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Resenha sobre recuperação de empresas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PIAUÍ - UNIFAPI
CURSO: BACHARELADO EM DIREITO
MATÉRIA: RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIAS
SEMESTRE: 2021.1 PERÍODO:5º
Bruna Barbosa Ribeiro
RESENHA:
 Recuperação de Empresas (Judicial e Extrajudicial) 
TERESINA-PI
2021
Resenha sobre recuperação de empresas (Judicial e Extrajudicial) 
Ao que se refere à recuperação de empresas é importante destacar o objetivo para sua realização, no sentido de viabilizar uma negociação ordenada entre a(s) empresa(s) devedora(s) e os seus credores, com o intuito de reorganizar a empresa e promover a continuidade das suas operações existentes.
 Sob esse viés, existe o princípio da preservação da empresa, cujos alicerces estão fincados no reconhecimento da sua função social. Nessa perspectiva, a crise econômica da empresa é tratada juridicamente como um desafio capaz de recuperação, ainda que se cuide de atividade privada, regida por regime jurídico privado.
Compreende-se, assim, o instituto jurídico da recuperação de empresa, previsto na Lei 11.101/05, sob duas formas:
- Recuperação judicial e;
- Recuperação extrajudicial.
A definição legal de recuperação judicial de empresas está prevista no artigo 47 da Lei 11.101/05 “A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.”
 Dessa forma, podemos obter uma dimensão da finalidade da recuperação judicial de empresas com a intenção de preservação da fonte produtora, o do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores. 
A recuperação judicial é um instituto, providência e procedimento que se aplica apenas em favor de empresas, ou seja, que somente pode ser requerida por empresários ou sociedades empresárias.
O ajuizamento de um pedido de recuperação judicial exige do devedor realização de determinados requisitos exigidos pela Lei. São alguns deles:
- Exercer regularmente suas atividades há mais de 2 anos;
– Não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
– Não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial;
 - Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
Nesse sentido, é impossível conseguir deferimento para recuperação judicial da empresa sem esses requisitos devidamente preenchidos. 
Do pedido e processamento de recuperação judicial pode ser feito diretamente ao Poder Judiciário através de petição contendo as informações básicas e, o balanço patrimonial dos últimos três anos, a explicação detalhada dos motivos que levaram à situação de crise financeira, bem como a lista de credores do negócio. Além disso, deve ser anexada a demonstração de resultados acumulados, demonstração do resultado desde o último exercício social, o relatório gerencial de fluxo de caixa com sua projeção e a descrição das sociedades de grupo societário, de fato ou de direito.
Estando a apresentação da documentação completa, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e nomeará um administrador judicial, que deve ser um profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada.
O papel do administrador judicial será de auxiliar o juízo da recuperação judicial na organização do processo, por exemplo, na verificação de créditos e na condução da Assembléia Geral de Credores, bem como na fiscalização da empresa devedora. Logo, a administração da empresa é mantida com o poder de gerir a atividade empresarial.
Após deferimento, a empresa terá prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias para apresentar um plano completo de recuperação, sob pena de convolação da recuperação judicial em falência, ou seja, caso haja descumprimento de qualquer obrigação planejada no decorrer desse período a recuperação é cancelada.
Outrossim, a empresa também contará com a suspensão de cobrança das dívidas por um período de 180 dias, desse modo, uma relevante medida para empresas que necessitam dessa ajuda para atravessar a crise.
 Outro ponto a ter atenção é que a empresa tem um prazo de 150 dias para a realização da Assembléia Geral de Credores (AGC), momento em que será apresentado o plano de recuperação, ao qual será submetido à aprovação, modificação ou rejeição. 
Nesse sentido, havendo objeção de qualquer um credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação.
 Com o pedido conferido deferimento de seu processamento, o devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial, só se ele receber a aprovação da desistência na assembléia-geral de credores.
 Cumpridas as exigências da Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor se o plano não tiver sofrido objeção de credor ou que não tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores (AGC). Se for rejeitado, o juiz convolará a recuperação judicial em falência, da qual caberá agravo de instrumento.
Por conseguinte, no caso de deferimento da decisão judicial, o juiz poderá determinar a manutenção do devedor em recuperação judicial até que sejam cumpridas todas as obrigações previstas no plano que vencerem até, no máximo, 2 (dois) anos.
Nesse decorrer de tempo determinado, se houver algum descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano acarretará na transformação da recuperação em falência.
Decorridos os 2 anos de fiscalização e salvo peculiaridades do caso concreto que demandem mais tempo da empresa sob supervisão judicial, o juiz encerrará a recuperação judicial. 
Já na recuperação extrajudicial, por sua vez, é uma negociação entre o devedor e seus credores sobre as dívidas da empresa sem ser por vias judiciais. À vista disso, o acordo poderá ser homologado pelo juiz.
 Entretanto, o devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 anos.
Para fazer o pedido de homologação é relevante mencionar que o devedor ao apresentar o plano de recuperação extrajudicial, na condição de que todos os credores por ele abrangidos tenham assinado e que representem mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial. 
Além desses requisitos o devedor deverá juntar:
I – exposição da situação patrimonial;
II – as demonstrações contábeis relativas ao último exercício social e as levantadas especialmente para instruir o pedido;
III – os documentos que comprovem os poderes dos subscritores para novar ou transigir, relação nominal completa dos credores, com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente. 
Disposto no artigo 163, § 6º da Lei 11.101/05. 
 Também poderá ser apresentado com comprovação da anuência de credores que representem pelo menos 1/3 (um terço) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos e com o compromisso de, no prazo improrrogável de 90 (noventa) dias, contado da data do pedido.
 Após a homologação do juiz, os credores não poderão desistir do plano de recuperação da empresa, com exceção da anuência expressa dos demais signatários.
 Os credores manifestar alguma oposição sobre o plano de recuperação da empresa, eles terão prazo de 30 dias, contado da publicação do edital, para contestar o plano, juntando a prova de seu crédito. 
Se caso for comprovado alguma alegação do credor sobre irregularidade acerca do plano, a homologação do juiz poderá será apresentada como indeferida. 
Nesse caso, a sentença, diferente da definidana recuperação de empresas de forma judicial, nessa modalidade extrajudicial não caberá agravo de instrumento, mas caberá apelação sem efeito suspensivo.
Entretanto, se estiver tudo conforme a lei, o juiz fará a homologação de deferimento do plano de recuperação de empresa feito de forma extrajudicial.
A fundamentação da recuperação de empresas na modalidade extrajudicial está prevista nos artigos 161 a 167 da Lei 11.101/05.
A lei que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária é a lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005.

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