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Conceito de Resiliência Urbana

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1. Conceito de Resiliência Urbana
	Ao passar dos anos, com o crescimento das cidades, as mudanças populacionais e climáticas, se tornam cada vez mais evidentes. A falta de preocupação dos governantes, com o crescimento desordenado e a falta de preparo em relação a possíveis desastres faz de nossas localidades, um alvo a ser abatido a qualquer momento.
	Apesar de temporariamente caóticas, vem surgindo o termo resiliência urbana, que nos desafia a pensar fora da caixa, a não somente nos reerguermos, mas também a nos prevenirmos. O termo resiliência segundo o dicionário significa, elasticidade, capacidade de renovação. Trazendo esta palavra para o conceito urbano, é possível se pensar em municípios não unicamente preparados para não apenas se regenerar, mas também capazes de se desenvolver. 
	Com medidas de moderação, no modo de se socializar e ocupar, os municípios conseguem obter um modo reativo muito mais eficaz, do que apenas deixar os ventos os levarem ao caos inerente, sem chances de se reerguerem. Mas uma cidade resiliente não é apenas reativa, mas também antecipada, que prevê os riscos que ocorrem com a falta de planejamento, e estipula planos ocupacionais e sociais.
	Uma cidade inteligente, segundo Evgeny Morozov e Francesca Bria, é uma cidade que visa o coletivo, que não se limita há busca por riqueza e privatizações, mas que idealiza o bem comum, socialmente, culturalmente e espacialmente. Isso dá há entender que uma localidade resiliente é combinada a diversos fatores, não apenas climáticos, mas habitacionais, e econômicos.
1.1. A ligação entre a resiliência, a urbanização e a vulnerabilidade.
	O olhar que se deve ter para atender de forma adequada a população precisa de planejamento e ação interligadas. Com o crescente números de desastres socioambientais, se dá por ações dos inconsequentes do homem. A ocupação irregular, de áreas instáveis, a urbanização acelerada que não se preocupa com o espaço natural só colaboram para o caos iminente.	
	A vulnerabilidade é dada a partir de uma série de razões, podendo ser históricas, geracionais, sociais, econômicas, entre outras. Uma família não mora em uma área de risco por querer, ela é levada a esta decisão extrema pelo descaso que deram a ela, a falta de oportunidade de emprego, por vezes por uma discriminação que sofreu, o leva ao local mais barato para manter sua família, sendo na maioria das ocasiões o menos seguro, e mais distante dos centros, os chamados subúrbios. Segundo Ojima, não se pode esquecer que vulnerabilidade não é apenas a exposição das pessoas ao risco, mas também o tempo de reação dela após uma intercorrência.
	No momento em que essa vulnerabilidade é escancarada, quem deveria defender este cidadão e o fornecer medidas corretas e eficazes de moradia não o faz, tudo isso pela busca de uma cidade moderna e tecnológica. Desde a década de quarenta, quando a urbanização das cidades brasileiras chegava a 31%, a sua dinâmica espacial era considerada ultrapassada e antiquada. Vimos um modelo ocupacional que anda sempre atrás de padrões internacionais, um padrão que não atende aos limites demográficos existentes nos estados brasileiros. Com toda a sua biodiversidade, um país que poderia ser referência em sustentabilidade, se encontra acanhado e confuso, com ações e defraudam suas matas e veios de rios.
	A resiliência na urbanização é completamente ligada a esta vulnerabilidade presente nos estados brasileiros. O crescimento desenfreado nos últimos tempos, ocasiona um colapso extremo em cidades que não estão preparadas para tal expansão. 
	Como exemplo de todo este crescimento desenfreado, podemos observar a cidade do Rio de Janeiro, que ao longo de sua história nunca se preocupou com um planejamento eficaz, capaz de valorizar sua fauna e flora tão rica. Ao contrário, a crescente fez com que a desigualdade social só criasse um abismo cada vez maior, acarretando a ocupação dos morros, com moradias irregulares, locais esses atualmente conhecidos pelo elevado índice de violência. Mas como tudo o que está ruim pode piorar, esta falta de zelo não se limita as ocupações irregulares, mas também a disposição ineficiente da infraestrutura urbana, que começa obras e não as conclui, gerando um grande acúmulo de materiais construtivos, que se unem ao lixo descartado nas ruas pela população, pois se nem o estado se preocupa com a limpeza destes locais, imagina a população. Este acúmulo todos, em épocas intensas de chuva acarreta enchentes preocupantes, que consegue afetar não apenas os bairros mais humildes, mas os de classe alta também.
	Em conta partida, mesmo com estas frequentes enchentes, não encontramos meios de mitigar estas ocorrências, pelo contrário, vemos um governo que persiste nesta forma irresponsável de se habitar, ser levar em consideração o espaço natural e sua conservação.
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101668.pdf
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2016/04/15/so-metade-das-cidades-brasileiras-tem-plano-diretor-aponta-ibge.ghtml

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