos principais empiristas britânicos, junto com Thomas Hobbes, George 
Berkeley e David Hume. Sua filosofia reconhece a experiência como a única fonte válida de 
conhecimento. 
Segundo ele, a sensação ou a experiência externa, e a reflexão ou a experiência interna, constituem 
duas fontes de conhecimento originando-se assim ideias simples, produto da sensação, e ideias 
complexas, provenientes da reflexão. 
John Locke negava radicalmente que existiam ideias inatas, tese defendida por Descartes. 
Argumentava ele, que quando se nasce, a mente é uma página em branco que a experiência vai 
preenchendo. Sua teoria do conhecimento foi exposta em sua obra fundamental: ―Ensaio Sobre o 
Conhecimento Humano‖. 
A Teoria Política de John Locke 
Como teórico político, John Locke defendeu a monarquia constitucional. Pode ser considerado um 
precursor da democracia liberal, uma vez que atribuiu grande importância à liberdade e à tolerância. 
Foi no contexto da Revolução Gloriosa Inglesa, quando Locke esteve exilado na Holanda, entre 
1682 e 1688, que o filósofo desenvolveu sua teoria do liberalismo político. 
 
 
 
 018 
Em 1690, escreveu ―Segundo Tratado Sobre o Governo Civil‖. Na obra, Locke apresentou o 
princípio da divisão dos três poderes que deveriam exercer a função de governo: Poder Legislativo, 
Poder Executivo e Poder Judiciário. 
Tolerância Religiosa 
Ainda durante seu exílio na Holanda, John Locke escreveu ―Cartas Sobre a Tolerância‖, na qual 
defende as ações dos cidadãos, principalmente no campo religioso, que devem ser toleradas pelo 
Estado, desde que cumpram as funções de defender a vida, a liberdade e a propriedade. 
Locke afirmava que a reivindicação por tolerância tem como pressuposto a separação entre Estado e 
Igreja, ideia revolucionária para o cenário político da época. 
John Locke faleceu em High Lavre, Inglaterra, no dia 28 de outubro de 1704. Seu corpo foi 
sepultado no cemitério da Igreja de Lavre, onde residia desde 1691. 
Frases de John Locke 
 O que te preocupa, te escraviza. 
 Onde não tem lei, não tem liberdade. 
 É preciso metade do tempo para usar a outra. 
 A felicidade é uma condição da mente e não das circunstâncias. 
 Nossas ações são as melhores interpretações de nossos pensamentos. 
 A necessidade de procurar a verdadeira felicidade é o fundamento da nossa liberdade. 
 
Voltaire 
Voltaire, (1694-1778) foi um filósofo e escritor francês, um dos grandes 
representantes do Movimento Iluminista na França. Foi também ensaísta, 
poeta, dramaturgo e historiador. Voltaire, Montesquieu e Rousseau foram 
os três nomes mais significativos do Iluminismo francês. 
Voltaire, pseudônimo literário de François Marie Arouet, nasceu em 
Paris, França, no dia 21 de novembro de 1694. Descendente de família 
burguesa, entre 1704 e 1711, foi aluno do Collège Louis-le Grand, em 
Paris, uma das mais importantes instituições de ensino da França. Iniciou 
o curso de direito, porém não terminou. 
Iluminismo 
De temperamento e ideias revolucionárias, Voltaire frequentou a Société du Temple, que reunia 
libertinos e livres pensadores. Nessa época, os importantes avanços econômicos, culturais e 
científicos levaram à crença de que o destino da humanidade era o progresso. Além do racionalismo 
e do liberalismo, outro princípio tipicamente iluminista era o anticlericalismo– posição política 
contrária ao poder da Igreja. 
Voltaire, ligado à alta burguesia, era um crítico fervoroso do absolutismo, da nobreza e 
principalmente da Igreja, foi um dos pensadores que melhor encarou o espírito do Século das Luzes. 
 
 
 
 019 
Escreveu versos desrespeitosos, dirigidos ao rei Luís XIV, que lhe valeram a reclusão na Bastilha 
em 1717. Uma vez libertado, foi exilado em Chátenay. 
Voltaire foi um combativo escritor. Em 1718 escreveu a tragédia ―Èdipo‖, com o pseudônimo de 
Voltaire, que lhe abriu as portas dos meios literários. Em 1726, em um desentendimento com o 
Cavaleiro Rohan, foi novamente preso. Depois de cinco meses, foi exilado na Inglaterra onde 
permaneceu até 1729. 
Ideias de Voltaire 
Na Inglaterra, Voltaire tomou contato com as ideias de John Locke e influenciado pelo regime de 
governo parlamentar, instituído após a Revolução Gloriosa de 1688, passou a defender a ideia de 
que a tolerância religiosa e a monarquia constitucional inglesa deveriam ser adotadas por todas as 
nações europeias. 
Voltaire condenava o Absolutismo, porém defendia a necessidade de uma Monarquia centralizada 
em que os reis, assessorados pelos filósofos fossem capazes de fazer reformas de acordo com o 
interesse da sociedade. Embora afirmasse que ―todo homem tem o direito de acreditar ser igual aos 
outros homens‖, Voltaire tinha verdadeiro desprezo pelo povo. 
Voltaire foi atuante propagandista das ideias liberais, defendendo o direito dos indivíduos à 
liberdade política e de expressão. Criticava a Igreja, mas não era ateu e sim deísta – acreditava que 
Deus estava presente na natureza e, como nela se encontra o homem, Deus estava presente também 
no homem, que pode descobri-lo por meio da razão, dizendo que ela guia o homem para a 
sabedoria. 
Cartas Filosóficas 
Em 1734, Voltaire publicou ―Cartas Inglesas ou Carta Filosóficas‖, sua obra mais escandalosa, onde 
faz uma comparação entre a liberdade inglesa e o atraso da França absolutista, clerical e obsoleta. 
Condenado pelas autoridades francesas, novamente teve que fugir, sendo acolhido pela marquesa du 
Châtelet, no castelo de Cirey em Lorena, onde passou dez anos. 
Últimos Anos 
Em 1744, voltou para Paris e, dois anos mais tarde, foi eleito para a Academia Francesa e 
introduzido por Madame Pompadour na corte. Em 1749, com a morte da marquesa, e com a perda 
de prestígio na corte, aceitou o convite de Frederico II o Grande, da Prússia, para viver na corte de 
Potsdam. Em 1753, depois de se desentender com o rei, retirou-se para uma casa perto de Genebra. 
Em 1778, viajou para Paris, quando veio a falecer. 
Voltaire faleceu em Paris, França, no dia 30 de maio de 1778. 
Frases de Voltaire 
 Todo homem é culpado do bem que não fez. 
 Todas as grandezas do mundo não valem um bom amigo. 
 O mais competente não discute, domina a sua ciência e cala-se. 
 O trabalho poupa-nos de três grandes males: tédio, vício e necessidade. 
 É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente. 
 
 
 
 020 
 
René Descartes 
René Descartes (1596 - 1650) foi um filósofo, físico e matemático 
francês. Autor da frase: "Penso, logo existo". É considerado o 
criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem 
à Filosofia Moderna. 
Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma 
filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse fundamentada 
única e exclusivamente na verdade. 
René du Perron Descartes nasceu em La Hayne, antiga província de Touraine, hoje Descartes, na 
França, no dia 31 de março de 1596. Filho de Joachim Descartes, advogado e juiz, proprietário de 
terras, com o título de escudeiro, primeiro grau de nobreza. Era também conselheiro no Parlamento 
de Rennes na vizinha cidade de Bretanha. 
Infância e Adolescência 
René Descartes estudou no Colégio Jesuíta Royal Henry - Le Grand, que era estabelecido no castelo 
De La Flèche. Doado aos jesuítas pelo rei Henrique IV, na época, o colégio mais prestigiado da 
França, tinha com objetivo treinar as melhores mentes. 
Em 1617, René Descarte ingressou no exército do príncipe Maurício de Nassau, na Holanda. 
Estabeleceu contato com as descobertas recentes da Matemática estudando com o cientista holandês 
Isaac Beeckman. Aos 22 anos, começa a formular sua "geometria analítica" e seu "método de 
raciocinar corretamente". 
Descartes rompeu com a filosofia de Aristóteles, adotada nas academias e, em 1619, propõe uma 
ciência unitária e universal, lançando as bases do método científico moderno. 
Descartes tomou parte da Guerra dos Trinta Anos, combatendo sob as ordens de Tilly na Batalha do 
Monte Branco, em 1621. Regressou depois à França, onde empreendeu viagens pela Itália, Holanda 
e Espanha. De 1629 a 1649 permaneceu nos Países-Baixos. 
René Descartes realizou diversos trabalhos na área da filosofia, ciências e matemática. Relacionou a 
álgebra com a geometria, fato que fez surgir a geometria analítica e o sistema de coordenadas, 
conhecido hoje como ―Plano Cartesiano‖. 
Aperfeiçoou a álgebra, sugerindo notações mais simples, fez diversas descobertas no terreno da 
física e criou a teoria das refrações da luz através das lentes. 
Pensamento Cartesiano 
René Descartes fundou o sistema filosófico denominado ―Racionalismo‖ ou ―Pensamento 
Cartesiano‖ (o termo vem de Cartesius, nome alatinado de Descartes). Segundo ele, se o homem 
pretende investigar a verdade, deve examinar seu próprio intelecto. O conhecimento é o mesmo 
para todos os objetos. O universo espiritual, contem o universo cognitivo da coisa em si. 
Descartes parte do ponto de vista, de que a vida se deve duvidar por princípio, de todas as opiniões 
recebidas. O fundamento de que parte não é outro senão a autoconsciência. 
 
 
 
 021 
O Discurso Sobre o Método 
A principal obra de Descartes, "O Discurso Sobre o Método", é um tratado matemático e filosófico, 
publicado na França em 1637 e traduzida para o latim em 1656, na qual apresenta o seu método de 
raciocínio, "Penso, logo existo", base de toda a sua filosofia e do futuro "racionalismo científico". 
Nessa obra expõe quatro regras para se chegar ao conhecimento: 
 Nada é verdadeiro até que venha a ser reconhecido como tal. 
 Os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente. 
 As considerações devem partir do mais simples para o mais complexo. 
 O processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido. 
René Descartes foi considerado o pai do racionalismo e ao mesmo tempo, o fundador da moderna 
metodologia da ciência em sentido crítico. Em 1649, foi convidado para trabalhar como instrutor da 
rainha Cristina na Suécia, já com uma saúde frágil. 
René Descartes faleceu em Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de 1650. 
Frases de René Descartes: 
 Penso, logo existo. 
 Não é suficiente ter uma boa mente: o principal é usá-la bem. 
 Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis. 
 Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abri. 
 Para examinar a verdade, é necessário, uma vez na vida, colocar todas as coisas em dúvida o 
máximo possível. 
René Descartes faleceuem Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de 1650. 
Obras de René Descartes 
 Regras Para Orientação do Espírito, 1628 
 O Discurso Sobre o Método, 1637 
 Geometria, 1637 
 Meditações Sobre a Filosofia Primeira, 1641 
 Princípios da Filosofia, 1644 
 As paixões da Alma, 1649 
 
Francis Bacon 
Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo, político e ensaísta inglês. 
Recebeu os títulos de Visconde de Albans e Barão de Verulam. Foi 
importante na formulação de teorias que fundamentaram a ciência 
moderna. É considerado o pai do método experimental. 
 
 
 
 022 
Francis Bacon nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 22 de janeiro de 1561. Filho caçula de Sir 
Nicholas Bacon, Guardião do Selo Real, e de sua segunda esposa Ann. Estudou no Trinity College 
em Cambridge em 1576 formou-se em Direito, pela Universidade de Cambridge. 
Destinado à carreira diplomática, esteve na França como acompanhante do embaixador inglês, e só 
em 1579, com o falecimento do pai, regressou para Londres a fim de retomar a carreira jurídica e 
política. 
Carreira política 
Em 1584, Bacon foi eleito para a Câmara dos Comuns, como representante de um pequeno distrito. 
Nessa época escreve a Carta de Conselhos à rainha Elizabeth I, que advoga várias medidas de 
tolerância religiosa e de supremacia estatal em relação à Igreja. 
Pretendendo se ligar aos serviços da coroa, fez uso das influências do tesoureiro real Lord 
Burghley, seu tio materno, e do Conde de Essex até tornar-se seu conselheiro particular. Mas não 
conseguiu, sob o reinado de Elizabeth I, ser nomeado procurador geral, como ambicionava. 
Sob o reinado de Jaime I, foi sucessivamente nomeado procurador-geral (1607), fiscal-geral 
(1613), Lorde Conselheiro (1616), Lorde Guardião (1617) e finalmente Lorde Chanceler (1618). 
Ainda em 1618 foi nomeado Barão de Verullan e, em 1621, Visconde de St. Albans. 
Em 1621, Francis Bacon, o Grande Chanceler do rei, foi acusado de suborno e corrução pela 
Câmara dos Comuns, e condenado pela Câmara dos Lordes ao pagamento de enorme multa e à 
prisão na Torre de Londres. 
Embora perdoado pelo rei, não pode mais retornar às atividades públicas, porém, havia 
conquistado fama de orador e escritor. O resto da vida foi dedicado inteiramente à filosofia 
científica e ao ensaio político. E sua obra literária teve muito mais importância que toda sua carreira 
de estadista. 
A Filosofia de Francis Bacon 
Paralelamente à atividade política, Bacon elaborou uma importante obra filosófica reunida em 
textos como Novum Organum (1620, Novo Método) e De Dignitate et Augmentis Scientiarum 
(1623, Sobre a Dignificação e Progresso da Ciência). 
Nas obras, Bacon expõe sua filosofia da ciência, de grande influência sobre o pensamento posterior, 
onde salienta a primazia dos fatos em relação à teorização e rejeita a especulação filosófica como 
cientificamente válida. 
Seus textos deveriam fazer parte de uma obra ambiciosa que ficou inacabada, intitulada Instauratio 
Magna (Grande Restauração), com a qual pretendia criar uma nova ciência, capaz de restaurar o 
saber, infecundo e falso dos pensadores precedentes. 
A Teoria de Francis Bacon 
Para Bacon, o conhecimento científico tem por finalidade servir o homem e conferir-lhe poder 
sobre a natureza. Fazia críticas à ciência antiga, de origem aristotélica, pois a assemelhava a um 
puro passatempo mental. 
 
 
 
 023 
Para ele, a verdadeira filosofia não é, exclusivamente, a ciência das coisas divinas e humanas, mas a 
simples busca da verdade, pois para se alcançar uma mentalidade científica, é necessário livrar a 
mente de uma série de preconceitos. 
O Método Científico 
Bacon influenciou a psicologia ao argumentar que todas as ideias são o produto da sensação e da 
reflexão. Contestou a afirmação medieval de que a verdade poderia ser elucidada através de pouca 
observação e muito raciocínio. 
Para Bacon, a descoberta dos fatos verdadeiros não depende de esforços puramente mentais, mas 
sim da observação e da experimentação guiada pelo raciocínio indutivo. 
Embora Bacon não tenha realizado nenhum progresso nas ciências naturais, deve-se a ele o 
primeiro esboço racional de uma metodologia científica. O empirismo científico de Bacon devolveu 
ao homem o gosto pelo concreto e pela experiência. 
Francis Bacon faleceu de complicações nas vias respiratórias, em Londres, Inglaterra, no dia 9 de 
abril de 1626. 
Outras obras de Francis Bacon 
 História de Henrique VII (1622). 
 Nova Atlântida (1624), onde descreve uma utopia (estado ideal) onde as possibilidades de 
experimentação científica seriam ilimitadas. 
 Ensaios (1597, 1612, 1625) onde revela um pensamento elevado e um estilo tão rico que foi 
citado ao lado de William Shakespeare como consolidador da língua inglesa. 
Frases de Francis Bacon 
 O conhecimento é em si mesmo um poder. 
 A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas. 
 A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita precisão. 
 O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las. 
 Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que 
o mundo pareça um deserto. 
 
Denis Diderot 
Denis Diderot (1713-1784) foi um filósofo, escritor e tradutor francês, 
um dos grandes pensadores do Iluminismo francês e principal 
idealizador da Enciclopédia, um dos símbolos do Iluminismo, que 
preparou ideologicamente a Revolução Francesa. 
Denis Diderot nasceu em Langres, na França, no dia 5 de outubro de 
1713. Filho de um mestre de cutelaria recebeu boa educação. Estudou 
em colégio dos jesuítas, onde iniciou a carreira eclesiástica. 
 
 
 
 024 
Em 1728, Diderot foi para Paris, e em 1732 recebeu o grau de mestre em Artes na Universidade de 
Paris. Ampliou sua formação estudando leis, literatura, filosofia e matemática. 
Inicialmente, Diderot trabalhou como tradutor e escreveu sermões por encomenda. Frequentava os 
cafés parisienses onde conheceu pensadores iluministas como Étienne Condillac e Jean-Jacques 
Rousseau. 
Contexto Histórico 
Denis Diderot viveu na França do século XVIII, época em que o País atravessava transformações 
com a revolução intelectual denominada ―Iluminismo‖ – movimento político-filosófico que se 
caracterizou pela defesa dos direitos e da liberdade dos cidadãos. 
Os filósofos, entre eles, Voltaire, Montesquieu e Rousseau, exaltavam a razão, dizendo que ela guia 
o homem para a sabedoria e desprezavam toda e qualquer crença de forma religiosa. 
O principal instrumento de divulgação das ideias iluministas foram os livros, que se multiplicaram 
nesse período. 
Enciclopédia 
A partir de 1745, Diderot começou a trabalhar ao lado do matemático Jean Le Rond d’Alembert, 
por encomenda do livreiro André LeBreton, na tradução da Cyclopaedia, do inglês Ephraim 
Chambers. 
Ao realizar a tradução, Diderot teve a inspiração para criar uma grande ―Enciclopédia‖ que fosse o 
veículo das novas ideias contra as forças, para ele reacionárias, da igreja e do estado, e que 
destacasse os princípios essenciais das artes e das ciências. 
Diderot entregou-se à tarefa durante 16 anos, redigiu uma grande parte, mas sua tarefa foi, 
sobretudo, a de dirigir esupervisionar os trabalhos de 130 colaboradores, entre eles Montesquieu e 
Rousseau. 
Apesar de enfrentar numerosas proibições e dificuldades, a ―Enciclopédia‖ (Enciclopédia ou 
Dicionário Lógico das Ciências, Artes e Ofícios), composta de 17 volumes de textos e 11 volumes 
de desenhos, foi publicada entre 1751 e 1772. 
A ―Enciclopédia‖, destinada a apresentar um panorama dos conhecimentos humanos naquele 
século, ávido de novidades, tornou-se um dos símbolos do Iluminismo e desempenhou papel 
destacado na criação do clima ideológico desencadeador da Revolução Francesa. 
Pensamento de Diderot 
Em 1746, Diderot publicou ―Pensamento Filosófico‖, uma formulação de objeções reacionárias 
contra a revelação sobrenatural. Em 1748, publicou ―Cartas Sobre os Cegos Para Uso Dos Que 
Enxergam‖. A tese do ensaio é a sujeição do homem aos seus cinco sentidos, o relativismo do 
conhecimento humano e a negação de qualquer fé transcendental. 
Nas duas obras, Diderot expunha seu pensamento baseado no materialismo ateu que frisava o 
quanto o homem dependia de seus sentidos. As ordens religiosas se opuseram e Diderot foi 
preso, passando três meses na prisão. 
 
 
 
 
 025 
 Denis Diderot escreveu ainda as obras: 
 As Joias Indiscretas (1748), livro de contos licenciosos. 
 A Religiosa (1760),obra anticlerical que denunciava a vida dos conventos da época. 
 O Sobrinho de Rameau (1762), obra escrita após uma crise religiosa. 
 Jacques, o Fatalista e Seu Mestre (1773), obra que revela seu esforço por conjugar a 
filosofia materialista com a crença na liberdade humana. 
Denis Diderot viveu seus últimos anos ajudado economicamente pela imperatriz Catarina da Rússia, 
sua admiradora.Faleceu em Paris, França, no dia 31 de julho de 1784. Seus restos mortais 
encontram-se sepultados no Panteão de Paris. 
 
Isaac Newton 
Isaac Newton (1643-1727) foi um físico, astrônomo e matemático 
inglês. Seus trabalhos sobre a formulação das três leis do movimento 
levou à lei da gravitação universal, a composição da luz branca 
conduziram à moderna física óptica, na matemática ele lançou os 
fundamentos do cálculo infinitesimal. 
Infância e formação 
Isaac Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena aldeia da Inglaterra, no dia 4 de janeiro de 
1643. Nasceu prematuro e logo ficou órfão de pai. Com dois anos, quando sua mãe voltou a casar, 
Isaac foi morar com sua avó. 
Desde cedo manifestava interesse por atividades manuais. Ainda criança, fez um moinho de vento, 
que funcionava, e um quadrante solar de pedra, que se acha hoje na Sociedade Real de Londres. 
Com 14 anos, foi levado de volta para a casa de sua mãe, cujo marido acabara de falecer, para 
ajudar no trabalho da lavoura. Em vez de se dedicar aos seus afazeres, passa o tempo imerso na 
leitura. 
Com 18 anos foi aceito no Trinity College, da Universidade de Cambridge. Passou quatro anos em 
Cambridge e recebeu seu grau de Bacharel em Artes, em 1665. 
Tornou-se amigo do Professor Isaac Barrow, que o estimulou a desenvolver suas aptidões 
matemáticas, tornando-o seu assistente. 
Descobertas 
Entre 1665 e 1667, durante o tempo em que a universidade ficou fechada, em consequência de uma 
epidemia de peste bubônica, que assolou a Inglaterra e matou um décimo da população, Isaac 
Newton teve que voltar para a casa. 
Nesse período, Newton fez as descobertas mais importantes para a ciência: descobriu a lei 
fundamental da gravitação, imaginou as leis básicas da Mecânica e aplicou-as aos corpos celestes, 
inventou os métodos de cálculo diferencial e integral, além de estabelecer os alicerces de suas 
grandes descobertas ópticas. 
 
 
 
 026 
Lei da Gravitação Universal 
Em 1666, Newton foi o único a perceber a lei que seria básica para a compreensão de vários 
fenômenos – antes inexplicáveis – que ocorriam no universo. 
Ao cair da árvore, a mais célebre maçã da história da ciência, motivou em Newton a ideia de 
gravitação universal. ―Por que caiu a maçã?‖, partindo dessa pergunta, chegou à descoberta de uma 
das mais importantes leis científicas. 
Isaac Newton elaborou então uma das mais fundamentais de todas as leis, a ―lei da gravitação 
universal‖. Nela sustentou e provou que cada partícula de matéria atrai toda partícula outra, de 
matéria. 
Não é só a Terra que puxa para seu centro a maçã da árvore, mas também a maçã puxa a Terra, essa 
lei aplica-se a todos os planetas. O Sol atrai a Terra, esta atrai a Lua e a Lua atrai a Terra. 
Newton mostrou que a força entre os corpos depende de sua massa, como da proximidade deles. E 
ensinou como calcular essas forças. 
As Três Leis de Newton 
Isaac Newton estabeleceu três ―leis do movimento‖, ou ―Leis de Newton‖: 
 A primeira lei diz que ―um corpo em repouso permanece em repouso se não é forçado a 
mudar, um corpo que se move continuará a mover-se com a mesma velocidade e no mesmo 
sentido, se não for forçado a mudar‖. 
 A segunda lei ―mostra que a quantidade de força pode ser medida por uma proporção de 
mudança observada no movimento‖. Essa proporção é o que se chama de aceleração e 
refere-se à rapidez do aumento ou da diminuição da velocidade. 
 A terceira lei diz que ―toda ação causa uma reação, e que a ação e a reação são iguais e 
opostas‖. 
Cargos e honraria 
Em 1667, quando a universidade reabriu, Newton voltou para sua atividade secundária de ensino, 
mas logo progrediu e com 26 anos, tornou-se professor de Matemática, sucedendo seu próprio 
mestre e protetor Isaac Barrow. 
Em 1672 foi eleito para a Royal Society. Representou a universidade de Cambridge no Parlamento, 
por duas vezes, de 1689 e 1690 e em 1701. 
Foi diretor da Casa da Moeda, época em que fortaleceu a moeda e reergueu e crédito nacional. Em 
1705, a rainha Ana outorgou a Newton o título de ―Sir‖. Foi o primeiro cientista a receber tal 
honraria. 
Últimos anos 
Isaac Newton Passou o resto de sua vida científica ampliando suas descobertas. Dedicou-se à 
pesquisa dos raios luminosos. Chegou à conclusão que a luz é o resultado do veloz movimento de 
uma infinidade de minúsculas partículas emitidas por um corpo luminoso. 
 
 
 
 027 
Ao mesmo tempo descobriu que a luz branca resulta da mistura das sete cores básicas. Inventou um 
novo sistema matemático de cálculo infinitesimal, aperfeiçoou a fabricação de espelhos e lentes, 
fabricou o primeiro telescópio refletor. 
Descobriu as leis que regem os fenômenos das marés, numa época que as atividades econômicas 
dependiam da navegação marítima. Isaac Newton fez previsões para o fim do mundo baseadas nas 
escrituras bíblicas, especialmente, no livro de Daniel, e que o acontecimento seria em 2060, do 
calendário gregoriano. 
Isaac Newton faleceu em Londres, no dia 20 de março de 1727. Seu funeral foi grandioso. Seis 
nobres membros do Parlamento inglês carregaram seu ataúde, até a Abadia de Westminster, onde 
repousa até hoje seus restos mortais. 
Em sua homenagem foi erguida em Cambridge, uma estátua com os dizeres: "Ultrapassou os 
humanos pelo poder de seu pensamento". 
Obras de Isaac Newton 
 Métodos das Fluxões, 1671 
 Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, 1687 
 Óptica, 1704 
 Aritmética Universal, 1707 
 
Karl Marx 
Karl Marx (1818–1883)

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