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Metodologia do
7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR
UNIDADE I
Chanceler
Prof. Antonio Colaço Martins Filho
Reitora
Profª. Denise Ferreira Maciel
Diretor Administrativo Financeiro
Edson Ronald de Assis Filho
Diretora Executiva
Ana Cristina de Holanda Martins
Diretora Executiva
Sandra de Holanda Martins
Assessoria de Desenvolvimento Educacional – ADE
Profª. Elane Pereira
Prof. Silvio Rodrigues
Produção de Conteúdo:
Profª. Anne Caroline Moraes de Assis
Revisão Textual
Cristiana Castro
Diagramação
Wanglêdson Costa
Apresentação
Para começo de conversa
O Papel da Universidade
O Papel da Universidade na formação do aluno
O Ensino
A Pesquisa
A Extensão
Conhecimento e Ciência
Conceitos básicos
Objetivos da Ciência
Características essenciais da ciência
Funções da Ciência
Espaços onde a ciência é realizada
Áreas da ciência
Teoria do conhecimento
Tipos de Conhecimento
Plágio e Pesquisa
O plágio e a internet
Tipos de Plágio
O que diz a lei
Referências
Anotações
05
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Su
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Seja bem-vindo à disciplina 0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR. A 
metodologia adotada pela UNIFAMETRO na modalidade a distância con-
ta com aulas ministradas no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, 
favorecendo atividades colaborativas, aproximando professores e alunos 
GLVWDQWHV�ƬVLFDPHQWH�
Para a melhor compreensão do assunto, é importante que, além da 
leitura desse conteúdo, você participe das atividades e tarefas propostas 
no cronograma e consulte dicas e complementos sugeridos no decorrer 
da disciplina. Este material também está disponível para impressão ou 
para download em formato pdf clicando no botão abaixo:
educacaoonline.unifametro.edu.br
É importante ressaltar que, nessa metodologia, o seu compromis-
so com a aprendizagem é fundamental para que ela aconteça. Portanto, 
participe, lendo os textos antes de cada aula para interagir melhor nos 
momentos de comunicação virtual e presencial, nas discussões com os tu-
tores, professores e colegas de curso.
A
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ta
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BONS
ESTUDOS!
5
6
A disciplina 0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR é dividida em 4 unida-
des, nas quais você encontrará o conteúdo, bem como conteúdos adicio-
nais e sugestões de leituras. Ao longo do texto, você irá se deparar com 
vários ícones que irão ajudá-lo neste percurso em busca do conhecimento, 
tais como:
3DUD�FRPHÂR�GH 
FRQYHUVD
Esses ícones nortearão a sua leitura, oferecendo amplas possibilidades de
aprofundamento. A linguagem dialógica aqui utilizada também irá aproxi-
málo das aulas ora apresentadas, levando-o à motivação e ao entendimen-
to da disciplina. Esperamos, por meio da diagramação desse material, con-
tribuir com sua interação plena com os conteúdos. Agora que já estamos 
“conectados”, mãos à obra!
OBJETIVOSPARA REFLETIR
ATENÇÃOPARA LER
SUGESTÕES
EXEMPLO
VÍDEOSAIBA MAIS VOCÊ SABIA
7
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
O Papel da Universidade
Im
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: U
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fa
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et
ro
O ingresso no ensino superior promove uma série de mudanças na vida do 
universitário, traz também novas perspectivas e permite o acesso a inúme-
ras possibilidades de lidar com o conhecimento. Esse ambiente é o lugar 
SURSÈFLR�SDUD�UHƮHWLU�VREUH�R�FRQKHFLPHQWR��H[SHULHQFL¼�OR�H�WDPEÄP�SUR-
GX]È�OR��1D�GLVFLSOLQD�GH�PHWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�FLHQWÈƬFR�GLVFXWLUHPRV�
sobre os caminhos para a produção e fomentação do conhecimento – a Ini-
FLD¾R�DR�ID]HU�FLHQWÈƬFR��3DUD�LVVR��WUDWDUHPRV�QD�QRVVD�SULPHLUD�DXOD�DFHU-
ca do papel da universidade na formação do aluno.
O Papel da Universidade na formação do aluno
O Ensino Superior passou por grandes mudanças até chegar ao modelo que 
FRQKHFHPRV��$QWHV�HUD�HVWULWDPHQWH�SURƬVVLRQDOL]DQWH��GHVFRQVLGHUDQGR�R�VHX�FD-
ráter político e social, além de ser extremamente elitista, uma vez que só atendia 
DRV�ƬOKRV�GD�DULVWRFUDFLD�FRORQLDO��TXH�Q¾R�SRGLDP�PDLV�HVWXGDU�QD�(XURSD��GHYLGR�
ao bloqueio de Napoleão.
A vinda da família real despertou o interesse em se criar escolas de medicina. 
Em 1912, surge a primeira universidade brasileira no Paraná, que só durou três anos. 
E mais tarde, em 1920, surge a Universidade do Rio de Janeiro, hoje a Universidade 
Federal do Rio de Janeiro. A partir daí houve um maior interesse e as instituições de 
ensino superior se proliferaram no Brasil.
8
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Para saber mais sobre a história 
do Ensino Superior, leia o material 
disponibilizado no link:
http://nupps.usp.br/downloads/docs/dt9108.pdf
SUGESTÕES
Segundo Darcy Ribeiro (1975), a universidade é o espaço, por ex-
FHOÅQFLD��GH�SURGX¾R�H�GLIXV¾R�GR�FRQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR��D�EDVH�
do desenvolvimento tecnológico de uma nação. Ela é uma institui-
ção social imprescindível, fomentadora de ideologias e interesses, 
que tem como missão nortear o desenvolvimento autônomo de 
sua nação. (RIBEIRO, 1975, p. 24).
&RPR�YRF�DFUHGLWD�TXH�D�8QLYHUVLGDGH 
SRGH�FRQWULEXLU�SDUD�D�IRUPD¾R 
FLGDG¾�H�GR�HVWXGDQWH"
De acordo com Severino (1986), a educação superior tem como objetivos, articulados 
entre si, a formação
3URƬVVLRQDO� habilita o estudante a exercer plenamente a sua fu-
tura função através da assimilação e domínio das técnicas perti-
nentes à sua área de conhecimento;
&LHQWÈƬFD� se dá através de um trabalho sistemático de estudo e 
construção do conhecimento;
9
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Política: se faz necessária para que o estudante tenha uma cons-
ciência histórico-social.
(SEVERINO, 1986, p. 38).
$OÄP�GH�VHU�UHVSRQV¼YHO�SHOD�FDSDFLWD¾R�SURƬVVLRQDO�H�FLHQWÈƬFD��D�XQLYHUVL-
dade tem um papel importante na formação política dos discentes. É imprescindível 
a preocupação da universidade com a construção da noção de cidadania pelos indi-
víduos, orientada por uma visão de uma sociedade democrática. A compreensão da 
realidade social, cultural e histórica do local em que se vive é basilar na formação 
universitária.
Na Universidade, o conhecimento deve ser construído pela expe-
riência ativa do estudante e não mais ser assimilado passivamente, 
como ocorre o mais das vezes nos ambientes didático-pedagógicos 
do ensino básico. (SEVERINO, 2007, p. 25).
Para dar conta do seu papel, a universidade se sustenta por uma tríplice base: 
ensino, pesquisa e extensão. A articulação destes três pilares é o que permite a uni-
versidade cumprir o seu papel com qualidade.
EN
SI
N
O
P
ES
Q
U
IS
A
EX
TE
N
SÃ
O
UNIVERSIDADE
Ensino: forma sistemática de socialização do 
conhecimento.
Pesquisa: processo de investigação sistemá-
tico que visa a construção do conhecimento.
Extensão: ação da Universidade em comu-
nidades externas que visam disponibilizar à 
sociedade o conhecimento produzido através 
de atividades de ensino ou pesquisa.
O Ensino
2�HQVLQR�VXSHULRU�SURPRYH�D�UHƮH[¾R�DFHUFD�GR�FRQKHFLPHQWR��VXD�SURGX¾R�
e aplicação. É imprescindível, além de um espaço interessante, o envolvimento dos 
HVWXGDQWHV�QDV�DWLYLGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP�SURƬVVLRQDO��$VVLP��R�HQVLQR�VXSHULRU�Ä�
aquele que desencadeia conhecimento capaz de transformar a atuação do indivíduo 
FRPR�VHU�VRFLDO��pFRQYHUJÅQFLD�H�DUWLFXOD¾R�HTXLOLEUDGD�HQWUH�DV�GLPHQVÐHV�FLHQWÈƬ-
ca, investigativa e pedagógica” (PIMENTA; ALMEIDA, 2012, p. 24).
Para Botomé (2006, p.123), o objetivo da universidade é “produzir o conheci-
mento e torná-lo acessível” e “o ensino é uma forma de efetivar esse acesso”.
O Estatuto das Universidades Brasileiras dispõe que o ensino superior no Brasil obe-
decerá ao sistema universitário, como reza seu artigo primeiro:
Art. 1º�2�HQVLQR�XQLYHUVLW¼ULR�WHP�FRPR�ƬQDOLGDGH��HOHYDU�R�QÈYHO�
GD�FXOWXUD�JHUDO��HVWLPXODU�D�LQYHVWLJD¾R�FLHQWÈƬFD�HP�TXDLVTXHU�
10
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
domínios dos conhecimentos humanos; habilitar ao exercício de 
DWLYLGDGHV� TXH� UHTXHUHP� SUHSDUR� WÄFQLFR� H� FLHQWÈƬFR� VXSHULRU��
FRQFRUUHU�� HQƬP�� 3HOD� HGXFD¾R� GR� LQGLYÈGXR�H� GD� FROHWLYLGDGH��
pela harmonia de objetivos entre professores e estudantes e pelo 
aproveitamento de todas as atividades universitárias, para a gran-
deza na Nação e para o aperfeiçoamento da Humanidade.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d19851.htm
SUGESTÕES
Baseando-se no que foi dito, pode-se dizer que o ensino é uma forma privilegia-
GD�GH�DFHVVR�DR�FRQKHFLPHQWR�SURƬVVLRQDO��XPD�YH]�TXH��SRU�PHLR�GHOH��R�PHOKRU�H�
mais recente conhecimento pode ser transformado em comportamentos sociais, de 
maneira generalizada.
A Pesquisa
Além de ser caminho para a construção do conhecimento, a pesquisa univer-
VLW¼ULD�FRQWULEXL�SDUD�R�GHVHQYROYLPHQWR�KXPDQR��WHFQROÎJLFR��FXOWXUDO��FLHQWÈƬFR�H�
social. Ela gera, promove e compartilha conhecimentos, características essenciais do 
HQVLQR�VXSHULRU��1R�½PELWR�GD�XQLYHUVLGDGH��GHVHQYROYHP�VH�SHVTXLVDV�FLHQWÈƬFDV�H�
tecnológicas, estudos acadêmicos em ciências sociais, humanas, biológicas, exatas, 
entre outras.
Para Demo (1987:23), a pesquisa é
D�DWLYLGDGH�FLHQWÈƬFD�SHOD�TXDO�GHVFREULPRV�D�UHDOLGDGH��7RPDGD�
num sentido amplo, pesquisa é toda atividade voltada para a solu-
ção de problemas; como atividade de busca, indagação, investiga-
ção, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no 
âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de 
conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade e 
nos oriente em nossas ações (1996, p. 29).
11
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
A pesquisa deve ser vista como uma estratégia de ensino interdisciplinar, uma 
vez que ela permite aos pesquisadores desenvolverem novas perspectivas por meio 
GH�FUÈWLFDV��TXHVWLRQDPHQWRV��QHJDWLYDV�H�FRQƬUPDÂÐHV��SHUSDVVDQGR�SHODV�PDLV�GL-
versas áreas, contribuindo, assim, para uma formação de qualidade.
1D�81,)$0(752�WHPRV�R�3520,&���3URJUDPD�GH�0RQLWRULD�H�LQLFLD¾R�FLHQWÈƬFD�
que tem como objetivo inserir o aluno no universo da pesquisa e do fazer cientí-
ƬFR��3DUD�VDEHU�PDLV�
http://www.unifametro.edu.br/edital-coopem-promic-2020/
SAIBA MAIS
A Extensão
A extensão universitária diz respeito à interação que deve haver entre a univer-
sidade e a comunidade em seu entorno, apresentando, muitas vezes, o resultado das 
atividades desenvolvidas no ensino e na extensão, reforçando o seu compromisso 
social.
No Brasil, o termo extensão aparece no Estatuto das Universidades Brasileiras 
(Decreto n° 19.851, 11/04/31), em seu art. 35: “f) cursos de extensão universitária, 
GHVWLQDGRV�D�SURORQJDU��HP�EHQHIÈFLR�FROHWLYR��D�DWLYLGDGH� WÄFQLFD�H�FLHQWÈƬFD�GRV�
institutos universitários”(BRASIL, 2001).
De acordo com Severino (2007), o processo ensino-aprendizagem acontece 
quando sustentado por uma atitude investigativa (pesquisa) tanto pelo professor 
quanto pelo estudante. A Extensão é o retorno à sociedade de um investimento feito 
por ela à universidade, buscando-se a integração de ambas.
Ainda sobre esse assunto, vejamos o que ele disse durante a palestra intitulada “Pes-
quisa a serviço do ensino” no VII Fórum Nacional de Professores de Ciências Contábeis:
12
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Cada um desses ângulos do triângulo exerce um papel próprio, 
LGHQWLƬF¼YHO��PDV�FDGD�XP�GHSHQGHQGR�GR�RXWUR�SDUD�JDQKDU�FRQ-
sistência e fecundidade. A Universidade precisa intrinsecamente 
GD�SHVTXLVD��Q¾R�VÎ�SDUD�RV�ƬQV�HVSHFÈƬFRV�GD�SUÎSULD� LQYHVWLJD-
ção (gerar conhecimento novo), mas também para desenvolver o 
HQVLQR�H�D�H[WHQV¾R��2�HQVLQR�WHP�SRU�ƬQDOLGDGH�GDU�XPD�LQLFLD-
¾R�DR� FRQKHFLPHQWR� FLHQWÈƬFR�� DVVHJXUDU�XPD� IRUPD¾R�SURƬV-
VLRQDO�H�LQVHU¾R�QD�YLGD�VRFLDO��3DUD�WHU�DOJXPD�HƬF¼FLD�VREUH�DV�
práticas humanas que constroem e reconstroem a sociedade, o 
conhecimento precisa ser disseminado e repassado, colocado em 
FRQGLÂÐHV�GH�XQLYHUVDOL]D¾R��1¾R�SRGH�ƬFDU�DUTXLYDGR��'DÈ�WUDQV-
formar-se em conteúdo de ensino. Por sua vez, a extensão visa le-
var à comunidade benefícios decorrentes da produção sistemáti-
ca do conhecimento. Pela extensão, ocorre uma devolução direta 
dos bens que se tornaram possíveis pela pesquisa. Mas ao fazer 
isso, a Universidade insere o processo extensionista num processo 
pedagógico, mediante o qual está investindo, simultaneamente, 
na formação do aprendiz e do pesquisador. Quando não ligada à 
pesquisa, a extensão torna-se mero assistencialismo, o que não 
cabe à Universidade fazer. Mas o ensino precisa da pesquisa, dada 
a íntima e necessária ligação dos processos de ensino/ aprendiza-
gem com o processo de construção do conhecimento. A equação 
básica é que ensinar e aprender é conhecer; conhecer é construir 
o objeto do conhecimento; construir o objeto do conhecimento 
é pesquisar.
(SEVERINO, 2008).
A ideia de que o papel principal da universidade é o ensino, está ultrapassada. 
O conhecimento está sempre em processo de construção. Não é um produto aca-
bado. Toda construção do conhecimento deixa brechas que podem ser preenchidas 
com novas perguntas e pesquisas. Por isso é importante que a relação entre profes-
sores e alunos ultrapasse as práticas de Ensino e alcancem também a Pesquisa e a 
Extensão.
Para dar conta desse compromisso, a Universidade desenvolve atividades es-
SHFÈƬFDV��TXDLV�VHMDP��R�HQVLQR��D�SHVTXLVD�H�D�H[WHQV¾R��$WLYLGDGHV�HVVDV�TXH�GH-
vem ser efetivamente articuladas entre si, cada uma assumindo uma perspectiva de 
SULRULGDGH�QDV�GLYHUVDV�FLUFXQVW½QFLDV�KLVWÎULFR�VRFLDLV�HP�TXH�GHVDƬRV�KXPDQRV�V¾R�
postos. No entanto, de acordo com Severino (2007), no âmbito universitário, dada 
D�QDWXUH]D�HVSHFÈƬFD�GH�VHX�SURFHVVR��D�HGXFD¾R�VXSHULRU�SUHFLVD�WHU�QD�SHVTXLVD�
o ponto básico de apoio e de sustentação de suas outras duas tarefas, o ensino e a 
extensão.
A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão caracteriza-se, de acor-
do com Rays (2003, p. 73), como “um processo multifacetado de relações e de cor-
relações que busca a unidade da teoria e da prática”, pois se constitui princípio das 
DWLYLGDGHV�ƬQV�GD�XQLYHUVLGDGH�
A UNIFAMETRO também oferece atividades de extensão nas mais diversas áreas 
para o público interno e externo. Para saber mais:
13
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
http://www.unifametro.edu.br/extensao/
SAIBA MAIS
Para aprofundamento do assunto, leia as seguintes sugestões:
6(9(5,12��$��-��0HWRGRORJLD�GR�WUDEDOKR�FLHQWÈƬFR������HG��6¾R�3DXOR��&RUWH]��
2007.
SEVERINO, A. J. Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a 
integração envolvendo o aluno na prática da pesquisa.
Clique na imagem e acesse o conteúdo!
SUGESTÕES
14
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
3DUD�RV� VHXV�HVWXGRV�HP�0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR�� Ä� LPSRU-
tante compreender alguns conceitos básicos relacionados ao universo 
das práticas de pesquisa. Esses termos aparecem com frequência e a sua 
compreensão é fundamental para a apreensão de outros conceitos a eles 
relacionados. Dada a abrangência de alguns termos, é necessário, muitas 
YH]HV��FRQVXOWDU�Y¼ULRV�DXWRUHV�D�ƬP�GH�HQFRQWUDU�SHFXOLDULGDGHV�TXH�QRV�
ajudarão a um melhor entendimento.
Conhecimento e Ciência
O conhecimento, como veremos mais adiante, está presente em todas as áreas, 
PDV��FRPXPHQWH��HOH�Ä�DVVRFLDGR��VREUHWXGR��»�FLÅQFLD��¤�LPSRUWDQWH�GHƬQLU�FDGD�XP�
deles, seus limites, similitudes e peculiaridades.
Conceitos básicos
O primeiro conceito a ser discutido é Ciência. Quando falamos em Ciência, um univer-
so de imagens nos vem à cabeça, são muitas possibilidades:
O que é ciência?
Se buscarmos o sentido etimológico de ciência, descobriremos que o termo 
YHP�GD�SDODYUD�ODWLQD�VFLHQWLD��TXH�VLJQLƬFD�FRQKHFLPHQWR��$�&LÅQFLD�Ä�R�FR-
nhecimento ou um sistema de conhecimento que abarca verdades gerais ou a 
operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas através do método 
FLHQWÈƬFR��(OD�FDUDFWHUL]D�VH�SHOR�FRQKHFLPHQWR�UDFLRQDO��VLVWHP¼WLFR��H[DWR��
YHULƬF¼YHO��OÎJLFR��REMHWLYR�H�IDOÈYHO�
ATENÇÃO
Segundo Lakatos e Marconi(2007), a ciência é resultado de uma investigação 
FRQVWDQWH�GH�H[SOLFDÂÐHV�H�VROXÂÐHV�SDUD�RV�SUREOHPDV�TXH�DƮLJHP�H�LQFRPRGDP�
a humanidade. Para os autores, a ciência “É a sistematização de conhecimentos, ou 
seja, um conjunto de proposições lógicas correlacionadas sobre um comportamento 
de certos fenômenos que se deseja estudar”. (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 80).
*LO��������HQWHQGH�D�FLÅQFLD�FRPR�XPD�FRQƬJXUD¾R�GR�FRQKHFLPHQWR�TXH�WHP�
como proposta formular, por meio de linguagem rigorosa e apropriada - se possível 
com auxílio da linguagem matemática - leis que regem fenômenos. (GIL, 2006, p. 20)
5LFKDUGVRQ� ������� DƬUPD� TXH� FLÅQFLD� pÄ� XPD� LQYHVWLJD¾R� GLVFLSOLQDGD� H� XP�
conjunto de procedimentos relacionados entre si. Ou seja, é realizada de forma sis-
WHP¼WLFD�H�SDGURQL]DGD�D�SDUWLU�GH�XP�PÄWRGR�HVSHFÈƬFR�H�FRQWURODGRq���5,&+$5'-
SON, 2002, p. 17).
15
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
1¾R�K¼�FRQVHQVR�TXDQWR�»�GHƬQL¾R�GH�&LÅQFLD��7RPDQGR�SRU�EDVH�D�HWLPROR-
JLD�GD�SDODYUD��VLJQLƬFD�pFRQKHFLPHQWRq��PDV�GHYLGR�DR�DYDQÂR�QR�GHVHQYROYLPHQWR�
da ciência, esse conceito passou a ser visto como inadequada, uma vez que existem 
RXWUDV�IRUPDV�GH�FRQKHFLPHQWR�TXH�Q¾R�V¾R�FLHQWÈƬFDV����PHGLGD�TXH�R�WHPSR�IRL�
SDVVDQGR��D�SDODYUD�DVVXPLX�RXWURV�VLJQLƬFDGRV�H�VHQWLGRV��GH�DFRUGR�FRP�RV�LQÕ-
meros estudos que foram realizados acerca desse assunto, tonando-se um conceito 
bastante controverso.
Objetivos da Ciência
Como atividade que propõe a aquisição sistemática de conhecimentos, a ciência tem 
FRPR�ƬQDOLGDGH�
• Melhoria da qualidade de vida intelectual;
• Melhoria da qualidade de vida material.
Características essenciais da ciência
a) Objetividade - descreve a realidade independentemente dos caprichos do 
pesquisador;
b) Racionalidade - obtém seus resultados através da razão e não impressões do 
pesquisador;
c) Sistematicidade - preocupa-se em construir sistemas de ideias organizadas ra-
cionalmente e em incluir os conhecimentos parciais em totalidades cada vez mais 
amplas;
d) Generalidade - busca elaborar leis ou normas gerais, que explicam todos os fe-
nômenos de certo tipo;
e) 9HULƬFDELOLGDGH�� possibilita sempre demonstrar a veracidade das informações;
f) Falibilidade - ao contrário de outros sistemas de conhecimento elaborados pelo 
homem, reconhece sua própria capacidade de errar.
Funções da Ciência
• Novas descobertas;
• Novos produtos;
• Melhoria da qualidade de vida.
Espaços onde a ciência é realizada
A Ciência pode ser realizada em diferentes espaços e por diferentes instituições como:
• Universidades e instituições de educação superior e pesquisa 
�DFDGÅPLFDV�FLHQWÈƬFDV���([��863��,37�H�1$6$�
• Indústrias. Ex.: Indústria Farmacêutica.
16
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Áreas da ciência
• Pura: O desenvolvimento de teorias.
• Aplicada: A aplicação de teorias às necessidades humanas.
• Natural: O estudo da natureza ou mundo natural. 
Ex: Biologia, Física, Geologia, Química, etc.
• Social: O estudo do comportamento humano e da sociedade. 
Ex: História, Sociologia, Ciências Políticas, etc.
• Biológica: Estudo do ser humano e dos fenômenos da natureza. 
Ex: Biologia, Medicina, Odontologia etc.
• Exatas: Tem origem na física. 
Ex: Física, Matemática, Computação etc.
• Humanas: Estudo social e comportamental do ser humano. 
Ex:�'LUHLWR��)LORVRƬD��/HWUDV��HWF�
Temos ainda outros conceitos importantes para o estudo da metodologia do traba-
OKR�FLHQWÈƬFR��6¾R�HOHV�
A Metodologia é a explicação detalhada e rigorosa de toda ação 
desenvolvida no percurso do trabalho de pesquisa. A metodologia 
envolve a explicação do tipo de pesquisa, dos instrumentos utiliza-
dos (questionário, entrevista, etc.), do tempo previsto, das formas 
de tabulação e tratamento dos dados, e tudo aquilo que se utilizou 
no trabalho de pesquisa.
A 3HVTXLVD�FLHQWÈƬFD consiste em um processo metódico de inves-
WLJD¾R�� TXH� UHFRUUH� D� SURFHGLPHQWRV� FLHQWÈƬFRV� SDUD� HQFRQWUDU�
respostas para um problema. Produzir conhecimento para uma 
disciplina acadêmica, contribuindo para o avanço da ciência e para 
o desenvolvimento social.
Método é um conjunto de operações que são realizadas para atin-
gir um ou mais objetivos, um conjunto de normas que permitem 
selecionar e coordenar as técnicas. Ou seja, o método é um conjun-
WR�GH�SURFHGLPHQWRV�DGRWDGRV�D�ƬP�GH�DWLQJLU�R�FRQKHFLPHQWR��
através de determinadas técnicas que deverão ser criteriosamente 
selecionadas de acordo com o tipo de pesquisa.
(LAKATOS & MARCONI, 2007, p. 69-73)
Teoria do conhecimento
O homem é um ser jogado no mundo, condenado a viver a sua existência. Por 
ser existencial, tem que interpretar a si e ao mundo em que vive, atribuindolhes sig-
QLƬFD¾R��&ULD�LQWHOHFWXDOPHQWH�UHSUHVHQWDÂÐHV�VLJQLƬFDWLYDV�GD�UHDOLGDGH��$�HVVDV�
representações chamamos conhecimento. (KOCHE, 2002).
Ao longo de sua evolução, o homem produziu várias formas de conhecimento, 
as quais apresentam diferentes características e limites na explicação dos fenôme-
nos que se apresentam ao ser humano, em seu dia-a-dia.
Ao analisar a palavra francesa equivalente a conhecer, tem-se connaissance, que 
VLJQLƬFD�QDVFHU��QDLVVDQFH��FRP��FRQ���ORJR�HQWHQGH�VH�TXH�R�FRQKHFLPHQWR�Ä�SDVVD-
17
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
do de geração a geração, tornando-se parte da cultura e da história de uma sociedade. 
(OLIVEIRA, 2009, p. 23).
A teoria do conhecimento, ou epistemologia (termo derivado do grego) é um 
FDPSR�GD�ƬORVRƬD�TXH�VH�SUHRFXSD�FRP�D�QDWXUH]D�H�DV�OLPLWDÂÐHV�GR�FRQKHFLPHQ-
to. De modo geral a epistemologia trata sobre o que é o conhecimento, como ele é 
construído pelo homem.
Por muito tempo, o conhecimento produzido pela ciência moderna foi o único 
legitimado pela sociedade. A modernidade instaurou uma concepção de conheci-
mento centrada no VDEHU�FLHQWÈƬFR e em um rigor atingido por medições.
2�FRQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR�PRGHUQR�QRUWHRX�SUHGRPLQDQWHPHQWH�D�SURGX¾R�
de conhecimento humano sobre a natureza e sobre a sociedade. Porém existem ou-
WURV�WLSRV�GH�FRQKHFLPHQWR�DOÄP�GR�FLHQWÈƬFR�TXH�RULHQWDP�DV�SU¼WLFDV�VRFLDLV�
O senso comum é um tipo de conhecimento informal, adquirido de maneira 
instintiva através da proximidade com o outro, com ocorrências e elementos que ro-
deiam o homem. Apesar dos seus limites, o senso comum é importante, pois sem ele 
o homem não teria conseguido se guiar na sua rotina diária. O seu desenvolvimento 
e formulação não requer grande esforço e nem fundamentação teórica para compro-
var a sua verdade ou origem.
Se por um lado congrega conhecimentos e sabedoria popular e os transmite 
de geração em geração fornecendo bases para uma vida social, por outro lado pode 
prolongar crenças ou opiniões menos verdadeiras e/ou preconceituosas que perdu-
UDP�FRP�R�WHPSR��VRPHQWH�XOWUDSDVVDGDV�SRU�SHVTXLVDV�HVWXGRV�FLHQWÈƬFRV�� �2/,-
VEIRA, 2009, p. 29).
$OJXPDV�DƬUPDÂÐHV�GR�VHQVR�FRPXP�HVW¾R�FHUFDGDV�GH�RSLQLÐHV�Q¾R�FRQFOX-
VLYDV��Q¾R�IXQGDPHQWDGDV��RXWUDV��WLYHUDP�FRQƬUPD¾R�FLHQWÈƬFD�TXH�DWHVWDP�D�VXD�
veracidade. Podemos observar facilmente em dois exemplos do nosso cotidiano:
Manga com leite
Quem nunca ouviu dizer que manga com leite faz mal ao intestino? Pois é, 
HVVD�DƬUPD¾R�IRL�XP�PLWR�FULDGR�QD�HVFUDYLG¾R�SDUD�LPSHGLU�TXH�RV�HVFUDYRV�
tomassem leite, um produto muito valorizado na época. Porém, através de 
HVWXGRV�FLHQWÈƬFRV��IRL�SRVVÈYHO�FRQFOXLU�TXH�D�PLVWXUD�GRV�GRLV�LQJUHGLHQWHV�
UHVXOWD�QXPD�H[FHOHQWH�YLWDPLQD�H�Q¾R�QXPD�SRU¾R�PDOÄƬFD�
Boldo
O boldo, porém, é um chá medicinal dos mais conhecidos em nosso país, uma 
das receitas caseiras mais lembradas ao tratar de problemas de estômago ou 
fígado. A receita, usada por muitos dos nossos antepassados, é um exemplo 
GH�FRQKHFLPHQWR�SRSXODU�TXH�IRL�UDWLƬFDGR�H�H[SOLFDGR�FLHQWLƬFDPHQWH��3HV-
TXLVDV� FLHQWÈƬFDV� UHYHODUDP�TXH�D�SODQWD�SRVVXL�SURSULHGDGHV� LPSRUWDQWHV�
para o trato digestivo, por ter em sua composição vários alcaloides, como a 
boldina, responsávelpelo aumento na secreção da bile, uma substância pro-
duzida no fígado para auxiliar na digestão de gorduras.
PARA LER
18
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Para compreender melhor a diferença entre o senso comum e conhecimento, 
vamos pensar nos tratamentos médicos. Inicialmente, muitos medicamentos foram 
usados pelos índios e curandeiras, já que as informações, o conhecimento que ti-
nham era informal, sem comprovação, também conhecido como conhecimento vul-
gar ou popular.
Como isso acontecia? Os medicamentos produzidos pelos índios e pelas curan-
GHLUDV�HUDP�VXEPHWLGRV�DR�PÄWRGR�FLHQWÈƬFR�SDUD�FRPSURYD¾R�GH�VXD�HƬF¼FLD�QD�
FXUD� GH� XPD� HQIHUPLGDGH�� GHSRLV� GLVVR� HUD� FRQVLGHUDGR� FRQKHFLPHQWR� FLHQWÈƬFR��
SRLV�IRL�WHVWDGR�H�FRPSURYDGR�FLHQWLƬFDPHQWH��$QWHV�GHVVH�SURFHVVR�FLHQWÈƬFR�GH�
comprovação, mesmo que o medicamento tivesse curado várias pessoas, não tinha 
valor, pois baseava-se no senso comum. Muitas vezes, a ciência faz uso do senso co-
PXP�SDUD�D�FRPSURYD¾R�FLHQWÈƬFD�GH�XP�IDWR��RFRUUÅQFLD�RX�HSLVÎGLR�
Na vida acadêmica também é assim. Na realização de uma pesquisa, de um 
trabalho que exija a investigação de um problema, será necessário aplicar métodos 
FLHQWÈƬFRV�SDUD�FRPSURYDU�XP�UHVXOWDGR��Q¾R�VHU¼�SRVVÈYHO�ƬFDU�QR�pDFKLVPRq�RX�QR�
“sempre deu certo”. É preciso comprovar tudo o que é dito.
Para saber mais sobre senso comum 
e conhecimento, assista ao vídeo 
disponível no link:
&RQKHFLPHQWR�&LHQWÈƬFR 
e Senso Comum
Canal: IFRO Campus Porto Velho 
Zona Norte
Tempo: 05 min
>>> CLIQUE NESSA IMAGEM E ASSISTA AO VÍDEO <<<
https://www.youtube.com/watch?v=Q_-LBZK9ycs
SUGESTÕES
19
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Como vimos, o conhecimento popular não surge a partir de uma experiên-
FLD�FLHQWÈƬFD��PDV�GH�H[SHULÅQFLDV�FRWLGLDQDV�H�SRGHP�VHU�FRPSURYDGDV�
RX�Q¾R�FLHQWLƬFDPHQWH��1¾R�FRQVLGHUDPRV�RV�GLIHUHQWHV�WLSRV�GH�FRQKH-
cimentos como superiores ou inferiores, mas como formas distintas de 
produção de saberes.
PARA REFLETIR
Tipos de Conhecimento
9RFÅ�M¼�SDURX�SDUD�SHQVDU�QRV�WLSRV 
GH�FRQKHFLPHQWR�H[LVWHQWHV"
Você, certamente, tem acesso e produz alguns deles. Fazendo a leitura desse tó-
SLFR��ƬFDU¼�PDLV�I¼FLO�LGHQWLƬFDU�RV�FRQKHFLPHQWRV�TXH�ID]HP�SDUWH�GD�VXD�YLGD��
Então, vamos lá!
3DUD�ƬQV�GLG¼WLFRV��DSUHVHQWDP�VH��HP�OL-
nhas gerais, os quatro tipos de conhecimento: 
Empírico, popular, vulgar ou senso comum, Fi-
ORVÎƬFR��5HOLJLRVR�RX�WHROÎJLFR�H�&LHQWÈƬFR.
É importante salientar que esses tipos 
de conhecimento podem ter um mesmo obje-
to de estudo, como, por exemplo, a origem do 
universo. Mas, cada um dos tipos de conheci-
mento pode apresentar a sua versão para tal 
fato.
Vejamos o que dizem Marconi e Lakatos (2003) sobre os tipos de conhecimento e as 
suas características:
Empírico/Popular/senso comum ou vulgar: é o conhecimento popular guiado so-
mente pelo que adquirimos na vida cotidiana ou ao acaso, servindo-nos da expe-
riência do outro, às vezes ensinando, às vezes aprendendo, num processo intenso 
de interação humana e social. É assistemático, está relacionado com as crenças e os 
valores, faz parte de antigas tradições. Como exemplo de conhecimento empírico, 
você já deve ter ouvido o dito popular de que tomar chá de macela, mais conhecida 
como marcela, cura dor de estômago, mas ela precisa ser colhida na Sexta-feira San-
ta, antes do sol nascer.
Teológico
)LORVÎƬFR
&LHQWÈƬFR
Empírico
20
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
(QƬP��QR�FRQKHFLPHQWR�SRSXODU�HPSÈULFR��R�KRPHP�FRQKHFH�R�IDWR�H�D�VXD�RUGHP�
aparente, sem explicações de ordem sistemática, metodológica, mas pela experiên-
cia, pelo costume e pelo hábito. Num embate entre o conhecimento popular/empí-
ULFR�H�R�FRQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR��DOJXPDV�SHVVRDV�SRGHU¾R�DUJXPHQWDU�TXH�DPERV�
têm o mesmo valor; outras poderão defender que o primeiro é inferior e que o se-
JXQGR�Ä�GLJQR�GH�FRQƬDQÂD�H�PÄULWR�
&LHQWÈƬFR� é o conhecimento real e sistemático, próximo ao exato, procurando conhe-
FHU�DOÄP�GR�IHQÏPHQR�HP�VL��DV�FDXVDV�H�OHLV��3RU�PHLR�GD�FODVVLƬFD¾R��FRPSDUD¾R��
aplicação dos métodos, análise e síntese, o pesquisador extrai do contexto social, ou 
do universo, princípios e leis que estruturam um conhecimento rigorosamente válido 
e universal. Neste, são feitos questionamentos e procuradas explicações sobre os 
fatos, através de procedimentos que possam levar ao resultado com comprovação. 
1¾R�Ä�FRQVLGHUDGR�DOJR�SURQWR��DFDEDGR�H�GHƬQLWLYR��EXVFD�FRQVWDQWHPHQWH�H[SOL-
cações, soluções, revisões e reavaliações de seus resultados, pois, segundo Cervo e 
Bervian (2002), a ciência é um processo em construção.
$QDOLVDU�R�PHVPR�H[HPSOR�DQWHULRU�QR�FRQWH[WR�FLHQWÈƬFR��SRGHULD��PHGLDQWH�R�HV-
WXGR��YHULƬFDU�D�UHOD¾R�GH�FDXVD�H�HIHLWR�H�R�SULQFÈSLR�DWLYR�TXH�GHWHUPLQD�R�GHVD-
parecimento do sintoma “dor de estômago”, quando da ingestão do chá de macela.
(QƬP�� R� FRQKHFLPHQWR� FLHQWÈƬFR� Ä� RUGHQDGR� H� FRQWÈQXR�� RFRUUHQGR� SRU�PHLR� GH�
HVWXGRV� LQFHVVDQWHV��3URFXUD�UHQRYDU�VH�H�PRGLƬFDU�VH�FRQWLQXDPHQWH��HYLWDQGR�D�
transformação das teorias em doutrinas e estas em preconceitos sociais. O conheci-
PHQWR�FLHQWÈƬFR�HVW¼�DEHUWR�D�PXGDQÂDV�H�UHVXOWD�GH�XP�WUDEDOKR�SDFLHQWH�H�OHQWR�
de investigação e de pesquisa racional.
)LORVÎƬFR� procura conhecer a realidade em seu contexto universal, sem soluções 
GHƬQLWLYDV�SDUD�D�PDLRULD�GDV�TXHVWÐHV��EXVFD�FRQVWDQWHPHQWH�R�VHQWLGR�GD�MXVWLƬFD-
ção e a possibilidade de interpretação a respeito do homem e de sua existência con-
FUHWD��$�WDUHID�SULQFLSDO�GD�ƬORVRƬD�UHVXPH�VH�QD�UHƮH[¾R��0DUFRQL�H�/DNDWRV��������
DSUHVHQWDP�DOJXQV�H[HPSORV�TXH�GHL[DP�FODUR�HVVH�FRQFHLWR��YHULƬTXH�
- A máquina substituirá o homem?
- As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado do homem?
- O que é valor hoje?
$�ƬORVRƬD�SURFXUD�FRPSUHHQGHU�D� UHDOLGDGH�HP�VHX�FRQWH[WR�XQLYHUVDO��1¾R�
SURGX]� VROXÂÐHV� GHƬQLWLYDV� SDUD� JUDQGH� QÕPHUR� GH� TXHVWÐHV��PDV� KDELOLWD� R� VHU�
humano a fazer uso de suas faculdades para entender melhor o sentido da vida, 
concretamente.
(QƬP��R�REMHWR�GD�ƬORVRƬD�V¾R�DV�LGHLDV��RV�FRQFHLWRV��TXH�Q¾R�V¾R�UHGXWÈYHLV�
à realidade material e que, por isso, não são passíveis de observação e mensuração. 
Porém, vale lembrar que essa posição não é unânime.
Teológico: é o estudo de questões referentes ao conhecimento da divindade, impli-
cando sempre em uma atitude de fé diante de revelações de um mistério ou sobre-
natural, interpretados como mensagem ou manifestação divina. Esse conhecimento 
21
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
está intimamente relacionado a um Deus, seja este Jesus Cristo, Buda, Maomé, um 
ser invisível, ou qualquer entidade entendida como ser supremo, dependendo da 
cultura de cada povo, com quem o ser humano se relaciona por intermédio da fé re-
ligiosa. Exemplo disso são os conhecimentos adquiridos e praticados pelos homens 
tendo como base os textos da Bíblia Sagrada ou quaisquer outros livros sagrados. 
(QƬP��R�FRQKHFLPHQWR�UHOLJLRVR�WHROÎJLFR�SDUWH�GR�SULQFÈSLR�GH�TXH�DV�YHUGDGHV�WUD-
tadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações da divindade, do 
sobrenatural.
(MARCONI E LAKATOS , 2003, p. 78-80)
Você já pode diferenciar os diversos tipos de conhecimento, mas vale a pena 
apresentarmos algumas contribuições de outros autores.
Vulgar &LHQWÈƬFR )LORVÎƬFR Religioso
valorativo real valorativo valorativo
UHƮH[LYR contingente racional inspiracional
falível falível infalível infalível
assistemático sistemático sistemático sistemático
YHULƬF¼YHO YHULƬF¼YHO Q¾R�YHULƬF¼YHO Q¾R�YHULƬF¼YHO
inexato exato exato exato
Fonte: Marconi e Lakatos (2003, p. 78-80)
6HJXH�XPD�VÈQWHVH�GRV�WLSRV�GH�FRQKHFLPHQWR�SDUD�IDFLOLWDU�D�DVVLPLOD¾R�GDV�GHƬQL-
ções e características dos tipos de conhecimento:
Conhecimento vulgar ou popular: é utilizado por meio do senso comum, geralmen-
te passado de geração em geração, disseminado pela cultura baseada na imitação e 
experiênciapessoal; é empregado pela experiência pessoal do dia-a-dia, sem crítica.
&RQKHFLPHQWR�ƬORVÎƬFR� não é passível de observações sensoriais, utiliza o método 
racional, no qual prevalece o método dedutivo antecedendo a experiência; não exige 
FRPSDUD¾R�H[SHULPHQWDO��PDV�FRHUÅQFLD�OÎJLFD��D�ƬP�GH�SURFXUDU�FRQFOXVÐHV�VREUH�
o universo e as indagações do espírito humano.
Conhecimento religioso ou teológico: é incontestável em suas verdades, por tratar 
GH�UHYHODÂÐHV�GLYLQDV��Q¾R�Ä�FRORFDGR�»�SURYD�H�QHP�SRGH�VHU�YHULƬFDGR�
&RQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR� por meio da ciência, busca um conhecimento sistemati-
zado dos fenômenos, obtido segundo determinado método, que aponta a verdade 
GRV�IDWRV�H[SHULPHQWDGRV�H�VXD�DSOLFD¾R�SU¼WLFD��2�FRQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR�SRGH�
ser: contingente (hipóteses traduzem resultado através da experimentação); siste-
P¼WLFR��SURFHGLPHQWR�RUGHQDGR�IRUPD�XP�VLVWHPD�HQFDGHDGR�GH�LGHLDV���YHULƬF¼YHO�
�DƬUPDÂÐHV�SRGHP�VHU�FRPSURYDGDV��� IDOÈYHO� �QRYDV�SURSRVLÂÐHV�SRGHP�PXGDU�DV�
22
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
teorias existentes); real (lida com o real, conforme ocorrência dos fatos) isso é o que 
enfatiza Oliveira (2003, p. 39- 40).
(MARCONI E LAKATOS , 2003, p. 78-80)
Mais uma dica importante de leitura, 
capítulo 3 do livro: Fundamentos de 
0HWRGRORJLD�&LHQWÈƬFD��YRFÅ�HQFRQWUD 
no link abaixo:
http://docente.ifrn.edu.br/olivianeta/disciplinas/historia-i/historia-ii/china-e-
-india/view
SUGESTÕES
Plágio e Pesquisa
Vimos que há vários tipos de pesquisa e que elas variam de acordo com o ob-
jetivo, o procedimento e os instrumentos. Os métodos também são muitos e, assim 
como a pesquisa, apresentam variedade e seu uso está, geralmente, associado ao 
tipo de pesquisa que será desenvolvida. Ou seja, pesquisa e método precisam cami-
nhar juntos para garantir qualidade à pesquisa que será desenvolvida.
Independente da nossa área de interesse, a pesquisa será uma constante em 
nossa vida, pois estaremos sempre lendo, nos atualizando, pesquisando... E o resul-
tado dessa leitura aparecerá nos trabalhos que desenvolveremos ao longo do nosso 
curso. E escrever nem sempre é uma tarefa fácil, pois a escrita é resultado de leitura. 
Por isso o assunto dessa aula é tão importante.
Agora, vamos conhecer o plágio, prática, infelizmente, muito comum no meio aca-
GÅPLFR��9HUHPRV�DLQGD�VXD�FODVVLƬFD¾R��FRQVHTXÅQFLDV�H��VREUHWXGR��FRPR�HYLW¼�OR�
23
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Você já ouviu falar sobre plágio? Conhece as consequências dessa prática? Sabe 
como evitá-lo?
2�SO¼JLR�H�D�SHVTXLVD�FLHQWÈƬFD
O que é plágio?
2�SO¼JLR�Ä�GHƬQLGR�FRPR�D�pDSURSULD¾R�RX�LPLWD-
ção da linguagem, ideias ou pensamentos de outro 
autor e a representação das mesmas como se fos-
sem daquele que as utiliza”, conforme o Random 
+RXVH� 8QDEULGJHG� 'LFWLRQDU\�� (VVD� GHƬQL¾R� Ä�
compartilhada por inúmeros dicionários da língua 
inglesa, assim como por universidades britânicas e 
americanas (VASCONCELOS, 2007). Im
ag
em
: j
or
na
lp
or
ta
ls
ul
.c
om
.b
r
A prática do plágio, infelizmente, é mais comum do que se pensa. Ela acontece 
na música, nas artes, na publicidade, na moda, na indústria automotiva, na tecnolo-
JLD��QD�OLWHUDWXUD�H�WDPEÄP�QD�SURGX¾R�FLHQWÈƬFD��(LV�DOJXQV�H[HPSORV�
https://veja.abril.com.br/noticias-sobre/plagio/
EXEMPLO
Mas o que é plágio?
Segundo o Houaiss (2017), é a apresentação feita por alguém, como de sua pró-
pria autoria, de trabalho, obra intelectual etc. produzidos por outrem”.
1R�GLFLRQ¼ULR�0LFKDHOOLV���������R�SO¼JLR�Ä�GHƬQLGR�FRPR�pVP����$WR�RX�HIHLWR�
de plagiar. 2 Imitação de trabalho, geralmente intelectual, produzido por outrem”.
24
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
-¼�QR�$XUÄOLR� ��������HQFRQWUDPRV�D�VHJXLQWH�GHƬQL¾R���� ��$WR�RX�HIHLWR�GH�
plagiar. 2 - Imitação ou cópia fraudulenta.
$�SDODYUD�SO¼JLR�WHP�RULJHP�QR�*UHJR�SODJLRQ��TXH�VLJQLƬFD�pLQFOLQDGR��R�TXH�
usa métodos oblíquos, não corretos”. (AURÉLIO, 2017). Com pequenas alterações, é 
unânime entre os autores citados anteriormente o aspecto fraudulento da ação de 
plagiar.
Espera-se e exige-se bastante de um aluno do ensino superior. Nessa etapa da 
IRUPD¾R�SURƬVVLRQDO��DV�OHLWXUDV�HVW¾R�HP�RXWUR�QÈYHO�GH�HQWHQGLPHQWR�H�GH�FRP-
SUHHQV¾R�H�Ä�SURSRVWR�D�HVVH�DOXQR�TXH�UHƮLWD�VREUH�R�TXH�IRL�OLGR�H�TXH�WLUH�DV�VXDV�
próprias conclusões, muitas vezes, sendo necessário escrever sobre o assunto, como 
acontece nas provas com questões dissertativas, por exemplo, ou ainda em trabalhos 
de pesquisa. Em situações como essas, devemos usar as nossas palavras e respeitar a 
autoria das fontes consultadas.
O plágio e a internet
A chegada da internet e o acesso a ela trouxe inúmeras mudanças, sobretudo, 
no que diz respeito às informações e à rapidez com que elas nos chegam. É possível 
acessar publicações produzidas no mundo todo, bibliotecas digitais, que até pouco 
tempo eram inacessíveis, revistas e periódicos de todas as áreas de conhecimento, 
por exemplo. Isso é de grande valia, sem dúvida. Porém, todo esse acesso à informa-
¾R�VHP�RULHQWD¾R��VHP�ƬOWUR�H��PXLWDV�YH]HV��VHP�SULQFÈSLRV�ÄWLFRV��DMXGRX�D�SRSX-
larizar o plágio. Segundo Valadar (2012),
a imensa quantidade de informação, em formato digital, que é dis-
ponibilizada através da Internet, suscita nos jovens novos hábitos 
de trabalho e novas formas de lidar com essa informação de fácil 
acesso. A facilidade de trabalhar a informação digital é diferente 
de trabalhar com a informação em suporte papel. Tanto profes-
sores como alunos devem estar conscientes das ocorrências que 
podem emergir dessa facilidade, como a prática do plágio. (VALA-
DAR, 2012, p. 09).
É verdade que tudo que está na rede, bem como em livros e revistas pode e 
deve ser usado nas pesquisas para referenciar e embasar uma teoria, uma ideia, um 
processo... Mas tudo que for consultado, usados nos nossos trabalhos, precisar ser 
referenciado, é imprescindível que os autores das fontes consultadas sejam citados 
e referenciados corretamente, seguindo as orientações da ABNT para isso.
A tecnologia facilitou bastante o trabalho de pesquisa, desenvolveu ferramen-
tas que fazem o pesquisador ganhar tempo, indo direto ao ponto, selecionando ape-
nas os materiais que lhe interessam. Ajudou também os professores. Os softwares 
de detecção de plágio hoje são muito usados por professores em caso de dúvida 
sobre a autoria de um trabalho. Tem alguns que são pagos e outros gratuitos. Um dos 
mais conhecidos é o www.plagiarism.org
E ainda tem outro ponto que precisa de atenção: a credibilidade das fontes. 
Não se pode achar que porque está na internet, é verdade e serve para ser usa-
do em um trabalho acadêmico. Na rede, há muitos sites de construção coletiva, a 
25
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
exemplo do Wikipédia, que não têm conselho editorial, ou seja, o que está publicado 
não passou pela revisão de especialistas no assunto e tampouco foi revisado e confe-
ULGR��H�VHQGR�DVVLP��Q¾R�V¾R�FRQƬ¼YHLV��¤�SUHFLVR�VDEHU�GR�YDORU�DFDGÅPLFR�GDTXHOD 
informação.
“Como você pode me dizer que tudo que eu escrevi está errado?!?
Eu copiei TUDO diretamente da internet!!!”
KWWSV���FDQDGDWKHUHZHJR�ƬOHV�ZRUGSUHVV�FRP���������SODJLR�H�FULPH�JLI�$FHVVR�HP����GH�IHY�������
No site canal do ensino, está disponível uma lista com sugestão de 100 si-
WHV�FRQƬ¼YHLV�SDUD�UHDOL]D¾R�GH�SHVTXLVDV�DFDGÅPLFDV�QDV�PDLV�GLYHUVDV�
áreas. Para conhecer, acesse:
https://canaldoensino.com.br/blog/100-sites-de-pesquisa-academica-que-
-voce-deveria-conhecer
SUGESTÕES
Tipos de Plágio
A prática do plágio não é igual e a depender do tipo de trabalho e do objeto 
SODJLDGR��HOD�DSUHVHQWD�DOJXPDV�FODVVLƬFDÂÐHV�TXH�SRGHP�VHU�UHODFLRQDGDV�»�LQWHQ-
cionalidade e à forma.
Quanto à intencionalidade:
Plágio intencional ocorre quando um texto é apresentado como próprio com con-
teúdo parcial ou totalmente replicado ou reescrito sem a indicação de autoria e sem 
areferência completa do documento consultado.
Plágio acidental ocorre quando há desconhecimento metodológico acerca do uso 
das citações (diretas e indiretas) ou ainda sobre a relevância da indicação de todo o 
Im
ag
em
: I
nt
er
ne
t
26
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
material consultado para a elaboração do trabalho. Nesse caso, o “não sabia” pode 
funcionar como explicação, mas não descaracteriza o plágio. Por mais essa razão, a 
disciplina de metodologia é tão importante.
Quanto à forma:
+¼�DLQGD��6HJXQGR�*DUVFKDJHQ���������PDLV�WUÅV�FRQƬJXUDÂÐHV�GH�SO¼JLR��$�VDEHU�
Plágio integral: transcrição total de um texto sem ser referida a fonte.
FONTE ORIGINAL PLÁGIO
CITAÇÃO
DIRETA CORRETA
O que se conclui a par-
tir dessa pesquisa é 
que a opinião pública 
brasileira reconhece e 
aceita, em grande me-
dida, que se recorra ao 
jeitinho como padrão 
moral. Além disso, há 
uma divisão profunda 
(50% versus 50%) entre 
os que consideram certo 
e os que o condenam. 
Por isso, se os níveis 
de corrupção no Brasil 
provavelmente estão 
relacionados à aceitação 
social do jeitinho - que 
é grande e bastante 
enraizada entre nós –, 
os resultados da pesqui-
sa indicam que temos 
um longo caminho pela 
frente se o que deseja-
mos é o efetivo combate 
à corrupção.
Referência:
ALMEIDA, Alberto Car-
los. A cabeça do bra-
sileiro. Rio de Janeiro: 
Record, 2007. p. 70-71.
É bem provável que no 
Brasil a corrupção esteja 
associada a aceitação 
do jeitinho como prática 
social aceitável. Isto indi-
ca que temos um longo 
caminho pela frente 
se o que desejamos é 
o efetivo combate à 
corrupção. (ALMEIDA, 
2007)
Comentário:
O texto em negrito é 
uma reprodução literal 
da fonte consultada, 
mas o redator não indi-
cou isto claramente.
Devido a ausência de 
aspas, o texto elaborado 
ƬFRX�SDUHFHQGR�XPD�
paráfrase, mas na reali-
dade é uma colagem.
É bem provável que no 
Brasil a corrupção esteja 
associada à aceitação 
do jeitinho como prática 
social. Somado a isto 
o fato de que “há uma 
divisão profunda (50% 
versus 50%) entre os 
que o consideram certo 
e os que o condenam 
[...] podemos concluir 
que temos um longo 
caminho pela frente 
se o que desejamos é 
o efetivo combate à 
corrupção.” (ALMEIDA, 
2007, p. 70-71).
Comentário:
Neste caso, o redator 
reescreveu parte da 
fonte consultada com as 
próprias palavras e com-
pletou com um trecho 
copiado da fonte origi-
nal. Entretanto, utilizou 
corretamente as aspas 
para indicar o texto 
reproduzido e na citação 
registrou o número da 
página da qual consta.
Plágio parcial: cópia de algumas frases ou parágrafos de fontes diferentes. Para 
GLƬFXOWDU�D�VXD�LGHQWLƬFD¾R�
http://www.plagio.net.br/
27
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
TEXTOS ORIGINAIS PLÁGIO PARCIAL
Se desde a época do ‘desencaixe’ ao 
longo da era moderna, dos ‘projetos 
de vida’, o problema da identidade 
era a questão de como construir a 
própria identidade (...) – atualmen-
te, o problema da identidade resulta 
SULQFLSDOPHQWH�GD�GLƬFXOGDGH�GH�VH�
PDQWHU�ƬHO�D�TXDOTXHU�LGHQWLGDGH�SRU�
muito tempo. (BAUMAN, 1999, p. 155) 
$�SÎV�PRGHUQLGDGH�VLJQLƬFD�D�ÄSRFD�
histórica preciso que todos os freios 
institucionais que se opunham à eman 
cipação individual se desmoronam 
e desaparecem, dando lugar à mani-
festação dos desejos subjetivos, da 
realização individual, do amor-próprio. 
(Lipovetsky, 2004, p. 23). A substitui-
ção progressiva dos ideais da cultura 
por ideais totalmente consumistas, 
FRP�ƬQV�GH�XWLOL]D¾R�GRV�LQGLYÈGXRV�
como mera força de consumo e o atual 
aguçamento da descrença em projetos 
FROHWLYRV�XQLƬFDGRUHV�s�WDOYH]�DLQGD�
existentes nas chamadas “culturas de 
massa” – promovem a constituição 
de um tipo de “pseudo-individuação” 
baseada, ainda mais estritamente, em 
mecanismos de idealização. (SEVERIA-
NO, 1999, p. 162-163).
Referências:
BAUMAN, Zygmunt. O Mal-estar da 
Pós-Modernidade. Trad. de Mauro 
Gama e Cláudia Martinelli, Rio de Ja-
neiro, Jorge Zahar Editor, 1998.LIPO-
VETSKI, Gilles. Os tempos Hipermo-
dernos. São Paulo: Barcarolla, 2004. 
SEVERIANO, Maria de Fátima Vieira. 
Narcisismo e publicidade: uma análi-
sepsicossocial dos ideais do consumo 
na contemporaneidade. São Paulo: 
Annablume, 2007.
Se desde a época do ‘desencaixe’ ao 
longo da era moderna, dos ‘projetos 
de vida’, o problema da identidade era 
a questão de como construir a própria 
identidade (...) – atualmente, o pro-
blema da identidade resulta principal-
PHQWH�GD�GLƬFXOGDGH�GH�VH�PDQWHU�ƬHO�
a qualquer identidade por muito tem-
po. A pós-modernidade representa 
o momento histórico preciso em que 
todos os freios institucionais que se 
opunham à emancipacão individual se 
esboroam e desaparecem, dando lugar 
à manifestação dos desejos subjetivos,
da realização individual, do amorpró-
prio. A substituição crescente dos 
ideais da cultura por ideais estritamen-
WH�FRQVXPLVWDV��FRP�ƬQV�GH�XWLOL]D¾R�
dos indivíduos como mera força de 
consumo e o atual aguçamento da 
GHVFUHQÂD�HP�SURMHWRV�FROHWLYRV�XQLƬ-
cadores – talvez ainda existentes nas 
chamadas “culturas de massa” – pro-
movem a constituição de um tipo de 
“pseudo-individuação” ancorada, ainda 
mais estritamente, em mecanismos de 
idealização.
28
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Plágio conceitual: apropriação de um ou vários conceitos, ou de uma teoria, que o 
autor apresenta como seu sem de fato o ser.
FONTE ORIGINAL PLÁGIO
CITAÇÃO
INDIRETA CORRETA
É esse o erro de Descar-
tes: a separação abissal 
entre o corpo e a men-
te, entre a substância 
FRUSRUDO��LQƬQLWDPHQWH�
divisível, com volume, 
com dimensões e com 
um funcionamento me-
cânico, de um lado, e a 
substância mental, indi-
visível, sem volume, sem 
dimensões e intangível, 
de outro; a sugestão de 
que o raciocínio, o juízo 
moral e o sofrimento 
adveniente da dor física 
ou agitação emocional 
poderiam existir inde-
pendemente do corpo.
Referência:
DAMÁSIO, Antonio R. 
O erro de Descartes: 
emoção, razão e cére-
bro humano. São Paulo: 
Companhia das Letras, 
2001. p. 280.
A separação cartesiana 
entre corpo e mente 
pode ser considerada é 
um equívoco porque su-
põe que o sofrimento e 
as dores do corpo acon-
tecem independemente 
dos juízos morais e dos 
elementos emocionais.
Para Damásio (2001) a 
separação cartesiana en-
tre corpo e mente pode 
ser considerada é um 
equívoco porque supõe 
que o sofrimento e as 
dores do corpo aconte-
cem independemente 
dos juízos morais e dos 
elementos emocionais.
Referência:
DAMÁSIO, Antonio R. 
O erro de Descartes: 
emoção, razão e cére-
bro humano. São Paulo: 
Companhia das Letras, 
2001. p. 280.
E temos ainda o
Plágio de fontes: ocorre quando um autor utiliza as citações usadas em um trabalho 
sem ter lido o texto fonte original. Em situações assim, para evitar a caracterização 
de plágio, é preciso usar a expressão latina apud (citado por) ou expressão seme-
lhante no texto elaborado.
FONTE ORIGINAL PLÁGIO
CITAÇÃO
INDIRETA CORRETA
Concluindo, pode-se 
dizer que o papel do 
)XUWDGR��������DƬUPD�
que agir com respeito 
Furtado (2002 apud 
5RPDQFLQL��������DƬUPD�
29
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
educador para coibir o 
plágio, além do acom-
panhamento na elabo-
ração dos trabalhos de 
seus alunos, está ainda 
relacionado com a trans-
missão de informações 
sobre o plágio.
Nesse sentido, é tam-
bém válido que as 
instituições de ensino 
busquem esclarecer e 
informar os alunos e do-
centes sobre esse ilícito 
e adotem procedimentos 
que desestimulem sua 
prática.
Como observa Furtado 
(2002), agir com respeito 
perante não somente 
àquilo que se propõe 
a produzir com serie-
dade, mas igualmente 
em relação às fontes 
pesquisadas, às ideias 
consultadas, aos pensa-
PHQWRV��UHƮH[ÐHV��SRQ-
tos de vista, propostos 
em estudos e pesquisas 
já feitas, que recorrera 
para melhor ilustrar, fun-
damentar ou enriquecer 
R�VHX�WUDEDOKR�FLHQWÈƬFR��
é o mínimo que podemos 
esperarde alguém volta-
do para o conhecimento.
Referência:
ROMANCINI, Richard. A 
praga do plágio acadê-
PLFR��5HYLVWD�&LHQWÈƬFD��
FAMEC/FAAC/FMI/FA-
BRASP. Ano 6, n. 6, 2007, 
pp. 44-48.
perante não somente 
àquilo que se propõe 
a produzir com serie-
dade, mas igualmente 
em relação às fontes 
pesquisadas, às ideias 
consultadas, aos pensa-
PHQWRV��UHƮH[ÐHV��SRQ-
tos de vista, propostos 
em estudos e pesquisas 
já feitas, que recorrera 
para melhor ilustrar, fun-
damentar ou enriquecer 
R�VHX�WUDEDOKR�FLHQWÈƬFR��
é o mínimo que podemos 
esperar de alguém volta-
do para o conhecimento.
que agir com respeito 
perante não somente 
àquilo que se propõe 
a produzir com serie-
dade, mas igualmente 
em relação às fontes 
pesquisadas, às ideias 
consultadas, aos pensa-
PHQWRV��UHƮH[ÐHV��SRQ-
tos de vista, propostos 
em estudos e pesquisas 
já feitas, que recorrera 
para melhor ilustrar, fun-
damentar ou enriquecer 
R�VHX�WUDEDOKR�FLHQWÈƬFR��
é o mínimo que podemos 
esperar de alguém volta-
do para o conhecimento.
Referência:
FURTADO, José Augus-
to Paz Ximenes. Apud 
ROMANCINI, Richard. A 
praga do plágio acadê-
PLFR��5HYLVWD�&LHQWÈƬFD�
FAMEC/FAAC/FMI/FA-
BRASP. Ano 6, n. 6, 2007, 
pp. 44-48.
Disponível em:
http://clubecetico.org/
fo rum/index.php?-
topic=25716.0.
Acesso em 22 de fev. 
2017.
30
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Disponível em: http://
clubecetico.org/forum/
indexphp?topic=25716.0.
Acesso em 22 de fev. 
2017.
520$1&,1,��5LFKDUG��$�SUDJD�GR�SO¼JLR�DFDGÅPLFR��5HYLVWD�&LHQWÈƬFD�)$0(&�)$$&�)0,�)$%5$63��$QR����Q�����
2007, pp. 44-48. Disponível em http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=25716.0.
Acesso em 22 de fev. 2017. Adaptado.
$SXG�Ä�XPD�H[SUHVV¾R�HP�ODWLP�TXH�VLJQLƬFD�FLWDGR�SRU�H�R�VHX�XVR�GHYH�VHU�
evitado. Ele só deve se fazer presente no texto em caso de impossibilidade de acesso 
à obra citada, obras raras, títulos esgotados, por exemplo. O seu uso excessivo pode 
empobrecer o texto.
O que diz a lei
O plágio é crime e traz consequências graves, que vão desde processos na esfe-
ra cível e criminal, podendo chegar à detenção, demissões, reprovações ou perda de 
título. Vejamos o que diz a legislação brasileira sobre essa prática:
Constituição da República Federativa do Brasil
Art. 5º, inciso XXVII. “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publi-
cação ou reprodução de suas obras, (...).”
%5$6,/��&RQVWLWXL¾R�)HGHUDO���������'L¼ULR�2ƬFLDO�GD�8QL¾R��%UDVÈOLD��')����RXW������D�
Código Civil
Art. 1.228. “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o 
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.”
%5$6,/��&ÎGLJR�&LYLO��/HL��������������'L¼ULR�2ƬFLDO�GD�8QL¾R��%UDVÈOLD��')�����MDQ�������
Código Penal
Art. 184, e seus parágrafos.�'HƬQH�D�YLROD¾R�GRV�GLUHLWRV�DXWRUDLV�FRPR�FULPH��
com previsão de punição que varia de multa à reclusão de até quatro anos.
%5$6,/��&ÎGLJR�3HQDO��'HFUHWR�/HL�������������'L¼ULR�2ƬFLDO�GD�8QL¾R��%UDVÈOLD��')�����GH]�������
Lei no 9.610/98 (Lei do Direito Autoral - LDA)
Art. 7º.�'HƬQH�R�URO�GH�REUDV�LQWHOHFWXDLV�SURWHJLGDV�SHOD�OHL��TXH�Y¾R�GHVGH�JUDQ-
des conferências até pequenas gravuras, conceituando obras intelectuais como 
pFULDÂÐHV�GR�HVSÈULWR��H[SUHVVDV�SRU�TXDOTXHU�PHLR�RX�Ƭ[DGDV�HP�TXDOTXHU�VXSRUWH��
tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro”.
31
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Art. 22 a 24.�'HƬQHP�FRPR�SHUWHQFHQWHV�DR�DXWRU�RV�GLUHLWRV�PRUDLV�H�SDWULPR-
niais sobre a sua criação, conceituando direitos morais como o direito: “[...] de rei-
vindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra”; “[...] de ter seu nome, pseudônimo 
ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização 
de sua obra”; e “[...] de conservar a obra inédita”.
Art. 29. Determina que “depende de autorização prévia e expressa do autor a utili-
zação da obra, por quaisquer modalidades, tais como:” “[...] a reprodução parcial ou 
integral”; “[...] a edição; adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras transfor-
mações”; ou “[...] a tradução para qualquer idioma”.
Art. 33. Proíbe a reprodução de obra que não pertença ao domínio público, a pre-
texto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor.
Art. 46, inciso III.�'HƬQH�TXH�Q¾R�FRQVWLWXL�YLROD¾R�GRV�GLUHLWRV�DXWRUDLV��p>���@�D�
citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de pas-
VDJHQV�GH�TXDOTXHU�REUD��SDUD�ƬQV�GH�HVWXGR��FUÈWLFD�RX�SROÅPLFD��QD�PHGLGD�MXVWL-
ƬFDGD�SDUD�R�P�D�DWLQJLU��LQGLFDQGR�VH�R�QRPH�GR�DXWRU�H�D�RULJHP�GD�REUD�>���@q
%5$6,/��/HL�������������'L¼ULR�2ƬFLDO�GD�8QL¾R��%UDVÈOLD��')�����IHY������E�
Na imprensa, frequentemente, são divulgadas 
notícias sobre casos de plágio que foram com-
provados e os plagiadores punidos. Esses casos 
são muito comuns e envolvem desde alunos a 
altas autoridades.Im
ag
em
: I
nt
er
ne
t
Assista ao vídeo O fantasma do Plágio, disponível em:
http://www.praticadapesquisa.com.br/2011/07/o-fantasma-do-plagio.html
VÍDEO
Existem recursos que permitem que os textos disponibilizados em meios ele-
WUÏQLFRV�RX�IÈVLFRV�VHMDP�XVDGRV�QRV�WUDEDOKRV�DFDGÅPLFRV�H�FLHQWÈƬFRV�VHP�FRQƬJX-
rar plágio. Vamos conhecê-los.
Como evitar o plágio
Certamente, você já viu, em livros, revistas e sites, textos citados de forma di-
reta e indireta, mas não prestou atenção. Nas notícias, é comum a fala do entrevista-
do ou de uma testemunha vir sinalizada por aspas. Em textos acadêmicos, é comum 
DOJXQV�WUHFKRV�UHFXDGRV�H�FRP�XPD�IRQWH�PHQRU��LQGLFDQGR�DR�ƬQDO�GHOHV�R�DXWRU��
R�DQR�H�D�S¼JLQD��9RFÅ�VDEH�SRU�TXH�LVVR�DFRQWHFH"�2�TXH�VLJQLƬFDP"�9RFÅ�M¼�RXYLX�
falar na ABNT?
32
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
$�$%17�Ä�XPD�HQWLGDGH�SULYDGD�H�VHP�ƬQV�OXFUDWLYRV��UHVSRQV¼YHO�SHOD�HODERUD-
¾R�GDV�1RUPDV�%UDVLOHLUDV��$%17�1%5��H�TXHP�GHƬQH�D�SDGURQL]D¾R�H�QRUPDWL]D-
ção de produtos e serviços.
Para conhecer a história da Associação Brasileira de Normas Técnicas – 
ABNT e como ela atua, acesse:
http://www.abnt.org.br/abnt/conheca-a-abnt
SUGESTÕES
De acordo com a ABNT NBR 10520:2002, citação é a “Menção de uma informação 
H[WUDÈGD�GH�RXWUD�IRQWHq��(�HOD�DSUHVHQWD�WUÅV�FRQƬJXUDÂÐHV�
Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor con-
sultado, que pode ser curta ou longa. Citação indireta: Texto ba-
seado na obra do autor consultado e citação de citação: Citação di-
reta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original. 
(ABNT NBR 10520:2002).
Disponível em: http://www.usjt.br/arq.urb/arquivos/nbr10520-origi-
nal.pdf Acesso em 24 fev. 2017.
A citação é um recurso imprescindível para o desenvolvimento de trabalhos 
DFDGÅPLFRV�H�FLHQWÈƬFRV��(OD�DMXGD�D�JDUDQWLU�D�OLVXUD�GDV�QRVVDV�SHVTXLVDV�H�HYLWD�R�
plágio, pois estrutura as informações colhidas nas fontes pesquisadas. Vamos conhe-
cer cada uma delas e como usá-las.
Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado, que pode 
VHU�FXUWD�RX�ORQJD��3RU�LVVR��WRGDV�DV�LQIRUPDÂÐHV�GHYHP�VHU�WUDQVFULWDV�ƬHOPHQWH�s�
SRQWXD¾R��VLQDLV�JU¼ƬFRV��SRU�H[HPSOR��(OD�SRGH�VHU�FXUWD�RX�ORQJD�
Citação direta curta: Fica dentro do texto, marcada por aspas, e tem até três linhas. 
Apresenta-se ainda o sobrenome do autor, o ano de publicação e a página.
Exemplo: Quando se trata da questão do plágio como um tipo de fraude acadêmica 
que deve ser evitada, deve-se pensar que a prevenção pode ser objeto de ensino 
LQVHULGR�QD�UHOD¾R�HQWUH�RULHQWDGRU�H�RULHQWDQGR��1HVWH�VHQWLGR��HVW¼�FRUUHWR�DƬU-
mar que “não bastam sanções e nem tudo deve ser traduzido em penalidades ou em 
medidas puramente negativas”. (DOMINGOS, 2012, p. 80-81).
Citação direta longa: Tem mais de três linhas, aparece depois do texto, marcada por 
recuo de 4 cm em relação à margem esquerda, utiliza espaçamento simples e fonte 
WDPDQKR�����,QGLFD�DR�ƬQDO�R�VREUHQRPH�GR�DXWRU��R�DQR�GH�SXEOLFD¾R�H�D�S¼JLQD�
Exemplo: Segundo Shneider,
Originalmente, a palavraplágio e o verbo plagiar designavam o cri-
PH�GH�TXHP�WUDQVYLDYD�RV�ƬOKRV�GRV�RXWURV��DOLFLDYD�RV�VHXV�HVFUD-
33
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
vos ou deles se apropriava, a venda de uma pessoa por quem dela 
não dispunha. Foi só mais tarde que passou a designar a apropria-
ção por outro – e a apresentação como próprios –de fragmentos 
de livros ou pensamentos escritos. A palavra deriva do baixo latim 
plagium, que por sua vez, seria uma deformação grega, plágios 
(oblíquo, trapaceiro) (SHNEIDER, 1990, p. 129).
Citação indireta: consiste na interpretação, condensação ou interpretação livre de 
SDUWHV�GR�WH[WR��GH�IRUPD�Q¾R�OLWHUDO��PDV�ƬHO�DR�FRQWHÕGR�H�»V�LGHLDV�GR�DXWRU��1¾R�
é necessário o uso de aspas, mas indica-se o autor e o ano da publicação. A indicação 
da página é opcional.
Exemplo: No meio acadêmico brasileiro é dada pouca importância ao fenômeno 
do plágio. Há pouca pesquisa relacionada ao assunto. Além de não fazer parte dos 
manuais de formação acadêmica, as instituições de ensino não apresentam esclare-
cimentos e orientações em suas páginas eletrônicas sobre o assunto (KROKOSCZ, 
2011).
Citação de citação: Consiste na citação de um texto do qual não se teve acesso ao 
original. Livros com edição esgotada, raros, por exemplo. Nesse caso, usa-se a ex-
SUHVV¾R�ODWLQD�DSXG��TXH�VLJQLƬFD�nFLWDGR�SRUo��(VVH�WLSR�GH�UHFXUVR�VÎ�GHYH�VHU�XVDGR�
em último caso. É imprescindível que o pesquisador tenha acesso às fontes bibliográ-
ƬFDV�TXH�XVDU¼�QD�SHVTXLVD��¤�SUHFLVR�LQGLFDU�R�QRPH�GR�DXWRU�TXH�OHX�R�WH[WR��R�DQR�
e página, além da expressão apud.
Exemplo: Esse tipo de iniciativa tem o status de uma política institucional de enfren-
tamento do plágio que envolve diversos aspectos relacionados ao plágio e à integri-
GDGH�DFDGÅPLFD��DGRWDQGR�DÂÐHV�GLYHUVLƬFDGDV�TXH�HQYROYHP�UHDOL]D¾R�GH�WUHLQD-
mentos, programas de conscientização, uso de tecnologias para detecção de plágio 
e a prescrição de punição aos alunos que violam as políticas institucionais (Hughes; 
McCabe, 2006 apud McCord, 2008, p. 42).
O plágio, embora comum, é crime e uma prática reprovável, por isso deve ser evita-
do. A metodologia oferece alternativas para fazer uso das informações e dos textos 
disponíveis em meio eletrônico e físico sem plagiar. Para isso, temos as citações, re-
FXUVRV�TXH�FRQWULEXHP�H�DMXGDP�D�ID]HU�XVR�GRV�PDWHULDLV�ELEOLRJU¼ƬFRV�EHP�GLVWDQ-
tes dessa prática. No site da ABNT e no Manual de Formatação para elaboração de 
trabalhos acadêmicos da FAMETRO você encontra todas as informações necessárias 
para fazer as citações da forma correta.
Conheça o Manual de Normas para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos 
da UNIFAMETRO:
Veja o texto da ABNT NBR 10520: 2002
https://revistaarqurb.com.br/arqurb
SUGESTÕES
34
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
Para saber como se faz as citações 
diretas, indiretas e as citações 
de citação, assista ao vídeo:
Citações diretas 
indiretas e uso do apud 
no tcc escrevendo fácil
Canal: Prof. Dr. Ivan Guedes
Tempo: 13 min
>>> CLIQUE NESSA IMAGEM E ASSISTA AO VÍDEO <<<
https://www.youtube.com/watch?v=NJMXRSFHENA
SUGESTÕES
&KHJDPRV�DR�ƬP�GD�DXOD�GRV�HVWXGRV�GD�'LVFLSOLQD�0HWRGRORJLD 
GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR��3DUWLFLSH�GDV�DWLYLGDGHV�QR�0RRGOH 
e até a próxima aula!
35
XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,�
$0$5$/��-R¾R�-��)��&RPR�ID]HU�XPD�SHVTXLVD�ELEOLRJU¼ƬFD����&HDU¼��8QLYHUVLGD-
de Federal do Ceará, 2007. 21 p. Disponível em: <http://200.17.137.109:8081/
xiscanoe/courses-1/mentoring/tutoring/Como%20fazer%20pesquisa%20bi-
EOLRJUDƬFD�SGI!
$1'5$'(��0��0��,QWURGX¾R�»�PHWRGRORJLD�GR�WUDEDOKR�FLHQWLƬFD��HODERUD-
ção de trabalhos na graduação. São Paulo: Atlas, 2003.
$332/,1�5,2��)��'LFLRQ¼ULR�GH�PHWRGRORJLD�FLHQWÈƬFD��XP�JXLD�SDUD�D�SURGX-
¾R�GR�FRQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR��6¾R�3DXOR��$WODV��������'LVSRQÈYHO�HP���KWWS���
ZZZ�XQLDEHX�HGX�EU�SXEOLFD�LQGH[�SKS�5(�DUWLFOH�YLHZ����SGIB��!�$FHVVR�
em: 9 jun. 2011.
BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola o que é como se faz. 21 ed. São Paulo: 
Loyola, 2007.
&(592��$��/��%��3��$��$�PHWRGRORJLD�&LHQWÈƬFD�����HG��6¾R�3DXOR��0F*UDZ�+LOO�
do Brasil, 1983.
DALAROSA, Adair Ângelo. Ciência, Pesquisa e Metodologia na Universidade. 
,Q��/20%$5',��-RVÄ�&ODXGLQHL��3HVTXLVD�HP�HGXFD¾R��KLVWÎULD��ƬORVRƬD�H�WH-
mas transversais. Campinas: Autores Associados: HISTEDBR, Caçador: UNC, 
1999.
DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. 2. ed. São Paulo: Atlas 
)(55(,5$��5RVLOD�$UUXGD��$�SHVTXLVD�FLHQWÈƬFD�QDV�&LÅQFLDV�6RFLDLV��FDUDFWHUL-
zação e procedimentos. Recife: UFPE, 1998.
)216(&$��-��-��6��0HWRGRORJLD�GD�SHVTXLVD�FLHQWÈƬFD��)RUWDOH]D��8(&(��������
Apostila.
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Pedagogia da pesquisa-ação. In: Revista Edu-
cação e Pesquisa, v.31, n. 3, p. 483-502. São Paulo, set/dez/2005. disponível 
em http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a11v31n3.pdf
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. SãoPaulo: Edi-
tora Atlas S.A., 2008.
/$.$726��(��0���0$5&21,��0��GH�$��)XQGDPHQWRV�GH�PHWRGRORJLD�&LHQWÈƬFD��
5. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
REFERÊNCIAS
36
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LUDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São 
Paulo: EPU MARQUES, Heitor Romero [et al.] Metodologia da pesquisa e do 
WUDEDOKR�FLHQWÈƬFR��&DPSR�*UDQGH��8&'%�������
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