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DIREITO DO TRABALHO. DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO. CONCEITO: é o segmento do Direito do Trabalho que estuda o contrato individual do trabalho e as regras legais ou normativas a ele aplicadas. Nele são verificadas muitas regras de natureza privada, contratuais, ou decorrentes do contrato de trabalho mantido entre empregado e empregador. CONTRATO DE TRABALHO. CONCEITO: é o acordo, tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego (art. 442 da CLT). Nele contrata-se atividade e não resultado e tem por característica a autonomia privada das partes. Duas teorias para justificar a natureza jurídica do contrato de trabalho: a teoria contratualista e a teoria anticontratualista. a) Teoria contratualista: considera que a relação entre empregador e empregado é um contrato, por depender da vontade entre as partes para sua formação, mesmo que na maioria das situações haja um pacto de adesão do empregado em relação as cláusulas especificadas pelo empregador, sem discuti- las. b) Teoria anticontratualista: é sustentada em que o trabalhador incorpora-se à emprega a partir do momento em que passa a prestar serviços para o empregador. Não há autonomia de vontade na discussão do conteúdo do contrato de trabalho. As regras são impostas pelo empregador, do mesmo modo que o Estado impõe ao funcionário público. São requisitos do contrato de trabalho: a) continuidade: o pacto laboral é um ajuste de duração, abrangendo prestações sucessivas; b) onerosidade: o contrato de trabalho é oneroso; c) pessoalidade: é intuitu personae, estabelecido em razão de certa e especifica pessoa, que é o empregado; d) alteridade: trabalhar por conta alheia e não por conta própria. Não são requisitos essenciais: a) exclusividade: O empregado por ter mais de um emprego, desde que haja compatibilidade de horários; b) escolaridade: não se exige qualquer grau escolar para que o empregado possa trabalhar. Para a validade do negócio jurídico, devem ser seguidas as condições determinadas pelo artigo 104 do Código Civil, ou seja: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita ou não defesa em lei. O inciso XXXIII, do art. 7º da CF, traz a proibição de qualquer trabalho para o menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir de 14 anos. Já o inciso XXXIII, do art. 7º da CF, veda o trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de 18 anos. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente, de acordo com art. 443, da CLT. Só haverá necessidade de contrato de trabalho escrito nos casos previstos em lei, a exemplo de: contrato de atleta profissional (art. 9º da Lei 6.533/78), contrato de aprendizagem (art. 428 da CLT). Ajuste tácito é o que não é expresso, mas decorre da continuidade da prestação de serviços por parte do empregado sem oposição pelo empregador. Para fins de comprovação de experiência prévia no mesmo tipo de atividade, o empregador não poderá exigir tempo superior a seis meses, conforme art. 442-A da CLT. A CLT não é aplicada às atividades de direção e assessoramento nos órgãos, institutos e fundações dos partidos, assim definidas em normas internas de organização partidária (art. 7º, f, da CLT). CONTRATO DE TRABALHO POR TEMPO DETERMINADO. É o pacto “cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada” (§1º do art. 443 da CLT). Só é válido contrato de trabalho por tempo determinado em se tratando de: a) serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) atividades empresariais de caráter transitório; c) contrato de experiência (§2º do art. 443 da CLT). O prazo máximo de duração do contrato de trabalho por tempo determinado é de dois anos (art. 445 da CLT). Os contratos de experiência só poderão ser fixados por, no máximo, 90 dias (§ único do art. 445 da CLT). Só é permitida uma única prorrogação (art. 451 da CLT), sob pena de ficar evidenciado contrato por tempo indeterminado. Se for prorrogado por mais de uma única vez, não poderá exceder de dois anos ou 90 dias. Não é permitido um novo contrato de trabalho por tempo determinado com o mesmo empregado senão após seis meses da conclusão do pacto anterior (art. 452 da CLT), com exceção da situação em que a expiração do contrato dependa da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. Hoje, o contrato de experiência é considerado uma espécie de contrato de trabalho por tempo determinado. Mesmo no contrato de experiência é preciso ser feita a anotação na CTPS do empregado. O prazo máximo do contrato de experiência é de 90 dias (§ único, do art. 445 da CLT), inclusive para o doméstico. Se o referido prazo for excedido por mais de 90 dias, vigorará como se fosse contrato por tempo indeterminado. A prorrogação do contrato de experiência só pode ser feita uma única vez (art. 451 da CLT). Dispensado o empregado antes do termo final do contrato, o empregador deverá pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o término do contrato (art. 479 da CLT). CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE. É o contrato no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria (§3º do Art. 443 da CLT). O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não (art. 452-A da CLT). Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I – remuneração; II – férias proporcionais com acréscimo de um terço; III – décimo terceiro salário proporcional; IV – repouso semanal remunerado V – adicionais legais. A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período pelo qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do FGTS, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante destes pagamentos. O período de inatividade não será considerado tempo a disposição do empregador, podendo prestar serviços a outros contratantes.
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