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Gramática
A Sintaxe do Período Simples – Parte II
Livro Eletrônico
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Simples – Parte II
Prof. Bruno Pilastre
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SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................3
1. Complemento Nominal ............................................................................3
2. Adjunto Adnominal..................................................................................5
3. Adjunto Adverbial ...................................................................................7
4. Vozes Verbais .......................................................................................10
4.1. Voz Ativa ..........................................................................................11
4.2 Voz Passiva ........................................................................................12
4.3 Reflexiva ............................................................................................18
Resumo ...................................................................................................21
Questões de Concurso ...............................................................................23
Gabarito ..................................................................................................33
Gabarito Comentado .................................................................................34
Referências ..............................................................................................53
Glossário .................................................................................................54
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A Sintaxe do Período Simples – Parte II
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Introdução
Olá! E, então, como foi a resolução das questões de concurso da aula passada? 
Espero que você tenha tido um bom aproveitamento.
Continuaremos o estudo do período simples. Isso quer dizer que faremos uma 
abordagem dos termos que formam uma oração nucleada por UM verbo (a oração 
absoluta). Já vimos, na aula passada, o sujeito, os predicados (nominal, verbal 
e verbo-nominal) e os predicativos (do sujeito e do objeto). Também estudamos 
o vocativo (termo à parte da oração) e o aposto (termo acessório).
Agora chegou a hora de estudarmos:
•	 os termos acessórios adjunto adnominal e adjunto adverbial; e
•	 os termos integrantes complemento nominal e agente da passiva.
Já adianto que a banca CE(BRA)SPE (e as principais, como FCC, FGV e ESAF) 
solicita com frequência esses conteúdos. Por isso, vamos seguir com a mesma 
atenção e dedicação de sempre, OK?
1. Complemento Nominal
Na aula anterior, vimos que o predicado verbal pode ser formado por verbos 
transitivos. Os verbos transitivos são aqueles que exigem um complemento (o 
objeto). Com os nomes, ocorre o mesmo: substantivos e adjetivos (e advérbios) 
podem exigir complementos.
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Vamos ilustrar os complementos nominais com os seguintes exemplos:
(1)
a) O temor do perigo nos torna mais atentos.
b) A execução da ordem era urgente.
c) O general sempre era cobiçoso de honras.
d) Edward Gibbon analisou a destruição de Roma.
e) O professor mora perto da faculdade.
Se observarmos bem, os nomes temor, execução, cobiçoso e destruição 
são derivados de verbos transitivos: temer algo (o perigo), executar algo (a or-
dem), cobiçar algo (honras) e destruir algo (Roma). Assim, podemos dizer que 
esses nomes “herdam” a transitividade do verbo, ou seja, a necessidade de ter 
complemento.
Outra propriedade observada é a necessidade de o complemento nominal ser 
preposicionado: do perigo, da ordem, de honras e de Roma.
O complemento nominal possui alguns traços semânticos: nunca indica posse, 
tem valor passivo (ou seja, é sobre ele que recai a ação – claro, ele retoma o obje-
to direto do verbo transitivo, também passivo!). Por fim, o complemento completa 
(!) o sentido de substantivos abstratos, adjetivos e advérbios (por exemplo: perto/
longe de).
A última propriedade relevante dos complementos nominais é a obrigatoriedade 
de sua presença (e a ausência do complemento, consequentemente, “faz falta”).
Certo. Até aqui, tudo bem, professor. Podemos seguir!
Ok, então podemos estudar as características dos adjuntos adnominais.
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2. Adjunto Adnominal
Vamos observar o par de orações a seguir:
(2)
a) O garçom está de licença.
b) O melhor garçom do restaurante Fasano está de licença.
O núcleo do sujeito das duas orações é o mesmo: garçom. Esse núcleo perten-
ce à classe dos substantivos.
Ainda que o núcleo seja o mesmo, podemos perceber uma diferença entre as 
orações: na primeira oração, o substantivo garçom é acompanhado apenas pelo 
artigo o. Na segunda, o substantivo garçom é acompanhado pelo artigo e por duas 
outras expressões: melhor e do restaurante Fasano. Essa diferença tem conse-
quência semântica: a segunda oração traz mais detalhes sobre o garçom, é mais 
específica em relação ao substantivo. Ficou claro?
Há uma característica importante em relação aos termos que acompanham o 
substantivo garçom nas orações em (2). Se você observar bem, todos eles podem 
ser suprimidos (eliminados, retirados), e ainda assim o núcleo substantivo é capaz 
de ser sujeito da oração (ainda que possua uma semântica menos específica):
(x) Garçom é uma profissão importante.
Essa é uma característica que diferencia os adjuntos adnominais dos comple-
mentos nominais (adjuntos adnominais podem ser suprimidos; complementos no-
minais não podem ser suprimidos). Outra característica dos adjuntos adnominais é 
a possibilidade de modificarem o núcleo nominal em duas posições:
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melhor garçom do restaurante
pré-núcleo núcleo pós-núcleo
Os complementos nominais, como vimos, somente ocorrem em posição pós-no-
minal (depois do núcleo substantivo, à direita).
Temos então a seguinte definição de adjunto adnominal:
1) Definição sintática: são expressões vinculadas a um núcleo substantivo (ou 
equivalente);
2) Definição semântica: caracterizam/especificam/determinam a semântica do 
núcleo substantivo ao qual se vinculam.
Você se lembra da aula sobre morfologia? Eu falei que classe morfológica é 
diferente de função sintática. É por isso que fazemos a seguinte classificação:
O rapaz chegou
Morfologia artigo substantivo verbo
Sintaxe adjunto adverbial núcleo do sujeito núcleo do predicado verbal
Muito bem. Mas agora precisamos saber quais classes morfológicas funcionam 
como adjunto adnominal. São essas:
Pré-núcleo
(determinantes simples)
Artigos  Os amigos
Numerais  Dois amigos
Pronomes adjetivos  Meus amigos
Entre esses determinantes e o núcleo substantivo pode haver um adjetivo (que 
também será, na sintaxe, um adjunto adnominal).
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Após o núcleo substantivo, pode haver um adjunto adnominal de tipo adjetivo 
ou um adjunto adnominal introduzido por preposição (de natureza diferente da do 
complemento).
Para encerrar a parte sobre adjunto adnominal, informo que a relação entre nú-
cleo substantivo e adjunto(s) é a mesma para o sujeito da oração e para o objeto 
da oração. Assim, o objeto diretodo verbo ver, a seguir, é formado por um núcleo 
substantivo e por três adjuntos:
(3) Eu vi o famoso escritor americano.
“O famoso escritor americano” é o objeto do verbo ver. Nesse objeto, há um 
núcleo substantivo (escritor), os adjuntos adnominais pré-núcleo (o e famoso) e 
o adjunto adnominal pós-núcleo (americano).
Na linguística, chamamos o conjunto [núcleo substantivo + adjuntos] de 
SINTAGMA NOMINAL. O sintagma nominal pode exercer as funções de sujeito, ob-
jeto direto e aposto.
3. Adjunto Adverbial
Os adjuntos adverbiais indicam circunstâncias do fato expresso pelo verbo. Há 
duas formas de ocorrência dos adjuntos adverbiais: formas lexicais (bebeu muito; 
dormiu pouco; almocei bastante; ele respondeu corretamente) ou expressões 
preposicionadas (as chamadas locuções adverbiais, como “naquela noite”; “à tar-
de”, “em breve”).
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Nas formas lexicais (advérbios), a propriedade morfológica importante é a de 
não serem flexionadas (em gênero e número). No caso das locuções adverbiais, 
o importante é notar o fato de serem introduzidas por preposição. Então observe 
o seguinte:
•	 Se uma expressão na oração é introduzida por preposição, relaciona-se com o 
verbo e não é complemento indireto, estamos diante de uma locução adver-
bial (cuja função sintática é de adjunto adverbial).
•	 A diferença entre um complemento indireto (objeto indireto, sempre introdu-
zido por uma preposição ou em forma pronominal oblíqua) e um adjunto ad-
verbial (locução adverbial, também introduzida por preposição) é a seguinte: 
o objeto indireto não pode ser suprimido; o adjunto adverbial, por outro lado, 
pode ser suprimido.
(4) a) O João devolveu o livro para a professora no sábado.
Nessa oração, temos duas expressões preposicionadas: para a professora 
(preposição para) e no sábado (preposição em). Qual é o adjunto e qual é o 
complemento indireto? Se você fizer o teste e retirar o complemento, verá que ele 
“faz falta”. A ausência do adjunto adverbial, diferentemente, não causa problema 
à oração.
Outra diferença importante entre o complemento indireto e o adjunto adverbial 
é o seguinte: o complemento indireto pode ser substituído por um pronome pessoal 
oblíquo (lhe, por exemplo); para os adjuntos, essa possibilidade de substituição 
não existe.
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Mais uma propriedade relevante dos adjuntos adverbiais: eles são relativamen-
te flexíveis em relação à posição sintática que ocupam. Eu posso muito bem dizer, 
sem mudança semântica no conteúdo da proposição: “Ontem, eu fui ao cinema”, 
“Eu fui ontem ao cinema” ou “Eu fui ao cinema ontem”. 
No entanto, pode ser que a mudança da posição típica do adjunto adverbial 
(mais à direita da predicação) cause mudança de sentido. É esse o caso da sequ-
ência de orações a seguir:
(5)
a) A diretora provavelmente dará os brinquedos às crianças.
b) A diretora dará provavelmente os brinquedos às crianças.
c) A diretora dará os brinquedos provavelmente às crianças.
d) Provavelmente a diretora dará os brinquedos às crianças.
e) Provavelmente, a diretora dará os brinquedos às crianças.
Você, que é sagaz, conseguirá interpretar cada uma das interpretações geradas 
pelas distintas posições do adjunto provavelmente.
Para encerrar o conteúdo sobre adjuntos adverbiais, temos uma regra de pon-
tuação: adjuntos adverbiais de maior extensão deslocados de sua posição original 
(contíguo ao verbo) devem ser isolados por vírgula.
(6)
a) À noite os professores já haviam terminado o projeto.
b) Ao longo da noite, os professores trabalharam no projeto.
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Veja que em (6a) não é obrigatória a presença da vírgula (mas, se for aplicada, 
não será inadequada). Em (6b), indica-se o uso da vírgula (para clareza de enten-
dimento da proposição).
Em nosso banco de questões de concurso, há exemplos de questões que ava-
liam essa regra.
Agora podemos passar para o próximo conteúdo: as vozes verbais.
4. Vozes Verbais
O fenômeno de voz verbal tem relação com o modo como o verbo se relaciona 
com o agente e com o paciente do evento verbal. Imagine um evento simples, do 
tipo abraçar. Nesse evento, temos dois participantes, o “abraçador” (o agente do 
evento) e o “abraçado” (o paciente do evento). Então esse evento é descrito da 
seguinte maneira:
(7) O pai abraçou o filho.
Nessa oração, o “abraçador” é o pai e o “abraçado” é o filho. Podemos claramen-
te perceber que o pai é o agente e o filho é o paciente. Essa configuração entre o 
verbo abraçar e os participantes do evento (pai e filho, respectivamente agente e 
paciente) é chamada de VOZ ATIVA:
Na voz ativa, o sujeito do verbo é o agente do evento e o objeto do verbo é o 
paciente do evento.
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Agora imagine que eu queira dar destaque ao paciente do evento. Nesse caso, 
quero transmitir ao meu interlocutor o fato de que o filho recebeu um abraço. Como 
eu posso estruturar a oração? Bom, é simples: eu coloco o paciente da ação na 
posição de sujeito, formando a oração a seguir.
(8) O filho foi abraçado pelo pai.
Nessa oração, as posições de “abraçador” e “abraçado” se invertem: agora o 
“abraçado” é o sujeito da sequência verbal foi abraçado e o antigo agente (o pai) 
passa agora a ocorrer introduzido pela preposição por. Essa configuração é cha-
mada de VOZ PASSIVA:
Na voz passiva, o sujeito da sequência verbal é o paciente do evento. O agente do 
evento, quando está presente na voz passiva, é um termo preposicionado.
A partir dessa introdução, de caráter intuitivo, vamos aos detalhes de cada uma 
das construções. Começamos pela ativa.
4.1. Voz Ativa
A forma ativa possui as seguintes características: i) o agente do evento verbal 
ocupa a posição de sujeito sintático; ii) o paciente do evento ocupa a posição de ob-
jeto do verbo (e esse objeto é direto – ou seja, não é introduzido por preposição); 
e iii) o verbo que é núcleo do predicado deve selecionar um complemento direto 
(objeto direto). Esse verbo pode possuir forma simples (comprou) ou perifrástica 
(havia abraçado, com auxiliar + forma nominal invariável).
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(9)
O pai abraçou o filho.
Agente Paciente  PROPRIEDADE SEMÂNTICA
Sujeito Objeto  POSIÇÃO SINTÁTICA OCUPADA
 Direto
Apenas verbos que selecionam complemento direto podem ser transformados em 
voz (ativa  passiva). Veremos que não é possível apassivar verbos de ligação, 
verbos intransitivos ou verbos transitivos indiretos.
4.2 Voz Passiva
Eu já falei que a passiva é uma voz em que o paciente do evento ocorre na po-
sição de sujeito sintático e o agente ocorre introduzido por uma preposição. Essas 
propriedades caracterizam mais propriamente o que chamamos de passiva analí-
tica. No entanto, há outra construção em que o paciente pode ocorrer na posição 
de sujeito sintático: a passiva sintética (também chamada de pronominal). Vamos 
a cada uma delas.
4.2.1 Passiva Analítica
A passiva analítica possui uma estrutura desenvolvida (em relação à sintética). 
A estrutura é a seguinte:
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Sujeito paciente Verbo auxiliar + Particípio do verbo lexical Agente da passiva
O filho foi abraçado pelo pai.
Uma das características da passiva analítica é a obrigatoriedade da presença 
da sequência [verbo auxiliar + particípio do verbo lexical]. O verbo auxiliar 
típico da passiva é o ser, mas pode ser outro (estar ou ficar). O particípio, como 
vimos na aula sobre a classe dos verbos, é uma forma nominal do verbo, tipica-
mente terminado em -do. Outra característica da passiva analítica é a possibilida-
de de se retomar o agente por meio da estrutura preposicionada (pelo pai). Essa 
estrutura preposicionada que introduz o agente do evento é chamada de AGENTE 
DA PASSIVA.
Veja que constantemente estou falando que essa estrutura preposicionada (o 
agente da passiva) PODE estar presente. Isso é um fato importante. Vamos ver as 
duas orações a seguir:
(10)
a) O filho foi abraçado pelo pai.
b) O filho foi abraçado.
Na oração em (10b), não temos a presença do agente da passiva. A ausência 
de pelo pai torna a oração (10b) incorreta ou incompleta? NÃO! Pois bem, essa é 
uma das características da passiva analítica:
Na passiva analítica, o agente da passiva pode ou não estar presente.
Certo, professor, estou entendendo!
Espero que sim! Vamos agora para a passiva sintética.
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4.2.2. Passiva Sintética
A passiva sintética é caracterizada pela presença da forma pronominal se, cha-
mada de partícula apassivadora. Olhe a oração ativa a seguir:
(11) A Gontijo vende três apartamentos neste feirão da CAIXA.
Imagine que eu queira fazer uma propaganda. Nessa propaganda, tenho que 
dar destaque aos apartamentos (isto é, ao paciente do evento de vender). Ainda 
nesse espírito da propaganda, eu não quero dar atenção à construtora (porque ela 
não está me pagando pela propaganda! Quem está pagando é o organizador do 
evento!). Como devo estruturar a oração? Uma possibilidade é a passiva analítica:
(12) Três apartamentos são vendidos neste feirão da CAIXA.
Além dessa forma, estruturada pela sequência AUXILIAR + PARTICÍPIO, existe 
a forma a seguir:
(13) Três apartamentos se vendem neste feirão da CAIXA.
No lugar da sequência AUXILIAR + PARTICÍPIO (que é uma característica da 
passiva analítica), eu tenho a sequência SE + VERBO LEXICAL (característica da 
passiva sintética).
Você deve estar pensando: professor, eu não costumo ouvir a oração em (13) 
dessa forma. Ela está estranha... Eu sei o porquê desse estranhamento. É que, na 
passiva sintética, o sujeito sintático está posposto (após) o verbo:
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(14) Vendem-se três apartamentos neste feirão da CAIXA.
Ah, agora sim!
Então, até o momento, temos as seguintes características sobre a voz passiva 
SINTÉTICA:
•	 o paciente ocorre na posição de sujeito sintático;
•	 o núcleo do predicado se estrutura pela sequência VERBO LEXICAL + PRONO-
ME SE (partícula apassivadora);
•	 tipicamente, o sujeito sintático (o paciente) ocorre posposto ao verbo (ou 
seja, após o verbo).
Outras duas importantes características da voz passiva sintética (também ava-
liada em concursos) são essas:
1) O verbo lexical que ocorre na passiva sintética MANIFESTA concor-
dância em relação ao sujeito sintático.
Assim:
(15)
a) Vende-se um apartamento de luxo no feirão da CAIXA.
b) Vendem-se três apartamentos no feirão da CAIXA.
Por que há a concordância? Ora, eu já disse que o sujeito sintático está presente 
e ocorre após o verbo.
Na passiva analítica, também há concordância, mas da seguinte maneira:
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(16)
a) Um apartamento de luxo é vendido no feirão da CAIXA.
b) Três apartamentos são vendidos no feirão da caixa.
Nessa passiva analítica, tanto o auxiliar quanto o particípio manifestam a con-
cordância: o auxiliar manifesta as propriedades de número e pessoa do sujeito e o 
particípio manifesta as propriedades de gênero e número.
2) Na voz passiva sintética, NÃO SE ADMITE A PRESENÇA DO AGENTE 
DA PASSIVA!
Vamos ler o par a seguir:
(17)
a) Vendem-se três apartamentos no feirão da CAIXA.
b) Vendem-se três apartamentos pela Gontijo no feirão da CAIXA.
Na oração (17b), a presença do agente da passiva torna a oração incorreta. As-
sim, concluímos que a passiva sintética não admite agente da passiva.
Para encerrar essa parte da aula sobre as vozes, apresento mais uma informa-
ção relevante:
•	 Para descobrir se estamos diante de uma oração na voz passiva, temos que 
nos perguntar: i) o verbo núcleo da predicação seleciona complemento direto 
(objeto direto)? ii) o paciente do evento é o sujeito sintático da oração? e iii) 
o núcleo verbal está sob a forma AUXILIAR + PARTICÍPIO (passiva analítica) 
ou VERBO LEXICAL + SE (passiva sintética)?
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Por fim, a pergunta mais importante para saber se uma oração está na voz 
passiva é a seguinte: é possível transformar essa construção em uma ativa?
Imagine que a banca pergunte se a oração “O Gustavo foi casado por 30 anos” 
é uma passiva analítica. A resposta é clara! Não estamos diante de uma pas-
siva, pois não há uma contraparte ativa: a oração “30 anos casou o Gustavo” não 
é possível.
Agora, se estamos diante de uma oração como “O Gustavo foi casado pelo Pe. 
Fábio de Melo”, aí temos uma passiva: é possível transformar essa oração em uma 
ativa: “O Pe. Fábio de Melo casou o Gustavo”.
Nossa, vimos bastante coisa até agora, mas como esse conteúdo é muito im-
portante (e muito avaliado pelas bancas), eu vou insistir em continuar na temática. 
Falarei agora da diferença entre a passiva sintética e o sujeito indeterminado (que 
vimos na última aula). Se você quiser fazer uma pausa e voltar daqui a pouco, fique 
à vontade.
4.2.3 Passiva Sintética x Sujeito Indeterminado
Na aula anterior, eu afirmei que o sujeito indeterminado pode ocorrer sob a for-
ma de verbo na 3ª pessoa do singular + se. Um exemplo era a oração “Vive-se 
bem quando há bons serviços públicos”. Qual é a diferença dessa construção de 
sujeito indeterminado e a passiva sintética, que também ocorre com a forma “se”? 
Bom, temos essas diferenças:
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PASSIVA SINTÉTICA SUJEITO INDETERMINADO
O predicado possui um sujeito sintático (o 
paciente). Esse sujeito pode não estar mani-
festo fonologicamente, mas é recuperável ao 
longo da cadeia do discurso.
O predicado NÃO possui um sujeito sintático.
O verbo lexical MANIFESTA concordância (em 
relação ao sujeito sintático).
O verbo SEMPRE fica na terceira pessoa do sin-
gular (não manifesta concordância).
É possível recuperar uma forma ativa.
Não há contraparte ativa, pois a oração com 
sujeito indeterminado já está em voz ativa.
Ocorre com verbos que selecionam comple-
mento direto (objeto direto).
Ocorre com verbos que: i) não selecionam um 
complemento direto (intransitivo); ii) selecio-
nam um complemento indireto (objeto indireto, 
selecionado por um verbo transitivo indireto); e 
iii) selecionam um complemento direto (desde 
que não haja sujeito manifesto ou recuperável 
na cadeia do discurso).O se é uma partícula apassivadora. O se é um índice de indeterminação do sujeito.
Por que há a confusão entre a oração com sujeito indeterminado e a oração em 
voz passiva sintética? A razão é simples: as duas formas oracionais dispensam a 
referência ao agente do evento. No entanto, vimos no quadro anterior que as duas 
construções dispensam essa referência ao agente de maneiras distintas.
Encerramos a caracterização das vozes ativa e passiva. Vou deixar os comentá-
rios de como a banca examinadora avalia esse conteúdo para a parte da aula em 
que comento o gabarito, OK? Vamos ver agora as formas reflexivas e recíprocas.
4.3 Reflexiva
A caracterização da voz reflexiva é simples. Nessa voz, o evento verbal conta 
com um único participante. Esse participante do evento é, ao mesmo tempo, agen-
te e paciente. Observe esse exemplo:
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(18) O Alex Atala cortou-se enquanto cozinhava.
Quando imaginamos o evento, vemos um único participante: o Alex Atala. Esse 
participante ao mesmo tempo exerce uma ação (atividade de cortar) e sofre algo 
(é cortado). É por isso que cabe utilizar a expressão “a si mesmo” (O Alex Atala 
cortou-se a si mesmo).
O verbo da oração reflexiva possui um sujeito sintático e um complemento ver-
bal (objeto direto). Esse objeto direto ocorre sob a forma do pronome reflexivo se. 
Então temos o seguinte:
(19) O Alex Atala cortou -se
 Sujeito predicado Objeto direto
 verbal
Agora que essa ideia de reflexividade ficou clara, podemos diferenciá-la da ideia 
de reciprocidade.
Na reciprocidade, o verbo mais a forma se expressam em um evento realizado 
por dois ou mais participantes. Esses participantes são agentes e pacientes ao 
mesmo tempo. Observe o par de orações a seguir:
(20)
a) Os dois estavam se beijando apaixonadamente.
b) Os garçons esbofetearam-se na frente dos clientes.
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Em (20a), um indivíduo X beija o indivíduo Y ao mesmo tempo em que o 
indivíduo Y beija o indivíduo X. Então X é agente e paciente do evento beijar. O 
mesmo acontece com Y. E também o mesmo acontece na oração em (20b), em que 
o garçom X esbofeteia o garçom Y (e o garçom Y também esbofeteia o garçom X). 
A estratégia para identificar se a oração é recíproca é a possibilidade de se usar a 
expressão “um ao outro”.
Em resumo:
REFLEXIVIDADE RECIPROCIDADE
Há um participante no evento 
denotado pela oração.
Há dois (ou mais) participantes no evento 
denotado pela oração.
Esse participante é, ao mesmo tempo, 
agente e paciente do evento.
Cada um desses participantes atua e sofre 
o evento denotado (são agentes e pacien-
tes ao mesmo tempo).
Cabe a expressão “a si mesmo”. Cabe a expressão “um ao outro”.
Encerramos o conteúdo sobre o período simples! Vitória! Parabéns pela concen-
tração e pelo empenho. Agora vamos ao resumo, às questões e ao glossário.
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RESUMO
PROPRIEDADES
Adjunto adnominal Complemento nominal
Relacionam-se com um núcleo de natureza nominal
É opcional É obrigatório
Pré ou pós-núcleo substantivo Pós-núcleo substantivo
Pode ou não ser preposicionado Sempre preposicionado
Pode indicar posse Nunca indica posse
Tem valor ativo (agente) Tem valor passivo (paciente)
Completa sentido de substantivos (con-
cretos ou abstratos)
Completa sentido de substantivos Abs-
tratos, adjetivos e advérbios
Propriedades 
dos
Adjuntos 
Adverbiais
• Indicam circunstância do fato expresso pelo verbo;
• Ocorrem com formas lexicais (terminadas ou não em -mente) ou por locuções;
• São invariáveis;
• São relativamente flexíveis em relação à posição sintática que ocupam;
• Não podem ser substituídos por pronome pessoal oblíquo;
• São isolados por vírgula quando deslocados de posição original (obrigatoria-
mente quando possuem maior extensão).
PROPRIEDADES DAS VOZES
Ativa
Passiva
Analítica Sintética
Agente é sujeito sintático.
Agente ocorre opcionalmente 
introduzido por uma preposi-
ção (por ou de).
Agente não pode ser rein-
troduzido.
Paciente é complemento do 
verbo (objeto direto).
O paciente é sujeito sintático 
e desencadeia concordância 
no núcleo da oração.
O paciente é sujeito sintá-
tico e desencadeia concor-
dância no núcleo da oração.
Núcleo da oração é um verbo 
lexical (único ou perifrástico).
Núcleo da oração é formado 
pela sequência AUXILIAR 
(ser, estar ou ficar) + PAR-
TICÍPIO.
Núcleo da oração é formado 
por VERBO LEXICAL + PAR-
TÍCULA APASSIVADORA SE.
Ordem mais comum é SVO.
Ordem mais comum é 
SUJEITO + AUX. + PART. + 
AGENTE DA PASSIVA
Ordem mais comum é 
VERBO + SE + SUJEITO
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DIFERENÇAS ENTRE
Passiva sintética Sujeito indeterminado
O predicado possui um sujeito sintático (o 
paciente). Esse sujeito pode não estar mani-
festo fonologicamente, mas é recuperável ao 
longo da cadeia do discurso.
O predicado NÃO possui um sujeito sintático.
O verbo lexical MANIFESTA concordância (em 
relação ao sujeito sintático).
O verbo SEMPRE fica na terceira pessoa do 
singular (não manifesta concordância).
É possível recuperar uma forma ativa.
Não há contraparte ativa, pois a oração com 
sujeito indeterminado já está em voz ativa.
Ocorre com verbos que selecionam comple-
mento direto (objeto direto).
Ocorre com verbos que: i) não selecionam um 
complemento direto (intransitivo); ii) sele-
cionam um complemento indireto (objeto 
indireto, selecionado por um verbo transitivo 
indireto); e iii) selecionam um complemento 
direto (desde que não haja sujeito manifesto 
ou recuperável na cadeia do discurso).
O se é uma partícula apassivadora.
O se é um índice de indeterminação do 
sujeito.
PROPRIEDADES (E DIFERENÇAS ENTRE)
Reflexividade Reciprocidade
Há um participante no evento 
denotado pela oração.
Há dois (ou mais) participantes no evento 
denotado pela oração.
Esse único participante é, ao mesmo tempo, 
agente e paciente do evento.
Cada um desses participantes atua e sofre o 
evento denotado (são agentes e pacientes).
Cabe a expressão “a si mesmo”. Cabe a expressão “um ao outro”.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (CESPE/ANAC/TÉCNICO/2012)
5| De janeiro a setembro de 2012, a demanda
6| acumulada apresentou crescimento de 7,30% e a oferta
7| ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011.
O emprego da partícula “se” em “ampliou-se” (l. 7) indica que o sujeito da oração 
é indeterminado.
2. (CESPE/PC-PE/PERITO PAPILOSCOPISTA/2016)
25| Estabelecer o momento da morte é situá-la no tempo
e, para situar um acontecimento no tempo, é preciso que se
tenha um conceito claro do que seja tempo. Fugindo das
28| conceituações matemáticas ou filosóficas de tempo,
pragmaticamente aceitamos a conceituação popular de tempo,
isto é, a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, meses 
31| ou anos. Essa tomada de posição, embora simplista e empírica,
é a única que se nos afigura capaz de contribuir para a solução
do problema tanatognóstico e, consequentemente, do da
34| conceituação do momento da morte.
No texto, a partícula “se”, em “a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, 
meses ou anos” (l. 30 e 31), classifica-se como:
a) parte integrante do verbo.
b)pronome reflexivo recíproco.
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c) pronome apassivador.
d) palavra expletiva.
e) índice de indeterminação do sujeito.
3. (CESPE/TJDFT/ANALISTA/2016)
28| O processo judicial restaura a verdade dos fatos.
O agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A
vítima tem o direito de expor a dor, o sofrimento e exigir a
31| reparação devida. Muitas vezes não se persegue o
encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização
pelos atos, de natureza cível ou criminal.
Em “não se persegue” (l.31), a partícula “se” está empregada como um recurso 
para indeterminar o sujeito.
4. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Assim, as frentes frias, an-
tes fortemente presas naquela região, dissipam-se para latitudes mais baixas, o 
que faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da América, por exemplo.
No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas”, a partícula “se” tem função 
apassivadora.
5. (CESPE/CAIXA/MÉDICO DO TRABALHO/2014) Campos continuou a dizer todo o 
bem que achava no trem de ferro, como prazer e como vantagem. Só o tempo que 
a gente poupa! Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que se perde, iniciaria 
uma espécie de debate que faria a viagem ainda mais sufocada e curta.
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No trecho “Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que se perde”, a partícula 
“se” recebe classificação distinta em cada ocorrência.
6. (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Não há como ter certeza de
25| quem sejam, de que sejam “realmente” como se descrevem, ou
de saber se existe uma pessoa “real” por trás da persona online.
A persona online é uma máscara para uma multiplicidade de
28| pessoas?
Na linha 25, o termo “se” exerce função de pronome apassivador da forma verbal 
“descrevem”.
7. (CESPE/IRBR/DIPLOMATA/2009) Em “Estar ocupado, e de repente parar por ter 
sido tomado por uma desocupação”, a preposição “por” introduz termo com valor 
causal, na primeira ocorrência, e o agente da passiva, na segunda.
8. (CESPE/TJ-ES/NÍVEL SUPERIOR/2011)
18| Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos por
19| Maquiavel com líderes do tráfico.
No trecho “descritos por Maquiavel” (l. 18-19), a expressão “por Maquiavel” de-
signa o agente da ação expressa pela forma nominal “descritos”.
9. (CESPE/TRF 1a/ANALISTA/2017) Por outro lado, conforme observa o economis-
ta Pierre Veltz, os novos requisitos da espacialidade das empresas nas
25| cidades exprimem hoje “o paradoxo segundo o qual os recursos
não mercantis não veem seu papel diminuir, mas, ao contrário,
se afirmar e se estender nas economias avançadas e
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28| concorrenciais”. Isso é exemplificado pela luta dos pescadores
artesanais da Associação Homens do Mar em defesa do caráter
público da Baía da Guanabara e pelas manifestações maciças
31| de ciclistas pelo direito ao espaço público nas cidades.
Tratando-se de bens não mercantis em disputa, os conflitos por
apropriação dos recursos urbanos apresentam forte potencial de
34| politização, seja na busca de acesso equânime a ambientes
saudáveis, seja na eliminação de controles policiais
discriminatórios.
Os termos “pela luta” (l. 28), “pelas manifestações” (l. 30) e “pelo direito” (l. 31) 
funcionam como agentes da passiva.
10. (CESPE/ADAGRI-CE/FISCAL ESTADUAL/2009)
1| Não há personagem mais criticado na sociedade
contemporânea que o político. De fato, os políticos são,
muitas vezes, responsáveis por diversas mazelas sociais. Mas
4| uma coisa não deve ser esquecida: são os cidadãos que
elegem seus representantes, o que lhes dá o poder de premiar
os melhores e punir os piores.
Na linha 3, o termo “por diversas mazelas sociais” complementa o sentido do vo-
cábulo “responsáveis”.
11. (CESPE/SEDU-ES/PROFESSOR/2008)
7| O computador
8| estimula o aprendizado de novos idiomas e contribui para o
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9| desenvolvimento das habilidades de comunicação e de
10| estrutura lógica do pensamento.
A expressão “de novos idiomas” (l. 8) complementa “aprendizado” (l. 8).
12. (CESPE/PF/ESCRIVÃO/2004)
1| Quando acompanhamos a história das ideias, desde
2| a Antiguidade clássica até nossos dias, podemos perceber que, em
3| seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios para
4| evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
O emprego da preposição em “dos meios” (l. 3) indica que o complemento do nú-
cleo nominal “problema” (l. 3) é composto por dois núcleos.
13. (CESPE/DETRAN-ES/ASSISTENTE/2010)
1| O agravamento da crise urbana nos países em
desenvolvimento e as mudanças políticas, sociais e
econômicas, que, no momento, se processam em escala
4| mundial, requerem novo esforço governamental para a
organização das cidades e dos seus sistemas de transporte.
Na linha 5, a presença da preposição de antes das expressões “cidades” e “seus 
sistemas” indica que esses termos complementam a ideia de “organização”.
14. (CESPE/DETRAN-ES/ASSISTENTE/2010)
8| O carro, no entanto, não é o único
vilão. A solução para o problema da mobilidade passa pela
10| criação de alternativas ao uso do transporte individual.
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“Como as opções alternativas ao transporte individual
são pouco eficientes, pela falta de conforto, segurança ou
13| rapidez, as pessoas continuam optando pelos automóveis,
motocicletas ou mesmo táxis, ainda que permaneçam presas no
trânsito”, afirma S. G., profissional da área de desenvolvimento
16| sustentável.
O emprego da preposição a, em “ao uso” (l. 10) e “ao transporte” (l. 11), é obriga-
tório, visto que esses termos, como complementos do substantivo “alternativas” (l. 
10 e 11), devem ser introduzidos por essa preposição.
15. (CESPE/DETRAN-ES/ASSISTENTE/2010)
15| A Bik.e vem com tudo para agradar, a começar pelo
16| nome esperto e um diploma automático na dura disciplina de
17| “mobilidade sustentável”. Vem como um aviso concreto de que
18| a era do automóvel está mesmo se despedindo.
Na linha 17, “de que”, o emprego da preposição é obrigatório, visto que introduz 
o complemento da palavra “aviso”; como ocorre, por exemplo, em aviso de férias.
16. (CESPE/TRT 1ª/TÉCNICO/2008) Assinale a opção que apresenta oração na voz 
passiva.
a) Apesar da enchente, salvaram-se todos nadando.
b) No ano passado, construíram muitos prédios na cidade.
c) Durante a cerimônia, as pessoas se cumprimentaram efusivamente.
d) Depois de ter recebido muitos golpes, o lutador caiu.
e) Os palhaços do circo foram muito aplaudidos pelo público.
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17. (CESPE/TRT 1ª/TÉCNICO/2008) O texto apresenta uma oração na voz passiva 
no trecho
a) “A série de dados do CAGED tem início em 1992”.
b) “o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%”.
c) “Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis”.
d) “Os preços dos bens duráveis (...) não estão aumentando”.
e) “No caso da indústria de transformação, por exemplo, foram criadas 146 mil 
vagas”.
18. (CESPE/TST/ANALISTA/2008)
8| Baseando-se unicamente nessa perspectiva, pode-se
9| suporque a sociedade tecnológica seria caracterizada
10| por um contexto no qual o trabalho passaria a ser uma
11| necessidade exclusiva da classe trabalhadora.
Mantém-se a noção de voz passiva, assim como a correção gramatical, ao se subs-
tituir “seria caracterizada” (l. 9) por caracterizaria-se.
19. (CESPE/TRE-AL/TÉCNICO/2004)
1| Para a direita a noção de cidadania procura
expurgar a noção de igualdade inerente a este termo.
A cidadania é vista como uma outorgação do Estado ou, no
4| limite, o reconhecimento da igualdade jurídica
Preservam-se as relações semânticas do texto ao se transformar a oração de 
voz passiva “A cidadania é vista” (l. 3) na oração de voz ativa: A direita vê a 
cidadania.
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20. (CESPE/TJDFT/ANALISTA/2008) No trecho “Talvez aquilo tivesse sido feito por 
gente”, o verbo concorda com “gente”, sujeito da oração na voz passiva.
21. (CESPE/DPU/ANALISTA/2016)
8| A partir de então, a
9| chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto com
10| o direito pátrio. Sua importância atravessou os séculos, e ela
11| passou a ser garantida nas cartas constitucionais.
Na linha 10, o pronome “Sua” delimita o significado do substantivo “importância”, 
funcionando, na oração em que ocorre, como um termo acessório.
22. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de 
Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as 
temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato 
urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades.
No texto acima, o emprego da vírgula após “momento” explica-se por isolar o ad-
junto adverbial, que está anteposto ao verbo, ou seja, deslocado de sua posição 
padrão.
23. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)
11| Examinando-se a situação financeira dos estados que
12| preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal, fica
13| difícil aceitar a argumentação.
Na linha 13, a oração “aceitar a argumentação” funciona como complemento do 
adjetivo “difícil”.
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24. (CESPE/TJ-RR/NÍVEL MÉDIO/2012)
3| A Constituição é a primeira e a mais importante voz do direito
4| aos ouvidos do povo. Constitui, a um só tempo, caráter
5| estruturante do Estado e da própria sociedade.
O emprego de vírgulas na linha 4 justifica-se por isolar adjunto adverbial deslocado 
de sua posição padrão.
25. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011)
6| Nessa época, diversos países europeus
7| começaram a produzir sua própria moeda.
A vírgula empregada logo depois de “Nessa época” isola adjunto adverbial de tem-
po antecipado.
26. (CESPE/SUFRAMA/NÍVEL MÉDIO/2014)
1| No dia 3 de julho de 1950, a Coreia do Norte atacou
2| e tomou Seul, na capital do Sul.
27. (CESPE/PRF/AGENTE/2012)
21| Durante o primeiro período de investimentos, as
22| concessionárias deverão realizar obras de duplicação, vias
23| laterais, contornos e travessias.
O emprego de vírgula logo depois de “investimentos” (l. 21) tem a função de 
isolar adjunto adverbial anteposto à oração principal.
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28. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2014)
8| Após o fim da cortina de ferro e a abertura econômica
9| da China e da Índia, centenas de milhares de pessoas passaram
10| de um estado de subsistência precária à condição de nova
11| classe média global.
O emprego de vírgula após “Índia” (l. 9) justifica-se por isolar adjunto adverbial 
anteposto, deslocado de sua posição tradicional.
29. (CESPE/ANS/TÉCNICO/2013)
1| Durante o período de janeiro a março de 2013, foram
2| recebidas 13.348 reclamações de beneficiários de planos de
3| saúde referentes à garantia de atendimento.
A vírgula logo após “2013” (l. 1) foi empregada para isolar adjunto adverbial 
anteposto.
30. (CESPE/SUFRAMA/NÍVEL MÉDIO/2014)
5| [...] a produção de
6| outros produtos apresentou grande crescimento, com destaque
7| para tablets, videogames, condicionadores de ar e
8| microcomputadores.
A vírgula foi empregada após o vocábulo “tablets” (l. 7) para isolar o adjunto 
adverbial.
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GABARITO
1. E
2. c
3. E
4. C
5. C
6. E
7. C
8. C
9. E
10. C
11. C
12. C
13. C
14. C
15. C
16. e
17. e
18. E
19. C
20. E
21. C
22. E
23. E
24. C
25. C
26. C
27. C
28. C
29. C
30. E
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GABARITO COMENTADO
1. (CESPE/ANAC/TÉCNICO/2012)
5| De janeiro a setembro de 2012, a demanda
6| acumulada apresentou crescimento de 7,30% e a oferta
7| ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011.
O emprego da partícula “se” em “ampliou-se” (l. 7) indica que o sujeito da oração 
é indeterminado.
Errado.
Opa, atenção aqui! Vamos lembrar a distinção entre passiva sintética e sujeito in-
determinado: a passiva sintética possui sujeito. No trecho em análise, o sujeito do 
verbo ampliar é “a oferta”. A voz ativa equivalente é “alguém ampliou a oferta”. 
Pelo fato de o verbo possuir um sujeito determinado, o se não pode ser índice de 
indeterminação do sujeito.
2. (CESPE/PC-PE/PERITO PAPILOSCOPISTA/2016)
25| Estabelecer o momento da morte é situá-la no tempo
e, para situar um acontecimento no tempo, é preciso que se
tenha um conceito claro do que seja tempo. Fugindo das
28| conceituações matemáticas ou filosóficas de tempo,
pragmaticamente aceitamos a conceituação popular de tempo,
isto é, a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, meses 
31| ou anos. Essa tomada de posição, embora simplista e empírica,
é a única que se nos afigura capaz de contribuir para a solução
do problema tanatognóstico e, consequentemente, do da
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34| conceituação do momento da morte.
No texto, a partícula “se”, em “a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, 
meses ou anos” (l. 30 e 31), classifica-se como:
a) parte integrante do verbo.
b) pronome reflexivo recíproco.
c) pronome apassivador.
d) palavra expletiva.
e) índice de indeterminação do sujeito.
Letra c.
Mais uma questão que avalia os seus conhecimentos sobre a passiva sintética. 
Na oração em questão, há sujeito sintático para o verbo medir? SIM! O sujeito é o 
pronome relativo que (e o referente desse pronome é “a grandeza”. A ativa corres-
pondente pode ser algo como “Alguém mede a grandeza em minutos, horas, dias, 
meses ou anos”. Por isso, o se é um pronome apassivador (ou partícula apassi-
vadora). Esse fato invalida todas as outras possibilidades, pois o pronome se não 
pode ter dois valores no trecho em questão.
3. (CESPE/TJDFT/ANALISTA/2016)
28| O processo judicial restaura a verdade dos fatos.
O agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A
vítima tem o direito de expor a dor, o sofrimento e exigir a
31| reparação devida. Muitas vezes não se persegue o
encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização
pelos atos, de natureza cível ou criminal.
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Em “não se persegue” (l.31), a partícula “se” está empregadacomo um recurso 
para indeterminar o sujeito.
Errado.
A análise aqui é semelhante à análise das questões (1) e (2): o verbo perseguir 
possui sujeito. O que se persegue? A resposta é “o encarceramento do agressor. A 
ativa correspondente é: alguém persegue o encarceramento do agressor. Por isso, 
o se está sendo empregado como partícula apassivadora, não como índice de in-
determinação do sujeito.
4. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014)
Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela região, dissipam-se para 
latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da 
América, por exemplo.
No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas”, a partícula “se” tem função 
apassivadora.
Certo.
O verbo dissipar possui sujeito? SIM! Esse sujeito é “as frentes frias” (o que se 
dissipam? “as frentes frias”). Outra marca que caracteriza a forma como uma pas-
siva sintética: o verbo concorda com o sujeito no plural. A ativa equivalente é esta: 
“Algo dissipa as frentes frias”.
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5. (CESPE/CAIXA/MÉDICO DO TRABALHO/2014)
Campos continuou a dizer todo o bem que achava no trem de ferro, como prazer 
e como vantagem. Só o tempo que a gente poupa! Eu, se retorquisse dizendo-lhe 
bem do tempo que se perde, iniciaria uma espécie de debate que faria a viagem 
ainda mais sufocada e curta.
No trecho “Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que se perde”, a partícula 
“se” recebe classificação distinta em cada ocorrência.
Certo.
O primeiro se é uma conjunção que indica hipótese, equivalendo a “no caso de”.
O segundo se é uma partícula apassivadora. Como assim, professor? Cadê o sujei-
to? Eu explico: o pronome relativo que é o sujeito do verbo perder. Esse pronome 
relativo retoma o substantivo tempo, que está introduzido pela preposição (mas é 
apenas o substantivo a forma introduzida por preposição; o pronome que, diferen-
temente, não está introduzido por preposição).
Dito isso, podemos confirmar que cada uma das ocorrências do se recebe classifi-
cação distinta.
6. (CESPE/STF/ANALISTA/2013)
Não há como ter certeza de
25| quem sejam, de que sejam “realmente” como se descrevem, ou
de saber se existe uma pessoa “real” por trás da persona online.
A persona online é uma máscara para uma multiplicidade de
28| pessoas?
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Na linha 25, o termo “se” exerce função de pronome apassivador da forma verbal 
“descrevem”.
Errado.
Estamos diante de um pronome se reflexivo, pois o sujeito é ao mesmo tempo 
agente e paciente. O sujeito elíptico é eles, terceira pessoa do plural. Nesse con-
texto, cabe o uso da expressão a si mesmos: “como eles descrevem a si mesmos”.
Por não se tratar de uma forma passiva sintética, a questão está errada.
7. (CESPE/IRBR/DIPLOMATA/2009) Em “Estar ocupado, e de repente parar por ter 
sido tomado por uma desocupação”, a preposição “por” introduz termo com valor 
causal, na primeira ocorrência, e o agente da passiva, na segunda.
Certo.
A primeira preposição traduz a ideia de causa: a causa da parada foi “ter sido to-
mado por uma desocupação”.
A segunda preposição introduz agente da passiva. Como podemos ter certeza? É só 
formar a ativa: “Uma desocupação tomou alguém”.
8. (CESPE/TJ-ES/NÍVEL SUPERIOR/2011)
18| Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos por
19| Maquiavel com líderes do tráfico.
No trecho “descritos por Maquiavel” (l. 18-19), a expressão “por Maquiavel” desig-
na o agente da ação expressa pela forma nominal “descritos”.
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Certo.
Primeiramente, vamos determinar o núcleo da expressão:
os príncipes descritos por Maquiavel
Claramente o substantivo príncipes é o núcleo. Há um adjunto pré-núcleo (o ar-
tigo os) e um adjunto pós-núcleo (o adjetivo descritos). A forma “por Maquia-
vel” é um modificador da forma adjetiva (nominal) descritos, como corretamente 
afirmado pelo enunciado. Além disso, o enunciado do item também está correto 
quando afirma que a semântica designa o agente da ação expressa pelo adjetivo 
descrito. Essa forma de reintroduzir agente em nomes também ocorre na sequên-
cia “a destruição de Roma pelos Bárbaros”.
9. (CESPE/TRF 1ª/ANALISTA/2017) Por outro lado, conforme observa o economista 
Pierre Veltz, os novos requisitos da espacialidade das empresas nas
25| cidades exprimem hoje “o paradoxo segundo o qual os recursos
não mercantis não veem seu papel diminuir, mas, ao contrário,
se afirmar e se estender nas economias avançadas e
28| concorrenciais”. Isso é exemplificado pela luta dos pescadores
artesanais da Associação Homens do Mar em defesa do caráter
público da Baía da Guanabara e pelas manifestações maciças
31| de ciclistas pelo direito ao espaço público nas cidades.
Tratando-se de bens não mercantis em disputa, os conflitos por
apropriação dos recursos urbanos apresentam forte potencial de
34| politização, seja na busca de acesso equânime a ambientes
saudáveis, seja na eliminação de controles policiais
discriminatórios.
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Os termos “pela luta” (l. 28), “pelas manifestações” (l. 30) e “pelo direito” (l. 31) 
funcionam como agentes da passiva.
Errado.
Em pela luta (l. 28), temos um agente da passiva. No trecho, há uma voz passiva, 
a qual pode ser convertida em ativa: “A luta dos pescadores artesanais [...] exem-
plifica isso”.
O mesmo vale para pelas manifestações (l. 30), que também é agente da pas-
siva (em coordenação com o primeiro agente da passiva, pela luta, na linha 28). 
A ativa pode ser escrita da seguinte forma: “As manifestações maciças [...] exem-
plifica isso”.
Como pela luta e pelas manifestações são agentes da passiva coordenados, a 
ativa original é formada por um sujeito composto: “A luta dos pescadores artesa-
nais [...] E as manifestações maciças exemplificam isso”.
Falta ainda falar do terceiro termo, que é classificado pelo examinador da banca 
CESPE como agente da passiva. Bom, é aqui que encontramos o erro da classifica-
ção. Não estamos diante de um agente da passiva, mas diante de um modificador 
de nome. Se lermos o trecho novamente, veremos que pelo direito está relacio-
nado ao substantivo manifestações.
O ficou longo, mas é preciso detalhar cada ocorrência.
10. (CESPE/ADAGRI-CE/FISCAL ESTADUAL/2009)
1| Não há personagem mais criticado na sociedade
contemporânea que o político. De fato, os políticos são,
muitas vezes, responsáveis por diversas mazelas sociais. Mas
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4| uma coisa não deve ser esquecida: são os cidadãos que
elegem seus representantes, o que lhes dá o poder de premiar
os melhores e punir os piores.
Na linha 3, o termo “por diversas mazelas sociais” complementa o sentido do vo-
cábulo “responsáveis”.
Certo.
Vamos nos restringir ao enunciado. Está claro que, na oração em que ocorre, por 
diversas mazelas sociais é um termo que completa o sentido do vocábulo res-
ponsáveis. No dicionário de regência nominal do professor Luft, temos essa mes-
ma regência para o nome responsável (de, por, perante).
11. (CESPE/SEDU-ES/PROFESSOR/2008)
7| O computador
8| estimula o aprendizado de novos idiomas e contribui para o
9| desenvolvimento das habilidades de comunicação ede
10| estrutura lógica do pensamento.
A expressão “de novos idiomas” (l. 8) complementa “aprendizado” (l. 8).
Certo.
Aqui (e na questão anterior), o examinador avalia se você é capaz de saber de que 
modo os termos da frase se relacionam. Podemos confirmar que: i) sintaticamente, 
de novos idiomas se relaciona com aprendizado (aprendizado de novos idio-
mas); e ii) semanticamente, de novos idiomas completa a interpretação do nome 
aprendizado (assim, não se trata de qualquer aprendizado, mas de um aprendi-
zado de novos idiomas).
Por i e ii é que se justifica o gabarito como certo.
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12. (CESPE/PF/ESCRIVÃO/2004)
1| Quando acompanhamos a história das ideias, desde
2| a Antiguidade clássica até nossos dias, podemos perceber que, em
3| seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios para
4| evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
O emprego da preposição em “dos meios” (l. 3) indica que o complemento do nú-
cleo nominal “problema” (l. 3) é composto por dois núcleos.
Certo.
O núcleo substantivo problema possui dois modificadores: da violência e dos 
meios para [...]. A preposição de é compartilhada pelos dois modificadores. Ques-
tão certa, portanto.
13. (CESPE/DETRAN-ES/ASSISTENTE/2010)
1| O agravamento da crise urbana nos países em
desenvolvimento e as mudanças políticas, sociais e
econômicas, que, no momento, se processam em escala
4| mundial, requerem novo esforço governamental para a
organização das cidades e dos seus sistemas de transporte.
Na linha 5, a presença da preposição de antes das expressões “cidades” e “seus 
sistemas” indica que esses termos complementam a ideia de “organização”.
Certo.
Aqui (e nas questões 10 e 11), o examinador avalia se você é capaz de saber de 
que modo os termos da frase se relacionam. Podemos confirmar que: i) sintatica-
mente, das cidades e dos seus sistemas se relacionam com organização (organiza-
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ção das cidades e dos seus sistemas); e ii) semanticamente, das cidades e dos 
seus sistemas completam a interpretação do nome organização.
Por i e ii é que se justifica o gabarito como certo.
14. (CESPE/DETRAN-ES/ASSISTENTE/2010)
8| O carro, no entanto, não é o único
vilão. A solução para o problema da mobilidade passa pela
10| criação de alternativas ao uso do transporte individual.
“Como as opções alternativas ao transporte individual
são pouco eficientes, pela falta de conforto, segurança ou
13| rapidez, as pessoas continuam optando pelos automóveis,
motocicletas ou mesmo táxis, ainda que permaneçam presas no
trânsito”, afirma S. G., profissional da área de desenvolvimento
16| sustentável.
O emprego da preposição a, em “ao uso” (l. 10) e “ao transporte” (l. 11), é obriga-
tório, visto que esses termos, como complementos do substantivo “alternativas” (l. 
10 e 11), devem ser introduzidos por essa preposição.
Certo.
No dicionário de regência nominal do professor Luft, temos exatamente essa re-
gência para o nome alternativa. Como podemos ler no trecho, os termos ao uso 
e ao transporte complementam o substantivo alternativa.
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15. (CESPE/DETRAN-ES/ASSISTENTE/2010)
15| A Bik.e vem com tudo para agradar, a começar pelo
16| nome esperto e um diploma automático na dura disciplina de
17| “mobilidade sustentável”. Vem como um aviso concreto de que
18| a era do automóvel está mesmo se despedindo.
Na linha 17, “de que”, o emprego da preposição é obrigatório, visto que introduz 
o complemento da palavra “aviso”; como ocorre, por exemplo, em aviso de férias.
Certo.
No dicionário de regência nominal do professor Luft, o substantivo aviso rege a pre-
posição de. A presença da preposição é obrigatória porque a sua ausência prejudica 
a sintaxe da construção: “Vem como um aviso concreto que a era do automóvel”.
16. (CESPE/TRT1ª/TÉCNICO/2008) Assinale a opção que apresenta oração na voz 
passiva.
a) Apesar da enchente, salvaram-se todos nadando.
b) No ano passado, construíram muitos prédios na cidade.
c) Durante a cerimônia, as pessoas se cumprimentaram efusivamente.
d) Depois de ter recebido muitos golpes, o lutador caiu.
e) Os palhaços do circo foram muito aplaudidos pelo público.
Letra e.
Vamos analisar opção por opção:
a) NÃO É PASSIVA: o pronome se é reflexivo (cada um salvou a si mesmo).
b) NÃO É PASSIVA: a construção está na voz ativa.
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c) NÃO É PASSIVA: o se é recíproco (se cumprimentaram umas às outras).
d) NÃO É PASSIVA: a construção está em voz ativa (o núcleo da oração é a perí-
frase ter recebido, com particípio INVARIÁVEL).
e) Veja que há a sequência Auxiliar(ser) + Particípio, o sujeito é paciente (palha-
ços) e ocorre agente da passiva. Além disso, é possível recriar a ativa: “O público 
aplaudiu os palhaços do circo”.
17. (CESPE/TRT 1ª/TÉCNICO/2008)
O texto apresenta uma oração na voz passiva no trecho
a) “A série de dados do CAGED tem início em 1992”.
b) “o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%”.
c) “Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis”.
d) “Os preços dos bens duráveis (...) não estão aumentando”.
e) “No caso da indústria de transformação, por exemplo, foram criadas 146 mil 
vagas”.
Letra e.
Novamente, vamos analisar opção por opção:
a) NÃO É PASSIVA: é uma ativa.
b) NÃO É PASSIVA: é uma ativa.
c) NÃO É PASSIVA: é uma ativa.
d) NÃO É PASSIVA: é uma ativa.
A opção correta é a letra e: existe a sequência Auxiliar(ser) + Particípio e o sujei-
to é paciente (126 mil vagas). Além disso, é possível recriar a ativa: “algo/alguém 
criou 126 mil vagas”.
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18. (CESPE/TST/ANALISTA/2008)
8| Baseando-se unicamente nessa perspectiva, pode-se
9| supor que a sociedade tecnológica seria caracterizada
10| por um contexto no qual o trabalho passaria a ser uma
11| necessidade exclusiva da classe trabalhadora.
Mantém-se a noção de voz passiva, assim como a correção gramatical, ao se 
substituir “seria caracterizada” (l. 9) por caracterizaria-se.
Errado.
Essa questão avalia se você conhece as duas formas de voz passiva: a analítica e a 
sintética. Você deve observar uma importante diferença entre as duas: na voz pas-
siva sintética, não se admite a presença do agente da passiva. É exatamente esse 
o problema da questão: na substituição, o agente da passiva continua lá (o que não 
pode!): “a sociedade tecnológica caracterizaria-se por um contexto”
Outro problema da nova construção é a colocação pronominal. Por ser uma forma no 
futuro (do pretérito), o pronome deve ser colocado em mesóclise: caracterizar-se-ia. 
Mas como a questão está avaliando as vozes passivas, já dá para marcar errado pela 
presença do agente da passiva na passiva sintética (o que, repito, NÃO PODE!).
19. (CESPE/TRE-AL/TÉCNICO/2004)
1| Para a direita a noção de cidadania procura
expurgar a noção de igualdade inerente a este termo.
A cidadania é vista como uma outorgação do Estado ou, no
4| limite, o reconhecimento da igualdade jurídica
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Preservam-se asrelações semânticas do texto ao se transformar a oração de voz 
passiva “A cidadania é vista” (l. 3) na oração de voz ativa: A direita vê a cida-
dania.
Certo.
Olha que legal, a banca avaliando o nosso teste. O agente “visualizador” da cida-
dania é o referente a direita, expresso no período anterior. Assim, a passiva até 
poderia ser realizada com o agente da passiva (“A cidadania é vista pela direi-
ta”). Ficou claro? A voz ativa equivalente é a seguinte: “A direita vê a cidadania 
como uma outorgação do Estado”.
20. (CESPE/TJDFT/ANALISTA/2008) No trecho “Talvez aquilo tivesse sido feito por 
gente”, o verbo concorda com “gente”, sujeito da oração na voz passiva.
Errado.
A aula anterior (Aula 7) pode ajudar: não há sujeito preposicionado! “Por gente” é 
termo preposicionado, portanto nunca será o sujeito. O sujeito, na oração analisa-
da, é aquilo. Fim de papo: questão errada.
21. (CESPE/DPU/ANALISTA/2016)
8| A partir de então, a
9| chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto com
10| o direito pátrio. Sua importância atravessou os séculos, e ela
11| passou a ser garantida nas cartas constitucionais.
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Na linha 10, o pronome “Sua” delimita o significado do substantivo “importância”, 
funcionando, na oração em que ocorre, como um termo acessório.
Certo.
Aqui a banca CESPE está dizendo o seguinte: a forma sua é um pronome adjeti-
vo, funcionando sintaticamente como adjunto adnominal (termo acessório). Certo, 
principalmente por ser um adjunto adnominal pré-núcleo (Sua  importância), o 
que não ocorre com o complemento nominal (termo integrante).
22. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015)
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (Estados Unidos), o maior 
a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas au-
mentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo 
sepse, entre outras enfermidades.
No texto acima, o emprego da vírgula após “momento” explica-se por isolar o ad-
junto adverbial, que está anteposto ao verbo, ou seja, deslocado de sua posição 
padrão.
Errado.
Para ser adjunto, seria preciso haver uma preposição introdutória da sequência iso-
lada pelas vírgulas. A sequência entre vírgulas, diferentemente do que afirma o item, 
é um APOSTO do núcleo substantivo estudo. Sabemos que é um aposto segundo a 
análise proposta em nossa última aula: tanto estudo quanto o maior a respeito 
do tema feito até o momento compartilham o mesmo índice referencial.
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23. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)
11| Examinando-se a situação financeira dos estados que
12| preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal, fica
13| difícil aceitar a argumentação.
Na linha 13, a oração “aceitar a argumentação” funciona como complemento do 
adjetivo “difícil”.
Errado.
Nem tudo o que vem depois da forma nominal (adjetivo, nesse caso) é complemen-
to. Estamos diante de um sujeito posposto (lembre-se da aula 7). A ordem direta 
fica assim: “Aceitar a argumentação fica difícil). “aceitar a argumentação”, portan-
to, funciona como sujeito.
24. (CESPE/TJ-RR/NÍVEL MÉDIO/2012)
3| A Constituição é a primeira e a mais importante voz do direito
4| aos ouvidos do povo. Constitui, a um só tempo, caráter
5| estruturante do Estado e da própria sociedade.
O emprego de vírgulas na linha 4 justifica-se por isolar adjunto adverbial deslo-
cado de sua posição padrão.
Certo.
Nessa questão, aplicamos a regra de vírgula para isolar adjunto adverbial desloca-
do, exatamente como ensinado nesta aula.
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A noção de adjunto “de grande extensão”, como vimos, força a presença da vírgula 
para tornar o enunciado mais claro. No entanto, essa noção não invalida a presença 
da vírgula nos casos em que o adjunto é de “menor extensão”.
As questões 25, 26, 27, 28 e 29 abordam esse mesmo conteúdo.
25. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011)
6| Nessa época, diversos países europeus
7| começaram a produzir sua própria moeda.
A vírgula empregada logo depois de “Nessa época” isola adjunto adverbial de tem-
po antecipado.
Certo.
O da questão 24 aplica-se a este item.
26. (CESPE/SUFRAMA/NÍVEL MÉDIO/2014)
1| No dia 3 de julho de 1950, a Coreia do Norte atacou
2| e tomou Seul, na capital do Sul.
O emprego de vírgula logo após “1950” (l. 1) justifica-se por isolar adjunto ad-
verbial anteposto.
Certo.
O da questão 24 aplica-se a este item.
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27. (CESPE/PRF/AGENTE/2012)
21| Durante o primeiro período de investimentos, as
22| concessionárias deverão realizar obras de duplicação, vias
23| laterais, contornos e travessias.
O emprego de vírgula logo depois de “investimentos” (l. 21) tem a função de 
isolar adjunto adverbial anteposto à oração principal.
Certo.
O da questão 24 aplica-se a este item.
28. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2014)
8| Após o fim da cortina de ferro e a abertura econômica
9| da China e da Índia, centenas de milhares de pessoas passaram
10| de um estado de subsistência precária à condição de nova
11| classe média global.
O emprego de vírgula após “Índia” (l. 9) justifica-se por isolar adjunto adverbial 
anteposto, deslocado de sua posição tradicional.
Certo.
O da questão 24 aplica-se a este item.
29. (CESPE/ANS/TÉCNICO/2013)
1| Durante o período de janeiro a março de 2013, foram
2| recebidas 13.348 reclamações de beneficiários de planos de
3| saúde referentes à garantia de atendimento.
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A vírgula logo após “2013” (l. 1) foi empregada para isolar adjunto adverbial 
anteposto.
Certo.
O da questão 24 aplica-se a este item.
30. (CESPE/SUFRAMA/NÍVEL MÉDIO/2014)
5| [...] a produção de
6| outros produtos apresentou grande crescimento, com destaque
7| para tablets, videogames, condicionadores de ar e
8| microcomputadores.
A vírgula foi empregada após o vocábulo “tablets” (l. 7) para isolar o adjunto ad-
verbial.
Errado.
Ei, cuidado! Não responda as questões no automático. Preste atenção e veja que 
não estamos diante de uma vírgula que separa adjunto adverbial deslocado. A vír-
gula após tablets justifica-se pelo fato de a sequência ser uma coordenação.
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REFERÊNCIAS
AZEREDO, J. Iniciação à Sintaxe do Português. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: YHL, 1999.
______. Lições de Português pela Análise Sintática. São Paulo: Padrão, 
1988.
CAMARA Jr., J. M. Dicionário de Linguística e Gramática. Petrópolis: Vozes, 
1981.
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5. 
ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2008.
HOUAISS, A. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. São 
Paulo: Editora Objetiva, 2009.
KURY, A. G. Lições de Análise Sintática: teoria e prática, com mais de 60 
modelos, 250 períodos para exercícios e sua solução. 5. ed. Rio de Janeiro: Fundo 
de Cultura, 1970.
ROCHA LIMA. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 49. ed. Rio de 
Janeiro: José Olympio, 2011.
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GLOSSÁRIO
Adjunto (adnominal)
Palavra ou expressão acessória, de valor adjetivo que, junto de um substantivo, de-
limita ou especifica o significado do mesmo (exemplo: pão integral, pão com passas).
Adjunto (adverbial)
Palavra ou expressão de valor adverbial que indica alguma circunstância do fato 
expresso pelo verbo ou que intensifica o sentido do mesmo, de um adjetivo ou de 
um advérbio.
Analítica (voz passiva)
Voz passiva com o verbo principal na forma de particípio e com verbo auxiliar 
(ser, estar, ficar etc.) recebendo as indicações de tempo, modo e concordância. O 
sujeito equivale ao objeto direto da ativa correspondente, e o sintagma agentivo, 
opcional, vem precedido de por ou de: o cocheiro foi mordido (pelo cavalo).
Ativa (voz)
Voz do verbo em que o sujeito pratica a ação (exemplo: João cortou a árvore).
Complemento nominal
Sintagma que complementa o sentido de um substantivo derivado de verbo e 
que na oração com o verbo equivalente corresponde a um complemento (direto ou 
indireto), expresso por um sintagma nominal ou uma oração integrante objetiva; 
por exemplo: convidar para o casamento – convite de casamento; viu a cena – a 
visão da cena.
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Particípio
Uma das formas nominais do verbo, com características de nome (gênero e 
caso) e de verbo (tempo, aspecto, voz). Em português, geralmente formado com 
os sufixos -ado (para a primeira conjugação) e -ido (para a segunda e terceira 
conjugações), colocados, nos verbos regulares, após o radical do infinitivo (amado, 
parado, vendido, sentido); alguns verbos possuem particípio irregular, como pôr – 
posto, fazer – feito, e há ainda os que possuem dois particípios, um regular e outro 
irregular, como pagar – pagado e pago.
Partícula apassivadora
A partícula se, que indica voz passiva em orações em que o sujeito é paciente 
da ação verbal, como em vendem-se casas.
Passiva (voz)
Voz do verbo na qual o sujeito da oração recebe a interpretação de paciente, em 
lugar da de agente da ação verbal (exemplo: Pedro foi demitido).
Reflexiva (voz)
Voz com verbo na forma ativa tendo como complemento um pronome reflexivo, 
indicando a identidade entre quem provoca e quem sofre a ação verbal (exemplo: 
feri-me; eles se prejudicaram).
Sintética (voz passiva)
Voz passiva com o verbo na terceira pessoa construído com o pronome apassi-
vador se, sem indicação do agente (exemplo: não se encontrou nenhum vestígio de 
vinho no copo; vendem-se livros usado).
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Voz
Categoria do verbo definida pela relação que estabelece entre o sujeito grama-
tical (aquele com o qual o verbo concorda) e o papel de agente ou de paciente da 
ação verbal.
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	Introdução
	1. Complemento Nominal
	2. Adjunto Adnominal
	3. Adjunto Adverbial
	4. Vozes Verbais
	4.1. Voz Ativa
	4.2 Voz Passiva
	4.3 Reflexiva
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Referências
	Glossário

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