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Caderno de Adminsitração Financeira Julio Cesar

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Universidade Estácio de Sá – Campus Cabo Frio
Caderno de Administração Financeira
Julio Cesar de Souza – 2013.1
Arraial do Cabo, 25 de fevereiro de 2013.
Aula 1 – Aula 1: Síntese de Administração Financeira
Introdução
A administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro. Estes 
administradores devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa, 
mesmo se a empresa for: sem fins lucrativos, empresa pública ou privada.
Mas afinal, o que são Finanças?
Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do capital. Também podemos afirmar 
que todos os indivíduos e organizações recebem, gastam e investem o seu dinheiro. 
A área de finanças irá preocupar-se com a dinâmica do processo entre os indivíduos, empresas e 
instituições. Esta área é ampla e dinâmica, e afeta todos os setores da empresa, mas 
principalmente os setores: financeiro e de administração financeira.
Setores Financeiros - Preocupam-se com o desenvolvimento e a entrega de serviços.
Seores Administrativos - Planejamento, captação de fundos para financiar a empresa, concessão 
de crédito a clientes, etc.
Função da administração financeira
Para entender a função da administração financeira é importante conhecer as modalidades 
jurídicas de organização de empresa.
As três modalidades mais comuns são:
Firma individual
É uma empresa de propriedade, com uma única pessoa. É muito mais simples criar este tipo de 
empresa, já que é sujeita a menos regulamentações. 
Responsabilidade da Firma Individual - É uma responsabilidade sobre as dívidas da Empresa, é 
ilimitada e cabe ao proprietário o direito ao Lucro, assim como as obrigações com as dívidas. 
Desta forma, não há distinção entre rendimentos de pessoa física e de pessoa jurídica, desta 
forma o lucro da empresa é tributado como se fosse rendimento de pessoa física.
Sociedade por cotas
É uma empresa de propriedade, com dois ou mais proprietários. 
Responsabilidade da Sociedade por cotas - A responsabilidade de uma sociedade por quotas é 
limitada, na qual cabe a um ou mais sócios gerais a responsabilidade pela gestão da empresa, 
mas haverá um ou mais sócios limitados que não terão participação ativa no negócio. 
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O sócio limitado terá a responsabilidade pelas dívidas da empresa, e essa é restrita ao montante 
que tenha contribuído para o capital da sociedade, ou seja, ele só responderá na proporção da sua 
participação.( ex: se este sócio possui 50% das cotas, ele só responderá pelas obrigações na 
mesma proporção, ou seja, 50% desta obrigação)
Sociedade por ações
A sociedade por ações é regida pela Lei 6404/76 (lei da S.A). É uma sociedade anônima com o 
capital dividido em ações.
Responsabilidade da Sociedade por ações - A responsabilidade dos sócios é limitada pelo preço 
da emissão das ações subscritas ou adquiridas.
Todas as áreas da empresa são obrigadas a interagir com o pessoal de finanças e com o 
procedimento da administração financeira.
A função da administração financeira tem uma relação com a teoria econômica e com a 
contabilidade e as atividades básicas do administrador.
Estrutura da função financeira 
Todos os setores da empresa interagem com o setor financeiro. 
Responsável pela gestão da atividade financeira Atividades fiscais e contábeis
Tesoureiro: geralmente é responsável pela gestão de 
atividades financeiras, tais como planejamento financeiro e 
captação de fundos, tomada de decisões de investimentos, 
gestão de caixa e gestão de atividades de crédito, etc. 
Controller: lida com atividades contábeis, tais 
como: contabilidade gerencial, gestão de assuntos 
fiscais, contabilidade financeira, etc. 
Objetivo da administração financeira
Alguns dizem que o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro, mas para alcançar este 
objetivo, o administrador financeiro deveria concentrar-se apenas no lucro geral da empresa, mas 
não é o que acontece. As Sociedades por ações medem seus lucros em termos de lucro por ação 
(LPA).
Mas a Maximização do lucro não é o objetivo, pois sendo assim, ele ignoraria a distribuição dos 
resultados no tempo, os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas e o risco.
A administração financeira compete à gestão racional dos recursos financeiros da empresa. 
Quando os recursos são escassos, cabe ao departamento financeiro tomar as decisões, a fim de 
obter os melhores benefícios no futuro.
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O objetivo de uma empresa pode ser declarado de várias maneiras, como maximização dos 
lucros, maio, participação de mercado, maximização das vendas e da riqueza dos proprietários, 
etc.
O principal objetivo da Administração Financeira é o de maximizar a riqueza dos 
sócios/acionistas. Para que isso aconteça, as atribuições do Administrador Financeiro podem ser 
sintetizadas em três atividades básicas:
A - Realização de análise e planejamento financeiro.
B - Tomada de decisões de investimentos.
C - Tomada de decisões de financiamento.
Maximização dos lucros
A Maximização dos Lucros é o objetivo principal de uma empresa, a ideia é ter lucros cada vez 
maiores em um curto prazo.
Neste sentido o administrador pode tomar diferentes decisões, como minimizar as despesas com 
promoções de produtos, por exemplo: 
✔ Não realizar manutenção adequada em máquinas e equipamentos. 
✔ Substituir mão de obra qualificada de salários altos.
✔ Substituir matéria prima de qualidade. 
Segundo Gitman (1997), a maximização do lucro não considera o risco, porém, a maximização 
da riqueza considera explicitamente o risco. 
Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e retorno, 
na qual: 
Acionistas - Esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco, cada vez mais 
cedo.
Administradores Financeiros - Precisam levar em conta o risco, ao avaliarem investimentos 
potenciais.
Maximização da Riqueza dos Proprietários - Busca elevar o preço de mercado de ações ou da 
empresa. Essa elevação não resulta apenas dos lucros presentes, mas também do potencial de 
lucros futuros, da política de dividendos, da estrutura de capital, do crescimento, da segurança e 
outras variáveis.
Maximização do lucro - Não considera o risco, porém, a maximização da riqueza considera 
explicitamente no risco.
Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e retorno: 
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Risco x Retorno
Os acionistas esperam perceber maiores retornos de 
investimento de maior risco e vice-versa. 
Os Administradores Financeiros precisam, portanto, levar 
em conta o risco ao avaliarem investimentos potenciais. 
Indicar ano do autor e rever pontuação.
A Companhia Drury está estudando a expansão de sua linha de produção em um de seus dois 
novos produtos, C ou D. 
O produto C parece ser um produto relativamente seguro para se investir.
O produto D é considerado um item de moda altamente arriscado.
Após considerar todos os custos, espera-se que os dois produtos gerem os seguintes lucros por 
ação ao longo de suas vidas de cinco anos.
Se ignorarmos quaisquer diferenças no risco e usarmos uma abordagem de maximização do 
lucro, parece que o produto D seriao preferido.
Contudo, se considerarmos que o produto D é altamente arriscado, enquanto que o produto C 
representa um investimento seguro, a conclusão poderá não ser tão direta. A empresa poderá 
apenas exigir um retorno de 10% sobre o produto C, ao passo que, como compensação para o 
maior risco do produto D, tenha que obter 15%.
Tendo em vista que os acionistas exigem maiores retornos para maiores riscos, é importante que 
o Administrador Financeiro considere adequadamente o impacto do risco sobre os retornos deles. 
A abordagem da maximização da riqueza considera o risco, enquanto que a maximização do 
lucro o ignora. A maximização da riqueza é, portanto, a abordagem preferida.
Relações entre finança e contabilidade
As atividades do tesoureiro (financeiro) e do controller (contador) estão intimamente 
relacionados e com frequência.
A diferença básica entre finanças e contabilidade é que uma está relacionada a fluxo de caixa e a 
outra está relacionada à tomada de decisão.
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A função primordial do administrador financeiro é manter o grau de solvência da empresa, 
planejando seus fluxos de caixa.
A função primordial do contador = produzir e divulgar dados para a mensuração do desempenho 
da empresa, avaliando sua posição financeira, e para o pagamento de impostos.
O administrador avalia as demonstrações contábeis, produzindo dados para a melhor tomada de 
decisão, avaliando o risco e o retorno financeiro da empresa, com base em sua avaliação dos 
retornos e riscos correspondentes.
Os contadores se dedicam na coleta e apresentação de dados financeiros.
A tomada de decisão é a segunda diferença básica entre finanças e contabilidade. 
Tomada de Decisão
A falta de planejamento e controle financeiro faz com que muitas empresas quebrem. Elas 
apresentam insuficiência e inexistência de suporte financeiro necessários para sua organização, 
sendo indiscutivelmente necessárias de informações do Balanço Patrimonial, no qual se 
contabiliza estes dados na gestão financeira, analisando-se detalhadamente para a tomada de 
decisão.
A preocupação com a tomada de decisão, junto ao administrador financeiro, segue devido à 
decisão entre os investimento e financiamentos, além de determinar recursos para a empresa. 
Entretanto, as decisões são realmente tomadas com base nos efeitos de seus fluxos de caixa sobre 
o valor da empresa.
Etapas do processo de decisão de investimento
O processo de tomada de decisão de investimento possui algumas etapas, a saber:
Identificação da oportunidade ou necessidade de investimento 
Exemplo: Imagine uma oportunidade da abertura de uma nova empresa, o que lhe trará expansão 
nas vendas e consequentemente retornos financeiros. Mas outros problemas podem exigir 
investimentos, como: máquinas, equipamentos, mão de obra.
Busca de alternativa de investimentos
A busca de alternativa de investimentos deve ocorrer independentemente das preferências de 
investimento do investidor. Mas lembrem-se: Estas alternativas mudam de investidor para 
investidor, em virtude de algumas variáveis e a aceitação do risco (renda fixa, ações, etc.).
Análise do Investimento
Após a busca das alternativas de investimento, cabe a análise das mesmas. Esta deve ser 
criteriosa e tecnicamente fundamentada, utilizando os métodos de Valor Presente Líquido, prazo 
de retorno do investimento e a taxa interna de retorno.
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Seleção do investimento
A seleção da melhor alternativa indicará a opção do investimento, assim será a escolha da 
alternativa que trará o retorno financeiro mais elevado, com o nível de risco aceitável pelo 
investidor.
Objetivo da empresa
Maximização de Riquezas - Podemos admitir que o objetivo principal da empresa, e, por 
conseguinte, de todos os administradores e empregados, é o de maximizar a riqueza de seus 
proprietários.
A maximização da riqueza em uma sociedade por ações é medida pelo preço da ação, ou seja, 
pelo valor que seria alcançado na venda dos direitos de participação no seu capital.
Minimização das despesas - O objetivo de melhorar os resultados apresentados pela empresa e 
aumentar o valor do patrimônio, por meio da geração de lucro líquido. 
Como a empresa pode obter rendimento com os fundos que recebe, o recebimento preferido é 
aquele que vem mais rápido e com resultado satisfatório.
Funções do administrador
O Administrador é o responsável pela execução das funções financeiras da empresa.
As atividades do administrador financeiro podem ser relacionadas às demonstrações financeiras 
básicas da empresa. Suas atividades primárias fundamentais são:
1. Analisar e elaborar o planejamento financeiro - Transformar os dados financeiros, de 
forma que possam ser utilizados para monitorar a situação financeira da empresa; Avaliar 
a necessidade de se aumentar ou reduzir a capacidade produtiva e determinar aumentos 
ou reduções dos financiamentos requeridos.
2. Tomar decisões de investimento - Determinam a combinação e os tipos de ativos 
constantes do balanço patrimonial da empresa). 
Tais decisões são importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecução de seus 
objetivos.
3. Tomar decisões de financiamento - Primeiramente, lida com a combinação mais 
apropriada entre financiamentos em curto e longo prazos deve ser estabelecida. Uma 
segunda preocupação, igualmente importante, é que fontes individuais de financiamento, 
em curto ou longo prazos, são as melhores, em um dado instante.
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Posição do administrador financeiro junto à empresa
Agency
Quando a empresa cresce, o proprietário se afasta de algumas atividades operacionais, e para 
realizar essas funções contratam-se os gestores. 
Quando a empresa se torna grande demais, ela recorre à abertura de capital e assim capta 
recursos de terceiros por meio da emissão de ações. O proprietário se torna acionista e contrata 
um administrador responsável por esse gerenciamento e dá a ele o poder de tomar decisões.
Administradores não proprietários - São contratados como agentes dos proprietários, que os 
contratam e delegam poderes para tomar decisões e administrar a empresa em nome deles. Este é 
um problema, pois muitos não se preocupam com o objetivo da empresa e sim com seus 
objetivos pessoais.
Riscos de custos de Agency - Para minimizar o que chamamos de risco de custo de agency e 
contribuir para a maximização da riqueza do proprietário, os acionistas incorrem ao custo de 
monitoramento do comportamento do administrador. Como uma proteção contra os atos 
desonestos do administrador e a concessão de incentivos pecuniários a esses profissionais para 
maximizar o preço da ação.
Separação de propriedade e gestão - Quando a empresa é separada entre propriedade e gestão, 
passamos a ter a figura do principal e do agente. O principal representa os acionistas e o agente 
representa os administradores contratados. 
O que se espera do Agente?
Espera-se que ele realize ações alinhadas com o modelo de gestão do principal e que suas 
decisões atendam os propósitos de maximização da riqueza.
Algumas situações que resultam em conflito de interesses por divergiremdos interesses próprios 
desses atores:
1 - O principal no comando da empresa pode implementar projetos de maior risco e retorno. 
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O agente deve preferir projetos de menor risco, que não lhe causem problemas.
2 - O ganho que a empresa proporciona ao principal é considerado residual e ao agente cabe o 
ganho contratual.
3 - Já que a empresa é constituída sob o pressuposto da continuidade, as ações do agente, antes 
desenvolvidas pelo principal, devem ser empreendidas a fim de garantir a sobrevivência da 
empresa no longo prazo.
Como reduzir os conflitos de agência
Para minimizar os conflitos, ou até mesmo resolvê-los, devem ser criados mecanismos eficientes 
para a convergência de interesses entre o principal e o agente.
Estes mecanismos são os incentivos e o monitoramento. O incentivo é a remuneração dos 
agentes. Eles podem ser remunerados com o recebimento de ações da empresa, ou com a opção 
de compra subsidiada pelas ações.
São Pedro da Aldeia, em 13 de março de 2013.
Aula 2 – Investimento
Análise de Investimentos
Analisar investimentos ou elaborar um orçamento de capital nos leva a avaliar a viabilidade 
financeira dos investimentos e quando realizada envolve várias condições, critérios e objetivos.
O primeiro método que utilizamos é o: VALOR PRESENTE LÍQUIDO
O Valor presente líquido (VPL) é uma técnica que procura avaliar em valor atual os fluxos de 
caixa de um determinado projeto de investimento, onde todos os valores são trazidos para a data 
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presente, por meio de uma taxa de desconto, também conhecida como taxa de atratividade.
O Valor presente líquido proporciona uma comparação entre o valor do investimento e o valor 
dos retornos esperados com todos os valores considerados no momento atual.
Na análise de um projeto de investimento, é a técnica mais aceita por não deixar dúvidas sobre a 
decisão a ser tomada.
Onde: Fc0 ou I = investimento realizado, está no tempo 0 (ZERO) por ser desembolso.
 FCn = fluxos de caixa líquido, esperados como retorno do investimento, portanto, uma 
entrada.
 I = taxa de desconto ou taxa de atratividade, a qual permite trazer o Fluxo de caixa a 
valor presente.
Se: VPL > 0, o projeto será aceito, pois os retornos oferecidos cobrirão o capital investido, o 
retorno mínimo exigido e ainda oferecerão um ganho líquido extraordinário ao investidor.
Se: VPL < 0, o projeto será rejeitado, pois os retornos oferecidos não cobrirão o capital investido 
acrescido do retorno mínimo exigido.
Se: VPL = 0, o projeto será indiferente, pois seu retorno apenas cobrirá o capital investido, ou 
seja, não oferece nenhum ganho além.
Uma empresa pretende investir em um projeto o valor de $55.000,00, que deverão proporcionar 
receitas líquidas a partir de 2009 conforme tabela a seguir:
Ano Receitas Líquidas ($)
2009 15500
2010 18800
2011 17200
2012 17200
2013 17200
2014 13500
Sabendo-se que o valor de revenda dos equipamentos no ano 2010 é estimado em US$9000,00 e 
que a taxa de retorno esperada é igual a 21% a. a., pede-se analisar se o investimento planejado é 
rentável.
Solução:
Temos:
Investimento inicial = Co = 55000.
Receitas: 
C1 = 15500, C2 = 18800, C3 = C4 = C5 = 17200; 
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no sexto ano a receita será C3 = 13500 + 9000 = 22500, pois teremos 13500 do ano mais o preço 
de revenda 9000.
Teremos então:
VPL para uma taxa de juros i = 21 % a. a. = 21 /100 = 0,21 a. a. \ 1 + i = 1 + 0,21 = 1,21
Substituindo na fórmula do VPL vem:
VPL = VP - Co = = 15500 / 1,211 + 18800 / 1,21 2 + 17200 / 1,21 3 + 17200 / 1,214 + 17200 / 
1,215 + 22500 / 1,21 6 - 55000 
Usando uma calculadora científica teremos:
VPL = 12809,92 + 12840,65 + 9708,95 + 8023,93 + 6631,34 + 7169,19 - 55000 = + 2183,98.
Como o Valor Presente Líquido - VPL é um valor positivo, infere-se que o investimento é 
rentável e poderá ser feito, pois a taxa efetiva de retorno será certamente superior aos 21% a. a. 
(21% ao ano) esperados pela indústria.
Usando a calculadora financeira HP 12C, a sequência de comandos seria:
f CLEAR reg
55000 CHS g Cfo
15500 g CFj
18800 g Cfj
17200 g Cfj
17200 g Cfj
17200 g CFj
22500 g Cfj
RCL n (aqui vai aparecer no visor o número 6, pois são 6 valores no fluxo de caixa)
21 i (lembre-se que a taxa i é 21%)
f NPV (teclar f e em seguida NPV)
Aparecerá no visor da calculadora o valor 2.183,9868
Considerando um projeto da empresa Truke de mestre com Investimento Inicial de $ 1.500, 
fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%, e que 
o tempo que a empresa estipulou para recuperar o investimento é de 2 e 5 meses, pede-se:
Determine o VPL.
1500 CHS g CFo
200 g CFj
350 g CFj
450 g CFj
550 g CFj
10i
F NPV -315,17
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Neste caso, o VPL foi negativo. Desta forma o projeto de investimento deverá ser rejeitado.
E se mudarmos a taxa de retorno do problema anterior para uma taxa de retorno esperada igual a 
25% a. a. Quanto seria?
NPV = - 3.182,1440 (como o Valor Presente Líquido é negativo, o investimento não seria 
rentável, pois neste caso, a taxa efetiva de retorno seria menor do que os 25 % a. a. esperados 
pela indústria).
O segundo método de orçamento capital: PRAZO DE RETORNO DE INVESTIMENTO 
(PAYBACK)
É a medida do prazo de retorno do investimento. É onde encontramos a resposta de quanto 
tempo precisamos para recuperar o capital que foi investido. Este tempo é medido em meses, 
anos, dias, etc.
Payback simples é o tempo necessário para a recuperação do investimento
EX:
Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará um fluxo de caixa anual 
no valor de $ 350,00. Em quanto tempo ele recupera o seu capital?
Quando as entradas de caixa forem iguais bastará dividir o valor do investimento por apenas uma 
das entradas líquidas de caixa.
Sendo assim, teremos PB = 1000 /350 = 2.86 anos aproximadamente.
 
Então o resultado é 2,86 anos, ou seja, maior que dois anos e menor do que 3 anos. Vamos supor 
que o investidor queira o resultado mais preciso.
Então o tempo de recuperação do capital de $1000,00 será em: 2 anos, 10 meses e 10 dias.
O melhor investimento é aquele em que se recupera o capital em menor tempo.
Agora vamos supor que o mesmo investidor com o mesmo capital de $ 1000,00 investe em um 
projeto com as seguintes entradas líquidas de caixa:
Vamos lá! Entradas diferentes de caixa. Não poderemos fazer como o método anterior, mas é 
fácil.
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Como já sabemos que em 3 anos temos $900,00, só faltam $ 100,00, mas no quarto ano o valor 
ultrapassa. Então vamos dividir o que falta ($100,00) pelo que o próximo ano nos oferece ($ 
3500,00).
100/300 = 0,3333333 ano
Agora o procedimento é o mesmo, aconselho anão “zerar “ a máquina, podemos utilizar todos 
os números e multiplicar por 12 que é a quantidade de meses que tem o ano.
0,3333333 x 12 = 4 meses
Resultado
O capital será recuperado em 3 anos e 4 meses.
Chegamos à conclusão que o melhor investimento é o primeiro projeto! Isso mesmo, aquele que 
se recupera o capital mais rápido.
 
Então chegamos a conclusão que os critérios para a tomada de decisão são os seguintes:
Se o período de payback for menor que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto 
será aceito.
Se o período payback for maior que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto será 
rejeitado.
Taxa Interna de Retorno (TIR)
A taxa interna de retorno é uma taxa média periódica de retorno de um projeto suficiente para 
repor, de forma integral e exata o investimento realizado.
Taxa Média periódica de retorno - Representa a rentabilidade do projeto.
Taxa interna de retorno - É o momento em que são igual das as saídas e entradas de caixa, ou 
sendo mais claros, o momento em que após ter descontado as entradas de caixa, encontraremos o 
valor do investimento, ou seja, o VPL é igual a zero.
O cálculo da TIR dá um pouco mais de trabalho, já que podemos calcular através de tentativas, 
mas para evitar perda de tempo, podemos utilizar a calculadora financeira.
Ex:
Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará o seguinte fluxo de 
caixa anual:
Ano 1
R$ 220,00
Ano 2
R$ 605,00
Ano 3
R$ 339,30
Qual a TIR deste projeto?
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Zero = -1000,00 + 220 (1+TIR)1 + 605 ( 1+TIR)2 +399,30 (1+ TIR)3
Zero= -1000,00 + 220 (1,10) + 605 (1,10)2 + 399,30 ( 1,10)3
A TIR desse projeto é igual a 10%, observe que o VPL é descontado na mesma taxa de 
atratividade (10%), assim demonstrando que a VPL é igual a zero. Então seu resultado é 
INDIFERENTE.
Mas se tivermos uma maquina financeira, encontraremos o resultado rapidamente. 
Não esqueça!! A TIR é a taxa que mede o retorno do investimento.
Retornando todas as parcelas (entradas e saídas) de um fluxo de caixa para o “momento zero” 
(hoje) e igualando ao valor presente.
A equação que nos dá a taxa interna de retorno é a seguinte:
A solução algébrica desse tipo de cálculo é bastante trabalhosa. Perceba que a solução da 
incógnita ( i ) só será possível por tentativa e erro. Faríamos a substituição dos termos e, por 
meio de tentativas, iríamos nos aproximando da taxa ( i ).
Para visualizar melhor o problema, será necessário esquematizar um fluxo de caixa para cada 
situação.
Um investidor recebeu uma proposta para entrar como sócio numa empresa que fez a seguinte 
previsão de lucro:
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VPL x TIR
Quando os projetos são mutuamente exclusivos, ou quando há relacionamento de capital, esta 
classificação permite à empresa determinar qual deles é melhor pelo ponto de vista financeiro.
Quando há necessidade de um racionamento do capital, devemos aplicar um dos dois ou até 
mesmo os dois tipos de cálculos (VPL e TIR) para determinar qual o projeto a ser aceito. Uma 
das causas mais conflitantes é o reinvestimento de entrada de caixa intermediaria, ou seja, 
quando a entrada é realizada ao término do projeto.
O VPL pressupõe que as entradas intermediárias são reaplicadas ao custo de capital.
A TIR supõe que as entradas intermediárias são aplicadas a uma taxa igual à TIR do projeto.
Ex:
Considerando um projeto da empresa Truke de mestre, com Investimento Inicial de $ 1.500, 
fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%, e que 
o tempo que a empresa estipulou para recuperar o investimento é de 2 e 5 meses, pede-se:
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Determine o VPL Determine a TIR
Observe que o valor do VPL é negativo, ou seja, este projeto será rejeitado por este método, e 
como a TIR obteve um resultado menor do que a taxa de atratividade (10%), confirma a rejeição 
do projeto.
(Provão 2001) O diretor da Toalhas Joinville Ltda. deseja substituir uma empacotadora mecânica 
por outra eletrônica. Existem três empacotadoras candidatas. Apesar do investimento inicial ser 
o mesmo para todas as máquinas, a magnitude e a época de ocorrência dos fluxos de caixa 
intermediários diferem. O quadro e os perfis de Valor Presente Líquido (VPL) sintetizam os 
resultados encontrados: 
Sabendo que o custo de oportunidade é de 11% ao ano, quais Empacotadora(s)deve(m) ser 
escolhidas?
Empacotadora TIR (%)
X 18
Y 23
Z 27
As três empacotadoras seriam escolhidas, pois 
possuem um TIR superior ao custo de 
oportunidade.
Risco
Agora que relembramos tudo de análise de investimentos e entendemos a importância das 
ferramentas necessárias para a tomada de decisão, percebemos que nem tudo no mundo dos 
investimentos é só retorno positivo, e neste caso observamos que temos algo que nos leva a uma 
incerteza de investir em um determinado projeto, é o RISCO. 
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Segundo Gitman, Risco é a possibilidade de perda financeira.
Qualquer tipo de investimento gera Risco, a todo o momento podemos nos considerar nesta 
posição. No momento em que saímos de casa, já assumimos o risco até o nosso retorno, assim 
como em qualquer investimento.
São Pedro da Aldeia, em 24 de marçode 2013.
Aula 3 - Administração Financeira 
Risco
RISCO é a possibilidade de perda financeira.
Os conceitos de risco, retorno e custo de oportunidade devem nortear as decisões sobre 
investimentos.
O risco pode ser considerado como sinônimo de incerteza e desta forma refere-se à variação das 
taxas de retorno. 
Já que, quando investimos podemos ter um retorno positivo ou negativo. Desta forma, podemos 
afirmar que quanto mais certo é o retorno do investimento, menor será o risco que ele oferecerá.
Quando se trata de investimentos, geralmente, as pessoas apresentam um comportamento típico 
de aversão ao risco, mas para esta aceitação exige-se uma taxa de retorno aceitável.
Risco - Está associado à variabilidade do retorno de um investimento e resulta na possibilidade 
de ganhos ou prejuízos.
Retorno - Corresponde aos ganhos ou prejuízos proporcionados pó um investimento.
Incerteza - E a incerteza está associada à ausência de conhecimentos ou de informações sobre os 
acontecimentos futuros, o que não possibilita conhecer com antecipação o resultado de um 
investimento.
Quando um investidor tem intenção de aplicar seus recursos, é importante que ele conheça a 
relevância do risco e do retorno ante de investir. Imagine que este investidor tenha que optar 
entre dois investimentos que prometem retornos iguais, racionalmente escolhe-se o de menor 
risco.
Exemplo: 
Imagine que um investidor disponha de certa quantia em dinheiro e resolva aplicá-la em um 
banco. Ao chegar, o gerente apresentará vários produtos financeiros como: caderneta de 
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Julio Cesar de Souza
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poupança, CDB, fundos de investimentos, ações, etc. 
O gerente irá informá-lo que alguns investimentos remuneram com taxas Pré- fixadas e outras 
com rendimentos incertos, se o investidor aplicar em um CDB, por exemplo, com vencimento 
para 30 dias e rendimento de 1% , seu investimento terá rendido exatamente o valor esperado. 
Neste caso, o risco é baixo, pois há certeza no valor do rendimento.
No caso de um investimento no mercado acionário, o investidor poderá obter perda ou ganho.
Imagine que o investidor tenha adquirido ações de uma determinada empresa por $10,00 e ele 
decide vendê-la por $ 11,00 neste caso ele obteve 10% de ganho por cota de ação.
R$ 10,00 → R$ 11,00 → 10% de ganho por cota
Se a ação ao invés de subir tivesse tido uma queda para $ 8,00, o investidor teria uma perda de 
10% por cota de ação.
R$ 10,00 → R$ 8,00 → 10% de perda por cota
Podemos observar que no mercado temos vários tipos de riscos, como:
Risco Operacional
Risco Financeiro - Importante para os administradores financeiros.
Riscos de Variação de Taxa de Juros, Liquidez e Mercado - Mais específicos e importantes 
para acionistas.
Riscos de Eventos, câmbio e poder aquisitivo - Importantes para empresas e acionistas.
Na verdade, o risco sempre estará associado à variabilidade do retorno do investimento e pode 
resultar em perda ou ganho, e o retorno corresponderá aos ganhos ou prejuízos proporcionados 
por um investimento. A incerteza está associada à ausência de conhecimentos ou de informações 
sobre os acontecimentos futuros.
Riscos Específicos da Empresa
Risco de Poder Aquisitivo - É a probabilidade da empresa não ser capaz de cobrir seus custos de 
operação. Seu nível é determinado pela estabilidade das receitas da empresa (fixos) e pela 
estrutura de seus custos operacionais (variáveis).
É a probabilidade de a empresa não ser capaz de saldar suas obrigações financeiras. Seu nível é 
determinado pela previsibilidade dos fluxos de caixa operacionais da empresa e suas obrigações 
financeiras com encargos fixos.
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Risco Específico dos Acionaistas
Risco de taxa de juros - A possibilidade de que as variações das taxas de juros afetem 
negativamente o valor de um investimento. A maioria dos investimentos perde valor quando a 
taxa de juros sobe e ganha valor quando ela cai.
Risco de Liquidez - A possibilidade de que um ativo não possa ser liquidado com facilidade a 
um preço razoável. A liquidez é significativamente afetada pelo porte e pela profundidade do 
mercado no qual o ativo é costumeiramente negociado.
Risco de Mercado - A possibilidade de que o valor de um ativo caia por causa de fatores de 
mercado independentes do ativo (como eventos econômicos, políticos e sociais). Em geral, 
quanto mais o valor do ativo reage ao comportamento do mercado, maior é seu risco; quanto 
menos reage, menor é seu risco.
Risco do evento - A possibilidade de que um evento totalmente inesperado exerça efeito 
significativo sobre o valor da empresa ou um ativo específico. Esses eventos raros, como a 
decisão do governo de mandar recolher do mercado um medicamento popular, costumam afetar 
somente um pequeno grupo de empresas ou ativos. 
Risco de câmbio - A exposição dos fluxos de caixa esperados para o futuro a flutuações das 
taxas de câmbio. Quanto maior a possibilidade de flutuações cambiais indesejáveis, maior o risco 
dos fluxos de caixa e, portanto, menor o valor da empresa ou do ativo.
Risco de poder aquisitivo - A possibilidade de que a variação dos níveis gerais de preços, 
causadas por inflação ou deflação na economia, afete desfavoravelmente os fluxos de caixa e o 
valor da empresa ou de um ativo. Normalmente, as empresas ou os ativos, com fluxos de caixa 
que variam com os níveis gerais de preços, apresentam risco mais baixo de variação de poder 
aquisitivo. Ao contrário, se os fluxos de caixa não variarem de acordo com os níveis gerais de 
preços, oferecem maior risco de poder aquisitivo. 
Risco de tributação - A possibilidade de que mudanças adversas na legislação tributária venham 
a ocorrer. Empresas e ativos cujos valores são sensíveis a essas mudanças implicam maior risco.
Retorno
O Retorno de um investimento corresponde ao total de ganhos ou de prejuízos proporcionados 
por ele durante um intervalo de tempo. Podemos afirmar que Retorno é a possibilidade de perda 
ou ganho de um investimento. 
O retorno sobre um investimento é a variação do valor (final-inicial) mais o seu fluxo de caixa 
gerado durante um período. É expresso como uma porcentagem do investimento no inicio do 
período.
Podemos utilizar a o calculo de retorno para mensurar o retorno através do seguinte cálculo:
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Retorno Realizado
Exige que o ativo seja comprado e vendido durante o período de tempo em que o retorno é 
medido.
Retorno Não Realizado
É o retorno que poderia ter sido realizado se o ativo tivesse sido comprado e vendido durante o 
período de tempo em que o retorno foi medido.
Exemplo 1: No ano passado, um investimento teve um valor de mercado de R$ 30.000, gerando 
um fluxo de caixa durante esse ano de R$ 2.500.Considerando-se que o atual valor de mercado 
do investimento é de R$ 31.000, qual a taxa de retorno do investimento?
Exemplo2: Consideremos que um investidor aplicou seus recursos na bolsa de valores no inicio 
de determinado ano. Investiu $ 50 mil em ações da empresa X e $ 30 mil em ações da empresa Y. 
No final do ano, as ações da empresa X estavam cotadas em $ 55 mil e as ações da empresa Y 
$30 mil. Durante o ano, o investidor recebeu $ 3 mil de dividendos da empresa X e $ 1.500,00 da 
empresa Y. Com o emprego da equação do retorno, tem-se:
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Relação Risco x Retorno
Como já sabemos, existem vários tipos de risco e retorno. Vamos agora entender como trabalhar 
com os dois?
Na verdade podemos imaginar uma moeda, essa mesmo que você possui em sua carteira. Ela tem 
dois lados não é mesmo? 
Então, assim podemos exemplificar o risco e retorno; são faces de uma moeda onde de um lado 
termos o retorno, mas sempre conviveremos com o outro lado: o risco.
Para uma boa tomada de decisão, não podemos desprezar nenhum dos dois lados, afinal o 
retorno de um investimento sempre apresentará um risco.
Os tipos de investimentos e administradores diferem uns dos outros.
Os brasileiros geralmente são avessos a risco. Não é a toa que usamos mais os investimentos de 
poupança ou invés de investimentos em mercado de ações.
Alguns preferem o “pouco, mas certinho”, e o medo do risco é tanto que nem ao menos” 
pulveriza“ seu capital.
Níveis de Riscos
Para o administrador indiferente ao risco, o retorno exigido não varia quando o nível de risco vai 
de x1 para x2. Essencialmente, não haveria nenhuma variação de retorno exigida em razão do 
aumento de risco. É claro que essa atitude não faz sentido em quase nenhuma situação 
empresarial. 
Para o administrador avesso ao risco, o retorno exigido aumenta quando o risco se eleva. Como 
esse administrador tem medo do risco, exige um retorno esperado mais alto para compensar o 
riscomais elevado. 
Para o administrador propenso ao risco, o retorno exigido cai se o risco aumenta. Teoricamente, 
como gosta de correr riscos, esse tipo de administrador está disposto a abrir mão de algum 
retorno para assumir maiores riscos. Entretanto, esse comportamento não tenderia a beneficiar a 
empresa. 
Em sua maioria, os administradores são avessos ao risco. Para certo aumento de risco, exigem 
aumento de retorno. 
Geralmente, tendem a serem conservadores, e não agressivos, ao assumir riscos em nome de suas 
empresas. 
Portanto, neste aula será feita a suposição de que o administrador financeiro tem aversão a risco 
e exige retornos maiores para correr riscos mais altos.
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Analise de sensibilidade
Cada investidor tem suas preferências pessoais em relação a risco. 
Mais arrojados - Ou seja, aqueles que aceitam níveis mais elevados de risco, esperam ser 
recompensados com ganhos maiores para seus investimentos
Mais conservadores - Ou seja, aqueles que se sujeitam a níveis mais baixos de risco, contentam-
se com ganhos menores. Para avaliar o nível de risco o investidor utiliza a análise de 
sensibilidade de cenários e de análise estatística.
A análise de sensibilidade busca oferecer ao tomador de decisão uma percepção do risco. Para 
fazer a análise de sensibilidade se faz necessário a criação de cenários diferentes e a associação 
de retornos a eles. 
São considerados três cenários: 
OTIMISTA - MAIS PROVÁVEL - PESSIMISTA
A análise de sensibilidade de um determinado projeto sai a testá-lo em situações ou cenários 
futuros não esperados pelo investidor, mas que possuem probabilidade de ocorrência.
O risco de um ativo pode ser medido pela amplitude dos retornos e esta é encontrada apenas 
subtraindo o resultado do retorno pessimista do resultado do retorno otimista. 
Quanto maior o resultado, maior será o RISCO do ativo.
Exemplo: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as quais 
fez as estimativas abaixo:
A empresa Tudo de Bom apresentou dois ativos onde cada um deles exige um dispêndio inicial 
de 20.000,00.
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A administração fez uma estimativa pessimista e uma otimista para os retornos associados a cada 
investimento.
Um tomador de decisões avesso a risco preferiria ao ativo A ao ativo B, porque o A oferece o 
mesmo retorno mais provável que o B (15%), mas com o menor risco. 
Distribuição de probabilidades
A probabilidade de um evento é a possibilidade de ele ocorrer.
Imagine um evento com 70% de probabilidade de ocorrência: poderá acontecer sete vezes em 
cada dez. 
Atenção: eventos 100% certeza total. 
Eventos iguais a zero nunca ocorrem. 
Uma distribuição de probabilidades é um modelo que associa a probabilidade aos eventos 
correspondentes. 
O tipo mais comum para ilustrar é o gráfico de barras. 
Este mostra somente o número limitado das de combinações entre eventos e probabilidades.
Distribuição contínua de probabilidades é utilizada para grandes números de eventos.
Exemplo 2: Uma avaliação das estimativas pessimistas, mais prováveis e otimistas dos 
resultados passados pela Companhia em estudo, indica que:
Em 25% Ocorreu o resultado pessimista
Em 50% Ocorreu o resultado mais provável
Em 25% Ocorreu a estimativa otimista.
A soma dessas probabilidades precisa igualar-se a 100%, ou seja, elas devem basear-se em todas 
as alternativas consideradas.
A Tabela abaixo apresenta os cálculos exigidos para se achar os valores esperados dos retornos 
para os ativos A e B:
Valores Esperados de Retorno para Ativos A e B
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A figura abaixo apresenta um gráfico de distribuição probabilística contínua para os ativos A e B.
Há vários pontos a se observar.
1 - O primeiro deles é que o total das probabilidades 
em cada caso é um (ou 100%), o que precisa acontecer 
ao se calcular valores esperados. 
2 - O segundo é que, visto os possíveis resultados 
serem idênticos para os ativos A e B, as probabilidades 
relacionadas coincidem em cada caso.
3 - Finalmente, os retornos esperados são equivalentes em cada caso à estimativa mais provável. 
Em geral, isto não ocorre quando os retornos esperados são calculados.
Este exemplo visa somente esclarecer certos aspectos do risco. 
É por esta razão que os retornos esperados para os ativos diferentes são idênticos.
Valor esperado de retorno (K)
Se multiplicarmos as expectativas de retorno pelas respectivas probabilidades, obteremos o 
retorno esperado.
O Valor esperado de retorno é o retorno mais provável de um ativo, segue a fórmula:
 
Ativo A - K = (15%* 0,25) + (17%*0,50) + (19%*0,25) = 17%
Ativo B - K = (9%*0,25) + (17%*0,50)+ ( 25%*0,25) = 17%
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(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
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Os valores esperados dos retornos dos ativos A e B da Cia Tudo de Bom contêm os valores de 
retornos possíveis de cada ativo 17%. Mas não podemos esquecer que a amplitude do ativo A é 
menor, devido a isso a preferência a este ativo.
Para resultados conhecidos e probabilidades iguais: 
Arraial do Cabo, em 26 de março de 2013.
Aula 4 – Risco
Nesta aula, o aluno compreenderá como se aplica o perfil de risco utilizando o Beta das carteiras, 
o risco sistemático e não sistemático, e o seu reflexo no retorno do investimento. 
Compreender as características de risco e retorno de uma carteira, em termos de correlação e 
diversificação, bem como o impacto de ativos internacionais sobre ela. 
Rever os dois tipos de risco, o desenvolvimento e o papel do beta na mensuração de risco.
Desvio Padrão - σ 
Aprendemos na ultima aula o retorno esperado , calculo que utilizaremos aqui em desvio padrão.
O desvio padrão é uma medida que representa o grau de dispersão dos retornos esperados em 
relação a media.
O desvio padrão é o indicador de risco de um ativo mais comum, pois ele mede a dispersão em 
torno do valor esperado do retorno K.
A expressão do calculo do desvio- padrão dos retornos, σ é:
Quanto maior o desvio padrão, mais alto é o risco.
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Sabemos que o valor do retorno esperado é de 17%. Sendo assim, vamos aplicar a expressão de 
desvio padrão.
Coeficiente de Variação- CV
O coeficiente de variação é uma medida de dispersão útil que compara os riscos com os retornos 
esperados diferentes.
Ex: Quanto maior o coeficiente de variação, maior o risco.
Utilizando os dados da Cia Tudo e Bom, teremos:
Ativo A CV = 1,41%/17% = 0,0829411%
Ativo B CV = 32%/17% = 1,88235% 
O ativo B possui o maior coeficiente de variação e é portanto, mais arriscado que o ativo A, 
confirmando assim o desvio padrão.
O coeficiente de variação tem uma melhor utilidade quando os ativos possuem retornos 
esperados diferentes.
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Custo de Oportunidade
O custo de oportunidade é utilizado pelos investidores no processo de escolha de determinada 
aplicação.
Ex: Investidor
Um investidor que possua $50 mil aplicados no mercado financeiro, com uma remuneração de 
15% ao ano, caso ele não faça o investimento e reverta este capital par o seu próprio negocio e se 
ao final do período considerado o retorno seja menor do que o mercado oferece (15%). 
Ele perdeu dinheiro, mas se a taxa de retorno superar os 15%, ele terá ganho.
Empregado
Imagine um empregado de uma empresa qualquer, e que ele decide sair do seu emprego e abrir 
seu próprio negócio. Quando ele toma esta decisão deverá incluir no custo do empreendimento o 
salário que não receberá mais, pois sua remuneração seria o uso alternativo de sua mão de obra.
Carteira de ativos
Para administrar o risco o investidor deve diversificar seus investimentos em um conjunto de 
ativos. 
Com isso, retornos insuficientes proporcionados por um ativo, podem ser compensados por 
retornos maiores, proporcionados por outros. 
Combinando os ativos com o objetivo de montar uma carteira eficiente, o investidor obterá maior 
retorno possível e terá o menor risco possível, para que haja a combinação de ativos se faz 
importante o uso da correlação.
Retorno possível
Menor risco possível
Correlação de uma carteira (ρ)
Para construir uma carteira eficiente, o investidor deve buscar ativo cujos retornos tenham 
movimentações diferentes. Isso é possivel por meio de avaliação da relação entre as taxas de 
retornos dos ativos, utilizando a medida estatistica, chamada correlação. 
Objetivos
O objetivo da correlação de uma carteira eficiente é a redução do risco geral, ou seja, a busca por 
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combinar a melhor maneira de combinar ou adicionar a carteira de ativos com correlação 
negativa.
Correlação positiva → Os dois ativos oscilam no mesmo sentido.
Correlação negativa → As variáveis se movem em sentido contrário.
Valor zero → Não há relação entre os ativos.
Apesar do sentido, não podemos dizer dentro do universo estatístico que os eventos estão 
interconectados, ou seja, correlação não implica em causalidade. 
Mesmo quando fazemos um estudo entre ativos com correlação próxima de +1 ou –1, não é 
possível afirmar que há uma relação entre causa e efeito, especificidade que deve ser lembrada 
quando o investidor iniciar a interpretação dos dados.
Em uma carteira pouca diversificada, quando os cálculos apontam para uma correlação próxima 
de +1, existe um potencial de risco por não diversificação.
Utilizamos o conceito de correlação 
O Quadro elaborado a seguir demonstra o retorno esperado da carteira formada com diferentes 
participações das ações A e B e o risco da carteira adotando-se coeficientes de correlação 
extremos (ρAB = +1 e ρAB = - 1).
O risco da carteira (σp) foi calculado de acordo com o modelo de Markowitz, o qual leva em 
consideração o risco de cada ativo, sua participação na carteira e a correlação. 
Tipos de risco
Imagine que você coloca todo o seu dinheiro em um único investimento (ativo),o que acontece 
com o risco? Ele será muito maior.
Para isso “pulverizamos” nossos investimentos, pois se tivermos uma perda em um ativo em 
outro nos recuperamos. Mas dependendo do acontecimento poderemos não recuperar.
O risco total de uma carteira é formado por dois tipos de risco. São eles: o risco diversificável e 
o risco não- diversificável. 
O risco diversificável também é conhecido como risco não sistemático, representa a parte do 
risco de um ativo associado a causas aleatórias.
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(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
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O risco não diversificável também chamado de risco sistemático é atribuível a fatores de 
mercado que afetam todas as empresas e não pode ser eliminado por meio de diversificação, são 
os conhecidos riscos macroeconômicos, sociais e políticos. São eventos que podem representar 
grandes ameaça, mas esta ocorrência independe da vontade ou ação da empresa. 
Coeficiente beta
Tipos de Beta
BETA DEFENSIVO - Se o beta for menor do que 1,0.
Ex: imagine se o Ibovespa varia 5% durante a semana e o beta da ação varia 0,75. Então 
teríamos: 5% X 0,75 = 3,75% está seria a variação da ação neste período.
BETA AGRESSIVO - Se o beta for maior do que 1,0. 
Ex: imagine o IBOVESPA variando em 4% na semana e o valor do beta da ação em 1,80%, 
então teríamos: 7,2% esta seria a variação da ação.
BETA NEUTRO - Se beta for igual a 1,0 a rentabilidade da ação acompanha o mesmo parâmetro 
do índice.
A carteira de ativos do mercado, por conter unicamente riso sistemático, apresenta coeficiente 
beta igual a 1. Assim, o coeficiente beta das ações individuais é comparável ao da carteira de 
ativos do mercado.
Coeficiente beta de uma ação = 1
Seus retornos se movimentam na mesma direção da carteira de ativos do mercado, uma vez que 
seus respectivos riscos sistemáticos serão os mesmos.
Coeficiente beta de uma ação < 1
Seus retornos esperados variarão menos do que os da carteira de ativos do mercado, pois seu 
risco sistemático será menor que o da carteira.
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(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
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Coeficiente beta de uma ação > 1
Seus retornos esperados variarão mais do que a carteira de ativos do mercado, pois seu risco 
sistemático será maior que o da carteira.
Resumindo podemos afirmar que: 
Quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao retorno de mercado.
Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo 
igual ao retorno de um ativo livre de risco.
 
Ex1: De acordo com a expectativa de retorno para 
uma carteira composta pelas seguintes ações, nas 
proporções a seguir.
Resumindo podemos afirmar que: 
Quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao retorno de mercado.
Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo igual ao retorno de um ativo livre de risco.
Ex 2: Uma empresa possui uma carteira composta por 40% de A, 35% de B e 25% de C. Dado o 
beta de A de 1,3, de B 0,5 e de C 0,3.
Resposta:
B = 0,4 x 1,3 + 0,35 x 0,5 – 0,25 x 0,3 
B = 0,52 + 0,175 – 0,075
B = 0,62
São Pedro da Aldeia, em 26 de março de 2013.
Aula 5 – Modelo de Formação de Preços de Ativos
Nesta aula, você compreenderá o custo de capital , como se aplica os tipos de custo de capital 
utilizando os diferentes métodos, o modelo Gordon, o reflexo que se dá em todos os tipos de 
custos, como de capital próprio e capital de terceiros, evidenciando as debêntures e empréstimos. 
Modelo de Precificação de Ativos – CAPM
Utilizamos o coeficiente beta para medir o risco não diversificável.
O Capital Asset Pricing Model (CAPM)
Modelo de Precificação de Ativos de Capital, O CAPM busca demonstrar, de maneira objetiva, o 
relacionamento da rentabilidade esperada de um ativo qualquer num mercado em equilíbrio, com 
o risco não diversificável demonstrado pelo coeficiente beta. 
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(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O CAPM é construído sobre a premissa de que a variância de retornos é a medida de risco 
apropriada, mas somente a variação que é não-diversificável é recompensada.
O CAPM mede essa variância não-diversificável utilizando uma estimativa beta; ou seja, no 
CAPM mede-se o investimento em duas dimensões:
✔ O rendimento esperado sobre o investimento que nada mais é do que a recompensa por 
essa aplicação.
✔ E a variância nos ganhos esperados, que reflete o risco existente no investimento. 
A variância mede a diferença entre os retornos efetivos e os esperados, podendo essa 
medida ser capturada estatisticamente na distribuição dos ganhos.
O modelo CAPM É o modelo que mostra que o retorno esperado de um determinado 
investimento ou ativo depende de três fatores:
✔ Valor puro do dinheiro no tempo. Medido pelo retorno ou taxa livre de risco, Rf , mostra 
a recompensa exigida por simplesmente esperar pela devolução do dinheiro, sem assumir 
risco nenhum. (poupança).
✔ Recompensa por assumir o risco não-diversificável que é medido pelo prêmio por risco 
de mercado. Corresponde a recompensa que o mercado oferece para se assumir um nível 
de risco.
✔ Nível de risco não-diversificável que é representado pelo Beta, b. Pode ser entendido 
como a reação da empresa em relação ao mercado. 
O Retorno esperado de um título é a medida correta da contribuição dele ao rendimento esperado 
da carteira. 
A partir do coeficiente beta, o CAPM consegue medir o retorno exigido sobre o mesmo, através 
da seguinte equação:
kj = RF + [bj x (km – RF)], onde:
kj = retorno exigido sobre o ativo j.
RF = taxa de retorno livre de risco, medida, geralmente, pelo retorno de um título público.
Bj = coeficiente beta (ou índice de risco não-diversificável para o ativo j.
km = retorno de mercado (retorno sobre a carteira de ativos de mercado).
Ex1:
A empresa SORTE S.A está em processo de crescimento e deseja determinar o retorno exigido 
de um ativo X com beta igual a 1,2 . A taxa de juros livre de risco é 8% ; o retorno da carteira de 
mercado é 11%.
kj = RF + [bj x (km – RF)],
RF = 8%
bj = 1,2
Km = 11%
 
Kj = 8% + [1,2 x ( 11%-8%)]
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Julio Cesar de Souza
(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Kj = 8% + [ 1,2 x ( 3%)]
Kj = 11,6%
 
O prêmio de risco do mercado de 3% ( 11%-8%), quando ajustado pelo indicador de risco ( beta) 
do ativo 1,2, resulta em um prêmio por risco de 3,6% [1,2 x 3%] . esse premio de risco 
adicionado a taxa livre de risco de 8% , produz um retorno exigido de 11,6%.
Prêmios por risco é a diferença entre o rendimento de um investimento arriscado em comparação 
com um investimento seguro. (km – RF) 
Ex2:
Conforme a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes ações nas 
seguintes proporções.
Considerando o Beta de Carteira, qual Será o Retorno da Carteira dado prêmio por risco de 5% e 
retorno livre de risco de 6,5%?
Beta: = 0,3.1,5 + 0,5.1 + 0,2.0,4 = 0,45 + 0,5.0,08 = 1,03.
Kj= RF + [bj x (Km - RF)] 6,5 + 1,03 x 5 = 11,65%
Linha de Mercado de Títulos (LMT ou SML)
Quando o modelo de formação de preços de ativos (CAPM) é representado graficamente, recebe 
o nome de linha de mercado de títulos. 
Esta linha é uma reta e reflete o retorno exigido no mercado para cada nível de risco não – 
diversificável (beta). 
Ex:
Vamos assumir que a taxa livre de risco seja 5%, e o mercado de ações global produzirá uma 
taxa de retorno de 12,5% no próximo ano. A empresa possui um beta de carteira no valor de 1,7. 
Utilizando a formula do modelo CAPM teremos:
Kj = 5% + [ 1,7x (12,5% - 5%)]
Kj = 17,75%
Se você fizer um gráfico desta situação, ele se parecerá com isto:
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(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
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A linha de mercado de títulos não permanece estável, quando o tempo passa os deslocamentos 
podem levar a mudança do retorno exigido. O que leva esta mudança pode ser uma expectativa 
de inflação ou até mesmo a aversão a risco.
A variação por expectativa de inflação pode resultar em mudanças da política monetária , afetam 
na importação e exportação
O Capital
Segundo Gitman - O termo capital denota os fundos de longo prazo de uma empresa, no 
balanço patrimonial tudo que aparece no lado do passivo é capital, sendo que se divide em 
capital de terceiro e capital próprio.
Ao estudar o custo de capital devemos primeiramente entender o que é capital e o seu custo.
O capital divide-se em capital proprio e capital de terceiros.
Capital Próprio - É aquele que faz parte do Patrimônio Liquido da empresa registrado no 
balanço patrimonial.
Capital de Terceiros - Que também está registrado no balanço patrimonial do lado do passivo, 
pode-se definir como o dinheiro que tomo emprestado para abrir uma empresa ou até mesmo 
aplicar nela algum recurso emprestado para melhoria de sua estrutura, ou compra de mercadorias 
a prazo. por exemplo. 
Ex: Se eu e você abrimos uma sociedade e temos juntado R$ 50.000,00, então o nosso Capital 
Próprio é de R$ 50.000,00.
Podemos concluir que: o Capital Próprio, é o dinheiro que é de propriedade do dono da empresa, 
ou dos sócios que a abriram. 
Quando se trata de investimentos, geralmente as pessoas apresentam aversão ao risco, mas para 
que este investidor aceite o risco ele quer em troca um retorno satisfatório. 
Imagine que um investidor que possui uma quantia no banco e deseja investir em um titulo, o 
gerente apresenta vários, e que alguns a remuneração é pré- fixada (o investidor já sabe 
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(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
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antecipadamente quanto será a remuneração)e outros a remuneração é pós- fixada, esta ultima 
possui um rendimento incerto.
Considerando esse caso, se eu e meu sócio só tivéssemos R$ 45.000,00 para iniciar um negócio 
e será preciso que nós tenhamos R$ 50.000,00, teremos que conseguir os R$ 5.000,00 restantes. 
Busca-se essa quantia através de um empréstimo bancário, por exemplo, digo que tal quantia é o 
Capital de Terceiros. 
Ou seja, “peguei” o dinheiro de terceiros. Mas podemos também considerar capital de terceiros a 
água, luz, telefone, Mercadorias, ou seja, tudo que você ou utiliza primeiro para pagar depois, 
isso significa que você está utilizando o serviço primeiro (o crédito) para depois saldar o 
compromisso.
Mas o que é melhor para o empresário? Capital Próprio ou Capital de Terceiros?
Ambos são importantes para uma empresa ou para quem a administre. 
O principal é saber o melhor momento para adquirir o empréstimo ou para usar o recurso 
próprio. Nem sempre o Capital de Terceiros será ruim, principalmente se tal aquisição acontecer 
numa boa negociação, onde a taxa de juros compense, e para qual finalidade será aplicada a 
quantia requisitada.
Quando utilizamos o capital de terceiro para pagar dividas fica complicado, pois continuamos 
endividados, apenas substituímos o passivo. Mas quando este capital é tomado para ampliar o 
negocio, ou adquirir bens, este capital é bem – vindo a nossa empresa, pois haverá um retorno. 
Vale lembrar que temos como:
Fontes de capital 
- Adição de capital social.
- Maior prazo nas compras com fornecedores.
- Sócio acionistas.
- Obtenção de recursos no sistema financeiro.
Fontes de financiamento em curto prazo
Com e sem garantias:
- Empréstimos com garantia.
- Caução de duplicatas a receber.
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Julio Cesar de Souza(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
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- Factoring de duplicatas a receber.
- Empréstimo com alienação de estoques.
- Empréstimo com certificado de armazenagem.
Fontes de financiamento a longo prazo
- Empréstimos.
- Debênture: com garantia e sem garantia.
- Ações.
Segundo Gittman - O Custo do capital é a taxa de retorno que uma empresa deve conseguir nos 
projetos em que investe para manter o valor de mercado de sua ação. 
Podemos enterder o custo de capital como a taxa de retorno exigida pelos investidores de capital, 
pois só assim eles serão atraidos para o determinado ativo.
O custo de capital é estimado em um momento específico, ele reflete o custo médio de fundos 
em longo prazo em uma data futura. 
Ex: Se uma empresa opta recursos de terceiros.
As principais fontes de custo de capital
As fontes de fundo podem ser representadas em quatro:
✔ Capital de terceiros a longo prazo. Emissão de ações preferenciais. 
✔ Emissão de ações preferenciais. 
✔ Emissão de ações ordinárias.
✔ Retenção de lucros.
Custo de capital de terceiros = este custo é formado por 
empréstimos e financiamentos contraídos em instituições 
financeiras e pelas obrigações emitidas pelas empresas, tais 
como as debêntures. 
Custo de capital de terceiros em longo prazo ( ki) é o custo 
após o imposto de renda, hoje de levantar recursos 
emprestados a longo prazo.
Os juros pagos às fontes de capital de terceiros são dedutíveis da base de calculo do imposto de 
renda, o que torna o custo destas fonte menor que nos juros contratuais correspondentes.
Ex1:
Imagine que a empresa Monta TUDO tenha em sua estrutura de capital, $200 mil de 
empréstimos, com juros de 20% ao ano, e que a empresa TOPA TUDO, seja totalmente 
financiada com capital próprio.
Seguindo o ultimo demonstrativo, temos:
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A despesa com juros comparando a empresa Monta tudo com a empresa Topa Tudo, reduziram 
em $ 40 mil o lucro antes do imposto de renda ( Lair) da empresa Monta tudo e proporcionou $ 
10 mil a menos no valor do IR. Diante deste resultado chegamos a conclusão que , as despesas 
com lucros liquidas totalizaram $ 24mil para a empresa monta tudo. Vamos provar calculando?
 
Despesas com juros liquidas = despesas com juros X ( 1- ALIQUOTAS DE IR)
$ 40.000,00 x ( 1- 0,40) = $ 24.000,00
 
Assim podemos perceber que as despesas com os juros liquidas da empresa Monta tudo 
representam uma taxa efetiva de 12% ao ano ( $ 24.000,00 / $ 200.000,00). Essa taxa 
corresponde ao custo do empréstimo e pode ser calculada com a seguinte formula:
 
Ke = j x ( 1- IR)
Ke= custo do empréstimo ( taxa efetiva)
J = taxa de juros contratada
IR = alíquota do IR
 
A empresa monta tudo terá o seguinte custo com o empréstimo: Ke = 20% x (1-0,40) = 12%
Ex2:
A empresa GINGA paga juros, R$ 200.000,00 ao ano, sobre um empréstimo de R$ 1.000.000,00.
Calcule o seu custo de capital de terceiros, sabendo-se que o IR é de 25%.
Custo das debêntures
Quando uma empresa emite debêntures ela assume os encargos relativos a operações desse tipo. 
Este tipo pode ser negociado com ágio ou deságio, ou seja, podem ser vendidos com valores 
superiores ou inferiores, em relação ao valor nominal.
Ex:
Imagine que a Empresa Topa tudo tenha emitido debêntures nas seguintes condições:
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A empresa possui um prazo para resgate de quatro anos. A taxa de juros de 20% ao ano , pagos 
anualmente. Alíquota do IR da empresa de 40%.
O custo que as debêntures apresentam (Kd), é determinado pela TIR.
São Pedro da Aldeia, em 10 demaio de 2013.
Aula 6 - Custo médio ponderado de capital e custo marginal de capital
Introdução
Nesta aula, o aluno compreenderá o custo de capital, como se aplicam os tipos de custo de 
capital utilizando os diferentes métodos, o modelo Gordon, o reflexo que se dá em todos os tipos 
de custos como de capital próprio e capital de terceiros, evidenciando as debêntures e 
empréstimos.
Custo de ações preferenciais
Ação Preferencial
Ação que oferece dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa no reembolso de capital. 
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(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
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Em geral, não concede direito a voto em assembleia.
A ação preferencial (PN) não dá direito ao acionista de participar da administração da empresa. 
Para compensar, o acionista tem preferência de receber os dividendos (lucros) da empresa, antes 
dos outros acionistas que detêm ordinárias.
O custo das ações preferenciais Kp é o quociente entre o dividendo da ação e o recebimento 
líquido com a venda dela pela empresa.
Para calcular o custo dessas ações, utilizamos o modelo Gordon e Shapiro, descontando o fluxo 
de dividendos futuros esperados.
No qual: 
Po = Preço corrente da ação
D1= dividendo por ação esperado Ao final do ano 1
k= taxa de desconto compatível ao risco assumido pelos fornecedores 
de capital próprio, na qual para as ações ordinárias usa-se Ko, e para 
ações preferenciais usa-se Kp.
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos das ações
Então para a determinação da taxa de desconto, vamos reorganizar a fórmula, ficando assim:
Ex:
A Invetest S.A. possui uma taxa de capital próprio de 14%. 
A taxa de crescimento da ação é de 8% e o valor do último dividendo pago foi de $ 4,50. 
Calcular o preço atual da ação.
Uma ação preferencial da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 100, um preço de emissão de $ 
1200 e incorre em um custo de emissão de $ 4 por ação. Calcule o seu custo.
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Uma ação ordinária da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 2,25 por ação. Esta ação tem sido 
cotada por $15,00 cada, e apresenta uma taxa de crescimento de 3%. Calcule o seu custo.
Custo de novas ações
Um empresa inscrita sob forma de sociedade anônima de capital aberto pode subscrever, ou seja, 
emitir ações. Para isso, ela adquire alguns gastos com a emissão, e para determinar este custo 
utilizamos a seguinte fórmula:
Na qual:
K= custos de novas ações
Ko= custos de novas ações ordinárias
Kp= custos de novas ações preferenciais
D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1
VL = Valor líquido recebido pela venda da nova ação
g = taxa anula esperada de crescimento dos dividendos
Ex:
Imagine que a empresa TOPA TUDO S.A. pretenda lançar novas ações ordinárias, que terão o 
valor de emissão de $ 15,00, cada. Haverá um deságio de R$ 0,80 por ação, e estima-se que o 
total de gastos com a colocação no mercado seja de $ 0,55 por ação. O dividendo previsto para o 
próximo ano é de $ 3,00 por ação e os dividendos distribuídos pela empresa têm crescido à taxa 
média anual de 3,5% nos últimos anos.
Desta forma, o valor líquido recebido de cada ação será de: 
R$ 13,65 (15,00-0.80 – 0,55).
Custo médio ponderado de capital ou WACC 
Representa o custo dos financiamentos em longo prazo da empresa, isto é, seu custo decapital.
Ele corresponde à média dos custos das fontes de capital (próprio e de terceiros), ponderados 
pela participação relativa de cada uma delas na estrutura do capital da empresa.
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Custo médio ponderado de capital (CMPC)
O custo médio ponderado de capital reflete o custo médio futuro de fundos esperado a longo 
prazo, seu calculo é bastante simples, basta que multiplicar o custo específico de cada 
modalidade de financiamento por sua proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se 
com os valores ponderados.
Onde:
Ki: Custo de capital de terceiros, de longo prazo, na estrutura do capital.
Wi: Proporção de capital de terceiros de longo prazo na estrutura do capital
Kp: Custo das ações preferenciais 
Wp: proporção de ações preferenciais na estrutura de capital
Ks: Custo do capital próprio na estrutura de capital
Ws: proporção de capital próprio na estrutura de capital
g = taxa anula esperada de crescimento dos dividendos
Ex:
Vamos considerar um Balanço Patrimonial com as seguintes informações de cada fonte de 
capital da empresa, que se apresente desta forma:
Custo da dívida de curto prazo: 7% aa;
Custo da dívida de longo prazo: 9,2% aa;
Custo das debêntures: 10,1% aa;
Custo das ações preferenciais (Kp): 14% aa;
Custo do capital ordinário (Ks): 16% aa;
Alíquota do IR: 40%.
Temos três tipos de dívidas, cada uma com um custo distinto. Podemos fazer um cálculo de 
média ponderada para podermos "substituir" essas três dívidas por uma que tenha um custo 
equivalente.
O custo da dívida equivalente (Kd) pode ser calculado:
(Ki x Wi) + (Kp x Wp) + (Kd x Wd)
Kd = 0,07 x 0,264 + 0,092 x 0,604 + 0,101 x 0,132 = 0,087 ou 8,7%
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O total das dívidas corresponde ao valor absoluto de $ 91.000 e o custo da dívida é de 8,7%
A estrutura de capital resumida, bem como o CMPC associado (destacado em amarelo), podem 
ser vistos abaixo.
Para calcularmos o CMPC, basta substituir os valores na fórmula:
Como em nossa estrutura temos uma alíquota de IR de 40%, utilizaremos a seguinte fórmula:
CMPC = Kd x Wd x (1 - T) + Kp x Wp + Ks x Ws
O fator (1-T) que multiplica Kd x Wd representa o benefício fiscal da dívida, onde T é a alíquota 
do IR (Imposto de Renda). Os juros pagos são deduzidos do lucro para cálculo do IR, desse 
modo, o custo efetivo da dívida, para a empresa que se financia, é menor que o custo contratado 
junto ao credor, já que a mesma pode deduzir os juros da base para cálculo do IR.
CMPC = 0,087 x 0,363 x (1 - 0,4) + 0,14 x 0,18 + 0,16 x 0,457 = 0,117 ou 11,7%
A empresa TUDO DOCE apresenta a estrutura de capital abaixo:
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CMPC (9,76% x 0,1406) + (19,51% x0,1461)+ (48,78%x 0,1850) + (21,95%x 0,1650) = 16,86%
O custo de capital de 16,86% considera os recursos de longo prazo captados no passado, porém 
avaliados pelos atuais valores de mercado. Na verdade, ele passa a considerar as mudanças 
ocorridas no mercado, assim atualizando o custo.
Estrutura ótima de Capital
Acredita-se que o valor da empresa é maximizado quando o custo de capital é minimizado.
Para que a empresa tenha uma estrutura ótima de capital, ela substitui o capital próprio por 
capital de terceiros. Quando este é mais barato, há um declínio no custo médio ponderado de 
capital.
Imagine que um administrador financeiro da empresa TUDO DOCE S.A. elaborou uma 
simulação dos custos de capital da empresa, conforme o quadro a seguir:
O Administrador desenvolveu 7 simulações. Observe que a estrutura de número 4 foi a que 
apresentou menor CMPC. Sendo assim, ela é considerada uma estrutura ótima de capital.
Representação Gráfica da Estrutura Ótima de Capital, baseada no Máximo Valor da Empresa.
De acordo com o gráfico, observamos que a faixa de 
estrutura ótima de capital é quando o endividamento 
encontra-se reduzido, assim a empresa trabalhando o 
seu capitpal próprio consegue uma alavancagem.
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Custo Marginal ponderado de capital (CMgPC)
Imagine que uma empresa planeja realizar investimentos em novos ativos imobilizados e o 
administrador financeiro pode escolher as fontes para a captação dos recursos necessários. Desta 
forma, ele deverá escolher o menor custo de capital para financiar os projetos. Esses custos são 
associados aos novos financiamentos captados pela empresa.
O custo marginal ponderado de capital é muito importante para a tomada de decisões de 
investimento. A empresa deverá fazer em que o retorno esperado é superior ao custo médio 
ponderado de capital e é baseado nisso que o administrador decide se decide se o investimento 
ou financiamento podem ser tomados ao mesmo tempo.
O que devemos ter atenção é que o custo médio marginal ponderado de capital pode variar a 
qualquer momento, só dependerá do volume de capital que a empresa deseja levantar. 
Desta forma, pode-se afirmar que o custo marginal ponderado de capital nada mais é do que o 
custo médio ponderado de capital da empresa, combinado com a próxima unidade monetária do 
total do novo financiamento.
Para encontrar o CMgPC, devemos encontrar o seu ponto de quebra (também conhecido por 
ruptura).
No qual: 
PQi = ponto de ruptura para o financiamento i
VFi = total de fundos disponíveis da fonte de financiamento i a um dado custo.
Wi = peso da estrutura de capital - histórica ou meta - para a fonte de financiamento i.
Quando a empresa exaurir seus lucros retidos disponíveis de R$ 300.000,00 (kr = 13 %), terá 
que usar um novo financiamento de ações ordinárias mais dispendioso (kn = 14% ) para suprir 
as necessidades do seu capital próprio. Além disso, a empresa espera emprestar somente R$ 
400.000,00 a um custo de 5,6 %; Um empréstimo adicional terá um custo após o IR de 8,4 %. 
 Assim sendo, existem dois pontos de ruptura:
1 Quando os lucros retidos, R$ 300.000,00, que custam 13 %, forem exauridos e 
2 Quando empréstimo a longo prazo, R$ 400000,00, que custa 5,6%, for exaurido:
PQ capital próprio = 300.000,00 / 0,50 = 600000,00
PQ empréstimo a longo prazo = 400.000,00 / 0,40 = 1000000,00
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Julio Cesar de Souza
(Continuação do Caderno de Administração Financeira..................................................................)
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Escala de oportunidades de investimento
Em um determinado momento, a empresa dispõe de certas oportunidades de investimento.
Essas oportunidades diferem, no que diz respeito ao tamanho do investimento antecipado, do 
risco e do retorno (Uma vez que o custo médio ponderado de capital não é aplicável aos 
investimentos com risco variável).
A escala das oportunidades de investimento (POI) da empresa é mostrar as possibilidades de 
investimento indo do melhor, retornos mais altos, ao pior, retornos mais baixos. 
À medida que a empresa aumenta o montante de recursos disponíveis para investimento em 
projetos de capital, o retorno (TIR)

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