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Im ag em : F re ep ik Metodologia do 7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR UNIDADE I Chanceler Prof. Antonio Colaço Martins Filho Reitora Profª. Denise Ferreira Maciel Diretor Administrativo Financeiro Edson Ronald de Assis Filho Diretora Executiva Ana Cristina de Holanda Martins Diretora Executiva Sandra de Holanda Martins Assessoria de Desenvolvimento Educacional – ADE Profª. Elane Pereira Prof. Silvio Rodrigues Produção de Conteúdo: Profª. Anne Caroline Moraes de Assis Revisão Textual Cristiana Castro Diagramação Wanglêdson Costa Apresentação Para começo de conversa O Papel da Universidade O Papel da Universidade na formação do aluno O Ensino A Pesquisa A Extensão Conhecimento e Ciência Conceitos básicos Objetivos da Ciência Características essenciais da ciência Funções da Ciência Espaços onde a ciência é realizada Áreas da ciência Teoria do conhecimento Tipos de Conhecimento Plágio e Pesquisa O plágio e a internet Tipos de Plágio O que diz a lei Referências Anotações 05 06 07 07 09 10 11 14 14 15 15 15 15 16 16 19 22 24 25 30 35 37 Su m ár io Seja bem-vindo à disciplina 0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR. A metodologia adotada pela UNIFAMETRO na modalidade a distância con- ta com aulas ministradas no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, favorecendo atividades colaborativas, aproximando professores e alunos GLVWDQWHV�ƬVLFDPHQWH� Para a melhor compreensão do assunto, é importante que, além da leitura desse conteúdo, você participe das atividades e tarefas propostas no cronograma e consulte dicas e complementos sugeridos no decorrer da disciplina. Este material também está disponível para impressão ou para download em formato pdf clicando no botão abaixo: educacaoonline.unifametro.edu.br É importante ressaltar que, nessa metodologia, o seu compromis- so com a aprendizagem é fundamental para que ela aconteça. Portanto, participe, lendo os textos antes de cada aula para interagir melhor nos momentos de comunicação virtual e presencial, nas discussões com os tu- tores, professores e colegas de curso. A pr es en ta çã o BONS ESTUDOS! 5 6 A disciplina 0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR é dividida em 4 unida- des, nas quais você encontrará o conteúdo, bem como conteúdos adicio- nais e sugestões de leituras. Ao longo do texto, você irá se deparar com vários ícones que irão ajudá-lo neste percurso em busca do conhecimento, tais como: 3DUD�FRPHÂR�GH FRQYHUVD Esses ícones nortearão a sua leitura, oferecendo amplas possibilidades de aprofundamento. A linguagem dialógica aqui utilizada também irá aproxi- málo das aulas ora apresentadas, levando-o à motivação e ao entendimen- to da disciplina. Esperamos, por meio da diagramação desse material, con- tribuir com sua interação plena com os conteúdos. Agora que já estamos “conectados”, mãos à obra! OBJETIVOSPARA REFLETIR ATENÇÃOPARA LER SUGESTÕES EXEMPLO VÍDEOSAIBA MAIS VOCÊ SABIA 7 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� O Papel da Universidade Im ag em : U ni fa m et ro O ingresso no ensino superior promove uma série de mudanças na vida do universitário, traz também novas perspectivas e permite o acesso a inúme- ras possibilidades de lidar com o conhecimento. Esse ambiente é o lugar SURSÈFLR�SDUD�UHƮHWLU�VREUH�R�FRQKHFLPHQWR��H[SHULHQFL¼�OR�H�WDPEÄP�SUR- GX]È�OR��1D�GLVFLSOLQD�GH�PHWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�FLHQWÈƬFR�GLVFXWLUHPRV� sobre os caminhos para a produção e fomentação do conhecimento – a Ini- FLD¾R�DR�ID]HU�FLHQWÈƬFR��3DUD�LVVR��WUDWDUHPRV�QD�QRVVD�SULPHLUD�DXOD�DFHU- ca do papel da universidade na formação do aluno. O Papel da Universidade na formação do aluno O Ensino Superior passou por grandes mudanças até chegar ao modelo que FRQKHFHPRV��$QWHV�HUD�HVWULWDPHQWH�SURƬVVLRQDOL]DQWH��GHVFRQVLGHUDQGR�R�VHX�FD- ráter político e social, além de ser extremamente elitista, uma vez que só atendia DRV�ƬOKRV�GD�DULVWRFUDFLD�FRORQLDO��TXH�Q¾R�SRGLDP�PDLV�HVWXGDU�QD�(XURSD��GHYLGR� ao bloqueio de Napoleão. A vinda da família real despertou o interesse em se criar escolas de medicina. Em 1912, surge a primeira universidade brasileira no Paraná, que só durou três anos. E mais tarde, em 1920, surge a Universidade do Rio de Janeiro, hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro. A partir daí houve um maior interesse e as instituições de ensino superior se proliferaram no Brasil. 8 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Para saber mais sobre a história do Ensino Superior, leia o material disponibilizado no link: http://nupps.usp.br/downloads/docs/dt9108.pdf SUGESTÕES Segundo Darcy Ribeiro (1975), a universidade é o espaço, por ex- FHOÅQFLD��GH�SURGX¾R�H�GLIXV¾R�GR�FRQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR��D�EDVH� do desenvolvimento tecnológico de uma nação. Ela é uma institui- ção social imprescindível, fomentadora de ideologias e interesses, que tem como missão nortear o desenvolvimento autônomo de sua nação. (RIBEIRO, 1975, p. 24). &RPR�YRFÅ�DFUHGLWD�TXH�D�8QLYHUVLGDGH SRGH�FRQWULEXLU�SDUD�D�IRUPD¾R FLGDG¾�H�GR�HVWXGDQWH" De acordo com Severino (1986), a educação superior tem como objetivos, articulados entre si, a formação 3URƬVVLRQDO� habilita o estudante a exercer plenamente a sua fu- tura função através da assimilação e domínio das técnicas perti- nentes à sua área de conhecimento; &LHQWÈƬFD� se dá através de um trabalho sistemático de estudo e construção do conhecimento; 9 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Política: se faz necessária para que o estudante tenha uma cons- ciência histórico-social. (SEVERINO, 1986, p. 38). $OÄP�GH�VHU�UHVSRQV¼YHO�SHOD�FDSDFLWD¾R�SURƬVVLRQDO�H�FLHQWÈƬFD��D�XQLYHUVL- dade tem um papel importante na formação política dos discentes. É imprescindível a preocupação da universidade com a construção da noção de cidadania pelos indi- víduos, orientada por uma visão de uma sociedade democrática. A compreensão da realidade social, cultural e histórica do local em que se vive é basilar na formação universitária. Na Universidade, o conhecimento deve ser construído pela expe- riência ativa do estudante e não mais ser assimilado passivamente, como ocorre o mais das vezes nos ambientes didático-pedagógicos do ensino básico. (SEVERINO, 2007, p. 25). Para dar conta do seu papel, a universidade se sustenta por uma tríplice base: ensino, pesquisa e extensão. A articulação destes três pilares é o que permite a uni- versidade cumprir o seu papel com qualidade. EN SI N O P ES Q U IS A EX TE N Sà O UNIVERSIDADE Ensino: forma sistemática de socialização do conhecimento. Pesquisa: processo de investigação sistemá- tico que visa a construção do conhecimento. Extensão: ação da Universidade em comu- nidades externas que visam disponibilizar à sociedade o conhecimento produzido através de atividades de ensino ou pesquisa. O Ensino 2�HQVLQR�VXSHULRU�SURPRYH�D�UHƮH[¾R�DFHUFD�GR�FRQKHFLPHQWR��VXD�SURGX¾R� e aplicação. É imprescindível, além de um espaço interessante, o envolvimento dos HVWXGDQWHV�QDV�DWLYLGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP�SURƬVVLRQDO��$VVLP��R�HQVLQR�VXSHULRU�Ä� aquele que desencadeia conhecimento capaz de transformar a atuação do indivíduo FRPR�VHU�VRFLDO��pFRQYHUJÅQFLD�H�DUWLFXOD¾R�HTXLOLEUDGD�HQWUH�DV�GLPHQVÐHV�FLHQWÈƬ- ca, investigativa e pedagógica” (PIMENTA; ALMEIDA, 2012, p. 24). Para Botomé (2006, p.123), o objetivo da universidade é “produzir o conheci- mento e torná-lo acessível” e “o ensino é uma forma de efetivar esse acesso”. O Estatuto das Universidades Brasileiras dispõe que o ensino superior no Brasil obe- decerá ao sistema universitário, como reza seu artigo primeiro: Art. 1º�2�HQVLQR�XQLYHUVLW¼ULR�WHP�FRPR�ƬQDOLGDGH��HOHYDU�R�QÈYHO� GD�FXOWXUD�JHUDO��HVWLPXODU�D�LQYHVWLJD¾R�FLHQWÈƬFD�HP�TXDLVTXHU� 10 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� domínios dos conhecimentos humanos; habilitar ao exercício de DWLYLGDGHV� TXH� UHTXHUHP� SUHSDUR� WÄFQLFR� H� FLHQWÈƬFR� VXSHULRU�� FRQFRUUHU�� HQƬP�� 3HOD� HGXFD¾R� GR� LQGLYÈGXR�H� GD� FROHWLYLGDGH�� pela harmonia de objetivos entre professores e estudantes e pelo aproveitamento de todas as atividades universitárias, para a gran- deza na Nação e para o aperfeiçoamento da Humanidade. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d19851.htm SUGESTÕES Baseando-se no que foi dito, pode-se dizer que o ensino é uma forma privilegia- GD�GH�DFHVVR�DR�FRQKHFLPHQWR�SURƬVVLRQDO��XPD�YH]�TXH��SRU�PHLR�GHOH��R�PHOKRU�H� mais recente conhecimento pode ser transformado em comportamentos sociais, de maneira generalizada. A Pesquisa Além de ser caminho para a construção do conhecimento, a pesquisa univer- VLW¼ULD�FRQWULEXL�SDUD�R�GHVHQYROYLPHQWR�KXPDQR��WHFQROÎJLFR��FXOWXUDO��FLHQWÈƬFR�H� social. Ela gera, promove e compartilha conhecimentos, características essenciais do HQVLQR�VXSHULRU��1R�½PELWR�GD�XQLYHUVLGDGH��GHVHQYROYHP�VH�SHVTXLVDV�FLHQWÈƬFDV�H� tecnológicas, estudos acadêmicos em ciências sociais, humanas, biológicas, exatas, entre outras. Para Demo (1987:23), a pesquisa é D�DWLYLGDGH�FLHQWÈƬFD�SHOD�TXDO�GHVFREULPRV�D�UHDOLGDGH��7RPDGD� num sentido amplo, pesquisa é toda atividade voltada para a solu- ção de problemas; como atividade de busca, indagação, investiga- ção, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade e nos oriente em nossas ações (1996, p. 29). 11 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� A pesquisa deve ser vista como uma estratégia de ensino interdisciplinar, uma vez que ela permite aos pesquisadores desenvolverem novas perspectivas por meio GH�FUÈWLFDV��TXHVWLRQDPHQWRV��QHJDWLYDV�H�FRQƬUPDÂÐHV��SHUSDVVDQGR�SHODV�PDLV�GL- versas áreas, contribuindo, assim, para uma formação de qualidade. 1D�81,)$0(752�WHPRV�R�3520,&���3URJUDPD�GH�0RQLWRULD�H�LQLFLD¾R�FLHQWÈƬFD� que tem como objetivo inserir o aluno no universo da pesquisa e do fazer cientí- ƬFR��3DUD�VDEHU�PDLV� http://www.unifametro.edu.br/edital-coopem-promic-2020/ SAIBA MAIS A Extensão A extensão universitária diz respeito à interação que deve haver entre a univer- sidade e a comunidade em seu entorno, apresentando, muitas vezes, o resultado das atividades desenvolvidas no ensino e na extensão, reforçando o seu compromisso social. No Brasil, o termo extensão aparece no Estatuto das Universidades Brasileiras (Decreto n° 19.851, 11/04/31), em seu art. 35: “f) cursos de extensão universitária, GHVWLQDGRV�D�SURORQJDU��HP�EHQHIÈFLR�FROHWLYR��D�DWLYLGDGH� WÄFQLFD�H�FLHQWÈƬFD�GRV� institutos universitários”(BRASIL, 2001). De acordo com Severino (2007), o processo ensino-aprendizagem acontece quando sustentado por uma atitude investigativa (pesquisa) tanto pelo professor quanto pelo estudante. A Extensão é o retorno à sociedade de um investimento feito por ela à universidade, buscando-se a integração de ambas. Ainda sobre esse assunto, vejamos o que ele disse durante a palestra intitulada “Pes- quisa a serviço do ensino” no VII Fórum Nacional de Professores de Ciências Contábeis: 12 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Cada um desses ângulos do triângulo exerce um papel próprio, LGHQWLƬF¼YHO��PDV�FDGD�XP�GHSHQGHQGR�GR�RXWUR�SDUD�JDQKDU�FRQ- sistência e fecundidade. A Universidade precisa intrinsecamente GD�SHVTXLVD��Q¾R�VÎ�SDUD�RV�ƬQV�HVSHFÈƬFRV�GD�SUÎSULD� LQYHVWLJD- ção (gerar conhecimento novo), mas também para desenvolver o HQVLQR�H�D�H[WHQV¾R��2�HQVLQR�WHP�SRU�ƬQDOLGDGH�GDU�XPD�LQLFLD- ¾R�DR� FRQKHFLPHQWR� FLHQWÈƬFR�� DVVHJXUDU�XPD� IRUPD¾R�SURƬV- VLRQDO�H�LQVHU¾R�QD�YLGD�VRFLDO��3DUD�WHU�DOJXPD�HƬF¼FLD�VREUH�DV� práticas humanas que constroem e reconstroem a sociedade, o conhecimento precisa ser disseminado e repassado, colocado em FRQGLÂÐHV�GH�XQLYHUVDOL]D¾R��1¾R�SRGH�ƬFDU�DUTXLYDGR��'DÈ�WUDQV- formar-se em conteúdo de ensino. Por sua vez, a extensão visa le- var à comunidade benefícios decorrentes da produção sistemáti- ca do conhecimento. Pela extensão, ocorre uma devolução direta dos bens que se tornaram possíveis pela pesquisa. Mas ao fazer isso, a Universidade insere o processo extensionista num processo pedagógico, mediante o qual está investindo, simultaneamente, na formação do aprendiz e do pesquisador. Quando não ligada à pesquisa, a extensão torna-se mero assistencialismo, o que não cabe à Universidade fazer. Mas o ensino precisa da pesquisa, dada a íntima e necessária ligação dos processos de ensino/ aprendiza- gem com o processo de construção do conhecimento. A equação básica é que ensinar e aprender é conhecer; conhecer é construir o objeto do conhecimento; construir o objeto do conhecimento é pesquisar. (SEVERINO, 2008). A ideia de que o papel principal da universidade é o ensino, está ultrapassada. O conhecimento está sempre em processo de construção. Não é um produto aca- bado. Toda construção do conhecimento deixa brechas que podem ser preenchidas com novas perguntas e pesquisas. Por isso é importante que a relação entre profes- sores e alunos ultrapasse as práticas de Ensino e alcancem também a Pesquisa e a Extensão. Para dar conta desse compromisso, a Universidade desenvolve atividades es- SHFÈƬFDV��TXDLV�VHMDP��R�HQVLQR��D�SHVTXLVD�H�D�H[WHQV¾R��$WLYLGDGHV�HVVDV�TXH�GH- vem ser efetivamente articuladas entre si, cada uma assumindo uma perspectiva de SULRULGDGH�QDV�GLYHUVDV�FLUFXQVW½QFLDV�KLVWÎULFR�VRFLDLV�HP�TXH�GHVDƬRV�KXPDQRV�V¾R� postos. No entanto, de acordo com Severino (2007), no âmbito universitário, dada D�QDWXUH]D�HVSHFÈƬFD�GH�VHX�SURFHVVR��D�HGXFD¾R�VXSHULRU�SUHFLVD�WHU�QD�SHVTXLVD� o ponto básico de apoio e de sustentação de suas outras duas tarefas, o ensino e a extensão. A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão caracteriza-se, de acor- do com Rays (2003, p. 73), como “um processo multifacetado de relações e de cor- relações que busca a unidade da teoria e da prática”, pois se constitui princípio das DWLYLGDGHV�ƬQV�GD�XQLYHUVLGDGH� A UNIFAMETRO também oferece atividades de extensão nas mais diversas áreas para o público interno e externo. Para saber mais: 13 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� http://www.unifametro.edu.br/extensao/ SAIBA MAIS Para aprofundamento do assunto, leia as seguintes sugestões: 6(9(5,12��$��-��0HWRGRORJLD�GR�WUDEDOKR�FLHQWÈƬFR������HG��6¾R�3DXOR��&RUWH]�� 2007. SEVERINO, A. J. Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração envolvendo o aluno na prática da pesquisa. Clique na imagem e acesse o conteúdo! SUGESTÕES 14 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� 3DUD�RV� VHXV�HVWXGRV�HP�0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR�� Ä� LPSRU- tante compreender alguns conceitos básicos relacionados ao universo das práticas de pesquisa. Esses termos aparecem com frequência e a sua compreensão é fundamental para a apreensão de outros conceitos a eles relacionados. Dada a abrangência de alguns termos, é necessário, muitas YH]HV��FRQVXOWDU�Y¼ULRV�DXWRUHV�D�ƬP�GH�HQFRQWUDU�SHFXOLDULGDGHV�TXH�QRV� ajudarão a um melhor entendimento. Conhecimento e Ciência O conhecimento, como veremos mais adiante, está presente em todas as áreas, PDV��FRPXPHQWH��HOH�Ä�DVVRFLDGR��VREUHWXGR��»�FLÅQFLD��¤�LPSRUWDQWH�GHƬQLU�FDGD�XP� deles, seus limites, similitudes e peculiaridades. Conceitos básicos O primeiro conceito a ser discutido é Ciência. Quando falamos em Ciência, um univer- so de imagens nos vem à cabeça, são muitas possibilidades: O que é ciência? Se buscarmos o sentido etimológico de ciência, descobriremos que o termo YHP�GD�SDODYUD�ODWLQD�VFLHQWLD��TXH�VLJQLƬFD�FRQKHFLPHQWR��$�&LÅQFLD�Ä�R�FR- nhecimento ou um sistema de conhecimento que abarca verdades gerais ou a operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas através do método FLHQWÈƬFR��(OD�FDUDFWHUL]D�VH�SHOR�FRQKHFLPHQWR�UDFLRQDO��VLVWHP¼WLFR��H[DWR�� YHULƬF¼YHO��OÎJLFR��REMHWLYR�H�IDOÈYHO� ATENÇÃO Segundo Lakatos e Marconi(2007), a ciência é resultado de uma investigação FRQVWDQWH�GH�H[SOLFDÂÐHV�H�VROXÂÐHV�SDUD�RV�SUREOHPDV�TXH�DƮLJHP�H�LQFRPRGDP� a humanidade. Para os autores, a ciência “É a sistematização de conhecimentos, ou seja, um conjunto de proposições lógicas correlacionadas sobre um comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar”. (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 80). *LO��������HQWHQGH�D�FLÅQFLD�FRPR�XPD�FRQƬJXUD¾R�GR�FRQKHFLPHQWR�TXH�WHP� como proposta formular, por meio de linguagem rigorosa e apropriada - se possível com auxílio da linguagem matemática - leis que regem fenômenos. (GIL, 2006, p. 20) 5LFKDUGVRQ� ������� DƬUPD� TXH� FLÅQFLD� pÄ� XPD� LQYHVWLJD¾R� GLVFLSOLQDGD� H� XP� conjunto de procedimentos relacionados entre si. Ou seja, é realizada de forma sis- WHP¼WLFD�H�SDGURQL]DGD�D�SDUWLU�GH�XP�PÄWRGR�HVSHFÈƬFR�H�FRQWURODGRq���5,&+$5'- SON, 2002, p. 17). 15 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� 1¾R�K¼�FRQVHQVR�TXDQWR�»�GHƬQL¾R�GH�&LÅQFLD��7RPDQGR�SRU�EDVH�D�HWLPROR- JLD�GD�SDODYUD��VLJQLƬFD�pFRQKHFLPHQWRq��PDV�GHYLGR�DR�DYDQÂR�QR�GHVHQYROYLPHQWR� da ciência, esse conceito passou a ser visto como inadequada, uma vez que existem RXWUDV�IRUPDV�GH�FRQKHFLPHQWR�TXH�Q¾R�V¾R�FLHQWÈƬFDV����PHGLGD�TXH�R�WHPSR�IRL� SDVVDQGR��D�SDODYUD�DVVXPLX�RXWURV�VLJQLƬFDGRV�H�VHQWLGRV��GH�DFRUGR�FRP�RV�LQÕ- meros estudos que foram realizados acerca desse assunto, tonando-se um conceito bastante controverso. Objetivos da Ciência Como atividade que propõe a aquisição sistemática de conhecimentos, a ciência tem FRPR�ƬQDOLGDGH� • Melhoria da qualidade de vida intelectual; • Melhoria da qualidade de vida material. Características essenciais da ciência a) Objetividade - descreve a realidade independentemente dos caprichos do pesquisador; b) Racionalidade - obtém seus resultados através da razão e não impressões do pesquisador; c) Sistematicidade - preocupa-se em construir sistemas de ideias organizadas ra- cionalmente e em incluir os conhecimentos parciais em totalidades cada vez mais amplas; d) Generalidade - busca elaborar leis ou normas gerais, que explicam todos os fe- nômenos de certo tipo; e) 9HULƬFDELOLGDGH�� possibilita sempre demonstrar a veracidade das informações; f) Falibilidade - ao contrário de outros sistemas de conhecimento elaborados pelo homem, reconhece sua própria capacidade de errar. Funções da Ciência • Novas descobertas; • Novos produtos; • Melhoria da qualidade de vida. Espaços onde a ciência é realizada A Ciência pode ser realizada em diferentes espaços e por diferentes instituições como: • Universidades e instituições de educação superior e pesquisa �DFDGÅPLFDV�FLHQWÈƬFDV���([��863��,37�H�1$6$� • Indústrias. Ex.: Indústria Farmacêutica. 16 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Áreas da ciência • Pura: O desenvolvimento de teorias. • Aplicada: A aplicação de teorias às necessidades humanas. • Natural: O estudo da natureza ou mundo natural. Ex: Biologia, Física, Geologia, Química, etc. • Social: O estudo do comportamento humano e da sociedade. Ex: História, Sociologia, Ciências Políticas, etc. • Biológica: Estudo do ser humano e dos fenômenos da natureza. Ex: Biologia, Medicina, Odontologia etc. • Exatas: Tem origem na física. Ex: Física, Matemática, Computação etc. • Humanas: Estudo social e comportamental do ser humano. Ex:�'LUHLWR��)LORVRƬD��/HWUDV��HWF� Temos ainda outros conceitos importantes para o estudo da metodologia do traba- OKR�FLHQWÈƬFR��6¾R�HOHV� A Metodologia é a explicação detalhada e rigorosa de toda ação desenvolvida no percurso do trabalho de pesquisa. A metodologia envolve a explicação do tipo de pesquisa, dos instrumentos utiliza- dos (questionário, entrevista, etc.), do tempo previsto, das formas de tabulação e tratamento dos dados, e tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. A 3HVTXLVD�FLHQWÈƬFD consiste em um processo metódico de inves- WLJD¾R�� TXH� UHFRUUH� D� SURFHGLPHQWRV� FLHQWÈƬFRV� SDUD� HQFRQWUDU� respostas para um problema. Produzir conhecimento para uma disciplina acadêmica, contribuindo para o avanço da ciência e para o desenvolvimento social. Método é um conjunto de operações que são realizadas para atin- gir um ou mais objetivos, um conjunto de normas que permitem selecionar e coordenar as técnicas. Ou seja, o método é um conjun- WR�GH�SURFHGLPHQWRV�DGRWDGRV�D�ƬP�GH�DWLQJLU�R�FRQKHFLPHQWR�� através de determinadas técnicas que deverão ser criteriosamente selecionadas de acordo com o tipo de pesquisa. (LAKATOS & MARCONI, 2007, p. 69-73) Teoria do conhecimento O homem é um ser jogado no mundo, condenado a viver a sua existência. Por ser existencial, tem que interpretar a si e ao mundo em que vive, atribuindolhes sig- QLƬFD¾R��&ULD�LQWHOHFWXDOPHQWH�UHSUHVHQWDÂÐHV�VLJQLƬFDWLYDV�GD�UHDOLGDGH��$�HVVDV� representações chamamos conhecimento. (KOCHE, 2002). Ao longo de sua evolução, o homem produziu várias formas de conhecimento, as quais apresentam diferentes características e limites na explicação dos fenôme- nos que se apresentam ao ser humano, em seu dia-a-dia. Ao analisar a palavra francesa equivalente a conhecer, tem-se connaissance, que VLJQLƬFD�QDVFHU��QDLVVDQFH��FRP��FRQ���ORJR�HQWHQGH�VH�TXH�R�FRQKHFLPHQWR�Ä�SDVVD- 17 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� do de geração a geração, tornando-se parte da cultura e da história de uma sociedade. (OLIVEIRA, 2009, p. 23). A teoria do conhecimento, ou epistemologia (termo derivado do grego) é um FDPSR�GD�ƬORVRƬD�TXH�VH�SUHRFXSD�FRP�D�QDWXUH]D�H�DV�OLPLWDÂÐHV�GR�FRQKHFLPHQ- to. De modo geral a epistemologia trata sobre o que é o conhecimento, como ele é construído pelo homem. Por muito tempo, o conhecimento produzido pela ciência moderna foi o único legitimado pela sociedade. A modernidade instaurou uma concepção de conheci- mento centrada no VDEHU�FLHQWÈƬFR e em um rigor atingido por medições. 2�FRQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR�PRGHUQR�QRUWHRX�SUHGRPLQDQWHPHQWH�D�SURGX¾R� de conhecimento humano sobre a natureza e sobre a sociedade. Porém existem ou- WURV�WLSRV�GH�FRQKHFLPHQWR�DOÄP�GR�FLHQWÈƬFR�TXH�RULHQWDP�DV�SU¼WLFDV�VRFLDLV� O senso comum é um tipo de conhecimento informal, adquirido de maneira instintiva através da proximidade com o outro, com ocorrências e elementos que ro- deiam o homem. Apesar dos seus limites, o senso comum é importante, pois sem ele o homem não teria conseguido se guiar na sua rotina diária. O seu desenvolvimento e formulação não requer grande esforço e nem fundamentação teórica para compro- var a sua verdade ou origem. Se por um lado congrega conhecimentos e sabedoria popular e os transmite de geração em geração fornecendo bases para uma vida social, por outro lado pode prolongar crenças ou opiniões menos verdadeiras e/ou preconceituosas que perdu- UDP�FRP�R�WHPSR��VRPHQWH�XOWUDSDVVDGDV�SRU�SHVTXLVDV�HVWXGRV�FLHQWÈƬFRV�� �2/,- VEIRA, 2009, p. 29). $OJXPDV�DƬUPDÂÐHV�GR�VHQVR�FRPXP�HVW¾R�FHUFDGDV�GH�RSLQLÐHV�Q¾R�FRQFOX- VLYDV��Q¾R�IXQGDPHQWDGDV��RXWUDV��WLYHUDP�FRQƬUPD¾R�FLHQWÈƬFD�TXH�DWHVWDP�D�VXD� veracidade. Podemos observar facilmente em dois exemplos do nosso cotidiano: Manga com leite Quem nunca ouviu dizer que manga com leite faz mal ao intestino? Pois é, HVVD�DƬUPD¾R�IRL�XP�PLWR�FULDGR�QD�HVFUDYLG¾R�SDUD�LPSHGLU�TXH�RV�HVFUDYRV� tomassem leite, um produto muito valorizado na época. Porém, através de HVWXGRV�FLHQWÈƬFRV��IRL�SRVVÈYHO�FRQFOXLU�TXH�D�PLVWXUD�GRV�GRLV�LQJUHGLHQWHV� UHVXOWD�QXPD�H[FHOHQWH�YLWDPLQD�H�Q¾R�QXPD�SRU¾R�PDOÄƬFD� Boldo O boldo, porém, é um chá medicinal dos mais conhecidos em nosso país, uma das receitas caseiras mais lembradas ao tratar de problemas de estômago ou fígado. A receita, usada por muitos dos nossos antepassados, é um exemplo GH�FRQKHFLPHQWR�SRSXODU�TXH�IRL�UDWLƬFDGR�H�H[SOLFDGR�FLHQWLƬFDPHQWH��3HV- TXLVDV� FLHQWÈƬFDV� UHYHODUDP�TXH�D�SODQWD�SRVVXL�SURSULHGDGHV� LPSRUWDQWHV� para o trato digestivo, por ter em sua composição vários alcaloides, como a boldina, responsávelpelo aumento na secreção da bile, uma substância pro- duzida no fígado para auxiliar na digestão de gorduras. PARA LER 18 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Para compreender melhor a diferença entre o senso comum e conhecimento, vamos pensar nos tratamentos médicos. Inicialmente, muitos medicamentos foram usados pelos índios e curandeiras, já que as informações, o conhecimento que ti- nham era informal, sem comprovação, também conhecido como conhecimento vul- gar ou popular. Como isso acontecia? Os medicamentos produzidos pelos índios e pelas curan- GHLUDV�HUDP�VXEPHWLGRV�DR�PÄWRGR�FLHQWÈƬFR�SDUD�FRPSURYD¾R�GH�VXD�HƬF¼FLD�QD� FXUD� GH� XPD� HQIHUPLGDGH�� GHSRLV� GLVVR� HUD� FRQVLGHUDGR� FRQKHFLPHQWR� FLHQWÈƬFR�� SRLV�IRL�WHVWDGR�H�FRPSURYDGR�FLHQWLƬFDPHQWH��$QWHV�GHVVH�SURFHVVR�FLHQWÈƬFR�GH� comprovação, mesmo que o medicamento tivesse curado várias pessoas, não tinha valor, pois baseava-se no senso comum. Muitas vezes, a ciência faz uso do senso co- PXP�SDUD�D�FRPSURYD¾R�FLHQWÈƬFD�GH�XP�IDWR��RFRUUÅQFLD�RX�HSLVÎGLR� Na vida acadêmica também é assim. Na realização de uma pesquisa, de um trabalho que exija a investigação de um problema, será necessário aplicar métodos FLHQWÈƬFRV�SDUD�FRPSURYDU�XP�UHVXOWDGR��Q¾R�VHU¼�SRVVÈYHO�ƬFDU�QR�pDFKLVPRq�RX�QR� “sempre deu certo”. É preciso comprovar tudo o que é dito. Para saber mais sobre senso comum e conhecimento, assista ao vídeo disponível no link: &RQKHFLPHQWR�&LHQWÈƬFR e Senso Comum Canal: IFRO Campus Porto Velho Zona Norte Tempo: 05 min >>> CLIQUE NESSA IMAGEM E ASSISTA AO VÍDEO <<< https://www.youtube.com/watch?v=Q_-LBZK9ycs SUGESTÕES 19 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Como vimos, o conhecimento popular não surge a partir de uma experiên- FLD�FLHQWÈƬFD��PDV�GH�H[SHULÅQFLDV�FRWLGLDQDV�H�SRGHP�VHU�FRPSURYDGDV� RX�Q¾R�FLHQWLƬFDPHQWH��1¾R�FRQVLGHUDPRV�RV�GLIHUHQWHV�WLSRV�GH�FRQKH- cimentos como superiores ou inferiores, mas como formas distintas de produção de saberes. PARA REFLETIR Tipos de Conhecimento 9RFÅ�M¼�SDURX�SDUD�SHQVDU�QRV�WLSRV GH�FRQKHFLPHQWR�H[LVWHQWHV" Você, certamente, tem acesso e produz alguns deles. Fazendo a leitura desse tó- SLFR��ƬFDU¼�PDLV�I¼FLO�LGHQWLƬFDU�RV�FRQKHFLPHQWRV�TXH�ID]HP�SDUWH�GD�VXD�YLGD�� Então, vamos lá! 3DUD�ƬQV�GLG¼WLFRV��DSUHVHQWDP�VH��HP�OL- nhas gerais, os quatro tipos de conhecimento: Empírico, popular, vulgar ou senso comum, Fi- ORVÎƬFR��5HOLJLRVR�RX�WHROÎJLFR�H�&LHQWÈƬFR. É importante salientar que esses tipos de conhecimento podem ter um mesmo obje- to de estudo, como, por exemplo, a origem do universo. Mas, cada um dos tipos de conheci- mento pode apresentar a sua versão para tal fato. Vejamos o que dizem Marconi e Lakatos (2003) sobre os tipos de conhecimento e as suas características: Empírico/Popular/senso comum ou vulgar: é o conhecimento popular guiado so- mente pelo que adquirimos na vida cotidiana ou ao acaso, servindo-nos da expe- riência do outro, às vezes ensinando, às vezes aprendendo, num processo intenso de interação humana e social. É assistemático, está relacionado com as crenças e os valores, faz parte de antigas tradições. Como exemplo de conhecimento empírico, você já deve ter ouvido o dito popular de que tomar chá de macela, mais conhecida como marcela, cura dor de estômago, mas ela precisa ser colhida na Sexta-feira San- ta, antes do sol nascer. Teológico )LORVÎƬFR &LHQWÈƬFR Empírico 20 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� (QƬP��QR�FRQKHFLPHQWR�SRSXODU�HPSÈULFR��R�KRPHP�FRQKHFH�R�IDWR�H�D�VXD�RUGHP� aparente, sem explicações de ordem sistemática, metodológica, mas pela experiên- cia, pelo costume e pelo hábito. Num embate entre o conhecimento popular/empí- ULFR�H�R�FRQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR��DOJXPDV�SHVVRDV�SRGHU¾R�DUJXPHQWDU�TXH�DPERV� têm o mesmo valor; outras poderão defender que o primeiro é inferior e que o se- JXQGR�Ä�GLJQR�GH�FRQƬDQÂD�H�PÄULWR� &LHQWÈƬFR� é o conhecimento real e sistemático, próximo ao exato, procurando conhe- FHU�DOÄP�GR�IHQÏPHQR�HP�VL��DV�FDXVDV�H�OHLV��3RU�PHLR�GD�FODVVLƬFD¾R��FRPSDUD¾R�� aplicação dos métodos, análise e síntese, o pesquisador extrai do contexto social, ou do universo, princípios e leis que estruturam um conhecimento rigorosamente válido e universal. Neste, são feitos questionamentos e procuradas explicações sobre os fatos, através de procedimentos que possam levar ao resultado com comprovação. 1¾R�Ä�FRQVLGHUDGR�DOJR�SURQWR��DFDEDGR�H�GHƬQLWLYR��EXVFD�FRQVWDQWHPHQWH�H[SOL- cações, soluções, revisões e reavaliações de seus resultados, pois, segundo Cervo e Bervian (2002), a ciência é um processo em construção. $QDOLVDU�R�PHVPR�H[HPSOR�DQWHULRU�QR�FRQWH[WR�FLHQWÈƬFR��SRGHULD��PHGLDQWH�R�HV- WXGR��YHULƬFDU�D�UHOD¾R�GH�FDXVD�H�HIHLWR�H�R�SULQFÈSLR�DWLYR�TXH�GHWHUPLQD�R�GHVD- parecimento do sintoma “dor de estômago”, quando da ingestão do chá de macela. (QƬP�� R� FRQKHFLPHQWR� FLHQWÈƬFR� Ä� RUGHQDGR� H� FRQWÈQXR�� RFRUUHQGR� SRU�PHLR� GH� HVWXGRV� LQFHVVDQWHV��3URFXUD�UHQRYDU�VH�H�PRGLƬFDU�VH�FRQWLQXDPHQWH��HYLWDQGR�D� transformação das teorias em doutrinas e estas em preconceitos sociais. O conheci- PHQWR�FLHQWÈƬFR�HVW¼�DEHUWR�D�PXGDQÂDV�H�UHVXOWD�GH�XP�WUDEDOKR�SDFLHQWH�H�OHQWR� de investigação e de pesquisa racional. )LORVÎƬFR� procura conhecer a realidade em seu contexto universal, sem soluções GHƬQLWLYDV�SDUD�D�PDLRULD�GDV�TXHVWÐHV��EXVFD�FRQVWDQWHPHQWH�R�VHQWLGR�GD�MXVWLƬFD- ção e a possibilidade de interpretação a respeito do homem e de sua existência con- FUHWD��$�WDUHID�SULQFLSDO�GD�ƬORVRƬD�UHVXPH�VH�QD�UHƮH[¾R��0DUFRQL�H�/DNDWRV�������� DSUHVHQWDP�DOJXQV�H[HPSORV�TXH�GHL[DP�FODUR�HVVH�FRQFHLWR��YHULƬTXH� - A máquina substituirá o homem? - As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado do homem? - O que é valor hoje? $�ƬORVRƬD�SURFXUD�FRPSUHHQGHU�D� UHDOLGDGH�HP�VHX�FRQWH[WR�XQLYHUVDO��1¾R� SURGX]� VROXÂÐHV� GHƬQLWLYDV� SDUD� JUDQGH� QÕPHUR� GH� TXHVWÐHV��PDV� KDELOLWD� R� VHU� humano a fazer uso de suas faculdades para entender melhor o sentido da vida, concretamente. (QƬP��R�REMHWR�GD�ƬORVRƬD�V¾R�DV�LGHLDV��RV�FRQFHLWRV��TXH�Q¾R�V¾R�UHGXWÈYHLV� à realidade material e que, por isso, não são passíveis de observação e mensuração. Porém, vale lembrar que essa posição não é unânime. Teológico: é o estudo de questões referentes ao conhecimento da divindade, impli- cando sempre em uma atitude de fé diante de revelações de um mistério ou sobre- natural, interpretados como mensagem ou manifestação divina. Esse conhecimento 21 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� está intimamente relacionado a um Deus, seja este Jesus Cristo, Buda, Maomé, um ser invisível, ou qualquer entidade entendida como ser supremo, dependendo da cultura de cada povo, com quem o ser humano se relaciona por intermédio da fé re- ligiosa. Exemplo disso são os conhecimentos adquiridos e praticados pelos homens tendo como base os textos da Bíblia Sagrada ou quaisquer outros livros sagrados. (QƬP��R�FRQKHFLPHQWR�UHOLJLRVR�WHROÎJLFR�SDUWH�GR�SULQFÈSLR�GH�TXH�DV�YHUGDGHV�WUD- tadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações da divindade, do sobrenatural. (MARCONI E LAKATOS , 2003, p. 78-80) Você já pode diferenciar os diversos tipos de conhecimento, mas vale a pena apresentarmos algumas contribuições de outros autores. Vulgar &LHQWÈƬFR )LORVÎƬFR Religioso valorativo real valorativo valorativo UHƮH[LYR contingente racional inspiracional falível falível infalível infalível assistemático sistemático sistemático sistemático YHULƬF¼YHO YHULƬF¼YHO Q¾R�YHULƬF¼YHO Q¾R�YHULƬF¼YHO inexato exato exato exato Fonte: Marconi e Lakatos (2003, p. 78-80) 6HJXH�XPD�VÈQWHVH�GRV�WLSRV�GH�FRQKHFLPHQWR�SDUD�IDFLOLWDU�D�DVVLPLOD¾R�GDV�GHƬQL- ções e características dos tipos de conhecimento: Conhecimento vulgar ou popular: é utilizado por meio do senso comum, geralmen- te passado de geração em geração, disseminado pela cultura baseada na imitação e experiênciapessoal; é empregado pela experiência pessoal do dia-a-dia, sem crítica. &RQKHFLPHQWR�ƬORVÎƬFR� não é passível de observações sensoriais, utiliza o método racional, no qual prevalece o método dedutivo antecedendo a experiência; não exige FRPSDUD¾R�H[SHULPHQWDO��PDV�FRHUÅQFLD�OÎJLFD��D�ƬP�GH�SURFXUDU�FRQFOXVÐHV�VREUH� o universo e as indagações do espírito humano. Conhecimento religioso ou teológico: é incontestável em suas verdades, por tratar GH�UHYHODÂÐHV�GLYLQDV��Q¾R�Ä�FRORFDGR�»�SURYD�H�QHP�SRGH�VHU�YHULƬFDGR� &RQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR� por meio da ciência, busca um conhecimento sistemati- zado dos fenômenos, obtido segundo determinado método, que aponta a verdade GRV�IDWRV�H[SHULPHQWDGRV�H�VXD�DSOLFD¾R�SU¼WLFD��2�FRQKHFLPHQWR�FLHQWÈƬFR�SRGH� ser: contingente (hipóteses traduzem resultado através da experimentação); siste- P¼WLFR��SURFHGLPHQWR�RUGHQDGR�IRUPD�XP�VLVWHPD�HQFDGHDGR�GH�LGHLDV���YHULƬF¼YHO� �DƬUPDÂÐHV�SRGHP�VHU�FRPSURYDGDV��� IDOÈYHO� �QRYDV�SURSRVLÂÐHV�SRGHP�PXGDU�DV� 22 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� teorias existentes); real (lida com o real, conforme ocorrência dos fatos) isso é o que enfatiza Oliveira (2003, p. 39- 40). (MARCONI E LAKATOS , 2003, p. 78-80) Mais uma dica importante de leitura, capítulo 3 do livro: Fundamentos de 0HWRGRORJLD�&LHQWÈƬFD��YRFÅ�HQFRQWUD no link abaixo: http://docente.ifrn.edu.br/olivianeta/disciplinas/historia-i/historia-ii/china-e- -india/view SUGESTÕES Plágio e Pesquisa Vimos que há vários tipos de pesquisa e que elas variam de acordo com o ob- jetivo, o procedimento e os instrumentos. Os métodos também são muitos e, assim como a pesquisa, apresentam variedade e seu uso está, geralmente, associado ao tipo de pesquisa que será desenvolvida. Ou seja, pesquisa e método precisam cami- nhar juntos para garantir qualidade à pesquisa que será desenvolvida. Independente da nossa área de interesse, a pesquisa será uma constante em nossa vida, pois estaremos sempre lendo, nos atualizando, pesquisando... E o resul- tado dessa leitura aparecerá nos trabalhos que desenvolveremos ao longo do nosso curso. E escrever nem sempre é uma tarefa fácil, pois a escrita é resultado de leitura. Por isso o assunto dessa aula é tão importante. Agora, vamos conhecer o plágio, prática, infelizmente, muito comum no meio aca- GÅPLFR��9HUHPRV�DLQGD�VXD�FODVVLƬFD¾R��FRQVHTXÅQFLDV�H��VREUHWXGR��FRPR�HYLW¼�OR� 23 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Você já ouviu falar sobre plágio? Conhece as consequências dessa prática? Sabe como evitá-lo? 2�SO¼JLR�H�D�SHVTXLVD�FLHQWÈƬFD O que é plágio? 2�SO¼JLR�Ä�GHƬQLGR�FRPR�D�pDSURSULD¾R�RX�LPLWD- ção da linguagem, ideias ou pensamentos de outro autor e a representação das mesmas como se fos- sem daquele que as utiliza”, conforme o Random +RXVH� 8QDEULGJHG� 'LFWLRQDU\�� (VVD� GHƬQL¾R� Ä� compartilhada por inúmeros dicionários da língua inglesa, assim como por universidades britânicas e americanas (VASCONCELOS, 2007). Im ag em : j or na lp or ta ls ul .c om .b r A prática do plágio, infelizmente, é mais comum do que se pensa. Ela acontece na música, nas artes, na publicidade, na moda, na indústria automotiva, na tecnolo- JLD��QD�OLWHUDWXUD�H�WDPEÄP�QD�SURGX¾R�FLHQWÈƬFD��(LV�DOJXQV�H[HPSORV� https://veja.abril.com.br/noticias-sobre/plagio/ EXEMPLO Mas o que é plágio? Segundo o Houaiss (2017), é a apresentação feita por alguém, como de sua pró- pria autoria, de trabalho, obra intelectual etc. produzidos por outrem”. 1R�GLFLRQ¼ULR�0LFKDHOOLV���������R�SO¼JLR�Ä�GHƬQLGR�FRPR�pVP����$WR�RX�HIHLWR� de plagiar. 2 Imitação de trabalho, geralmente intelectual, produzido por outrem”. 24 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� -¼�QR�$XUÄOLR� ��������HQFRQWUDPRV�D�VHJXLQWH�GHƬQL¾R���� ��$WR�RX�HIHLWR�GH� plagiar. 2 - Imitação ou cópia fraudulenta. $�SDODYUD�SO¼JLR�WHP�RULJHP�QR�*UHJR�SODJLRQ��TXH�VLJQLƬFD�pLQFOLQDGR��R�TXH� usa métodos oblíquos, não corretos”. (AURÉLIO, 2017). Com pequenas alterações, é unânime entre os autores citados anteriormente o aspecto fraudulento da ação de plagiar. Espera-se e exige-se bastante de um aluno do ensino superior. Nessa etapa da IRUPD¾R�SURƬVVLRQDO��DV�OHLWXUDV�HVW¾R�HP�RXWUR�QÈYHO�GH�HQWHQGLPHQWR�H�GH�FRP- SUHHQV¾R�H�Ä�SURSRVWR�D�HVVH�DOXQR�TXH�UHƮLWD�VREUH�R�TXH�IRL�OLGR�H�TXH�WLUH�DV�VXDV� próprias conclusões, muitas vezes, sendo necessário escrever sobre o assunto, como acontece nas provas com questões dissertativas, por exemplo, ou ainda em trabalhos de pesquisa. Em situações como essas, devemos usar as nossas palavras e respeitar a autoria das fontes consultadas. O plágio e a internet A chegada da internet e o acesso a ela trouxe inúmeras mudanças, sobretudo, no que diz respeito às informações e à rapidez com que elas nos chegam. É possível acessar publicações produzidas no mundo todo, bibliotecas digitais, que até pouco tempo eram inacessíveis, revistas e periódicos de todas as áreas de conhecimento, por exemplo. Isso é de grande valia, sem dúvida. Porém, todo esse acesso à informa- ¾R�VHP�RULHQWD¾R��VHP�ƬOWUR�H��PXLWDV�YH]HV��VHP�SULQFÈSLRV�ÄWLFRV��DMXGRX�D�SRSX- larizar o plágio. Segundo Valadar (2012), a imensa quantidade de informação, em formato digital, que é dis- ponibilizada através da Internet, suscita nos jovens novos hábitos de trabalho e novas formas de lidar com essa informação de fácil acesso. A facilidade de trabalhar a informação digital é diferente de trabalhar com a informação em suporte papel. Tanto profes- sores como alunos devem estar conscientes das ocorrências que podem emergir dessa facilidade, como a prática do plágio. (VALA- DAR, 2012, p. 09). É verdade que tudo que está na rede, bem como em livros e revistas pode e deve ser usado nas pesquisas para referenciar e embasar uma teoria, uma ideia, um processo... Mas tudo que for consultado, usados nos nossos trabalhos, precisar ser referenciado, é imprescindível que os autores das fontes consultadas sejam citados e referenciados corretamente, seguindo as orientações da ABNT para isso. A tecnologia facilitou bastante o trabalho de pesquisa, desenvolveu ferramen- tas que fazem o pesquisador ganhar tempo, indo direto ao ponto, selecionando ape- nas os materiais que lhe interessam. Ajudou também os professores. Os softwares de detecção de plágio hoje são muito usados por professores em caso de dúvida sobre a autoria de um trabalho. Tem alguns que são pagos e outros gratuitos. Um dos mais conhecidos é o www.plagiarism.org E ainda tem outro ponto que precisa de atenção: a credibilidade das fontes. Não se pode achar que porque está na internet, é verdade e serve para ser usa- do em um trabalho acadêmico. Na rede, há muitos sites de construção coletiva, a 25 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� exemplo do Wikipédia, que não têm conselho editorial, ou seja, o que está publicado não passou pela revisão de especialistas no assunto e tampouco foi revisado e confe- ULGR��H�VHQGR�DVVLP��Q¾R�V¾R�FRQƬ¼YHLV��¤�SUHFLVR�VDEHU�GR�YDORU�DFDGÅPLFR�GDTXHOD informação. “Como você pode me dizer que tudo que eu escrevi está errado?!? Eu copiei TUDO diretamente da internet!!!” KWWSV���FDQDGDWKHUHZHJR�ƬOHV�ZRUGSUHVV�FRP���������SODJLR�H�FULPH�JLI�$FHVVR�HP����GH�IHY������� No site canal do ensino, está disponível uma lista com sugestão de 100 si- WHV�FRQƬ¼YHLV�SDUD�UHDOL]D¾R�GH�SHVTXLVDV�DFDGÅPLFDV�QDV�PDLV�GLYHUVDV� áreas. Para conhecer, acesse: https://canaldoensino.com.br/blog/100-sites-de-pesquisa-academica-que- -voce-deveria-conhecer SUGESTÕES Tipos de Plágio A prática do plágio não é igual e a depender do tipo de trabalho e do objeto SODJLDGR��HOD�DSUHVHQWD�DOJXPDV�FODVVLƬFDÂÐHV�TXH�SRGHP�VHU�UHODFLRQDGDV�»�LQWHQ- cionalidade e à forma. Quanto à intencionalidade: Plágio intencional ocorre quando um texto é apresentado como próprio com con- teúdo parcial ou totalmente replicado ou reescrito sem a indicação de autoria e sem areferência completa do documento consultado. Plágio acidental ocorre quando há desconhecimento metodológico acerca do uso das citações (diretas e indiretas) ou ainda sobre a relevância da indicação de todo o Im ag em : I nt er ne t 26 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� material consultado para a elaboração do trabalho. Nesse caso, o “não sabia” pode funcionar como explicação, mas não descaracteriza o plágio. Por mais essa razão, a disciplina de metodologia é tão importante. Quanto à forma: +¼�DLQGD��6HJXQGR�*DUVFKDJHQ���������PDLV�WUÅV�FRQƬJXUDÂÐHV�GH�SO¼JLR��$�VDEHU� Plágio integral: transcrição total de um texto sem ser referida a fonte. FONTE ORIGINAL PLÁGIO CITAÇÃO DIRETA CORRETA O que se conclui a par- tir dessa pesquisa é que a opinião pública brasileira reconhece e aceita, em grande me- dida, que se recorra ao jeitinho como padrão moral. Além disso, há uma divisão profunda (50% versus 50%) entre os que consideram certo e os que o condenam. Por isso, se os níveis de corrupção no Brasil provavelmente estão relacionados à aceitação social do jeitinho - que é grande e bastante enraizada entre nós –, os resultados da pesqui- sa indicam que temos um longo caminho pela frente se o que deseja- mos é o efetivo combate à corrupção. Referência: ALMEIDA, Alberto Car- los. A cabeça do bra- sileiro. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 70-71. É bem provável que no Brasil a corrupção esteja associada a aceitação do jeitinho como prática social aceitável. Isto indi- ca que temos um longo caminho pela frente se o que desejamos é o efetivo combate à corrupção. (ALMEIDA, 2007) Comentário: O texto em negrito é uma reprodução literal da fonte consultada, mas o redator não indi- cou isto claramente. Devido a ausência de aspas, o texto elaborado ƬFRX�SDUHFHQGR�XPD� paráfrase, mas na reali- dade é uma colagem. É bem provável que no Brasil a corrupção esteja associada à aceitação do jeitinho como prática social. Somado a isto o fato de que “há uma divisão profunda (50% versus 50%) entre os que o consideram certo e os que o condenam [...] podemos concluir que temos um longo caminho pela frente se o que desejamos é o efetivo combate à corrupção.” (ALMEIDA, 2007, p. 70-71). Comentário: Neste caso, o redator reescreveu parte da fonte consultada com as próprias palavras e com- pletou com um trecho copiado da fonte origi- nal. Entretanto, utilizou corretamente as aspas para indicar o texto reproduzido e na citação registrou o número da página da qual consta. Plágio parcial: cópia de algumas frases ou parágrafos de fontes diferentes. Para GLƬFXOWDU�D�VXD�LGHQWLƬFD¾R� http://www.plagio.net.br/ 27 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� TEXTOS ORIGINAIS PLÁGIO PARCIAL Se desde a época do ‘desencaixe’ ao longo da era moderna, dos ‘projetos de vida’, o problema da identidade era a questão de como construir a própria identidade (...) – atualmen- te, o problema da identidade resulta SULQFLSDOPHQWH�GD�GLƬFXOGDGH�GH�VH� PDQWHU�ƬHO�D�TXDOTXHU�LGHQWLGDGH�SRU� muito tempo. (BAUMAN, 1999, p. 155) $�SÎV�PRGHUQLGDGH�VLJQLƬFD�D�ÄSRFD� histórica preciso que todos os freios institucionais que se opunham à eman cipação individual se desmoronam e desaparecem, dando lugar à mani- festação dos desejos subjetivos, da realização individual, do amor-próprio. (Lipovetsky, 2004, p. 23). A substitui- ção progressiva dos ideais da cultura por ideais totalmente consumistas, FRP�ƬQV�GH�XWLOL]D¾R�GRV�LQGLYÈGXRV� como mera força de consumo e o atual aguçamento da descrença em projetos FROHWLYRV�XQLƬFDGRUHV�s�WDOYH]�DLQGD� existentes nas chamadas “culturas de massa” – promovem a constituição de um tipo de “pseudo-individuação” baseada, ainda mais estritamente, em mecanismos de idealização. (SEVERIA- NO, 1999, p. 162-163). Referências: BAUMAN, Zygmunt. O Mal-estar da Pós-Modernidade. Trad. de Mauro Gama e Cláudia Martinelli, Rio de Ja- neiro, Jorge Zahar Editor, 1998.LIPO- VETSKI, Gilles. Os tempos Hipermo- dernos. São Paulo: Barcarolla, 2004. SEVERIANO, Maria de Fátima Vieira. Narcisismo e publicidade: uma análi- sepsicossocial dos ideais do consumo na contemporaneidade. São Paulo: Annablume, 2007. Se desde a época do ‘desencaixe’ ao longo da era moderna, dos ‘projetos de vida’, o problema da identidade era a questão de como construir a própria identidade (...) – atualmente, o pro- blema da identidade resulta principal- PHQWH�GD�GLƬFXOGDGH�GH�VH�PDQWHU�ƬHO� a qualquer identidade por muito tem- po. A pós-modernidade representa o momento histórico preciso em que todos os freios institucionais que se opunham à emancipacão individual se esboroam e desaparecem, dando lugar à manifestação dos desejos subjetivos, da realização individual, do amorpró- prio. A substituição crescente dos ideais da cultura por ideais estritamen- WH�FRQVXPLVWDV��FRP�ƬQV�GH�XWLOL]D¾R� dos indivíduos como mera força de consumo e o atual aguçamento da GHVFUHQÂD�HP�SURMHWRV�FROHWLYRV�XQLƬ- cadores – talvez ainda existentes nas chamadas “culturas de massa” – pro- movem a constituição de um tipo de “pseudo-individuação” ancorada, ainda mais estritamente, em mecanismos de idealização. 28 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Plágio conceitual: apropriação de um ou vários conceitos, ou de uma teoria, que o autor apresenta como seu sem de fato o ser. FONTE ORIGINAL PLÁGIO CITAÇÃO INDIRETA CORRETA É esse o erro de Descar- tes: a separação abissal entre o corpo e a men- te, entre a substância FRUSRUDO��LQƬQLWDPHQWH� divisível, com volume, com dimensões e com um funcionamento me- cânico, de um lado, e a substância mental, indi- visível, sem volume, sem dimensões e intangível, de outro; a sugestão de que o raciocínio, o juízo moral e o sofrimento adveniente da dor física ou agitação emocional poderiam existir inde- pendemente do corpo. Referência: DAMÁSIO, Antonio R. O erro de Descartes: emoção, razão e cére- bro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 280. A separação cartesiana entre corpo e mente pode ser considerada é um equívoco porque su- põe que o sofrimento e as dores do corpo acon- tecem independemente dos juízos morais e dos elementos emocionais. Para Damásio (2001) a separação cartesiana en- tre corpo e mente pode ser considerada é um equívoco porque supõe que o sofrimento e as dores do corpo aconte- cem independemente dos juízos morais e dos elementos emocionais. Referência: DAMÁSIO, Antonio R. O erro de Descartes: emoção, razão e cére- bro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 280. E temos ainda o Plágio de fontes: ocorre quando um autor utiliza as citações usadas em um trabalho sem ter lido o texto fonte original. Em situações assim, para evitar a caracterização de plágio, é preciso usar a expressão latina apud (citado por) ou expressão seme- lhante no texto elaborado. FONTE ORIGINAL PLÁGIO CITAÇÃO INDIRETA CORRETA Concluindo, pode-se dizer que o papel do )XUWDGR��������DƬUPD� que agir com respeito Furtado (2002 apud 5RPDQFLQL��������DƬUPD� 29 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� educador para coibir o plágio, além do acom- panhamento na elabo- ração dos trabalhos de seus alunos, está ainda relacionado com a trans- missão de informações sobre o plágio. Nesse sentido, é tam- bém válido que as instituições de ensino busquem esclarecer e informar os alunos e do- centes sobre esse ilícito e adotem procedimentos que desestimulem sua prática. Como observa Furtado (2002), agir com respeito perante não somente àquilo que se propõe a produzir com serie- dade, mas igualmente em relação às fontes pesquisadas, às ideias consultadas, aos pensa- PHQWRV��UHƮH[ÐHV��SRQ- tos de vista, propostos em estudos e pesquisas já feitas, que recorrera para melhor ilustrar, fun- damentar ou enriquecer R�VHX�WUDEDOKR�FLHQWÈƬFR�� é o mínimo que podemos esperarde alguém volta- do para o conhecimento. Referência: ROMANCINI, Richard. A praga do plágio acadê- PLFR��5HYLVWD�&LHQWÈƬFD�� FAMEC/FAAC/FMI/FA- BRASP. Ano 6, n. 6, 2007, pp. 44-48. perante não somente àquilo que se propõe a produzir com serie- dade, mas igualmente em relação às fontes pesquisadas, às ideias consultadas, aos pensa- PHQWRV��UHƮH[ÐHV��SRQ- tos de vista, propostos em estudos e pesquisas já feitas, que recorrera para melhor ilustrar, fun- damentar ou enriquecer R�VHX�WUDEDOKR�FLHQWÈƬFR�� é o mínimo que podemos esperar de alguém volta- do para o conhecimento. que agir com respeito perante não somente àquilo que se propõe a produzir com serie- dade, mas igualmente em relação às fontes pesquisadas, às ideias consultadas, aos pensa- PHQWRV��UHƮH[ÐHV��SRQ- tos de vista, propostos em estudos e pesquisas já feitas, que recorrera para melhor ilustrar, fun- damentar ou enriquecer R�VHX�WUDEDOKR�FLHQWÈƬFR�� é o mínimo que podemos esperar de alguém volta- do para o conhecimento. Referência: FURTADO, José Augus- to Paz Ximenes. Apud ROMANCINI, Richard. A praga do plágio acadê- PLFR��5HYLVWD�&LHQWÈƬFD� FAMEC/FAAC/FMI/FA- BRASP. Ano 6, n. 6, 2007, pp. 44-48. Disponível em: http://clubecetico.org/ fo rum/index.php?- topic=25716.0. Acesso em 22 de fev. 2017. 30 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Disponível em: http:// clubecetico.org/forum/ indexphp?topic=25716.0. Acesso em 22 de fev. 2017. 520$1&,1,��5LFKDUG��$�SUDJD�GR�SO¼JLR�DFDGÅPLFR��5HYLVWD�&LHQWÈƬFD�)$0(&�)$$&�)0,�)$%5$63��$QR����Q����� 2007, pp. 44-48. Disponível em http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=25716.0. Acesso em 22 de fev. 2017. Adaptado. $SXG�Ä�XPD�H[SUHVV¾R�HP�ODWLP�TXH�VLJQLƬFD�FLWDGR�SRU�H�R�VHX�XVR�GHYH�VHU� evitado. Ele só deve se fazer presente no texto em caso de impossibilidade de acesso à obra citada, obras raras, títulos esgotados, por exemplo. O seu uso excessivo pode empobrecer o texto. O que diz a lei O plágio é crime e traz consequências graves, que vão desde processos na esfe- ra cível e criminal, podendo chegar à detenção, demissões, reprovações ou perda de título. Vejamos o que diz a legislação brasileira sobre essa prática: Constituição da República Federativa do Brasil Art. 5º, inciso XXVII. “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publi- cação ou reprodução de suas obras, (...).” %5$6,/��&RQVWLWXL¾R�)HGHUDO���������'L¼ULR�2ƬFLDO�GD�8QL¾R��%UDVÈOLD��')����RXW������D� Código Civil Art. 1.228. “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.” %5$6,/��&ÎGLJR�&LYLO��/HL��������������'L¼ULR�2ƬFLDO�GD�8QL¾R��%UDVÈOLD��')�����MDQ������� Código Penal Art. 184, e seus parágrafos.�'HƬQH�D�YLROD¾R�GRV�GLUHLWRV�DXWRUDLV�FRPR�FULPH�� com previsão de punição que varia de multa à reclusão de até quatro anos. %5$6,/��&ÎGLJR�3HQDO��'HFUHWR�/HL�������������'L¼ULR�2ƬFLDO�GD�8QL¾R��%UDVÈOLD��')�����GH]������� Lei no 9.610/98 (Lei do Direito Autoral - LDA) Art. 7º.�'HƬQH�R�URO�GH�REUDV�LQWHOHFWXDLV�SURWHJLGDV�SHOD�OHL��TXH�Y¾R�GHVGH�JUDQ- des conferências até pequenas gravuras, conceituando obras intelectuais como pFULDÂÐHV�GR�HVSÈULWR��H[SUHVVDV�SRU�TXDOTXHU�PHLR�RX�Ƭ[DGDV�HP�TXDOTXHU�VXSRUWH�� tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro”. 31 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Art. 22 a 24.�'HƬQHP�FRPR�SHUWHQFHQWHV�DR�DXWRU�RV�GLUHLWRV�PRUDLV�H�SDWULPR- niais sobre a sua criação, conceituando direitos morais como o direito: “[...] de rei- vindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra”; “[...] de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra”; e “[...] de conservar a obra inédita”. Art. 29. Determina que “depende de autorização prévia e expressa do autor a utili- zação da obra, por quaisquer modalidades, tais como:” “[...] a reprodução parcial ou integral”; “[...] a edição; adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras transfor- mações”; ou “[...] a tradução para qualquer idioma”. Art. 33. Proíbe a reprodução de obra que não pertença ao domínio público, a pre- texto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor. Art. 46, inciso III.�'HƬQH�TXH�Q¾R�FRQVWLWXL�YLROD¾R�GRV�GLUHLWRV�DXWRUDLV��p>���@�D� citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de pas- VDJHQV�GH�TXDOTXHU�REUD��SDUD�ƬQV�GH�HVWXGR��FUÈWLFD�RX�SROÅPLFD��QD�PHGLGD�MXVWL- ƬFDGD�SDUD�R�P�D�DWLQJLU��LQGLFDQGR�VH�R�QRPH�GR�DXWRU�H�D�RULJHP�GD�REUD�>���@q %5$6,/��/HL�������������'L¼ULR�2ƬFLDO�GD�8QL¾R��%UDVÈOLD��')�����IHY������E� Na imprensa, frequentemente, são divulgadas notícias sobre casos de plágio que foram com- provados e os plagiadores punidos. Esses casos são muito comuns e envolvem desde alunos a altas autoridades.Im ag em : I nt er ne t Assista ao vídeo O fantasma do Plágio, disponível em: http://www.praticadapesquisa.com.br/2011/07/o-fantasma-do-plagio.html VÍDEO Existem recursos que permitem que os textos disponibilizados em meios ele- WUÏQLFRV�RX�IÈVLFRV�VHMDP�XVDGRV�QRV�WUDEDOKRV�DFDGÅPLFRV�H�FLHQWÈƬFRV�VHP�FRQƬJX- rar plágio. Vamos conhecê-los. Como evitar o plágio Certamente, você já viu, em livros, revistas e sites, textos citados de forma di- reta e indireta, mas não prestou atenção. Nas notícias, é comum a fala do entrevista- do ou de uma testemunha vir sinalizada por aspas. Em textos acadêmicos, é comum DOJXQV�WUHFKRV�UHFXDGRV�H�FRP�XPD�IRQWH�PHQRU��LQGLFDQGR�DR�ƬQDO�GHOHV�R�DXWRU�� R�DQR�H�D�S¼JLQD��9RFÅ�VDEH�SRU�TXH�LVVR�DFRQWHFH"�2�TXH�VLJQLƬFDP"�9RFÅ�M¼�RXYLX� falar na ABNT? 32 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� $�$%17�Ä�XPD�HQWLGDGH�SULYDGD�H�VHP�ƬQV�OXFUDWLYRV��UHVSRQV¼YHO�SHOD�HODERUD- ¾R�GDV�1RUPDV�%UDVLOHLUDV��$%17�1%5��H�TXHP�GHƬQH�D�SDGURQL]D¾R�H�QRUPDWL]D- ção de produtos e serviços. Para conhecer a história da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e como ela atua, acesse: http://www.abnt.org.br/abnt/conheca-a-abnt SUGESTÕES De acordo com a ABNT NBR 10520:2002, citação é a “Menção de uma informação H[WUDÈGD�GH�RXWUD�IRQWHq��(�HOD�DSUHVHQWD�WUÅV�FRQƬJXUDÂÐHV� Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor con- sultado, que pode ser curta ou longa. Citação indireta: Texto ba- seado na obra do autor consultado e citação de citação: Citação di- reta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original. (ABNT NBR 10520:2002). Disponível em: http://www.usjt.br/arq.urb/arquivos/nbr10520-origi- nal.pdf Acesso em 24 fev. 2017. A citação é um recurso imprescindível para o desenvolvimento de trabalhos DFDGÅPLFRV�H�FLHQWÈƬFRV��(OD�DMXGD�D�JDUDQWLU�D�OLVXUD�GDV�QRVVDV�SHVTXLVDV�H�HYLWD�R� plágio, pois estrutura as informações colhidas nas fontes pesquisadas. Vamos conhe- cer cada uma delas e como usá-las. Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado, que pode VHU�FXUWD�RX�ORQJD��3RU�LVVR��WRGDV�DV�LQIRUPDÂÐHV�GHYHP�VHU�WUDQVFULWDV�ƬHOPHQWH�s� SRQWXD¾R��VLQDLV�JU¼ƬFRV��SRU�H[HPSOR��(OD�SRGH�VHU�FXUWD�RX�ORQJD� Citação direta curta: Fica dentro do texto, marcada por aspas, e tem até três linhas. Apresenta-se ainda o sobrenome do autor, o ano de publicação e a página. Exemplo: Quando se trata da questão do plágio como um tipo de fraude acadêmica que deve ser evitada, deve-se pensar que a prevenção pode ser objeto de ensino LQVHULGR�QD�UHOD¾R�HQWUH�RULHQWDGRU�H�RULHQWDQGR��1HVWH�VHQWLGR��HVW¼�FRUUHWR�DƬU- mar que “não bastam sanções e nem tudo deve ser traduzido em penalidades ou em medidas puramente negativas”. (DOMINGOS, 2012, p. 80-81). Citação direta longa: Tem mais de três linhas, aparece depois do texto, marcada por recuo de 4 cm em relação à margem esquerda, utiliza espaçamento simples e fonte WDPDQKR�����,QGLFD�DR�ƬQDO�R�VREUHQRPH�GR�DXWRU��R�DQR�GH�SXEOLFD¾R�H�D�S¼JLQD� Exemplo: Segundo Shneider, Originalmente, a palavraplágio e o verbo plagiar designavam o cri- PH�GH�TXHP�WUDQVYLDYD�RV�ƬOKRV�GRV�RXWURV��DOLFLDYD�RV�VHXV�HVFUD- 33 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� vos ou deles se apropriava, a venda de uma pessoa por quem dela não dispunha. Foi só mais tarde que passou a designar a apropria- ção por outro – e a apresentação como próprios –de fragmentos de livros ou pensamentos escritos. A palavra deriva do baixo latim plagium, que por sua vez, seria uma deformação grega, plágios (oblíquo, trapaceiro) (SHNEIDER, 1990, p. 129). Citação indireta: consiste na interpretação, condensação ou interpretação livre de SDUWHV�GR�WH[WR��GH�IRUPD�Q¾R�OLWHUDO��PDV�ƬHO�DR�FRQWHÕGR�H�»V�LGHLDV�GR�DXWRU��1¾R� é necessário o uso de aspas, mas indica-se o autor e o ano da publicação. A indicação da página é opcional. Exemplo: No meio acadêmico brasileiro é dada pouca importância ao fenômeno do plágio. Há pouca pesquisa relacionada ao assunto. Além de não fazer parte dos manuais de formação acadêmica, as instituições de ensino não apresentam esclare- cimentos e orientações em suas páginas eletrônicas sobre o assunto (KROKOSCZ, 2011). Citação de citação: Consiste na citação de um texto do qual não se teve acesso ao original. Livros com edição esgotada, raros, por exemplo. Nesse caso, usa-se a ex- SUHVV¾R�ODWLQD�DSXG��TXH�VLJQLƬFD�nFLWDGR�SRUo��(VVH�WLSR�GH�UHFXUVR�VÎ�GHYH�VHU�XVDGR� em último caso. É imprescindível que o pesquisador tenha acesso às fontes bibliográ- ƬFDV�TXH�XVDU¼�QD�SHVTXLVD��¤�SUHFLVR�LQGLFDU�R�QRPH�GR�DXWRU�TXH�OHX�R�WH[WR��R�DQR� e página, além da expressão apud. Exemplo: Esse tipo de iniciativa tem o status de uma política institucional de enfren- tamento do plágio que envolve diversos aspectos relacionados ao plágio e à integri- GDGH�DFDGÅPLFD��DGRWDQGR�DÂÐHV�GLYHUVLƬFDGDV�TXH�HQYROYHP�UHDOL]D¾R�GH�WUHLQD- mentos, programas de conscientização, uso de tecnologias para detecção de plágio e a prescrição de punição aos alunos que violam as políticas institucionais (Hughes; McCabe, 2006 apud McCord, 2008, p. 42). O plágio, embora comum, é crime e uma prática reprovável, por isso deve ser evita- do. A metodologia oferece alternativas para fazer uso das informações e dos textos disponíveis em meio eletrônico e físico sem plagiar. Para isso, temos as citações, re- FXUVRV�TXH�FRQWULEXHP�H�DMXGDP�D�ID]HU�XVR�GRV�PDWHULDLV�ELEOLRJU¼ƬFRV�EHP�GLVWDQ- tes dessa prática. No site da ABNT e no Manual de Formatação para elaboração de trabalhos acadêmicos da FAMETRO você encontra todas as informações necessárias para fazer as citações da forma correta. Conheça o Manual de Normas para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos da UNIFAMETRO: Veja o texto da ABNT NBR 10520: 2002 https://revistaarqurb.com.br/arqurb SUGESTÕES 34 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� Para saber como se faz as citações diretas, indiretas e as citações de citação, assista ao vídeo: Citações diretas indiretas e uso do apud no tcc escrevendo fácil Canal: Prof. Dr. Ivan Guedes Tempo: 13 min >>> CLIQUE NESSA IMAGEM E ASSISTA AO VÍDEO <<< https://www.youtube.com/watch?v=NJMXRSFHENA SUGESTÕES &KHJDPRV�DR�ƬP�GD�DXOD�GRV�HVWXGRV�GD�'LVFLSOLQD�0HWRGRORJLD GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR��3DUWLFLSH�GDV�DWLYLGDGHV�QR�0RRGOH e até a próxima aula! 35 XQLIDPHWUR�HGX�EU���0HWRGRORJLD�GR�7UDEDOKR�&LHQWÈƬFR���8QLGDGH�,� $0$5$/��-R¾R�-��)��&RPR�ID]HU�XPD�SHVTXLVD�ELEOLRJU¼ƬFD����&HDU¼��8QLYHUVLGD- de Federal do Ceará, 2007. 21 p. 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