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30 - Projeto de Redes de Computadores - SAGAH

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Tipos de Redes
APRESENTAÇÃO
As redes possibilitam interligar computadores, empresas e pessoas. Por meio de uma rede local 
(LAN), é possível conectar um grupo de computadores e dispositivos periféricos que se 
encontram em um mesmo local. Ainda, uma rede local pode ser conectada por meio de 
roteadores, criando uma rede de longa distância (WAN) – a Internet é um exemplo de WAN. 
Com relação ao meio que as conecta, com fios ou sem fios, as redes podem ser amplamente 
classificadas. Redes com fios utilizam o cabo para conectar computadores e podem ser 
classificadas conforme o número de equipamentos que são conectados ou a distância atendida. 
Redes sem fios também são classificadas pelos mesmos parâmetros, mas fazem uso de 
tecnologias sem fios para transmissão de dados – Wi-Fi e Bluetooth são exemplos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os principais tipos de redes existentes, bem 
como suas características.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Listar os principais tipos de redes.•
Descrever redes com fios.•
Caracterizar redes sem fios.•
DESAFIO
As redes de computadores estão presentes no dia a dia das pessoas 
em diferentes lugares, desde grandes e médias empresas, pequenos escritórios, até suas casas, 
facilitando a comunicação, o compartilhamento de impressoras, documentos, aplicativos, 
entre outras facilidades.
Tendo isso em vista, considere o seguinte cenário:
1
Você é gerente de redes da companhia e foi chamado porque a equipe de vendas do Escritório B 
precisa acessar o servidor de arquivos do Escritório A. Diante disso, qual solução você pode 
prover? Justifique sua resposta, apontando vantagens e desvantagens da rede escolhida.
INFOGRÁFICO
As redes WLAN (rede local sem fio) apresentam benefícios como mobilidade e fácil instalação;
 além disso, possibilitam oferecer Wi-Fi 
a clientes nos estabelecimentos comerciais, o que pode se configurar como vantagem 
competitiva. No entanto, uma de suas desvantagens está na segurança, pois, como o acesso a ela 
se dá por um meio sem 
fio, qualquer invasor pode conseguir explorar falhas nas configurações 
do access point ou de outros dispositivos da rede.
Pensando nisso, no Infográfico a seguir, veja como deixar sua rede WLAN mais segura.
2
3
CONTEÚDO DO LIVRO
As redes possibilitam que computadores e dispositivos se conectem e troquem informações por 
diferentes meios. As redes LAN (rede de área local), WLAN (rede local sem fio) e WAN (rede 
de longa distância) são as mais populares e, consequentemente, as mais comentadas. Cada uma 
delas é projetada para operar sobre alguns meios e alcances. Há, também, outros tipos de redes, 
como a rede de área pessoal (PAN), a rede de área de armazenamento (SAN), a rede privada 
empresarial (EPN), a rede privada virtual (VPN), etc.
No capítulo Tipos de redes, da obra Cabeamento estruturado, você encontrará mais informações 
sobre os diferentes tipos de redes, suas classificações e características.
Boa leitura.
4
Tipos de redes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Listar os principais tipos de redes.
 Descrever redes com fio.
 Caracterizar redes sem fio.
Introdução
As redes são fundamentais para nosso dia a dia, sendo necessárias para 
tudo, como acessar a internet, imprimir um documento, acessar um e-
-mail ou mandar uma mensagem via WhatsApp. As redes são a espinha 
dorsal da comunicação entre pessoas e entre negócios. Elas podem
abranger um pequeno número de dispositivos em uma casa ou milhões 
de dispositivos espalhados por todo o mundo e podem ser definidas
com base em propósito e/ou tamanho.
Neste capítulo, você vai estudar sobre os tipos mais comuns de redes: 
as redes PAN, LAN, CAN, MAN, SAN, WAN, WLAN, VPN e EPN. Você também 
vai conhecer as características das redes com e sem fio.
Principais tipos de redes
Conforme Forouzan e Mosharraf (2013), existem dois tipos básicos de redes: 
as LANs (local area networks) e as WANs (wide area networks). As LANs 
são redes locais, enquanto as WANs são redes de longo alcance. Entretanto, ao 
analisar outras características, como quantidade de equipamentos e distâncias 
envolvidas, podemos ramifi car esses tipos em redes mais específi cas, as quais 
Kurose e Ross (2010) e Tanenbaum e Wetherall (2011) classifi cam conforme 
apresentado a seguir.
5
Rede de área pessoal (PAN)
A rede de área pessoal (PAN) corresponde ao menor e mais básico tipo de 
rede e, geralmente, gira em torno de uma pessoa. É composta por alguns 
dispositivos (devices), como um computador, um roteador, um smartphone 
ou tablet e impressoras (Figura 1). A PAN é comumente encontrada em 
pequenos escritórios ou residências, ou até mesmo no carro, com um kit 
multimídia conectado via Bluetooth no celular. O administrador dessa rede é 
a própria pessoa que a usa. Esse tipo de rede pode fazer uso de redes de curta 
distância, como Bluetooth, ZigBee, cabos ou Wi-Fi. Com a popularização 
da IOT (internet of things, ou internet das coisas), essa rede conta com cada 
vez mais dispositivos.
Figura 1. Uma rede PAN, em que as conexões giram em torno de uma 
pessoa e seus devices.
Fonte: Adaptada de Andrey Suslov/Shutterstock.com.
Para saber mais sobre a IOT, acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/53Hqu
Tipos de redes
6
Rede de área local (LAN)
Ao trabalhar com redes, provavelmente o termo mais comum que você vai 
ouvir é LAN, para se referir a uma rede de computadores. São as redes mais 
comuns e mais simples. Uma LAN conecta, por meio de cabos, um conjunto de 
computadores e dispositivos a distâncias curtas, para compartilhar informações 
e recursos. Com o uso de roteadores, as redes LAN podem se conectar a redes 
WAN (Figura 2), para transferir dados.
Figura 2. Uma rede LAN.
Fonte: Adaptada de Ohmega1982/Shutterstock.com.
Rede de área campus (CAN)
Uma LAN geralmente atende a uma rede empresarial em um mesmo prédio. 
Quando é preciso ter uma área maior de cobertura, podemos ter uma CAN 
ou uma rede metropolitana (MAN); a diferença entre elas é basicamente a 
distância que elas atendem. Uma CAN é maior do que uma LAN, mas menor 
do que uma rede MAN. Geralmente, essa nomenclatura se aplica à rede em 
que há vários prédios a serem conectados em uma região próxima, como uma 
Tipos de redes
7
universidade ou uma empresa que possui mais de um prédio. O intuito da 
CAN é o mesmo de uma LAN: compartilhar recursos.
Rede metropolitana (MAN)
Uma MAN possui o objetivo de uma LAN: compartilhar recursos. E, tratando-
-se de uma MAN, o recurso pode ser uma Intranet ou, até mesmo, o acesso à
Internet. A MAN compreende uma cidade ou um município, e sua manutenção
se dá por uma empresa ou organização, como uma prefeitura. Atualmente, em 
pequenas cidades, muitos provedores de acesso à internet são MAN, conectando 
os clientes da cidade até a central da provedora, que possibilita a conexão com 
a Internet. Muitas prefeituras de pequenos municípios ligam sua sede a outras 
autarquias e prédios, para que os mesmos tenham acesso à Intranet.
Rede de longa distância (WAN)
As WANs conectam LANs, computadores e devices em grandes distâncias 
físicas, possibilitando, assim, que dispositivos se comuniquem remotamente, 
mesmo estando separados por quilômetros e quilômetros de distância. Uma 
rede WAN, conforme mostra a Figura 3, pode conectar, por meio de roteadores, 
várias redes LAN. A Internet é um exemplo de rede WAN, que conecta cada 
rede LAN à rede mundial de computadores. Essa rede é mantida por várias 
empresas, pessoas, entidades e governos.
Figura 3. Interligações de redes LAN, formando uma WAN.
Fonte: Teguh Jati Prasetyo/Shutterstock.com.
Tipos de redes
8
Rede local sem fio (WLAN)
Uma WLAN possui os mesmos objetivos de uma rede LAN, entretanto, usa como 
meio de comunicação as redes sem fi o, como Wi-Fi, LoRa, WiMAX, Bluetooth 
e ZigBee, dispensando, assim, cabos físicos para a transmissãode dados.
Rede de área de armazenamento (SAN)
Esse tipo de rede possui um fi m muito específi co, que é interligar dispositivos de 
armazenamento de arquivos com alta velocidade a vários servidores, independente-
mente de uma rede LAN ou WAN. Ou seja, é uma rede própria entre o dispositivo 
e os servidores. Uma unidade de armazenamento de dados pode ser acessada da 
mesma maneira que uma unidade conectada diretamente a um servidor.
Para saber mais sobre as SANs, acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/43Wam
Rede privada empresarial (EPN)
A EPN é um tipo específi co de rede, planejado para que empresas possam 
conectar suas fi liais com segurança, com o objetivo de compartilhar recursos.
Rede privada virtual (VPN)
Uma VPN é uma extensão de uma rede privada, possibilitando que, de forma 
virtualizada, equipamentos conectados remotamente se comportem como 
se estivessem conectados à rede privada. Por meio de uma VPN, que é uma 
conexão ponto a ponto, os usuários podem acessar uma rede privada mesmo 
estando em outra local. Isso é possível porque a VPN faz uso da Internet para 
estabelecer um túnel de comunicação privada e segura com outra rede. A 
Figura 4 ilustra uma VPN.
Tipos de redes
9
Figura 4. Rede VPN.
Fonte: Adaptada de MaDedee/Shutterstock.com.
Redes com fio
Uma LAN, como já mencionado, consiste em um grupo de computadores e 
dispositivos que estão em um local específi co, conectados por meio de um 
cabo Ethernet. Sua casa ou seu escritório pode ter uma LAN, desde que um ou 
mais dispositivos estejam usando cabos para trocar informações. Inicialmente 
utilizadas em universidades na década de 1960, as LANs foram empregadas em 
sistemas de biblioteca, bem como para registrar notas de alunos e compartilhar 
recursos de equipamentos, como impressoras ou arquivos.
Conforme lecionam Tanenbaum e Wetherall (2011), com o desenvolvimento 
da Ethernet, em 1976, as LANs se popularizaram, e teve início o uso comercial 
dessa tecnologia. No início dos anos 1980, muitas empresas tinham uma rede 
de Intranet composta por centenas de computadores, que compartilhavam 
impressoras e armazenamento de arquivos.
A Ethernet é um protocolo de rede presente na camada de enlace.
Tipos de redes
10
Com a popularização do protocolo Ethernet, o desenvolvimento de produtos 
e softwares ganhou forma, e empresas como Novell, Microsoft, Cisco, entre 
outras, começaram a distribuir softwares e equipamentos para o gerencia-
mento de LANs. Esses recursos de software se tornaram populares, tanto 
que, atualmente, fazem parte dos sistemas operacionais, facilitando a criação 
e a manutenção de redes. A popularização e a facilidade de gerenciar redes 
possibilitou que pequenas empresas, escritórios e residências conectassem 
seus equipamentos em rede, compartilhando recursos como impressoras, 
scanners ou arquivos. 
Arquiteturas de rede
Segundo Pressman e Maxim (2016), uma rede LAN pode ser categorizada 
como arquitetura de mestre-escravo, arquitetura cliente-servidor de duas 
camadas, arquitetura cliente-servidor de multicamadas, arquitetura distribuída 
de componentes ou arquitetura ponto a ponto. Esses tipos de arquitetura são 
descritos a seguir. A Figura 5 ilustra uma rede cliente-servidor, que é uma 
das arquiteturas mais utilizadas.
Figura 5. Exemplo de LAN cliente-servidor.
Fonte: Adaptada de Ohmega1982/Shutterstock.com.
Tipos de redes
11
 Arquitetura cliente-servidor: nela, temos o servidor como um equi-
pamento mais robusto, frente a computadores desktop, que possuem
funções ou serviços para rede, como DHCP, DNS, armazenamento de
arquivo ou compartilhamento de impressora. Assim, os clientes fazem 
uso dos servidores para realizar suas tarefas. É uma das formas de
arquitetura mais simples.
 Arquitetura mestre-escravo: o mestre é responsável por realizar o
processamento, a coordenação e a comunicação. Essa arquitetura é
geralmente usada para realizar serviços em tempo real. Os escravos
são dedicados a ações específicas, como adquirir e mostrar dados.
 Arquitetura cliente-servidor de N camadas: nela, temos os ser-
vidores como equipamentos mais robustos, que realizam serviços
específicos. Os clientes são computadores desktop que fazem uso
da rede e dos serviços dela. Os diferentes serviços, como DHCP,
DNS, armazenamento de arquivo, compartilhamento de impressora
e servidores de aplicação, são executados cada um em um servi-
dor. Assim, os clientes fazem uso dos servidores para realizar suas
tarefas. É uma das expansões da arquitetura cliente-servidor, com
maior escalabilidade.
 Arquitetura distribuída de componentes: nessa arquitetura, os
sistemas e serviços de rede atuam como um conjunto de serviços,
em que cada serviço roda de forma separada, possuindo interface
própria, para que os componentes se comuniquem por meio de um
middleware. Essa arquitetura apresenta uma maior f lexibilidade
na prestação de serviços, sendo altamente escalável e de fácil
reconfiguração.
 Arquitetura ponto a ponto: nela, não há servidores; pode haver
computadores que compartilham pastas ou impressoras, mas não há
um ponto central na rede (Figura 6). Dessa forma, qualquer cliente
na rede pode ser um servidor de impressão ou de arquivos. As redes
domésticas geralmente são redes ponto a ponto. As redes domésticas
ponto a ponto são fáceis de se manter e de compartilhar recursos;
atualmente, elas têm se expandido, apresentando mais recursos,
como SmartTVs, assistentes pessoais, sistemas de segurança e até
geladeiras.
Tipos de redes8
12
Figura 6. Exemplo de LAN ponto a ponto.
Fonte: Adaptada de Ohmega1982/Shutterstock.com.
Roteador
Cliente 2Hub switch
Cliente 1
Cliente 3
Redes sem fio
As redes sem fi o são chamadas de WLAN. Os dispositivos dessa rede usam 
ondas de rádio de alta frequência para a transmissão de dados. Conforme leciona 
Forouzan (2010), é uma das tecnologias que mais cresce atualmente e se concentra 
no padrão IEEE 802.11, Wireless Ethernet. As redes WLAN são cada vez mais 
populares, devido às suas vantagens em relação às redes com fi o, como a grande 
quantidade de dispositivos suportados (Figura 7), a facilidade em confi gurar sem a 
necessidade de instalação de cabos e a mobilidade gerada, por não depender de um 
fi o. Por esses motivos, tornaram-se comuns em empresas, casas e áreas públicas.
Entretanto, as WLANs apresentam maiores riscos quanto à segurança, 
pois é mais fácil obter acesso indevido a elas, principalmente se não estiverem 
criptografadas. Além disso, a estabilidade de uma rede sem fio é inferior a 
uma rede cabeada, o que pode ocasionar perda de pacotes e diminuição de 
velocidade. Conforme leciona Mendes (2007), uma rede WLAN pode ser 
usada como extensão de uma rede LAN, possibilitando, assim, uma maior 
flexibilidade na rede. É importante ressaltar que as redes sem fio podem usar 
outras tecnologias além do Wi-Fi, como, WiMAX, Bluetooth, ZigBee e LoRa.
Tipos de redes
13
Figura 7. Componentes de uma rede WLAN.
Fonte: Adaptada de Ohmega1982/Shutterstock.com.
AP
Ponte
Servidor I
Hub switch
Cliente Cliente Cliente
Servidor II
Servidor I
Cliente
Cliente
Cliente
Celular
Notebook
PDA
Hub
Clientes
Acesse o link a seguir para saber mais sobre a tecnologia LoRa.
https://qrgo.page.link/9mgTk
FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. Porto Alegre: AMGH, 
2010.
FOROUZAN, B. A.; MOSHARRAF, F. Redes de computadores: uma abordagem top-down. 
Porto Alegre: AMGH, 2013.
KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down. 
5. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010.
MENDES, D. R. Redes de computadores: teoria e prática. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2007.
PRESSMAN, R. S.; MAXIM, B. R. Engenharia de software: uma abordagem profissional. 8. 
ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.
TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. Redes de computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2011.
Tipos de redes
14
DICA DO PROFESSOR
Uma rede de computadores possibilita que um grupo de computadores e outros dispositivosde 
hardware se conectem por meio de canais de comunicação, facilitando a comunicação e o 
compartilhamento de recursos entre diversos usuários. Os três principais tipos de rede são a 
LAN (rede de área local), a MAN (rede metropolitana) e a WAN (rede de longa distância), mas 
vale destacar, ainda, a rede privada virtual, mais conhecida como VPN (do inglês Virtual 
Private Network), a qual possibilita interligar LANs usando-se a Internet.
A seguir, na Dica do Professor, saiba mais sobre a VPN, suas vantagens e desvantagens.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Entre os tipos básicos de redes, é possível citar as LANs (Local Area Networks) e as
WANs (Wide Area Networks). No entanto, também há outras categorias, como as
PANs (Personal Area Networks). Sobre as características das PANs, analise as
afirmativas a seguir.
I. As redes PAN são centradas em uma pessoa.
II. As redes PAN são caracterizadas por redes que usam exclusivamente Wi-Fi.
III. Com redes PAN é possível criar redes virtuais entre LANs.
Verifica-se que está(ão) correta(s):
A) apenas a afirmativa I.
B) apenas a afirmativa II.
C) apenas as afirmativas II e III.
15
D) apenas as afirmativas I e II.
E) apenas as afirmativas I e III.
2) O termo LAN (Local Area Network) talvez seja o mais popular ao se referir a redes
domésticas e empresariais. Com relação às características desse tipo de rede, analise
as afirmativas a seguir.
I. As redes LAN conectam grupos de computadores e dispositivos em distâncias
longas.
II. Com o uso de roteadores é possível conectar redes LAN a redes WAN.
III. Uma rede LAN, quando não faz uso de fios, é chamada de WLAN.
Verifica-se que está(ão) correta(s):
A) apenas a afirmativa I.
B) apenas a afirmativa II.
C) apenas as afirmativas I e III.
D) apenas as afirmativas I e II.
E) apenas as afirmativas II e III.
Uma LAN é um grupo de computadores e dispositivos que estão conectados por meio 
de um cabo Ethernet em um mesmo local. Já as WANs conectam computadores por 
distâncias físicas mais longas. Sobre esses dois tipos de redes, analise as afirmativas a 
seguir.
I. Duas ou mais redes LAN podem ser conectadas por meio de uma rede WAN.
3)
16
II. A Internet é um exemplo de rede WAN, conectando computadores remotamente.
III. As redes WAN são menores que redes como CAN e SAN.
Verifica-se que está(ão) correta(s):
A) apenas a afirmativa I.
B) apenas a afirmativa II.
C) apenas a afirmativa III.
D) apenas as afirmativas I e II.
E) I, II e III.
4) Com o lançamento da Ethernet e o desenvolvimento de produtos de software para
gerenciar as redes LAN, é possível criar redes domésticas, que são geralmente
classificadas como redes ponto a ponto. Tendo isso em vista, analise as afirmativas a
seguir.
I. Nas LANs ponto a ponto, os dispositivos da rede são conectados aos servidores para
processamento e armazenamento de grandes arquivos.
II. Com uma LAN ponto a ponto não é possível compartilhar uma impressora, por
exemplo.
III. Em uma LAN ponto a ponto, cada computador pessoal e dispositivo compartilha
igualmente a rede.
Verifica-se que está(ão) correta(s):
17
B) apenas a afirmativa II.
C) apenas a afirmativa I.
D) apenas as afirmativas I e III.
E) apenas as afirmativas II e III.
5) As arquiteturas de rede podem ser categorizadas conforme suas aplicações e são
fatores determinantes para possibilitar a escalabilidade, por exemplo. Uma
arquitetura altamente escalável e que faz uso de um middleware é conhecida como:
A) arquitetura mestre-escravo.
B) arquitetura cliente-servidor.
C) arquitetura ponto a ponto.
D) arquitetura de componentes.
E) arquitetura cliente-servidor de N camadas.
NA PRÁTICA
As redes WLAN (redes locais sem fio) podem fazer uso de diferentes componentes, como 
access points, wireless bridges e clientes. Os access points (pontos de acesso, em português) são 
pontos de acesso para clientes se conectarem à rede, ao passo que os bridges (pontes, em 
português) servem para interligar redes.
A seguir, Na Prática, veja como os wireless bridges podem ser usados para criar WLANs, que 
interligam LANs. 
A) apenas a afirmativa III.
18
19
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Qual a diferença entre Wireless, Wi-Fi, WiMAX e WLAN?
Existe diferença entre dizer “minha rede Wireless” e “minha rede Wi-Fi”? Todo Wireless é Wi-
Fi? E, quando você quer se conectar à Internet em um restaurante, pergunta ao garçom a senha 
do Wi-Fi ou da WLAN? No link a seguir, entenda a diferença entre essas expressões.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Por que usar uma VPN
O uso de VPN é um recurso poderoso. Basicamente, uma VPN permite acesso remoto a 
recursos de uma rede local, ainda que você não esteja fisicamente conectado a essa rede. No link 
a seguir, descubra por que usá-la e veja como escolher a melhor.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Sistemas distribuídos
Aproveite para enriquecer seus conhecimentos estudando o Capítulo 3.2 — Tipos de redes 
desta obra, que apresenta os principais tipos de redes usados pelos sistemas distribuídos.
20
Projetos de cabeamento estruturado
APRESENTAÇÃO
Um projeto de cabeamento estruturado é uma maneira padronizada 
de confeccionar uma rede – seja ela de telefonia, de internet ou de algum outro tipo –, 
minimizando custos e maximizando possíveis expansões ou modificações de layout que possam 
ser realizadas no futuro. Isso acontece porque toda a estrutura de tráfego de dados, voz 
(telefonia), multimídia (som ambiente ou vídeo) pode ser transmitida através do mesmo cabo e 
com a mesma infraestrutura (tomadas, conectores e painéis). Nesta Unidade de Aprendizagem, 
você aprenderá a caracterizar um projeto de cabeamento estruturado tanto para organizações 
quanto para residências, conhecendo as fases de implantação e os principais componentes desse 
tipo de projeto.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Caracterizar um projeto de cabeamento estruturado.•
Identificar as fases de um projeto de cabeamento estruturado.•
Listar os componentes de um projeto de cabeamento estruturado.•
DESAFIO
Uma estrutura de rede que atenda às necessidades de uma empresa pode ser um diferencial no 
mercado, uma vez que a empresa pode oferecer serviços mais relevantes e ágeis quando seus 
processos internos trafegam com maior fluidez.
21
22
INFOGRÁFICO
A sala de equipamentos talvez comporte a maior parte dos equipamentos de alta complexidade e 
também de alto custo da estrutura de cabeamento estruturado. Assim, essa sala deve apresentar 
características que possibilitem a sua boa operação, seja em seu funcionamento normal ou em 
situações em que seja necessário realizar alguma espécie de manutenção em seus equipamentos 
e cabos.
No Infográfico a seguir, você verá mais informação sobre uma série de características que 
devem ser bem planejadas na sala de equipamentos, como climatização, iluminação e 
alimentação dos equipamentos.
23
24
CONTEÚDO DO LIVRO
As organizações estão sempre passando por mudanças que exigem a movimentação ou 
reorganização de espaços de trabalho, de pessoas e dos serviços que elas executam para melhor 
atender às demandas impostas pelo mercado. O sistema de cabeamento estruturado é planejado 
para acomodar frequentes mudanças, acréscimos e alterações, uma vez que um sistema de 
cabeamento estruturado é a base de uma rede de informações moderna.
No capítulo Projetos de cabeamento estruturado, da obra Cabeamento estruturado, você vai 
conhecer as características de um projeto de cabeamento estruturado, bem como identificar os 
componentes e as fases de um projeto desse tipo – desde sua concepção até sua certificação. 
Boa leitura.
25
Projetos de cabeamento 
estruturado
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Caracterizar um projeto de cabeamento estruturado.
  Identificar as fases de um projeto de cabeamento estruturado.
  Listar os componentes de um projeto de cabeamento estruturado.
Introdução
Projetos de cabeamento estruturado possuem como premissa básica 
fornecer um sistema organizado e estável de rede, de forma que sejam 
disponibilizados os serviços de rede necessários à execução das tarefas da 
empresa. A flexibilidade também deve ser observada nesse sistema, tendo 
em vista as constantes mudanças que as empresas precisam apresentar 
para se manterem competitivas no mercado.
Neste capítulo, você vai estudar o projeto de cabeamento estruturado, 
identificando suas fases e suas principais características. Por fim, você 
vai estudar os principais componentes de um projeto dessa magnitude.
Conceito
Um projeto de cabeamento estruturado elaborado de forma correta pode ser 
um diferencial para a realização efi ciente de diversas atividades das empresas. 
O projeto de cabeamento é algo amplo, que defi ne todos os detalhes de uma 
rede de comunicação, atendendo a todos os seus requisitos e prevendo inúmeras 
situações, como facilidade de manutenção, de modifi cação e de expansão da rede.
Muitas vezes, a manutenção de uma rede de computadores pode ser extre-
mamente complexa, se tal rede não foi projetada da melhor forma possível. 
Por exemplo, a simples falta de identificação dos cabos que compõem uma 
rede de computadores pode afetar de forma muito negativa a manutenção da 
26
mesma. No momento em que um ponto de rede apresentar problemas, será 
trabalhoso identificar qual é o cabo que apresenta problemas, para que um 
teste detalhado do mesmo seja realizado. 
Na Figura 1, podemos observar um exemplo desse problema citado. Vemos 
uma falha no projeto de uma rede de computadores, que resultou em um 
emaranhado de cabos soltos, desorganizados e sem nenhuma identificação 
visível. Dessa forma, identificar e corrigir um cabo com problema pode ser 
uma tarefa complexa. Esse tipo de situação poderia ser evitado por meio de 
um bom projeto de rede.
Figura 1. Exemplo de rede com emaranhado de cabos desorgani-
zados, causando dificuldades na realização de tarefas simples de 
manutenção da rede.
Fonte: xfilephotos/Shutterstock.com.
O projeto de cabeamento estruturado engloba uma grande quantidade 
de situações que devem ser planejadas, uma vez que não somente a rede 
de computadores deve ser planejada, mas toda a estrutura de tráfego de 
informações. Fazem parte dessa estrutura de tráfego de informações a cen-
tral de linhas telefônicas, os sinais de televisores a cabo (no caso de redes 
residenciais), os pontos de rede sem fio, como o Wi-Fi, dentre diversos outros 
tipos de redes. Por exemplo, na indústria, podemos ter dispositivos industriais 
com redes específicas, que enviam suas informações a unidades de controle 
ou computadores, para monitoramento e controle de suas funcionalidades, 
conforme aponta Tanenbaum (1997).
Projetos de cabeamento estruturado
27
Nas empresas, a rede demandada pelo sistema telefônico pode ser tão complexa 
quanto a própria rede de computadores, podendo existir mais pontos de acesso 
de telefone do que pontos de acesso de rede. As possibilidades de manutenção e 
expansão ou alteração da rede telefônica devem ser planejadas da mesma forma que 
a rede convencional de computadores.
Podemos observar que, no projeto de cabeamento estruturado, é necessá-
ria uma visão ampla do negócio, dos equipamentos que serão utilizados, da 
quantidade de equipamentos e das possibilidades de mudanças no ambiente. 
Na Figura 2, podemos observar um exemplo de boas práticas em um projeto 
de cabeamento estruturado. Vemos cabos com cores diferentes, que podem 
denotar andares ou, até mesmo, salas ou setores diferentes; essas cores podem 
ajudar a identificar e encontrar cabos durante uma manutenção ou em outras 
situações, como uma modificação ou expansão. Além disso, podemos observar 
que os cabos estão identificados com uma numeração, que pode indicar de 
qual ponto de distribuição se trata.
Figura 2. Exemplo de boas práticas em um projeto de cabeamento 
estruturado: identificação por cores e numeração.
Fonte: Tawan Jz/Shutterstock.com.
Projetos de cabeamento estruturado
28
Normalmente, um projeto de cabeamento estruturado possui alguns sub-
sistemas em sua estrutura, conforme listado a seguir.
 Entrada do edifício — normalmente, a rede externa é conectada à
rede interna por meio desse subsistema.
 Sala de equipamentos — nesse subsistema, são instalados os equipa-
mentos utilizados para a disponibilização do sistema de rede. Normal-
mente, é o local onde servidores e outros equipamentos e elementos da
rede se encontram instalados, de forma a proporcionar a comunicação
e o tráfego de todas as informações da empresa.
 Sala de telecomunicações — nesse subsistema, são instalados os dis-
positivos de terminação e os cabos utilizados na conexão das áreas de
trabalho. O usual é ter uma sala de telecomunicações em cada andar
do prédio que a empresa ocupa. Porém, em muitos casos, essa “sala” é
um pequeno rack no andar ou, até mesmo, dentro de uma sala.
 Área de trabalho — computadores e outros equipamentos compõem
a área de trabalho. A partir desse espaço, os funcionários vão fazer uso
das funcionalidades disponíveis na rede.
 Cabeamento de backbone — realiza a ligação das salas de equipa-
mentos e das salas de telecomunicações disponíveis nos andares do
prédio da empresa.
 Cabeamento horizontal — para que os equipamentos dos usuários
tenham o devido acesso à rede, é utilizado o cabeamento horizontal para
distribuir o sinal de rede para todas as estações de trabalho presentes
na empresa.
Fases de um projeto de cabeamento 
estruturado
Segundo Fey e Gauer (2014), um projeto de cabeamento estruturado possui 
algumas fases, que são processos básicos que o projeto deve seguir para atingir 
um resultado satisfatório e evitar problemas. São elas:
1. levantamento dos requisitos;
2. elaboração do projeto;
3. execução do projeto;
4. certificação do cabeamento.
Projetos de cabeamento estruturado
29
Da mesma forma que um projeto de software, normalmente, um projeto 
de cabeamento utiliza um modelo de implementação em cascata — ou seja, 
cada uma das fases é planejada e executada conforme o cronograma, uma 
após a outra. Em sua primeira fase, é realizado o levantamento de requisi-
tos. Geralmente, nessa fase, o projetista entrevista o responsável técnico da 
empresa do cliente (que pode ou não possuir um responsável técnico, próprio 
ou terceirizado) ou mesmo o proprietário da residência, se for o caso. Nor-
malmente, são analisadas diversas características das instalações já existentes 
(caso seja um empreendimento já em operação) ou das instalações que serão 
construídas ou que já estão em construção.
Por meio dessa entrevista, o projetista pode compreender diversos detalhes 
do projeto, como a estrutura física, a necessidade de serviços atuais e futuros 
e a disponibilidade financeira para o projeto. A disponibilidade financeira do 
cliente é um fator muito importante para o projeto em questão.
Em se tratando de empresas, normalmente, elas possuem um planeja-
mento estratégico, que projeta seu crescimento para um período à frente. Tal 
planejamento pode definir diversas situações relevantes à etapa de projeto da 
instalação. A seguir, temos alguns exemplos dessas situações.
 Exemplo 1: em um período de 5 anos, a empresa vai dobrar sua estru-
tura; consequentemente, a necessidade de estrutura de redes também
será dobrada.
 Exemplo 2: em um período de 3 anos, a empresa vai sair das instalações
atuais e construir uma nova estrutura para abrigar a empresa.
O planejamento estratégico é uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas 
e se destaca bastante no processo de preparação da empresa para o futuro. Nele, 
são estabelecidos objetivos, são confeccionados planos, e é definida a orientação 
a ser seguida. Em virtude da globalização, do constante avanço tecnológicoe da 
competitividade crescente, no ambiente em que as empresas estão inseridas, é muito 
comum a ocorrência de mudanças. Assim, estar preparada para diferentes situações 
é um diferencial para o sucesso da empresa. Dessa forma, podemos definir o plane-
jamento estrátegico como uma metodologia que define metas, direciona recursos, 
estimula ações e, ainda, ajuda na tomada de decisões que estejam alinhadas aos 
objetivos da empresa.
Projetos de cabeamento estruturado
30
Com base nas situações que podem ser evidenciadas no planejamento da 
empresa, o projetista pode tomar diversas decisões, que podem ser afetadas, 
inclusive, pela disponibilidade financeira do cliente. No Exemplo 1, temos 
uma disponibilidade financeira saudável o suficiente para realizar o projeto 
de cabeamento tendo como base a expansão da empresa. Nesse caso, poderia 
ser efetuado um projeto que atendesse à demanda planejada para o período 
futuro, com todos os pontos de acesso já instalados. Já em uma situação 
financeira pouco favorável, o projeto poderia ser implementado de forma 
que fosse possível a expansão gradual dos pontos de acesso, comportando o 
crescimento da empresa e evitando desperdícios.
Em caso de instabilidade financeira, o projeto de cabeamento deve ter como princípio 
evitar desperdicios. Assim, adquirir um rack maior, observando o crescimento da 
estrutura de rede, pode ser um melhor investimento do que adquirir um rack que 
suporte apenas a situação atual. Isso porque, na ocorrência de crescimento imprevisto, 
será necessário adquirir um rack maior, desinstalar e descartar o anterior e realizar a 
instalação da estrutura anterior no novo rack, além de realizar a nova implementação. 
Isso gera o desperdício de componentes e, também, de mão de obra. Com um rack 
maior desde o princípio, em caso de necessidade de mudanças, a estrutura atual 
permaneceria igual, sendo necessário apenas implementar a nova estrutura.
No Exemplo 2, o projetista deve analisar o crescimento da empresa até 
o período em questão e projetar a estrutura a ser instalada de acordo com o
período em que a empresa ainda vai estar em operação nas instalações atuais.
Após esse período, de acordo com o planejamento do exemplo, a empresa será
transferida para novas instalações. Dessa forma, investir em um projeto com
capacidade além da que será verdadeiramente utilizada no endereço atual
seria um completo desperdício.
Na elaboração do projeto de cabeamento estruturado, todas as etapas 
de implantação, bem como a mão de obra necessária para a implantação da 
mesma, devem ser previamente definidas, assim como todos os materiais que 
serão utilizados. Todos os detalhes do projeto devem ser planejados, como: 
quais padrões serão adotados, qual será o caminho que os cabos da rede vai 
percorrer até o destino, que tipo de tubulação ou eletrocalhas de passagem será 
utilizado, etc. Cada detalhe deve ser planejado de forma minuciosa, para que a 
Projetos de cabeamento estruturado
31
implantação do projeto prossiga como uma receita de bolo. Na Figura 3, pode-
mos observar um exemplo de instalação de cabos dentro de uma eletrocalha.
Figura 3. Exemplo de cabos de rede em eletrocalhas.
Fonte: Marcin Osman/Shutterstock.com.
Após a elaboração do projeto, inicia-se a implantação, em que todos os 
componentes previstos são instalados e configurados conforme o planeja-
mento. Nesse ponto, como em qualquer outro projeto de implantação, algumas 
situações inesperadas podem vir a ocorrer. Por exemplo, uma parede que 
deveria ser perfurada para a passagem de tubulações ou eletrocalhas pode ser 
identificada como contendo uma viga de sustentação; com isso, ela não poderá 
ser perfurada, pois isso abalaria ou enfraqueceria a estrutura do prédio. Tendo 
em vista esse tipo de situação, devem existir planejamentos de contingência 
no projeto, para que imprevistos não atrasem o cronograma.
Uma vez concluída a implantação do projeto, temos a etapa de certificação, 
em que serão realizados testes de aceitação, continuidade e desempenho do 
cabeamento instalado. Tal certificação é obtida por meio de uma série de 
testes, realizados de acordo com os padrões e as normas de entidades de 
normatização (p. ex., as normas do American National Standards Institute, da 
Associação das Indústrias de Telecomunicações, da Organização Internacional 
de Normalização ou da Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Esses testes normalmente são realizados utilizando equipamentos ou fer-
ramentas que fornecem um relatório, indicando que o teste foi realizado com 
sucesso, ou com insucesso. Eles podem ser realizados pela própria equipe da 
Projetos de cabeamento estruturado
32
empresa; porém, normalmente, é contratada uma empresa especializada nesse 
tipo de certificação (normalmente, empresas do ramo de telecomunicação). 
Na Figura 4, temos um exemplo de teste sendo realizado em um cabo de rede 
por um equipamento que checa a qualidade da instalação.
Figura 4. Teste sendo realizado em um cabo de rede.
Fonte: Anucha Cheechang/Shutterstock.com.
Por meio dessas quatro fases estudadas, é possível criar e implantar um 
projeto de cabeamento estruturado de qualidade. Deve-se buscar incluir todos 
os requisitos levantados no projeto, que deve atender não somente aos requisitos 
de necessidade imediata, mas também às diversas situações que podem vir 
a ocorrer, como mudanças de leiaute ou expansão da necessidade de rede. A 
execução do projeto deve ser realizada de forma fiel ao projeto elaborado. 
Por fim, todos os componentes devem ser verificados, analisando-se o bom 
funcionamento da rede implantada.
Componentes de um projeto de cabeamento 
estruturado
Segundo Fey e Gauer (2014), um projeto de cabeamento estruturado possui 
quatro componentes básicos:
Projetos de cabeamento estruturado
33
 planta baixa do espaço onde será realizada a implementação do projeto;
 listagem de materiais (cabos, terminais, equipamentos, etc.);
 definição dos custos;
 cronograma da execução do projeto.
A planta baixa é um dos componentes mais importantes de um projeto de 
cabeamento estruturado, uma vez que, por meio dela, é possivel verificar toda 
a estrutura de salas, identificando, assim, onde estão localizados os pontos 
de acesso. Além disso, também é possível identificar, de forma facilitada, 
por onde os cabos desses pontos de acesso vão passar, chegando até a sala de 
telecomunicações. 
Na Figura 5, vemos um exemplo de planta baixa de um imóvel residencial. 
Podemos observar que todos os móveis da residência foram posicionados na 
planta. Essa informação ajuda o projetista a identificar os locais mais adequados 
para o posicionamento dos pontos de acesso da rede.
Figura 5. Exemplo de planta baixa de edifício residencial.
Fonte: stefanphotozemun/Shutterstock.com.
Em edifícios com mais de um andar, é necessário uma planta para cada 
andar, bem como uma planta com uma visão em corte horizontal. Dessa 
Projetos de cabeamento estruturado
34
forma, pode-se compreender como cada planta baixa está posicionada no 
imóvel como um todo.
Todos os materiais a serem utilizados na implantação do projeto, de um 
simples parafuso até um complexo servidor, devem ser previstos na listagem 
de materiais. Dependendo do projeto, pode ser complexo definir a quantidade 
que será utilizada de um simples terminal de rede “RJ45” (tipo de conector 
para cabos de rede mais comumente utilizado). Em um projeto residencial, em 
que a complexidade dos sistemas é menor, essa não é uma tarefa impossível 
de ser realizada. 
Já no caso de um projeto empresarial, a situação pode ser mais complexa, 
dada a quantidade de ligações e dispositivos que deverão ser interligados. 
Nesses casos, normalmente, são utilizados softwares especializados em projetos 
de cabeamento estruturado, em que o projetista desenha a planta do imóvel e 
insere os componentes necessários para o mesmo. Ao realizar esse processo 
pelo computador, fica mais simples dimensionar todos os materiais que serão 
necessários ao projeto.Isso porque o software fornece diversos relatórios, 
apontando todos os materiais que foram previstos no projeto, o que facilita o 
trabalho do projetista e elimina muitos erros. 
Os softwares de cabeamento estruturado podem ajudar bastante o projetista a di-
mensionar os materiais que serão utilizados no projeto, além de gerar documentos 
que ajudam na implantação do projeto do início ao fim. A seguir, são listados alguns 
softwares dedicados a projetos de cabeamento estruturado, acompanhados dos links 
para seus respectivos websites.
QiCabeamento
https://qrgo.page.link/GaqYr
CADDPROJ Telecom
https://qrgo.page.link/eHCCW
DutotecCad
https://qrgo.page.link/Lcn9C
Projetos de cabeamento estruturado
35
A definição dos custos do projeto pode parecer simples, porém, possui 
uma certa complexidade, conforme descrito a seguir. Após a especifica-
ção e o dimensionamento dos materiais que serão utilizados no projeto, é 
necessário inserir o valor unitário de cada componente, observando-se a 
unidade de medida do mesmo. Por exemplo, cabos são medidos em metros, 
assim como as eletrocalhas e os dutos; porém, os conectores, as tomadas e os 
demais componentes são medidos em unidade. A mão de obra, por sua vez, 
é mensurada em horas.
No Quadro 1, podemos observar um exemplo de custo de projeto de cabe-
amento de uma empresa, em que são destacados os principais componentes 
do projeto, bem como a mão de obra.
 Fonte: Adaptado de Fey e Gauer (2014).
Elemento Quantidade Custo
Cabo UTP 6 4.953 metros R$ 10.750,00 
Cabo UTP 6a 20 metros R$ 560,00 
Cabo UTP 100 pares 20 metros R$ 120,00 
Patch Panel 48 portas 9 unid. R$ 2.500,00 
Patch Panel 12 portas 3 unid. R$ 830,00 
Tomadas RJ45 duplas 112 unid. R$ 550,00 
Patch Cord 1,5 m 230 unid. R$ 3.400,00 
Patch Cord 5 m 112 unid. R$ 1.800,00 
Eletrocalhas 250 metros R$ 7.500,00 
Canaletas Plásticas 
Tipo X
500 metros R$ 8.500,00 
Mão de obra 720 horas R$ 7.200,00 
Mão de obra para 
certificação
480 horas R$ 4.800,00 
Custo total R$ 48.510,00 
Quadro 1. Exemplo de custos de um projeto de cabeamento estruturado
Projetos de cabeamento estruturado
36
Por fim, deve-se estabelecer o cronograma de execução do projeto. Nesse 
documento, temos os prazos e a descrição de todos os processos que devem 
ser seguidos. Normalmente, esse cronograma apresenta a seguinte sequência:
1. São instalados todos os componentes de suporte, como tubulações,
eletrocalhas, racks, dentre outros.
2. Todos os equipamentos são fixados, e os cabos são instalados e
conectados.
3. É realizada toda a configuração dos equipamentos que demandam esse 
tipo de procedimento.
4. Nessa última etapa, o processo de certificação é realizado, e são feitas
as correções necessárias, caso se detecte alguma situação do tipo.
De forma resumida, um cronograma de instalação pode ser dividido dessa 
forma, sendo que a instalação de cada componente deve levar em conta a 
descrição de instalação, conforme o projeto e o cronograma.
FEY, A. F.; GAUER, R. R. Cabeamento estruturado: da teoria à prática. 2. ed. Caxias do 
Sul: ITIT, 2014.
TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
Leitura recomendada
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 
3. ed. São Paulo: Érica, 2010.
Projetos de cabeamento estruturado
37
DICA DO PROFESSOR
Um projeto de cabeamento estruturado tem diversos componentes, como a planta baixa do 
imóvel no qual os equipamentos serão implantados. Também apresenta componentes de 
controle financeiro do projeto, os custos, que da mesma maneira que em outros tipos de 
projetos, devem ser controlados com equilíbrio.
Na Dica do Professor, você verá diversas informações sobre o planejamento de custos em um 
projeto de cabeamento estruturado.
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EXERCÍCIOS
1) Em cabeamento estruturado, a área de trabalho é formada pelos computadores e
demais equipamentos presentes em um espaço no qual as pessoas terão a
possibilidade de usufruir dos recursos e da capacidade da rede. Qual dos subsistemas
indicados abaixo é o subsistema que distribui rede diretamente para a área de
trabalho?
A) Entrada do edifício.
B) Cabeamento horizontal.
C) Sala de equipamentos.
D) Sala de telecomunicações.
E) Cabeamento backbone.
38
2) Um projeto de cabeamento estruturado é composto por diversos subsistemas, cada
um com uma função de suma importância para a organização do projeto. Indique em
qual dos subsistemas abaixo ficam alocados os equipamentos utilizados para manter
a rede ativa.
A) Área de trabalho.
B) Cabeamento backbone.
C) Cabeamento horizontal.
D) Sala de equipamentos.
E) Entrada do edifício.
3) Um projeto de cabeamento estruturado tem algumas fases durante seu processo de
implantação. Em uma dessas fases, o projetista entrevista o responsável técnico da
empresa, buscando informações para confeccionar um projeto que atenda às
necessidades da empresa no momento atual e no futuro. Indique qual das opções
abaixo está relacionada à tarefa mencionada.
A) Montagem da estrutura.
B) Elaboração do projeto.
C) Execução do projeto.
D) Certificação do cabeamento.
E) Levantamento de requisitos.
39
4) Durante as fases de um projeto de cabeamento estruturado, uma vez que foram
instalados todos os componentes previstos no projeto, são realizados procedimentos
de teste para avaliar a qualidade da instalação realizada a partir de padrões e
normas nacionais e internacionais. Indique qual das opções abaixo representa a fase
descrita.
A) Levantamento de requisitos.
B) Instalação dos equipamentos.
C) Certificação do cabeamento.
D) Instalação do cabeamento.
E) Execução do projeto.
5) Diversos componentes são utilizados no projeto de cabeamento estruturado, como
diagramas, listas de materiais, custos, cronogramas, etc. Até mesmo conhecer o
espaço físico onde o projeto será implementado é de muita importância para
elaboração do projeto e também para guiar todo o processo de instalação em cada
uma de suas fases. Indique qual componente possibilita o projetista a identificar com
clareza como é o espaço físico onde o projeto será implementado.
A) Lista de materiais.
B) Cronogramas.
C) Listas de custos.
40
D) Planta baixa.
E) Certificação do cabeamento.
NA PRÁTICA
Diversas situações podem ocorrer no desenvolvimento de um projeto de cabeamento 
estruturado, inclusive a falta de entendimento do cliente frente às possibilidades que um projeto 
como esse pode abranger.
Por exemplo, na etapa de levantamento de requisitos, o cliente pode ter dificuldade em 
compreender todos os subsistemas de um projeto de cabeamento estruturado.
Veja, Na Prática, uma situação na qual a empresa contratada tem dificuldades de fazer com que 
o cliente compreenda todos os subsistemas que podem ser integrados em um projeto de
cabeamento estruturado.
41
42
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Cabeamento estruturado - capítulo 7
Com as crescentes demandas por serviços de rede com cada vez mais qualidade, surgiu o 
conceito de cabeamento estruturado. Leia este interessante capítulo que aborda o importante 
conceito.
Projetos FTTH ramal de atendimento
Um projeto de cabeamento estruturado normalmente é um projeto com maior complexidade do 
que prece ser. Neste vídeo é possível observar um caso de projeto de ramais de fibra ótica sendo 
planejado e suas principais características.
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Planejamento: rede de computadores
Em um projeto de cabeamento estruturado, existem muitos detalhes que devem ser planejados 
para que o resultado final atenda às necessidades do cliente. Neste artigo há um amplo apanhado 
de conceitos e detalhes que devem ser previstos em um projeto de cabeamento estruturado de 
alto nível.
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43
Conceitos de cabeamento estruturado
APRESENTAÇÃONo início, as redes de computadores eram projetadas sem precocupação com futuras expansões. 
As redes, durante esse tempo, em geral eram muito pequenas, e os equipamentos existentes - 
que na maioria dos casos eram um computador ou dois deles junto com uma impressora - eram 
conectados juntos, de uma maneira aleatória. Se a rede fosse além da localização do escritório, 
por exemplo, era mais provável que ela não fosse planejada ou não fosse vista pelos 
equipamentos. Nenhum cabeamento nem padrões de rede eram seguidos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer a importância do cabeamento estruturado 
em rede de computadores e analisar os modos de transmissão de dados. Além disso, vai 
conhecer a evolução do cabeamento estruturado ao longo da evolução tecnológica.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a importância do cabeamento estruturado em redes 
de computadores.
•
Analisar os modos de transmissão de dados entre 
dois equipamentos.
•
Definir a linha do tempo em cabeamento estruturado.•
DESAFIO
As redes podem trabalhar com equipamentos que realizam a transmissão de dados em um único 
sentido, ou nos dois sentidos. 
Com relação à transmissão nos dois sentidos, pode-se ter a transmissão half-duplex, na qual a 
transmissão não realiza esse procedimento simultaneamente apesar de ser nos dois sentidos, ou 
então a mais utilizada, a full-duplex, a qual acontece no mesmo sentido.
Você é técnico em uma organização e se deparou com equipamentos que só realizam a 
44
comunicação no modo half-duplex. Sem realizar a substituição desses equipamentos, foi 
proposto o desafio de trabalharem em modo full-duplex.
Apresente uma proposta de solução e justifique.
INFOGRÁFICO
O cabeamento estruturado é o projeto e a instalação de um sistema de cabeamento que suporta 
vários usos de hardware e é adequado para as necessidades atuais e futuras. Com um sistema 
corretamente instalado, os requisitos atuais e futuros podem ser atendidos e o hardware que for 
adicionado no futuro será suportado.
Ao longo do tempo, o sistema de cabeamento estruturado necessitou evoluir para atender 
à demanda de comunicação entre equipamentos e a padrões das indústrias de fabricantes desses 
equipamentos.
No Infográfico, você vai entender como a estruturação de cabos evoluiu desde os primeiros 
sistemas de comunicação de dados.
45
46
CONTEÚDO DO LIVRO
Costuma-se pensar na comunicação digital como uma ideia nova, mas em 1844 um homem 
chamado Samuel Morse enviou uma mensagem de 37 milhas de Washington D.C. para 
Baltimore, usando sua nova invenção, the telegraph. Isso pode até parecer bem distante das 
redes de comunicações atuais, mas o conceito permanece atualmente.
Em 1985, surgiram os primeiros movimentos para o desenvolvimento de um padrão de 
cabeamento que definiria um sistema genérico de fiação de telecomunicações para edifícios 
comerciais e que suportaria um ambiente de vários produtos e vários fornecedores. Em essência, 
isso seria um sistema de cabeamento que executaria todos os sistemas de rede atuais e futuros 
em uma topologia comum, usando uma mídia comum e conectores comuns. Nascia, então, o 
padrão de cabeamento estruturado.
No capítulo Conceitos de cabeamento estruturado, da obra Cabeamento estruturado, base 
teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer a importância do cabeamento 
estruturado para redes de computadores, analisar os modos de transmissão entre equipamentos e 
a linha do tempo da evolução do cabeamento estruturado.
Boa leitura.
47
Conceitos de cabeamento 
estruturado
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Reconhecer a importância do cabeamento estruturado em redes de 
computadores.
 Analisar os modos de transmissão de dados entre dois equipamentos.
 Definir a linha do tempo do cabeamento estruturado.
Introdução
Quando começaram a ser utilizados, os sistemas de cabeamento para 
transmissão de dados nas organizações não seguiam padrões e, muitas 
vezes, eram instalados e mantidos pelos próprios fabricantes. Esses sis-
temas não suportavam a necessidade de evolução de que os ambientes 
organizacionais necessitavam. Assim, surgiu a necessidade de organizar e 
estruturar um padrão para infraestrutura de cabeamento; nesse sentido, 
empresas como a Xerox e a Intel começaram a trabalhar no desenvolvi-
mento de um padrão.
Neste capítulo, você vai entender a importância do cabeamento estru-
turado para as redes de computadores. Você também vai analisar o modo 
de transmissão de dados entre dois equipamentos e, por fim, vai analisar 
a linha do tempo do desenvolvimento do cabeamento estruturado como 
fator primordial para a organização e a padronização das redes.
Origem e importância do cabeamento 
estruturado para as redes de computadores
O cabeamento estruturado surgiu no fi nal dos anos 1980, a partir da ne-
cessidade de estruturação e padronização das redes de computadores, que 
estavam sendo implementadas em larga escala. Desde então, a infraestrutura 
48
de cabeamento foi se tornando cada vez mais fundamental nas estruturas 
empresariais. É fato que, no atual cenário de constantes avanços tecnológicos, 
nenhuma organização sobrevive se sua infraestrutura estiver suscetível a panes 
e problemas, conforme leciona Lima Filho (2015).
O cabeamento estruturado pode ser entendido como todo sistema de in-
fraestrutura que interliga os equipamentos de telecomunicações necessários 
para o funcionamento de uma organização. Este também define elementos 
padronizados a serem aplicados, que podem ser considerados como seus 
subsistemas.
O principal objetivo da adoção do conceito de cabeamento estruturado 
é a possibilidade de se definir um padrão de instalação e conexão entre os 
dispositivos, bem como permitir uma vida útil à infraestrutura, que suporte 
alterações de leiaute que venham a ocorrer ao longo do tempo em qualquer 
organização. 
O sistema de cabeamento estruturado está dividido em seis subsistemas:
 entrada de facilidades (entrance facilities);
 sala de equipamentos (equipment room);
 cabeamento vertical (backbone ou backbone cabling);
 sala de telecomunicações (telecommunications rooms);
 cabeamento horizontal (horizontal cabling);
 área de trabalho (work area components).
A Figura 1 ilustra o sistema de cabeamento estruturado com seus 
subsistemas.
Figura 1. Infraestrutura de cabeamento estruturado.
Fonte: Feitosa ([2016], documento on-line).
Conceitos de cabeamento estruturado
49
O projeto de cabeamento estruturado é muito importante se desejamos ter 
uma rede de computadores funcionando adequadamente, sem apresentar pro-
blemas. Nesse sentido, existem etapas que nunca devem ser descartadas quando 
estamos projetando uma rede. Existem diversas redes que sofrem inúmeros proble-
mas por não terem sido corretamente projetadas no início de seu funcionamento e 
se tornam obsoletas e suscetíveis a problemas, de acordo com Lima Filho (2015).
Quando esse sistema passou a ser utilizado, cada fabricante de computador 
estabelecia os cabos para seus computadores e periféricos. Ou seja, não existia 
uma padronização, e, às vezes, colocar em uma mesma rede de computadores 
máquinas de diferentes fabricantes se tornava um desafio enorme. As coisas 
evoluíram pouco até a chegada das redes de áreas locais (LANs), que estavam 
sendo definidas por acordos de padrões abertos no início dos anos 1980.
Pela primeira vez, podia-se esperar que equipamentos de comunicação de dados 
de diferentes fabricantes se comunicariam entre si. A primeira LAN a ser aceita 
mundialmente foi o padrão Ethernet. O padrão Ethernet foi desenvolvido pela 
companhia Xerox, com o início do seu desenvolvimento em meados da década 
de 1970. Houve, na mesma década, a adesão de outras companhias, como a Intel, 
que uniram suas forças para desenvolver um padrão para o sistema Ethernet que 
possibilitasse a suautilização universalmente. A primeira grande publicação do 
padrão Ethernet foi o chamado “Livro Azul Ethernet”, em 1980.
Inicialmente, o padrão Ethernet era também conhecido como padrão DIX, em função 
das iniciais das três empresas que começaram a desenvolvê-lo: DEC, Intel e Xerox. 
Devido ao avanço de sua utilização a partir do padrão Ethernet, vamos 
utilizar a rede LAN como base para tratar dos modos de transmissão entre 
equipamentos, tema da próxima seção.
Modos de transmissão entre equipamentos
Em qualquer transmissão de dados, um fator determinante é a direção em que 
o sinal é transmitido. Segundo Marin (2010), se a transmissão do sinal se dá
Conceitos de cabeamento estruturado
50
em apenas uma direção, ela é chamada transmissão simplex. Um exemplo de 
transmissão simplex é uma pessoa falando no microfone e ouvindo sua própria 
voz por meio de um alto falante; nesse exemplo, o sinal está sendo transmitido 
apenas na direção do microfone para o alto-falante. A transmissão simplex 
também é chamada de transmissão unidirecional.
Quando existe a possibilidade de transmissão do sinal em ambas as dire-
ções, mas com o sinal sendo transmitido em apenas uma das direções por vez, 
temos a transmissão half-duplex. Um exemplo de transmissão half-duplex é 
a comunicação por meio de rádios amadores; nesse caso, apenas um dos lados 
pode enviar a comunicação, enquanto o outro somente escuta.
Já o tipo de transmissão de dados mais comum e facilmente encontrado é a 
transmissão full-duplex. No padrão full-duplex, assim como no half-duplex, 
a transmissão ocorre nos dois sentidos, porém, com a grande vantagem de 
ser ao mesmo tempo. O exemplo mais comum desse tipo de transmissão é a 
comunicação por telefone, em que duas pessoas podem falar ao mesmo tempo, 
e ambas se escutam. O padrão full-duplex também é chamado de padrão 
bidirecional, ou simplesmente duplex, conforme leciona Lima Filho (2015).
A Figura 2 traz a representação desses três tipos de transmissão.
Figura 2. Representação dos tipos 
de transmissão simplex, half-duplex e 
full-duplex.
Fonte: Defining... (2013, documento on-line).
Conceitos de cabeamento estruturado
51
Muitas redes de dados podem se utilizar de diferentes canais ao longo 
do meio em que se realiza a conexão entre o transmissor e o receptor de 
dados. Em casos de canais de transmissão físicos, podem ser utilizados fios 
separados para a transmissão e a recepção de dados. Essa estrutura utiliza o 
tipo half-duplex em cada um dos canais que interliga os fios transmissores e 
os fios receptores. Porém, como existem fios específicos para a transmissão 
e a recepção de dados, esse conjunto possibilita um tipo de comunicação 
full-duplex, pois fica possível enviar e receber dados ao mesmo tempo pelos 
diferentes canais. 
O cabeamento estruturado também é conhecido pela sigla KET e consiste na padro-
nização de um sistema de disposição que define conectores, que são utilizados em 
meios de transmissão de dados para redes de computadores e sistemas de telefonia. 
Esse padrão possibilita que a infraestrutura suporte transformações de leiaute ao longo 
da sua vida útil, bem como a conexão entre diferentes dispositivos, como: servidores, 
computadores, impressoras, telefones, switches, hubs, roteadores, entre outros. O 
tipo de conector mais utilizado no cabeamento estruturado é o padrão RJ45, e, para 
transmissão de dados, o cabo UTP. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio de sua 
norma NBR 16264:2016 (ABNT, 2016), estipulou procedimentos e recomen-
dações para instalação de redes domésticas. Estes são adotados por empresas 
e profissionais da área de tecnologia como referência para a construção de 
infraestruturas de transmissão de dados.
A evolução da infraestrutura dependente do 
cabeamento estruturado
A infraestrutura de rede e transmissão de dados é um dos itens mais impor-
tantes no quesito tecnologia e comunicação nas empresas. A necessidade de 
agilidade exige que os sistemas de transmissão de dados sejam efi cazes, afi nal, 
há grande necessidade de transmissão de vídeo, voz e dados de forma rápida 
e sem gerar impacto nos negócios. Existem, atualmente, muitas empresas que 
Conceitos de cabeamento estruturado
52
utilizam a tecnologia de comunicação VoIP (voz sobre IP — do inglês Internet 
protocol); em alguns casos, esse tipo de comunicação é utilizado em conjunto 
com a comunicação tradicional.
É claro que, para oferecer agilidade, além da infraestrutura de cabeamento, 
os sistemas de transmissão de dados necessitam de computadores rápidos. 
Porém, se a conexão entre estes não suportar a sua capacidade, o sistema como 
um todo sofrerá. Para isso, é obrigatória a adoção de práticas e políticas para a 
infraestrutura de TI, especialmente para o seu sistema de cabeamento estruturado.
Um sistema de cabeamento estruturado é um grande sistema composto por subsis-
temas. Cada um desses subsistemas pode funcionar independentemente e integrado 
com os demais, para, assim, formar uma rede maior. Muitas organizações passaram a 
adotar um padrão de cabeamento estruturado, com o objetivo de administrar com 
mais facilidade a sua infraestrutura de transmissão de dados. Além disso, deseja-
-se que esse sistema consiga suportar os avanços dos negócios da empresa. Nesse
sentido, a divisão em subsistemas possibilita que apenas algumas partes precisem ser 
remodeladas, quando necessário.
Ao pensarmos no futuro da infraestrutura de cabeamento de dados, é 
interessante lembrarmos da evolução desse sistema ao longo do tempo, desde a 
sua adoção, na década de 1980. No início, os sistemas de fiação para suportar 
a transmissão de dados, em sua grande maioria, eram desorganizados, sendo 
implantados sem planejamento e sem preocupação com a necessidade de 
evolução da infraestrutura para suportar o negócio.
Além disso, no início, os requisitos relacionados à performance da rede 
eram mínimos, se comparados aos que são exigidos atualmente. Em grande 
parte, os sistemas eram implantados nos lugares pelos próprios fornecedo-
res — principalmente por empresas de telefonia, que faziam a instalação e, 
depois, a manutenção desses sistemas, conforme leciona Tanenbaum (1997).
Com a chegada do cabo de fibra óptica, a infraestrutura de transmissão 
apresentou um enorme salto tecnológico. A adoção dos cabos de fibra óptica 
praticamente deixou os cabos de cobre em segundo plano. Considerando-se 
toda a linha do tempo, desde o início da adoção dos sistemas de cabeamento 
Conceitos de cabeamento estruturado
53
estruturado, quando as organizações perceberam a necessidade de organizar e 
padronizar a sua infraestrutura de comunicação, pode-se afirmar que a chegada 
do cabo de fibra óptica foi um dos grandes marcos da evolução desses sistemas.
Todos percebemos que a transmissão de dados e voz é uma das ferramentas 
mais importantes para o sucesso de empreendimentos e organizações. Em uma 
organização, diversos elementos dependem dessa ferramenta, como aplicativos 
para voz, alarmes, sistemas de segurança, dentre outros, que fazem parte do 
universo de qualquer organização. No futuro, surgirão muitas aplicações 
que necessitarão trabalhar com essa infraestrutura; isso, é claro, exigirá que 
a infraestrutura de cabeamento se torne mais complexa, e seus subsistemas, 
mais sofisticados, para atenderem aos requisitos tecnológicos.
Acesse o link a seguir e leia sobre padrões de cabeamento estruturado e algumas 
normas relacionadas a eles.
https://qrgo.page.link/gSH5j
ABNT. NBR 16264: cabeamento estruturado residencial. Rio de Janeiro, 2016.
DEFINING: simplex, half-duplex, and duplex. Blog Fiberbit, 2013. Disponível em: https://
www.slideshare.net/leuguimaraes/cabeamento-estruturado-redes-de-computadores. 
Acesso em: 12 ago. 2019.
FEITOSA, E. L. Cabeamento estruturado. [2016]. Apresentação. Disciplina de Redes de 
Computadores. Disponível em: https://www.slideshare.net/leuguimaraes/cabeamento-
-estruturado-redes-de-computadores. Acesso em: 12 ago. 2019.
LIMAFILHO, E. C. Fundamentos de redes e cabeamento estruturado. São Paulo: Pearson, 
2015.
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 
3. ed. São Paulo: Editora Érica, 2010.
TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
Conceitos de cabeamento estruturado
54
Leituras recomendadas
ABNT. NBR 14565: cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais. Rio de 
Janeiro, 2007.
COMER, D. E. Redes de computadores e internet. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016.
DERFLER, F. J.; FREED, L. Tudo sobre cabeamento de redes. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
MORIMOTO, C. E. Redes: guia prático. São Paulo: GDH Press e Sul Editores, 2008.
SCRIMGER, R.; LASALLE, P.; PARIHAR, M. TCP/IP: a bíblia. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
SOARES NETO, V.; SILVA, A. P. C. JUNIOR, M. B. Telecomunicações: redes de alta velocidade: 
cabeamento estruturado. São Paulo: Editora Érica, 2002.
Conceitos de cabeamento estruturado
55
DICA DO PROFESSOR
Um bom projeto de cabeamento estruturado certamente vai ter impacto positivo no ambiente de 
negócios de uma empresa. Itens como prevenção a riscos de acidentes e incêncidios, 
escalabilidade futura da infraestrutura e até mesmo a organização do layout será perceptível por 
todos, inclusive seus clientes.
Esta Dica do Professor vai expor alguns dos inúmeros benefícios que um projeto pode trazer 
para o bom ambiente de negócios de uma empresa. 
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EXERCÍCIOS
1) O conceito de planejamento de cabeamento estruturado tem por principal objetivo
uma instalação padronizada que tenha uma vida útil de, no mínimo, dez anos,
atendendo às demandas de mudanças de layout ao longo do tempo. Para isso, seu
conceito se subdivide em alguns subsistemas.
Assinale a alternativa que tenha alguns exemplos de seus subsitemas:
A) sala de equipamento, cabeamento horizontal e sala de testes.
B) cabeamento vertical, sala de testes e sala de telecomunicações
C) cabeamento horizontal, área de trabalho e sala de telecomunicações
D) entrada de facilidades, sala de telecomunicações e TI
E) sala de testes, TI e administração
Planejar a infraestrutura de cabeamento estruturado de uma organização traz2)
56
inúmeros benefícios, além de organização. Um dos principais benefícios está 
relacionado à redução de custos. Sobre o futuro do cabeamento estruturado nas 
organizações, assinale a alternativa correta.
A) Em um futuro próximo, deve perder um pouco de força no mercado, pois a comunicação
wireless está ganhando terreno.
B) O cabeamento estruturado nunca será substituído pela rede wireless, pois sua tecnologia é
mais segura.
C) O planejamento de cabeamento estruturado não será tão importante, pois os custos com
essa tecnologia estão cada vez menores.
D) O cabeamento está em constante evolução e os investimentos nessa infraestrutura
aumentaram muito nos últimos anos.
E) As redes wireless são uma alternativa à utilização de cabeamento estruturado nas
organizações.
3) Quanto ao modo de transmissão de dados entre equipamentos em redes de
computadores, os formatos encontrados são simplex, half-duplex e full-duplex. Sobre
os modos de transmissão, assinale a alternativa correta:
A) A transmissão simplex é utilizada na telefonia móvel.
B) A transmissão half-duplex é unidirecional assim como a simplex
C) A transmissão full-duplex é bidirecional e simultânea.
D) A transmissão half-duplex é utilizada em sensores ligados a computadores.
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E) A transmissão full-duplex é unidirecional.
4) A infraestrutura de rede é um item crucial em empresas, pois uma rede mal
estruturada pode causar diversos problemas. Ao longo da evolução da tecnologia,
algumas medidas foram tomadas a fim de padronizar uma infraestrutura de rede.
Surgiu, então, a NBR 16264. Sobre essa norma, assinale a alternativa correta.
A) A NBR 16264 apenas estipula normas para padronização de redes domésticas.
B) A NBR 16264 estipula requisitos elencados por um comitê exclusivo de tecnologia da
informação.
C) A NBR 16264 é uma norma de padrões internacionais e a versão NBR é a tradução para a
língua portuguesa.
D) A NBR 16264 especifica uma infraestrutura de cabeamento para três grupos de aplicações.
E) A NBR 16264 foi descontinuada e substituída pela ISO 9000.
5) O sistema de cabeamento estruturado é subdivido em subsistemas. O subsistema
responsável por abrigar todos os equipamentos ativos, como switches, roteadores,
firewalls e servidores está descrito em qual opção a seguir?
A) caixa-cofre de telecomunicações
B) sala de entradas de telecomunicações
C) sala dos servidores
D) sala de equipamentos
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E) sala de telecomunicações
NA PRÁTICA
Na era de tecnologia cada vez mais necessária, pensar e planejar o cabeamento estruturado 
talvez seja a melhor e mais econômica solução para um sistema de rede grande, eficiente e 
escalável. Existem muitos desafios em torno da necessidade de comunicação entre dispositivos e 
isso passa, necessariamente, por essa infraestrutura.
Este Na Prática abordará a importância da elaboração de um bom projeto de cabemamento 
estruturado para as organizações.
59
60
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Por que cabeamento estruturado?
Assista ao professor Juliano Heinzelmann Reinert explicando a importância do cabeamento 
estruturado para as redes de computadores:
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Técnico em cabeamento estruturado
Assista a este vídeo e aprenda em poucos minutos as principais competências relacionadas à 
profissão de técnico em cabeamento estruturado
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conceitos de cabeamento estruturado P1
Assista a este vídeo animado em que são apresentadas quatro ferramentas básicas usadas nos 
sistemas de cabeamento estruturado. O vídeo é apresentado pelo Gabriel Cabista, um 
personagem criado pela Redes&Cia que irá passar conhecimento da área de TI e Telecom.
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61
Normas para cabeamento estruturado
APRESENTAÇÃO
A crescente necessidade de compartilhamento de recursos computacionais e de informações nas 
empresas foi o combustível para o surgimento e a evolução das redes de computadores. Nos 
primórdios, as redes eram de pequeno porte, e a tecnologia utilizada nelas era patenteada pela 
fabricante da própria, o que tornava sua disseminação prejudicada, uma vez que a tecnologia 
pertenceria a um fabricante. Em meados da década de 1970, as primeiras inciativas de criação de 
padrões de redes surgiram, dando origem aos chamados protocolos abertos, que norteiam as 
tecnologias atuais.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer a norma brasileira de cabeamento 
estruturado, chamada de NBR 14565:2013. Além disso, conhecerá outras, como as normas 
EIA/TIA, muito importantes para os projetos de cabeamento estruturado, e as normas do IEEE.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Resumir a norma NBR 14565:2013.•
Explicar as normas EIA/TIA.•
Classificar as normas do IEEE.•
DESAFIO
A norma NBR 14565:2013 é a quarta versão da norma NBR 14565 e apresenta todas as 
orientações que visam a normatizar projetos de cabeamento estruturado. Quando um projeto está 
em concordância com os padrões previstos na norma, existe garantia de que ele terá qualidade 
dentro do necessário ao seu funcionamento.
Com base nisso, considere que você faz parte de uma equipe que foi contratada para projetar 
uma rede de cabeamento estruturado de um data center e, posteriormente, certificá-la com base 
na norma NBR 14565:2013.
62
Acompanhe:
Observando as características mencionadas, foram elaboradas três possibilidades de esquemas 
básicos de estrutura da rede em questão:
Opção A – CD, BD, FD, CP, TO e TE
Opção B – ENI e FD, MD, ZD, LDP, EO e EQP
Opção C – ENI e BD, MD,ZD, LDP, EO e EQP
Diante disso, indique qual seria a opção mais adequada para a empresa e os motivos que o 
levaram a essa resposta.
INFOGRÁFICO
Apesar de pouco se falar sobre o assunto, no Brasil, o descumprimento da norma NBR 
14565:2013 pode gerar multas, além de implicações legais graves. Existem órgãos no País que 
realizam diversas fiscalizações nas mais diversas áreas, e, portanto, o cabeamento estruturado 
não fica de fora. 
No Infográfico a seguir, aproveite para conhecer as implicações legais e os perigos do 
descumprimento das normas de cabeamento estruturado.
63
64
CONTEÚDO DO LIVRO
Na década de 1970, as primeiras iniciativas de criação de padrões para redes de computadores 
surgiram. Assim, os fabricantes de equipamentos para redes se uniram para dar origem aos 
protocolos abertos. A criação dessas normas foi de suma importância para a evolução das redes 
computacionais, possibilitando a integração de equipamentos de diferentes fabricantes, e tal 
padronização contribuiu para a criação da Internet que se tem nos dias atuais, disponível em 
praticamente qualquer dispositivo.
No capítulo Normas para cabeamento estruturado, da obra Cabeamento estruturado, você vai 
conhecer as principais normas existentes na atualidade para cabeamento estruturado — as 
nacionais, como é o caso da NBR 14565:2013, e as internacionais, como EIA/TIA e IEEE.
Boa leitura.
65
Normas para cabeamento 
estruturado
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Resumir a norma NBR 14565:2013.
 Explicar as normas EIA/TIA.
 Classificar as normas IEEE.
Introdução
As normas são criadas com o objetivo de padronizar elementos e pro-
cedimentos de diversas áreas, sejam elas ligadas à informática ou não, 
promovendo a organização do meio em questão e gerando qualidade, 
interoperabilidade e facilidades. Aqui, trata-se como facilidades aqueles 
aspectos que proporcionam manutenção rápida e ágil, possibilitando 
realizar modificações de forma mais simples.
Neste capítulo, você vai estudar sobre as normas nacionais e interna-
cionais que padronizam os sistemas de redes de cabeamento estruturado.
ABNT NBR 14565:2013
A NBR 14565, elaborada pelo Comitê Brasileiro de Eletricidade e publicada 
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 28 de novembro 
de 2013, é a principal norma de cabeamento estruturado nacional (ABNT, 
2013). Segundo Fey e Gauer (2014), a ABNT NBR 14565:2013 é a 4ª edição 
dessa norma, que é destinada à padronização de cabeamentos estruturados 
para prédios comerciais e data centers, sendo uma revisão da NBR 14565:2012.
A NBR 14565:2013 (ABNT, 2013) é baseada nas normas da Organização 
Internacional de Normalização (ISO) e da Comissão Eletrotécnica Interna-
cional (IEC) relacionadas ao cabeamento estruturado genérico para edifícios 
66
comerciais (ISO/IEC 11801) e ao cabeamento estruturado para data centers 
(ISO/IEC 24764). Ela abrange serviços de dados, sistemas de segurança, 
controles de acesso, imagens, aplicação de voz, entre outras funções.
 ISO/IEC 11801: refere-se ao uso do cabeamento em edifícios comerciais, abran-
gendo um ou mais prédios em um campus, em uma escala de até 3 km. Existe a
possibilidade de atender de 50 a 50.000 pessoas, o equivalente a um espaço de
escritórios de 1.000.000 m2.
 ISO/IEC 24764: sendo baseada na norma ISO/IEC 11801, ela caracteriza o cabea-
mento que sustenta diversos tipos de serviços de comunicação que são utilizados 
em um data center. Essa norma engloba os cabeamentos ópticos e metálicos. Ela 
foi criada com o intuito de complementar o grupo de normas ISO/IEC de cabea-
mento estruturado.
Na NBR 14565:2013 (ABNT, 2013), o uso dos patch-cords para conexões 
ponto a ponto é restringido no sistema de cabeamento estruturado, uma vez 
que é considerado prejudicial devido às difíceis condições de administração e 
operação que dos patch-cords. Porém, existem algumas ressalvas para casos 
especiais de data centers; por exemplo, para conexões entre dispositivos de 
uma rede computacional que estejam próximos, ou caso não seja possível 
realizar a comunicação por meio do sistema de cabeamento determinado na 
norma em questão. 
Os cabos a serem utilizados nos subsistemas são definidos por essa norma, 
que estabelece que eles sejam de par trançado de, no mínimo, classe D (categoria 
5), ou de fibra óptica. Esses cabos necessitam estar em conformidade com a 
norma ABNT NBR 14703, que é a norma de cabos de telemática de 100 Ohms 
para redes internas estruturadas.
Para ser formado um sistema de cabeamento em edifícios comerciais 
(Figura 1), existem três subsistemas que, interligados, constituem esse sistema 
principal, conforme descrito abaixo.
1. Backbone de campus — em uma estrutura de cabeamento, o backbone
vai do distribuidor de campus (CD) até os distribuidores de edifício
(BDs) de cada prédio. Cordões são utilizados para interligar equipa-
mentos de transmissão ao subsistema; porém, eles não são considerados 
Normas para cabeamento estruturado
67
como parte do backbone de campus, pois possuem uma aplicabilidade 
específica. Em locais em que não se encontram CDs, o backbone de 
campus percorre o caminho do distribuidor de campus diretamente até 
o distribuidor de piso (FD). Estando de acordo com o que é solicitado
pela topologia hierárquica básica, ele também é capaz de realizar a
conexão direta entre os BDs. Nesse subsistema, o tipo de cabo a ser
utilizado dependerá do tipo de instalação ou projeto em questão. Pode ser 
necessária a utilização de cabos externos, sendo que, para escolhê-los,
devemos seguir as informações da norma. Ao utilizar cabos externos,
a norma exige mais proteção contra tráfego de pessoas, roedores, etc.
2. Backbone de edifício — devido ao fato de esse subsistema possuir a
sua distribuição física de maneira vertical, ele também é chamado de
cabeamento vertical. Por meio dos BDs, os backbones de edifício são
distribuídos para todos os andares de um prédio. Em comparação com
os cabos externos do backbone de campus, os cabos internos utilizados 
nesse subsistema não necessitam de tanta resistência. Porém, devem
ser seguidas as orientações das normas ABNT NBR 14703 e ABNT
NBR 14705, que se referem a cabos sujeitos a incêndio.
3. Cabeamento horizontal — sendo o terceiro subsistema de uma estru-
tura de cabeamento em edifícios comerciais, instalado em somente um 
pavimento ou andar, o subsistema de cabeamento horizontal é distri-
buído para todo o andar de um prédio por meio do FD. O cabeamento
realiza o percurso desde o BD, sendo encaminhado até a tomada de
telecomunicação (TO). O nome cabeamento horizontal se deve ao fato
de ele ser normalmente distribuído horizontalmente.
Figura 1. Exemplo de uma estrutura de cabeamento em edifícios comerciais.
Fonte: Adaptada de Fey e Gauer (2016).
Normas para cabeamento estruturado
68
Assim como ocorre para edifícios comerciais, três subsistemas podem 
constituir um sistema de cabeamento em data centers (Figura 2), conforme 
descrito abaixo. 
1. Cabeamento de acesso à rede — na estrutura de cabeamento de data
centers, esse subsistema realiza a interligação do distribuidor principal 
(MD) ou de zona (ZD) até as interfaces de rede externa (ENIs), ou, até
mesmo, até outro tipo de distribuidor que está interligado a ele.
2. Cabeamento de distribuição principal ou cabeamento de backbone
— esse subsistema abrange desde o MD até os ZD, ambos citados ante-
riormente. Por meio desse subsistema, é realizada a interligação do ZD às
tomadas de equipamento (EO). Essa interligação às tomadas é realizada
diretamente ou por meio de um ponto de distribuição local (LDP).
3. Cabeamento horizontal — conectando o ZD a uma EO, esse subsistema 
deve ter o cabeamento ininterrupto, de um ponto até o outro. De acordo 
com a norma, só poderá ser interrupto caso haja um LDP.
Figura 2. Exemplo de uma estrutura de cabeamento em data centers.
Fonte: Adaptada de Fey e Gauer (2016).
MD ZD LDP EO
Subsistema de
cabeamento

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