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FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS Disciplina – Empreendedorismo e Liderança Prof.(a): Tálita Rodrigues O. Martins 1 – Estilo de Liderança Existem várias teorias sobre os estilos de liderança. A finalidade desses estudos é compreender a relação do líder com seus liderados e observar de que maneira o líder orienta sua conduta e seu estilo de liderança. Tem a finalidade também de expor as características e personalidades dos estilos de liderança. Bernard Bass (2007) argumenta que “desde sua infância, o estudo da história tem sido o estudo dos líderes – o quê e por que eles fizeram o que fizeram”. Houve tempos em que se acreditava que um líder já nascia líder; hoje em dia, está mais que comprovado que isso não acontece, pois não há uma relação direta entre um traço de personalidade e o ser líder. A forma como cada profissional lidera seu grupo, tem um impacto direto na geração de resultados pelo maior ou menor engajamento dos seus membros, pelo clima motivado para a ação, pela inovação e produtividade gerada na unidade sob sua responsabilidade. - Os principais estilos de liderança Os profissionais que exercem cargos dentro da hierarquia organizacional o fazem por terem recebido uma delegação de poder. Eles passam a representar os interesses da organização e para tal, fazem a gestão dos recursos que lhe estão disponíveis. É consenso que o recurso mais valioso é o recurso humano e podemos observar que diferentes gestores exercem diferentes estilos no momento de liderar. Liderar é ser capaz de influenciar pessoas a fazerem de boa vontade o que tem que ser feito em favor do coletivo. Significa, incentivar os membros de um grupo para agirem em torno de um objetivo comum e que todos possam crescer como resultado dos esforços de seus membros. Dos estudos sobre a teoria dos estilos desde o início do século 20, destacam-se três. São eles: LIDERANÇA AUTOCRÁTICA, DEMOCRÁTICA e LIBERAL. Também sabemos que não existe um estilo correto, os três estão certos, porém, o grande desafio do líder é saber quando aplicar cada estilo. Além destes três estilos, mais recentemente reconhecemos os estilos de LIDERANÇA SITUACIONAL e LIDERANÇA COACHING com grande poder para influenciar as equipes ao melhor desempenho. - Liderança autocrática (ênfase no líder) Liderança autocrática é aquela em que o “chefe” é o centro de decisões e é bastante centralizador. O subordinado deve se contentar com ordens, com pouco espaço para questionamento ou sugestões. É um estilo que costuma causar insatisfação entre os colaboradores, desmotivando-os e deixando o ambiente mais sensível a conflitos. Subordinados sujeitos à liderança autocrática, tendem a desenvolver entre si, forte tensão, frustração e agressividade e em geral, manifestam também, comportamentos de autoproteção. Na execução das tarefas, não demonstram satisfação e só trabalham mais intensamente na presença do “chefe”. Na ausência do mesmo, as pessoas tendem a extravasar sentimentos e frustrações. Pesquisas de clima fatalmente captam esses sentimentos. - Liderança liberal (ênfase no liderado) Diante de uma liderança liberal, as pessoas tendem a atividades mais intensas no início dos trabalhos pela liberdade observada, porém, com o passar do tempo, sem a necessidade de prestar contas, o grupo tende a oferecer baixa produtividade. Embora os subordinados possam estar bem-intencionados, a falta do líder tende a gerar muitas discussões pela ausência de direção. FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS A liderança liberal segue o pressuposto de que os colaboradores já são maduros o suficiente e não necessitam de um acompanhamento constante. Nesse estilo, o gestor se ausenta com frequência, não fornecendo tantas orientações nem feedbacks ao grupo. Ele acredita que deixar o grupo a vontade para a condução das tarefas, estimula a autonomia de seus membros. No entanto, a ausência do líder faz com que o grupo fique com poucas referências da qualidade do trabalho realizado, o que prejudica o desempenho geral. Como o passar do tempo, as tarefas se desenvolvem ao acaso, com muitas oscilações perdendo-se muito tempo com discussões mais voltadas para motivos pessoais do que relacionadas com o trabalho em si. Esse estilo tende a desenvolver um certo individualismo entre os membros e pouco respeito pelo líder. - Liderança democrática (ênfase no líder e liderado) A liderança democrática encoraja os colaboradores a participarem, incentiva-os a darem sugestões e opiniões. Além disso, o líder democrático busca ser um facilitador dos processos, ajudando a equipe a desenvolver soluções. Ele se preocupa com a execução do trabalho, mas também com a qualidade de vida e satisfação do time. Neste estilo, o líder se mostra bastante participativo, ouvindo, oferecendo dicas e ideias quando necessário, esclarecendo dúvidas, dando feedbacks e auxiliando os membros do grupo a se desenvolverem e melhorarem no desempenho das tarefas. Esse estilo favorece um melhor relacionamento entre todos, uma vez que a comunicação flui com liberdade e as pessoas são incentivadas a se exporem sem críticas ou censura, o que leva os membros a serem mais responsáveis uns pelos outros. Esse ambiente favorece a maior produtividade com qualidade nas tarefas executadas. - Liderança coaching (ênfase na performance) Na liderança coaching, o líder trabalha para identificar as habilidades e age de forma a ajudar seus subordinados a liberarem seu potencial de desenvolvimento. O líder busca motivar os profissionais, criando um clima de cooperação, confiança e crescimento. O líder estimula a visão positiva de futuro no grupo e trabalha para que cada liderado reconheça suas expectativas, se auto avaliem em relação ao desempenho atual e busquem capitalizar os pontos fortes e estimula-os para que trabalhem seus pontos a desenvolver. Neste processo, o líder exibe um interesse verdadeiro pelo aumento de performance de seus subordinados, incentivando a cada membro no estabelecimento de planos de ação para assegurar a melhoria no desempenho. O líder acompanha a evolução individual e dá feedback para manter o liderado alinhado em relação aos resultados projetados. Liderança situacional (ênfase na maturidade e situação) Na liderança situacional, segundo estudos desenvolvidos por Hersey & Blanchard, há quatro níveis (D) de desenvolvimento do liderado (que expressam competência x empenho) e isso exige diferentes estilos pelo líder (E) em função da maturidade demonstrada pelo liderado. Os líderes bem-sucedidos são aqueles que conseguem adaptar seu comportamento para atender às necessidades de seus liderados. Neste caso, reconhecer a maturidade do liderado em relação a situação, é fundamental. Maturidade aqui é expressa pela capacidade de execução do trabalho versus a motivação do subordinado em relação à situação/ tarefa a executar. No dia a dia, o líder tende a enfrentar situações em que há variação tanto na capacidade quanto no empenho pelos liderados para realizar as tarefas. A variação na capacidade ou na motivação do liderado em realizar, vai exigir diferentes estilos pelo líder. Cabe a ele, portanto, identificar, em razão do nível de maturidade do liderado se deve dar ênfase na FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS direção (orientação ao subordinado) ou ênfase no apoio (incentivo ao subordinado) na execução da tarefa. Assim: • Para subordinados com baixa competência e alto empenho, o líder deve fornecer direção para desenvolver suas habilidades. • Para subordinados com alguma competência mas baixo empenho, o líder deve fornecer direção e estímulo para continuar a desenvolver as habilidades e restabelecer o empenho. • Para subordinados com média a alta competência e empenhovariável, o líder deve fornecer apoio para estimular a motivação e a autoconfiança. • Para subordinados com alta competência e alto empenho, o líder deve delegar responsabilidades. FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS 2 - Motivação e Gestão de Competências A motivação é uma competência que deve ser cultivada no interior de cada pessoa e de cada profissional. A motivação nos move, nos dá energia, nos impulsiona a realizar. A motivação é a competência que faz com que as pessoas e as empresas cresçam, que torna o trabalho mais agradável, que dá sentido para o nosso deitar e levantar. A motivação quando ausente nos tira o vigor, mas quando presente nos faz ir adiante. A motivação vem de dentro de nós, por isso devemos dar combustível para que ela cresça e tome conta do nosso ser. Competências emocionais Em grande medida a performance do empreendedor está associada a características pessoais como a iniciativa, a empatia, a capacidade de adaptação e de persuasão. Daniel Goleman (2000) agrupou as competências emocionais em quatro grandes grupos cabendo dentro de cada um dos grupos um conjunto de competências específicas: 1. Auto-consciência - Auto-consciência emocional – Esta competência permite reconhecer e compreender os diferentes estados de espírito e a forma como afetam o desempenho social e profissional bem como as relações com os outros. - Auto-avaliação rigorosa – Trata-se da capacidade de avaliar de forma realista as suas forças mas também as suas fraquezas. - Autoconfiança – Competência que permite valorizar devidamente os seus pontos fortes e capacidades mais distintivas. 2. Autogestão - Autocontrole – Capacidade para manter as emoções sob controle. - Inspirar confiança – A confiança conquista-se através de comportamentos que revelem integridade, honestidade, fiabilidade e autenticidade. - Conscienciosidade - Capacidade para se autogerir de modo responsável (ser organizado e cuidadoso no trabalho). - Adaptabilidade – Competência revelada pela abertura a novas ideias e abordagens, flexibilidade na resposta à mudança, tolerância à ambiguidade. - Orientação para o êxito - Otimismo, necessidade de auto-aperfeiçoamento e de alcance de um padrão interno de excelência, persistência. - Iniciativa - Prontidão para aproveitar as oportunidades, inclinação para exceder objetivos, proatividade. 3. Consciência social - Empatia – Capacidade para perceber os sentimentos e perspectivas dos outros, interesse activo pelas suas preocupações, sensibilidade às suas especificidades. - Consciência organizacional - Capacidade para ler a realidade organizacional, construir redes de decisão e ter consciência das correntes sociais e políticas da organização. - Orientação para o cliente - Capacidade para antecipar, reconhecer e ir ao encontro das necessidades dos clientes. 4. Competências sociais - Liderança visionária - Capacidade para inspirar e guiar os indivíduos ou grupos em torno de uma visão convincente. FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS Influência - Capacidade para persuadir os outros através dos métodos mais adequados a cada situação. - Desenvolver os outros - Capacidade para identificar necessidades/oportunidades de desenvolvimento dos outros e para agir de forma a promover o alargamento das suas competências. - Comunicação - Ser bom ouvinte e ser capaz de comunicar de modo claro e convincente. - Catalisador da mudança – Capacidade para promover e incentivar a mudança dentro da organização contribuindo ativamente para a eliminação das resistências por parte da equipa que lidera. - Gestão de conflitos - Capacidade para gerir os conflitos emergentes na organização. Criar laços – Competência que permite a criação e desenvolvimento de redes de relações interpessoais. - Espírito de equipa e cooperação – Capacidade colaborar eficazmente com os outros conseguindo criar sinergias de grupo na prossecução de objetivos comuns. Sendo certo que o desenvolvimento deste conjunto de competências é desejável em qualquer indivíduo, no caso do empreendedor será decisivo para o seu sucesso. Condição prévia ao bom desenvolvimento destas características é um profundo conhecimento de si próprio. auto conhecimento. Uma das características do empreendedor de sucesso é o conhecimento que tem de si próprio. Sabe que não é rentável desperdiçar esforços em áreas e/ou atividades nas quais não tem competências. A sua base de desenvolvimento pessoal e profissional é o conhecimento dos seus pontos fortes, dos seus valores e objetivos e das formas concretas de alcançar o que pretende. Criatividade De todas as características do empreendedor uma das essenciais e que mais facilmente podemos desenvolver é a criatividade. Embora todos tenhamos talentos criativos falta-nos muitas vezes confiança na nossa própria criatividade. O termo criatividade tem um significado que vai muito além de possuir um talento artístico. É sim, a capacidade de utilizar a imaginação para criar novas ideias. A criatividade é uma característica inata a todos os seres humanos. Cabe a cada um de nós desenvolver essa capacidade. Antes de mais deverá estar atento ao que se passa à sua volta: o desenvolvimento da capacidade criativa, tal como qualquer outra competência, exige concentração e atenção. Comece por ver o mundo que construiu à sua volta: a sua casa, o seu trabalho, as suas relações sociais são expressões criativas criadas por si. Compreender que a criatividade pode assumir muitas formas é um primeiro passo para desenvolver a sua capacidade de criar de forma consciente. - Características das pessoas criativas 1. Inteligência 2. Capacidade de adaptação 3. Auto-estima elevada 4. Orientação para desafios 5. Curiosidade 6. Interesse FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS - Atitudes recomendadas ao empreendedor 1. Estar receptivo a novas ideias: pessoas que não valorizam o seu talento criativo perdem inúmeras oportunidades de criar algo de inovador. É frequente colocar de lado algumas ideias por desafiarem alguns valores e convicções nunca antes questionados. Antes de rejeitar uma ideia pense se o está a fazer por hábito ou preconceito. Se for o caso, volte a pensar nela. 2. Ser realista na apreciação de novas ideias: uma ideia só por ser nova não é necessariamente boa. Deve ser feita uma análise cuidada e realista que permita avaliar o potencial dessa ideia no mercado. 3. Não desistir antes do tempo: as novas ideias nem sempre são bem aceites de imediato. Pode ser necessário esperar algum tempo para ver o seu esforço criativo recompensado. (Thomas Edison realizou mais de 1000 experiências para desenvolver a lâmpada. Falhou mais de 1000 vezes até acertar…) FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS 3 - O que é ser líder Embora muitas competências possam ser aprendidas e desenvolvidas, existem pessoas que possuem tendência à liderança. Mas apenas ter essa vocação não basta, é preciso de motivação, persistência, determinação e vontade de aprimorar suas habilidades. Existem pessoas que têm o dom de influenciar outras, característica que pode ser percebida logo cedo, ainda na infância. Um bom líder é aquele capaz de extrair o melhor de cada indivíduo, é uma pessoa íntegra, entusiasmada e que sabe, ao mesmo tempo, demonstrar firmeza e motivar os colegas. Outras importantes qualidades de um líder são: iniciativa, flexibilidade, responsabilidade, determinação, garra, dinamismo, zelo e serenidade. Um líder também precisa ter habilidade para saber qual o momento certo para seguir a razão ou emoção, ser capaz deadapta-se às mudanças constantes e ter disposição para defender suas convicções, tudo isso sem desprezar o ponto de vista das outras pessoas. Além disso, o líder não pode ter medo de se expor, deve ter iniciativa, ser um bom comunicador, possuir um forte senso de justiça, estar sempre pronto para ajudar e à disposição para ouvir o que os outros têm a dizer. - Liderança pelo exemplo Mais do que obedecido, o líder deve ser seguido. Os colaboradores tem que ver nele a figura de alguém digno de admiração e que inspira todos a sua volta a se tornarem pessoas melhores e realizarem um trabalho que vise sempre a excelência. Para isso, o líder deve ser alguém que mais do que saber delegar funções, precisa estar a par de todo o andamento do trabalho e ser solícito para ajudar seus colaboradores em qualquer momento do processo. Além disso, é vital que ele possua capacidade tanto para ter ideias criativas para resolução de problemas quanto colocá-las em prática. Outra característica indispensável em um bom líder é seu comprometimento com o sucesso dos objetivos da organização, muitas vezes, colocando a “mão na massa” em momentos mais críticos. Com isso, ele consegue inspirar os seus colaboradores a terem uma atitude similar, sendo sempre um exemplo de comprometimento e pró-atividade para todos. - Saber lidar com a equipe Pessoas são diferentes e equipes são formadas por essa diversidade, que se complementa. Um grande líder é aquele que, além de enxergar isso, sabe como lidar com cada um, fazendo com que consigam sempre se desenvolverem da melhor forma possível, melhorando a produtividade e comprometimento com os objetivos da instituição. FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS Conhecer bem cada membro da equipe implica em, além de saber quais as principais qualidades de cada um, conhecer seus defeitos e principalmente suas limitações, sabendo quando cobrar e quando incentivar. Com isso, ele sempre mantém sua equipe motivada e disposta a dar tudo pela empresa. Um líder é alguém capaz de desenvolver talentos. Ele deve agir como uma pessoa em que todos possam confiar e a quem recorrerão quando houver qualquer problema. Além disso, ele precisa ter a habilidade de ouvir ideias dos colaboradores e, principalmente, saber reconhecer quando deve adotar uma delas. FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS 4 - Líder Estratégico, Visionário e Gerencial Pinchot (1994) acredita que os líderes do passado, com a sua mentalidade de comando e controle, estão totalmente incapacitados de liderar a organização do futuro. Neste sentido, é importante ressaltar que esse pensamento funcionou bem na era industrial, porém ele é permeado de ideias estreitas e limitantes acerca do homem organizacional da época, produzindo um efeito desumanizante sobre os trabalhadores. O momento atual exige novas práticas que solicitam a aplicação da criatividade e flexibilidade nos negócios. Esses desafios, conforme Drucker (1999) podem ser enfrentados com maior facilidade, talento, responsabilidade, inovação e aprendizagem por gerentes e subordinados aos trabalhadores do conhecimento. Apesar das tarefas desafiadoras e da autonomia para executá-las, há ocasiões em que os membros da organização precisam de conselhos, incentivos e treinamentos na coordenação do trabalho. Em linhas gerais, há necessidade de um novo modelo de liderança nas organizações contemporâneas. Compete a ele liberar as energias e potencial das pessoas, visando adquirir talentos, inteligência e conhecimentos para enfrentar a complexidade das mudanças. Liderança hoje não significa mais pôr a mão na cintura e dizer: "Aqui mando eu, inteligente é quem obedece". Liderança é ter um poder de influência positiva em pessoas ou grupos, conquistando credibilidade, confiança, aceitação, consenso e ação na consecução de objetivos. Os Líderes Gerenciais buscam a estabilidade financeira da organização em curto prazo. Consequentemente mantêm o status que e não investem em inovações que possam mudar e aumentar os recursos da organização em longo prazo. Os líderes visionários procuram a viabilidade em longo prazo da organização, querem mudar e inovar, a fim de criar valor em longo prazo. A integração desses dois tipos de liderança pode criar uma equipe de dois ou mais indivíduos que possam exercer liderança estratégica e criar valor para a organização. Contudo, um só indivíduo que combine, em sinergia, as qualidades de um visionário e de um gerencial realizarão o máximo de criação de valor para a sua organização." O Líder Gerencial é por excelência, um gestor de pessoas, processos e ações. Seus conceitos estão mais ligados à área financeira da empresa, e seu principal objetivo é gerir custos. Muitas vezes o Líder Gerencial tem dificuldades em aceitar mudanças e de trabalhar com novos processos. Pessoas com esse perfil de liderança têm mais facilidade em elaborar projetos e soluções de longo prazo. O Líder Visionário, por sua vez, não se apega ao lado burocrático dos processos da empresa. Têm visão ampla de mercado, criativa e de iniciativa imediata. Percebe oportunidades onde a maioria das pessoas só consegue ver crises, obstáculos e dificuldades, transformando problemas em dificuldades. A liderança visionária envolve uma visão globalizada e ampla do ambiente empresarial: a empresa, seus produtos, serviços, metas, enfim, tudo que envolve seu core business. Através do alinhamento de metas e objetivos com a equipe, o profissional é capaz de visualizar as tarefas, dividir prioridades e responsabilidades e criar regras básicas de conduta de equipe que permitem maior integração, proatividade e desenvolvimento conjunto dos estágios de conclusão das tarefas. O Líder Visionário é capaz de compatibilizar atuação das rotinas diárias com estratégias da organização num processo contínuo de realização de etapas e resultados. Com isso, ele abrange o conhecimento e entendimento das estratégias de curto, médio e longos prazos e o entendimento do impacto de suas ações. Apesar de toda a visão de mercado e capacidade de ação, o líder visionário sozinho, dificilmente consegue bons resultados. Muitas vezes deixa de lado a parte financeira, ou seja, voa alto demais sem estudar a viabilidade econômica de seus projetos. ROWE (2002, p. 13) ao caracterizar as lideranças, esboça detalhadamente este perfil, e enfoca que os "líderes estratégicos diferem dos gerenciais e dos visionários. FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS Os estratégicos sonham e tentam concretizar seus sonhos, sendo uma combinação do líder gerencial, que nunca parara para sonhar, e do visionário, que apenas sonha. Um líder estratégico provavelmente criará mais valor que a combinação de um líder visionário e de um gerencial. Neste paradoxo entre o liderar e gerenciar, ROWE (2002, p. 18) menciona que "um líder estratégico cria a desordem, comete erros e, às vezes, é repreendido por seus chefes e subordinados, precisando até desculpar-se com os funcionários por ter criado muita desordem sem que eles estivessem preparados para isso. Entretanto, as recompensas valem a pena, visto que as pessoas que trabalham com esse líder apresentam um aumento em termos de energia e produtividade, realizando mais tarefas em um tempo menor. Eles têm mais prazer no trabalho, tornando-se mais criativos, inovadores e mais propensos a correr riscos, pois sabem que isso aumentará a viabilidade em longo prazo." Concorda-se com a posição de Rowe (2002) quando se sugere que a viabilidade é possível desde que haja massa crítica nas organizações que mantêm o controle estratégico. Salientando que os respectivos "executivos dessas organizações devem começar a verem-se como líderesestratégicos que necessitam aceitar e unir líderes visionários e gerenciais. Devem combater as influências coercitivas do controle financeiro e lutar pelo exercício dos controles estratégicos e financeiros, com ênfase nos estratégicos. Devem entender os conceitos de conhecimento tácito e explícito, de pensamento linear e não linear e perceber como podem integrá-los para que a organização se beneficie. As recompensas frequentemente serão a criação de valor e a performance superior à média, tanto nas organizações recém-criadas como nas já estabelecidas." FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS 5 - Papel do Líder na Organização O papel da liderança nas organizações sempre foi muito discutido no mundo corporativo, visto que existe a percepção da importância da figura do líder dentro da empresa. O líder é peça essencial dentro das equipes, pois ele é o responsável por fazer a mediação entre os liderados e os objetivos da organização. Dessa forma, o líder tem como principal atividade a gestão da execução do trabalho dos colaboradores. A fim de que sejam alcançadas as metas, além de otimizá-las e dinamizá-las. O papel da liderança nas organizações não está relacionado apenas ao profissional responsável pela mediação de performance de equipe. É, além de tudo, o profissional que estará presente no cotidiano dos colaboradores, bem como no acompanhamento de suas atividades. Portanto, seu principal papel é auxiliar os colaboradores através de exemplos, um profissional experiente e que deve ser levado como modelo. Talvez seja do seu interesse: liderança: aprenda a praticar e inspirar sua equipe. - A influência do líder na motivação da equipe A liderança é o principal medidor de sucesso dentro de uma empresa. O papel do líder nas organizações está diretamente ligado ao andamento dos processos internos. Assim como agente de estímulo dos colaboradores para realização de suas atividades. Portanto, se a empresa ficar sem uma liderança adequada à sua realidade, as consequências podem ser catastróficas. Os líderes são os protagonistas do sucesso, pois são eles quem têm o poder de motivar e auxiliar os colaboradores. Portanto, o líder pode ser comparado com um maestro de um concerto. Isso devido ao papel da liderança nas organizações, harmonizando o cotidiano, colocando em equilíbrio as atividades dos colaboradores, suas necessidades, dúvidas e as metas da empresa. Todo esse malabarismo para que os processos internos de cada área funcionem de forma assertiva a fim de atingir os melhores resultados. - Com a liderança pode influenciar os processos de uma empresa Ter um líder dentro das equipes faz com que o cotidiano seja mais fluido e beneficie tanto os colaboradores quanto a empresa. Veja alguns benefícios e qual o papel da liderança em uma organização de trabalho: - Aumento da produtividade individual e de equipe Quando o papel da liderança nas organizações é bem exercido, os colaboradores conseguem atingir um bom nível de produtividade. Isso faz com que a equipe como um todo consiga trabalhar por igual mantendo a qualidade da entrega. - Retenção de talentos Manter os colaboradores dentro do quadro de funcionários é um desafio para qualquer empresa. Quanto mais o colaborador se sentir pertencente, engajado e motivado, menores as chances dele se desligar da organização. É claro que a rotatividade de colaboradores depende de uma variedade de fatores. Contudo, importância da liderança nas organizações e a presença de um bom líder faz com que o cotidiano da equipe seja mais leve e harmonioso, tornando assim o processo de motivação mais fácil. - Tomada de decisão mais assertiva FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS Um papel do líder nas organizações é a tomada de decisão. Quanto mais bem treinado ele estiver, melhores serão as decisões que ele tomará, pois um líder tem conhecimento sobre o planejamento organizacional, bem como das estratégias e cotidiano dos colaboradores. FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS – FEAMIG Instituto Educacional Cândida de Souza - IECS
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