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GINKGO BILOBA SOBRE O GINKGO BILOBA: • Nome científico: Ginkgo biloba L. • Sinonímia científica: N/A; • Nome popular: Ginkgo biloba; • Família: Ginkgoaceae; • Parte Utilizada: Folha; • Composição Química: Diterpenos (ginkgolídeos A, B, C, J e M); flavonoides (bioflavonoides: ginkgetina, isogenkgetina, bilobetina); flavonóis (quercetina, kaempferol e seus glicosídeos); hidrocarbonetos; aminoácidos; esteróis; açucares; álcoois; proantocianidina; terpenos e catequinas (Extrato padronizado 24% de Flavonoides Glicosídeos). GINKGO BILOBA: UMA ESPÉCIE SOBREVIVENTE • A espécie Ginkgo biloba é a árvore mais velha do mundo, existe por mais de 200 milhões de anos, é considerada pelos botânicos como um fóssil vivo, sendo o único exemplar dessa família, e ancestral do carvalho. INDICAÇÕES DO GINKGO BILOBA: • Distúrbios das funções do Sistema Nervoso Central (SNC); • Vertigens e zumbidos resultantes de distúrbios circulatórios/ periféricos (claudicação intermitente); • Insuficiência vascular cerebral; • Isquemia cerebral e periférica; • Labirintite; • Processos vasculares degenerativos; • Microvarizes; • úlceras varicosas, etc. FORMAS FARMACÊUTICAS: TOXICIDADE E CONTRAINDICAÇÕES: • Não possui contraindicações descritas na literatura, porém deve-se ter cuidados quanto à hipersensibilidade; • Estudos experimentais recomendaram evitar o uso durante o primeiro trimestre de gestação, e apenas sob orientação médica durante a amamentação. • Pode ocorrer alguns efeitos colaterais, e transtornos circulatórios. DOSAGEM E MODO DE USAR: • Pó: 600 a 900 mg ao dia, em três doses, antes das refeições; • Extrato seco (24%): 120 a 240 mg ao dia, divididos em duas a três doses; Extrato glicólico: 02 a 05%, em cremes, shampoos e sabonetes; Tintura: 02 a 10 ml, até 3 vezes ao dia. FARMACOCINÉTICA DO GINKGO BILOBA: EXTRAÇÃO DO GINKGO BILOBA: • Para obtenção do extrato, inicialmente as folhas secas passam pelo processo de extração; • Acetona e água; • A composição qualitativa e quantitativa do extrato são rigorosamente controlados e padronizados; • O produto final fica submetido ao controle de qualidade e as metodologias analíticas empregadas. CASOS DE INTERAÇÕES: Ginkgo + AINE’s: • Um caso isolado descreveu sangramento intracerebral fatal em um paciente tratado com ginkgo e ibuprofeno, e outro caso descreveu sangramento prolongado e hematomas subdurais em outro paciente tratado com ginkgo e rofecoxibe. Estudos com diclofenaco e flurbiprofeno mostraram que ginkgo não teve efeito sobre a farmacocinética desses fármacos. • Mecanismo: A razão para o sangramento não é conhecida, mas o extrato de ginkgo contém ginkgolídeo B, que é um potente inibidor do fator de ativação plaquetária independente de araquidonato. No entanto, em um estudo controlado com indivíduos saudáveis tratados com uma preparação de ginkgo sozinho por 2 semanas, não foi demonstrado efeito sobre a função plaquetária. Ainda assim, exitem relatos de casos de suplementos de ginkgo, que por si só estão associados a tempos prolongados de sangramento, hematoma subdural bilateral esquerdo, hematoma parietal direito, hemorragia retrobulbar, sangramento de colecistectomia pós laparoscópica e hemorragias subaracnoide. • Importância e conduta: A evidência desses relatos é insuficiente para impedir que os pacientes utilizem AINEs e ginkgo concomitantemente, mas alguns recomendam cuidados. Os médicos devem estar cientes da possibilidade do aumento da tendência hemorrágica com o ginkgo e relatar quaisquer casos. CASOS DE INTERAÇÕES: Ginkgo + Valeriana: • Um relato de caso descreveu sintomas psicóticos em uma mulher de 51 anos de idade que tomava 1 a 2g de valeriana diariamente e uma quantidade desconhecida de ginkgo diária e que regularmente consumia mais de 1L de vinho por dia, foi hospitalizada após um episódio de desmaio e alterações no estado mental. Ao longo dos dias seguintes, ela exibiu vários sintomas psicóticos, incluindo alucinações paranóicas e auditivas, comportamento desorganizado, e ansiedade. Seu nível de álcool no sangue foi zero e não havia evidências de abstinência de álcool durante sua internação. • Mecanismo: É Desconhecido. A valeriana tem sido associada a efeitos depressores do SNC quando administrada sozinha, e o ginkgo é usado principalmente para melhorar as funções cognitivas e a perda de memória. O Álcool, valeriana e ginkgo também foram todos retirados ao mesmo tempo. Esses fatores tornaram difícil encontrar a causa exata dos sintomas psicóticos. • Importância e conduta: Pode ser o único relato de caso na literatura e, devido aos múltiplos fatores envolvidos, tal como a história de abuso de álcool, é difícil avaliar a sua importância geral. CASOS DE INTERAÇÕES: Ginkgo + Bloqueadores do canal de cálcio Nifedipina: • O ginkgo pode aumentar os níveis e alguns dos efeitos da nifedipina; • Evidências experimentais: Em estudos realizado com ratos, 20mg/kg de extrato de ginkgo aumentaram os níveis séricos máximos e a ASC de uma dose oral de 5mg/kg de nifedipina em aproximadamente 60%, quando administrados ao mesmo tempo. O extrato de ginkgo não teve efeito sobre a farmacocinética da nifedipina intravenosa. • Mecanismo: Dados experimentais demonstraram que o ginkgo não tem efeito significativo sobre a farmacocinética da nifedipina intravenosa, sugerindo que o ginkgo reduz o metabolismo de primeira passagem da nifedipina. O ginkgo pode, então, inibir a isoenzima CYP3A4 do citocromo P450, que reduziria o metabolismo pré-sistêmico da nifedipina, um substrato da CYP3A4, e aumentaria seus níveis. No entanto, a administração simultânea de doses únicas provavelmente é insuficiente para avaliar. REFERÊNCIAS: BIBLIOGRÁFICAS: • COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia, 2a ed, Cejup, 1994, pág. 229- 230.TESKE, M.; TRENTINI, A. M.M. Herbarium compêndio de fitoterapia. 3 ed. Curitiba,1997. • ÁVILA, L. C. Índice terapêutico fitoterápico – ITF. 2 ed. Petrópolis, RJ, 2013. • Brasil (2003) ‘Resolução 899, 29 de maio de 2003: Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos’ (Ministério da Saúde) Diário Oficial da União, Brasília, págs. 1-23. • Baby, A.R. (2005) ‘Desenvolvimento e avaliação da estabilidade de formulações cosméticas anticelulíticas contendo o extrato vegetal comercial de Ginkgo biloba’ Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF/USP), São Paulo, págs. 18-31. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
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