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DIOGO MOREIRA NETO - ADM II -

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ATO ADMINISTRATIVO
Diogo FIGUEIREDO MOREIRA NETO entende que : “Ato administrativo é, assim, a manifestação unilateral de vontade da administração pública que tem por objeto constituir, declarar, confirmar, alterar ou desconstituir uma relação jurídica, entre ela e os administrados ou entre seus próprios entes, órgãos e agentes. (Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 235)
Segundo a Doutrina de Digo Figueiredo Moreira Neto: “Assim, o ato administrativo, como espécie do ato jurídico, não poderia deixar de ter os mesmos três elementos básicos, próprios do gênero a que pertence. Sua compreensão,entretanto, necessita a integração de dois outros elementos, que, no genus, poderiam aparecer como acidentais, mas, em se tratando da species, aqui sob exame, são a ela essenciais: a finalidade e o motivo. (Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 238)
COMPETÊNCIA 
Diogo Figueiredo Moreira Neto ensina que: “A competência é o elemento caracterizador do sujeito ativo do ato administrativo.
Para o ato jurídico, exige-se apenas a capacidade do agente, mas para a prática do ato administrativo não releva a noção de capacidade, pois o que importa é saber se a manifestação de vontade de Administração partiu de um ente, órgão ou agente ao qual a Constituição ou a lei cometeu a função de exprimi-la,vinculando-a juridicamente.
Competência é, portanto, uma expressão funcional qualitativa e quantitativa do poder estatal, que a lei atribui às entidades, órgãos ou agentes públicos, para executar sua vontade.
Observe-se que, neste conceito, não só existe menção à quantidade como à qualidade dessa expressão funcional do poder estatal empregado, uma vez que a competência poderá variar não só em grau, como em natureza. Variará, quase sempre, em grau, como ocorre, por exemplo, em razão da hierarquia administrativa, mas poderá variar em natureza, em razão de alguma especialização funcional, que seja acaso exigida para aprática de certos atos.” (. (Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 238)
FINALIDADE
 Segundo o Ilustre Doutrinador Diogo Figueiredo Moreira Neto: “A finalidade, está densamente informado pela legitimidade, princípio fundamental que, a par da legalidade e da moralidade, conforma a plena juridicidade de todo o agir do Estado.
A atividade da Administração Pública será legítima se obedecer à destinação estritamente predisposta pela ordem jurídica ao definir um determinado interesse público
específico a ser por ela satisfeito e ao outorgar a correlativa competência à entidade, órgão ou agente público para o seu atendimento.
Distintamente da manifestação de vontade privada, que poderá se orientar por qualquer finalidade, seja egoísta ou altruísta ou mesmo justa ou injusta, e será sempre
válida desde que não agrida a ordem jurídica, a manifestação de vontade do Poder Público não admite qualquer outra destinação que não seja o vinculante atendimento de uma
finalidade pública, cuja previsão haverá de estar sempre e obrigatoriamente expressa na ordem jurídica.
Cabe à ordem jurídica correlacionar, assim, a finalidade do ato administrativo à regra de competência, ou seja: quem for competente em tese para praticá-lo, só o será em
hipótese, quando se destine atender à finalidade pública em função da qual ele foi
previsto; e, vice-versa: uma finalidade prevista no ordenamento pressupõe competência
aparelhada, adequada e suficiente para a prática de atos administrativos necessários à sua prossecução. Por isso, tanto quanto a competência, a finalidade é um elemento
vinculado, absolutamente inafastável e indisponível, do ato administrativo.
Assim, finalidade é o aspecto específico do interesse público, explícita ou implicitamente expresso na norma legal, que se pretende satisfazer pela produção dos efeitos jurídicosesperados do ato administrativo.” (Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 239)
FORMA 
 Diogo FIGUEIREDO MOREIRA NETO ensina que: “O terceiro elemento do ato administrativo é a forma, entendida como a exteriorização do ato, absolutamente necessária para assegurar a plena publicidade, sindicabilidade e estabilidade das relações jurídicas públicas. Se no Direito Privado prevalece o princípio da liberdade de forma, no Direito Público, inversamente, a regra é a formalidade.
A legislação prevê casuisticamente a forma aplicável para cada atuação prescrita, embora, de modo geral, seja possível afirrmar que o ato administrativo deve ser escrito ou de algum modo registrado, o que inclui, em tese, os assegurados por meios eletrônicos, garantido que seu teor não será alterado sem que se o detecte e que permaneça recuperável sempre que deva ser consultado.
Tal como os dois elementos anteriormente estudados, a forma se apresenta sempre indisponivelmente vinculada, embora se deva distinguir a formalidade essencial, cuja omissão deixará o ato defectivo em seus elementos, e, por isso, inválido, de uma formalidade acidental que não lhe afetará existência e validade se sua omissão for uma irregularidade sanável, uma vez que a finalidade pública tenha sido adequadamente visada ou efetivamente atingida, conforme o ato haja ou não exaurido seus efeitos.
A forma é, assim, a exteriorização material do ato administrativo, através da qual avvontade manifestada se expressa, permanece e se comprova no mundo jurídico.”(Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 240)
MOTIVO 
Diogo FIGUEIREDO MOREIRA NETO entende que: “O motivo poderá ser, todavia, tanto um fato, como um direito ou uma conjugação de ambos, neste caso, um motivo composto – fático e jurídico – desde que preexistentes ao ato administrativo e suficientes para sua justificação e suporte.
A distinção ganha suma importância se a lei prevê situação de fato e de direitocomo determinante da ação, pois o administrador público não poderá deixar de praticar o ato administrativo previsto, constituindo um motivo vinculado; mas, se a lei, explícita ou implicitamente, deixar ao administrador a possibilidade de escolha, dentro de um campo indeterminado de opções, quanto à oportunidade e à conveniência da atuação, tem-se o
motivo discricionário.
Formula-se, então, o conceito: motivo é o pressuposto de fato e de direito que
determina ou possibilita a edição do ato administrativo.” (Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 241)
OBJETO 
Diogo FIGUEIREDO MOREIRA NETO Pondera que: “É o quinto e último elemento do ato administrativo e o que exprime, afinal, a sua eficácia jurídica: é o resultado visado pelo ato, que será sempre a constituição, declaração, confirmação, alteração ou desconstituição de uma relação jurídica.
Como sucintamente esclarece o mestre argentino Manuel Maria Díez, é o “resultado prático que o órgão se propõe realizar através de sua ação voluntária” ao introduzir um ato no mundo jurídico.
O objeto do ato administrativo tem sempre um conteúdo jurídico. Tal qual o motivo, ele poderá estar vinculado pela legislação – e, neste caso, a atuação da Administração só haverá de ter um resultado jurídico determinado – ou poderá ter sido deixado pelo
legislador, explícita ou implicitamente, à escolha do agente e, no caso, o resultado jurídico será determinável. Em suma: na primeira hipótese, tem-seo objeto vinculado, aquele inafastavelmente determinado pela lei, e na segunda, o objeto discricionário, que poderá ser determinável motivadamente pela administração.
Quanto ao resultado de fato, embora não seja elemento do ato administrativo, é
considerado um importante paradigma da ação administrativa pública, que põe em evidência e sob sindicância tanto as qualidades constitucionalmente exigidas de eficiência e de legitimidade, e referida ao atendimento concreto das reais necessidades dos administrados, que a Administração se haja proposto a satisfazer, pois que, como se esclarece na observação do monograista italiano Mario R. Spasiano, não há como se
pôr logicamente em dúvida “que a entrega de um serviço deva necessariamente garantir a sua utilização.”
Em suma, retornado ao resultado jurídico, assim se o conceitua: o objeto do ato administrativo é a alteração jurídica que se pretende introduzir relativamente às situações e relações sujeitas à ação administrativa do Estado.”(Moreira Neto, Diogo de Figueiredo Curso de direito administrativo: parte introdutória, parte geral e parte especial /– 16. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : Forense,2014, página 243)

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