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AULA 06: Administração Pública 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Administração Pública 22-67 
2-Lista de Questões 68-80 
3- Gabarito 81-84 
Administração Pública 
I. O Regime Jurídico-Administrativo 
 A Administração Pública se sujeita ao regime jurídico-administrativo. 
Com base nesse regime, a Administração apresenta poderes e restrições não 
existentes nas relações típicas de direito privado, traduzidas em dois pilares: 
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse 
público. 
 O princípio da supremacia do interesse público determina que em caso 
de conflito entre o interesse público e o de particulares, aquele deve 
prevalecer. Fundamenta, ainda, a existência das prerrogativas da 
Administração Pública, das quais decorre a verticalidade nas relações entre 
esta e o particular. Essas prerrogativas são necessárias para que o Estado 
atinja os fins a ele impostos pelo ordenamento jurídico, sendo determinadas 
pela Constituição e pelas leis. 
 Já o princípio da indisponibilidade do interesse público estabelece que a 
Administração somente pode atuar quando autorizada por lei, nos limites 
estipulados pela norma legal. Veda ao administrador a prática de atos que 
implicam renúncia a direitos do Poder Público ou que onerem 
injustificadamente a sociedade. Assim, só a lei pode dispensar a exigência de 
tributos, por exemplo. Alguns autores consideram este princípio sinônimo de 
legalidade. 
II. Os Princípios Explícitos da Administração Pública 
 O “caput” do artigo 37 da Constituição Federal traz cinco princípios 
explícitos da Administração Pública: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: (...) 
 Esses princípios formam, com suas iniciais, a sigla “LIMPE”, utilizada 
como recurso mnemônico: 
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i. Princípio da legalidade 
 A legalidade é princípio próprio do Estado Democrático de Direito, pois 
representa a submissão do Estado à lei, fruto do Poder Legislativo, que 
representa o povo. Pode, contudo, a lei dar maior amplitude de atuação ao 
administrador público, a chamada discricionariedade. 
 Enquanto para os particulares a regra é a autonomia da vontade, a 
Administração está restrita à lei em sua atuação, devido à indisponibilidade do 
interesse público. Assim, a Administração só pode agir segundo a lei 
(“secundum legem”), jamais contra a lei (“contra legem”) ou além da lei 
(“praeter legem”) com base apenas nos costumes. 
 Destaca-se, contudo, que a legalidade não se resume à obediência às 
leis formais. Deve-se observar, o Direito como um todo, o que inclui os 
princípios jurídicos e os atos infralegais expedidos pela própria Administração 
Pública (decretos, portarias, etc.). 
ii. Princípio da moralidade 
 Na análise do conceito de moralidade, destaca-se que a moral 
administrativa difere da comum por ser jurídica. Embora seja conceito jurídico 
indeterminado, é objetiva, podendo ser extraída do ordenamento jurídico, a 
partir das normas que tratam da conduta dos agentes públicos. Não é como a 
“LIMPE” 
Legalidade 
Impessoalidade 
Moralidade 
Publicidade 
Eficiência 
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comum, que é subjetiva, estando ligada às convicções pessoais de quem 
aprecia o fato. 
 
 Os atos administrativos praticados que contrariem esse princípio são 
nulos. Um dos meios constitucionais de tutela da moralidade administrativa é, 
como vimos em aula anterior, a ação popular, prevista no art. 5º, LXXIII, 
CF/88. 
iii. Princípio da impessoalidade 
 A impessoalidade, por sua vez, é um princípio que deve ser analisado 
em suas quatro acepções. 
 Na primeira acepção, de finalidade, o princípio traduz a ideia de que 
toda atuação da Administração deve buscar a satisfação do interesse público. 
Quando um ato é praticado com objetivo diverso, é nulo, por desvio de 
finalidade. O administrador é mero executor do ato, que serve para 
manifestar a vontade do Estado. 
 Segundo a doutrina, em sentido amplo, o princípio da impessoalidade 
busca o atendimento do interesse público, enquanto em sentido estrito, visa 
a atender a finalidade específica prevista em lei para o ato administrativo. 
Ressalta-se que sempre que o ato administrativo satisfizer sua finalidade 
específica, a finalidade em sentido amplo também terá sido atendida. Nesse 
sentido, destaca-se a lição de Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo 
Brasileiro, 21a Edição, 1995): 
“ (…) o princípio da impessoalidade, referido na Constituição 
de 1988 (art. 37, “caput”), nada mais é que o clássico 
princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público 
que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é 
unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou 
virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal”. 
 Já a segunda acepção se relaciona à proibição de que o agente público 
utilize as realizações da Administração Pública para promoção pessoal. 
Fundamenta-se no artigo 37, § 1º, da CF/88, que diz: 
Moralidade 
Administrativa 
É diferente da 
moral comum 
É objetiva, 
extraída do 
ordenamento 
jurídico 
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§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, 
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 Uma terceira acepção do princípio da impessoalidade é aquela que o 
relaciona ao da isonomia. É o que se verifica na exigência de concurso público 
para o acesso aos cargos públicos. A oportunidade de se ter acesso a esses 
cargos é igual para todos. 
 Finalmente, outra importante acepção do princípio da impessoalidade é a 
que considera que os atos praticados pelo agente público são imputáveis não a 
ele, mas ao órgão ou entidade em nome do qual ele age. A ação dos agentes 
é, portanto, impessoal. 
 Destaca-se, ainda, que uma importante aplicação do princípio da 
impessoalidade diz respeito à consideração dos atos praticados por agente de 
fato (putativo)como válidos. Esse agente é o particular que ingressa na 
Administração Pública irregularmente. Devido à teoria da aparência (o 
agente parece ser de direito), seus atos são mantidos quando atingem 
terceiros de boa-fé, pois a Administração é impessoal. 
iv. Princípio da eficiência 
 O princípio da eficiência passou a ser expresso na Constituição a partir 
da EC no 19/98, estando ligado ao modelo de administração gerencial, que 
defende a ideia de se trazerem ao setor público procedimentos do setor 
privado, tendo como ênfase a obtenção de resultados. 
 Quanto à atuação do agente público, espera-se que este desenvolva suas 
atribuições da melhor forma possível, a fim de obter os melhores resultados. 
Um exemplo de aplicação da eficiência nesse sentido é a avaliação de 
desempenho para aquisição de estabilidade pelo servidorpúblico, também 
introduzida à CF/88 pela EC no 19/98. Já quanto ao modo de organização da 
Administração, determina que esta seja o mais racional possível. 
 Consagra, ainda, o princípio da economicidade, impondo à 
Administração uma relação custo/benefício adequado em sua atuação. 
 Segundo Alexandre de Moraes (D. Constitucional, 28a Edição), o princípio 
da eficiência apresenta as seguintes características básicas: 
 Direcionamento da atividade e dos serviços públicos à efetividade 
do bem comum: nesse sentido, tem como fundamento o art. 3O, IV, da 
Constituição, que determina ser um dos objetivos da República Federativa do 
Brasil “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação”. 
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 Imparcialidade: busca salvaguardar o exercício da função 
administrativa e, consequentemente, o interesse público, da influência de 
interesses de terceiros. Resguarda, também, a Administração, contra a 
interferência indevida, no procedimento administrativo, em especial na fase 
decisória, de outros sujeitos ou entidades, a ela exteriores. 
 Neutralidade: busca a isenção do Estado na valoração de interesses em 
conflito, sendo todos eles considerados de maneira igual e simultânea. 
 Transparência: visa ao combate da inércia formal, inclusive mediante 
condutas contra a prática de subornos, corrupção e tráfico de influência. Nesse 
sentido, deve-se observar a transparência na indicação, nomeação e 
manutenção de cargos e funções públicas, dando-se primazia a fatores 
objetivos, como mérito funcional e competência, buscando-se a eficiência na 
prestação de serviços. 
 Participação e aproximação dos serviços públicos da população: 
visa a garantir a gestão participativa, desdobramento dos princípios da 
soberania popular e da democracia representativa, previstos no parágrafo 
único do art. 1O da Carta Magna. Destaca-se que a EC no 19/98 deu nova 
redação ao art. 37, § 3o da Constituição, prevendo que a lei disciplinará as 
formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta. 
 Eficácia: traduz-se no adimplemento das competências ordinárias da 
administração e na execução e cumprimento, pelos entes administrativos, dos 
objetivos que lhes são próprios, enquanto a eficácia formal se verifica no curso 
do procedimento administrativo, quando da resposta ou impulso a uma petição 
formulada por um administrado. Nesse sentido, deverá a lei, obedecidos os 
limites constitucionais, dar a liberdade à Administração necessária ao eficaz 
cumprimento de suas tarefas. 
 Desburocratização. 
 Busca da qualidade. Nesse sentido, a EC no 19/98, em redação dada 
ao art. 39, § 7o, da CF/88, determinou que lei da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos 
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada 
órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas 
de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, 
reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de 
adicional ou prêmio de produtividade. 
v. Princípio da publicidade 
 O princípio da publicidade deve ser analisado sob dois prismas: 
a) Exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos 
atos administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o 
patrimônio público; 
b) Exigência de transparência da Administração em sua atuação, de forma 
a possibilitar o controle pelos administrados. 
 A publicidade só poderá ser excepcionada quando o interesse público 
assim determinar. Isso porque ela serve para proteger o indivíduo contra 
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processos arbitrariamente sigilosos, permitindo os recursos administrativos e 
as ações judiciais próprias. 
III. Os Princípios Implícitos da Administração Pública 
 Além dos princípios expressos no texto constitucional, há outros que 
estão implícitos ou explícitos na Constituição. Dentre os expressos, destacam-
se o princípio do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, CF) e o da 
celeridade processual (art. 5º, LXXVIII, CF). Já dentre os implícitos, destacam-
se a razoabilidade e a proporcionalidade, que determinam que o ato deve ser 
adequado e necessário ao resultado que pretende atingir, com correspondência 
entre a lesividade da conduta que contraria o ordenamento jurídico e a sanção 
administrativa 
aplicada. 
 
 
1. (ESAF/2010/SMF-RJ) São princípios constitucionais gerais da 
Administração Pública a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a 
publicidade e a eficiência. 
Comentários: 
 É o que determina o art. 37, “caput”, da Constituição Federal. Questão 
correta. 
2. (ESAF/2010/SMF-RJ) A publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo 
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
Comentários: 
 É o que dispõe o § 1º do art. 37 da Lei Fundamental. Questão correta. 
3. (ESAF/2008/Processo Simplificado/União) Nos termos da 
Constituição da República, são princípios a serem obedecidos pela 
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, exceto: 
a) impessoalidade. 
b) legalidade. 
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c) eficiência. 
d) Essencialidade. 
e) moralidade. 
 
Comentários: 
 
 Segundo a Carta Magna (art. 37, “caput”), a administração pública direta 
e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. Esses princípios, como vimos, formam a 
sigla “limpe”. A letra D é o gabarito. 
4. (ESAF/2008/MPOG) Lei deve disciplinar as formas de 
participação do usuário na administração pública direta e indireta, e 
regular as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em 
geral. 
Comentários: 
 Segundo o art. 37, § 3º, I, da Constituição Federal, a lei disciplinará as 
formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente as reclamações relativas à prestação dos serviços 
públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao 
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços. 
Questão correta. 
5. (ESAF/2008/MPOG) A publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de cooptação social. 
Comentários: 
 De acordo com o art. 37, § 1º, da Carta Magna, a publicidade dos atos, 
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter 
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo 
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de 
autoridades ou servidores públicos. Portanto, essa publicidade não poderá ter 
caráter de cooptação social. Questão incorreta. 
6. (ESAF/2007/SEFAZ-CE) O princípio da impessoalidade apresenta 
duas formas de abordagem. A primeira relaciona-se à finalidade 
pública. A segundaindica que os atos administrativos não devem ser 
imputados ao agente que os praticou, mas ao órgão ou entidade 
administrativa a que está vinculado. 
Comentários: 
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 De fato, o princípio da impessoalidade apresenta essas duas acepções. 
Questão correta. 
7. (ESAF/2007/SEFAZ-CE) A publicidade não se constitui elemento 
formador do ato administrativo, mas requisito de eficácia e 
moralidade. Portanto, não se faz possível a restrição dos atos de 
publicidade, sob o risco de se ferir o interesse público. 
Comentários: 
 Como vimos, o princípio da publicidade admite, sim, exceções, quando o 
interesse público assim o determinar. Questão incorreta. 
8. (ESAF/2005/SRF/Auditor-Fiscal) Segundo a doutrina, o conteúdo 
do princípio da eficiência relaciona-se com o modo de atuação do 
agente público e o modo de organização, estruturação e disciplina da 
Administração Pública. 
Comentários: 
 De fato, o princípio da eficiência determina, quanto à atuação do 
agente público, que este desenvolva suas atribuições da melhor forma 
possível, a fim de obter os melhores resultados. Já quanto ao modo de 
organização da Administração, estabelece que esta seja o mais racional 
possível. Questão correta. 
9. (ESAF/2005/SRF/Auditor-Fiscal) O princípio da impessoalidade 
não guarda relação com a proibição, prevista no texto constitucional, 
de que conste da publicidade oficial nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos. 
Comentários: 
 Uma das acepções do princípio da impessoalidade se relaciona à 
proibição de que o agente público utilize as realizações da Administração 
Pública para promoção pessoal. Fundamenta-se no artigo 37, § 1º, da 
CF/88. Questão incorreta. 
10. (ESAF/2005/SRF/Auditor-Fiscal) Segundo a doutrina, há perfeita 
identidade do conteúdo do princípio da legalidade aplicado à 
Administração Pública e o princípio da legalidade aplicado ao 
particular. 
Comentários: 
 Pelo contrário: trata-se de conceitos opostos! Enquanto para os 
particulares a regra é a autonomia da vontade, a Administração está restrita à 
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lei em sua atuação, devido à indisponibilidade do interesse público. Questão 
incorreta. 
Questões do Cespe 
11. (Cespe/2009/DPE-PI) Os princípios constitucionais da 
administração pública são vetores de observância obrigatória pela 
União, pelos estados, pelo DF e pelos municípios, funcionando como 
parâmetros de comportamento tanto para o Poder Executivo quanto 
para os Poderes Legislativo e Judiciário de todas as esferas de 
governo. 
Comentários: 
 O enunciado está perfeito. Questão correta. 
12. (Cespe/2010/BB Cert) O princípio da legalidade expressa-se por 
meio da autonomia da vontade, o que significa dizer que só é 
permitido fazer o que a lei não proíbe. 
Comentários: 
 O princípio da legalidade, no âmbito da Administração Pública, determina 
que esta só poderá agir quando a lei determinar ou autorizar sua atuação. Não 
há autonomia da vontade. Questão incorreta. 
13. (Cespe/2010/BB Cert) A impessoalidade é atributo a ser 
observado em relação aos administrados e à própria administração. 
Nesse último caso, os atos administrativos são imputáveis ao 
funcionário, e não ao respectivo órgão da administração. 
Comentários: 
 Os atos administrativos são imputados à Administração, não ao servidor 
público. É o que determina o princípio da impessoalidade. Questão incorreta. 
14. (Cespe/2010/BB Cert) De acordo com o princípio da eficiência, 
deve prevalecer, no setor público, o controle do resultado, sendo 
irrelevante atender às necessidades dos usuários ou clientes. 
Comentários: 
 As necessidades dos usuários devem ser atendidas, com base no 
princípio da eficiência. Veja que a CF/88 determina, em seu art. 175, IV, que 
lei disporá sobre a obrigação de manter serviço adequado. Questão incorreta. 
 
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IV. Concurso Público 
 Iniciaremos, a partir de agora, a análise dos incisos do art. 37 da 
Constituição. 
 O art. 37, I, CF, determina que “os cargos, empregos e funções públicas 
são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em 
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”. 
 Assim, para que os brasileiros tenham acesso aos cargos, empregos e 
funções públicas, basta que cumpram os requisitos estabelecidos em lei. 
Entretanto, os estrangeiros também podem ter o mesmo acesso. A diferença é 
que há uma condição: é necessário lei autorizadora. 
 Destaca-se que essa lei não poderá estabelecer distinções arbitrárias e 
abusivas, privilegiando determinados estrangeiros em detrimento de outros, 
em função do país de origem. Ressalta-se, ainda, que essa nova previsão 
constitucional se aplica igualmente aos estrangeiros residentes ou não no país, 
permitindo, por exemplo, que, após a edição da referida lei, estes tenham 
acesso a cargos, empregos ou funções públicas em repartições brasileiras no 
exterior. 
 
. Já em seu inciso II, o art. 37 exige aprovação em concurso público (de 
provas ou provas e títulos) para o provimento de cargos e empregos nas 
Administrações Direta e Indireta. Nesse sentido, o STF editou a Súmula 685, 
que diz: “é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao 
servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao 
seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente 
investido”. 
 A exceção é quanto aos cargos comissionados, para os quais pode ser 
feita contratação sem concurso. Também é possível contratação sem concurso 
para os casos de contratação temporária previstos no art. 37, IX, da 
Constituição. 
 O inciso III do mesmo artigo trata da validade do concurso público. De 
acordo com o dispositivo, esta será de até dois anos, prorrogável uma vez, por 
Acesso aos 
cargos públicos 
Brasileiros: 
devem cumprir 
requisitos legais 
Estrangeiros: é 
necessário lei 
autorizadora 
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igual período. O prazo de validade é definido pelo edital do concurso, sendo 
contado a partir da homologação deste. 
 A prorrogação do concurso poderá ser feita pelo mesmo prazo previsto 
no edital. Assim, se o edital prevê validade de seis meses, o concurso poderá 
ser prorrogado por mais seis meses, por exemplo. 
 Continuando nossa análise, veja o que dispõe a Constituição sobre a 
convocação de aprovados em concurso público: 
Art. 37, IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital 
de convocação, aquele aprovado em concurso público de 
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na 
carreira; 
 O STF tradicionalmente entendia que a aprovação em concurso público, 
mesmo dentro do número de vagas previsto no edital, não representava direito 
adquirido à nomeação, mas mera expectativa de direito. Entretanto, em 2008, 
a Primeira Turma da Corte Suprema decidiu que, no caso de aprovação em 
concurso dentro do número de vagas previsto no edital, há sim, direito 
adquirido do candidato, ficando o Poder Público obrigado aoprovimento do 
cargo. 
 
O STF entende que, no caso de aprovação em 
concurso dentro do número de vagas previsto 
no edital, há direito adquirido do candidato à 
nomeação. 
 “E no caso de a Administração nomear um candidato fora da ordem de 
classificação, professora? Nomear o 26º antes do 1º, por exemplo?” 
 O STF elaborou uma súmula a respeito dessa situação. Veja o que diz a 
Súmula 15: “dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado 
tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da 
classificação”. Assim, o candidato preterido, nesse caso, tem direito subjetivo à 
nomeação. 
 Outro entendimento importante da Corte que você precisa saber é sobre 
a possibilidade de o Judiciário controlar a compatibilidade entre o conteúdo das 
questões cobradas em concurso e o programa de disciplinas constante do 
edital. O Supremo Tribunal Federal entende que, caso uma questão de 
concurso cobre assunto não incluso no edital, é possível o controle 
jurisdicional, por ser o edital a lei do concurso. Entretanto, é bom que você 
saiba que esse controle não é possível, de acordo com o STF, quando se trata 
de avaliar os critérios de correção da banca examinadora, de analisar a 
formulação de questões ou de avaliar as respostas. 
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 No inciso V do art. 37, a Carta da República trata das funções de 
confiança e dos cargos em comissão: 
Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente 
por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em 
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos 
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, 
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento; 
 Esse dispositivo teve sua redação alterada pela Emenda Constitucional no 
19/1998, com o objetivo de moralizar a Administração Pública. Buscou-se, com 
a nova redação, impedir a multiplicação desnecessária de cargos em comissão 
e a designação de pessoas não aprovadas em concurso para funções de 
confiança. Para isso, limitou-se a criação de cargos e funções de confiança às 
hipóteses previstas constitucionalmente, bem como o acesso às funções de 
confiança apenas aos servidores ocupantes de cargo efetivo. 
 Esquematizando... 
 
 No que se refere a nomeações para cargos em comissão, é importante o 
entendimento do STF sobre o nepotismo, prática de nomear parentes para 
cargos em comissão e funções de confiança. A Corte considera ofensiva a 
prática do nepotismo, vedando inclusive o “nepotismo cruzado”, que ocorre 
quando dois agentes públicos nomeiam parentes um do outro, para mascarar a 
contratação. 
Funções de 
confiança E 
cargos em 
comissão 
• Destinam-se exclusivamente às atribuições de 
direção, chefia e assessoramento. 
Funções de 
confiança 
• Ocupadas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo. 
Cargos em 
comissão 
• Podem ser preenchidos por pessoas com 
ingresso sem concurso público. Entretanto, a 
lei deve estabelecer percentuais mínimos de 
vagas a serem preenchidas por servidores de 
carreira, que ingressaram no serviço público 
mediante concurso. 
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 O STF entende que a prática do nepotismo ofende os princípios da 
moralidade e da impessoalidade, devendo a vedação a esta prática ser 
observada por todos os Poderes da República e por todos os entes da 
Federação, independentemente de lei formal. Que tal lermos a súmula 
vinculante no 13 em sua íntegra? 
 
"A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, 
chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada 
na administração pública direta e indireta, em qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal". 
 É importante destacar que a vedação ao nepotismo não alcança a 
nomeação para cargos políticos. Assim, o governador de um Estado pode 
nomear seu irmão para o cargo de secretário estadual, por exemplo. 
No inciso VIII do art. 37, o constituinte assegura percentual dos cargos para os 
portadores de deficiência: 
Art. 37, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e 
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e 
definirá os critérios de sua admissão; 
 Note que é a lei que definirá os critérios de admissão das pessoas 
portadoras de deficiência, jamais o administrador público. 
 Continuando nossa análise do art. 37 da Constituição, determina o texto 
constitucional que: 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
 Esse inciso prevê a contratação de pessoal sem concurso público, por 
tempo determinado. Esse pessoal não ocupa cargo público, não está sujeito ao 
regime estatutário a que se submetem os servidores públicos titulares de 
cargo efetivo e em comissão. Também não está sujeito à Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), a não ser nos termos em que a lei específica que os rege 
defina. 15 abr 2002 
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 Esses agentes públicos são estatutários, pois têm seu próprio estatuto de 
regência, que define seu regime jurídico. Exercem função pública 
remunerada temporária, tendo vínculo jurídico-administrativo com a 
Administração Pública. Sujeitam-se ao regime geral de previdência social 
(RGPS) e suas lides com o Poder Público contratante são de competência da 
Justiça comum, federal ou estadual (ou do Distrito Federal), conforme o caso. 
 Para a utilização do instituto da contratação temporária, exceção à 
contratação mediante concurso público, é necessário o cumprimento de três 
requisitos: 
 Excepcional interesse público; 
 Temporariedade da contratação; 
 Hipóteses expressamente previstas em lei. 
 A lei mencionada como requisito será editada pela entidade 
contratadora, podendo ser federal, estadual, distrital ou municipal, conforme a 
respectiva competência constitucional. Contudo, não será possível, segundo o 
STF, a contratação temporária por lei que fixe “hipóteses abrangentes e 
genéricas de contratação, sem definir qual a contingência fática emergencial 
apta a ensejá-la”, bem como para “o exercício de serviços típicos de carreira e 
de cargos permanentes de Estado, sem concurso ou motivação de excepcional 
relevância” que o justifique (STF, Pleno, ADI 3116/AP, decisão 14.02.2011). 
 
15. (ESAF/2010/SMF-RJ) Durante o prazo improrrogável previsto no 
edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas 
ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos 
concursados para assumir cargo ou emprego na carreira, ressalvada 
apenas a prioridade em favor dos portadores de deficiência ou doença 
grave. 
Comentários: 
 De fato, segundo o art. 37, IV, da Constituição Federal, durante o prazo 
improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso 
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre 
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. Não há, 
entretanto, tal previsãoem favor dos portadores de deficiência ou doença 
grave. Questão incorreta. 
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16. (ESAF/2010/SMF-RJ) A investidura em cargos ou emprego 
públicos, que são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei assim como aos estrangeiros na forma 
da lei, depende de aprovação prévia em concurso público de provas 
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração. 
Comentários: 
 De acordo com o art. 37, II, da Constituição, a investidura em cargo ou 
emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas 
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo 
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo 
em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Os cargos ou 
empregos públicos, conforme o inciso I do mesmo artigo, são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei. Questão correta. 
17. (ESAF/2009/ANA) A Constituição Federal não proíbe a nomeação 
de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por 
afinidade, até o terceiro grau, inclusive da autoridade nomeante ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, 
chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou 
de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública 
direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
Comentários: 
 A questão cobra o conhecimento da súmula vinculante no 13, segundo a 
qual “a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral 
ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, 
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em 
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal”. Questão incorreta. 
18. (ESAF/2008/MPOG) Os cargos em comissão, preenchidos 
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, destinam-
se às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
Comentários: 
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 Os cargos em comissão são preenchidos pelos servidores ocupantes de 
cargos efetivos não de maneira exclusiva, mas nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei (art. 37, V, CF). Questão incorreta. 
19. (ESAF/2008/CGU) O prazo de validade do concurso público será 
de até quatro anos, prorrogável uma vez, por igual período. 
Comentários: 
 Segundo o inciso III do art. 37 da Carta Magna, o prazo de validade do 
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual 
período. Questão incorreta. 
20. (ESAF/2008/CGU) Os cargos, empregos e funções públicas são 
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos 
em lei, estando vedado o acesso pelos estrangeiros, na forma da lei. 
Comentários: 
 A Constituição não veda o acesso dos estrangeiros aos cargos, empregos 
e funções públicas. Apenas estabelece que esse acesso se dará na forma da 
lei (art. 37, I, CF). Questão incorreta. 
21. (ESAF/2006/CGU) Os cargos, empregos e funções públicas só 
são acessíveis aos brasileiros e, ainda assim, se forem preenchidos os 
requisitos estabelecidos em lei. 
Comentários: 
 Também os estrangeiros podem ter acesso aos cargos, empregos e 
funções públicas, nos termos da lei (art. 37, I, CF). Questão incorreta. 
22. (ESAF/2005/MPOG) Na Administração Pública, as funções de 
confiança, a serem preenchidas por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas 
às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
Comentários: 
 De fato, as funções de confiança destinam-se apenas às atribuições de 
direção, chefia e assessoramento. Entretanto, diferentemente do que diz o 
enunciado, elas deverão ser ocupadas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, conforme art. 37, V, CF. Questão incorreta. 
23. (ESAF/2004/ANEEL) Somente brasileiros podem ocupar cargos 
públicos da Administração Pública direta. 
Comentários: 
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 Nada disso! Também os estrangeiros, havendo lei autorizadora, poderão 
ocupar cargos públicos, segundo o art. 37, I, da Carta Magna. Questão 
incorreta. 
24. (ESAF/2004/MPU) As funções de confiança destinam-se apenas 
às atribuições de direção, chefia e assessoramento, sendo exercidas 
por servidores ocupantes de cargo efetivo ou de cargo em comissão. 
Comentários: 
 Segundo a Carta Magna, as funções de confiança deverão ser ocupadas 
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo (art. 37, V). 
Questão incorreta. 
25. (ESAF/2001/SEFAZ-PI) Apenas brasileiros, natos ou 
naturalizados, podem ser nomeados para cargos públicos. 
Comentários: 
 Também os estrangeiros, na forma da lei, podem ser nomeados para 
cargos públicos (art. 37, I, CF). Questão incorreta. 
Questões do Cespe 
26. (Cespe/2009/TCE-RN/Inspetor de Controle Externo) Os cargos, 
os empregos e as funções públicas são acessíveis aos brasileiros e aos 
estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, 
devendo a investidura em cargo efetivo ocorrer exclusivamente por 
concurso público de provas e títulos. 
Comentários: 
 O artigo 37, II, da CF/88 reza que a investidura em cargo ou emprego 
público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. O erro do 
enunciado é deixar de prever a possibilidade de concurso público de provas. 
Questão incorreta. 
27. (Cespe/2009/ANAC) Apenas os brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei podem assumir cargos, empregos e 
funções públicas, os quais não são acessíveis a estrangeiros. 
Comentários: 
 De fato, apenas os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos 
na lei podem assumir cargos, empregos e funções públicas (art. 37, II, CF). O 
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erro do enunciado é que os estrangeiros também podem assumi-los, na forma 
da lei. Questão incorreta. 
28. (Cespe/2009/TRE-MA) Os cargos, os empregos e as funções 
públicas são acessíveis apenas aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei, não havendo qualquer acessibilidade 
aos estrangeiros. 
Comentários: 
 Os cargos, empregos e funções públicas, havendo lei autorizadora, são, 
sim, acessíveis aos estrangeiros (art. 37, II, CF). Questão incorreta. 
29. (Cespe/2009/TRE-GO) Os cargos, empregos e funções públicas 
são vedados aosestrangeiros. 
Comentários: 
 É incrível como o Cespe gosta dessa questão, não é? Os cargos, 
empregos e funções públicas, havendo lei autorizadora, são, sim, acessíveis 
aos estrangeiros (art. 37, II, CF). Questão incorreta. 
30. (Cespe/2010/CEF-Advogado) A regra é a admissão de servidor 
público mediante concurso público. As duas exceções à regra são para 
os cargos em comissão e a contratação de pessoal por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional 
interesse público. Nessa segunda hipótese, deverão ser atendidas as 
seguintes condições: previsão em lei dos cargos; tempo determinado; 
necessidade temporária de interesse público; e interesse público 
excepcional. 
Comentários: 
 Questão correta. Fundamento:art. 37, II c/c art. 37, IX, CF. 
31. (Cespe/2010/ABIN) A única exceção ao princípio constitucional 
do concurso público, que compreende os princípios da moralidade, da 
igualdade, da eficiência, entre outros, consiste na possibilidade, 
expressa na CF, de nomeação para cargo em comissão declarado em 
lei de livre nomeação e exoneração. 
Comentários: 
 Além dessa exceção, há outra, prevista constitucionalmente: a 
possibilidade de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, IX, CF). 
Questão incorreta. 
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32. (Cespe/2010/CEF) A regra é a admissão de servidor público 
mediante concurso público. As duas exceções à regra são para os 
cargos em comissão e a contratação de pessoal por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional 
interesse público. Nessa segunda hipótese, deverão ser atendidas as 
seguintes condições: previsão em lei dos cargos; tempo determinado; 
necessidade temporária de interesse público; e interesse público 
excepcional. 
Comentários: 
 O enunciado está perfeito. Questão correta. 
33. (Cespe/2009/TRE-MA) O prazo de validade de concurso público é 
de até um ano, prorrogável uma vez, por igual período. 
Comentários: 
 Dispõe o art. 37, III, da Carta Magna, que o prazo de validade do 
concurso público é de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. 
Questão incorreta. 
34. (Cespe/2009/DETRAN-DF) Segundo a CF, as funções de 
confiança serão exercidas preferencialmente, mas não exclusivamente 
por servidores ocupantes de cargos efetivos. Os cargos em comissão, a 
serem preenchidos por servidores de carreira, nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
Comentários: 
 A primeira parte do enunciado está incorreta. Do art. 37, V, da CF/88, 
depreende-se que as funções de confiança são exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargos efetivos. Já a segunda parte está correta. De 
fato, os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira 
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se 
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Questão incorreta. 
35. (Cespe/2009/TRE-GO) As funções de confiança e os cargos em 
comissão podem ser exercidos por servidores ocupantes de cargo 
efetivo ou por pessoas de fora do serviço público. 
Comentários: 
 Determina o art. 37, V, da CF/88, que as funções de confiança são 
exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargos efetivos. 
Questão incorreta. 
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36. (Cespe/2009/AGU) Segundo entendimento do STF, a vedação ao 
nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a proibição é 
extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a 
atuação administrativa. 
Comentários: 
 De fato, o STF entende que a prática do nepotismo ofende os princípios 
da moralidade e da impessoalidade, devendo a vedação a esta prática ser 
observada por todos os Poderes da República e por todos os entes da 
Federação, independentemente de lei formal. Questão correta. 
37. (Cespe/2007/IPC-Cariacica) A contratação temporária ou por 
tempo determinado pode ser realizada pela administração pública 
federal dentro dos estritos limites impostos por lei para atender a 
necessidade transitória de excepcional interesse público. 
Comentários: 
 É o que determina o art. 37, IX, da Carta Magna. Questão correta. 
38. (Cespe/2007/TJ-TDFT) A investidura em cargo ou emprego 
público depende de aprovação prévia em concurso público de provas 
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração. 
Comentários: 
 Cobra-se a literalidade do art. 37, II, da CF/88. Questão correta. 
 
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V. Direitos sociais dos servidores públicos civis 
 O direito à associação sindical do servidor público é assegurado no inciso 
VI do art. 37 da Constituição: 
Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à 
livre associação sindical 
 O servidor público tem, portanto, o poder de se associar a um sindicato. 
Entretanto, destaca-se que a súmula 679 do STF proíbe a convenção coletiva 
para fixação de vencimentos dos servidores públicos. Destaca-se, ainda, que 
aos militares são vedadas a sindicalização e a greve (art. 142, IV, CF), sem 
exceção. 
 No dispositivo seguinte, assegura-se ao servidor público o direito de 
greve: 
Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e 
nos limites estabelecidos em lei específica. 
 Observe que, ao contrário do direito à associação sindical, que é uma 
norma constitucional de eficácia plena, o direito de greve do servidor público é 
uma norma constitucional de eficácia limitada. Como tal lei ainda não foi 
editada, o STF, no julgamento de três mandados de injunção, adotando a 
posição concretista geral, determinou a aplicação ao setor público, no que 
couber, da lei de greve vigente no setor privado (Lei no 7.783/1989) até a 
edição da lei regulamentadora. 
 Destaca-se, porém, que a Corte decidiu pela inaplicabilidade do direito 
de greve a determinados servidores públicos, como, por exemplo, as forças 
policiais, devido à indole de sua atividade. Segundo o Pretório Excelso, 
“servidores públicos que exercem atividades relacionadas à manutenção da 
ordem pública e à segurança pública, à administração da Justiça – aí os 
integrados nas chamadas carreiras de Estado, que exercem atividades 
indelegáveis, inclusive as de exação tributária – e à saúde pública” estão 
privados do direito de greve (STF, Rcl. 6568-SP, Rel. Min. Eros Grau). 
 A Carta Magna assegura, ainda, aos servidores públicos, os seguintes 
direitos sociais (art. 39, § 3o): 
 Salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de 
atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, 
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
 Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem 
remuneração variável 
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 Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da 
aposentadoria 
 Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno 
 Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa 
renda nos termos da lei; 
 Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta 
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da 
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho 
 Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos 
 Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 
cinqüenta por cento à do normal 
 Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais 
do que o salário normal 
 Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a 
duração de cento e vinte dias 
 Licença-paternidade, nos termos fixados em lei 
 Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos 
específicos, nos termos da lei 
 Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança 
 Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério 
de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 
 
39. (ESAF/2006/IRB) É garantido ao servidor público, nos termos de 
lei específica, o direito à livre associação sindical. 
Comentários: 
 O direito do servidor à livre associação sindical é norma de eficácia 
plena, e não de eficácia limitada, como diz o enunciado. A Constituição não 
exige sua disciplina em lei específica (art. 37, VI, CF). Questão incorreta. 
40. (ESAF/2001/SEFAZ-PI) Os servidores públicos têm direito amplo 
de greve, que não pode ser restringido ou regulamentado pelo 
legislador. 
Comentários: 
 Os servidores públicos têm, sim, direito a greve, mas trata-se de norma 
constitucional de eficácia limitada, dependente de regulamentação para 
produzir todos os seus efeitos (art. 37, VII, CF). Questão incorreta. 
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41. (ESAF/2001/MPOG) Enquanto não for editada lei que regule o 
direito de greve de servidores públicos, não são legítimos os 
movimentos paredistas de servidores da Administração Pública direta. 
Comentários: 
 São legítimos sim! O STF, no julgamento de três mandados de injunção, 
adotando a posição concretista geral, determinou a aplicação ao setor público, 
no que couber, da lei de greve vigente no setor privado (Lei no 7.783/1989) 
até a edição da lei regulamentadora. Questão incorreta. 
Questões do Cespe 
42. (Cespe/2009/ANATEL) Aos servidores públicos são garantidos o 
direito à livre associação sindical e o direito de greve, nos termos e 
limites definidos em lei específica. 
Comentários: 
 É o que se depreende do art. 37, incisos VI e VII, da Constituição 
Federal. Questão correta. 
43. (Cespe/2007/TJ-DFT) É garantido ao servidor público civil o 
direito à livre associação sindical. 
Comentários: 
 Questão correta. Fundamento: art. 37, VI, CF. 
44. (Cespe/2009/TRE-GO) É vedado ao servidor público civil 
associar-se a sindicato. 
Comentários: 
 Nada disso! A Constituição assegura esse direito ao servidor em seu art. 
37, VI. Questão incorreta. 
 
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VI. Remuneração 
O artigo 37 da Constituição Federal, em seu inciso X, estabelece que: 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que 
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou 
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em 
cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma 
data e sem distinção de índices; 
 Antes de iniciarmos a análise do dispositivo, cumpre fazermos algumas 
elucidações. A remuneração dos servidores públicos pode se dar por meio de 
subsídios, vencimentos ou salários. 
 A primeira delas, o subsídio, é uma forma de remuneração fixada em 
parcela única, sem acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, 
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. É 
remuneração obrigatória para os agentes políticos e para servidores públicos 
de determinadas carreiras (Advocacia-Geral da União, Defensoria Pública, 
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, procuradorias dos estados e do DF, 
Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, polícias civis, polícias militares e 
corpos de bombeiros militares). 
 Além disso, pode ser facultativamente adotado, a critério do legislador 
ordinário, para servidores públicos organizados em carreira (art. 39, § 8º, CF). 
É o caso dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, por exemplo. 
 Já os vencimentos compreendem a remuneração em sentido estrito, 
percebida pelos servidores públicos. O artigo 41 da Lei 8.112/90 estabelece 
que remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens 
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
 Finalmente, o salário é a forma remuneratória paga aos empregados 
públicos, contratados sob regime celetista. É o caso do presidente de uma 
empresa pública, por exemplo. 
 A alteração da redação do dispositivo, promovida pela EC no 19/98 
garantiu expressamente ao servidor público o princípio da periodicidade, ou 
seja, no mínimo, uma revisão geral da remuneração. Nesse sentido, entendeu 
o STF que se trata de “norma constitucional que impõe ao Presidente da 
República o dever de desencadear o processo de elaboração da lei anual de 
revisão geral da remuneração dos servidores da União”, concluindo que “seu 
atraso configurou-se desde junho/1999, quando transcorridos os primeiros 
doze meses da data da edição da referida EC no 19/98”. 
 A iniciativa das leis que fixam a remuneração e o subsídio dos agentes 
públicos depende do cargo a que se refiram. As principais estão previstas na 
tabela a seguir: 
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Cargos Iniciativa 
Cargos da estrutura do Executivo 
federal 
Presidente da República 
Cargos da estrutura Câmara dos 
Deputados 
Câmara dos Deputados 
Cargos da estrutura do Senado 
Federal 
Senado Federal 
Cargos da estrutura do Poder 
Judiciário 
Competência privativa de cada 
tribunal 
Ministros do STF STF 
Deputados federais, senadores, 
Presidente e Vice-Presidente da 
República e ministros de Estado 
 
Congresso Nacional 
 O inciso XI do artigo 37 da Constituição estabelece o denominado teto 
constitucional de remuneração dos servidores públicos. Vamos lê-lo na 
íntegra? 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções 
e empregos públicos da administração direta, autárquica e 
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de 
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, 
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos 
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de 
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, 
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-
se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos 
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no 
âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e 
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa 
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, 
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,no âmbito 
do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério 
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
 Destaca-se que, levando em consideração o autogoverno dos entes 
federativos, a EC no 47/05 permitiu que os Estados e o Distrito Federal fixem 
subtetos específicos, desde que com a edição de emendas às respectivas 
Constituições Estaduais ou Lei Orgânica do Distrito Federal (art. 37, § 12, CF). 
Esses entes federados poderão, portanto, alterar suas legislações, 
estabelecendo um limite único para seus respectivos servidores. Esse limite, 
que não se aplica aos parlamentares, será o subsídio dos Desembargadores do 
Tribunal de Justiça, que corresponde a 90,25% do subsídio dos Ministros do 
STF. Além disso, por determinação da Constituição da República, aplica-se aos 
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membros do Ministério Público, aos Procuradores e Defensores Públicos, 
podendo ser estendido, de acordo com a conveniência e oportunidade de cada 
Estado e do Distrito Federal, a outras carreiras, mediante alteração em suas 
Cartas locais. 
 Novamente, para facilitar a memorização do dispositivo, sintetizaremos 
as principais regras referentes ao teto constitucional na tabela a seguir: 
Teto Cargos 
Subsídio dos Ministros do STF Todos, em qualquer esfera da 
Federação 
Subsídio do Prefeito Todos os cargos municipais 
Subsídio do Governador Todos os cargos do Executivo estadual 
Subsídio dos deputados estaduais 
e distritais 
Todos os cargos do Legislativo 
estadual 
Subsídio dos desembargadores do 
Tribunal de Justiça 
Teto obrigatório para os servidores do 
Judiciário estadual (exceto juízes, por 
determinação do STF*) 
Subsídio dos desembargadores do 
Tribunal de Justiça (até 90,25% 
do subsídio dos Ministros do STF) 
Teto facultativo para os Estados e 
Distrito Federal (não se aplica a 
deputados estaduais e a distritais, 
nem a vereadores) 
 * O STF entende ser inconstitucional o estabelecimento de limites 
diferentes de remuneração para os magistrados estaduais e federais, por violar 
a isonomia ao fixar tratamento discriminatório entre juízes federais e estaduais 
sem razão que o justifique. 
 Excetuam-se dos limites constitucionais as parcelas indenizatórias 
fixadas em lei. Os limites incluem, entretanto, o somatório das remunerações, 
subsídios, proventos e pensões percebidos pelos agentes públicos. 
 No que se refere ao salário dos empregados públicos das empresas 
públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, os tetos só se 
aplicam às que receberem recursos da União, dos estados, do Distrito Federal 
e dos municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em 
geral (CF, art. 37, §9º). 
 Determina o inciso XII do art. 37 da CF/88 que: 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do 
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo 
Poder Executivo; 
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 O inciso XIII do art. 37 da Lei Fundamental veda que o legislador 
ordinário estabeleça reajustes automáticos de remuneração ou aumentos em 
cascata: 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público; 
 O inciso XIV do art. 37 da CF/88 determina que os acréscimos 
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem 
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. Impede, com 
isso, a incorporação das funções gratificadas ao vencimento do servidor. 
 O inciso XV garante a irredutibilidade dos vencimentos dos cargos 
públicos: 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e 
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos 
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, 
III, e 153, § 2º, I; 
 Segundo o STF, essa garantia não impede a criação ou majoração de 
tributos incidentes sobre os subsídios, os vencimentos, a aposentadoria e a 
pensão. Além disso, a forma de cálculo dos vencimentos pode ser modificada, 
apenas o valor destes é que não. 
 
45. (ESAF/2010/SMF-RJ) É vedada a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público. 
Comentários: 
 É o que determina o art. 37, XIII, da Carta Magna. Questão correta. 
46. (ESAF/2008/CGU) A vinculação ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias para efeito de remuneração de pessoal do 
serviço público tem amparo na Constituição. 
Comentários: 
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 Pelo contrário! A Constituição veda a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do 
serviço público (art. 37, XIII, CF). Questão incorreta. 
47. (ESAF/2006/ENAP) É vedada a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público, salvo as hipóteses expressamente 
previstas em lei complementar. 
Comentários: 
 A Constituição não faz tal ressalva. A vedação é absoluta, conforme art. 
37, XIII, CF. Questão incorreta. 
48. (ESAF/2006/IRB) Com a nova redação constitucional para os 
limites de remuneração do servidor público, os vencimentos dos 
cargos do Poder Legislativo e do Poder Executivo não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Judiciário. 
Comentários: 
 Reza o art. 37, inciso XII, da Carta Magna, que os vencimentos dos 
cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Questão incorreta. 
49. (ESAF/2006/SRF) A remuneração dos servidores públicos deve 
ser fixada por lei específica, assegurada a revisão geral anual, depois 
de decorrido o prazo mínimo de um ano do último reajuste concedido à 
categoria. 
Comentários: 
 Nada disso! Segundo a Carta Magna, tal revisão deverá se dar sempre 
na mesma data e sem distinção de índices (art. 37, X, CF). Questão incorreta. 
50. (ESAF/2006/SRF/Técnico da Receita Federal) Os Estados não 
podem, mediante previsão em suas Constituições estaduais, fixar o 
subsídio mensal dos desembargadores do respectivo Tribunal de 
Justiça como limite único para a remuneração dos servidores públicos 
estaduais. 
Comentários: 
 De acordo com o § 12 do art. 37 da Constituição Federal, fica facultado 
aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às 
respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal 
dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa 
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros 
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do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos 
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. Questão 
incorreta. 
51. (ESAF/2004/ANEEL) É inconstitucional a lei que estabeleça que 
todos os aumentos recebidos por membros de certa carreira do 
Executivo serão automaticamente estendidos a integrantes de outra 
carreira do mesmo Poder. 
Comentários: 
 É verdade! Isso porque a Carta Magna (art. 37, XIII), veda a vinculação 
ou equiparaçãode quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público. Questão correta. 
52. (ESAF/2002/SRF/Auditor-Fiscal) É legítimo que o legislador 
ordinário, reconhecendo que cargos de diferentes carreiras têm a 
mesma relevância e semelhantes responsabilidades, estabeleça que, 
no futuro, sempre que um desses cargos for contemplado com 
aumento de remuneração, o outro, automaticamente, também 
receberá o mesmo percentual de aumento. 
Comentários: 
 De jeito nenhum! A Constituição Federal (art. 37, XIII) veda a vinculação 
ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público. Questão incorreta. 
Questões do Cespe 
53. (Cespe/2010/CEF-Advogado) Por se submeterem a regime 
jurídico tipicamente privado, os empregados das empresas públicas e 
das sociedades de economia mista não estão submetidos ao teto 
salarial determinado pela CF aos servidores públicos estatutários. 
Comentários: 
 Os empregados públicos submetem-se ao teto geral remuneratório 
estabelecido pela Constituição, caso a pessoa jurídica onde trabalhem receba 
recursos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Questão 
incorreta. 
54. (Cespe/2009/TCE-RN) Os acréscimos pecuniários percebidos por 
servidor público não podem ser computados nem acumulados para fins 
de concessão de acréscimos ulteriores. 
Comentários: 
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 Questão correta. Fundamento: art. 37, XIV, CF/88. 
55. (Cespe/2010/MPS) De acordo com a CF, os vencimentos dos 
cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 
Comentários: 
 De fato, determina o art. 37, XII, da Constituição, que os vencimentos 
dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Questão correta. 
56. (Cespe/2009/TRE-MA) Os vencimentos dos cargos do Poder 
Legislativo e do Poder Judiciário podem ser superiores aos pagos pelo 
Poder Executivo, em razão da iniciativa privativa de cada poder para 
dispor a respeito da remuneração de seus servidores. 
Comentários: 
 Nada disso! Determina a Carta Magna (art. 37, XII) que os vencimentos 
dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Questão incorreta. 
57. (Cespe/2010/MPS) Para o fim de concessão de acréscimos 
posteriores, poderão ser computados os acréscimos pecuniários 
percebidos por servidor público. 
Comentários: 
 Pelo contrário! O inciso XIV do art. 37 da CF/88 determina que os 
acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados 
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. Questão 
incorreta. 
58. (Cespe/2009/TCU) A CF exclui, para efeito de teto salarial do 
funcionalismo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
Comentários: 
 De fato, essas parcelas são excluídas do teto do funcionalismo, conforme 
§ 11 do art. 37 da Constituição. Questão correta. 
59. (Cespe/2009/TRE-MA) É proibida a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias com vistas à remuneração de 
pessoal do serviço público. 
Comentários: 
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 É o que determina o art. 37, XIII, da Constituição Federal. Questão 
correta. 
60. (Cespe/2009/TRE-GO) É vedada a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público. 
Comentários: 
 É o que estabelece o art. 37, XIII, da Constituição Federal. Questão 
correta. 
61. (Cespe/2007/IPC-Cariacica) A equiparação ou vinculação de 
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público deve ser alvo de reajuste anual idêntico 
aplicável a todas as categorias. 
Comentários: 
 De jeito nenhum! A Carta Magna veda a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do 
serviço público (art. 37, XIII, CF). Questão incorreta. 
62. (Cespe/2008/STJ) Caso um servidor público ocupe cargo efetivo 
cuja remuneração seja composta do vencimento básico somado a uma 
gratificação de produtividade (X) e, além dessas parcelas, tal servidor 
faça jus a uma gratificação (Y) que incida sobre o vencimento básico e 
a gratificação X, não haverá vício de inconstitucionalidade quanto à 
percepção da gratificação Y. 
Comentários: 
 Até que enfim, uma questão criativa! O inciso XIV do art. 37 da CF/88 
determina que os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não 
serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos 
ulteriores. Isso significa que a gratificação Y jamais poderia incidir sobre a X. 
Questão incorreta. 
 
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VII. Cumulação de vencimentos 
 Os incisos XVI e XVII do art. 37 da Constituição, com redação alterada 
pela EC no 19/1998 e pela EC no 34/2001, estabelecem a regra geral de 
vedação à acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas, 
cujas exceções são estabelecidas pela própria Constituição. Vamos lê-los 
juntos? 
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, 
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, com profissões regulamentadas; 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e 
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; 
 Outras permissões para acumulação são estabelecidas pela Constituição 
em outros dispositivos, desde que haja compatibilidade de horários: 
Artigo da CF Permissão 
Art. 38, III Acúmulo do cargo de vereador e outro cargo, emprego 
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo 
Art. 95, parágrafo 
único, I 
Permissão para que juízes exerçam o magistério 
Art. 125, § 5º, II, 
“d” 
Permissão para que membros do Ministério Público 
exerçam o magistério 
 As proibições de acumulação estendem-se à acumulação dos proventos 
de aposentadoria pagos pelos regimes próprios de previdência social (RPPS) 
com a remuneração do cargo de atividade. Entretanto, essa vedação não inclui 
os cargos eletivos, os cargos em comissão e os cargos cuja acumulação seja 
lícita, por previsão constitucional. 
 
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Segundo o STF, o art. 37, XVI, “c”, da 
Constituição Federal autoriza a acumulação de 
dois cargos de médico, não sendo compatível 
interpretação ampliativa para abrigar no 
conceito o cargo de perito criminal com 
especialidade em medicina veterinária. 
 Destaca-se, ainda, que as hipóteses possíveis de cumulação de cargos 
públicos devem obediência aos tetos salariais estabelecidos pela Constituição, 
não podendo a remuneração ou o subsídio, decorrentes da cumulação, dos 
ocupantes de cargos, funçõese empregos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato 
eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as 
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos 
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do 
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo e o sub-sídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, 
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, no âmbito do 
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos 
Procuradores e aos Defensores Públicos. 
 
63. (ESAF/2010/SEFAZ/Analista de Planejamento e Orçamento) A 
possibilidade de acumulação de dois cargos privativos de médico é 
exceção que não se estende a outros profissionais de saúde com 
profissões regulamentadas. 
Comentários: 
 Nada disso! A CF/88 também excepciona essa regra para dois cargos ou 
empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas 
(art. 37, XVI, “c”). Questão incorreta. 
64. (ESAF/2005/MPOG) Nos termos da Constituição, é vedada a 
acumulação remunerada de dois empregos privativos de profissionais 
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de saúde, com profissões regulamentadas, salvo dois cargos de 
médico. 
Comentários: 
 A Constituição permite a acumulação remunerada de dois cargos ou 
empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas, quaisquer que sejam eles (art. 37, XVI, “c”), desde que haja 
compatibilidade de horários. Questão incorreta. 
65. (ESAF/2008/MPOG) A proibição de acumulação remunerada de 
cargos, empregos e funções públicos não abrange sociedades de 
economia mista quando houver compatibilidade de horários. 
Comentários: 
 Reza o art. 37, XVII, da Carta Magna que a proibição de acumular 
estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. Questão incorreta. 
66. (ESAF/2006/ENAP) Em razão de emenda constitucional, a 
vedação de percepção simultânea de proventos de aposentadoria, 
decorrentes de aposentadoria pelo regime de previdência do servidor 
público, com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, se 
estende à acumulação desses proventos com a remuneração de cargos 
em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
Comentários: 
 As proibições de acumulação estendem-se à acumulação dos proventos 
de aposentadoria pagos pelos regimes próprios de previdência social (RPPS) 
com a remuneração do cargo de atividade. Entretanto, essa vedação não inclui 
os cargos eletivos, os cargos em comissão e os cargos cuja acumulação seja 
lícita, por previsão constitucional. Questão incorreta. 
67. (ESAF/2006/SRF/Técnico da Receita Federal – TI) A acumulação 
remunerada de um cargo de professor com outro, técnico ou científico, 
é possível se houver correlação de matérias e compatibilidade de 
horários. 
Comentários: 
 Não há necessidade de correlação de matérias, apenas de 
compatibilidade de horários (art. 37, XVI, CF). Questão incorreta. 
68. (ESAF/2006/SRF/Técnico da Receita Federal – TI) A proibição de 
acumulação remunerada de funções e empregos públicos não se 
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estende às sociedades que são apenas controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
Comentários: 
 De acordo com o art. 37, XVII, da Constituição Federal, a a proibição de 
acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e 
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. Questão 
incorreta. 
69. (ESAF/2001/SEFAZ-PI) Os servidores públicos podem acumular 
a remuneração de até dois cargos públicos quaisquer, desde que haja 
compatibilidade de horário. 
Comentários: 
 Em regra, é vedada a acumulação de cargos públicos (art. 37, XVI, 
“caput”). Questão incorreta. 
70. (ESAF/2001/MPOG) O servidor que ocupa dois cargos públicos 
de médico, em duas jornadas distintas (matutina e vespertina), pode 
também ser Professor de universidade pública, se as suas aulas forem 
sempre noturnas. 
Comentários: 
 O texto constitucional permite acumular no máximo dois cargos públicos, 
independentemente de compatibilidade de horários (art. 37, XVI, “caput”). 
Nesse caso, o servidor deverá optar entre um dos cargos de médico ou o cargo 
de professor. Questão incorreta. 
71. (ESAF/2001/SFC - adaptada) Sobre as empresas públicas e 
sociedades de economia mista que exploram atividade econômica de 
prestação de serviços ou comercialização de bens, tem-se que a 
proibição de acumular cargos públicos estende-se também a essas 
empresas. 
Comentários: 
 É o que determina o art. 37, XVII, da Constituição. Questão correta. 
Questões do Cespe 
72. (Cespe/2010/CEF-Advogado) A CF autoriza a acumulação de dois 
cargos de médico, sendo compatível, de acordo com a jurisprudência 
do STF, interpretação ampliativa para abrigar no conceito o cargo de 
perito criminal com especialidade em medicina veterinária. 
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Comentários: 
 Segundo o STF, o art. 37, XVI, “c”, da Constituição Federal autoriza a 
acumulação de dois cargos de médico, não sendo compatível interpretação 
ampliativa para abrigar no conceito o cargo de perito criminal com 
especialidade em medicina veterinária. Questão incorreta. 
73. (Cespe/2010/TRE-BA/Técnico Judiciário) A proibição de 
acumular cargos públicos estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia 
mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
Comentários: 
 O inciso XVII do art. 37 da Constituição determina que a proibição de 
acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e 
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. Questão 
correta. 
74. (Cespe/2009/TCE-RN) A proibição quanto à acumulação 
remunerada de cargos estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia 
mista, inclusive suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
Comentários: 
 Determina o inciso XVII do art. 37 da Constituição que a proibição de 
acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e 
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. Questão 
correta. 
75. (Cespe/2010/Embasa) A proibição inserta na CF de acumular 
cargos públicos remunerados não abrange as funções ou cargos das 
empresas públicas e sociedades de economia

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