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GENÉTICA BÁSICA
BEV712
Aula 01 - Teórica: A natureza química do gene. Fluxo da informação genética –
Replicação (Fundamentos de Genética – Snustad) 
Estrutura e propriedade dos ácidos nucleicos 
· Ácido desoxirribonucleico – DNA 
· Ácido ribonucleico – RNA 
· Nucleotídeos ( base nitrogenada + pentose + fosfato)
· Diferença na Pentose: ribose e desoxirribose (presença da hidroxila no carbono 2’ na ribose deixa a molécula mais apta para fazer ligações químicas) Mais instável
· Dessa forma as moléculas de DNA são mais estáveis. 
· Diferença na Base Nitrogenada: purina x pirimidina 
Os nucleotídeos se unem formando uma cadeia de fita simples pela ligação fosfodiéster (ligação entre o nucleotídeo que já existe e o carbono 3’ pelo grupo fosfato) 
Ligação glicosídica ou betaglicosídica: ligação que une a base nitrogenada à pentose 
DNA (Pentose: desoxirribose; Bases: A,G,C e T; Fita dupla; Pareamento das bases; Mesma proporção entre o pareamento A=T e G=C, fitas complementares, fitas antiparalelas) 
· As fitas antiparalelas complementares assumem uma conformação de dupla hélice (formam sulcos maiores e menores que possuem um papel importante para ligação de proteínas) 
RNA (Pentose: ribose, Bases: A,G,C e U; Fita simples, Pareamento de bases)
· Gene: segmento de DNA que será transcrito. 
ORIGENS DA REPLICAÇÃO
- A replicação do DNA se inicia em um único local no cromossomo circular de E. coli. Essa origem da replicação controla a replicação do cromossomo inteiro.
- A replicação do cromossomo de E. coli é bidirecional a partir da origem única de replicação. Cada estrutura em forma de Y é uma forquilha de replicação, e as duas forquilhas movem-se em direções opostas sequencialmente em torno do cromossomo circular
Replicação Bidirecional em E. coli
Origem: Formação das bolhas de desnaturação a partir do rompimento das ligações de hidrogênio da fita dois pontos de ramificação são forquilhas de replicação que se movem em sentidos opostos ao redor do cromossomo circular.
· No início da síntese ocorre a desnaturação das moléculas (fita dupla de DNA) Helicase 
· A replicação semiconservativa requer que os dois filamentos de uma molécula de DNA parental sejam separados durante a síntese de novos filamentos complementares. Já que uma dupla-hélice de DNA contém dois filamentos que não podem ser separados sem que sejam desenrolados, volta por volta, a replicação do DNA requer um mecanismo de desenrolamento.
· As DNA helicases desenrolam moléculas de DNA usando energia derivada do ATP.
· Depois que os filamentos de DNA são desenrolados pela DNA helicase, é preciso mantê-los na forma unifilamentar estendida para replicação. Esse estado é mantido por um revestimento de proteína de ligação ao DNA unifilamentar (proteína SSB) 
· Os eixos de rotação necessários durante a replicação das moléculas circulares de DNA são garantidos por enzimas chamadas DNA topoisomerases. As topoisomerases catalisam quebras transitórias das moléculas de DNA, mas usam ligações covalentes entre si para se fixarem nas moléculas clivadas.
· dois tipos de topoisomerases: (1) enzimas DNA topoisomerase I produzem quebras ou cortes unifilamentares temporários no DNA, e (2) as enzimas DNA topoisomerase II produzem quebras bifilamentares transitórias no DNA.
· - os dois novos filamentos sintetizados em cada forquilha de replicação do DNA estão sendo estendidos no mesmo sentido. Como esses dois filamentos têm polaridades opostas, um é estendido em sentido 5' → 3' e o outro em sentido 3' → 5'.
-Entretanto, as enzimas que catalisam a síntese do DNA (DNA polimerases) só conseguem adicionar nucleotídios na extremidade 3' de um filamento de DNA – ou seja, sintetizam o DNA somente no sentido 5' → 3'
· DNA polimerase (insere novos nucleotídeos) necessita de uma extremidade 3’-OH livre
· A reação é catalisada no sentido 5’ -> 3’
· Como as DNA polimerases são capazes de estender cadeias de DNA ou RNA contendo um grupo 3'-OH livre, os cientistas começaram a testar a ideia de que a síntese de DNA poderia ser iniciada pelo uso de iniciadores de RNA.
· cada nova cadeia de DNA é iniciada por um iniciador (primer) de RNA curto sintetizado por DNA primase 
· Os iniciadores de RNA oferecem os grupos 3'-OH livres necessários para extensão covalente de cadeias polinucleotídicas por DNA polimerases.
· Em E. coli, a enzima que catalisa a replicação semiconservativa do cromossomo é uma polimerase denominada DNA polimerase III
· A DNA polimerase III catalisa o acréscimo de desoxirribonucleotídios aos iniciadores de RNA, seja de modo contínuo no filamento líder, seja de maneira descontínua pela síntese de fragmentos de Okazaki no filamento lagging. A DNA polimerase III para de estender um fragmento de Okazaki quando colide com o iniciador de RNA do fragmento de Okazaki precedente.
· Em seguida, os iniciadores de RNA são excisados e substituídos por cadeias de DNA. Essa etapa é realizada pela DNA polimerase I em E. coli.
· Além da atividade da polimerase 5' → 3' mostrada, a DNA polimerase I tem duas atividades de exonuclease: uma atividade de exonuclease 5' → 3', que apara os filamentos de DNA a partir das terminações 5', e uma atividade de exonuclease 3' → 5', que cliva nucleotídios das terminações 3' dos filamentos de DNA.
· Depois que a DNA polimerase I substituiu o iniciador de RNA por uma cadeia de DNA, o grupo 3'-OH de um fragmento de Okazaki está próximo do grupo 5'-fosfato do fragmento de Okazaki precedente. Esse produto é um substrato apropriado para a DNA ligase, que catalisa a formação de uma ligação fosfodiéster entre os fragmentos de Okazaki adjacentes.
- Um filamento, o chamado filamento líder, é estendido continuamente por meio da adição sequencial de nucleotídeos à sua extremidade 3'. O outro, chamado filamento descontínuo (ou lagging), estende-se de modo descontínuo pela síntese do DNA, em pulsos
- O filamento descontínuo cresce pela síntese de segmentos curtos de DNA, cada qual sendo estendido pela adição de nucleotídeos à sua extremidade 3'. Após isso, os muitos segmentos se juntam em uma cadeia longa e contínua
- A síntese de ambos os filamentos em crescimento ocorre no entorno da forquilha de replicação. Entretanto, a atividade de síntese do filamento líder move-se em direção à forquilha, ao passo que a do filamento lagging afasta-se dela.
- À medida que a forquilha se abre, a síntese do filamento lagging é reiniciada no DNA molde recém-exposto
 Esses pequenos fragmentos de DNA foram batizados de fragmentos de Okazaki
- Necessário um mecanismo para unir os fragmentos de Okazaki e produzir os grandes filamentos de DNA existentes em cromossomos maduros. Esse mecanismo é garantido pela enzima DNA ligase.
- A DNA ligase catalisa o fechamento covalente de cortes (perda de ligações fosfodiéster; sem perda de bases) nas moléculas de DNA usando a energia do dinucleotídio nicotinamida adenina (NAD) ou trifosfato de adenosina (ATP).
- A replicação em E. coli termina em regiões específicas
- As regiões terA e terB impedem o avanço da forquilha de replicação
- Algumas proteínas auxiliam na separação das duas moléculas de DNA replicadas 
ASPECTOS ESPECÍFICOS DA REPLICAÇÃO DE CROMOSSOMOS EUCARIÓTICOS
- Os iniciadores de RNA e os fragmentos de Okazaki são mais curtos em eucariotos do que em procariotos, mas os filamentos líder e lagging replicam-se por mecanismo contínuo e descontínuo, respectivamente, nos eucariotos assim como nos procariotos.
- A síntese de DNA ocorre durante uma pequena parte do ciclo celular nos eucariotos, e não continuamente como nos procariotos.
- A replicação das moléculas de DNA gigantes presentes em cromossomos eucarióticos seria demorada demais se cada cromossomo tivesse uma única origem. Portanto, os cromossomos eucarióticos têm múltiplas origens de replicação. Em vez de usarem dois complexos catalíticos de uma DNA polimerase para replicar os filamentos líder e descontínuo em cada forquilha de replicação, os organismos eucarióticos usam duas ou mais polimerases diferentes. 
- a replicação do DNA cromossômico em eucariotos requera atividade de três diferentes DNA polimerases – polimerase a (Pol a), polimerase d (Pol d) e polimerase e (Pol e). No mínimo duas polimerases, talvez todas as três, estão presentes em cada forquilha de replicação (replissomo), e cada polimerase contém múltiplas subunidades.
* a Pol α (alfa) é necessária para o início da replicação nas origens e para iniciação dos fragmentos de Okazaki durante a síntese descontínua do filamento lagging. A Pol a existe em um complexo estável com a DNA primase;
* Então, essas cadeias iniciadoras de RNA-DNA são estendidas pela Pol δ. A Pol δ (delta) completa a replicação do filamento lagging, enquanto a polimerase ε (épsilon) catalisa a replicação do filamento líder.
* A Pol δ tem de interagir com proteínas PCNA (antígeno nuclear da célula em proliferação) e o fator de replicação C (Rf-C) para ser ativa
* O PCNA (proteína)é o grampo deslizante que prende a Pol δ ao DNA para possibilitar a replicação processiva (para evitar que a polimerase diminua o molde);
* O Rf-C (fator de replicação) é necessário para carrear o PCNA sobre o DNA. O PCNA é uma proteína trimérica que forma um anel fechado, e Rf-C induz a mudança da conformação do PCNA que torna possível circundar o DNA, produzindo o grampo deslizante essencial.
* As polimerases d e e contêm a atividade de exonuclease 3' → 5' necessária para revisão (Figura 10.26). Elas, porém, não têm atividade de exonuclease 5' → 3'; portanto, não removem iniciadores de RNA como faz a DNA polimerase I de E. coli.
Em vez disso, os iniciadores de RNA são excisados por duas nucleases, ribonuclease H1 (que degrada o RNA presente em dúplex RNA-DNA) e ribonuclease FEN-1 (F1 nuclease 1). A Pol δ então preenche as lacunas e a DNA ligase fecha os cortes, produzindo filamentos fechados por ligação covalente. 
TELOMERASE E REPLICAÇÃO DAS TERMINAÇÕES DO CROMOSSOMO 
- as DNA polimerases não replicam o segmento de DNA terminal do filamento lagging de um cromossomo linear.
- Na extremidade da molécula de DNA replicada de maneira descontínua, não haveria filamento de DNA para oferecer um grupo 3'-OH livre (iniciador) para polimerização dos desoxirribonucleotídios depois da excisão do iniciador de RNA do fragmento de Okazaki terminal
- A consequência da incapacidade de sintetizar após a retirada desse iniciador de RNA será observada na rodada seguinte de replicação cromossômica, quando o filamento agora encurtado do DNA servir como molde para a síntese de um novo filamento “parceiro”.
- O novo DNA dúplex não terá as sequências correspondentes àquelas do iniciador de RNA da rodada de replicação anterior. Essa perda de sequências é irreparável. Pior do que isso, é cumulativa. Após rodadas sucessivas de replicação, os cromossomos “encolherão” a partir de suas extremidades.
- A estrutura especial dos telômeros proporciona um ótimo mecanismo para que uma enzima que contém RNA, chamada telomerase, previna o encurtamento das extremidades cromossômicas. 
- Os telômeros dos seres humanos, que contêm a sequência repetida consecutiva TTAGGG, serão usados para ilustrar como a telomerase trabalha nas extremidades dos cromossomos (Figura 10.33 B). A telomerase reconhece a sequência de telômeros rica em G na extremidade 3' e estende-se no sentido 5' → 3', uma unidade repetida por vez. A telomerase não preenche a lacuna oposta à extremidade 3' do filamento-molde; ela apenas estende a extremidade 3' do filamento-molde.
- Depois que a telomerase acrescenta várias unidades repetidas ao telômero, a DNA polimerase catalisa a síntese do filamento complementar. Não fosse a atividade da telomerase, haveria encurtamento progressivo dos cromossomos lineares. Se as deleções das terminações abrangessem um ou mais genes essenciais, esse encurtamento do cromossomo seria letal.
· A replicação é semelhante a procariotos
· Eucariotos possuem múltiplas origens de replicação
· Helicase
· Topoisomerase
· As fitas simples são estabilizadas pela proteína de replicação A (Rp-A)
· DNA ligase
AULA 02 – Teórica: Mutações gênicas e reparo de DNA
Genética enfoque conceitual (Pearce) 
Mutação: alteração de nucleotídeos no DNA
Categoria das mutações 
Mutação somática: célula somática se torna célula mutante sofre mitose que gera populações de células mutantes. 
Mutação germinativa: célula germinativa sofre a mutação e se torna a célula mutante que será passada pela reprodução sexual, dessa forma, TODAS as células são mutantes.
 Mutações gênicas 
- acontece em nível de DNA que tem uma alteração na sequência 
- afeta apenas um único gene
 Mutações cromossômicas
- afeta vários genes
- duplicação, deleção, inversão, translocação
MUTAÇÕES GÊNICAS
· Substituição de base 
- Não há redução do tamanho da sequência, apenas há a troca do nucleotídeo 
1. Transição
Substituição pela mesma categoria de base nitrogenada (ex: purina por purina)
2. Transversão
Troca o tipo de base nitrogenada (ex: purina por pirimidina) 
3. Repetições expandidas de trinucleotídeos 
Ex: Síndrome do X frágil (CGG) 
Aumento expandido de uma sequência de três nucleotídeos 
Consequências desses tipos de mutação
· Mutação sinônima ou silenciosa: não se observa consequência no fenótipo
· Mutação de sentido trocado (conservativa): há troca do aminoácido, mas é considerada conservativo pois os dois pertencem ao mesmo grupo bioquímico
· Mutação de sentido trocado (não conservativo): há troca do aminoácido e altera, também, o grupo bioquímico do aminoácido 
· Mutação sem sentido: a troca de base não faz com que o códon seja correspondente (stop códon) 
· Inserção de base 
- Aumento de um nucleotídeo na sequência
- Altera completamente o tamanho da sequência e a matriz de leitura
Consequências
· Mudança da matriz de leitura
· Deleção de base
- Diminuição de um nucleotídeo na sequência
- Altera completamente o tamanho da sequência e a matriz de leitura 
 Mudança da matriz de leitura
Causas das mutações gênicas
- As mutações podem ser espontâneas como induzidas 
- Espontâneas: 
1. presença de bases tautoméricas mudanças químicas que alteram as ligações (ex: mudança de próton). Ocorre o estabelecimento de bases nitrogenadas que não fariam esse ligação (ex: A-C/ T-G)
2. Oscilações (principal causa): Formato da molécula é flexível, dessa forma há ligação com bases que naturalmente não se ligavam, sem mesmo ser bases tautoméricas. O formato de dupla-hélice permite que isso aconteça. 
Erros espontâneos de replicação 
-Erro de incorporação (pode ser corrigido) pareamento errado incorporada à cadeia recém-sintetizada 
-Erro de replicação 
- Deslizamento no filamento – indels: acontece principalmente em regiões repetitivas (microssatélites) deslizamento do nucleotídeo na hora de ser replicada na fita replicada após a replicação essa base será inserida // pode haver deslizamento na fita molde que será deletada
 Nesse caso, é importante a ação das proteínas que estabilizam a fita simples 
- Mudanças químicas espontâneas
· Depurinação: Não há quebra da ligação de fosfato e, portanto, quebra de nucleotídeos e, sim, da ligação beta-glicosídica de bases purinas. Na replicação, a DNA polimerase ao encontrar o sítio apurínico, esta coloca uma adenina no local do sítio e continua a replicação normalmente. 
· Desaminação: perda do grupo NH2. No caso da citosina, esta se transforma em Uracila. Quando a desaminação acontece na 5-metilcitosina esta se transforma em uma timina. 
Induzidas: 
· Análogos de base: substâncias que são semelhantes quimicamente às bases nitrogenadas realizam o pareamento normal ou anormal com outra base nitrogenada. 
· Agentes intercalantes: esses agentes ficam entre as bases nitrogenadas na dupla-hélice. Altera completamente a matriz de leitura 
· Radiação ionizante: 
· Radiação UV: formação de dímeros de pirimidina (duas pirimidinas adjacentes na mesma fita que ao absorver a ligação UV forma ligações covalentes). As enzimas de replicação não conseguem atravessar essas ligações. 
· As células eucariotas possuem uma DNA polimerase especializada: polimerase translesãon(eta) 
· Ultrapassa os dímeros e insere,preferencialmente, AA
· Polimerase propensa a erro (em oposição a CT)
Reparo de DNA 
Reparo direto – dependente de luz: há o reparo direto na base nitrogenada sem trocas através da luz.
Reparo por excisão
· Excisão de Bases (BER): só a retirada da base com problema (utilizam as enzimas glicosilases para cada base mutada há uma glicosilase específica formação de um sítio apurínico que já possui molde Enzina AP endonuclease cliva a ligação fosfodiéster DNA polimerase preenche com um nucleotídeos correto DNA ligase estabelece uma ligação fosfodiéster)
· Excisão de nucleotídeos (NER): retirada dos nucleotídeos com problema ( um grupo da enzimas escaneiam o DNA e encontram o dano na região esse grupo de proteínas clivam as extremidades da ligação entre elas e a fita, gerando um região grande do DNA, esse fragmento é carregado pela enzima e dessa vez a DNA polimerase realiza um novo DNA.
Reparo de pareamento errado: Procura-se as metilações necessárias na fita molde para que ocorra o reparo de forma certa. Isso acontece a partir de enzimas. Nos eucariotos ainda não sabem o que é usado para o reparo. 
Doenças Genéticas e defeito no reparo de DNA 
- Mutações que ocorrem em genes de reparo de DNA 
· Xeroderma Pigmentoso (XP) – autossômica recessiva 
· Sìndrome de Cockayne
· Tricotiodistrofia (TTD) 
AULA 03 – FLUXO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA – TRANSCRIÇÃO E PROCESSAMENTO DE RNA 
Transcrição ou Expressão gênica
- Síntese de todos os RNAs da célula
- Conecta o genótipo ao fenótipo 
- É um dos principais processos em que ocorre a regulação da expressão gênica
- Transcrição (síntese de rna tendo dna como molde) e síntese de RNA (síntese de RNA podendo ter RNA como molde nem sempre são sinônimos 
· Nucleotídeos de RNA
· Apenas uma fita do DNA é utilizada como molde 
· Não é preciso primer Pois quem está adicionando é uma RNA polimerase 
· A transcrição ocorre APENAS em um determinado gene, não por todo o DNA 
· Gene: segmento de DNA que será transcrito 
· Ocorre no núcleo da célula 
- Unidade de transcrição: região de iniciação da transcrição, região codificado e região de término da transcrição 
- Inicialmente toda região do gene será transcrita transcrito primário (éxons e introns), logo após, o íntron será retirado enquanto os éxons unidos 
- O processamento de RNA é importante para que o RNA possa sair pelos poros da membrana nuclear 
- A fita 3’ ->5’ do DNA nem sempre será a região que o gene será transcrito, podendo transcrever da região 5’->3’ no sentido ao contrário 
Unidade de Transcrição
- Região promotora: não é transcrita (única), porém é ela que indica a RNA polimerase onde começa e qual fita será usada como molde. A indicação é a partir de uma sequência de nucleotídeos 
- Região codificadora
- Região de término
Transcrição em Procariotos 
A RNA polimerase atua como a helicase, também coloca os nucleotídeos do RNA como molde, reconhece a região promotora e ela já estabelece as ligações de hidrogênio do DNA que ela usa como molde. 
Cerne da RNA polimerase: fator sigma é importante para reconhecer a região promotora do RNA (RNA polimerase holoenzima). Ao reconhecer, essa subunidade se desliga da RNA visto que já reconheceu. 
A RNA polimerase bacteriana é inibida por rifampicina 
· O antibiótico previne o início da síntese da cadeia de RNA
As sequências de consenso por serem muito semelhantes conseguem ser captadas por um mesmo RNA polimerase para que diversos genes sejam transcritos
A RNAP é capaz de um certo tipo de revisão (por colocar nucleotídeos) durante a transcrição pode causar giro extras de DNA por abrir a molécula
Topoisomerase: tirar possíveis torções causadas pela RNA polimerase
Em bactérias existem dois mecanismos de terminação: (existem genes de terminação intrínseca e genes dependente de rho) 
· Terminação intrínseca: não depende de proteína, a região de término é uma região de sequência repetida e invertida, e logo após essa sequência há a presença de 6 adeninas O RNA também terá essa sequência repetida e invertida e uma sequência de URACILA NO RNA isso fará com que há ligações nessa sequência repetitiva (herping – grampo de cabelo), já a sequência da Uracila e Adenina é uma área de ligação de hidrogênio fraca que será rompida. 
· Terminação dependente de rho: transcrição pela RNAP (ela reconhece a região de terminação e fica parada), dessa forma a proteína rho reconhece e se liga ao RNA, A RNA polimerase pausa na região terminadora e a proteína rho alcança o local, a proteína rho desfaz o hibrído DNA-RNA (função de helicase), RNA polimerase, rho e RNA são liberados 
Transcrição em eucariotos 
Região promotor regulador: 
Cerne do promotor: há regiões de consenso (sequencias), mesma função do procariotos.
RNA polimerase ( I a 5): apesar das diferenças, o funcionamento será o mesmo I transcreve (ribossômico), 2 (mensageiro), 3 (transportador)
A RNAP é inibida especificamente por alga-amanitina, isolado do cogumelo amanita phalloides, altamente tóxico e bloqueia e etapa de elongação
· Inibição mais ou menos seletiva, dependendo da concentração para inibição da RNAP II baixas concentrações já são suficientes, uma alta concentração é necessária para inibição da RNA III e somente em uma concentração muita alta a RNAP I 
As RNA polimerases eucarióticas necessitam dos fatores de transcrição (proteínas independentes da RNAP) para início da síntese
Ligação da RNAP na região promotora, mas para que ela ligue é necessário fatores de transcrição e chegam primeiro na região promotora para que ela possa ligar. 
- A terminação em eucariotos não está bem elucidada
 RNAP II: sintetiza RNA muito depois da sequência codificadora, uma endonuclease corta a ponta 3’ do pré-mRNA
· RNAPI: requer fator de término se liga ao DNA
· RNAP IIII: transcreve sequência finalizadora semelhante a terminação intrínseca de procariotos 
PROCESSAMENTO DE RNA 
Acontece para todos os outros RNAs
O transcrito primário passa por clivagens para formar os RNA precurssores, para eucariotos e procariotos (acontece no rna ribossômico) 
Processamento de tRNA inclui: 
- Remoção de íntrons, remoção de sequências adjacentes as extremidades 5’ e 3’, adição da sequência CCA à extremidade 3’ (onde aminoácidos se ligam para ser transportados) e modificação de bases
Processo de mRNA
- exclusivo de eucariotos, nos procariotos o RNAm já é diretamente traduzido sem precisar de processamento do RNA
-trancscrição do RNA prémRNA os íntrons e exóns são transcritos , primeira codificação que acontece é a Cap5’ que será uma forma de sinalizar como o rna precisa ser lido logo após há o acréscimo da cauda poli(A) 3’ não é transcrita e sim adicionada por uma enzima com a mesma função do Cap5’ Ocorre a excisão do íntron (splicing) RNAm maduro 
 Splicing alternativo 
	Gene composto por 3 exons e 2 íntrons, ocorre a transcrição de todo o gene (pré-mRNA) – sítio de clivagem e poliadenilação – (splicing) reunião de exons e extração dos íntrons
O splicing alternativo pode haver a retirada de introns e exons para que produza proteínas diferentes para determinada função em um órgão
- esse splicing pode levar a problemas como a Beta-talassemia
- Só mensageiro
Edição de RNA 
- Só mensageiro 
- Ocorre a transcrição e retirada de sequencias de íntrons (normalmente) -> após a transcrição, ocorre a edição – a base sofre uma desaminação podendo formar um códon de parada – produção de outra proteína na tradução
AULA 04 - FLUXO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA – TRADUÇÃO E CÓDIGO GENÉTICO 
Ligação Peptídicas 
- Ocorre na extremidade amino de um aminoácido e carboxi de outro aminoácido 
- Existem 20 aminoácidos que serão usados para síntese proteica, cada um com a sua compatibilidade (variação do radical) 
- Ribossomo 80S – eucarioto / Ribossomo 70S – procarioto
- RNAt anti-códon (trinca de nucleotídeos) – trinca complementar aos códons do RNAmensageiro // alça ou haste aceptora – TRINCA CCA – onde o aminoácido será carregado. Não é transcrita. 
Código Genético 
- O Código genético é redundante (mais de um códon pode especificar o mesmo aminoácido), não-ambíguo( um códon corresponde somente um aminoácido) e quase universal (vale para diversos seres vivos com algumas exceções como mitocôndria, cloroplasto e alguns procariotos) 
 AUG – códon de iniciação – sempre onde começará uma proteína – metionina 
UAA, UGA, UAG – stop códon – proteína se encerra 
Hipótese da Oscilação 
- Não existe anticódon na mesma proporção de códons do RNA mensageiro
- A hipótese de oscilação acontece quando os códons dão origem ao mesmo aminoácido, ou seja, não há compatibilidade na última letra do códon, porém o RNAt consegue identificar originando o mesmo aminoácido
- A osciliação é capacidade de diferentes códons serem identificados pelo mesmo anticódon originando o mesmo aminoácido
Se todos aa se ligam à Haste aceptora, da sequência CCA, como um RNAt se liga ao aa apropriado? 
· Aminoacyl-tRNA sintetase: existem 20 tipos dessa enzima 
· Aminoacyl – tRNA: está ainda com o aminoácido ligado ao transportador 
· Essa enzima sintetiza o aminoacyl – tRNA
SÍNTESE DAS PROTEÍNAS
Em Procariotos (muito semelhante aos eucariotos) 
- Ao RNAm se ligar ao ribossômico, há a presença de um sítio ativo chamado de EPA – no sítio A haverá a entrada do RNAt com o aminoácido, no sítio P haverá a entrada do RNAt com o polipeptídio (proteína em formação), sítio E local de saída do RNAt
Complexo de Iniciação 70s
- A menor subunidade do ribossomo reconhece o códon de iniciação para se acoplar ao RNA mensageiro. Além disso, para que se inicie, os fatores de iniciação (proteína) se ligam ao RNA mensageiro para trazer o RNAt com a metionina (AUG). 
- Após a liberação do fator de iniciação, há entrada da segunda subunidade ribossômica. 
- O primeiro códon UAG se liga ao sítio P, por isso que o primeiro aminoácido se liga só sítio P 
- O RNA ribossômico é responsável pela ligação peptídica pela maior subunidade ribossômica 
 Sequência Shine-Dalgarmo: AGGAGG essa sequência precede o AUG (iniciação), reconhecida por 7 nucleotídeos antes do AUG nessa sequência AGGAGG – haverá o pareamento de bases com o RNAr (EXCLUSIVO DE PROCARIOTOS) 
· Sequência Kozaki: mesma função para EUCARIOTOS, entretanto o AUG está dentro da sequência de Kozaki A MENOR SUBUNIDADE TANTO PARA EUCARIOTOS E PROCARIOTOS FAZ O RECONHECIMENTO DA SEQUÊNCIA, O QUE MUDA É A SEQUÊNCIA 
Síndrome de Bowen-Conradi 
- Mutação de uma única base no gene EMG1 no cromossomo 12 
- Codifica proteínas importantes no processamento do RNA 
- Toda tradução é afetada 
Alongamento 
Término 
- Não existe anticódon para códon de parada, dessa forma, o fator 1 de liberação (proteína) reconhece o códon de parada e, assim, o ribossomo e o rna t se desliga do rna mensageiro 
- O ribossomo reconhece as extremidades para ser lido no sentido correto (cap 5’ e cauda poli A)
Tradução e antibióticos 
- Tradução é alvo de vários antibióticos 
- Processo diferenciado entre procarioto e eucarioto 
- Muitos se ligam a ribossomos bacterianos inibindo a tradução 
 Tetraciclina: se liga ao sítio A do ribossomo bacteriano
Neomicina: se liga ao ribossomo bacteriano próximo ao sítio A e induz a erros de tradução 
Cloranfenicol: se liga à subunidade maior do ribossomo 
Estreptomicina: se liga a subunidade menor do ribossomo 
Eritromicina: bloqueia a translocação do ribossomo 
Puromicina: estrutura tridimensional semelhante a RNAt; ocupa o o sítio A, inibindo a ligações de RNAt, porém não consegue ocupar o sítio P, bloqueia a translocação (alongamento), inibe a tradução em bactérias e células eucarióticas

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