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Delta PC MG rodada de questões legislação Penal e direito civil

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2 www.grancursosonline.com.br
Legislação Penal Especial e Direito Civil
3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
Renato Borelli
Juiz Federal do TRF1. Foi Juiz Federal do TRF5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor público 
e assessorou Desembargador Federal (TRF1) e Ministro (STJ). Atuou no CARF/Ministério da Fazenda como 
Conselheiro (antigo Conselho de Contribuintes). É formado em Direito e Economia, com especialização em 
Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica.
Disciplinas: Legislação Penal Especial e Direito Civil
Cargo: Delegado de Polícia de Minas Gerais
Banca organizadora: FUMARC
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
1. (PC-PR/2021/NC-UFPR/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre os crimes previstos no Esta-
tuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é 
dada pelo STJ, assinale a alternativa correta.
a. O crime de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido é 
crime de perigo concreto, e o bem jurídico tutelado é a incolumidade física.
b. A abolitio criminis temporária, prevista nos artigos 5º, § 3º, e 30, durante a sua vigência 
temporal, abrangeu todos os crimes previstos na Lei n. 10.826/2003. 
c. A atipicidade de conduta do agente que detém posse de arma de fogo sem autorização 
e em desacordo com a determinação legal/regulamentar deve ser reconhecida quando 
a total ineficácia dessa arma for demonstrada por laudo pericial.
d. A comprovação da lesividade da conduta é indispensável para a caracterização típica 
do crime de “disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas 
adjacências, em via pública ou em direção a ela”.
e. A comprovação da internacionalidade da ação é dispensável para a configuração do 
tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, bastando que se com-
prove a procedência estrangeira do artefato.
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Legislação Penal Especial e Direito Civil
3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
2. (PC-CE/2015/VUNESP/DELEGADO DE POLÍCIA) Paulo foi abordado pela polícia na 
via pública por estar em atitude suspeita e, indagado sobre sua identidade, apresentou 
aos policiais uma cédula de identidade (RG) rasurada, o que levantou suspeitas. Con-
duzido para a Delegacia de Polícia, com base na Lei de Identificação Criminal (Lei n. 
12.037/2009), ao Delegado de Polícia compete a(s) seguinte(s) conduta(s):
a. solicitar de Paulo, como condição para não ser identificado criminalmente, algum docu-
mento fora daqueles previstos no rol do artigo 2º da Lei de Identificação Criminal.
b. requisitar, por despacho fundamentado, a colheita de impressões digitais de Paulo, a 
fotografia dele e ainda a coleta de material biológico, considerando a dúvida que recai 
sobre a identidade dele em razão do RG rasurado que apresentou na sua abordagem.
c. representar ao Juiz pela prisão preventiva de Paulo, considerando que a dúvida sobre 
sua real identidade põe em risco a garantia da ordem pública e a aplicação da lei 
penal, levando-se em conta que ele foi preso em atitude suspeita na via pública.
d. dispensar Paulo, considerando que a lei de identificação é expressa no sentido de que 
o civilmente identificado – como no caso – não será submetido à identificação criminal.
e. registrar a ocorrência, submetendo Paulo, por despacho fundamentado, a processo 
datiloscópico e fotográfico, considerando a rasura do documento apresentado por ele, 
com base no artigo 3º, inciso I, da Lei de Identificação Criminal.
3. (PC-RN/2021/FGV/DELEGADO DE POLÍCIA) A fim de obter informações sobre o funcio-
namento e identificar os demais integrantes de organização estruturalmente ordenada, 
contendo ao menos cinco membros, que praticava crimes de roubo de carga dentro do 
Estado do Rio Grande do Norte, a autoridade policial decidiu infiltrar um agente na refe-
rida organização. Diante de indícios que comprovavam as infrações e inexistindo outros 
meios para produção da referida prova, a realização de tal técnica de investigação por 
representação do delegado de polícia, prevista na Lei de Crime Organizado:
a. será admitida, podendo ser realizada por prazo indeterminado.
b. não será admitida, pois o delegado de polícia não possui legitimidade para 
representação.
c. será admitida, respondendo o agente infiltrado por eventuais excessos praticados com 
desvio de finalidade da investigação.
d. será admitida, somente podendo o agente infiltrado abandonar a investigação mediante 
autorização judicial.
e. não será admitida, pois a ausência de caráter transnacional da infração afasta a apli-
cação da Lei de Crime Organizado.
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Legislação Penal Especial e Direito Civil
3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
4. (PC-GO/2018/UEG/DELEGADO DE POLÍCIA) Nos termos da Lei n. 12.850/2013, a ação 
controlada consiste em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação 
praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observa-
ção e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz 
à formação de provas e obtenção de informações. Acerca desse instituto, verifica-se que
a. no início da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação controlada.
b. a comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que 
possam indicar a operação a ser efetuada.
c. até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério 
Público e à defesa técnica, como forma de garantir o êxito das investigações.
d. o retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado 
ao Ministério Público que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao 
juiz competente.
e. se envolver transposição de fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou admi-
nistrativa poderá ocorrer sem a cooperação das autoridades dos países que figurem 
como provável itinerário ou destino do investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga 
e extravio do produto, objeto, instrumento ou proveito do crime.
5. (PC-GO/2018/UEG/DELEGADO DE POLÍCIA) Na hipótese de um servidor público ser 
condenado pelo crime de tortura qualificada pelo resultado morte a uma pena de doze 
anos de reclusão, referida condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego 
público e a interdição para seu exercício por
a. cinco anos.
b. dez anos.
c. doze anos.
d. vinte e quatro anos.
e. trinta e seis anos.
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Legislação Penal Especial e Direito Civil
3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
DIREITO CIVIL
1. (PC-PR/2021/NC-UFPR/DELEGADO DE POLÍCIA) D.M., menor com dezesseis anos 
de idade, ficou órfã perdendo seu pai e sua mãe por conta da pandemia do novo coro-
navírus. Agora, após ser recentemente aprovada no vestibular de medicina, ela precisa 
manter-se economicamente sozinha, tendo apenas um tio como tutor, que administra os 
bens e negócios deixados pelos seus pais, os quais empregam uma grande quantidade 
de trabalhadores.
Considerando as informações apresentadas, assinale a alternativa correta.
a. A morte dos pais de D.M. é suficiente para lhe garantir plena capacidade para os atos 
da vida civil, ante a situação excepcional de crise sanitária mundial, dispensando a 
oitiva de seu tutor.
b. Uma das formas de D.M. adquirir a emancipação, tendo em vista possuir apenas 
dezesseis anos completos, se deu com a sua aprovação para curso superior.
c. D.M. poderá ser emancipada somente por decisão judicial, após ouvido seu tutor, 
tendo em vista o falecimento de ambos os seus genitores.
d. D.M. só poderá exercer os atos da vida civil após dezoito anos completos, nos termos 
da lei civil, quando adquirirá sua maioridade e consequente capacidade de direito.
e. D.M. ficou imediatamente responsável pelos negócios de seus pais, o que acarretou 
sua emancipação automática por conta da presunção de economia própria, ainda que 
existente o tutor.
2. (PC-PA/2021/INSTITUTO AOCP/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre os efeitos da posse 
previstosno Código Civil, é correto afirmar que
a. o possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização, contra o terceiro, 
que recebeu a coisa esbulhada sem saber que o era.
b. o possuidor, mesmo que de boa-fé, não tem direito aos frutos percebidos.
c. o possuidor de boa-fé responde pela perda ou deterioração da coisa, mesmo que não 
der causa.
d. ao possuidor de má-fé não serão ressarcidas as benfeitorias necessárias e não lhe 
assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
e. as benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao 
tempo da evicção ainda existirem.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
3. (PC-GO/2018/UEG/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre a pessoa jurídica de direito pri-
vado, dispõe o Código Civil que:
a. as disposições acerca das associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades 
empresárias e às sociedades simples.
b. começa sua existência legal com o pedido de inscrição de seus atos constitutivos 
perante o registro respectivo.
c. se extingue sua existência legal com a dissolução ou com a cassação, se for o caso, 
da autorização para seu funcionamento.
d. tem proteção dos direitos de personalidade apenas quanto ao nome, desde o respec-
tivo registro até a dissolução.
e. as organizações religiosas serão regidas por lei própria, que poderá dispor sobre a 
organização e a estrutura interna.
4. (PC-SP/2018/VUNESP/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre as diferentes classes de bens, 
assinale a alternativa correta.
a. Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à 
mesma pessoa, tenham destinação unitária.
b. Os bens naturalmente divisíveis só podem tornar-se indivisíveis por determinação legal.
c. São bens imóveis o solo, o subsolo e o espaço aéreo e apenas o que se lhe incorporar 
artificialmente.
d. Consideram-se bens móveis as energias que tenham valor econômico e o direito à 
sucessão aberta.
e. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser 
objeto de negócio jurídico.
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Legislação Penal Especial e Direito Civil
3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
5. (PC-ES/2019/INSTITUTO ACESSO/DELEGADO DE POLÍCIA) João, maior, natural de 
Vila Velha, casado com Marina sob o regime de comunhão total de bens, exerce a pro-
fissão de gerente em empresa comercial. No exercício de sua profissão, João atua nas 
cidades de Cariacica, Fundão e Guarapari. Peçanha, subordinado de João, pretende 
ajuizar ação de indenização civil em face deste, sob a alegação de ter sofrido dano moral 
ocorrido no âmbito de suas atividades na empresa comercial. Nesta circunstância espe-
cífica de interesse de Peçanha, para efeito de determinação do Domicílio de João, de 
acordo com o Código Civil, é correto afirmar que:
a. Em razão da atividade concernente à profissão, Cariacica, Fundão e Guarapari podem 
ser considerados domicílio de João.
b. Aplica-se o critério do lugar em que João tem ânimo definitivo de ficar, que seria, em 
tese, a casa em que mora com sua esposa Marina.
c. Aplica-se a regra de fixação do domicílio de João a qualquer um dos locais em que ele 
tenha residência.
d. Considera-se o domicílio civil de João apenas a sede da empresa comercial em que 
atua como gerente.
e. Por conta de seu casamento sob o regime de comunhão universal, aplica-se a regra 
da residência conjugal.
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Legislação Penal Especial e Direito Civil
3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
GABARITO
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
1. C
2. E
3. C
4. B
5. D
DIREITO CIVIL
1. C
2. E
3. A
4. E
5. A
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
GABARITO COMENTADO
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
1. (PC-PR/2021/NC-UFPR/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre os crimes previstos no Esta-
tuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é 
dada pelo STJ, assinale a alternativa correta.
a. O crime de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido é 
crime de perigo concreto, e o bem jurídico tutelado é a incolumidade física.
b. A abolitio criminis temporária, prevista nos artigos 5º, § 3º, e 30, durante a sua vigência 
temporal, abrangeu todos os crimes previstos na Lei n. 10.826/2003. 
c. A atipicidade de conduta do agente que detém posse de arma de fogo sem autorização 
e em desacordo com a determinação legal/regulamentar deve ser reconhecida quando 
a total ineficácia dessa arma for demonstrada por laudo pericial.
d. A comprovação da lesividade da conduta é indispensável para a caracterização típica 
do crime de “disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas 
adjacências, em via pública ou em direção a ela”.
e. A comprovação da internacionalidade da ação é dispensável para a configuração do 
tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, bastando que se com-
prove a procedência estrangeira do artefato.
Letra c.
As alternativas encontram fundamento na edição n. 102 da Jurisprudência em Te-
ses do STJ.
a. Errada!
1) O crime de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido 
(art. 12 da Lei n. 10.826/2003) é de perigo abstrato, prescindindo de demonstração de 
efetiva situação de perigo, porquanto o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física 
e sim a segurança pública e a paz social.
b. Errada!
6) A abolitio criminis temporária prevista na Lei n. 10.826/2003 aplica-se ao crime de posse 
de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de 
identificação raspado, suprimido ou adulterado, praticado somente até 23/10/2005. 
(Súmula 513/STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/1973 – TEMA 596).
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Legislação Penal Especial e Direito Civil
3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
c. CERTA!
d. Errada! “4) O crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n. 10.826/2003) é crime de 
perigo abstrato, que presume a ocorrência de dano à segurança pública e prescinde, para 
sua caracterização, de comprovação da lesividade ao bem jurídico tutelado.”
Logo, a comprovação da lesividade da conduta é prescindível (dispensável) para a carac-
terização típica do crime de “disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado 
ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela”.
e. Errada! A comprovação da internacionalidade da ação, associada à comprovação da 
procedência estrangeira do artefato, é indispensável para a configuração do tráfico in-
ternacional de arma de fogo, acessório ou munição. Trata-se de entendimento pacífico na 
jurisprudência do STJ.
Vejamos:
[...] para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo não basta apenas a pro-
cedência estrangeira do armamento ou munição, sendo necessário que se comprove 
a internacionalização da ação [...] (CC 105.933/RS, Rel. Min. Jorge Mussi, Terceira Se-
ção, DJe 20/05/2010) (grifos nossos).
2. (PC-CE/2015/VUNESP/DELEGADO DE POLÍCIA) Paulo foi abordado pela polícia na 
via pública por estar em atitude suspeita e, indagado sobre sua identidade, apresentou 
aos policiais uma cédula de identidade (RG) rasurada, o que levantou suspeitas. Con-
duzido para a Delegacia de Polícia, com base na Lei de Identificação Criminal (Lei n. 
12.037/2009), ao Delegado de Polícia compete a(s) seguinte(s) conduta(s):
a. solicitar de Paulo, como condição para não ser identificado criminalmente, algum docu-
mento fora daqueles previstos no rol do artigo 2º da Lei de Identificação Criminal.
b. requisitar, por despacho fundamentado, a colheita de impressões digitais de Paulo, a 
fotografia dele e ainda a coleta de material biológico, considerando a dúvida que recai 
sobre a identidade dele em razão do RG rasurado que apresentou na sua abordagem.
c. representar ao Juiz pela prisão preventiva de Paulo, considerando que a dúvida sobre 
sua real identidade põe em riscoa garantia da ordem pública e a aplicação da lei 
penal, levando-se em conta que ele foi preso em atitude suspeita na via pública.
d. dispensar Paulo, considerando que a lei de identificação é expressa no sentido de que 
o civilmente identificado – como no caso – não será submetido à identificação criminal.
e. registrar a ocorrência, submetendo Paulo, por despacho fundamentado, a processo 
datiloscópico e fotográfico, considerando a rasura do documento apresentado por ele, 
com base no artigo 3º, inciso I, da Lei de Identificação Criminal.
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Legislação Penal Especial e Direito Civil
3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
Letra e.
A questão demanda conhecimento sobre a Lei n. 12.037/2009, que disciplina a identificação 
criminal do civilmente identificado.
a. Errada! Como o documento entregue por Paulo continha rasura, não era apto a identificá-
-lo civilmente. Nesse caso, o Delegado de Polícia deveria requerer, para fins de identifica-
ção civil de Paulo, a apresentação de qualquer dos documentos listados no art. 2º da Lei n. 
12.037/2009:
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:
I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho; (Revogado pela Medida Provisória n. 905, de 2019)
II – carteira de trabalho;
III – carteira profissional;
IV – passaporte;
V – carteira de identificação funcional;
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.
b. Errada! Inicialmente, cumpre dizer que a apresentação de documento de identificação ci-
vil rasurado autoriza a identificação criminal, nos termos do art. 3º, I, da Lei n. 12.037/2009:
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação cri-
minal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
E como é feita a identificação criminal? A identificação criminal incluirá o processo datiloscó-
pico e o fotográfico, e a autoridade policial sempre cuidará para se evitar o constrangimento 
do identificado. Nesse sentido:
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada 
tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.
Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão 
juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou 
outra forma de investigação.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
Excepcionalmente, a identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para 
a obtenção do perfil genético, mas essa providência só é autorizada quando a identificação 
criminal for essencial às investigações policiais, exigindo-se despacho da autoridade judi-
ciária competente, que poderá decidir de ofício ou a requerimento da autoridade policial, 
do Ministério Público ou da defesa (art. 5º, parágrafo único c/c art. 3º, IV, ambos da Lei n. 
12.037/2009).
Segundo a narrativa do enunciado, não é possível, na hipótese, coletar o material biológico 
de Paulo, daí porque incorreta a alternativa.
c. Errada! Embora haja previsão de prisão preventiva quando houver dúvida quanto à iden-
tidade civil do indivíduo, não se pode presumir que a mera dúvida sobre a identidade do acu-
sado ponha em risco a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal. Estas carecem 
de fundamentação idônea, lastreada em dados concretos.
d. Errada! Como o documento apresentado por Paulo continha rasuras, não era apto à 
identificá-lo. Nesse caso, a própria lei franqueia a identificação criminal:
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação cri-
minal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
e. CERTA! É exatamente essa a providência que o Delegado deve tomar, conforme os co-
mentários às alternativas anteriores.
3. (PC-RN/2021/FGV/DELEGADO DE POLÍCIA) A fim de obter informações sobre o funcio-
namento e identificar os demais integrantes de organização estruturalmente ordenada, 
contendo ao menos cinco membros, que praticava crimes de roubo de carga dentro do 
Estado do Rio Grande do Norte, a autoridade policial decidiu infiltrar um agente na refe-
rida organização. Diante de indícios que comprovavam as infrações e inexistindo outros 
meios para produção da referida prova, a realização de tal técnica de investigação por 
representação do delegado de polícia, prevista na Lei de Crime Organizado:
a. será admitida, podendo ser realizada por prazo indeterminado.
b. não será admitida, pois o delegado de polícia não possui legitimidade para 
representação.
c. será admitida, respondendo o agente infiltrado por eventuais excessos praticados com 
desvio de finalidade da investigação.
d. será admitida, somente podendo o agente infiltrado abandonar a investigação mediante 
autorização judicial.
e. não será admitida, pois a ausência de caráter transnacional da infração afasta a apli-
cação da Lei de Crime Organizado.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
Letra c.
a. Errada! A técnica de investigação narrada do enunciado é a infiltração policial, prevista 
no art. 3º, VII, da Lei n. 12.850/2013, e poderá ser autorizada pelo prazo de até 6 (seis) 
meses, podendo ser prorrogada, desde que comprovada a sua necessidade, na forma do 
art. 10, § 3º, da lei em comento.
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de even-
tuais renovações, desde que comprovada sua necessidade.
b. Errada! Define o art. 10, caput, da Lei n. 12.850/2013 que a infiltração de agentes pode 
ser autorizada judicialmente mediante representação do Delegado de Polícia ou a requeri-
mento do Ministério Público.
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo 
delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do 
delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de 
circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites.
c. CERTA! Está de acordo com o art. 13, caput, da Lei n. 12.850/2013, segundo o qual:
Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida proporcionalidade com a 
finalidade da investigação, responderá pelos excessos praticados.
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente 
infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.
d. Errada! De acordo com o art. art. 14, I, da Lei n. 12.850/2013, é direito do agente in-
filtrado cessar a atuação infiltrada, não havendo necessidade de autorização judicial 
para tanto.
Art. 14. São direitos do agente:
I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada;
II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 9º da Lei n. 
9.807, de 13 de julho de 1999, bem como usufruir das medidas de proteção a testemunhas;
III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informações pessoais 
preservadas durante a investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão judi-
cial em contrário;
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IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios de co-
municação, sem sua prévia autorização por escrito.
Ademais, pontua o art. 12, § 3º, que, “havendo indícios seguros de que o agente infiltra-
do sofre risco iminente, a operação será sustada mediante requisição do Ministério 
Público ou pelo delegado de polícia, dando-se imediata ciência ao Ministério Público e à 
autoridade judicial.”
e. Errada! A Lei de Crime Organizado destina-se à apuração de infrações penais cujas pe-
nas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
Trata-se de ideia extraída diretamente do conceito de organizaçãocriminosa previsto no art. 
1º, § 1º, da Lei n. 12.850/2013, in verbis:
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas es-
truturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, 
com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante 
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) 
anos, ou que sejam de caráter transnacional.
§ 2º Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, ini-
ciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou 
reciprocamente;
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos 
atos de terrorismo legalmente definidos.
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4. (PC-GO/2018/UEG/DELEGADO DE POLÍCIA) Nos termos da Lei n. 12.850/2013, a ação 
controlada consiste em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação 
praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observa-
ção e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz 
à formação de provas e obtenção de informações. Acerca desse instituto, verifica-se que
a. no início da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação controlada.
b. a comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que 
possam indicar a operação a ser efetuada.
c. até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério 
Público e à defesa técnica, como forma de garantir o êxito das investigações.
d. o retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado 
ao Ministério Público que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao 
juiz competente.
e. se envolver transposição de fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou admi-
nistrativa poderá ocorrer sem a cooperação das autoridades dos países que figurem 
como provável itinerário ou destino do investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga 
e extravio do produto, objeto, instrumento ou proveito do crime.
Letra b.
a. Errada! A elaboração do auto circunstanciado ocorre ao término das diligências, segundo 
§ 4º do art. 8º da Lei n. 12.850/2013:
Art. 8º, § 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação 
controlada.
b. CERTA! É esse o teor do § 2º do art. 8º da Lei n. 12.850/2013:
Art. 8º, § 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informa-
ções que possam indicar a operação a ser efetuada.
c. Errada! Até o encerramento da diligência, não se franqueará acesso aos autos à defesa 
técnica. Apenas o Juiz, o Ministério Público e o Delegado terão acesso aos autos. Nesse 
sentido é o § 3º do art. 8º da Lei n. 12.850/2013:
Art. 8º, § 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, 
ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das in-
vestigações.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
d. Errada! A assertiva trocou a ordem. O retardamento será primeiro comunicado ao Juiz 
que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. É esse 
o teor do § 1º do art. 8º da Lei n. 12.850/2013:
Art. 8º, § 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente 
comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comu-
nicará ao Ministério Público.
e. Errada! Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento exigirá, 
necessariamente, a cooperação das autoridades dos países que figurem como provável 
itinerário ou destino do investigado, conforme estabelece o art. 9º da Lei n. 12.850/2013:
Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento da inter-
venção policial ou administrativa somente poderá ocorrer com a cooperação das autorida-
des dos países que figurem como provável itinerário ou destino do investigado, de modo a 
reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou proveito do crime.
5. (PC-GO/2018/UEG/DELEGADO DE POLÍCIA) Na hipótese de um servidor público ser 
condenado pelo crime de tortura qualificada pelo resultado morte a uma pena de doze 
anos de reclusão, referida condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego 
público e a interdição para seu exercício por
a. cinco anos.
b. dez anos.
c. doze anos.
d. vinte e quatro anos.
e. trinta e seis anos.
Letra d.
Nos termos do § 5º do art. 1º da Lei n. 9.455/1997, a condenação pelo crime de tortura im-
plicará perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para o seu exercício pelo 
dobro do prazo da pena aplicada:
Art. 1º, § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a 
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
Sendo assim, como a pena aplicada foi de 12 (doze) anos, a perda do cargo, função ou 
emprego público perdurará por 24 (vinte e quatro) anos.
Atenção! Lembre-se de que, em regra, a perda do cargo público não é efeito automático 
da condenação, sendo necessária a motivação expressa, nos termos do parágrafo único 
do artigo 92 do Código Penal. No entanto, essa ideia não prevalece nos crimes de tortura. 
Nos crimes de tortura, a perda do cargo, função ou emprego público é efeito automático 
da condenação.
DIREITO CIVIL
1. (PC-PR/2021/NC-UFPR/DELEGADO DE POLÍCIA) D.M., menor com dezesseis anos 
de idade, ficou órfã perdendo seu pai e sua mãe por conta da pandemia do novo coro-
navírus. Agora, após ser recentemente aprovada no vestibular de medicina, ela precisa 
manter-se economicamente sozinha, tendo apenas um tio como tutor, que administra os 
bens e negócios deixados pelos seus pais, os quais empregam uma grande quantidade 
de trabalhadores.
Considerando as informações apresentadas, assinale a alternativa correta.
a. A morte dos pais de D.M. é suficiente para lhe garantir plena capacidade para os atos 
da vida civil, ante a situação excepcional de crise sanitária mundial, dispensando a 
oitiva de seu tutor.
b. Uma das formas de D.M. adquirir a emancipação, tendo em vista possuir apenas 
dezesseis anos completos, se deu com a sua aprovação para curso superior.
c. D.M. poderá ser emancipada somente por decisão judicial, após ouvido seu tutor, 
tendo em vista o falecimento de ambos os seus genitores.
d. D.M. só poderá exercer os atos da vida civil após dezoito anos completos, nos termos 
da lei civil, quando adquirirá sua maioridade e consequente capacidade de direito.
e. D.M. ficou imediatamente responsável pelos negócios de seus pais, o que acarretou 
sua emancipação automática por conta da presunção de economia própria, ainda que 
existente o tutor.
Letra c.
a. Errada! A capacidade para os atos da vida civil é adquirida aos 18 anos completos (maio-
ridade civil), podendo, todavia, ser antecipada sua aquisição aos menores de idades por 
meio da emancipação.
As hipóteses em que se autoriza a emancipação são aquelas estampadas no art. 5º, pará-
grafo único, do Código Civil, dentre as quais não se incluem a morte dos pais ou a existência 
excepcional de uma crise sanitária mundial.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
Sendo assim, a morte dos pais de D.M. não é suficiente para lhe garantir plena capacidade 
para os atos da vida civil, ante a situação excepcional de crise sanitária mundial, dispensan-
do a oitiva de seu tutor.
Vejamos quando será possível a emancipação:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada 
à prática de todos os atos da vida civil.Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade [emancipação]:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento públi-
co, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, 
se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha econo-
mia própria.
b. Errada! É a conclusão de curso de ensino superior (e não a simples aprovação para cur-
so superior) que autoriza a emancipação do menor de idade, na forma do art. 5º, parágrafo 
único, IV, do CC.
c. CERTA! Realmente, uma das hipóteses de emancipação é aquela concedida por decisão 
judicial, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos (art. 5º, parágrafo único, 
I, do CC).
A utilização do termo “somente” na alternativa certamente levou muitos alunos ao erro, pois, 
de fato, a emancipação de D.M. poderia ser realizada mediante qualquer das causas pre-
vistas na lei civil. Seja como for, fica a alternativa “c” como o gabarito da questão, haja vista 
ser, sem sombra de dúvidas, a mais adequada quando comparada às demais opções.
d. Errada! D.M. poderá exercer os atos da vida civil antes dos 18 anos completos, nos ter-
mos da lei civil, desde que devidamente emancipada.
e. Errada! Para que D.M. pudesse, como empresária individual, continuar o exercício da 
empresa que sucedeu dos pais, seria necessário autorização judicial, consoante impõe o 
art. 974, § 1º, do CC, o que afasta qualquer ideia de emancipação automática por conta da 
presunção de economia própria.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
Vejamos:
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, con-
tinuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor 
de herança.
§ 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circuns-
tâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a 
autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do 
menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. [...]
2. (PC-PA/2021/INSTITUTO AOCP/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre os efeitos da posse 
previstos no Código Civil, é correto afirmar que
a. o possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização, contra o terceiro, 
que recebeu a coisa esbulhada sem saber que o era.
b. o possuidor, mesmo que de boa-fé, não tem direito aos frutos percebidos.
c. o possuidor de boa-fé responde pela perda ou deterioração da coisa, mesmo que não 
der causa.
d. ao possuidor de má-fé não serão ressarcidas as benfeitorias necessárias e não lhe 
assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
e. as benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao 
tempo da evicção ainda existirem.
Letra e.
As alternativas encontram-se amparadas na literalidade dos dispositivos legais do Có-
digo Civil.
Vejamos!
a. Errada! Segundo o art. 1.212: “O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de in-
denização, contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era”.
b. Errada! Nos termos do art. 1.214: “O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, 
aos frutos percebidos”.
c. Errada! Fixa o art. 1.217 que: “O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou dete-
rioração da coisa, a que não der causa”.
d. Errada! Define o art. 1.220 que: “Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as 
benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem 
o de levantar as voluptuárias”.
e. CERTA! É o que consagra o art. 1.221: “As benfeitorias compensam-se com os danos, e 
só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem. (Vide Decreto-lei n. 
4.037, de 1942)”.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
3. (PC-GO/2018/UEG/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre a pessoa jurídica de direito pri-
vado, dispõe o Código Civil que:
a. as disposições acerca das associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades 
empresárias e às sociedades simples.
b. começa sua existência legal com o pedido de inscrição de seus atos constitutivos 
perante o registro respectivo.
c. se extingue sua existência legal com a dissolução ou com a cassação, se for o caso, 
da autorização para seu funcionamento.
d. tem proteção dos direitos de personalidade apenas quanto ao nome, desde o respec-
tivo registro até a dissolução.
e. as organizações religiosas serão regidas por lei própria, que poderá dispor sobre a 
organização e a estrutura interna.
Letra a.
a. CERTA! Nos termos do art. 44, § 2º, do art. Código Civil:
Art. 44, § 2º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às 
sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. 
As sociedades disciplinadas pelo Livro II da Parte Especial são exatamente as sociedades 
empresárias e as sociedades simples. Por isso, correta a alternativa.
b. Errada! A existência da pessoa jurídica de direito privado tem início com a INSCRIÇÃO 
de seu ato constitutivo no respectivo registro, o que não se confunde com o PEDIDO DE 
INSCRIÇÃO. É nesse sentido o art. 45 do CC:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a 
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as altera-
ções por que passar o ato constitutivo.
c. Errada! Ainda que dissolvida a pessoa jurídica, ou cassada a sua autorização, ela sub-
sistirá para fins de liquidação, conforme preceitua o art. 51 do CC:
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu 
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
d. Errada! As pessoas jurídicas gozam dos mesmos direitos de personalidade conferi-
dos às pessoas naturais, desde que haja compatibilidade. É esse o teor do art. 52 do CC:
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da per-
sonalidade.
e. Errada! As organizações religiosas não se submetem à lei própria. Ao revés, são livres 
quanto à sua criação, organização, estruturação interna e funcionamento, nos termos 
do § 1º do art. 44 do CC:
Art. 44, § 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento 
das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento 
ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
4. (PC-SP/2018/VUNESP/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre as diferentes classes de bens, 
assinale a alternativa correta.
a. Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à 
mesma pessoa, tenham destinação unitária.
b. Os bens naturalmente divisíveis só podem tornar-se indivisíveis por determinação legal.
c. São bens imóveis o solo, o subsolo e o espaço aéreo e apenas o que se lhe incorporar 
artificialmente.
d. Consideram-se bens móveis as energias que tenham valor econômico e o direito à 
sucessão aberta.
e. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser 
objeto de negócio jurídico.
Letra e.
a. Errada! Na verdade, os bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham des-
tinação unitária constituem universalidade DE FATO. É esse o teor do art. 90 do CC:
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes 
à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
A universalidadede direito é o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de 
valor econômico.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
b. Errada! Os bens naturalmente divisíveis também podem se tornar indivisíveis por vonta-
de das partes, a teor do art. 88 do CC:
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da 
lei ou por vontade das partes.
c. Errada! O espaço aéreo e o subsolo não são bens imóveis. Além disso, é bem imóvel o 
solo e tudo o que se lhe incorporar artificial ou naturalmente. Nesse sentido é o art. 79 do CC:
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
d. Errada! De fato, as energias que tenham valor econômico são bens móveis, nos termos 
do art. 83, inciso I, do CC:
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
No entanto, o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, consoante dispõe o 
art. 80, II, do CC:
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: [...]
II - o direito à sucessão aberta.
e. CERTA! É exatamente essa a previsão do art. 95 do CC:
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser 
objeto de negócio jurídico.
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3ª RODADA DE QUESTÕES – DELEGADO PCMG
5. (PC-ES/2019/INSTITUTO ACESSO/DELEGADO DE POLÍCIA) João, maior, natural de 
Vila Velha, casado com Marina sob o regime de comunhão total de bens, exerce a pro-
fissão de gerente em empresa comercial. No exercício de sua profissão, João atua nas 
cidades de Cariacica, Fundão e Guarapari. Peçanha, subordinado de João, pretende 
ajuizar ação de indenização civil em face deste, sob a alegação de ter sofrido dano moral 
ocorrido no âmbito de suas atividades na empresa comercial. Nesta circunstância espe-
cífica de interesse de Peçanha, para efeito de determinação do Domicílio de João, de 
acordo com o Código Civil, é correto afirmar que:
a. Em razão da atividade concernente à profissão, Cariacica, Fundão e Guarapari podem 
ser considerados domicílio de João.
b. Aplica-se o critério do lugar em que João tem ânimo definitivo de ficar, que seria, em 
tese, a casa em que mora com sua esposa Marina.
c. Aplica-se a regra de fixação do domicílio de João a qualquer um dos locais em que ele 
tenha residência.
d. Considera-se o domicílio civil de João apenas a sede da empresa comercial em que 
atua como gerente.
e. Por conta de seu casamento sob o regime de comunhão universal, aplica-se a regra 
da residência conjugal.
Letra a.
Como João exerce atividade profissional em Cariacica, Fundão e Guarapari, tais cidades 
podem ser consideradas seu domicílio para as relações que lhe corresponderem, conforme 
estabelece o art. 72 do Código Civil:
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profis-
são, o lugar onde esta é exercida. 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles 
constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
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